Minicurso Latex

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia

de São Paulo

Um curso básico de LATEX

A
Notas de minicurso básico de L TEX fornecido no

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecno-

logia de São Paulo - Campus São Paulo.

São Paulo
2014
2

Sumário

1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.1 Editores de texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2 Estruturação do documento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.1 Estrutura inicial e classes de documento . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.2 Pacotes - Packages . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.3 Formatação do texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.3.1 Caracteres especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.3.2 Alinhamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.3.3 Espaçamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.3.3.1 Entre palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.3.3.2 Entre linhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.3.4 Estilos de letras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3.5 Tamanho de letras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3.6 Notas de rodapé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.4 Itens, enumeração e descrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.4.1 Itemização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.4.2 Enumeração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.4.3 Descrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.5 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3 Modo matemático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.2 Índices e potências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.3 Frações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.4 Raízes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.5 Somatório e produtório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.6 Integrais, limites e derivadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.6.1 Integrais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.6.2 Limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.6.3 Derivadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.7 Matrizes e o comando Array . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.8 Sistema de equações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.8.1 O comando cases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.9 Equações em várias linhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.10 Parênteses, colchetes e chaves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.11 Vetores e conjugados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4 Figuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
5 Tabelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
5.1 Tabbing . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
5.2 Tabular e table . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
6 Apresentações no LATEX - Classe BEAMER . . . . . . . . . . . . 45
7 Criando avaliações e listas de exercícios . . . . . . . . . . . . . . . 51
7.1 Avaliações e listas de exercícios - A classe Exam . . . . . . . . . . . 51
8 Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
A Símbolos, letras gretas e setas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
A.1 Símbolos matemáticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
A.2 Letras gregas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
A.3 Setas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
B Instalando o MiKTeX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
C LATEX no Ubuntu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
4

1 Introdução

O sistema TEX (pronúncia “téqui”) foi criado para compor documentos


científicos com alta qualidade tipográfica. Em meados da década de 70, Donald
Knuth iniciou seus estudos para escrever um programa para processamento de textos
devido a má qualidade dos programas da época, programas estes que faziam a
impressão do seu livro A Arte de Programação do Computador.
A falta de uma fonte padrão e adequada para documentos científicos, Knuth
decidiu trabalhar nos designs das fontes conhecidas como Computer Modern imple-
mentada para ser usada no sistema TEX. Com qualidade profissional, este sistema
tornou-se padrão na confecção de documentos científicos, porém, como toda novidade,
continham necessidades de melhorias e então o matemático Leslie Lamport coordenou
um grupo e desenvolveu novas macros que concluído foi chamado de LATEX(pronúncia:
“Latéqui”). A partir de então diversas melhorias foram introduzidas ao passar dos
anos.
A diferença entre o LATEX e, por exemplo, o Microsoft Word é que o último
tem sua estrutura através de menus na tela onde é possível serem selecionados com
o mouse e o visual é modificado instantaneamente podendo ser visto sua estrutura,
qualidade final e o que será impresso. Esse tipo de processador é chamado de “What
You See Is What You Get”, simplificado como WYSIWYG. Já o LATEX não funciona
assim. Ele é separado em duas etapas: há um arquivo fonte onde o texto e os
comandos de formatação são processados e escritos em um editor de textos e em
seguida o arquivo fonte é compilado gerando assim um arquivo de saída que pode ser
visualizado na tela, como por exemplo, os leitores de pdf ou um arquivo de impressão
direta. Isto significa que você, usualmente, não vê a versão final do documento
enquanto está editando.
Apesar de ser um programa que pode ser usado por todas as áreas do conheci-
mento, o LATEXse destaca, também, pelo seu modo matemático que é extremamente
eficiente. Uma formulação matemática do tipo

sen(x)
lim =1
x→0 x

pode ser escrita facilmente da seguinte forma:

\[ \lim_{x \rightarrow 0} \dfrac{sen(x)}{x} = 1 \]


Capítulo 1. Introdução 5

Portanto, este sistema nos proporciona uma série de vantagens e facilidade na


escrita de um documento extremamente profissional e de alta qualidade. Através de
poucos comandos é possível criar lista de figuras, lista de tabelas, notas de rodapé,
referências bibliográficas, sumário, índice remissivo, entre outros aos quais estão
implementado na estrutura lógica do LATEX não exigindo gastos excessivos de tempo
para configurá-los.

1.1 Editores de texto


Basicamente, os editores de textos são os programas aos quais serão digitados
e compilados os trabalhos sejam eles científicos ou não. Há diversos editores, como
por exemplo, TeXniccenter, TeXmaker, LEd, TeXstudio, TeXworks, Kile, Winedit,
entre muitos outros.
Cada um desses tem suas respectivas configurações e facilitadores. Não iremos
indicar algum desses para o uso, pois é uma questão de gosto para cada usuário.
A maioria deles trazem opções para o ambiente matemático, ícones para ajuda de
criação de tabelas, uma série de ferramentas para facilitar um pouco nosso trabalho.
A figura abaixo mostra a tela de um dos editores citados: TeXstudio.

Figura 1 – Ambiente de trabalho do TeXstudio.


Capítulo 1. Introdução 6

Destacamos o local onde fica o modo matemático, o qual falaremos mais tarde,
onde encontra-se uma série de comandos para ser utilizado nesse ambiente. Podemos
notar itens para enumerar equações, destacar as equações, escrever frações, raízes,
funções matemáticas, fontes, entre outros. Esses são facilitadores, mas é bastante
importante saber os comandos básicos e saber a diferença entre eles. Por exemplo,
observe que há dois comandos para as frações, um é o \frac{}{} e o outro comando
é o \dfrac{}{}. A diferença entre ambos é: o primeiro nos retorna uma fração do
tamanho da linha de texto já o segundo nos retorna uma fração do tamanho que é
escrito no modo matemático. Por exemplo, com o \frac{numerador}{denominador}
1
escrevemos 12 e o \dfrac{numerador}{denominador} escrevemos , ultrapassando
2
os limites da linha de texto.
Observe que no canto esquerdo há uma coluna com uma série de ícones, como
por exemplo, de cima para baixo, estrutura (do documento), marcadores, símbolos
dos operadores, símbolos de relações, símbolos de flechas, delimitadores, letras gregas,
letras cirílicas, símbolos matemáticos, e assim por diante.
Na parte de baixo, há uma caixa de diálogo onde nos mostra erros e em quais
linhas encontram-se tais e se o processo está correto sem maiores problemas. Logo
ao lado de “Messages” há o “Log” que nos retorna os erros e seus respectivos locais
com problemas onde é possível gerar um “Log File”.
Em cima, há dois ícones verdes simbolizados por flechas. Esses ícones têm
como função a compilação do documento. O primeiro compila e abre o arquivo para
ser visualizado já o segundo apenas compila e se quisermos visualizar basta criar no
ícone simbolizado por uma lupa. A figura abaixo ilustra esse fato.

Figura 2 – Compiladores do TeXstudio.


7

2 Estruturação do documento

2.1 Estrutura inicial e classes de documento


Todo documento .tex tem um começo, meio e fim. O começo é a configuração
do documento que será usado para compor seu trabalho e é conhecido como preâmbulo.
O primeiro comando logo de início é \documentclass[opções]{classe}. Opções
não é um parâmetro obrigatório e nesse campo coloca-se informações a respeito
do tamanho da fonte, tipo de folha, landscape para impressão no modo paisagem,
twocolumn para impressão em duas colunas, oneside para impressão em um lado,
twoside para impressão dos dois lados do papel, entre outras configurações. Em classe
é o local que define o estilo de documento: article, report, book ou letter. Por exemplo,
podemos definir um documento da seguinte maneira:

\documentclass[a4paper, 12pt]{article}

onde utilizaremos a classe para escrever um artigo sendo o tamanho do papel com
as dimensões A4 com fonte tamanho 12. Porém, esses não são os únicos estilos. É
possível configurar sua própria classe configurando um arquivo com extensão .cls.
Congressos, universidades e outras instituições costumam disponibilizar outros estilos
para configurar os trabalhos de acordos com suas normas internas e acadêmicas e
isso é o que mais ocorre.
O que definiremos aqui como meio do documento é o desenvolvimento do seu
trabalho e, após feita sua configuração inicial, será iniciado com o comando

\begin{document}

e a partir daqui será inserido tudo que for necessário para compor seu trabalho e
para o fim você vai inserir o comando

\end{document}

e tudo que for escrito após esse comando será ignorado pelo LATEX.
Um arquivo extremamente simples pode ser iniciado da seguinte forma:

\documentclass[a4paper, 12pt]{article}
Capítulo 2. Estruturação do documento 8

\begin{document}
Meu primeiro documento escrito no \LaTeX.
\end{document}

2.2 Pacotes - Packages


Nesta seção, apresentaremos os pacotes básicos para “resolver” alguns proble-
mas que o LATEX não resolverá para você. Por exemplo, para escrever um texto com
acentuação e letras de acordo com nosso teclado é necessário inserir um determinado
pacote. É necessário diferentes pacotes para inserir gráficos, texto colorido, símbolos
para o modo matemático e assim por diante.
Para ativar um pacote é necessário inserir o seguinte comando no preâmbulo:

\usepackage[opções]{pacote}

onde opções são palavras chaves que acionam recursos especiais no pacote e no campo
pacote será inserido o nome do mesmo.

Tabela 1 – Alguns pacotes e suas finalidades


Pacote Descrição
babel Macros para edição de textos em diversos idiomas
amsmath Pacote que define o modo matemático
amsthm Permite configurar o estilo de cada ambiente de teoremas
amsfonts Estilo de letras para o modo matemático
amssymb Símbolos para o modo matemático
graphicx Inclusão de gráficos e figuras no LATEX
geometry Configura o tamanho da página e margens a serem usadas
color Gera arquivos com letras coloridas {\color{red} texto}
inputenc Define o encoding que está sendo utilizado pelo sistema
fontenc Define o tipo de fonte que será gerado pelo LATEX
float Opções para definir posicionamento de figuras e tabelas
indentfirst Identação do primeiro parágrafo
setspace Permite que o espaçamento entre linhas possa ser alterado
fancyhdr Permite a personalização de cabeçalhos

Na tabela acima falamos sobre encoding que basicamente é a codificação


de caracteres. Por exemplo, o latin1 armazena cada caractere em um único byte,
já o UTF-8 utiliza de um a quatro caracteres em um único byte. Este texto está
baseado em UTF-8. Esses pacotes facilitam a codificação de caracteres especi-
ais e hifenização de palavras. Por exemplo, antigamente para acentuar letras era
Capítulo 2. Estruturação do documento 9

uma combinação de diversos comandos. As entradas desses pacotes podem ser in-
clusas no preâmbulo com os seguintes comandos: \usepackage[T1]{fontenc} e
\usepackage[utf8]{inputenc}.

2.3 Formatação do texto


Nesta seção aprenderemos como formatar o texto em relação ao tamanho da
fonte e seu estilo, espaçamentos gerais, parágrafos, alinhamento, entre outros.

2.3.1 Caracteres especiais


Alguns caracteres são reservados para o LATEX para comandos especiais, são
eles:

~ ^ \ # $ % & _ { }

Para que esses símbolos apareçam no texto é necessário colocar \ antes de cada
um deles. Por exemplo, se quisermos escrever “dez reais” temos o seguinte comando
R\$ 10,00 que resulta em R$ 10,00. Para porcentagem é análogo, como por exemplo,
10\% resulta 10%. Se algum caractere acima for utilizado sem \ (\backslash),
provavelmente o LATEX indicará um possível erro, pois os mesmos estão reservados
para outras funções, como por exemplo, o símbolo & é reservado para o comando
array, para separar as colunas em tabelas e outras funções que apresentaremos
durante o texto. O símbolo de porcentagem pode ser utilizado para comentários. Ao
colocarmos % em uma frase, tudo que estiver a frente deste símbolo será entendido
como comentário pelo LATEX e será ignorado na impressão.

2.3.2 Alinhamento
O alinhamento padrão ao escrever um texto no LATEX é o justificado, mas
é possível alinhar à esquerda, centralizado e à direita e para isso utilizaremos as
entradas

flushleft \flushleft para alinhamento à esquerda

\centering para centralizar

flushright \flushright para alinhamento à direita.


Capítulo 2. Estruturação do documento 10

Porém, o LATEX nos dá a possibilidade de alinharmos pequenos trechos e não


o texto inteiro. As entradas acima faz com que todo texto fique alinhado de acordo
com as três opções. Abaixo segue um exemplo de alinhamento de um pequeno trecho
do texto

\begin{flushright}
Este texto foi alinhado à direita
\end{flushright}

\begin{center}
Este texto foi centralizado
\end{center}

\begin{flushleft}
Este texto foi alinhado à esquerda
\end{flushleft}

que tem como resultado

Este texto foi alinhado à direita

Este texto foi centralizado

Este texto foi alinhado à esquerda

2.3.3 Espaçamentos
2.3.3.1 Entre palavras

Ao digitarmos um texto, por exemplo, no Microsoft Word os espaços serão


determinados de acordo com a quantidade de vezes que apertarmos a tecla de
espaçamento. No LATEX não importa a quantidade de vezes que você aperta essa
tecla, sempre será contado com um espaço. Por exemplo,

Aqui estamos fornecendo quinze espaços de tamanho padrão.

mas a saída final será assim:


Aqui estamos fornecendo quinze espaços de tamanho padrão.
Capítulo 2. Estruturação do documento 11

A tabela abaixo mostra alguns comandos de espaçamento que funcionam


inclusive no modo matemático

Tabela 2 – Espaçamento entre as palavras


Código Descrição
\ Espaço de texto
\, Pequeno espaço
\: Espaço médio
\; Espaço grande
\! Espaço negativo
\quad Espaço de um tab
\qquad Espaço de dois tabs

Outro comando para espaçamento entre palavras (ou um espaçamento hori-


zontal) é \hspace{tamanho}. Por exemplo

Podemos dar um espaço de 3 cm \hspace{3cm} entre duas palavras.

que tem como saída


Podemos dar um espaço de 3cm entre duas palavras.
No modo matemático, podemos ter

Q = {a/b | a ∈ Z e b ∈ Z∗ }

que tem como comando de entrada

\[ \mathbb{Q} = \left\lbrace a/b \mid a \in \mathbb{Z} \quad


\mbox{e} \quad b \in \mathbb{Z^{*}} \right\rbrace \]

2.3.3.2 Entre linhas

O espaçamento entre linhas pode ser declarado diretamente no preâmbulo


do documento. O comando \linespread{espaçamento}. O espaçamento padrão do
LATEX é 1.0. Existem outros comandos, como por exemplo, vskip tamanho, onde
no lugar de tamanho é o valor deseja. Por exemplo, vskip 2mm, é um espaçamento
entre linhas de dois milímetros, vskip 1em, é um espaçamento com largura da letra
“M”, entre outros valores.
Há a possibilidade também de utilizar os comandos \newline e \\ que indicam
o término de uma linha sem iniciar um novo parágrafo. O comando \newpage inicia
Capítulo 2. Estruturação do documento 12

uma nova página exatamente após a última linha digitada. A entrada \linebreak,
como o próprio nome diz, quebra a linha, mas não faz pular linhas.

2.3.4 Estilos de letras


Ao escrever um texto é possível modificar o estilo de letra. Suponhamos que
você deseja escrever uma palavra em negrito, então há a necessidade de declarar a
seguinte entrada: \textbf{negrito}. Algumas modificações vem acompanhadas com
o pacote \usepackage[normalem]{ulem}. Outro comando é \vspace{comprimento}
que é utilizado entre duas linhas vazias e pode ser utilizada para separar dois
parágrafos. Por exemplo, verifique, como exercício, a seguinte entrada

Vou utilizar o comando \vskip 1cm


\vskip 1cm
para alterar o espaçamento entre linhas

A tabela abaixo apresenta algumas entradas

Comando Saída
\textit{texto} itálico
\emph{texto} enfatizado
\underline{texto} sublinhado
\uline{texto} sublinhado
\uuline{texto} sublinhado duplo
\uwave{texto} sublinhado em onda
:::::::::::::::::::::

\sout{texto} texto riscado


\xout{texto} ///////
texto//////////
riscado
\textsc{texto} Small Caps
\textsl{texto} slanted
\texttt{texto} letra de máquina de escrever

2.3.5 Tamanho de letras


É possível, ao digitar um texto, alterar o tamanho da letra. Por exemplo:

É possível alterar o tamanho das LETRAS.


Capítulo 2. Estruturação do documento 13

cuja entrada é

{\huge É} {\normalsize possível} {\scriptsize alterar} {\LARGE o}


{\tiny tamanho} {\large das} {\Huge LETRAS}.

A tabela abaixo apresenta algumas entradas para modificar o tamanho das


letras

Comando Saída
{\tiny } Letra

{\scriptsize } Letra

{\footnotesize } Letra
{\small } Letra
{\normalsize } Letra
{\large } Letra
{\Large } Letra
{\LARGE } Letra
{\huge } Letra
{\Huge } Letra
2.3.6 Notas de rodapé
É muito comum em artigos científicos as notas de rodapé. Com o seguinte
comando \footnote{...} será colocada no rodapé da página o texto desejado.
Vamos para um exemplo prático.

O primeiro título mundial da seleção brasileira foi em 1958a .


a
A copa do mundo de 1958 foi disputada na Suécia.

A numeração é automática de acordo com a sequência que forem introduzidas


as notas de rodapé. No nosso exemplo a é um valor numérico real e seguirá a
sequência 1, 2, 3, . . ., porém é possível modificar para letras, como desejar. A entrada
foi fornecida da seguinte forma:

O primeiro título mundial da seleção brasileira foi em 1958


\footnote{A copa do mundo de 1958 foi disputada na Suécia.}.
Capítulo 2. Estruturação do documento 14

2.4 Itens, enumeração e descrição


2.4.1 Itemização
O ambiente itemize é bastante útil para criar lista simples. A entrada é gerada
por

\begin{itemize}
\item Primeiro item
\item Segundo item
\item Terceiro item
\end{itemize}

que tem como saída

• Primeiro item

• Segundo item

• Terceiro item

O padrão do LATEX é o círculo de cor preta, mas é possível alterar. Vamos


para um exemplo.

\begin{itemize}
\item[*] Primeiro item
\item[*] Segundo item
\item[*] Terceiro item
\end{itemize}

que tem como saída

* Primeiro item

* Segundo item

* Terceiro item

e é possível alterar da maneira que desejar.


Capítulo 2. Estruturação do documento 15

2.4.2 Enumeração
O ambiente enumerate cria lista, como o próprio nome diz, enumeradas. Um
exemplo bastante útil é a criação de lista de exercícios e avaliações. A entrada é
gerada por

\begin{enumerate}
\item Primeiro item
\item Segundo item
\item Terceiro item
\end{enumerate}

cuja saída é

1. Primeiro item

2. Segundo item

3. Terceiro item

O exemplo acima é o padrão do LATEX, mas é possível alterar colocando


colchetes da seguinte forma

\begin{enumerate}
\item[(1)] Primeiro item
\item[(2)] Segundo item
\item[(3)] Terceiro item
\end{enumerate}

cuja saída é

(1) Primeiro item

(2) Segundo item

(3) Terceiro item

Há a possibilidade de criar uma enumeração dentro de uma enumeração, por


exemplo,
Capítulo 2. Estruturação do documento 16

\begin{enumerate}
\item[(1)] Dê o domínio das seguintes funções:
\begin{enumerate}
\item[(a)] $f(x) = \sqrt{x^{2} - 4}$
\item[(b)] $g(x) = \ln(2x - 6)$
\item[(c)] $h(x) = tg(2x)$
\end{enumerate}
\item[(2)] Prove que a função $f(x) = 3x + 7$ é bijetora.
\item[(3)] Construa o gráfico das seguintes funções:
\begin{enumerate}
\item[(a)] $f(x) = x + 3$
\item[(b)] $g(x) = x^{2} - 3x + 2$
\item[(c)] $h(x) = sen(2x)$
\end{enumerate}
\end{enumerate}

que tem resultado

(1) Dê o domínio das seguintes funções:



(a) f (x) = x2 − 4
(b) g(x) = ln(2x − 6)
(c) h(x) = tg(2x)

(2) Prove que a função f (x) = 3x + 7 é bijetora.

(3) Construa o gráfico das seguintes funções:

(a) f (x) = x + 3
(b) g(x) = x2 − 3x + 2
(c) h(x) = sen(2x)

2.4.3 Descrição
O ambiente description fornece lista para descrever os itens. Vamos utilizar
esse ambiente para descrever o funcionamento de alguns pacotes do LATEX.

\begin{description}
\item[lmodern] fonte Latin Modern
Capítulo 2. Estruturação do documento 17

\item[graphicx] pacote para inserir figuras.


\item[amsmath] pacote para o modo matemático.
\item[amsfonts] estilos de letras para o modo matemático.
\item[amssymbols] símbolos no modo matemático
\item[color] utilizar cores no texto.
\item[babel] macros para edição de textos em diversos idiomas, em nosso caso usamos
\item[fontenc] permite a acentuação feita diretamente pelo teclado, normalmente é ut
\item[fancyhdr] pacote que permite personalizar cabeçalhos.
\end{description}

cuja saída é

lmodern fonte Latin Modern

graphicx pacote para inserir figuras.

amsmath pacote para o modo matemático.

amsfonts estilos de letras para o modo matemático.

amssymbols símbolos no modo matemático

color utilizar cores no texto.

babel macros para edição de textos em diversos idiomas, em nosso caso usamos a
opção [brazil].

fontenc permite a acentuação feita diretamente pelo teclado, normalmente é utili-


zado com a opção [T1].

fancyhdr pacote que permite personalizar cabeçalhos.

Esses são alguns pacotes bastante utilizados. Os outros serão apresentados


durante o texto conforme a necessidade.

2.5 Bibliografia
O LATEX tem um poderoso organizador de referências bibliográficas: o bibtex.
Através de um arquivo externo você pode organizar totalmente suas referências
bibliográficas. Primeiramente, temos que criar um arquivo com extensão.bib e nosso
exemplo será “referencias.bib”. O arquivo terá que ser salvo na mesma pasta que o
arquivo .tex. Um exemplo de bibliografia é a seguinte
Capítulo 2. Estruturação do documento 18

@book{KEM1997,
adress ={Rio de Janeiro}
author ={ L.G. Kraige and J.L. Merian},
publisher = {LTC},
title ={Mec\^anica Din\^amica}
year =1997,
edition = {4th}
}

A “marca” KEM1997 após book é uma abreviação dos autores do livro


utilizado em sua pesquisa, nesse caso, abreviamos “Kraige e Merian”. Abaixo segue
um exemplo prático.

‘‘Um dos tópicos que tem uma carga horária grande de estudo em um
curso de Engenharia Mecânica é \textit{Mecânica Geral} e de acordo com
~\cite{KEM1997}, os alunos encaram o curso como uma
exigência difícil e com obstáculos acadêmicos desinteressantes
porque focam-se muito no aprendizado por memorização.’’

No final do documento, antes de \end{document} é necessário incluir os


seguintes comandos:

\bibliography{referencias}
\bibliographystyle{plain}

a saída da citação no texto será:


“Um dos tópicos que tem uma carga horária grande de estudo em um curso de
Engenharia Mecânica é Mecânica Geral e de acordo com Kraige e Merian (1997),
os alunos encaram o curso como uma exigência difícil e com obstáculos acadêmicos
desinteressantes porque focam-se muito no aprendizado por memorização.”
Um outro exemplo é

@book{boyer,
author = {Carl A. Boyer},
title = {História da Matemática},
edition = {2},
address = {São Paulo},
Capítulo 2. Estruturação do documento 19

publisher = {Edgar Blücher},


year = {1996},
}

@book{eves,
author = {Howard Eves},
title = {Introdução à História da Matemática},
edition = {1},
address = {Campinas},
publisher = {Unicamp},
year = {2004},
}

a qual utilizaremos a citação assim:

‘‘Os dados históricos a respeito do Cálculo Diferencial e Integral


foram baseados em ~\cite{eves} e ~\cite{boyer}.’’

cuja saída é
“Os dados históricos a respeito do Cálculo Diferencial e Integral foram baseados em
Eves (2004) e Boyer (1996).”
Os exemplos acima foram citações de livros, mas pode-se criar referências de
dissertações de mestrado, tese de doutorado, artigos científicos, links da internet, entre
outros. Abaixo segue alguns exemplos de como criar essas entradas no seu arquivo
.bib. É possível encontrar arquivos praticamente prontos no Google Academics,
bastando digitar as referências necessárias.
Abaixo segue alguns exemplos de entrada para o arquivo .bib:

@article{,
author = {},
title = {},
journal = {},
volume = {},
number = {},
pages = {},
year =
}
Capítulo 2. Estruturação do documento 20

@mastherthesis{,
author = {},
title = {},
school = {},
year = {},
address = {},
note {}
}

@phdthesis{,
author = {},
title = {},
school = {},
year = {},
address = {},
note = {},
}

Na próxima página, Referências, contém os resultados de nossos exemplos.


21

Referências

BOYER, C. A. História da Matemática. 2. ed. São Paulo: Edgar Blücher, 1996.

EVES, H. Introdução à História da Matemática. 1. ed. Campinas: Unicamp, 2004.

KRAIGE, L.; MERIAN, J. Mecânica Dinâmica. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1997.
22

3 Modo matemático

3.1 Introdução
Começaremos a abordar agora uma das principais, se não a principal, função
do LATEX: o modo matemático. Quatro pacotes básicos é necessário, o amsmath
que são os ambientes matemáticos em geral, amssymb que são os símbolos e o
amstext que é o modo texto e amsfonts que define alguns tipos de letras para o
modo matemático. Para ter acesso a esses pacotes é necessário digitar no preâmbulo
\usepackage{amsmath, amssymb, amstext, amsfonts}.
As fórmulas matemáticas têm seu espaçamento próprio e suas regras diferem
do modo de texto, então os pacotes acima darão conta para diferenciá-los no contexto
abordado na sua escrita. Basicamente há dois estilos mais usados de fórmulas: em
linha e em destaque. Vamos exemplificar.

Exemplo 3.1.1 (em linha). A fórmula de Euler é dada por eiπ + 1 = 0. Esse é o
exemplo de fórmula em linha e foi declarada da seguinte forma:

A fórmula de Euler é dada por $e^{i\pi} + 1 = 0$.

O símbolo $...$ é o modo matemático no ambiente de texto que também


pode ser declarado com o seguinte símbolo: \(...\).

Exemplo 3.1.2 (em linha). ax + by + c = 0 é a equação geral da reta. Também é


um exemplo de fórmula em linha e a declaração é da seguinte forma

\( ax + by + c = 0 \) é a equação geral da reta.

É possível destacar as fórmulas e além disso optar por enumerá-las. Diferente-


mente do ambiente e da codificação do modo em linha, agora temos um novo código
para declarar. Vamos aos exemplos.

Exemplo 3.1.3 (em destaque). A fórmula de Euler é dada por:

eiπ + 1 = 0

que foi declarada da seguinte forma:


Capítulo 3. Modo matemático 23

A fórmula de Euler é dada por:


\[ e^{i\pi} + 1 = 0 \]

O símbolo \[...\] caracteriza o destaque e a centralização de uma fórmula


matemática não mais em linha.

É possível enumerar a equação e sua numeração estará de acordo com a


numeração do capítulo e seção onde está sendo declarada a equação matemática.
Mas é possível criar nova numeração caso necessário.

Exemplo 3.1.4 (enumeração de equações). A expansão em série de Taylor da função


exponencial f (x) = ex é dada por:

 xn
ex = (3.1)
n=0 n!

Observe que além de destacada a equação está numerada de acordo com


seção que ela foi declarada. E declaramos da seguinte forma:

A expansão em série de Taylor da função exponencial $f(x) = e^{x}$ é


dada por:
\begin{equation}
e^{x} = \sum\limits_{n = 0}^{\infty} \dfrac{x^{n}}{n!}
\end{equation}

O ambiente \begin{equation} ... \end{equation} destaca e enumera


as equações, mas se desejar eliminar a enumeração basta declarar da seguinte
forma: \begin{equation*} ... \end{equation*}. O asterisco no final elimina a
numeração.
Caso queira uma numeração diferente da equação basta digitar, após a
equação, \setcounter{ctr}{num}, onde ctr pode ser substituído por equation,
chapter, section, subsection, etc.

No modo matemático temos que tomar cuidado quando há a necessidade de


escrever algum texto, por exemplo, para explicar uma passagem. Como dito antes, o
espaçamento no modo matemático é diferente. Vamos exemplificar o que acontece se
quisermos fornecer espaços iguais ao do modo texto.

Exemplo 3.1.5. Dada a equação eix = cos(x) + isen(x) e se x = π, então

eiπ = cos(π) + isen(π) =⇒ eiπ = −1 + 0, poiscos(π) = −1esen(π) = 0


Capítulo 3. Modo matemático 24

que declaramos da seguinte forma:

Dada a equação $e^{ix} = cos(x) + isen(x)$ e se $x = \pi$, então


\[ e^{i\pi} = cos(\pi) + isen(\pi) \Longrightarrow e^{i\pi} = -1 + 0,
pois cos(\pi) = -1 e sen(\pi) = 0 \]

Observe que os espaços foram declarados, mas na saída não apareceu os


espaços. É necessário usar o comando \mbox{texto} para escrevermos textos no
modo matemático e após a equação iremos dar um espaço com o comando \qquad.
Do mesmo exemplo acima, temos:
Exemplo 3.1.5. Dada a equação eix = cos(x) + isen(x) e se x = π, então

eiπ = cos(π) + isen(π) =⇒ eiπ = −1 + 0, pois cos(π) = −1 e sen(π) = 0

a declaração é a seguinte

Dada a equação $e^{ix} = cos(x) + isen(x)$ e se $x = \pi$, então


\[ e^{i\pi} = cos(\pi) + isen(\pi) \Longrightarrow e^{i\pi} = -1 + 0,
\quad \mbox{pois $cos(\pi) = -1$ e $sen(\pi) = 0$} \]

onde o comando \quad forneceu um espaço entre a equação e o texto e o comando


\mbox{texto} nos deu a possibilidade de digitar o texto. Outra forma é o comando
\text{}.

Exemplo 3.1.6. Prove, por indução, a validade da desigualdade de Bernoulli

(1 + x)n  1 + nx válida para x  −1 e n natural.

que declaramos assim

Prove, por indução, a validade da desigualdade de Bernoulli


\[ (1 + x)^{n} \geqslant 1 + nx \text{ válida para $x \geqslant -1$
e $n$ natural}. \]

e observe que há um espaço após a chave para fornecer o espaço entre o texto e a
equação.
Capítulo 3. Modo matemático 25

3.2 Índices e potências


Em muitos equacionamentos e tópicos matemáticos é necessário inserir índices,
como por exemplo, sequência de números reais, formulação com índices, entre outros
exemplos. Por exemplo,

an = n + 1 e bn = n

O índice n foi declarado da seguinte maneira

\[ a_{n} = n + 1 \quad\mbox{e}\quad b_{n} = \sqrt{n} \]

Para o LATEX entender que o índice está subscrito é necessário usar underline:
_{escrever o índice}. Quando é um único índice como nos exemplos acima não é
necessário colocar as chaves, mas quando há, por exemplo, indicar n + 1 é necessário
colocar as chaves senão o LATEX irá entender que o comando é só para a primeira
letra ou número. Por exemplo,

an + 1 = n + 1 e bn + 1 = n (errado)

declarado assim

\[ a_n + 1 = n + 1 \quad\mbox{e}\quad b_n + 1 = \sqrt{n}


\quad \mbox{(errado)} \]

o correto é

an+1 = n + 1 e bn+1 = n

declarado assim

\[ a_{n + 1} = n + 1 \quad\mbox{e}\quad b_{n + 1} = \sqrt{n} \]

Para o caso de potências, o LATEX precisa entender que você deseja escrever
algo sobrescrito e é necessário colocar ^{potência}. Por exemplo, uma função
polinomial do segundo grau é definida da seguinte forma:

y = ax2 + bx + c, a = 0

a qual declaramos da seguinte maneira

\[ y = ax^{2} + bx + c, \quad a \neq 0 \]


Capítulo 3. Modo matemático 26

O fato de novamente ter colocado as chaves é o mesmo motivo dos índices


exemplificados anteriormente.

Exemplo 3.2.1. Pierre de Fermat imaginou que todos os números primos eram
escritos a partir da seguinte função:
n
P (n) = 22 + 1 para todo n  0

porém, Euler mostrou que isso era um engano.


Observe agora que temos “potência de potência” que foi declarada da seguinte
maneira:

Pierre de Fermat imaginou que todos os números primos eram escritos


a partir da seguinte função:
\[ P(n) = 2^{2^n} + 1 \text{ para todo $n \geqslant 0$} \]

\noindent porém, Euler mostrou que isso era um engano.

É possível misturar ambos em uma mesma formulação matemática. Como


exercício, declare o seguinte equacionamento:

yn+1 = yn2 + yn−1

3.3 Frações
O operador de divisão pode ser declarado, basicamente, de duas maneiras
mais simples: em linha e em destaque. Por exemplo, “os números racionais são
escritos da forma ab com b não nulo”, sua declaração foi dada da seguinte forma

‘‘os números racionais são escritos da forma $\frac{a}{b}$ com $b$


não nulo’’

É possível também destacar as frações.

Exemplo 3.3.1. Prove, utilizando a definição de limite, que


n
lim =0
n→+∞ n2 +1

que declaramos da seguinte forma


Capítulo 3. Modo matemático 27

Prove, utilizando a definição de limite, que


\[ \lim_{n \rightarrow +\infty} \dfrac{n}{n^{2} + 1} = 0 \]

Observe a diferença dos comandos \frac{num}{den} e \dfrac{num}{den}.


O primeiro basicamente fica limitado a altura da linha já o segundo é destacado e
fica maior. É possível escrever o segundo em uma linha, mas ele ultrapassará o limite
determinado pela altura da linha.

3.4 Raízes
Basicamente há dois comandos para raízes: raiz quadrada e raízes enésimas.

Por exemplo, raiz quadrada de dois é dada por 2 declarada como \sqrt{2}.

Se quisermos uma raiz cúbica de oito, temos 3 8, dada por \sqrt[3]{8} onde
temos que declarar o índice e o argumento da raiz e é feito da seguinte maneira:
\sqrt[root]{arg}.
√
Exemplo 3.4.1. Prove que a sequência an = n n n converge para 1.

que é declarada da seguinte maneira:

Prove que a sequência $a_{n} = \sqrt[n]{\sqrt[n]{n}}$ converge para $1$.

3.5 Somatório e produtório


Os somatórios e produtórios também podem ser escritos em linhas e em
destaques e há diferenças na aparência de ambos. Os comandos são simples. Os
limites inferiores e superiores do somatório e do produtório podem ser declarados da
mesma forma que as potências e índices ou por \sum\limits_{i = 1}^{n} a_{n}
e no caso do produtório temos \prod\limits_{i = 1}^{n} a_{n}. Os resultados
 
são ni=1 an e ni=1 an no caso em linha, mas destacando temos

n 
n
an e an
i=1 i=1

A outra maneira é \sum\limits_{i = 1}^{n} a_{n} que resulta em



n
an
i=1

e o produtório é \prod\limits_{i = 1}^{n} a_{n} que resulta em



n
an
i=1
Capítulo 3. Modo matemático 28

3.6 Integrais, limites e derivadas


3.6.1 Integrais
O símbolo de integral no modo matemático é obtido através do comando \int.
Se quisermos declarar uma integral indefinida, basta fazermos o seguinte comando
\int f(x)dx que tem como resultado final

f (x)dx

Para integral indefinida, basicamente, temos duas maneiras. A primeira é


o comando \int\limits_{text}^{max} e a segunda é utilizando os comandos de
índice e potência. Por exemplo, podemos declarar \int\limits_{a}^{b} f(x) dx
que resultará
b
f (x)dx
a

e também \int_{a}^{b} f(x) dx que resultará


 b
f (x)dx
a

a diferença entre ambos é a posição dos limites de integração. No primeiro exem-


plo os limites ficam bem acima do símbolo de integração e o segundo fica um
pouco mais abaixo. Normalmente, colocamos um espaço entre a função e o di-
ferencial, da forma que foi escrita acima o LATEX entende como o produto de
três variáveis. Então, introduziremos um pequeno espaço da seguinte maneira:
\int\limits_{a}^{b} f(x) \, dx que resultará
b
f (x) dx
a

que fica melhor apresentável.


Para integrais múltiplas, temos o seguinte comando \int \int_{R} dx \, dy
que resultará em  
dx dy
R

ou com os limites de integração \int_{a}^{b} \int_{c}^{d} dx \, dy tendo como


resultado  b d
dx dy
a c
Capítulo 3. Modo matemático 29

Como exercício, construa a seguinte integral


b d f
f (x, y, z) dx dy dz
a c e

3.6.2 Limites
O símbolo de limite no modo matemático é dado por \lim. Para declarar a
tendência do limite, basicamente, há duas maneiras: a primeira é \lim_{x \to a}
que resulta em limx→a , mas é possível destacar tendo como resultado

lim f (x) = L
x→a

ou da seguinte maneira: \lim_{x \rightarrow a} f(x) = L que resulta

lim f (x) = L
x→a

Para as derivadas, basta fazermos f’(x) que resulta f  (x) e pela notação de
dy
Leibniz usa-se o comando de frações, por exemplo, .
dx

3.6.3 Derivadas
Para derivadas ordinárias, sua formatação é simples como mostrado acima,
porém para as derivadas parciais há uma entrada para facilitar nosso equacionamento.
Por exemplo, a Equação de Laplace é uma equação diferencial parcial que, em três
dimensões, x, y e z, é dada por
∂ 2f ∂2f ∂2f
+ + =0
∂x2 ∂y 2 ∂z 2

que tem como comando de entrada

\[ \dfrac{\partial^{2} f}{\partial x^{2}} +


\dfrac{\partial^{2} f}{\partial y^{2}} +
\dfrac{\partial^{2} f}{\partial z^{2}} = 0 \]

O comando para a derivada parcial é o \partial. Por exemplo, por definição


a derivada parcial em relação a variável x é
∂f f (x + h, y) − f (x, y)
= lim
∂x h→0 h

Como exercício, escreva você mesmo a definição de derivada parcial em relação


a x e depois em relação a y.
Capítulo 3. Modo matemático 30

3.7 Matrizes e o comando Array


O ambiente array é necessário para a criação de matrizes no LATEXṖara os
elementos da linha a separação é dada pelo caracter & e as linhas são separadas
por \\. Há a necessidade de informar ao LATEX como as colunas serão alinhadas.
Basicamente, os alinhamentos são: centralizado, à direita e à esquerda. O ambiente é
iniciado por \begin{array}{cols} onde cols são os alinhamentos da coluna. Vamos
exemplificar.

Exemplo 3.7.1. Para construir uma matriz 3 × 3 temos que inserir o seguinte
comando

\[\left[ \begin{array}{ccc}
1 $ 2 $ 3\\
4 $ 5 $ 6\\
7 $ 8 $ 9
\end{array}
\right] \]

que resulta em ⎡ ⎤

123 ⎥
⎢ ⎥
⎢ 456 ⎥
⎣ ⎦
789

Outra possibilidade para criar uma matriz é o ambiente pmatrix e bmatrix. O


primeiro cria matrizes limitadas por parênteses e o segundo por colchetes. O exemplo
acima é declarado como:

\[ \begin{pmatrix}
1 $ 2 $ 3\\
4 $ 5 $ 6\\
7 $ 8 $ 9
\end{pmatrix} \]

que resulta em ⎛ ⎞

1 2 3⎟
⎜ ⎟
⎜4 5 6⎟
⎝ ⎠
789
Capítulo 3. Modo matemático 31

Como último exemplo, vamos montar uma matriz de ordem n.


⎛ ⎞
a a12 . . . a1n
⎜ 11 ⎟

⎜ a21 a22 . . . a2n ⎟

A=⎜
⎜ .. .. .. . ⎟

⎜ .
⎝ . . .. ⎟⎠
an1 an2 . . . ann

que é declarada da seguinte maneira:

\[ A = \begin{pmatrix}
a_{11} & a_{12} & \ldots & a_{1n}\\
a_{21} & a_{22} & \ldots & a_{2n}\\
\vdots & \vdots & \ddots & \vdots\\
a_{n1} & a_{n2} & \ldots & a_{nn}
\end{pmatrix} \]

Para a criação de determinantes, utiliza-se o comando \begin{array}{cols}


e finaliza com \end{array}. A diferença da matriz é que em vez de colocarmos
colchetes, colocaremos barras à esquerda e à direita. Por exemplo,

\left| \begin{array}{ccc}
1 $ 2 $ 3\\
4 $ 5 $ 6\\
7 $ 8 $ 9
\end{array}
\right|

que resulta em  
 
 1 2 3 

 
 4 5 6 

 
 789 

Por exemplo, um determinante de ordem n é dado por

\[ det(A) = \left| \begin{array}{ccc}


a_{11} & a_{12} & \ldots & a_{1n}\\
a_{21} & a_{22} & \ldots & a_{2n}\\
\vdots & \vdots & \ddots & \vdots\\
a_{n1} & a_{n2} & \ldots & a_{nn}
\end{array}
\right| \]
Capítulo 3. Modo matemático 32

que tem como resultado


 


a11 a12 . . . a1n 
 


a21 a22 . . . a2n 

det(A) = .. 
.. .. . 
. 
. . .. 
 

an1 an2 . . . ann 

É possível criar um determinante através do comando vmatrix. Teste esse


comando com o exemplo do determinante acima.
Uma outra possibilidade para criação de matrizes é o comando \begin{matrix}que
termina com end{matrix}. Como exercício, utilize-o para refazer os exemplos acima.

3.8 Sistema de equações


Para criar um sistema de equações, utilizamos o comando array. É possível
alinhá-lo da mesma forma que as matrizes: centralizado, à esquerda e à direita. Por
exemplo, um sistema linear com duas equações e duas incógnitas pode ser declarado
da seguinte maneira

\[ \left\{
\begin{array}{c}
x + y = 5\\
x - y = 1\\
\end{array} \right. \]

que centralizado resulta em


⎨ x+y =5
⎩ x−y =1

Para criar um sistema com n equações e n incógnitas, basta criar n linhas




⎪ a11 + a12 + . . . + a1n = α




⎨ a21 + a22 + . . . + a2n = β
⎪ ..

⎪ .



⎩ an1 + an2 + . . . + ann = 

cujo comando é
Capítulo 3. Modo matemático 33

\[ \left\{
\begin{array}{c}
a_{11} + a_{12} + \ldots + a_{1n} = \alpha\\
a_{21} + a_{22} + \ldots + a_{2n} = \beta\\
\vdots\\
a_{n1} + a_{n2} + \ldots + a_{nn} = \epsilon
\end{array} \right. \]

3.8.1 O comando cases


Esse comando nos fornece a possibilidade de criar condições dentro de um
sistema. A definição de módulo, por exemplo, é criado com esse comando. Para
definirmos o valor absoluto de um número, temos



⎨x, se x  0
|x| = ⎪
⎩−x, se x < 0

que declaramos

\[ |x| = \begin{cases}
\quad x,&\mbox{se}\quad x \geqslant 0\\
-x,&\mbox{se}\quad x < 0
\end{cases} \]

Se quisermos criar uma função modular f (x) = |x + 1|, podemos inserir a


seguinte declaração

\[ |x + 1| =
\begin{cases}
\quad x + 1,&\mbox{se}\quad x \geqslant -1\\
- x - 1,&\mbox{se}\quad x < -1
\end{cases} \]

que resulta em ⎧

⎨ x + 1, se x  −1
|x + 1| =

⎩−x − 1, se x < −1

Optamos pelo espaçamento \quad e \mbox{text}, mas é possível optar


também pelo comando \text{texto}. O símbolo & faz com que a palavra se fique
alinhada verticalmente.
Capítulo 3. Modo matemático 34

3.9 Equações em várias linhas


Há situações que escrevemos equações em várias linhas, como por exemplo,

sen(2x) = sen(x + x)
= sen(x) · cos(x) + sen(x) · cos(x)
= 2sen(x)cos(x)

Podemos utilizar, basicamente, dois comandos: eqnarray e align. O primeiro


é uma junção entre o ambiente equation e array. O exemplo acima foi proposto com
o comando align, porém sem a numeração da equação. A declaração foi

\begin{align*}
sen(2x) &= sen(x + x)\\
&= sen(x) \cdot cos(x) + sen(x) \cdot cos(x)\\
&= 2sen(x)cos(x)
\end{align*}

O alinhamento das equações é dado pelo símbolo & e o colocamos a frente do


símbolo de igualdade, pois é nesse ponto que queremos o alinhamento. O ambiente
eqnarray gera o mesmo e podemos declarar da seguinte forma:

sen(2x) = sen(x + x)
= sen(x) · cos(x) + sen(x) · cos(x)
= 2sen(x)cos(x)

Caso há o desejo de enumerar as equações, basta remover o asterisco. Se


desejar enumerar só a última passagem, então é necessário colocar o comando
\nonumber a frente de cada equação só deixando a última sem esse comando.

sen(2x) = sen(x + x)
= sen(2x) · cos(x) + sen(x) · cos(x)
= 2sen(x)cos(x) (3.2)

cujo comando de entrada é

\begin{eqnarray}
sen(2x) &=& sen(x + x)\nonumber\\
&=& sen(x) \cdot cos(x) + sen(x) \cdot cos(x)\nonumber\\
&=& 2sen(x)cos(x)
\end{eqnarray}
Capítulo 3. Modo matemático 35

3.10 Parênteses, colchetes e chaves


No LATEX é possível trabalhar com os delimitadores de duas formas: com
tamanho variável e tamanho fixo. O primeiro ajusta-se de acordo com o equaciona-
mento e o segundo, obviamente, tem um tamanho fixo determinado pelo usuário.
Para facilitar, vamos apresentar dois exemplos. O limite fundamental exponencial é
dado por
1
lim (1 + )x = e
x→0 x

 x
1
lim 1 + =e
x→0 x
A diferença entre os dois exemplos acima é a declaração dos parênteses.
No primeiro a entrada foi fornecida com tamanho fixo e a segunda com tamanho
variável. A vantagem do segundo é o auto ajuste dos parênteses independente do
equacionamento. Nesse caso o ajustamento foi de acordo com a fração. Os comandos
de entrada de ambos exemplos foi dado da seguinte maneira:

\[ \lim_{x \to 0} (1 + \dfrac{1}{x})^{x} = e \]

\[ \lim_{x \to 0} \left( 1 + \dfrac{1}{x} \right)^{x} = e \]

Observe que no primeiro foi fornecido dois parênteses simples (...), já no


segundo os delimitadores à esquerda e à direita foram declarados assim:

\left( equação \right)

Há fórmulas que há a necessidade de usar colchetes ou chaves e o funciona-


mento é análogo aos parênteses. Por exemplo,
 
x0 1
L(x) = + ωn x0 + V0
s + ωn (s + ωn )2

com entrada da seguinte forma

\[ \mathcal{L}(x) = \dfrac{x_{0}}{s + \omega_{n}} + \omega_{n} x_{0}


+ V_{0} \left[ \dfrac{1}{(s + \omega_{n})^{2}} \right] \]

Observe que \left[ equação \right] fez com que os colchetes se ajustassem
de acordo com o tamanho da fração, se tivéssemos colocado colchetes de tamanho
Capítulo 3. Modo matemático 36

fixo o resultado seria:


x0 1
L(x) = + ωn x0 + V0 [ ]
s + ωn (s + ωn )2

com entrada dada por

\[ \mathcal{L}(x) = \dfrac{x_{0}}{s + \omega_{n}} + \omega_{n} x_{0}


+ V_{0} [ \dfrac{1}{(s + \omega_{n})^{2}} ] \]

É possível notar a grande diferença entre as duas entradas. Portanto, os


delimitadores variáveis são dados por

\left( equação \right) → parênteses


\left[ equação \right] → colchetes
\left\lbrace equação \right\rbrace → chaves

Utilizar esses comandos faz com que as fórmulas são mostradas de maneira
mais elegante e melhor apresentável para o leitor.

3.11 Vetores e conjugados


Outra possibilidade no modo matemático é a criação de vetores. Basicamente
há dois comandos: \vec{letra} e \overrightarrow{...}. A diferença é que no
primeiro o vetor será sobrescrito em apenas uma letra, nesse caso, na primeira.

Exemplo 3.11.1. Dados dois vetores em R2 , u = x1i + y1j e v = x2i + y2j, sua
soma é dada por:
   
u + v = x1i + y1j + x2i + y2j
   
= x1i + x2i + y1j + y2j
= (x1 + x2 )i + (y1 + y2 ) j

sua entrada foi fornecida pela seguinte linha de comando

Dados dois vetores em $\mathbb{R}^{2}$, $\vec{u} = x_{1}\vec{i}


+ y_{1}\vec{j}$ e $\vec{v} = x_{2}\vec{i} + y_{2}\vec{j}$,
sua soma é dada por:
\begin{align*}
Capítulo 3. Modo matemático 37

\vec{u} + \vec{v} &= \left( x_{1}\vec{i} + y_{1}\vec{j} \right)


+ \left( x_{2}\vec{i} + y_{2}\vec{j} \right)\\
&= \left( x_{1}\vec{i} + x_{2}\vec{i} \right) + \left( y_{1}\vec{j}
+ y_{2}\vec{j} \right)\\
&= \left( x_{1} + x_{2} \right)\vec{i} + \left( y_{1} + y_{2}
\right)\vec{j}
\end{align*}

−→
Se quisermos escrever o vetor AB, declaramos o seguinte comando:

$\overrightarrow{AB}$

Exemplo 3.11.2. Dados dois pontos em R2 , A = (x1 , y1 ) e B = (x2 , y2 ), o vetor


−→
AB é dado por
−→
AB = B − A = (x2 , y2 ) − (x1 , y1 )
= (x2 − x1 , y2 − y1 )

que tem como entrada

Dados dois pontos em $\mathbb{R}^{2}$, $A = (x_{1}, y_{1})$ e


$B = (x_{2}, y_{2})$, o vetor $\overrightarrow{AB}$ é dado por
\begin{align*}
\overrightarrow{AB} = B - A &= (x_{2}, y_{2}) - (x_{1}, y_{1})\\
&= (x_{2} - x_{1}, y_{2} - y_{1})
\end{align*}

Quando trabalhos com números complexos, é possível criar entradas para


o conjugado de um número z = x + yi. Nesse caso também há basicamente duas
maneiras: o comando \bar ou \overline{...}. Analogamente aos vetores, \bar só
funcionará para a primeira letra.

Exemplo 3.11.3. Se z = x + yi, então z̄ = x − yi.

declarado como

Se $z = x + yi$, então $\bar z = x - yi$.

Exemplo 3.11.4. Dados dois números complexos z1 = x1 + y1 i e z2 = x2 + y2 i, o


conjugado da soma é a soma dos conjugados, ou seja,

z1 + z2 = z̄1 + z̄2
Capítulo 3. Modo matemático 38

que tem como comando de entrada

Dados dois números complexos $z_{1} = x_{1} + y_{1}i$ e


$z_{2} = x_{2} + y_{2}i$, o conjugado da soma é a soma dos
conjugados, ou seja,
\begin{align*}
\overline{z_{1} + z_{2}} = \bar z_{1} + \bar z_{2}
\end{align*}

Não somente para números complexos, mas também para segmentos. Por
exemplo

m(\overline{AC}) = m(\overline{AB}) + m(\overline{BC})

que resulta em
m(AC) = m(AB) + m(BC)
39

4 Figuras

Com o LATEX é possível construir desenhos, diagramas, gráficos, entre outros


elementos. Mas o nosso foco, agora, é a inserção de figuras e imagens criadas por
outros programas e para isso é necessário o pacote graphicx e no preâmbulo é preciso
digitar \usepackage{graphicx}. É possível inserir imagens nos seguintes formatos:
JPG, PNG, EPS e PDF.
Selecionada a imagem que deseja inserir em um determinado local do texto,
é necessário que a imagem esteja na mesma pasta de arquivo .tex. A sintaxe básica
para inseri-las é:

\begin{figure}[especificação]
\centering
\includegraphics[scale = ]{nome do arquivo da figura}
\caption{legenda}
\label{rótulo}
\end{figure}

Em especificação deve ser colocado um dos itens tabelado abaixo

h local onde foi declarada (here)


t será impressa no topo da página (top)
b será impressa abaixo da página (bottom)
p será impressa em uma página separada
! força a figura ser impressa onde você inseriu

O comando centering serve para centralizar a figura na página. A sintaxe


\includegraphics[scale = ]{nome do arquivo da figura} é onde insere a fi-
gura e lembrando que o nome do arquivo da figura não pode ter espaços, caso tenho
nome composto as sugestões são: escrever tudo junto ou separando com underline,
e os comandos caption e label serve para criar legenda e uma referência associada,
respectivamente.
Além de scale, que modifica o tamanho da figura por escala, pode-se inserir
outros comandos de medida como: width (largura), height (altura) e angle (rotação
no sentido anti-horário). Por exemplo, podemos ter como entrada:
Capítulo 4. Figuras 40

\begin{figure}[especificação]
\centering
\includegraphics[width = 3cm, height = 5cm, angle = 45]
{nome do arquivo da figura}
\caption{legenda}
\label{rótulo}
\end{figure}

Exemplo 4.0.5. A figura abaixo ilustra os valores de seno e cosseno de um ângulo


e um ponto P na circunferência trigonométrica.

Figura 3 – Circunferência trigonométrica.

e seu comando de entrada foi

\begin{figure}[!h]
\centering
\includegraphics[scale=0.7]{circtrig}
\caption{Circunferência trigonométrica.}
\label{fig: Figura1}
\end{figure}
Capítulo 4. Figuras 41

Neste exemplo, a opção foi em diminuir a figura numa escala de 0, 7 do


tamanho original e foi utilizado [!h] para reforçar para o LATEX inserir a figura
exatamente naquele ponto do texto. O arquivo da imagem foi nomeado como circtrig
e o mesmo encontra-se na pasta do arquivo .tex.
42

5 Tabelas

Para alinhar textos em colunas há dois ambientes que o LATEX possui: tabbing
e tabular. A diferença básica entre ambos é que o tabbing só pode ser usado no modo
de texto e o tabular pode ser usado em qualquer modo.

5.1 Tabbing
Esse ambiente é utilizado para tabular linhas sendo possível a inserção de texto
com paradas de posicionamento. A posição das colunas é marcada pelo comando \=
e os comandos \> e \< avançam e recuam uma tabulação, respectivamente. Vamos
para um exemplo prático.

Nome Prontuário
Fabrício 10111213
Marcos 10141516
Wilian 10171819

sendo o comando de entrada dado por

\begin{tabbing}
\hspace{2cm}\=\kill
\textsc{Nome} \> \textsc{Prontuário}\\
Fabrício \> 10111213\\
Marcos \> 10141516\\
Wilian \> 10171819
\end{tabbing}

Observe que o comando \hspace{tamanho} é o tamanho do espaço entre as


colunas, \= é a posição da coluna e \> é o avanço da tabulação, ou seja, o que vem
após é o texto que será alocado na próxima coluna.

5.2 Tabular e table


Esse ambiente difere-se por poder ser usado em qualquer modo, inclusive
o matemático. Tem como semelhança o ambiente array. Com o comando table é
Capítulo 5. Tabelas 43

possível inserir legenda na tabela e também a torna como um ambiente flutuante. O


comando de entrado para o ambiente tabular é dado por \begin{tabular}{cols} e
termina com \end{tabular}. No local de cols devemos especificar um dos seguintes
argumentos:

l left: alinhamento à esquerda


r right: alinhamento à direita
c center: alinhamento centralizado
p parâmetro: largura da coluna p{valor}
| barra para separação de colulnas

Para o comando \begin{table}[placement] que finaliza com \end{table}


temos algumas especificações para colocar em placement. A tabela abaixo mostra os
possíveis argumentos:

h local onde foi declarada (here)


t será impressa no topo da página (top)
b será impressa abaixo da página (bottom)
p será impressa em uma página separada
! força a tabela ser impressa onde você escolheu

Para exemplificar, vamos construir uma tabela com 5 colunas e 7 linhas com
o ambiente table e dentro dele o tabular.

Tabela 3 – Notas e resultado final


Nome P1 P2 Média Situação
Eduardo 7,5 6,5 7 Aprovado
Adriana 8 8 8 Aprovado
José Carlos 3,5 4,5 4 Exame
Maurício 2 5 3,5 Reprovado
Fernanda 10 6 8 Aprovado
Tiago 5,5 8,5 7 Aprovado

A tabela acima é simples e contém uma legenda indicando na parte de cima


no que a mesma se refere. O ambiente table permitiu a criação de uma legenda.
Abaixo segue o comando de entrada para a impressão da tabela.
Capítulo 5. Tabelas 44

\begin{table}[h!]
\caption{Notas e resultado final}
\label{tabela-notas}
\centering
\begin{tabular}{|c|c|c|c|c|}
\hline \textsc{Nome} & P1 & P2 & \textsc{Média} & \textsc{Situação} \\
\hline Eduardo & 7,5 & 6,5 & 7 & Aprovado \\
\hline Adriana & 8 & 8 & 8 & Aprovado \\
\hline José Carlos & 3,5 & 4,5 & 4 & Exame \\
\hline Maurício & 2 & 5 & 3,5 & Reprovado \\
\hline Fernanda & 10 & 6 & 8 & Aprovado \\
\hline Tiago & 5,5 & 8,5 & 7 & Aprovado \\
\hline
\end{tabular}
\end{table}

Iniciamos a tabela com o ambiente table e colocamos [h!] para mostrar


para o LATEX que queremos a tabela logo após a primeira linha de texto inserida
antes da tabela e reforçamos com o ponto de exclamação ao final. O comando
\caption{title} é a legenda escolhida para a tabela. O comando \label{key}
serve para inserir uma referência associada ao objeto que no caso é a tabela. Após
isso utilizamos um comando para centralizar a tabela com \centering e assim
iniciamos a estrutura da mesma com o ambiente tabular. A especificação em

\begin{tabular}{|c|c|c|c|c|}

significa que estamos separando as colunas por barras e centralizando-as. Poderíamos


alinhar à esquerda ou à direita, mas nesse exemplo optamos por centralizar. \hline
são as bordas horizontais da tabela, as bordas verticais são as barras já explica-
das acima. A separação das colunas é fornecida por &. Observe que optamos por
cinco colunas então temos quatro &. E para finalizá-la basta declarar os comandos
\end{tabular} e \end{table}. E assim está pronta nossa tabela simples.
45

6 Apresentações no LATEX -
Classe BEAMER

No LATEX há uma classe para criar apresentações (slides) em formato PDF


chamada Beamer o que facilita e muito sua portabilidade. Com essa classe é possível
criar apresentações dinâmicas, como por exemplo, sobreposições, transições animadas,
entre outros.
A vantagem de usar o Beamer é que os mesmos comandos utilizados no
LATEX funcionam também aqui. É possível escolher diferentes temas, cores e tipos de
fontes adequando-se assim ao seu estilo. Para a escolha do tema devemos escrever no
preâmbulo \usetheme{} e abaixo segue uma lista de temas que podem ser utilizados.

• AnnArbor • CambridgeUS • Hannover • Montpellier

• Antibes • Copenhagen • Ilmenau • PaloAlto

• Bergen • Darmstadt • Juanlespins • Pittsburgh

• Berkeley • default • Luebeck • Rochester

• Berlin • Dresden • Madrid • Singapore

• Boadilla • Frankfurt • Malmoe • Szeged

• boxes • Goettingen • Marburg • Warsaw

Para criar as apresentações o documento tem que ser iniciado da seguinte


forma: \documentclass{beamer}.
Após isso, teremos que inserir os pacotes necessários na criação das apresenta-
ções. Por exemplo, se utilizaremos o modo matemático nos slides teremos que inserir
o pacote amsmath digitando no preâmbulo \usepackage{amsmath}. Um início de
apresentação simples é exemplificado abaixo

\documentclass[mathserif]{beamer}
\usepackage[utf8]{inputenc}
\usepackage[brazil]{babel}
\usepackage{amsmath}
Capítulo 6. Apresentações no LATEX - Classe BEAMER 46

\usetheme{JuanLesPins}
\usecolortheme{seagull}

\title{Apresentação TCC}
\institute{Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São
Paulo}
\author{Meu nome}
\date{hoje}

\begin{document}

\maketitle

\begin{frame}[plain]
\frametitle{Sumário}
\tableofcontents
\end{frame}

\begin{frame}[plain]
\frametitle{1. Apresentação}
\section{Apresentação}
\begin{block}{Motivações}

\begin{itemize}

\item Experiências acadêmicas e profissionais anteriores.


\newline

\item Projeto de Iniciação Científica: Solução numérica de EDO


aplicada em um modelo matemático.
\newline

\item Aulas da disciplina Laboratório de Matemática II onde o foco


principal foi estudar e trabalhar diversos modelos matemáticos
existentes.
\newline

\end{itemize}
Capítulo 6. Apresentações no LATEX - Classe BEAMER 47

\end{block}
\end{frame}

\end{document}

As figuras 4, 5 e 6 abaixo mostram os três primeiros “frames” (slides) decla-


rados acima.

Figura 4 – Página do Título.

A Figura 4 é o primeiro quadro (slide). Nele podemos observar o Tema, Nome


do Autor, Nome da Instituição e a Data. Os comandos title, author, institute e date
são inseridos no preâmbulo do documento. Para que essas informações apareçam no
título é necessário inserir após o início do documento \begin{document} e assim
está finalizado nosso primeiro slide.
Para criar o segundo slide, inserimos o comando \begin{frame}[plain]. A
opção plain é para quadros simples. É evidentemente possível inserir outras opções,
como por exemplo \begin{frame}[allowframebreaks] que permite quebras de
quadro (slide). Essas quebras são inseridas com o comando \framebreak exatamente
no ponto desejado. Tente você mesmo o seguinte:
Capítulo 6. Apresentações no LATEX - Classe BEAMER 48

\begin{frame}[plain]
\frametitle{Sumário}
\framebreak
\tableofcontents
\end{frame}

A segunda figura abaixo ilustra o nosso segundo slide.

Figura 5 – Exemplo de sumário.

A Figura 5 acima mostra um exemplo do Sumário. Note que para inseri-lo


foi necessário o comando \tableofcontents e acima inserimos o nome do quadro
com o comando \frametitle{Sumário}. Toda vez que iniciar uma nova seção a
mesma irá automaticamente aparecer no índice que nesse exemplo é o comando
\section{Apresentação}. Então, para esse segundo “frame”, temos:

\begin{frame}[plain]
\frametitle{Sumário}
\tableofcontents
\end{frame}
Capítulo 6. Apresentações no LATEX - Classe BEAMER 49

E por fim, nosso terceiro quadro (slide) foi criado de modo análogo ao
segundo, porém começamos uma nova seção. A diferença é que inserimos uma
dinâmica diferente chamada de bloco. Note que a criação do bloco destacou a parte
de “Motivações”. Por exemplo, o bloco pode ser usado para separar um texto de
outro ou uma figura de outra, entre outras coisas. Esse ambiente é chamado de block
e é declarado da seguinte forma:

\begin{block}{título do bloco}
...
conteúdo do bloco
...
\end{block}

A Figura 6 ilustra nosso terceiro slide.

Figura 6 – Exemplo de um slide com o ambiente block.

A estrutura do nosso terceiro quadro (slide) é declarada da seguinte forma:

\begin{frame}[plain]
\frametitle{1. Apresentação}
Capítulo 6. Apresentações no LATEX - Classe BEAMER 50

\section{Apresentação}
\begin{block}{Motivações}

\begin{itemize}

\item Experiências acadêmicas e profissionais anteriores.


\newline

\item Projeto de Iniciação Científica: Solução numérica de EDO


aplicada em um modelo matemático.
\newline

\item Aulas da disciplina Laboratório de Matemática II onde o foco


principal foi estudar e trabalhar diversos modelos matemáticos existentes.
\newline

\end{itemize}
\end{block}
\end{frame}

Esse exemplo é simples e pode ser mais dinâmico ainda e isso vai depender de
como o autor da apresentação quer criar seus quados e a sequência de apresentação.
51

7 Criando avaliações e listas de


exercícios

7.1 Avaliações e listas de exercícios - A classe


Exam
A classe exam nos fornece uma facilidade para a criação de uma prova. Define
o layout da página e fornece comandos que tornam mais fáceis a formatação de
perguntas, cabeçalhos, rodapés, mudança de margem e assim por diante.
Esta classe formata automaticamente o número das perguntas e de itens das
perguntas podendo incluir o valor de cada uma delas formatando ao seu gosto.
Aqui, iremos abordar o modo mais simples, uma avaliação com um cabeçalho
contendo o logotipo da instituição e seu nome, após isso, nome do aluno e seu
prontuário (número, RA, RM, etc.), campo para nota da avaliação e por fim as
questões. Ressaltamos que fique a cargo do criador da avaliação incluir os pacotes
que sejam necessários para compor seu texto. O exemplo que iremos ilustrar estará
com os pacotes mais básicos para suprir a necessidade do modo matemático, incluir
figuras, modificar o layout da página (utilizando o pacote geometry) e criar tabelas.
Tudo que está a frente de % é comentário explicando o básico da funcionalidade de
cada pacote inserido.

Exemplo 7.1.1 (Avaliação). \documentclass[addpoints,12pt]{exam}


\usepackage{multicol} %texto em duas colunas
\usepackage[T1]{fontenc} %permite hifenização correta dos caracteres
acentudos
\usepackage[utf8]{inputenc} %permite escrita direta de caracteres,
p.e., ’ç’.
\usepackage[brazil]{babel} %converte para o português (ou outro
idioma) os títulos, figuras, tabelas, etc e é responsável por
hifenações.
\usepackage{graphicx} %inserir gráficos e figuras
\usepackage{tabularx} % para igualar colunas (com largura automatica)
\usepackage{amsmath,amsthm,amsfonts,amssymb} %modo matemático e
símbolos
\usepackage{lmodern} %fonte Latin Modern
Capítulo 7. Criando avaliações e listas de exercícios 52

\usepackage{textcomp} %pacote para diversos símbolos


\usepackage{geometry} %diversas config. com medidas, p.e., layout
(margens)
\geometry{a4paper,left=2cm,right=2cm,top=4cm,bottom=2cm} %layout
de margem
\usepackage{ifpdf} %condicional para versão em PDF ou, p.e., DVIPS
\usepackage[export]{adjustbox} %ajusta caixa de figuras, (uma sobre
outra)
\pointpoints{ponto}{pontos} %modifica o nome para pontos em vez de
’points’
\firstpageheadrule %cria uma linha da largura da folha abaixo do
cabeçalho

\begin{document}

\lhead{\includegraphics[scale=0.2]{ifsp.png}}
\runningheadrule \rhead{\textsc{Instituto Federal de Educação,
Ciência e\\
Tecnologia de São Paulo\\
Prof. Fulano de Tal da Silva}}

\vspace*{0.1cm}

\begin{center}
\large \textbf{Cálculo Diferencial e Integral I}
\vskip 5mm
\large \textbf{1a Avaliação}
\end{center}

\vspace*{0.5cm}

\noindent \normalsize \textbf{Nome:} \rule{10cm}{.1pt}


\textbf{Prontuário:} \begin{tabular}{|c|c|c|c|c|c|c|}
\hline & & & & & & \\
\hline
\end{tabular}
Capítulo 7. Criando avaliações e listas de exercícios 53

\flushright \large \textbf{Nota:}


\begin{tabular}{|p{1cm}|}
\hline \rule{0cm}{1.5cm} \\
\hline
\end{tabular}

\begin{center}
\textsc{Questões}
\end{center}

\vspace*{0.5cm}

\begin{questions}
\question[2] Mostre que $\lim\limits_{x \to 0} \dfrac{sen(t)}{t} = 1$.

\vspace*{0.5cm}

\question [2] Prove a unicidade do limite.

\vspace*{0.5cm}

\question[2] Use a definição de limite para mostrar que


$\lim\limits_{x \to 2} (3x - 2) = 4 $

\vspace*{0.5cm}

\question Calcule o valor dos seguintes limites

\vspace*{0.5cm}

\begin{parts}
\part[1] $\lim\limits_{x \to 1} \dfrac{3x^{2} + 6x - 9}{x - 1}$

\vspace*{0.5cm}

\part[1] $\lim\limits_{x \to +\infty} \dfrac{3x^{2} + 4x - 17}


{x^{2} - 5x + 8}$
Capítulo 7. Criando avaliações e listas de exercícios 54

\end{parts}

\vspace*{0.5cm}

\question[2] Mostre que


\[ \lim_{x \to +\infty} \sqrt{x} = +\infty\]

\end{questions}

\end{document}

As listas de exercícios podem ser criadas do mesmo modo, basta excluir os


colchetes a frente dos comandos \question[] e \part[]. Lembrando que o valor
colocado dentro desses colchetes implica no valor de pontos de cada questão. Observe
que as questões com o número 2 dentro do colchete equivalem a dois pontos e os
itens com o número 1 equivalem a um ponto cada questão.
Esse foi um exemplo simples, é possível criar listas de exercícios e avaliações
de outras formas e sem o pacote exam. Isso vai do gosto e da maneira que cada
pessoa trabalha. A partir do momento que você teve o primeiro trabalho de criar
um template final com o pacote exam a partir do segundo não precisará configurar
muitas coisas, basta digitar sua lista de exercício ou avaliação e imprimi-las.
Observe a subseção 2.4.2. Lá encontra-se um pequeno exemplo de uma lista
de exercícios utilizando o ambiente enumerate. Há várias maneiras de criá-las, basta
utilizarmos os ambientes disponíveis no LATEX e trabalhar da maneira que melhor
atende os nossos gostos.
55

8 Anexos

As figuras abaixo ilustram o resultado do Exemplo 7.2.1.


56

A Símbolos, letras gretas e setas

A.1 Símbolos matemáticos


Tabela 4 – Símbolos matemáticos mais utilizados
Código Saída Código Saída
\pm ± \preceq 
\mp ∓ \succeq
\times × < <
\cdot · > >
\div ÷ \nless ≮
\oplus ⊕ \leq ≤
\otimes ⊗ \geq ≥
\wedge ∨ \nleq 

\bigcap \ngeq 
\bigcup \leqslant 
\prod ⊗ \geqslant 

\sum \nleqslant 
!
\int \ngeqslant 
"
\oint \exists 
\partial ∂ \ni 
\infty ∞ \in ∈
\subset ⊃ \notin ∈/
\subseteq ⊆ \complement 
\supseteq ⊇ \nabla ∇
\subsetneq  \emptyset ∅
\supsetneq \angle ∠
\varsubsetneq
\sphericalangle 
\nsubseteq \measuredangle 
= = \forall ∀
\neq = \S §
\equiv ≡ \vec{u} u
\not \equiv ≡ \dot{x} ẋ
\approx ≈ f’ f
\sim ∼ \perp ⊥
\prec ≺ \propto ∝
\succ  \Re 
\nprec ⊀ \Im 
\nsucc
Apêndice A. Símbolos, letras gretas e setas 57

A.2 Letras gregas


Abaixo segue uma tabela com as letras gregas minúsculas, maiúsculas e suas
variações.

Tabela 5 – Letras gregas e suas variações


Código Saída Código Saída Código Saída
\alpha α \beta β \gamma γ
\delta δ \epsilon  \varepsilon ε
\zeta ζ \eta η \theta θ
\vartheta ϑ \iota ι \kappa κ
\lambda λ \mu μ \nu ν
\xi ξ o o \pi π
\varpi  \rho ρ \varrho 
\sigma σ \varsigma ς \tau τ
\upsilon υ \phi φ \varphi ϕ
\chi χ \psi ψ \omega ω
A A B B \Gamma Γ
\varGamma Γ \Delta Δ \varDelta Δ
E E Z Z H H
\Theta Θ \varTheta Θ I I
K K \Lambda Λ \varLambda Λ
M M N N \Xi Ξ
\varXi Ξ O O \Pi Π
\varPi Π P P \Sigma Σ
\varSigma Σ T T \Upsilon Υ
\varUpsilon Υ \Phi Φ \varPhi Φ
X X \Psi Ψ \varPsi Ψ
\Omega Ω \varOmega Ω
Apêndice A. Símbolos, letras gretas e setas 58

A.3 Setas
Abaixo segue uma tabela de setas bastante útil para ser utilizada no modo
matemático.

Tabela 6 – Setas
Código Saída Código Saída
\leftarrow ← \leftrightarrow ↔
\rightarrow → \mapsto "→
\longleftarrow ←− \longleftrightarrow ←→
\longrightarrow −→ \longmapsto "−→
\downarrow ↓ \updownarrow $
\uparrow ↑ \nwarrow &
\searrow ' \nearrow (
\swarrow ) \nleftarrow 
\nleftrightarrow  \nrightarrow 
\hookleftarrow ←+ \hookrightarrow -→
\twoheadleftarrow  \twoheadrightarrow
\leftarrowtail
\rightarrowtail
\Leftarrow ⇐ \Leftrightarrow ⇔
\Rightarrow ⇒ \Longleftarrow ⇐=
\Longleftrightarrow ⇐⇒ \Longrightarrow =⇒
\Updownarrow , \Uparrow ⇑
\Downarrow ⇓ \nLeftarrow 
\nLeftrightarrow  \nRightarrow 
\leftleftarrows ⇔ \leftrightarrows
\rightleftarrows  \rightrightarrows ⇒
\downdownarrows  \upuparrows 
\circlearrowleft  \circlearrowright 
\curvearrowleft  \curvearrowright 
\Lsh  \Rsh 
\looparrowleft  \looparrowright 
\dashleftarrow  \dashrightarrow 
\leftrightsquigarrow  \rightsquigarrow 
\Lleftarrow  \leftharpoondown 0
\rightharpoondown 1 \leftharpoonup 2
\rightharpoonup 3 \rightleftharpoons 
\leftrightharpoons  \downharpoonleft
\upharpoonleft ! \downharpoonright "
\upharpoonright #
59

B Instalando o MiKTeX

Primeiramente, é necessário fazer o download da última versão do MiKTeX


em <www.miktex.org/download>

Após isso, abra o aplicativo de instalação, leia e aceite as condições e clique


em avançar.
Apêndice B. Instalando o MiKTeX 60

Agora, clique em avançar na próxima tela

Na próxima tela é indicado manter o caminho de instalação que o MiKTeX


sugere, mas é possível alterá-lo.

A sequência de instalação mostrará a preferência do tamanho de papel e uma


opção “ask me first”. Essa opção refere-se a instalações posteriores de pacotes. Os
pacotes que não foram instalados inicialmente serão instalados pelo MiKTeX quando
Apêndice B. Instalando o MiKTeX 61

necessário e então lhe será questionado se deseja ou não instalar. Para prosseguir a
instalação, selecione A4 e ask me first e após isso, avançar.

A próxima tela indicará as opções que foram escolhidas anteriormente para


iniciar o processo de instalação. Clique em “Start”.

Inciado o processo de instalação, aparecerá uma tela contendo duas barras: a


superior mostra a execução de instalação de cada pacote do MiKTeX e a inferior
Apêndice B. Instalando o MiKTeX 62

indica o progresso da instalação do MiKTeX. É necessário aguardar alguns minutos


até finalizar o processo e após o fim, clique em avançar.

Clique em “Close” na próxima tela que aparecerá e chegamos ao fim da


instalação do MiKTeX.
63

C LATEX no Ubuntu

Basicamente, há duas maneiras: uma simples onde você terá que instalar
outros pacotes futuramente à medida que eles forem necessários e uma onde você
instalará uma versão completa que serão instalados pacotes que provavelmente você
não utilizará.
A versão com os pacotes básicos poderá ser instalado através do terminal
com a seguinte linha de comando:

sudo apt-get install texlive

A instalação de futuros pacotes pode ser feita de duas maneiras: a primeira é


copiar os arquivos “.sty” na pasta do documento de seu trabalho em questão e isso
torna-se cansativo, pois em todos os seus trabalhos você terá que colocar o arquivo
do pacote. A segunda opção faz com que você instale uma única vez e não precisará
colocar o arquivo “.sty” na pasta onde está o documento que é compilado o arquivo
“.tex”. Assumindo que o texlive esteja instalado, os pacotes deverão ser instalados em:

/usr/share/texmf-texlive/tex/latex

No site <www.ctan.org> contém uma infinidade de pacotes para instalar.


Após baixado e descompactado, crie um diretório com o nome do pacote em questão
e no terminal digite:

mkdir/usr/share/texmf-texlive/tex/latex/nome_do_pacote

e após isso copie o arquivo nome_do_pacote.sty e quaisquer outros arquivos que


acompanham o pacote para o diretório criado e, por fim, no terminal digite

sudo mktexlsr

Agora basta adicionar no preâmbulo do documento o pacote. Por exemplo, se


você instalou o pacote geometry.sty, basta colocar no preâmbulo a seguinte entrada:
\usepackage{geometry}.
A outra opção é instalar a versão completa do LATEX que, como já dissemos,
instalará pacotes que provavelmente não serão utilizados. Para isso, digite no terminal:
Apêndice C. LATEX no Ubuntu 64

sudo apt-get install texlive-full

Com isso, não precisará fazer todo procedimento descrito na etapa anterior
para instalar os pacotes desejados.

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