Curriculo - Escolar - Gfac - Livro 2019
Curriculo - Escolar - Gfac - Livro 2019
Curriculo - Escolar - Gfac - Livro 2019
Currículo Escolar
em Laboratório:
A Educação Profissional
e Tecnológica
CURRÍCULO ESCOLAR EM LABORATÓRIO:
A Educação Profissional e Tecnológica
ORGANIZAÇÃO
Almério Melquíades de Araújo
Fernanda Mello Demai
COLABORAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO
Maria Lucia Mendes de Carvalho
REVISÃO E PADRONIZAÇÃO DE
TEXTO E DE REFERÊNCIAS: Fernanda Mello Demai
GOVERNADOR DO
ESTADO DE SÃO PAULO: João Doria
VICE-GOVERNADOR E SECRETÁRIO DE
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO: Rodrigo Garcia
SECRETÁRIA DE ESTADO -
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Patrícia Ellen da Silva
GABINETE DA SUPERINTENDÊNCIA
DIRETORA-SUPERINTENDENTE: Laura Laganá
COORDENADORA DA PÓS-GRADUAÇÃO,
EXTENSÃO E PESQUISA: Helena Gemignani Peterossi
COORDENADOR DE
RECURSOS HUMANOS: Elio Lourenço Bolzani
COORDENADOR DA ASSESSORIA DE
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA: Mauro Zackiewicz
COORDENADORA DA ASSESSORIA
DE COMUNICAÇÃO: Gleise Santa Clara
COORDENADORA DA ASSESSORIA DE
RELAÇÕES INTERNACIONAIS Marta Iglesis Farrero
EQUIPE TÉCNICO-PEDAGÓGICA E
ADMINISTRATIVA: Adriano Paulo Sasaki
Gestão do Catálogo de
requisitos de titulação para
docência; gestão de projetos
Andréa Marquezini
Gestão da Padronização de
infraestrutura: laboratórios,
softwares e bibliografia;
gestão de projetos
Apoio Jurídico:
Meiry Aparecida de Campos
Revisão e sistematização de
currículos em planos de curso:
Dayse Victória da Silva Assumpção
Elaine Cristina Cendretti
Vanessa Gomes Giron
Sistemas informatizados:
Adriano Paulo Sasaki
Andréa Marquezini
Áquila Porfirio Almeida Santos
Marcio Prata
Colaboração na disponibilização de
informações utilizadas direta ou
indiretamente para a redação
da Parte I:
Adriano Paulo Sasaki
Almério Melquíades de Araújo
Andréa Marquezini
Cristina Maria Casaes
Dayse Victória da Silva Assumpção
Elaine Cristina Cendretti
Hugo Ribeiro de Oliveira
Joyce Maria de Sylva Tavares Bartelega
Judith Rachmuth Terreiro
Jun Suzuki
Luciano Carvalho Cardoso
Marcio Prata
Rogério Teixeira
Rosana Mariano
Sérgio Yoshiharu Hitomi
Vanessa Gomes Giron
Os Organizadores
Boa leitura!
Considerações finais.................................................................................................................101
Referências....................................................................................................................................104
Resumo
Este trabalho objetiva difundir algumas das principais concepções, práticas, produtos
e perspectivas de elaboração e de atualização curricular do Centro Paula Souza
(CPS), tendo em vista a necessária adequação dos cursos da Educação Profissional
e Tecnológica (EPT) às demandas socioprofissionais e políticas, de acordo com
sua historicidade. Currículo Escolar em Educação Profissional e Tecnológica, neste
início de século XXI, no CPS, pode ser definido sinteticamente como o ´esquema
teórico-metodológico, organizado pela categoria ´competências’, que direciona
o planejamento, a sistematização e o desenvolvimento de perfis profissionais, de
acordo com as funções do mundo do trabalho relacionadas a processos produtivos
e gerenciais, bem como a demandas sociopolíticas e culturais’. No âmbito da EPT,
nosso estudo de caso é relativo aos cursos técnicos de nível médio – todavia,
alguns pressupostos aplicam-se ou podem ser aplicados aos cursos superiores de
tecnologia ou aos cursos de qualificação profissional, a exemplo da organização
do currículo por competências e da sistematização de um perfil profissional como
categoria que direciona o planejamento e o desenvolvimento do currículo. O
currículo é, etimologicamente e metaforicamente, o “caminho”, ou seja: a trajetória
percorrida por educandos e educadores, em um ambiente diverso, multicultural, o
qual interfere, determina e é determinado pelas práticas educativas. No currículo
escolar, tem-se, dessa forma, a sistematização dos conteúdos educativos planejados
para um curso ou disciplina, que visa à orientação das práticas pedagógicas, de
acordo com as filosofias subjacentes a determinadas concepções de ensino, de
educação, de História e de cultura, sob a tensão das leis e diretrizes oficiais, com
suas rupturas e reconfigurações.
[...]
Em geral, portanto, pode-se denominar I. [Ideologia] toda
crença usada para o controle dos comportamentos coletivos,
entendendo-se o termo crença (v.) em seu significado mais
amplo, como noção empenhadora para a conduta, que pode
ter validade objetiva. [...] O que torna I. uma crença não é
de fato sua validade ou falta de validade, mas unicamente
sua capacidade ao controle dos comportamentos em
determinada situação. (ABBAGNANO, 1970, p. 508, grifos
nossos).
[...]
Toda ciência é ligada às necessidades, à vida, à atividade do
homem. Sem a atividade do homem, criadora de todos os
valores¸ inclusive os científicos, o que seria a “objetividade”?
Um caos, isto é, nada, o vazio, se é que é possível dizer assim,
já que, realmente, se se imagina que o homem não existe,
não se pode imaginar a língua e o pensamento.
[...]
não obstante todos os esforços dos cientistas, a ciência jamais
se apresenta como nua noção objetiva; ela aparece sempre
revestida por uma ideologia e, concretamente, a ciência é
a união do fato objetivo com uma hipótese, ou um sistema
de hipóteses, que superam o mero fato objetivo. (GRAMSCI,
1978, p. 70-71, grifos nossos).
Assim, o meu desígnio não é ensinar aqui o método que cada qual deve seguir para bem
conduzir sua razão,
mas apenas mostrar de que maneira me esforcei por conduzir a minha.
Os que se metem a dar preceitos devem considerar-se mais hábeis do que aqueles a quem
os
dão; e, se falham na menor coisa, são por isso censuráveis.
Mas, não propondo este escrito senão como uma história,
ou, se o preferirdes, como uma fábula,
na qual, entre alguns exemplos que se podem imitar,
se encontrarão talvez também muitos outros que se terá razão de não seguir,
espero que ele será útil a alguns,
sem ser nocivo a ninguém,
e que todos me serão gratos por minha franqueza.
(René Descartes)
Valores e Atitudes
Competências Habilidades
1. 1.1
Orientações
Bases Tecnológicas
Exemplo:
• Indicadores linguísticos:
vocabulário:
o geral da língua
Carga horária (horas-aula)
Prática
Teoria Total Horas-aula
Profissional*
* Todos os componentes curriculares preveem prática, expressa nas habili-
dades, relacionadas às competências.
Para ter acesso às titulações dos Profissionais habilitados a ministrarem aulas
neste componente curricular, consultar o site: http://www.cpscetec.com.br/crt/
1º SEMESTRE
Função: Estudo e Planejamento
Classificação: Planejamento
Atribuições e Responsabilidades
• Planejar e desenvolver projetos de sistemas computacionais.
Atribuições Empreendedoras
• Comunicar-se com a equipe com clareza e objetividade.
• Demonstrar comprometimento com a equipe e o trabalho.
• Planejar ações mais eficazes no desenvolvimento de sistemas.
• Organizar procedimentos de maneira diversa, visando melhor eficiência.
Valores e Atitudes
• Estimular a organização.
• Incentivar comportamentos éticos.
• Responsabilizar-se pela produção, utilização e divulgação de informações.
Competências Habilidades
4. Construir projeto de software. 4.1. Elaborar modelo de negócio para uma empre-
sa de software.
4.2. Articular conhecimentos de empreendedoris-
mo na construção de projetos de software.
Técnicas de pesquisa
• Documentação indireta:
pesquisa documental;
pesquisa bibliográfica.
• Técnicas de fichamento de obras técnicas e científicas;
• Documentação direta:
pesquisa de campo;
pesquisa de laboratório;
observação;
entrevista;
questionário.
• Técnicas de estruturação de instrumentos de pesquisa de campo:
questionários;
entrevistas;
formulários;
entre outros.
Observação
A apresentação descrita deverá prezar pela organização, clareza e domínio na aborda-
gem do tema. Cada curso técnico definirá, por meio de regulamento específico, dentre
os “produtos” possíveis, quaç corresponderá à apresentação escrita do TCC, a exemplo de:
Monografia; Protótipo com Manual Técnico; Artigo Científico; Projeto de Pesquisa; Rela-
tório Técnico.
Bases Tecnológicas
Figura 13. Protótipo de Projeto interdisciplinar desenvolvido com base nas matrizes
temáticas com a indicação de componentes curriculares orientados por temas afins.
Fonte: CENTRO PAULA SOUZA, Institucional/Unidade do Ensino Médio e Técnico/ Grupo
de Formulação e Análises Curriculares, 2018.
Figura 14. Protótipo de Matriz Curricular - Ensino Médio com itinerário formativo
Linguagens, Ciências Humanas e Sociais.
Fonte: Adaptado de: CENTRO PAULA SOUZA, Institucional/Unidade do Ensino Médio
e Técnico/ Grupo de Formulação e Análises Curriculares, 2018. Idealização: Almério
Melquíades de Araújo, 2018.
Figura 15. Protótipo de Matriz Curricular - Ensino Médio com itinerário formativo Ciências
Exatas e Engenharias.
Fonte: Adaptado de: CENTRO PAULA SOUZA, Institucional/Unidade do Ensino Médio
e Técnico/ Grupo de Formulação e Análises Curriculares, 2018. Idealização: Almério
Melquíades de Araújo, 2018.
O foco deste itinerário formativo será o estudo dos efeitos das atividades
humanas sobre os ecossistemas e a análise do meio ambiente e seus fatores
físicos, químicos, biológicos, econômicos, sociais e culturais.
Figura 16. Protótipo de Matriz Curricular - Ensino Médio com itinerário formativo Ciências
Biológicas, Agrárias e da Saúde.
Fonte: Adaptado de: CENTRO PAULA SOUZA, Institucional/Unidade do Ensino Médio
e Técnico/ Grupo de Formulação e Análises Curriculares, 2018. Idealização: Almério
Melquíades de Araújo, 2018.
Assim, a EPT ganha legitimação no âmbito legal da Educação Básica no
Brasil, o que sempre é desejável para quem a planeja e a desenvolve.
A seguir, ilustra-se a estrutura formal do Plano de Curso da Educação
Profissional Técnica de Nível Médio, em mapa conceitual que procura resumir
os principais aspectos da legislação aplicada ao planejamento curricular.
Figura 18. Mapa conceitual da estrutura de plano de curso – Resolução CNE CEB 6/2012
– Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível
Médio.
Fonte: ARAÚJO; DEMAI; PRATA, 2018, p. 33
2. Perfil profissional
Descrição sumária das atribuições, atividades e das competências de
um profissional de uma área técnica, no exercício de um determinado cargo ou
ocupação.
Tem fundamentação no Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos do MEC –
CNCT – (http://portal.mec.gov.br), na descrição sumária das famílias ocupacionais
do Ministério do Trabalho e a descrição de cargos e funções de instituições públicas
e privadas.
3. Competências profissionais
Capacidades teórico-práticas e comportamentais de um profissional
técnico de uma área profissional ou eixo tecnológico, direcionadas à solução de
4. Competências gerais
Competências profissionais relativas a um eixo tecnológico ou área
profissional, relacionadas ao desenvolvimento de atribuições e atividades de um
cargo ou função, ou de um conjunto de cargos/funções.
5. Competências pessoais
Capacidades teórico-práticas e comportamentais de um profissional
técnico de uma área profissional ou eixo tecnológico, direcionadas ao convívio nos
ambientes laborais, ao trabalho em equipe, à comunicação e interação, à pesquisa,
melhoria e atualização contínuas, à conduta ética, e às boas práticas no ambiente
organizacional.
6. Atribuições e responsabilidades
Conjunto de responsabilidades, atividades e atitudes relativas ao perfil
7. Áreas de atividades
Campos de atuação do profissional, expressos pelo detalhamento de
atividades relativas a determinado cargo ou função na cadeia produtiva e
gerencial.
As áreas de atividades inseridas no currículo são baseadas nas ocupações
relacionadas ao curso, que podem ser acessadas pelo site da CBO: <http://www.
mtecbo.gov.br>.
8. Valores e atitudes
Conjunto de princípios que direcionam a conduta ética de um
profissional técnico no mundo do trabalho e na vida social, para o alcance do
qual estão envolvidos todos os atores, ambientes, relações e subprocessos
do ensino e da aprendizagem (alunos, professores, grupo familiar dos alunos,
funcionários administrativos, entorno na comunidade escolar, organizados em
ambientes didáticos e também fora deles, com o estabelecimento de relações
intra, extra e transescolares, para a mediação e o alcance do conhecimento
aplicável na atuação profissional, fim e meta primordial da Educação Profissional
e Tecnológica)
9. Componentes curriculares
Divisões do currículo que organizam o desenvolvimento de temas
afins. Compreendem atribuições, responsabilidades, atividades, competências,
habilidades e bases tecnológicas – além de sugestões de metodologias de
avaliação, de trabalhos interdisciplinares, de bibliografia de ferramentas de
ensino aprendizagem – direcionadas a uma função produtiva.
São elaborados com base nos temas apresentados no Catálogo Nacional
dos Cursos Técnicos do MEC e de acordo com as funções produtivas do mundo
do trabalho. Apresentam carga horária teórica e carga horária prática.
Os componentes curriculares são planejados e relacionados a uma
família de titulações docentes (Engenharias, Tecnologias, Ciências), para que
somente profissionais habilitados possam ministrar as aulas.
11. Aula
Unidade do processo de ensino e aprendizagem relativa à execução do
currículo, conforme o planejamento geral do curso e da disciplina, que diz respeito
a um ou mais componentes curriculares, métodos, práticas ou turmas.
14. Função
Conjunto de ações orientadas para uma mesma finalidade produtiva, para
grandes atribuições, etapas significativas e específicas.
Principais funções ou macrofunções
• Planejamento: ação ou resultado da elaboração de um projeto com
informações e procedimentos que garantam a realização da meta pretendida.
• Execução: ato ou efeito de realizar um projeto ou uma instrução, de passar
• coletar; • ligar;
• colher; • medir;
• compilar; • nomear;
• conduzir; • operar;
• conferir; • quantificar;
• cortar; • registrar;
• digitar; • selecionar;
• enumerar; • separar;
• expedir; • executar;
Técnico em Fabricação de
Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Cam- Instrumentos Musicais
pos – Tatuí Técnico em Instrumento Mu-
sical
Técnico em Organização
2011 Esportiva – anteriormente
Fundação Gol de Letra
denominado “Esportes e Ati-
vidade Física”
Técnico em Multimídia
Rede Globo de Televisão/Fundação Roberto Marinho
Técnico em Produção de Áu-
dio e Vídeo
Especialização em Gestão de
Concessionária Elektro
Energia
Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Cam-
Técnico em Regência
pos – Tatuí
Especialização em JAVA-WR
Especialização em Automa-
ção com Dispositivos Móveis
Instituto Nextel
Especialização em Desenvol-
vimento de Aplicativos para
Smartphones
Especialização em Consultor
Instituto de Tecnologia e Estudos de Higiene Pessoal,
de Vendas Especializado em
2016 Perfumaria e Cosméticos – Itehpec
Perfumes
CompTIA
Técnico em Desenvolvimen-
Indústria, Máquinas e Serviços Ltda. – IBM Brasil to de Sistemas Integrado ao
Ensino Médio; Técnico em
Informática Integrado ao
Google
Ensino Médio; Técnico em
Informática para Internet
Microsoft Integrado ao Ensino Médio;
Técnico em Manutenção e
Suporte em Informática In-
tegrado ao Ensino Médio;
Técnico em Redes de Com-
NortIT
putadores; Técnico em Tele-
comunicações
Amcham Brasil
Técnico em Comércio Exte-
Federação das Associações Comerciais do Estado de rior
São Paulo – Facesp
Técnico em Condomínio
Técnico em Telecomunica-
Furukawa Electric LatAm S.A
ções
Vila Velha Seguros Ltda Técnico em Seguros
Considerações finais
A laboralidade ou a trabalhabilidade, entendida como
componente da dimensão produtiva da vida social e, por-
tanto, da cidadania, é objetivo primordial da educação pro-
fissional. No núcleo dessa modalidade de educação está o
processo de apropriação da condição ou do conjunto de
condições para produzir benefícios – produtos e serviços
– compartilhados socialmente e para o acesso ao usufruto
BRASIL/ Lei nº 13.415, 2017. Lei nº13.415, de 16 de fevereiro de 2017, que al-
tera as Leis nos 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização
dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada
pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e o Decreto-Lei no236, de 28 de
fevereiro de 1967; revoga a Lei no 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política
de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/
l13415.htm>. Acesso em: 14 nov. 2018.
BRASIL/ MEC/ GUIA PRONATEC CURSOS FIC (Ministério da Educação). Guia Prona-
tec de Cursos FIC. 2016 [e atualizações]. Disponível em: <https://map.mec.gov.br/
/>. Acesso em: 14 nov. 2018.
BRASIL/ MEC/ Parecer n.º 16, de 5 de outubro de 1999, sobre as Diretrizes Curri-
culares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico. Disponível em: <
http://portal.mec.gov.br/>. Acesso em: 18 nov. 2018.
BRASIL/ MEC/ Parecer CNE/CEB n.º 11, de 12 de junho de 2008, sobre proposta
de instituição do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio
DESCARTES, René. Discurso do Método, Primeira Parte. In: Obra Escolhida. Tradu-
ção de J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Difusão Europeia do Livro,
1973. p. 43 [epígrafe]
TYLER, Ralph. Princípios básicos de currículo e ensino. 9. ed. Porto Alegre; Rio de
Janeiro: Globo, 1986.
Figura 20. Cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio disponíveis no Centro
Paula Souza no 2º semestre de 2018.
Fonte: Centro PAULA SOUZA, Institucional/Unidade do Ensino Médio e Técnico/ Grupo de
Formulação e Análises Curriculares, 2018.
Figura 21. Novas ofertas de cursos a serem disponibilizados – previsão: a partir de 2019.
Fonte: Centro PAULA SOUZA, Institucional/Unidade do Ensino Médio e Técnico/ Grupo de
Formulação e Análises Curriculares, 2018.
Lei Federal n.º 9394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacio-
nal.
ALMEIDA, Ivanete B. P. de; MENDES, Marcela; REDE, Gilson. Gestão Escolar e Cons-
trução Curricular: um estudo sobre Brasil, Argentina e Peru. In: XII Seminário da
Faculdade de Educação e X Seminário sobre a Produção do Conhecimento
em Educação: Políticas Públicas de Educação: caminhos e descaminhos. Anais do
evento, PUC, Campinas, SP, 2017. Artigos, p. 715-731. Disponível em: <https://www.
puc-campinas.edu.br/x-seminario-sobre-a-producao-do-conhecimento-em-edu-
BATISTA, Sueli Soares dos Santos; CARVALHO, Maria Lucia Mendes de. Estudo so-
bre os cursos ferroviários nos anos de 1940 a 1960 a partir de revistas ferroviárias.
BUENO, Maria Sylvia Simões [et. al.] Gestão e currículo no ensino técnico: olhares
da pesquisa sobre o Centro Paula Souza. Marília: Fundepe, São Paulo: Cultura
Acadêmica, 2010.
CARVALHO, Maria Lucia Mendes de. Francisco Pompêo do Amaral: médico, jorna-
lista, professor e escritor científico, político e social no campo da alimentação e
nutrição no Brasil. Intellèctus (UERJ. Online), v. XIV, p. 103-126, 2015.
DEMAI, Fernanda Mello. Análise da lexicalização e das funções das unidades termi-
nológicas da área de currículo escolar em educação profissional técnica de nível
médio organizado por competências. In: 66º Seminário do GEL - Grupo de Estu-
dos Linguísticos do Estado de São Paulo, 2018, São José do Rio Preto. Caderno
de Resumos do 66º Seminário do GEL. Araraquara: Letraria, 2018. v. 1. p. 78-79.
LOPES, Alice Casimiro; MACEDO, Elizabeth. Teorias de currículo. São Paulo: Cortez,
2011.
PEÑA, Antonio Ontoria [et. al.] Mapas conceituais: uma técnica para aprender.
São Paulo: Edições Loyola, 2005.
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Art-
med Editora, 2000.
SACRISTÁN, José Gimeno ... [et al.] Educar por competências: o que há de novo?
Porto Alegre: Artmed, 2011.
TRALDI, Lady Lina. Currículo: metodologia de avaliação. São Paulo, Atlas, 1977.
Resumo
Introdução
Figura 1. Neide Gaudenci de Sá (com o troféu) é homenageada pelos seus pares na Assem-
bleia Legislativa com o Prêmio Neide Gaudenci de Sá, do seu lado esquerdo Maria Lucia
M de Carvalho, Wilson Wanderlei Vieira, Maria Inês, e do seu direito Maria Eunice de Castro
Ferreira, Maecyra Bernardes Melo, Edenir Alves Nemoto e Margarete dos Santos, em setem-
bro de 2002.
Fonte: ARQUIVO DE MARIA LUCIA M. CARVALHO, em 2015.
Formada no curso
Nome de docente 1953 1957 Auxiliares em Alimen-
tação
Arcelina Ribeiro x 1950
Debble Smaira x x
Dalva Maria Oliani x 1941
Eunice de Oliveira x 1951
Henrique Grecchi
Irene Durelli x x 1940
Kate Ferraz Gonçalves 1955
Maecira Bernardes x 1952
Maria Cecília de Barros Bella x 1949
Maria de Lourdes Cambraia Salles x x
Neide Gaudenci de Sá x x 1951
Tabela 2. Professoras do curso de Formação de Dietistas no Departamento do Ensino Pro-
fissional do estado de São Paulo, durante o período que a escola funcionou na Rua Rego
Freitas n° 474, capital. Fonte: COSTA E CARVALHO, 2011.
No Centro Paula Souza, a cada quatro anos (prazo médio), os currículos dos
cursos técnicos são reavaliados por uma equipe multidisciplinar convidada nas es-
colas técnicas para participarem do Laboratório de Currículos (DEMAI, 2011). As
figuras 6 e 7 apresentam os currículos do Técnico em Nutrição e Dietética, nos anos
de 2004 e 2008, respectivamente.
Figura 7. Currículo do curso Técnico em Nutrição e Dietética, com carga horária em hora
aula (CH/HA) por componente curricular, em 2009.
Fonte: CENTRO PAULA SOUZA, GRUPO DE FORMULAÇÃO E ANÁLISES CURRICULARES
GFAC/CETEC. Plano de Curso Nº 17, de 05/01/2009, em 2012.
Em 1975, a Escola Técnica Carlos de Campos era a única que oferecia o curso
Técnico em Nutrição e Dietética, em São Paulo, formando, em média, 70 técnicos
por ano. O curso tinha a duração de três anos, e o horário era em período integral
(CARVALHO, 2006). A tabela 4 mostra que a profissão evoluiu ao longo do tem-
po, conforme o número de registros indicados pelo Conselho Federal de Nutricio-
nistas, que é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Trabalho, e que foi
criada pela Lei Federal N° 6583 de 20 de outubro de 1978 e regulamentada pelo
Decreto Federal N° 84.444 de 30 de janeiro de 1980. Este Conselho foi criado com
a missão de contribuir para a saúde da população no que se refere às ações de ali-
mentação e nutrição, garantindo o pleno exercício da profissão de Nutricionista e
N° Profissio- N° Profissionais –
SEDE
nais-2008 2011
CRN - 1 Brasília 100 471
CRN - 2 Porto Alegre 222 639
CRN - 3 São Paulo 3408 5961
CRN - 4 Rio de Janeiro 520 229
CRN - 5 Salvador 121 661
CRN - 6 Recife 85 566
CRN - 7 Belém 159 677
CRN - 8 Curitiba 14 25
CRN - 9 Minas Gerais - 862
CRN - 10 Santa Catarina - 72
Total 4639 10163
Concluindo
Fontes primárias
Referências Bibliográficas
Resumo
Os cursos ligados à arte já tiveram uma importância muito maior dentro do Ensino
Profissional, especialmente no início do século XX. Tais cursos procuravam atender
à demanda criada pelo Comércio e pela Indústria, então em franca ascensão na
cidade de São Paulo naquele momento. Neste artigo faremos uma breve análise
dos cursos de Plástica (escultura) e Pintura da Escola Profissional Masculina de São
Paulo e seus desdobramentos nos Ginásios Industriais que se formaram a partir da
divisão da Escola Masculina. Procuraremos compreender de que maneira certas
práticas escolares e currículos (ocultos ou não) estiveram presentes ao longo de
décadas, nessas escolas sendo ensinadas até períodos bastante recentes. A análise
e compreensão de tais práticas permitem-nos recuperar nosso passado e conhecer
os caminhos percorridos por centenas de mestres e estudantes, compreendendo
as ideias os ideais que permeavam a construção e aplicação dos saberes. Apesar
de transcorrido mais de um século do início da Educação Profissional Pública em
São Paulo, podemos perceber que muitas das questões debatidas nesse distante
passado continuam presentes ainda hoje.
Os cursos de Arte
A cidade de São Paulo desse tempo crescia em ritmo acelerado, movida quase
que exclusivamente pelo desenvolvimento da cultura cafeeira, que era o principal
produto de exportação nacional. Fábricas e edifícios “nasciam” a todo o momento
num frenesi econômico que alimentava a necessidade cada vez maior de mão de
obra e, especialmente, de mão de obra especializada.
É nesse contexto que será criada a Escola Profissional Masculina de São Paulo,
que terá na figura de Aprígio Gonzaga seu primeiro diretor. Procurando atender à
demanda paulista por profissionais que pudessem suprir as necessidades da cida-
de que crescia freneticamente, Aprígio Gonzaga contratou os melhores mestres de
ofício e professores disponíveis naquele momento.
De início, a escola oferecia os cursos de Mecânica e Marcenaria, duas áreas para
as quais a oferta de profissionais era bastante precária. Esses cursos se tornaram a
base de funcionamento da Escola Profissional por muitos anos, mas, percebendo a
enorme demanda por profissionais ligados a pintura e a escultura, Aprígio Gonza-
ga cria, logo em seguida, os cursos de Plástica (Escultura) e Pintura. Para viabilizar
a implantação desses novos cursos, foram contratados o escultor sueco William
Zadig e, como mestre de pintura, José Barchitta, que passaram a fazer parte da pri-
meira equipe de professores da escola em seus primeiros anos de funcionamento.
William Zadig aparentemente era um nome de certa relevância na São Paulo
daquele começo de século. Era muito requisitado para realizar esculturas, tanto na
capital quanto no interior do estado. Bastante atarefado nesta atividade, assumiu
algumas aulas no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, cedendo seu lugar na Es-
cola Profissional Masculina para outro escultor de renome no cenário internacional
da época - Ferdinand Frick. O escritor Wilson Gelbcke assim narrou esta mudança:
Formação multifacetada
Mudanças e permanências
Temas Carga
Horária
Formas Compositivas de Elementos Plásticos. 80
Influência dos Movimentos Artísticos na Comunicação Visual I 48
Referências
Fontes primárias
Referências Bibliográficas
Resumo
As discussões sobre as estruturas curriculares dos cursos técnicos em enferma-
gem visam contribuir para a definição de elementos conceituais e metodológi-
cos que possam fundamentar as mudanças no processo de educação em en-
fermagem, além de indicar estratégias de ensino mais adequadas e integradas
às atuais necessidades para formação. Neste trabalho pretende-se apresentar
o percurso histórico entre o currículo presente no curso Técnico em Enferma-
gem da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos, escola onde surgiu o primeiro
curso técnico em enfermagem, destacando as disciplinas oferecidas no curso,
entre 1973 e 2012. Por meio do Laboratório de Currículos, a construção de no-
vas propostas pedagógicas possibilita desenvolver as competências e as habi-
Introdução
Figura 5. Disciplinas do currículo utilizado na Etec Carlos de Campos no período de 2009 a 2012.
Fonte: CENTRO PAULA SOUZA. GRUPO DE FORMULAÇÃO E ANÁLISES CURRICULARES –
CETEC/GFAC. Plano do Curso Nº 64, de 05/01/2009, em 2015.
Considerações finais
Neste trabalho foi possível refletir sobre o conceito de currículo e suas influên-
cias no Curso Técnico em Enfermagem da Etec Carlos de Campos. Compreender
que o currículo é a ação pedagógica em que se pratica e efetiva a ponte entre o
que se deve ensinar e aprender, e a ação do profissional no mercado de trabalho.
Segundo Ivo e Hypolito (2011), o currículo define as ações pedagógicas, em que a
educação tem um grande desafio para atender à demanda do mercado de traba-
lho e a formação necessária para garantir a cidadania.
Vários questionamentos são feitos sobre o melhor caminho a ser utilizado no
trabalho pedagógico e na construção do conhecimento necessário para a forma-
ção do Técnico em Enfermagem. Para conseguir esse ponto de equilíbrio é neces-
sária uma evolução contínua no papel da escola e construção de novas formas de
ensinar.
Uma educação profissional em Enfermagem necessita ter em vista a valoriza-
ção do aluno que está formando, adequando-se aos objetivos de produtividade,
e também como forma privilegiada de assegurar ao Técnico em Enfermagem um
Referências
Fontes primárias
Referências Bibliográficas
AFONSO, S. R.; CARVALHO, M. L. M. Tomoko Matsui: uma das pioneiras no curso Téc-
nico em Enfermagem da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos. In: Congresso
Internacional de Pesquisa (Auto). Biográfica: entre o público e o privado - modos de
viver, narrar e guardar., 6., 2014. Anais do Congresso Internacional de Pesquisa
(Auto) Biográfica: entre o público e o provado – modos de viver, narrar e guardar.
Resumo
Este artigo tem como objetivo fazer uma breve análise das grades curriculares dos
primeiros cursos do CEETEPS, a saber: Construção Civil, Mecânica e Processamento
de Dados. O objetivo é compreendê-las como uma construção social (e sua rela-
ção com a política desenvolvimentista do governo militar) e à luz de uma teoria
muito em voga na década de sessenta: a teoria do capital humano. Elaborada por
Theodore W. Schultz, a teoria do capital humano compreende a educação como
um investimento. Como tal, deveria trazer um retorno econômico para a socieda-
de. Logo, para seus adeptos, o desenvolvimento econômico de uma nação pas-
sa por suas instituições de ensino. Também foram consideradas as experiências e
atuações de sujeitos que estavam em posição de influência, como o governador
Abreu Sodré. Também não foram deixadas de lado as fases do currículo: a pré-ativa
e sua execução ativa em sala de aula, fazendo uso das orientações de Goodson.
Este artigo tem como objetivo fazer uma breve análise das grades curriculares
dos primeiros cursos do CEETEPS, a saber: Construção Civil, Mecânica e Processa-
mento de Dados. O objetivo é compreendê-las à luz da teoria do capital humano,
assim como uma construção social. Para isso foram consideradas as experiências
dos sujeitos que estavam em posição de influência, a fase pré-ativa e, por fim, a
execução ativa em sala de aula, fazendo uso das orientações de Goodson.
Nosso ponto de partida será a disciplina “Educação Moral e Cívica” e sua similar
no ensino superior – “Estudos de Problemas Brasileiros”, presentes, na época, em
todos os cursos por determinações legais.
O Decreto-lei nº 869, de 12 de setembro de 1969, tornou a disciplina “Educação
Moral e Cívica” obrigatória no ensino fundamental, sendo sua correspondente, no
ensino superior, a disciplina “Estudos de Problemas Brasileiros”. Em seu segundo
artigo, o Decreto-Lei estabelece as finalidades da disciplina.
5 De acordo com o próprio texto da lei, a disciplina Educação Moral e Cívica apresentava finalidades que
apontavam neste sentido, como a “preservação, o fortalecimento e a projeção dos valores espirituais e éticos da
nacionalidade” e “o fortalecimento da unidade nacional e do sentimento de solidariedade humana”.
6 O governador Sodré promoveu, no Estado de São Paulo, um trabalho de doutrinação em defesa do ensino técni-
co, criando, inclusive, o termo “bacharelismo” para designar a valorização do ensino superior focado em carreiras
convencionais. Também importante lembrar que um dos relatórios dos primeiros grupos de trabalho citava o ensi-
no técnico como elemento de desenvolvimento – “cada um em proporção a seus interesses e a sua potencialidade,
cada um em relação ao seu ponto de partida”.
Idêntica preocupação pode ser constatada nas palavras do professor Kazuo Wa-
tanabe:
Referências
Bibliografia consultada
Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar a disciplina de Economia Doméstica e sua
relação com o curso de Iniciação Agrícola, destinado à turma feminina da Esco-
la Agrícola Industrial Mista Cônego José Bento, localizada em Jacareí, estado de
São Paulo, com base na documentação arquivada no Centro de Memória da Etec
Cônego José Bento e também em bibliografias relacionadas ao tema. O ensino
feminino teve início na Escola Mista Agrícola e Industrial Cônego José Bento
depois que o professor Arnaldo Laurindo assumiu a direção da Superintendência
do Ensino Profissional. Ao longo da trajetória escolar do ensino feminino, 1948 a
1954, quinze alunas foram eliminadas do curso que ingressaram todas, a pedido. O
quadro curricular da turma feminina foi organizado nos moldes da Escola Profissio-
Introdução
O ensino feminino teve início na Escola Mista Agrícola e Industrial Cônego José
Bento com a primeira turma do curso de Iniciação Agrícola, em 1948. Essa turma,
conforme o Livro de chamada da Secção Feminina da Escola Industrial Mista Cô-
nego José Bento, de fevereiro de 1948, era composta de 65 alunas regulares e 11
ouvintes. Ao contrário dos alunos, não estudaram em regime de internato.
A primeira turma feminina, que se formou em 1950, mereceu destaque em uma
reportagem do jornal O Combate,
A grade curricular da turma feminina foi organizada nos moldes da Escola Pro-
fissional Agrícola Industrial Mixta Regional de Espírito Santo de Pinhal, indicada na
Figura 1.
Figura 2. Boletim de notas (cópia) de Sérgia dos Santos Carneiro Pereira, 1950.
Fonte: ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL CÔNEGO JOSÉ BENTO, Centro de Memória, em 2015.
7 Em 13 de junho de 1967, Debble Smaira Pasotti ministrou a palestra “O Ensino e a Profissão em Educação
Doméstica nos Estados Unidos da América do Norte”, no Encontro de Economia Doméstica, promovido
pelo Centro Nestlé de Economia Doméstica da Companhia Industrial e Comercial Brasileira de Produtos
Alimentares Nestlé, recebendo uma carta de reconhecimento da sua participação no evento do diretor da
empresa G. Valtério, com os dizeres “Estamos certos que sua palavra, trazendo experiência e entusiasmo,
abriu novas perspectivas para todos aqueles que trabalham no ensino da economia e educação doméstica
no nosso país, dando ao nosso Encontro brilho e significado especial”. Fonte: Acervo pessoal de Debble
Smaira Passotti, em 2013. (CARVALHO, 2014)
Considerações finais
Fontes primárias
SÃO PAULO. Decreto Estadual nº 7.319, de 5 de julho de 1935. Cria a Escola Profis-
sional Agrícola-Industrial Mixta, em Jacareí. Disponível em:< http://www.al.sp.gov.
br/repositorio/legislacao/decreto/1935/decreto-7319-05.07.1935.html>. Acesso
em: 16 jun. 2015.
SÃO PAULO. Decreto Estadual nº. 12.037, de 1 de julho de 1941. Referente a no-
meações, promoções e contratos de pessoal, no quadro dos departamentos per-
tencentes a Secretaria de Educação e Saúde Pública. Disponível em: < http://www.
al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1941/decreto-12037-01.07.1941.html>
Acesso em: 16 jun. 2015.
Referências Bibliográficas
Resumo
8 Mestrado em Educação, na área de História, Historiografia e Ideias Educacionais pela Universidade São Fran-
cisco; Diretor e Professor do Ensino Médio-Técnico; Professor do Ensino Superior.
Na primeira matriz analisada, do ano 1994, o curso técnico estava sobre a vi-
gência da
Lei 5692/71, que ficou conhecida como a lei de reforma do 1º e 2º grau. Essa lei
não contou com a participação popular, não sendo submetida a grandes discus-
sões. Segundo Grilo (1997, p.4) as principais inovações foram: obrigatoriedade do
primeiro grau, com oito anos de duração, gratuito e voltado para a educação ge-
ral; criação do segundo grau, voltado à profissionalização; ensino supletivo para
atender jovens e adultos que não concluíram ou frequentaram o curso na idade
própria.
A matriz curricular continha duas modalidades: Habilitação Profissional Plena
de Eletrônica e Habilitação Profissional Parcial de Eletrônica. O estudante da habili-
tação Parcial ao cursar três anos, terminaria com o Certificado de 2º Grau e o título
de “Auxiliar de Eletrônica”; já o aluno da habilitação Plena cursava quatro anos; ao
concluir o curso e o estágio obrigatório, receberia o certificado de 2º Grau e o título
de “Técnico em Eletrônica”.
Vamos analisar as disciplinas nas duas matrizes curriculares que constam na
Tabela 1.
Em 2006, foi implantada uma nova matriz curricular, através do Plano de Cur-
so número 089_2005, da Habilitação Profissional de Técnico em Eletrônica, Área:
Indústria, publicado em 28 de outubro de 2005, pelo Centro Paula Souza. A mu-
dança na matriz curricular estava relacionada à nomenclatura das disciplinas, que
passaram a ter a mesma denominação elencada na CBO – Classificação Brasileira
de Ocupações – do Ministério do Trabalho. Esta nova matriz curricular foi bastante
discutida e analisada no Laboratório de Currículo do Centro Paula Souza.
(2) Essas suas disciplinas serão inseridas novamente na matriz curricular, sendo:
Ética e Cidadania Organizacional em 2009 e Inglês Instrumental em 2010, dis-
ciplinas essências na formação técnica de qualquer profissional.
Referências
BRASIL. PARECER CFE (Conselho Federal Educação) n.º 45/72 – CEPSG – Aprova-
do em 12-01-72.
GRILO, Valéria Teixeira de Meiroz. Direito à Educação: Lei de Diretrizes e Bases. In:
Revista Igualdade XVI, Curitiba, ano V, nº. XVI, jul./set. 1997
.
Resumo
9 Bacharel em Direito. Especialista em Ciências Penais. Mestre em Educação. Coordenador de Projetos no Grupo
de Supervisão Educacional - Área de Gestão de Legislação e Informação (GSE/Geslinf) no CEETEPS – Professor
Universitário. Advogado
Art. 1º [...]
§1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve,
predominantemente, por meio do ensino, em instituições
próprias.
[...]
D’Hainaut (1980, p. 21), por sua vez, define currículo como sendo: “[...] um plano
de ação pedagógica muito mais largo que um programa de ensino [..] que com-
preende, em geral, não somente programas para as diferentes matérias, mas tam-
bém uma definição das finalidades da educação pretendidas”.
Já Bobbitt dá um viés mais amplo à noção de currículo, defendendo tratar-
se de:
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB), em seu artigo 26, determinou que a constru-
ção dos currículos deve atentar-se para a pluralidade das características de cada
contexto regional/local que será desenvolvido, sendo válido destacar que, muito
embora o referido artigo mencione somente os currículos do ensino fundamental
e médio, em nossa visão, o espectro de incidência dessa norma deve ser ampliado
para abranger todos os níveis de ensino no Brasil, inclusive, a educação profissio-
nal.
Convém destacar ainda que a própria L.D.B. (Art. 27 e Art. 36-B, III) autoriza as
Referências
Resumo
Introdução
Desenvolvimento
Desenvolvimento da pesquisa
Visitas Técnicas
Considerações finais
CPS. Perfil e histórico do Centro Paula Souza. Disponível em: < http://www.cps.
sp.gov.br/quem-somos/perfil-historico/>. Acesso em: 23 out. 2018.
KÜLLER, J. A. Currículo Integrado do Ensino Médio. In: REGATTIERI, M.; CASTRO, J.M.
(Orgs). Ensino Médio e Educação Profissional: desafios da integração. 2.ed. Brasí-
lia: UNESCO, 2010. p. 171-188.
MEC / SETEC. Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Brasília: MEC, 2012. Disponí-
Resumo
Este trabalho objetiva apresentar alguns aspectos do histórico da elaboração de
currículos das habilitações profissionais técnicas de nível médio, além de Especia-
lizações Técnicas e de Cursos de Formação Inicial e Continuada (ou Qualificação
Profissional), com a utilização do referencial conceitual pautado nas competências
profissionais, habilidades, bases tecnológicas, funções e atribuições ligadas a cargos/
ocupações do setor produtivo. A elaboração e a reelaboração de currículos são
processos que devem ocorrer em consonância com a formação de parcerias com o
setor produtivo para a sistematização dos perfis profissionais a serem desenvolvi-
dos e para o respectivo desenho curricular.
Introdução
Nos últimos quase 20 anos, o Centro Paula Souza – CPS -, por intermédio da
Coordenadoria do Ensino Médio e Técnico – Cetec -, tem elaborado os currículos
dos cursos técnicos em parceria com representantes de instituições públicas, pri-
vadas e do terceiro setor.
A primeira experiência ocorreu quando a Associação Nacional de Transportes
Públicos – ANTP - solicitou ao CPS a oferta de formação profissional para os traba-
lhadores da área.
Como, na época, o CPS não oferecia qualquer curso nesta área, solicitamos que
Dos princípios
Todos os currículos construídos nestes quase 20 anos são resultados de um
consenso entre o que pretendem os demandantes e o que os especialistas da Ce-
tec, professores das Escolas Técnicas Estaduais de São Paulo – Etecs-, consideram
pertinente, à luz das experiências e das reflexões sobre a formação profissional de
nível médio.
A Cetec tem mediado esse processo, gerenciado os Laboratórios de Currículo
(processo, produtos e equipes formadas por especialistas de empresas e das Etecs)
relativos a (re)elaboração curricular, fazendo com que as definições sobre as atri-
buições, as competências profissionais, as instalações, as cargas horárias teóricas e
práticas, sejam acordadas pelo coletivo.
Todos sabem que esse ou aquele currículo é um consenso transitório, que será
revisto quando do desenvolvimento de cada curso e, assim, submetido a crítica
dos professores e alunos. Essa avaliação se dá em diferentes Etecs e vai ser conside-
rada nas reformulações curriculares.
A descrição do perfil profissional é detalhada em atribuições e atividades, ten-
do como limite a análise do que está previsto para as funções/cargos das empresas
consultadas e as da mesma família descritas na CBO – Classificação Brasileira de
Ocupações do Ministério do trabalho e Emprego.
É necessário ter em conta que o diploma de técnico tem validade nacional,
mesmo sabendo-se que a maior probabilidade é que o técnico formado pelas Ete-
cs atue na região em que reside/ em que estudou.
As atribuições profissionais que delimitam o Perfil Profissional são as referên-
10 Companhia do Metropolitano de São Paulo - Metrô, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos de São
Paulo - CPTM, Companhia de Engenharia de Tráfego - CET e São Paulo Transporte - SPtrans
Da organização
O desenvolvimento do currículo
Considerações finais
Resumo
12 Ou seja, há de se saber que o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos comporta predefinições redigidas
pelo governo e órgãos reguladores, as quais precisam ser levadas em consideração para reformulação, atua-
lização ou reformulação de um curso de educação profissional técnica de nível médio.
Contudo, vale lembrar que o limite do trabalho do GFAC vai até a redação do
documento Plano de Curso, visto que o produto final do departamento é escrito,
foi criado o Núcleo de Estudos do Currículo da Educação Profissional Tecnológica
(NECEPT) que, dentre seus objetivos, está fomentar que a reflexão sobre um deter-
minado curso aconteça também através de ferramentas e técnicas que manipulem
a escrita. Os autores deste trabalho participam do NECEPT, juntamente com outros
colaboradores do GFAC e convidados externos.
O NECEPT, através de sua linha de trabalho, entende que a redação curricular
é um gênero textual específico e que intenciona mobilizar as possíveis interpreta-
ções de seu conteúdo de forma multidirecional, uma vez o documento Plano de
Curso pode, simultaneamente:
• Conselho de escola
• Reuniões pedagógicas
• Reunião de área
• Ouvidoria do CPS
• Feira Tecnológica do CPS (FEETEPS)
• INOVA (Agência de Inovação do CPS)
• Departamento de Capacitações da Unidade do Ensino Médio e Téc-
nico - CPS
• Reunião de pais
• Visitas técnicas
• Departamento de Supervisão Escolar da Unidade do Ensino Médio e
Técnico - CPS
• Feedbacks do mercado de trabalho
• Avaliações Institucionais
• Grêmios estudantis
• Associação de Pais e Mestres
Tais contribuições podem revelar novas diretrizes, bem como carecer de escla-
recimentos a respeito de determinados cursos que estão ou estiverem em análise
pelo GFAC e, por isso, existem iniciativas deste Departamento em direção a:
Rastreabilidade conceitual
Conclusão
Referências
BUENO, Maria Sylvia Simões [et. al.] Gestão e currículo no ensino técnico: olhares
da pesquisa sobre o Centro Paula Souza. Marília: Fundepe, São Paulo: Cultura Aca-
dêmica, 2010.
MAIA, Luiz Carlos Zanirato; Mapeamento das Unidades do Centro Paula Souza
– 2º Semestre, CEETEPS, 2015.
Resumo
Desenvolvimento
Considerações finais
KÜLLER, J. A. Currículo Integrado do Ensino Médio. In: REGATTIERI, M.; CASTRO, J.M.
(Orgs). Ensino Médio e Educação Profissional: desafios da integração. 2. ed. Bra-
sília: UNESCO, 2010. p. 171-188.
Resumo
“Dizer, pois, que a educação é um fenômeno próprio dos seres humanos sig-
nifica afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de
trabalho, bem como é, ela própria, um processo de trabalho”. (SAVIANI, 1995, p.19).
As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM) (Parecer CNE/
CEB 05/2011 e Resolução CNE/CEB 02/2012) e as Diretrizes Curriculares Nacionais
da Educação Profissional Técnica de Nível Médio (Parecer CNE/CEB 11/2012 e Re-
solução CNE/ CEB 06/2012) formam um conjunto de orientações e recomendações
que deveriam servir para apoiar o trabalho dos professores das instituições que
atuam nesta modalidade e nível de ensino (VIROTE, 2009).
As mudanças curriculares implantadas a partir da nova legislação afetaram sig-
nificativamente o ensino técnico de nível médio, porque traziam em si uma con-
cepção de ensino médio que enfatizava uma formação básica, de caráter geral e
sólido, assentada no desenvolvimento de competências e habilidades do aluno,
como melhor meio de preparação para a vida, para a cidadania e para o trabalho
(VIROTE, 2009, p. 73).
No que se refere ao mundo do trabalho, a noção de competência tem sido colo-
cada como a alternativa mais adequada à noção de qualificação, mais sintonizada
com as novas necessidades do mercado de trabalho (BASSO, 2010).
O termo competência surgiu, primeiramente, em alguns países industrializa-
dos, sobretudo naqueles que apresentavam maiores problemas em integrar seus
sistemas educativo e produtivo, por isso o modelo de competências surgiu como
uma proposta para a educação profissional, como uma decorrência das mudanças
no mundo do trabalho que necessitava de um novo perfil do trabalhador. (RON;
SOLER, 2010). Em decorrência do conceito de competência ter sido introduzido
em diversos países explica-se a multiplicidade de significados atribuídos à compe-
tência, dado que seu emprego depende diretamente da definição dos principais
problemas do sistema de formação e aprendizagem profissional de cada país e
Conclusão
Referências bibliográficas
Resumo
15 Giroux, Henry A. e Roger Simon. Cultura Popular e Pedagogia Crítica: a vida cotidiana como base para o
conhecimento curricular – em Antonio Flavio Moreira e Tomaz Tadeu (Orgs.). Currículo, Cultura e Sociedade.
Editora Cortez. 2011
Referências
GIROUX, Henry A. e SIMON, Roger. Cultura Popular e Pedagogia Crítica: a vida co-
tidiana como base para o conhecimento curricular. In: MOREIRA, Antonio Flavio e
TADEU, Tomaz (Orgs.). Currículo, Cultura e Sociedade. São Paulo: Editora Cortez,
2011.
ROBINSON, Ken. Libertando o poder criativo. São Paulo: Editora HSM, 2011.
Resumo
O presente texto tem como objetivo mostrar o processo que direcionou a constru-
ção de textos argumentativos quando da redação de “Justificativas” de Planos de
Curso de Habilitações Técnicas de Nível Médio (áreas de Mineração, Transportes,
Química, Agropecuária, Meio Ambiente, Saúde, Construção Civil e Geomática, con-
forme Referenciais Curriculares), experiência realizada na então Coordenadoria do
Ensino Técnico do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, no perío-
do compreendido entre 2001 e início de 2003, oportunidade que nos possibilitou
identificar uma metodologia, desenvolvida por meio da adoção de uma “linha ar-
gumentativa” estruturada a partir da leitura de dados, oriundos de diversas fontes,
associados ao contexto das áreas – tarefa que tinha como premissa a transposição
de dados em informações e informações em argumentos.
Introdução
Análise da experiência
Processo de construção
Considerações finais
BUENO, Francisco da Silveira. Curso Prático de Português - vol.1. São Paulo: Edi-
ções Fortaleza Crédito Brasileiro de Livros, 1973.
Resumo
Prerrogativas didático-pedagógicas
Resultados alcançados
Gráfico 1. Etec – Índice de projetos (TCC) por Eixo Tecnológico (%) - Pesquisa 2014.
Fonte: http://www.inovapaulasouza.sp.gov.br
PIMENTA, S. G. Professor reflexivo: construindo uma crítica. In: PIMENTA, S. G.; GHE-
DIN, E. (Org.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. 2.ed.
São Paulo: Cortez, 2002. p. 17-51.
Resumo
Introdução
O conceito de competência
Atualmente não existe uma única definição global e unificada para o termo
“competência”. Porém, foram desenvolvidos estudos por diversos autores que
formularam seus próprios conceitos sobre competência, seguindo dois tipos de
correntes dentro da gestão organizacional: o primeiro liga a competência aos co-
nhecimentos, habilidades e atitudes que possibilitam um indivíduo cumprir uma
função, e o segundo vincula competência às realizações do indivíduo dentro do
contexto da organização. (JÚNIOR; ARBACH; GUTIERREZ, 2007)
Dentro da primeira corrente, Rabaglio (2004, p. 23) conceitua competências
Os tipos de competência
Competências individuais
Fleury e Fleury (2001, p. 24-26 apud Miranda, 2004, p.116) subdividem as com-
petências individuais em três grandes blocos, dentro de uma visão sistêmica: com-
petências de negócio, que se referem à compreensão do negócio pelo indivíduo;
competências técnico-profissionais, que estão diretamente ligadas a operações,
ocupações ou atividades; e por fim, competências sociais, que são fundamentais
na interação com pessoas.
Le Boterf (2003, p. 93) define a competência do indivíduo como a faculdade de
utilizar a instrumentalização de recursos pessoais e do meio de maneira pertinente.
Dentro desta definição, os recursos pessoais são constituídos por saberes (saberes
teóricos, do meio e procedimentais), saber-fazer (saber-fazer formalizados, empíri-
cos, relacionais e cognitivos), aptidões ou qualidades e experiências acumuladas;
já os recursos do meio são constituídos por máquinas, instalações materiais, infor-
mações e redes relacionais. Ele afirma que a competência baseia-se nessa dupla
instrumentalização, mas não pode ser confundida com ela.
Rabaglio (2004, p. 25) faz a divisão das competências individuais entre técnicas
e comportamentais. Conforme o conceito de competência elaborado por Raba-
glio (2004), as competências técnicas englobam os conhecimentos e habilidades
adequados para exercer determinada função e as competências; as comportamen-
tais englobam as atitudes observadas dentro de comportamentos explícitos, ob-
serváveis e mensuráveis desejados para a função.
Competências organizacionais
Dentro das competências das organizações ainda existe outro tipo de classi-
ficação que denomina as competências essenciais ou competências-chave. Para
Miranda (2004, p. 117) essas competências são formadas pela integração de um
conjunto de habilidades e tecnologias. São as competências que se destacam em
uma organização, que representam a valorização da empresa pelo cliente e geram
a capacidade de expansão. Para o desenvolvimento das competências essenciais,
torna-se necessária a aprendizagem coletiva, demandando colaboração e compro-
metimento de todos os colaboradores. (CARLETTO; FRANCISCO; KOVALESKI, 2005).
Ainda de acordo com Godoy (apud Ruas 2000, p.217), “as competências têm
sido empregadas em dimensões”:
• Competências essenciais: mais abrangentes, que expressam a
dimensão organizacional;
• Competências funcionais: aquelas inerentes ao desempenho
das áreas vitais da organização, que têm dimensão de grupo;
• Competências individuais: relativas às pessoas que atuam na
organização.
• Competências organizacionais: fontes de vantagem compe-
titiva sustentável nas quais encontramos as competências indi-
viduais, que são difíceis de imitar. Estudam-se as competências
individuais para garantir a vantagem competitiva organizacional
por meio de pessoas.
Segundo Godoy (2010, p.221, 222 e 223) “para alguns pesquisadores, a com-
petência é a união dos conceitos norte-americanos e franceses”. Seguem alguns
conceitos:
• O conceito norte-americano de competências: os norte-america-
nos definem competência como inputs das pessoas, isto é, con-
sistem em características que o indivíduo possui como conheci-
mento, habilidade e atitudes que afetam a habilidade individual
para performance.
• O conceito francês de competência: a competência, para os au-
tores franceses, são os outputs, dimensões de fazer com iniciativa
De acordo com Godoy (2010, p.223) “os pesquisadores brasileiros iniciaram seus
debates (...) nos quais destacamos autores como Ruas, Fleury e Fleury e Dutra”.
• O conceito brasileiro: os enfoques brasileiros apontam para uma abor-
dagem de pesquisa em que as competências são conhecimentos, ha-
bilidades e atitudes entregues que agregam valor econômico para a
organização e valor social ao indivíduo. Os pesquisadores brasileiros
começaram a estudar as competências com base em estudos norte-
-americanos, ou seja, nos inputs, e depois introduziram os conceitos
franceses de outputs.
Considerações finais
Referências bibliográficas
CARLETTO, Balduir; FRANCISCO, Antonio Carlos de; KOVALESKI, João Luiz. Com-
petências essenciais: Contribuições para o aumento da competitividade. [S.I.]:
ABEPRO – Associação Brasileira de Engenharia de produção, XXV ENEGEP, Porto
Alegre, 2005. Disponível em: <http://www.canaldosconcursos2.com.br/material/
pdf/trf_nocoes_de_administracao_wagner_rabello/trf_administracao_rabello_
gestao_por_competencia_02.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2015.
FLEURY, Maria Tereza Leme; FLEURY, Afonso Carlos Correa. Alinhando estratégia e
competências. [SI]: RAE – Revista de Administração de empresas, 2004, v. 44, n. 1.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rae/v44n1/v44n1a12.pdf>. Acesso em:
18 mar. 2015.
Bibliografia consultada
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo:
Atlas,2008.
Rosana MARIANO
Resumo
Este trabalho faz uma reflexão sobre a necessidade de programas formação do-
cente continuada para o uso de novas tecnologias frente às demandas curriculares
impostas pela globalização e pela sociedade da informação. Apesar da Escola ain-
da estar lutando para realizar uma efetiva modernização tecnológica, o processo
pedagógico ainda sofre com a falta de entendimento de como circulam e são dis-
ponibilizadas as informações no mundo globalizado. O papel do professor nesse
contexto é importante e decisivo para que a Escola vença os desafios da sociedade
da informação.
Referências
GUIMARAES, Luciano S. Rosa. O aluno e a sala de aula virtual. In: LITTO, Fredric M.;
FORMIGA, Marcos (Orgs). Educação a distância: o estado da arte. v. 2, cap. 15, 2 ed.
São Paulo: Pearson, 2011.
OBLINGER, Diana G.; OBLINGER James, L. Educating the new generation. Educase:
University of North Caroline. 2005.
QUARELLI, Marlene; PERIOTTO, Álvaro José. Um olhar sobre o emprego das tecno-
logias de informação e comunicação na gestão da educação pública: o cenário da
migração para políticas de inovação. Revista Gestão Políticas Pública no Paraná.
Cap. I – Educação. Paraná, 2006.
Bibliografia consultada
PEREIRA, Theresinha Cybis; SCHITT, Valdenise; DIAS, Maria Regina Álvares C. Am-
bientes virtuais de aprendizagem. Disponível em: <http:www.disciplinas.sto.
usp.br/contente/1/seminários%20-20%ambientes%20virtuais%20virtuais%20
de%20aprendizagem.pdf>. Acesso em: 7 maio 2015.
Resumo
17 As citações de todos os autores ligados a esta perspectiva localizada no século XIX foram baseadas em
Moraes (2009).
Referências
CAVALIERI, Ana M. Notas sobre o conceito de educação integral. In: COELHO, Lígia
M. C. C. (org.). Educação integral em tempo integral: estudos e experiências em
processo. Petrópolis, RJ: DP et Alii, Rio de Janeiro: FAPERJ, 2009.
YOUNG, Michael D. F. Para que servem as escolas? Educação & Sociedade, vol. 28,
n. 101, p. 1287-1302, 2007. Disponível em <http://cedes.unicamp.br>. Acesso em:
22 maio 2015.
Resumo
Propõe-se uma discussão sobre fins e ideais do currículo, para uma reflexão sobre a
formação superior integral do educando em cursos superiores de Tecnologia. Este
artigo tem como objetivos considerar concepções teóricas sobre educação supe-
rior tecnológica, para a compreensão sobre o currículo, competências e habilida-
des no contexto contemporâneo; e discutir as especificidades do ensino superior
de graduação tecnológica, além da relevância da pesquisa e extensão. Nesta dis-
cussão sobre currículo e formação do educando foram pertinentes considerações
sobre aspectos relevantes do ensino superior de graduação tecnológica do Centro
Paula Souza, além de estudos que são parte do trabalho e pesquisas desenvolvidas
pela Coordenadoria de Ensino Superior, CESU. A metodologia que orienta esta dis-
cussão caracteriza-se por uma abordagem qualitativa de uma pesquisa descritiva
que se baseia na reflexão teórica no âmbito da Educação e das Ciências Sociais
Introdução
18 Coordenadoria de Ensino Superior (CESU), do Centro Paula Souza, responsável pela garantia do cumprimento
das Diretrizes da Educação Tecnológica e da legislação. Compete à CESU analisar o desempenho das Fatecs;
unificar procedimentos administrativo-acadêmicos; além de supervisionar, orientar, coordenar e controlar a gestão
das unidades, a fim de criar diretrizes para o ensino superior tecnológico do Estado de São Paulo e propor ações
de melhoria e inovadoras
19 SIC MACHADO. In: O Profissional Tecnólogo e sua Formação. Revista da RET - Rede de Estudos do
Trabalho, v. Ano II, p. 20, 2008.
Referências bibliográficas