Introducao Ferias
Introducao Ferias
Introducao Ferias
1-FÉRIAS
Introdução/História
férias foi objeto de conquista ao longo dos séculos.
No início não era direcionada para toda a classe de trabalhadores, mas a certo grupo de
empregados (século XIX).
Em 1821, a Dinamarca, através de lei, passou a conceder uma semana de férias aos
empregados domésticos no mês de novembro.
A Inglaterra, por sua vez, em 1872 promulgou lei tratando das férias destinada
especificamente aos empregados das indústrias.
No século XX, houve substancial avanço na regulamentação das férias com o advento
do Decreto n.º 4.982, de 24 de dezembro de 1925, que ampliou as férias remuneradas
de 15 (quinze) dias para os empregados de estabelecimentos bancários, comerciais e
industriais, abrangendo uma gama significativa de pessoas.
Decreto n.º 23.103, de 19 de agosto de 1933, cuidou das férias dos empregados de
instituições de assistência privada, de estabelecimentos bancários e comerciais; já o
Decreto n.º 3.768, de 18 de janeiro de 1934, estabeleceu férias para os empregados da
indústria, de empresas de comunicação, transporte, serviços públicos e jornalísticas.
A temática das férias continuou a ser regulada pela Lei n.º 222, de 10 de julho de
1936, pela Lei n.º 229, de 10 de julho de 1936, pela Lei n.º 450, de 19 de junho de
1937, e pelo Decreto-Lei n.º 505, de 16 de junho de 1938.
Importante:
Inclusive o artigo XXV da Declaração Universal dos Direitos Humanos estabelece que
toda pessoa tem direito a repouso e lazer com limitação razoável das horas de trabalho,
além de férias periódicas remuneradas. (mitigação direitos).
A ONU quanto as férias revela uma preocupação mundial com a saúde e a segurança
do trabalhador e consagra a proteção do instituto por diversos países.
FUNDAMENTOS:
NATUREZA JURIDICA
*férias têm caráter dúplice e geram direitos e deveres tanto para o empregado quanto para o
empregador.
*Em relação ao empregado, as férias tem natureza jurídica de direito público e não podem ser
renunciadas, já que o empregado terá o direito de não trabalhar durante trinta dias
consecutivos, recebendo sua média remuneratória e o dever de não laborar para empregador
diverso, exceto na hipótese preconizada no artigo 138, CLT .
Art. 138 – Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador,
salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido
com aquele
* Convenção 132 da OIT em seu art. 12 estabelece a nulidade de pleno direito de todo acordo
realizado com o objetivo de privar o trabalhador de gozar do direito ao período mínimo de
férias mediante pagamento de indenização ou de qualquer outro modo.
Não é possível a substituição das férias por pagamento em dinheiro durante o cumprimento do
contrato, não se podendo premiar a prática da “venda de férias” que ocorre por vezes no
ambiente laboral face ao caráter imperativo das mesmas.
Obs: Se porventura, as férias não forem usufruídas na vigência do contrato de trabalho: elas
poderão ser pagas no momento da rescisão contratual, caso claro de conversão da obrigação
de fazer em valor equivalente em espécie, ou seja, em obrigação de dar (pagar), passando a ter
natureza jurídica indenizatória, exceto nos termos do art. 449, CLT, e do art. 148, CLT,
quando constituirão crédito privilegiado na falência, dissolução da empresa ou recuperação.
(CASSAR, 2014, p. 777).
Aquisição e Duração
O art. 129 da CLT estatui o direito do empregado ao gozo anual de um período de férias; logo
na sequência, o art.130, caput, e o art. 130 - A, caput, estipulam um critério objetivo para a
aquisição das férias pelo obreiro.
O período aquisitivo é aquele que terá de ser cumprido pelo empregado para que ele adquira o
direito às férias, e como regra é o lapso temporal de um ano de serviços prestados ao
empregador, isto é, corresponde a cada ciclo de doze meses do contrato de trabalho.
O marco inicial do período aquisitivo corresponde ao primeiro dia do contrato de trabalho, o
qual será incluído para fins de contagem do prazo.