Ensino Aprendizagem e Metodologias (E Book)
Ensino Aprendizagem e Metodologias (E Book)
Ensino Aprendizagem e Metodologias (E Book)
Atena Editora
2018
Conselho Editorial
Prof. Dr. Alan Mario Zuffo – Pesquisador da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
Prof. Dr. Álvaro Augusto de Borba Barreto – Universidade Federal de Pelotas
Prof. Dr. Antonio Carlos Frasson – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Prof. Dr. Antonio Isidro-Filho – Universidade de Brasília
Prof. Dr. Carlos Javier Mosquera Suárez – Universidad Distrital de Bogotá-Colombia
Prof. Dr. Constantino Ribeiro de Oliveira Junior – Universidade Estadual de Ponta Grossa
Profª Drª Cristina Gaio – Universidade de Lisboa
Profª Drª Daiane Garabeli Trojan – Universidade Norte do Paraná
Profª Drª Deusilene Souza Vieira Dall’Acqua – Universidade Federal de Rondônia
Prof. Dr. Fábio Steiner – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
Prof. Dr. Gilmei Fleck – Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Profª Drª Ivone Goulart Lopes – Istituto Internazionele delle Figlie de Maria Ausiliatrice
Prof. Dr. Julio Candido de Meirelles Junior – Universidade Federal Fluminense
Profª Drª Lina Maria Gonçalves – Universidade Federal do Tocantins
Profª. Drª. Natiéli Piovesan – Instituto Federal do Rio Grande do Norte
Profª Drª Paola Andressa Scortegagna – Universidade Estadual de Ponta Grossa
Profª Drª Raissa Rachel Salustriano da Silva Matos – Universidade Federal do Maranhão
Prof. Dr. Ronilson Freitas de Souza – Universidade do Estado do Pará
Prof. Dr. Takeshy Tachizawa – Faculdade de Campo Limpo Paulista
Prof. Dr. Urandi João Rodrigues Junior – Universidade Federal do Oeste do Pará
Prof. Dr. Valdemar Antonio Paffaro Junior – Universidade Federal de Alfenas
Profª Drª Vanessa Bordin Viera – Universidade Federal de Campina Grande
Prof. Dr. Willian Douglas Guilherme – Universidade Federal do Tocantins
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(eDOC BRASIL, Belo Horizonte/MG)
P769 Políticas públicas na educação brasileira: ensino aprendizagem e
metodologias / Organização Atena Editora. – Ponta Grossa (PR):
Atena Editora, 2018.
354 p. – (Políticas Públicas na Educação Brasileira; v. 11)
Formato: PDF
Requisitos de sistema: Adobe Acrobat Reader
Modo de acesso: World Wide Web
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-93243-85-1
DOI 10.22533/at.ed.851182604
2018
Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos
aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins
comerciais.
www.atenaeditora.com.br
E-mail: contato@atenaeditora.com.br
Sumário
CAPÍTULO I
O ENSINO DE BIOLOGIA NO PRÉ-VESTIBULAR SOLIDÁRIO: IMPLEMENTANDO
MODALIDADES DIDÁTICAS PARA UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
José Jailson Lima Bezerra e Joseclécio Dutra Dantas ........................................................ 7
CAPÍTULO II
O USO DE JOGOS DIDÁTICOS E O ENSINO DE BIOLOGIA: APRENDENDO BOTÂNICA
Layane Pereira de Brito, Rafael Marinho Sousa, Kildery Muniz de Sousa, Antonio
Edinardo Araújo Lima e Lucilene Silva Pereira Soares .................................................... 17
CAPÍTULO III
PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SOBRE METODOLOGIAS INOVADORAS E SUAS
IMPLICAÇÕES NO ENSINO DE BIOLOGIA EM ESCOLA PÚBLICA DE TERESINA-PI
Evandro Bacelar Costa, Raymara Sabrina Soares dos Santos, Alberto Alexandre de
Sousa Borges, Adna Dallyla Torres Lopes e Marlúcia da Silva Bezerra Lacerda ............. 26
CAPÍTULO IV
A BOTÂNICA NA CONCEPÇÃO DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS DO ENSINO
FUNDAMENTAL E AS DIFICULDADES ENFRENTADAS PARA ENSINÁ-LA
Andreia Quinto dos Santos, Guadalupe Edilma Licona de Macedo e Ricardo Jucá
Chagas.............................................................................................................................35
CAPÍTULO V
A CONSTRUÇÃO DO MÉTODO ESTUDO DE CASO SOBRE O ENSINO DE CIÊNCIAS
PARA OS DISCENTES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Mariana Monteiro Soares Crespo de Alvarenga e Gerson Tavares do Carmo ............... 43
CAPÍTULO VI
ATIVIDADES LABORATORIAIS: A IMPORTÂNCIA DAS MACROMOLÉCULAS NO NOSSO
ORGANISMO
Hudson Guilherme Silva da Costa, Ranyelly Gomes Alves e Thiago Emmanuel Araújo
Severo ............................................................................................................................. 56
CAPÍTULO VII
AVALIAÇÃO EM AULAS DE BIOLOGIA: OLHARES DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO
BÁSICA
Carlos Bruno Cabral de Oliveira, Mariana Guelero do Valle e Brenna Yonarah Santiago
Avelar .............................................................................................................................. 63
CAPÍTULO VIII
CONHECIMENTOS PRÉVIOS DE ESTUDANTES DO FUNDAMENTAL II SOBRE PLANTAS
Anna Clara Targino Moreira Spinelli, Adrielly Ferreira Silva, Pietra Rolim Alencar
Marques Costa e Rivete Silva Lima ................................................................................. 76
CAPÍTULO X
O EFEITO DOS GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO DE CIÊNCIAS EM UMA .......................
ESCOLA MUNICIPAL
Nilson Soares de Vasconcelos Júnior, Maríllia Danielli Rodrigues Pontes e Lígia Gabriela
da Cruz dos Santos .......................................................................................................... 94
CAPÍTULO XI
O TEATRO CIENTÍFICO EXPERIMENTAL: UMA ESTRATÉGIA DE ENSINO E DE
POPULARIZAÇÃO DA ASTRONOMIA E CIÊNCIAS AFINS
Énery Gislayne de Sousa Melo e Antônio Carlos da Silva Miranda .............................. 101
CAPÍTULO XII
O USO DE MATERIAL DIDÁTICO ADAPTADO PARA ALUNOS CEGOS: EXPLORANDO O
PERCEPTUAL TÁTIL ACERCA DAS CAMADAS DA TERRA
Ester Silva Chaves, Josiel de Oliveira Batista, Lucas Gomes de Sousa e Luciane Ferreira
Mocrosky ...................................................................................................................... 115
CAPÍTULO XIII
PROPOSTAS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS POR INVESTIGAÇÃO A PARTIR
DE OBSERVAÇÕES EM UM LICEU FRANCÊS
Helaíne Haddad Simões Machado, René Lozi e Nicole Biagioli .................................... 132
CAPÍTULO XIV
USO DA DINÂMICA “VOCÊ NA TEIA ALIMENTAR DO MANGUEZAL” PARA O ESTUDO
DAS TEIAS ALIMENTARES
Nathalya Marillya de Andrade Silva, Márcia Adelino da Silva Dias, Josley Maycon de
Sousa Nóbrega, Viviane Sousa Rocha, Cristiana Marinho da Costa e Silvana Formiga
Sarmento ...................................................................................................................... 149
CAPÍTULO XV
A RÍTMICA DE DALCROZE E O ORFF-SCHULWERK DE CARL ORFF PERSPECTIVAS
BASEADAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Tássia Luiz da Costa Porto e José Tarcísio Grunennvaldt .............................................. 158
CAPÍTULO XVI
PRINCÍPIOS HISTÓRICO-PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA: BASES
EPISTEMOLÓGICAS PARA O ENSINO E PESQUISA
Marlon Messias Santana Cruz, Pedro Alves Castro, Ana Gabriela Alves Medeiros e
Sebastião Carlos dos Santos Carvalho .......................................................................... 166
CAPÍTULO XVIII
O ENSINO DA CARTOGRAFIA NO CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA DO IFPE
SOB UMA ABORDAGEM CONSTRUTIVISTA
Wagner Salgado da Silva e Ana Paula Torres de Queiroz ............................................. 187
CAPÍTULO XIX
O USO DAS GEOTECNOLOGIAS COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA
REPRESENTAÇÃO FITOBOTANICA DAS PALMEIRAS EM MT – UMA EXPERIÊNCIA
PEDAGÓGICA
Zuleika Alves de Arruda, Barbara Albues Campos, Valeria Rodrigues Marques Rosa e
Ythallo Henrique Sebastião Gomes Costa ..................................................................... 197
CAPÍTULO XX
O USO DE SIMULADOR COMO RECURSO DIDÁTICO-METODOLÓGICO EM AULA DE
GEOGRAFIA
Thayana Brunna Queiroz Lima Sena, Deyse Mara Romualdo Soares, Gabriela Teles,
Luciana de Lima e Robson Carlos Loureiro .................................................................. 209
CAPÍTULO XXI
EXPLORANDO A HISTÓRIA E A CULTURA NA LINGUAGEM DE CINEMA DE ANIMAÇÃO
COM O SOFTWARE PIVOT
Giselle Maria Carvalho da Silva Lima ........................................................................... 222
CAPÍTULO XXII
A ELABORAÇÃO DE JOGOS EDUCATIVOS COMO RECURSO PARA O ENSINO E
APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA
Larisse Carvalho de Oliveira, Tiago Alves Nunes e Jorge Luis Queiroz Carvalho .......... 230
CAPÍTULO XXIII
OS DESAFIOS DA APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA: UM CONVITE A REFLEXÃO E
AÇÃO
Zaira Dantas de Miranda Cavalcanti e Marcelo Silva de Souza Ribeiro ....................... 241
CAPÍTULO XXIV
A INFLUÊNCIA DO PERFIL ESTUDANTIL NO DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO
PEDAGÓGICO: UM TRABALHO REALIZADO NO ÂMBITO DO ESTÁGIO III DO IFBA DE
VITÓRIA DA CONQUISTA – BA
Amanda Moreira de Oliveira Melo e Wdson Costa Santos ........................................... 254
CAPÍTULO XXV
A UTILIZAÇÃO DE JOGOS COMO RECURSO DIDÁTICO PARA DINAMIZAR O ENSINO DE
CAPÍTULO XXVI
CONSUMO SUSTENTÁVEL DE MATERIAIS: CONHECIMENTOS DE QUÍMICA E SUA
CONTRIBUIÇÃO PARA A SOCIEDADE COM CIDADANIA.
Joaldo Bezerra de Melo ................................................................................................ 270
CAPÍTULO XXVII
ENSINO DA QUÍMICA: DESIDRATAÇÃO OSMÓTICA DE UM PONTO DE VISTA
CONTEXTUALIZADO, INVESTIGATIVO E PROBLEMATIZADOR, COM DISCENTES DA
REDE PÚBLICA DE ENSINO
Aline Maria Herminio da Mata, Francivaldo de Sousa, Anely Maciel de Melo, Bruno
Rodrigues Dantas, Valéria Marinho Leite Falcão e Max Rocha Quirino ....................... 280
CAPÍTULO XXVIII
ENSINO DE QUÍMICA: DESENVOLVIMENTO DE EXPERIMENTO DIDÁTICO DE
GALVANOPLASTIA UTILIZANDO MATERIAIS DE BAIXO CUSTO
Antonio Zilverlan Germano Matos, Marco Aurélio da Silva Coutinho, Eziel Cardoso da
Silva, Abraão Leal Alves, Francisco Dhiêgo Silveira Figueiredo e Dihêgo Henrique Lima
Damacena ..................................................................................................................... 290
CAPÍTULO XXIX
EXTRAÇÃO DE CAFEÍNA: COMO TEMA CONTEXTUALIZADO GERADOR DO
CONHECIMENTO, ATRAVÉS DA TEORIA E PRÁTICA NO ENSINO DE QUÍMICA
Francivaldo de Sousa, Aline Maria Hermínio da Mata, Bruno Rodrigues Dantas, Anely
Maciel de Melo, Valéria Marinho Leite Falcão e Max Rocha Quirino........................... 306
CAPÍTULO XXX
PRÁTICA PROFISSIONAL II: UMA ANÁLISE DA METODOLOGIA E APLICAÇÃO DE
MATERIAIS LTERNATIVOS NO ENSINO DA QUÍMICA
Alisson de Lima Xavier, Maria das Graças Negreiros de Medeiros e Rafael Batista
Reinaldo ........................................................................................................................ 316
CAPÍTULO XXXI
VIVÊNCIAS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO ENSINO DE QUÍMICA: O PAPEL DA
EXPERIMENTAÇÃO NA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NO NÍVEL MÉDIO
Adriana Lucena de Sales, Emmanuele Maria Barbosa Andrade, Iessa da Silva Dias, Érica
Araújo de Almeida e Alberlane da Silva Alves .............................................................. 325
Sobre os autores...........................................................................................................336
CAPÍTULO I
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
2.1. Local onde foram realizadas as modalidades didáticas: Este trabalho foi
realizado no Centro de Educação e Saúde (CES) da Universidade Federal de
Campina Grande (UFCG), campus Cuité, durante o ano de 2015.
2.2. Público alvo: As modalidades didáticas foram ministradas para todos os alunos
do cursinho Pré-Vestibular Solidário, que atendia uma demanda de estudantes que
estavam cursando o último ano do ensino médio, ou que já haviam concluído todas
as etapas da educação básica.
2.3. Modalidade didática I - Aula prática com plantas: Ao finalizar todo o conteúdo
de botânica por meio de aulas expositivas dialogadas, levou-se para a sala de aula
algumas partes dos órgãos vegetais; os discentes do PVS teriam que identificá-las e
responder algumas questões relacionadas a cada parte morfológica da planta. As
questões exigiam que os alunos relacionassem o conteúdo visto anteriormente nas
aulas expositivas, e fizessem aplicações práticas ao observarem os órgãos das
plantas.
2.5. Modalidade didática III - Palestra referente ao dia do Biólogo: Para ministrar a
palestra sobre o dia do Biólogo para os discentes do PVS, foi convidada a equipe do
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (subprojeto Biologia) do
CES. A palestra foi realizada por meio de um projetor multimídia, e na ocasião
foram retratados pontos importantes relacionados com a abrangência das áreas de
atuação do Biólogo, permitindo que os discentes pudessem tirar dúvidas e
conhecessem mais um pouco dessa profissão.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
foi associado com a produção dos cosméticos, enquanto que as raízes e os frutos
seriam destinados a alimentação.
As folhas tiveram o maior número de aplicações sob a visão dos alunos.
Dentre os principais pontos citados por eles, destacam-se os chás que são feitos de
folhas de plantas medicinais, além do oxigênio que respiramos produzido por estes
vegetais, e a utilização das folhas como fonte de alimentação.
Na percepção de Figueiredo et al. (2012), o estudo de Botânica é muitas
vezes realizado sem referências à vida do aluno, e de forma geral, o que se
aprende na escola normalmente é útil apenas para se fazer provas, e a vida fora da
escola é outra coisa, como se o próprio ensino no âmbito escolar criasse uma
barreira que impeça o aluno de aplicar o conhecimento no seu dia a dia. Por isso a
necessidade dos professores estarem sempre buscando por modalidades que
estimulem a curiosidade dos alunos.
Neste sentido, pode-se afirmar que a confecção dos mapas conceituais foi
relevante para o aprendizado dos estudantes, pois esta ferramenta didática auxilia
na síntese e estruturação dos conteúdos. Sabendo-se que os estudantes do Pré-
Vestibular Solidário iriam prestar posteriormente o ENEM, foi fundamental que eles
Figura 2. Palestra sobre o dia do Biólogo ministrada para a turma do Pré-Vestibular Solidário.
Universidade Federal de Campina Grande, município de Cuité-PB, 2015.
3), foi possível observar a relevância de o educador inserir em suas aulas, recursos
que estimulem o interesse dos estudantes. Nesta perspectiva, a aprendizagem
significativa de conhecimentos é facilitada quando toma a forma aparente de
atividade lúdica, pois os alunos ficam instigados a aprenderem de uma forma mais
divertida, interagindo com os demais colegas de sala e com o professor (CAMPOS
et al. 2003).
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos resultados obtidos por meio das quatro modalidades didáticas, é
possível afirmar que o professor deve se comprometer em buscar por novas
estratégias que promova dinâmicas em sala de aula, visto que além de aulas
puramente expositivas, os alunos também necessitam de momentos diferenciados
para que se obtenha um melhor rendimento escolar.
Diante do exposto, pode-se concluir que todos os envolvidos nas atividades
REFERÊNCIAS
GOMES, V.B.; SILVA, L.L.; SILVA, R.R.; MACHADO, P.F.L. Avaliação do impacto de
visitas e palestras de divulgação cientifica em alunos do ensino médio visitantes ao
campus da Universidade de Brasília. Atas do VIII Encontro Nacional de Pesquisa em
Educação em Ciências. 2011.
CAPÍTULO II
RESUMO: A utilização de jogos didáticos vem se tornando uma ferramenta para que
o ensino tradicional seja cada vez mais atrativo e os alunos consigam ver algo a
mais além das aulas cotidianas. O objetivo foi observar o potencial dos jogos em
sala de aula e qual sua importância nas aulas de Biologia, além de identificar
vantagens e desvantagens desta metodologia e verificar qual a frequência que é
utilizada nestas aulas, e aceitação do jogo por parte da turma. Foi possível verificar
que a metodologia foi bastante aceita pelos alunos, visto que é uma metodologia
raramente utilizada. O presente trabalho desenvolveu-se numa escola de Ensino
médio da região norte do Ceará onde trabalhamos com uma aula e jogo didático de
Biologia (Angiospermas) produzidos a partir de conhecimentos prévios colhidos
através de questionários. Após o jogo os alunos apresentaram uma evolução nos
conhecimentos em comparação com os resultados após a aula expositiva,
mostrando espírito ativo, participativo e competitivo. A metodologia do uso de jogos
apesar de ser satisfatória, exige bastante planejamento, organização e tempo.
PALAVRAS-CHAVE: Jogos Didáticos, Ensino, Biologia
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ABSTRACT: The use of didactic games has become a tool for traditional teaching is
each time more attractive and students can see something beyond daily classes.
The objective was observe the potential of classroom games and their importance
in Biology classes, as well identify the advantages and disadvantages of this
methodology and verify the frequency that is used in these classes, and acceptance
of the game by the class. It was possible to verify that the methodology was well
accepted by the students, since it is a methodology rarely used. The present work
was developed in a secondary school in the northern region of Ceará where we
worked with a didactic class and game of Biology (Angiosperms) produced from
previous knowledge collected through questionnaires. After the game the students
presented an evolution in knowledge compared to the results after the lecture,
showing active, participative and competitive spirit. The methodology of using
games despite being satisfactory requires a lot of planning, organization and time.
KEYWORDS: Educational Games, Teaching, Biology
AGRADECIMENTOS
CAPÍTULO III
1. INTRODUÇÃO
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 1: Metodologias que mais contribuem para aprendizagem de acordo com os discentes
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M.D.S. et. al. O ensino de biologia na percepção dos docentes do ensino
médio de uma escola pública do município de Iguatu-CE. Revista da SBEnBio. n. 9.
p. 3362-3373, 2016.
BRITO, L.O.; FIREMAN, E.C. Ensino de ciências por investigação: uma estratégia
pedagógica para promoção da alfabetização científica nos primeiros anos do
ensino fundamental. Belo Horizonte. Revista Ensaio. v.18, n. 1, p. 123-146. 2016.
ABSTRACT: Classes that diverge from the traditional model and subject students to
different methodological practices, provide a greater power of reflection on the
world in a scientific and critical way. However, the absence of innovative methods
coupled with the incorrect approach of content in biology teaching, contribute little
to the learning and understanding of scientific knowledge. The objective of this
study was to evaluate students' perceptions regarding the use of innovative
methodological practices used by the teacher in Biology teaching, and their
implications in the learning of high school students of a state public school in
Teresina-PI. Quantitative-qualitative research was conducted using semi-structured
questionnaires about the use of innovative methodologies by biology teachers,
involving 70 students (15 to 18 years old) from 1st to 3rd grade of high school.
Most of the students showed interest in methodologies that allow them to
participate more in the learning process, since 65% of the interviewees indicated
practical classes, 17% field classes, 16% discussion groups and only 2% the
traditional model. Regarding the implications in the process of learning the
contents, the development of the learning associated with the fun, as well as the
curiosity and the attraction by the discipline were mentioned. It was concluded that
the use of innovative methodological practices by the teacher promotes a more
attractive teaching of biology, directed to the construction of a meaningful learning,
instigating the curiosity and the interest of the public school students of Teresina,
Piauí.
KEYWORDS: Alternative methodologies, Practical classes, Significant learning,
Teaching Strategies,
CAPÍTULO IV
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO V
1. INTRODUÇÃO
científica. Além disso, há por parte dos docentes, uma ênfase em conhecimentos
factuais, apresentados de forma descontextualizada em relação às outras áreas da
disciplina do currículo (KRASILCHICK, 2008).
Todavia, os poucos trabalhos que abordam o Ensino de Biologia na EJA
apontam que a seleção dos conteúdos de Biologia, na maior parte das vezes, é
feita de forma inflexível, rigorosa, descontextualizada e apresenta carências
metodológicas que dificultam a aprendizagem dos estudantes.
Ademais, o perfil diferenciado desse público e suas heterogeneidades são
desconsiderados (GEGLIO E SANTOS, 2011). Diferentes estratégias didáticas,
investigativas e significativas, como o correto uso de tecnologias e / ou multimídia,
jogos didáticos, mapas conceituais, Estudo de Caso, dentre outras, contribuem
para maiores potencialidades de aprendizagem dos educandos (HUIZINGA, 1980;
KRASILCHIK, 2008; MOREIRA, 2010; SÁ e QUEIRÓZ, 2010).
Em face dessas considerações, o presente trabalho foi escrito com base em
alguns resultados presentes no Trabalho de Conclusão de Curso da autora.
Compartilhamos do entendimento de que as metodologias alternativas contribuem
para a superação de práticas pedagógicas conservadoras no Ensino de Biologia na
EJA.
6. METODOLOGIA
Como Luiza sabia que aquelas abelhas eram rainhas? Dê ideias. Para você,
o que pode ter matado as abelhas rainhas? Dê ideias.
Você acha que a redução de mel tem a ver com a morte das abelhas
rainhas? Por quê?
Continuação do caso
terá que ajudá-la a pensar em uma solução para aumentar a quantidade de mel.
Questões
a) Quais são os conselhos que você pode dar a Luíza para aumentar a
quantidade de mel sem perder a qualidade?
b) Como você pode saber se o mel é puro ou não?
c) Por que ela começou a pensar em aumentar o mel?
d) Como Luíza pôde saber que as abelhas vistas são as abelhas rainhas?
e) O que pode ter ocasionado a morte das abelhas rainhas?
f) Que outras formas podem contribuir para o desaparecimento das
abelhas?
g) Como a rainha ajuda na produção de mel e qual sua importância na
permanência da colmeia?
h) Será que a Luíza poderia comprar abelhas rainhas para colocar nas
colmeias?
7. RESULTADOS E DISCUSSÃO
8. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BRUNEL, C. Jovens cada vez mais jovens na educação de jovens e adultos. Porto
Alegre: Mediação, 2004.
HERREID, C.F. What Makes a Good Case? Some Basic Rules of Good Storytelling
Help Teachers Generate Student Excitement in the Classroom. Journal of College
Science Teaching, Arlington, v. 27, n. 3, p. 163-165, 1998.
CAPÍTULO VI
1. INTRODUÇÃO:
2. METODOLOGIA
MATERIAIS UTILIZADOS
ALIMENTOS ITENS DE LABORATÓRIO
Leite Água destilada
Pão Tubos de ensaio
Farinha Pinça para tubo de ensaio
Sal Placas de Petri
Feijão triturado Conta-gotas
Arroz triturado Fogareiro
Tintura de Iodo
Hidróxido de Potássio 10%
Hidróxido de Sódio
Sulfato de Cobre a 0,5%
Tabela 1: Materiais utilizados na intervenção.
Esta atividade prática teve a duração de duas aulas com 50 minutos cada e
os alunos foram divididos em oito grupos com cinco componentes cada, onde dois
grupos ocuparam uma bancada. Durante a primeira aula, as práticas para
identificação de carboidratos e proteínas foram realizadas utilizando-se de um
roteiro acerca do assunto abordado no experimento, além do procedimento prático
e questões associadas para auxiliar a identificação de cada macromolécula.
Foi proposta aos alunos a identificação da macromolécula em maior ou
menor quantidade que tinha em cada tubo de ensaio e em cada placa de Petri
apresentados, diferenciando-os de acordo com a cor que o alimento apresentasse
em contato com o reagente. Para proteínas foram utilizados o Sulfato de Cobre a
0,5% e o Hidróxido de Sódio e para carboidratos foi utilizado a Tintura de Iodo. Eles
também teriam de identificar qual tubo de ensaio e qual placa de Petri não tem a
presença de nenhuma dessas macromoléculas (Tabela 2). Ao término da atividade,
os mediadores recolheram os roteiros para serem debatidos posteriormente.
PRÁTICA LIPÍDEOS
1º Tubo de ensaio: Presença de lipídeos
2º Tubo de ensaio: Ausência de lipídeos
Tabela 3: Divisão dos materiais utilizados na prática de identificação de lipídeos.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
4. CONCLUSÃO:
REFERÊNCIAS
ABSTRACT: The use of practical activities in teaching is one of the main ways to whet
the student’s curiosity, arousing the taste for science and scientific knowledge.
Among them, we can highliht the experimentation as essential for the teaching of
sciences as the promote greater interaction between teacher and student, however,
several dificulties are encountered for the concretization of this type of tool in
science teaching, due to the lack of interest and possible rejection of content by
students. In order to reverse this, the teacher must take ownership of the content
and be able to develop various teaching tools, using mainly simple materials. Having
as context to work the macromolecules present in food as health promotion, this
work aims to objectify the experience report of an intervention activity using the
science laboratory and simple tools of everyday life. The intervention was carried
out at the State School Berilo Wanderley in Natal/RN with the students of the first
hight school in the year 2016. By means of this, the students had to identify the
macromolecules present in foods consumed by them, using reactions with chemical
components and from this, they would elaborate hypotheses about what has
happened with each food, whether or not reacted to the chemical compound. It was
noted that students were very anxious to be in that environment conducting a
chemical experiment, demonstrating the lack of practical laboratory activities
performed by the school teachers.
KEYWORDS: Practical activities, experimentation, science teaching, laboratory,
macromolecules.
CAPÍTULO VII
5. DEFINIÇÕES DE AVALIAÇÃO
Assim, é uma nova oportunidade que aquele aluno que na verdade não
atingiu a nota ideal ou a mínima, ter como uma segunda chance de
estudar [...] (P1)
A recuperação, pra mim, ela não tá só numa nota física. Lógico, o aluno
tem de ter a chance de recuperar, mas ele tem de fazer por onde
recuperar. Não somente uma nota, o contexto todo [...] (P1)
O colégio tem de procurar estratégia pra fazer com que ele [o aluno]
entenda, né, e não simplesmente recuperar a nota. É recuperação de
conteúdo. Aí vamos avaliar se ele realmente assimilou ou não [...] (P2)
[...] o integral vai ser o quê? O aluno é protagonista. Por ele ser
protagonista, a gente tem que criar meios pra ele seguir o projeto de vida
que eles vão ter na saída da escola. [Já o] regular, eles já pensam o quê?
Seriado, né [...] (P1)
[...] a escola pede. Porque se você não fizer uma prova objetiva, uma
prova escrita, eles vão dizer, “essa professora não faz”, né. Então, isso
me inquieta muito. A maneira de avaliar, às vezes, é criticada também,
6. FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO
[...] eu acho que vai do professor se avaliar. “Qual é a forma que eu tenho
que atrair aquele menino a gostar da minha disciplina?”, “qual é o
recurso que eu tô utilizando?”, “qual é o tipo de aula que eu tenho que
dar?” [...] (P1)
[...] às vezes, a gente utiliza nas nossas provas, a gente fala muito sobre
isso [o ENEM] porque é importante também em se passar em um ENEM
pra entrar na faculdade, na universidade. Então, a gente utiliza muito por
conta disso (P3)
[...] eu pego a minha disciplina e eu começo a alinhar [...] visando isso, lá
no ENEM ele não tá desuniforme, tá totalmente uniforme o conteúdo, o
tipo de questão [...] (P1)
[...] a escola, como um todo, forma cidadão. A gente não só prepara pro
Enem; nós preparamos para a vida, né. E preparar pra vida vai muito
além do ENEM, né. Questão de ética, questão de respeito ao próximo, de
cidadania, uma série de questão que vai muito além das questões do
Enem [...] (P2)
[...] pra mim, eu levo a recuperação como uma forma do aluno recuperar
aquela nota perdida [...] (P1)
[…] o papel da recuperação é fazer com que ele [o aluno] entenda
determinado assunto [...] (P2)
O nome já tá dizendo, né: recuperar algo que não foi aprendido. Só que a
recuperação não pode ser por si só uma prova, não vejo assim. Então,
você tem que realmente recuperar aquele conteúdo, aquela aula, aqueles
conteúdos realmente que eles não aprenderam (P3)
REFERÊNCIAS
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Trad. Augusto Luís Antero Reto. São Paulo: Edições
70, 2011.
SCRIVEN, M. S. The methodology of evaluation. In: Tyler, R.; Gagne, R.; Scriven, M.,
Perspectives of curriculum evaluation. AERA Monograph Series on Curriculum
Evaluation. p. 39–83. Chicago: Rand McNally, 1967.
CAPÍTULO VIII
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
3. RESULTADOS E DISCURSSÃO
Para Corrêa (2009), apesar de se abordar o estudo dos seres vivos ao longo
da Educação Básica, especialmente no Fundamental II, há uma grande dificuldade
na conceituação do que é vida e, por conseguinte, do que é um ser vivo. O
problema da definição de vida também está presente no meio científico, posto que
muitos cientistas envolvidos em pesquisas quantitativas acreditem não existir
necessidade desse tipo de conceituação para seu trabalho ou entendem ser muito
difícil deter em um esquema conceitual a variedade de fenômenos da vida, os
quais possuem várias particularidades em diferentes níveis de organização (RUIZ-
MIRAZO et al., 2004).
Apesar de haver, teoricamente, algumas definições de vida fundamentadas,
por exemplo, a vida como autopoiese (MATURANA; VARELA, 2001); a vida como
seleção de replicadores; a vida como interpretação de signos (EMMECHE, 1997;
EMMECHE e EL-HANI, 1999); e a vida como sistemas autônomos com evolução
aberta (RUIZ-MIRAZO et al., 2004). A prevalência de pesquisas elaboradas sobre
conceitos de ser vivo estivera concentrada na identificação e caracterização dos
seres vivos, sem a preocupação de estimular o imaginário-criativo das crianças e
discutir de forma sistematizada essas definições, revelando que os seres vivos são
apresentados por um conjunto de características e, sabendo reconhecer algumas
delas, adquirir-se-ia a concepção de vida.
Ao questionar sobre o que é planta (Fig. 2) os discentes apresentaram, na
maioria dos casos (51%), um conceito reducionista com respostas também curtas
(“ser vivo”). No trabalho de Bitencourt (2010), os resultados apresentaram uma
grande variedade, mas também com respostas incompletas; utilizaram-se de
características morfofisiológicas para definirem plantas. As respostas obtidas nesse
trabalho são semelhantes as obtidas por Brito (2009), no qual as respostas
apresentaram conceitos igualmente incompletos ou em nível muito básico para
definir planta, não conseguindo representá-la de forma mais complexa. Contudo,
isso não atesta que as respostas dadas estejam erradas, porém são vagas e
generalistas, demonstrando ser insuficientes e inespecíficas para definir uma
planta.
Figura 2 – Respostas para “De acordo com seus conhecimentos, o que é planta?”.
50%
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
Ser vivo Não Importante Outros Importante Ser que
souberam para o para respira
responder homem natureza
Fonte: Dados de pesquisa, 2015.
Observa-se que os 51% definiram plantas como sendo apenas um “ser vivo”
e, quando observamos a questão anterior (Fig.1) notamos que a maior parte adotou
o conceito de ser vivo generalista (nasce, cresce, reproduz e morre), portanto,
declarando implicitamente que as plantas, assim como os demais seres vivos,
apresentam essa mesma característica em comum.
Freitas (1989) cita vários trabalhos, nos quais os resultados de pesquisas
indicariam que a distinção entre seres vivos e objetos inanimados se constituiria
em tentativas de reconhecimento do mundo. Esses trabalhos destacam que a
criança iniciaria esse processo de diferenciação desde os primeiros meses de vida
(COUTINHO, 2005).
Ao questionar se plantas são seres vivos (Fig. 3) e o porquê delas serem ou
não (Fig. 4), 97,4% (Fig. 3) dos questionados concordaram que plantas são seres
vivos, o que se pode relacionar com a definição mais frequente do que é planta
(Fig. 2). No entanto, percebe-se que os estudantes apresentam dificuldades em
conceituar o que é uma planta, mesmo pressupondo que tenham uma construção
mental e conhecimentos adquiridos espontaneamente em suas experiências
pessoais. O que demonstra um reflexo sobre as dificuldades apresentadas pelo
ensino de botânica nas escolas públicas brasileiras (BITENCOURT, 2016).
Sim 97,4%
Não
Não responderam
Fonte: Dados de pesquisa, 2015.
Figura 4 – Respostas para “Por quê (as plantas são seres vivos)”.
25%
20%
15%
10%
5%
0%
4. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
FREITAS, M. A distinção entre ser vivo e ser inanimado: uma evolução por estádios
ou um problema de concepções alternativas? Revista Portuguesa de Educação, V.
2, n. 1, p. 33- 51, 1989.
MORAES, L. apud VIEIRA, J. A. et al. Ensino com pesquisa nas aulas de ciências e
biologia: algumas exigências In: IX Congresso Nacional de Educação e III Encontro
Sul Brasileiro de Psicopedagogia. Paraná, 2009.
ABSTRACT: The school is the place in which the intentional pedagogical intervention
triggers the teaching-learning process and in relation to the teaching of Sciences
and Biology, the learning of concepts can not be the only way to obtain knowledge.
In the case of Botany teaching, it is necessary to go beyond the simple use of
information present in textbooks and virtual sources, making use of practical
classes in the classroom, in the laboratory and especially in the field, so that it
contributes to the relationship man-nature. This work had the objective of
investigating the conception about plants based on the previous knowledge of
students of Fundamental II. In order to analyze the knowledge that the students had
about the plants and if these are living beings, a qualitative-quantitative
questionnaire was carried out, that is, with objective and subjective approaches.
When analyzing the answers, it was observed that most of the students answered
the questions in a reductionist and short manner, often associating the concept of
being alive to the life cycle of the plants, showing conceptual errors and, mainly,
inconsistency in their conceptions regarding definition of life.
KEYWORDS: Botany, Plant, Living, Conception, Basic Education.
CAPÍTULO IX
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
atividade teórico-experimental.”
No experimento “Indicador ácido-base com suco de repolho roxo” após
serem misturadas cada substância com o suco do repolho roxo pôde-se observar
várias colorações e assim, os estudantes conseguiram identificá-las como ácidas
ou básicas, além de acompanhar no livro didático a tabela com os valores do pH de
acordo com a coloração apresentada. Através desse momento foi possível instigar
habilidades de atividades em grupo, cooperação e interação, facilitando a
comunicação e envolvimento de uns com os outros e mostrando a importância do
trabalho em conjunto, sempre valorizando os conhecimentos adquiridos na aula
teórica e tentando criar uma ponte entre a teoria e prática. A visão adquirida com a
realização da atividade prática corrobora com o trabalho de Gaspar (2009), que
afirma que “hoje nas atividades experimentais o objetivo é promover interações
sociais que deixem as explicações mais acessíveis e eficientes”.
Na segunda turma foi realizado o experimento “Sopro Mágico”, ficando claro
a relevância de estimular a curiosidade dos alunos diante dos conteúdos
apresentados, visto que todos se envolveram em todos os passos do experimento e
na discussão. O mesmo, a princípio deveria ser realizado com a formação de
pequenos grupos, assim como na turma do 9° ano A. Contudo, a disponibilidade da
substância fenolftaleína, que faz parte dos materiais utilizados, não é encontrada
tão facilmente em todas as cidades em alguns pontos comerciais. Devido a essa
dificuldade, a estratégia adotada para a realização da atividade prática foi a
organização da turma em um único grande grupo. E a resposta dos alunos a essa
decisão tomada foi uma grata surpresa, pois a aula se desenvolveu com total
interação da turma, tanto na execução, quanto na discussão dos resultados. Os
alunos em conjunto conseguiram transcrever o que estava diante dos seus olhos
de maneira científica e assim, os conceitos trabalhados e compreendidos foram
fundamentados no conhecimento construído em equipe por todos da turma.
Reforçando a ideia do trabalho realizado por Biasoto & Carvalho (2007), que
afirmam que “nesse sentido, as aulas experimentais podem estimular os alunos a
observar, refletir, analisar e propor hipóteses para suas observações, bem como
rever o que pensam sobre um determinado fenômeno”.
Face ao exposto, também foi possível observar algumas limitações na
execução do trabalho, como por exemplo, a falta de um espaço mais adequado
com materiais para uso durante atividades com essa natureza e elementos de
suporte. Contudo, as atividades conseguiram ser realizadas através de adaptações
de baixo custo. Demostrando que o professor ele não precisa de um laboratório
equipado para conseguir levar até os alunos explicações práticas sobre
determinados conceitos. Obviamente, existem conteúdos que necessitam de um
laboratório para atividades mais elaboradas e complexas, mas a grande maioria
pode ser adaptada de acordo com as necessidades da escola que se deseja
trabalhar. O importante é nunca desistir de inovar em sala de aula.
4. CONCLUSÃO
O trabalho proporcionou aos alunos uma prática diferenciada das que eles
vivenciam diariamente, possibilitando um melhor entendimento do assunto visto
apenas de forma teórica, sendo assim construído um conhecimento ainda mais
sólido e podendo ser relacionado também com vivencias no cotidiano. Atividades
práticas como essas permitem aulas mais dinâmicas e participativas, fugindo dos
modelos educacionais tradicionais de ensino que ainda são vivenciados
atualmente nas escolas, possibilitando um prazer conjunto na aprendizagem, entre
alunos e professor.
REFERÊNCIAS
ABSTRACT: The most traditional practices are still present in the daily life of most of
the classrooms of our country, however the challenge of finding new ways and
methodological languages is a consensus in the educational environment. One of
the ways to make classes more dynamic and participative is the insertion of
practical activities. The present work has relevance when analyzing the insertion of
practical activities in the Science Teaching, considering as field of observation the
teaching internship. Thus, the focus of the research is defined as the teaching
abilities and the student responses produced from experimental activities. The work
was carried out in two classes of the final years of middle school, 9th grade A and B
of Maurina Rodrigues dos Santos Municipal School, located in the city of Passira-PE.
It were carried out activities that the students were able to establish a connection
between the theoretical dimension and the practice. In the 9th grade A, It was
conducted the experiment "Acid-base indicator with purple cabbage extract". In
class B, It was conducted the experiment "Magic breath". The first class of students
participated by executing the activities in separate groups and the second one the
demonstration included all the students. The intervention also challenged future
teachers to test a set of capacities and abilities required to conduct activities like the ones
mencioned in this work. New methodological approaches, based on didactic sequences
that contemplate the practical dimension, are essential for the renovation of our days'
school and the formation of future teachers connected with the contemporary demands
and attentive to an already announced future.
KEYWORDS: Teaching practice; Practical activities; Teacher’s formation.
CAPÍTULO X
RESUMO: A leitura é uma prática que deve ser bem trabalhada e aperfeiçoada a
cada série de desenvolvimento educacional, pois a mesma interfere de forma
primordial no ensino de todas as disciplinas além da Língua Portuguesa. Sobre isto,
o presente artigo tem por finalidade apresentar os resultados de um trabalho que
foi realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental José Tito Filho, no
município de Riachão do Bacamarte-PB. Este, teve como objetivo aprimorar o
ensino de Ciências e despertar o interesse dos alunos pela leitura, visto que se
tornou uma prática de pouca frequência e ainda tornando-a como uma boa
estratégia no ensino de ciências de forma interdisciplinar por meio de gêneros
textuais como: canção, histórias em quadrinhos, receitas e cartazes. No intuito de
enriquecer nosso trabalho tivemos como aporte teórico: MARCUSCHI (2008),
MUSSINI (2014), MARTINS (2011).
PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Gêneros textuais. Ciências.
1. INTRODUÇÃO
2. MATERIAIS E MÉTODOS
9°ano foi dado ênfase a questão do efeito estufa através da concentração de CO2
em consequência do desmatamento, relacionando esse gás como uma função
inorgânica, óxido, visto em sala de aula por eles, e isso se refletiu em muitas
produções textuais (figura 01). E além de tudo a música serviu para eles
entenderem a dimensão de toda a discussão com o mundo que os cerca. Em
Consonância com (MUSSINI, 2014):
Figura 02- Trecho de uma produção textual de uma aluna do 9° onde ela cita a relação dos gases da
fotossíntese com o aquecimento global com o desmatamento.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
dúvidas, inclusive o velho mito do “malefício’’ da mistura leite com manga. Foi
satisfatório o trabalho com o gênero receita, pois contribuiu para que os discentes
conhecessem um pouco mais sobre os ingredientes específicos que compõem uma
determinada receita, fazendo os mesmos entenderem também que alguns itens da
receita, em excesso, como a gordura da manteiga também faziam mal à saúde.
Como forma de fixar o que foi aprendido em relação a música trabalhada e
ao mesmo tempo estimular a capacidade de produção, foi pedido que os alunos
redigissem uma produção textual abordando a concepção deles em relação as
devastações ocorridas nos diversos ambientes e como eles poderiam contribuir
para a diminuição dos impactos ambientais relacionando o senso crítico ao
conteúdo abordado em relação a canção. As produções textuais se apresentaram
com alguns erros ortográficos que foram corrigidos em seguida e por fim mostrado
a maneira correta, porém chama-se atenção da capacidade crítica de muitos
alunos (figura 02).
Figura 02- Parte de uma produção de uma aluna do 7° ano, em que ela relata as consequências do
desmatamento na concepção dela, com base na discussão em sala.
Essa relação vem sendo desenvolvida há cinco meses e já está tendo seus
efeitos em relação ao avanço na escrita dos alunos, em que muitos erros
ortográficos através dessas produções foram corrigidos e ainda estimulou uma
ampla visão de mundo e de criticidade de cada aluno para o desempenho com a
sociedade.
Com relação aos cartazes elaborados, pôde-se perceber a influência do
cotidiano deles com adição de uma certa resistência de alguns quanto aos temas
propostos, pelo fato da proposta de intervenção mexer com a realidade de muitos.
Todavia, no final todos perceberam os problemas trazidos pelas queimadas, a caça
e tráfico ilegal de animais e o gasto excessivo de energia elétrica servindo como um
aprendizado para a vida deles, além de terem aprendido sobre um gênero textual
4. CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO XI
1. INTRODUÇÃO
4. METODOLOGIA
5. DISCUSSÃO E RESULTADOS
outros.
O grupo do teatro era composto por 11 pessoas, com formação e nível de
escolaridade diversificada: 1 docente de Física, o coordenador do projeto de
extensão; 1 técnica da universidade, com formação em Física; 7 estudantes da
universidade dos cursos de Pedagogia (2), História (1), Biologia (2), Física (1),
Química (1); 2 estudantes do ensino médio; 2 estudantes de outras universidades,
dos cursos de Geografia e de Oceanografia.
Esse grupo organizou a peça em seis atos: Abertura, Benefícios do Sol,
Acontece o Eclipse, Mitos, Retorno do Sol e Encerramento. Os personagens
trabalhados foram: o Sol, a Lua, a Terra, o Cientista/Galileu, o Índio, o Rei, o Super
Homem, a Mulher Maravilha, a Menina Feliz e a Vovó Maratonista.
No primeiro ato, o Cientista/Galileu assumiu a função de narrador e realizou
a Antecipação da peça. Sua fala abarcou os seguintes tópicos: o Eclipse e os
benefícios do Sol para o homem.
1. Abertura
Personagem/Narrador: Cientista/Galileu
- Senhoras e senhores, hoje é dia do Eclipse Solar mais observado da
História!!!!!
- A Lua vai ficar entre o Sol e a Terra. O dia vai virar noite!!!!!
Explicação da cena: Toca uma música de fundo e uma dança é realizada
pela Lua, o Sol e a Terra.
2. Benefícios
Personagem/Narrador: Cientista/Galileu
- O Sol é muito importante! Não apenas para o Super Homem ou para a
Mulher Maravilha... mas para todos os seres da Terra.
Explicação da cena: o Super Homem e a Mulher Maravilha entram em cena
ao tocar a música tema.
Personagem/Narrador: Cientista/Galileu
- O Sol produz vitamina D que faz bem para os ossos da velhinha
maratonista, as pessoas ficam mais felizes e dispostas.
Explicação da cena: toca uma música vibrante para marcar a entrada e
performance da Menina Feliz e da Vovó Maratonista.
3. Acontece o Eclipse
Personagem/Narrador: Cientista/Galileu
- Mas hoje, a Lua vai ficar numa posição que impedirá a luz do Sol chegar à
Terra. Hoje vai acontecer o Eclipse.
Explicação da cena: a Lua coloca um manto negro sobre a Terra. Toca uma
música de fundo.
O Super Homem, a Menina Feliz e a Vovó Maratonista desenvolvem uma
performance marcando a falta do Sol (fraqueza dos ossos da Vovó,
depressão da Menina Feliz e perda dos poderes do Super Homem e da
Mulher Maravilha).
O segundo ensaio foi facilitado por uma professora de teatro que deu dicas
de atuação e de marcação de palco. Essa contribuição foi bastante importante para
que os atores amadores pudessem se sentir mais à vontade. A peça foi encenada
na parte externa do prédio do Departamento de Física, onde foram montados
telescópicos (Figura 2) e uma estrutura de apoio para acompanhar o Eclipse Solar.
6. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
FEIST, J.; FEIST J. G. Teorias da personalidade. 6. Ed. São Paulo: Mcgraw-Hill, 2008.
ensino médio através do teatro. In: VII Encontro Nacional de Pesquisa em Ensino de
Ciências, 7., 2009, Florianópolis. Anais eletrônicos... Belo Horizonte: Universidade
de Minas Gerais, 2009.
ZANETIC, J. Física e arte: uma ponte entre duas culturas. Pro-Posições, Campinas, v.
17, n.1, jan./abr. 2006.
ABSTRACT: The project "Unraveling the Southern Sky" of the Federal Rural University
of Pernambuco regularly provides telescopes so that everyone interested in
Astronomy can observe the Moon and the stars. The public is very heterogeneity, so
it becomes complicated to associate actions more focused on teaching. This work
consists of an experience report involving the use of a specific type of theater, the
Scientific-Experimental Theater (TCE), as a tool for popularization and teaching of
astronomy. The presentation of the theater, combined with astronomical
observations, managed to attract an expressive and diversified audience into the
university, which was formed not only by students, teachers, other professionals of
the institution, but also by people from the surrounding community. The results
show that the use of TCE is an important strategy to mediate scientific knowledge,
popular knowledge, myths and beliefs with individuals, contributing significantly to
the teaching and popularization of astronomy and related sciences.
KEYWORDS: Theater, astronomy, science education, popularization of science.
CAPÍTULO XII
1. INTRODUÇÃO
pessoas com deficiências. Na caminhada em buscas dos direitos das pessoas com
deficiências houve várias conquistas, a maioria delas através de políticas públicas
com a criação de leis, decretos, emendas entre outros tipos de legislação que
descaracterizassem o processo de exclusão, assim reconhecendo o papel do
indivíduo com deficiência como cidadão, mas também, aconteceram batalhas
árduas encabeçadas por grupos de deficientes, como a UPIAS (Union of the
Physically Impaired Against Segregation, 1976) que lutaram por igualdade e
respeito, como descrito por Diniz (2007).
Quanto aos recursos didáticos, salientamos que estes são meios que
auxiliam na realização da inclusão que é prevista por lei. As escolas devem se
adequar as necessidades dos alunos, com isso, o papel do professor é ter
estratégias que auxiliem o aluno na construção do conhecimento e, para tal, o uso
dos recursos didáticos manipuláveis é de suma importância. Na produção do
material didático adaptado o professor deve se atentar para que esse material
atenda a necessidade perceptual tátil do aluno, não criando material somente para
os alunos cegos, mas que esse material seja usado por todos os alunos
promovendo, de fato, a inclusão de todos.
Em relação ao Atendimento Educacional Especializado (AEE), este se
caracteriza como uma modalidade de ensino que abrange todos os níveis de
educação e é responsável pelo atendimento especializado no contra turno a todos
os alunos que apresentarem necessidades especiais de ensino. No entanto, para
que o aluno público alvo da educação especial possa receber o AEE, ele deve estar
regularmente matriculado no ensino regular da sala comum, sendo responsável por
complementar e/ou suplementar a formação do aluno com vistas à autonomia e
independência na escola e fora dela.
Ao retratarmos sobre o Ensino de Ciências Naturais percebemos que
atualmente o que predomina em nossa sociedade é o aumento do conhecimento
científico e tecnológico, onde ambos se fazem presente no nosso cotidiano, por isso
paira a preocupação em formar alunos que exerçam seu papel de cidadão com
visão crítica que envolva saberes que são de grande relevância para sua formação
na sociedade.
Ainda sobre o Ensino de Ciências Naturais, notamos que além de ser
obrigatório no currículo do aluno se faz necessário no dia a dia do mesmo. A
disciplina de Ciências Naturais é excessivamente visual, uma vez que nos livros de
Ciências são observados um grande número de gravuras, imagens e ilustrações
que tem o objetivo de aproximar o aluno do conhecimento. Mas, quando esse aluno
é cego como fazer para que ele compreenda o assunto?
O aluno vidente utiliza o sentido da visão para interagir com o mundo; o
aluno cego se serve de outros sentidos para que ocorra essa interação. A
dificuldade da falta de visão deve ser superada com a motivação da percepção tátil,
ou seja, os alunos cegos exploram as informações que lhes são dadas na maioria
das vezes pelo tato, e uma das maneiras do professor propiciar a construção do
conhecimento ao aluno cego é utilizando recursos didáticos que atendam às
especificidades do aluno, adaptando materiais para que este adéque as
das pessoas com deficiência foi longo e árduo para conquistar e garantir na
legislação seus direitos à educação de qualidade ofertada nas salas de aula
comum de ensino regular (BRASIL, 1994).
No entanto ainda existem várias reformas que devem ser realizadas, tanto
na legislação, quanto nas formações inicial e continuada dos professores, sejam
estes da sala multifuncional, sejam da sala de ensino comum, para que o ensino de
qualidade ofertado a todos deixe de ser uma promessa que soa vaga nos
corredores de nossas escolas e na boa vontade de profissionais da educação que
se esforçam para realizar um atendimento digno dentro dos padrões que lhes é
possível.
De modo geral ao percorrermos a história da educação especial, em torno
de perguntas tais como: de que forma ocorreu a luta pela defesa das pessoas com
deficiência? Como as políticas públicas foram evoluindo a fim de garantir direitos a
educandos público alvo da Educação Especial? tal como descrito no início dessa
sessão, observamos que às primeiras iniciativas dos trabalhos voltados à educação
especial tinha mais características de modelo assistencialista, do que propriamente
educacional. Porém, não podemos desprezar os primeiros passos dados na
consolidação da educação especial, passos estes que marcaram a luta de uma
sociedade em busca de igualdade de direitos.
Em âmbito nacional, podemos dizer que o processo inclusivo teve uma
trajetória extensa, na qual foram realizadas algumas mudanças, entre elas, as mais
evidentes incidiram nas políticas públicas sobre a Educação Especial, nas reformas
da legislação, diretrizes e políticas nacionais, com o objetivo de reparar um longo
período de exclusão que sofreram as pessoas com deficiências e para garantir os
direitos que se encontram na Constituição Federal de 1988, principalmente o
direito a educação.
É uma técnica que faz uso dos sentidos para apreensão de determinados
aspectos da realidade, ela consiste em ver, ouvir e examinar os fatos, e
fenômenos que se pretende investigar. A técnica da observação
desempenha importante papel no contexto da descoberta e obriga o
investigador a ter um contato mais próximo com o objeto de estudo
(GERHARDT E SILVEIRA 2009, pg.75).
4. RESULTADO E DISCUSSÕES
acessibilidade.
No intuito de revelar pontos negativos foi questionado aos alunos: O que
você acha que está faltando no material? Os 02 (dois) alunos responderam que
não acrescentariam nada no material didático e disseram que estavam contentes
de terem explorado “As camadas da terra”, porém deixaram claro que gostaria de
saber que houve mais iniciativas como essa, de produção de recurso adaptado
para facilitar a aprendizagem no ensino de Ciências.
Ao analisarmos a entrevista ficou evidente que o material produzido, foi
considerado acessível à necessidade educacional especial dos alunos deficientes
visuais. Portanto, esse material irá ajudar o aluno na construção do processo de
aprendizagem e auxiliar o professor na didática quando for ensinar o conteúdo.
A análise dos dados obtidos a partir das entrevistas com os professores foi
realizada através de respostas de um questionário semiestruturado, composto de
08 questões, gravadas e logo após foi feita o tratamento dos dados. Na busca por
informações para ajudar na produção do material didático adaptado, laçamos a
primeira pergunta: Qual a faixa etária que você atua principalmente para o ensino
de ciências naturais?
Os três professores responderam que o CAP trabalha com alunos de faixa
etárias variadas, pois atende alunos da rede regular de ensino e também da
comunidade, sendo que a professora R e o professor E atuam com os alunos do 1°
segmento do ensino fundamental e da educação infantil, já o professor M afirma
que “nossa clientela principal daqui do CAP é do ensino fundamental e do ensino
médio. Trabalhamos com a rede regular de ensino, mas também existe alunos da
comunidade como os alunos de instituições, bem como temos aluno do IFPA e da
Universidade Federal também. Nós temos atuado na produção de materiais para
esse aluno” (W, 2014). A partir das respostas fica Claro que não importa a idade do
aluno e sim que ele irá receber o atendimento no seu processo de escolarização.
Dando continuidade à entrevista perguntamos: Quais os materiais didáticos
e equipamentos disponíveis no CAP? Os professores foram unanimes em responder
que havia poucos materiais didáticos e que os equipamentos são basicamente:
maquina de escrever em Braille, kit de escrita, soroban, jogos pedagógicos, jogos
sensoriais, impressora braile, sistema de xerox ampliada, multiplano e além de
livros impressos em braille e livros ampliados, assim como, ferramentas
tecnológicas da informática com software específicos para o público com
deficiência visual.
Também perguntamos se O CAP possui material para o ensino de Ciências
Naturais? Se sim, quais são estes? Todos responderam que é escasso materiais
específicos na área de Ciências Naturais e que não havia acervo de material
didático completo, porém o professor E citou que apenas havia recurso didático em
áudio para aula de biologia. A professora R falou que “não existe recursos
Quando perguntado Como você faz pra saber se o conteúdo está sendo
entendido pelo aluno?
A professora R (2014) responde que “no CAP a gente não trabalha com essa
metodologia avaliativa de prova, a gente vai abordando o conteúdo explicando e
automaticamente é um processo de interação onde o aluno participa, então é a
maneira do dialogo permanente. ” Já o professor M diz que quem avalia o processo
de aprendizagem dos conteúdos é a escola, mas ele tem alguns artifícios para
saber se o aluno aprendeu ou não. Seu método baseia-se na realização de
atividades para ver o grau do conteúdo aprendido pelo aluno (M, 2014). O professor
E diz que sabe se o aluno aprendeu o conteúdo “quando ele consegue dialogar
sobre determinado conceito” (E, 2014).
Também pedimos para eles que Falassem sobre a importância do recurso
didático para aprendizagem do aluno deficiente visual. Segundo R (2014) os
recursos didáticos são estratégias fundamentais na metodologia do professor para
o aluno construir conhecimento, especialmente para o aluno cego que necessita do
recurso didático adaptado, por que não dá pra ficar só no campo da abstração dos
conteúdos, o aluno deve tatear o recurso didático adaptado se aproximando mais
do conteúdo a fim de facilitar sua compreensão.
5. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
perceptual tátil.
As entrevistas com os professores mostraram que os recursos didáticos são
eficazes, pois ajuda na assimilação dos conceitos, na fixação do conteúdo e
complementa a parte teórica. Porém percebe-se que os materiais didáticos não são
suficientes, devendo então, haver mais formação continuada para os professores
poderem se aprimorar cada vez mais na área da deficiência visual e assim
promover educação de mais qualidade.
Levando em consideração nossas observações durante a testagem do
material, bem como a aceitação dos alunos cegos com o material é possível dizer
que o material produzido é relevante para o ensino de ciências e o uso deste
material traz qualidade na vida escolar do aluno cego, pois as percepções táteis
que o material fornece faz com que o aluno além de si sentir inserido no processo
de escolarização, construa o conhecimento através das percepções táteis.
Porém também concluímos que, por mais especializado que os professores
e o CAP sejam, os recursos didáticos para alunos cegos ainda são ausentes; que a
falta desse recurso didático interfere na assimilação do conteúdo aprendido pelo
aluno cego, portanto há necessidade de confecção de mais materiais didáticos
adaptados, que venham suprir a necessidade específica do aluno cego no ensino
de Ciências Naturais.
REFERÊNCIAS
______. Plano Decenal de Educação para Todos. Versão acrescida. 136 p. Brasília:
MEC, 1993. Disponível em < http:// http://www.dominiopublico.gov.br/ >. Acesso
em 28 de dezembro de 2015.
ABSTRACT: The present study presents the results obtained with the production of
adapted "Earth layers" didactic material for blind students in the teaching of Natural
Sciences and verifies the pedagogical potential of the adapted didactic material
that was produced considering the special educational needs of blind students in
their learning process in the area of Natural Sciences, based on testing with the
blind students and on the effectiveness of the material for teaching and learning of
the students of the Pedagogical Support Center of Marabá - PA. It aims to
investigate the pedagogical potential of the resource that was produced,
considering the tactile perceptual referential of the blind students in their schooling
process in the Teaching of Natural Sciences. The methodology used was qualitative
with the use of the participant observation technique and field diary, based on semi-
structured interviews with the teachers and on the testing of the material with the
students of the Pedagogical Support Center. It is concluded from interviews and
testing with the blind students that the didactic resource is effective, as it assists in
the assimilation of concepts, in the fixation of content and in the complementation
of the theoretical part.
KEYWORDS: Teaching Natural Sciences. Educational material Adapted. Blind
perceptual.
CAPÍTULO XIII
René Lozi ,
Nicole Biagioli
1. INTRODUÇÃO
Proporção das aulas de SVT segundo sua
estrutura
que esta atitude responsável se constrói. Prova disto é que a autonomia dos alunos
do último ano era nitidamente maior que a dos alunos do primeiro ano.
Considerando que a participação ativa e a motivação dos alunos eram
otimizadas pelo caráter problematizador, investigativo e contextualizado por
modelos, parece-nos, então, interessante ilustrar como isto se passava nas classes.
Para esta descrição mais detalhada, escolhemos três aulas. Estas escolhas
se justificam pelos diferentes resultados obtidos a partir de diferentes tipos de
situação didática. As séries e os temas foram os seguintes:
Figura 2. Imagem de tubo seminífero em corte transversal observada em microscópio óptico (x400),
capturada e posteriomente legendada por um aluno (esq.) e seu modelo representacional, utilizado
como instrumento de transposição didática, atividade e correção (dir.)
Figura 3. Modelo tridimensional das deformações tectônicas – Pli e Falha Inversa – antes e após
convergência.
Durante essas etapas, três questões (Fig. 4) estavam sempre presentes nas
situações didáticas:
Figura 4. Fio condutor do raciocínio dedutivo, onde a conclusão é organizada a partir das
proposições de uma situação particular (problemática) em relação com as premissas reconhecidas
como verdadeiras.
Tarefa
Modelo/Modelização
Professor Aluno
Figura 5. Triângulo didático proposto para o ensino de ciências naturais, onde o vértice da tarefa
comporta atividades didáticas baseadas na utilização de modelos e de modelizações.
Modelo / Modelização
Situação-Problema
Envolvimento dos
Professores
Adjuvantes na
Alunos em equipes apropriação de
Autonomia / Debate conteúdos
científico
Criatividade /
Argumentação /
Raciocínio crítico
Carência de professores
preparados
Salas super-lotadas / Falta de Obstáculos
material que merecem
atenção da
Fragmentação disciplinar escola e
Programas sobrecarregados política
Lacunas e dificuldades: para
abstração, para a linguagem
científica e reforçadas por
crenças limitantes
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
DUSO, L., CLEMENT, L., PEREIRA, P.B., ALVES FILHO, J.P. Modelização: uma
possibilidade didática no ensino de biologia. Revista Ensaio, v.15, n.2, p. 29-44,
2013.
ORANGE, C. Quel milieu pour l’apprentissage par problématisation en sciences de la
vie et de la terre ? Éducation et didactique, v.1, n.2, p.37-56, 2007.
ABSTRACT: This study focused on observations of Life and Earth Sciences lessons
taught in a French public high school and aims to discuss the conditions necessary
for the teaching of natural sciences based on research to help the students to
appropriating of scientific knowledge effectively. This approach, not to be restrictive
from the didactic point of view, should be supported in the practice of a hypothetico-
deductive experimental type, in particular in the mediation of the use of models and
the modeling, the choice content and the organization of class time. Three
questions addressed to the students were always present in the didactical
situations: What do you observe? What do you already know? What can we deduce?
The lesson plans were developed following ten keys steps, including the problem-
situation of research, the scientific debate in the classroom in order to design a
resolution strategy, practical work and using or constructing models, the
presentation and argumentation of the results from the students, the correction and
validation of these results under the teacher's guidance and a final summary
scheme. For classes with this approach to achieve their goals in the context of
Brazilian education, it is essential to prepare teachers to apply them and reorganize
the school environment. The good level of quality of teacher - student - knowledge
interactions depends, therefore, on the effective investment in teachers training in
the didactic modality of the use of models and modeling, essential to the success of
natural sciences education.
KEYWORDS: Scientific education, modeling didactic, hypothetico-deductive method,
secondary education, teacher training
CAPÍTULO XIV
ciências.
1. INTRODUÇÃO
2. PERCURSO METODOLÓGICO
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO XV
RESUMO: Émile Jaques – Dalcroze (1865 – 1950) e Carl Orff (1895 – 1982), foram
pioneiros em conceber o corpo, bem como atividades que envolvam a expressão, o
movimento e o ritmo como essenciais na construção de suas propostas
metodológicas. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), destacam as
atividades rítmicas e expressivas como conteúdo importante para à formação
integral do indivíduo. Ao compreender que a aula de Educação Física pode
proporcionar experiências corporais que envolvam o educando para além da
dimensão técnico-cientifica (BETTI e BETTI; 1996), apresenta-se neste artigo
reflexões sobre possíveis desdobramentos do conteúdo de atividades rítmicas e
expressivas na aula de Educação Física por meio da Rítmica de Émile Jaques-
Dalcroze e o “Orff-Schulwerk” de Carl Orff, tendo em vista a importância deste
conteúdo para o desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo da criança. A prática
pedagógica do professor de Educação Física tem sido amplamente discutida no
contexto de ressignificar sua ação no âmbito escolar para além do conteúdo de
esportes (BETTI e BETTI, 1996); (KUNZ 2010); (GRUNENNVALDT, ALVES, FÁVERO,
2016). As atividades rítmicas e expressivas aparecem como um caminho possível
para acrescentar na aula de Educação Física um repertório de atividades motoras,
cognitivas e afetivas que apresentem ao educando novos caminhos de
aprendizado, tão importante quanto o esporte (BRASIL, 1997). Para isto, as
metodologias em educação musical de Émile Jaques – Dalcroze e Carl Orff
mostram-se um viés de possibilidade eficaz para aplicação de atividades
pedagógicas que envolvem música e movimento (MADUREIRA, 2008).
PALAVRAS-CHAVE: atividades rítmicas e expressivas; Émile Jaques-Dalcroze; Carl
Orff; educação física escolar, educação musical.
INTRODUÇÃO
ENTRE LINGUAGENS
CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIAS
DORFLES, G. O devir das artes. Trad. Pier Luigi Cabra. São Paulo, Martins Fontes,
p.177 -89, 1992.
SILVA, L. Cultura da infância, música tradicional da infância. In: Gisele Jordão;
CAPÍTULO XVI
RESUMO: A Educação Física no Brasil tem a sua história baseada no contexto sócio-
político vigente em cada época. A disciplina escolar era entendida como atividade
exclusivamente prática. Tinha como objetivo desenvolver e fortalecer física e
moralmente os indivíduos, o referencial que sustenta seu conteúdo de ensino era
oriundo das ciências biológicas que reforçava o seu caráter científico e eugênista.
Partindo de dados existentes na literatura especializada apresenta-se no presente
trabalho os caminhos percorridos pelo ensino da Educação Física ao logo de sua
história. Analisadas sob um referencial crítico tratam de leituras minuciosas de
textos da Educação Física sustentando uma práxis que culmine com a formação do
sujeito. Neste contexto para o presente trabalho foi delineado como objetivo:
analisar a evolução teórico/metodológica e epistemológica do ensino da educação
física no Brasil. Desta forma, constata-se nos textos analisados que a os objetivos e
as propostas educacionais da Educação Física foi se modificando ao longo dos
anos e todas estas tendências ainda hoje influenciam, de algum modo, a formação
do profissional e a prática pedagógica do professor.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Física; Escola; Tendências Pedagógicas.
INTRODUÇÃO
A Educação Física Escolar, tal como a conhecemos hoje, tem suas razões na
Europa de fins do século XVIII e início do século XIX. Surgindo no Brasil por volta do
século XIX com o nome de ginástica, ligação com a classe militar e médica, sendo
então, a Educação Física, filha legítima do militarismo e adotivas das medicinas
higiênicas e eugênicas. Surgiu da necessidade de formar guerreiros, fortes e
destemidos. (SOLER, 2003)
No final do século XIX só quem tinha acesso a Educação Física era a classe
dominante e a partir do ano de 1920, temos uma invasão dos métodos ginásticos
europeus como o sueco, o alemão e também o francês, os quais faziam parte de
um movimento chamado “Movimento Ginástico Europeu”. A Educação física era
entendida como atividade exclusivamente prática, sem reflexão e sem crítica sobre
sua atuação, afastando-a da finalidade educativa (SOLER, 2003). No estado novo
(1937-1945), a educação física fica em poder do governo que faz com que a
educação física tenha em destaque o “adestramento”, homem disciplinado, dócil,
forte e sadio.
Segundo Bracht (1999), a constituição pedagógica da educação física, ou
seja, a instalação dessa prática pedagógica na instituição escolar emergente dos
séculos XVIII e XIX foi fortemente influenciada pela instituição militar e pela
medicina. A instituição militar tinha a prática — exercícios sistematizados que foram
ressignificados (no plano civil) pelo conhecimento médico. Isso vai ser feito numa
perspectiva terapêutica, mas principalmente pedagógica. Educar o corpo para a
produção significa promover saúde e educação para a saúde (hábitos saudáveis,
higiênicos). Essa saúde ou virilidade (força) também pode ser (e foi) ressignificada
numa perspectiva nacionalista/patriótica.
Segundo Melo (1999), a história da Educação Física encontrou
institucionalização no Brasil Imperial, em meados de 1822 a 1889, quando a
atividade física ganhou espaço nas Leis e Decretos que legislam acerca da
Educação Física e Desportos, reforçadas pelos pareceres de um dos Patronos da
Educação Física Brasileira: “Rui Barbosa”, que, naquela época, buscava chamar
atenção para os valores que a atividade física podia desenvolver. Diante desse
significativo apelo e da mobilização social desencadeada, assistiu-se em 1851, a
promulgação da lei nº 630 que incluía a ginástica nos currículos escolares no
Brasil.
Ainda de acordo com Melo (1999), foi desse modo que a Educação Física
brasileira transpôs os muros da escola trazendo características da ideologia
positivista. Este caráter militarista perdurou durante as quatro primeiras décadas
do século XX, valorizando a educação do físico e da saúde corporal. Percebe-se
uma forte influência dos métodos ginásticos trazidos pelos professores de
Educação Física europeus que apresentavam uma rígida formação militar.
Desta forma, Ghiraldelli Junior (2001) apresenta o resgate de cinco
tendências históricas da educação física brasileira, segundo o autor, todas as
tendências apresentadas estão ainda incorporadas nas práticas pedagógicas dos
professores de educação física nos tempos atuais.
EDUCAÇÃO FÍSICA HIGIENISTA
Existe pelo menos um ponto em comum entre as várias concepções de
Educação Física: a insistência na tese da Educação Física como atividade capaz de
garantir a aquisição e manutenção da saúde individual.
No caso da Educação Física Higienista, a ênfase em relação à gestão da
Saúde está em primeiro plano, visando uma formação de homens e mulheres
sadios, fortes, dispostos à ação. A Educação Física Higienista é uma concepção que
se preocupa em exigir a Educação Física como agente de saneamento público, na
busca de uma “sociedade livre das doenças infecciosas e dos vícios deteriorados
da saúde e do caráter do homem do povo”. (GHIRALDELLI JUNIOR, 2001)
EDUCAÇÃO FÍSICA MILITARISTA (1930 – 1945)
A Educação Física militarista não se resume numa prática militar de preparo
físico. É, acima disso, uma concepção que visava impor a toda a sociedade padrões
de comportamento estereotipados, frutos da conduta disciplinar própria ao regime
da época.
Também preocupada com a saúde individual e com a saudade pública ela
tem por objetivo fundamental a preparação e/ou condicionamento, capaz de
suportar o combate, a luta, a guerra, sendo suficientemente rígida para “elevar a
nação” à condição de “servidora e defensora da pátria”.
A Educação Física funcionava mais como selecionadora de “elites
condutoras” capaz de distribuir melhor os homens e mulheres nas atividades
sociais e profissionais, eliminando os fracos e premiando os fortes no sentido da
“depuração da raça”. (GHIRALDELLI JUNIOR, 2001)
EDUCAÇÃO FÍSICA PEDAGOGICISTA (1945-1964)
A Educação Física pedagogicista é a concepção que vai questionar da
sociedade a necessidade de encarar a Educação Física como uma prática capaz de
promover saúde ou de disciplinar a juventude, mas de encarar a Educação Física
como uma prática eminentemente educativa, respeitando suas peculiaridades
culturais, físico-morfológica e psicológicas. (GHIRALDELLI JUNIOR, 2001)
EDUCAÇÃO FÍSICA COMPETITIVISTA (Pós 1964)
Seu objetivo fundamental era a caracterização da competição e da
superação individual como valores fundamentais e desejados para uma sociedade
moderna, voltada, então, para o culto do atleta-héroi. Nessa época a Educação
Física fica reduzida “ao desporto de alto nível”, massificando a prática desportiva.
poderia ser sintetizada como uma metodologia voltada para ensinar as pessoas a
terem consciência de que são um corpo, desenvolvendo habilidades que permitem
as expressões no mundo”. (GRESPAN, 2002).
A abordagem da SAÚDE RENOVADORA tem por paradigma a aptidão física
relacionada à saúde e alguns dos seus objetivos são informar, mudar atitudes e
favorecer a prática sistemática de exercícios físicos. Seus pressupostos e
finalidades são semelhantes ao modelo higienista biológico, que promovia saúde
por meios de exercícios físicos nas aulas de Educação Física, alguns aspectos
distinguem esta proposição mais recente, apresentando uma abordagem mais
atual.
Uma das principais preocupações da comunidade científica nas áreas da
Educação Física e da saúde pública é levantar alternativas que possam auxiliar na
tentativa de reverter à elevada incidência de distúrbios orgânicos associados à falta
de atividade física. Os autores, baseados em diferentes trabalhos americanos,
entendem que as práticas de atividade física vivenciada na infância e na
adolescência se caracterizam como importantes atributos no desenvolvimento de
atitudes, habilidades e hábitos que podem auxiliar na adoção de um estilo de vida
saudável e ativo na fase adulta da vida. E como propostas sugerem a redefinição
do papel dos programas de Educação Física escolar para uma das formas de
promoção de saúde. (NAHAS apud DARIDO, 2001)
Autores que defendem este modelo de Educação Física na escola criticam
os professores que trabalham apenas com modalidades esportivas como futsal,
futebol, basquete, vôlei, handebol, pois argumentos que estes modelos de aulas
impedem os escolares de terem acesso a atividades esportivas alternativas que
eventualmente possam apresentar uma maior adesão a sua prática fora do
ambiente escolar. (GUEDES e GUEDES apud DARIDO, 2001)
Estes autores consideram que as atividades esportivas são menos
interessantes para a promoção da saúde, devida a dificuldade no alcance das
adaptações fisiológicas e depois porque não se torna uma prática contínua durante
toda a vida. Porém, a utilização desta abordagem deve enfatizar todo um processo
educativo, requisitando aos alunos uma auto-avaliação que favoreça a auto-estima
em relação aos programas individual. Para o professor, a avaliação é tida como
referencial no acompanhamento de progresso individual dos alunos. (DARIDO e
NETO, 2005)
Apresenta que é de fundamental importância a promoção da prática
prazerosa de atividades que conduzam ao aperfeiçoamento das áreas funcionais:
resistência orgânica ou cardiovascular; flexibilidade; resistência muscular e a
composição corporal como fatores coadjuvantes na busca de uma melhor
qualidade de vida por meio da saúde. Conforme Guedes (2004), “A aptidão física
relacionada à saúde abriga aqueles aspectos da função fisiológica, que oferecem
alguma proteção aos distúrbios orgânicos provocados por um estilo de vida
sedentário”. Considera que a conquista por melhores momentos de satisfação
pessoal e coletiva esteja na busca da Qualidade de Vida da população e também
na adaptação as condições vivenciadas, como fatores colaboradores para estes
CONSIDERAÇÕES FINAIS
introduz e integra o aluno na cultura corporal, formando o cidadão que vai produzi-
la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, os
esportes, das danças, das lutas e das ginásticas em benefício do exercício crítico
da cidadania e da melhoria da qualidade de vida (DARIDO e RANGEL 2005). Trata-
se de localizar em cada uma destas práticas corporais produzidas pela cultura os
benefícios humanos e suas possibilidades na organização da disciplina no contexto
escolar (DARIDO e RANGEL, 2005).
A Educação Física sofreu várias mudanças no seu contexto, no entanto assim
como em outras épocas, ainda continua, mesmo que de forma camuflada, voltada
para atender aos interesses das classes dominantes e do próprio sistema
capitalista de produção, com um mercado de trabalho cada vez mais exigentes,
competitivos e excludente. Com isso, apesar de todas as inovações pedagógicas
em prol do pleno desenvolvimento do educando, a educação física ainda se destina
a formação de mão de obra qualificada para atender à demanda do crescimento
econômico do país, formando pessoas cada vez mais subordinadas e alienadas ao
sistema capitalista de produção que visa o acúmulo de lucros e capitais,
concentrados nas mãos de poucos.
REFERÊNCIAS
MEDINA, João Paulo S. A educação física cuida do corpo... e “mente”: bases para a
renovação e transformação da educação física. 14 ed. Campinas-SP: Papirus,
1996.
CAPÍTULO XVII
INTRODUÇÃO
Albuquerque:
[...] é instrumento que cria toda uma gama de usos, de modo que é
elemento imprescindível para compreender o que costumamos chamar
de prática pedagógica. [...] O currículo, com tudo o que implica quanto a
seus conteúdos e formas de desenvolve-los, é um ponto central de
referência na melhora da qualidade do ensino, na mudança das
condições da prática, no aperfeiçoamento dos professores, na renovação
da instituição escolar em geral e nos projetos de inovação dos centros
escolares. (SACRISTÁN, 2000, p.32)
essa disciplina dentro das escolas. Sabemos que são inúmeros os impasses, além
das condições que ocasionam esses tipos de atitudes por partes dos professores
em suas atividades escolares. São as condições trabalhistas, a carga-horária,
os problemas de saúde, além de muitas das vezes, a formação destes que acaba
sendo descontinuada, partindo do pressuposto de que, o ser professor, requer
atualização e constantes reciclagens da sua carreira discente.
Para compreender toda essa dinâmica que envolve as práticas pedagógicas
da Geografia, se torna necessário efetuar uma averiguação do que tem acontecido
durante o passar dos tempos nessa disciplina escolar. Percebemos que as
condições da sociedade em relação ao tempo-espaço em questão foram
determinantes na condução dessa disciplina dentro das salas de aulas.
Considerações finais
A partir do que foi exposto, podemos perceber que com as novas propostas
que tem surgido no meio acadêmico, além de termos uma comunidade escolar,
chega-se a conclusão que com uma nova geração de professores está sendo
forma, com uma visão mais crítica acerca do ensino da Geografia. A formação que
os mesmos vem tendo, trem proporcionado uma atitude mais crítica e realista no
que se refere ao ensino da Geografia, a forma como se situar no mundo, bem
como olhar e transformar esse mundo.
Por outro lado, com os investimentos que vem sendo efetuados no mundo
educacional, principalmente de ordem pública, tanto nas escolas, como nos cursos
superiores, teremos também professores cidadãos mais posicionados acerca do
que eles querem ao ensinar a Geografia, ciência que requer uma apropriação e
análise do que o mundo oferece em suas produções e reproduções, óbvio,
efetuadas cada vez mais constantes pelos seres humanos.
Para tanto, basta que haja uma junção de todas as pesquisas e
contribuições efetuadas para esta renovação, para que, com o passar do tempo,
essas novas maneiras se tornem constantes em todas as escolas, demonstrando
principalmente, que elas não passam apenas de contribuições, mas que alteram
profundamente na construção do conhecimento na vida dos alunos.
REFERÊNCIAS
GABRIEL, M. Educar. A (r) evolução digital na educação. -1ª ed. – São Paulo:
Saraiva, 2013.
ABSTRACT: School geography has followed a long chronological line of events that
marked its way of being conducted within schools and thinking this space, it is a
way of saying something of this world, interpreting it from a more fertile, aimed at
the subjects, their spaces and actions. In this chapter, we present a historical
rescue on this discipline, from its emergence in Brazil to the present day, but with
some temporal cuts, which situates our reflection. With the purpose of revealing the
methodologies that were used in its bulge, and that are even discussed in the
pedagogical and didactic areas that involve the curricular construction of the
discipline in the present time, sharing opinions about the permanences in the way
of teaching geography within the school. Our reflection is based on the discussions
about: school geography and its interfaces in the course of history; and the current
school geography, a cry for renewal or overcoming? We'll take a look at how
geography was and is treated within the school. Based on a qualitative research, we
have the contribution in scientific articles as well as works carried out in the field of
this subject to base our work.
KEYWORDS: School geography, Classroom, Practice, teaching.
CAPÍTULO XVIII
1. INTRODUÇÃO
essa vertente percorre. Dessa forma, poderia haver a superação daquela Geografia
que antes só servia para fazer a guerra (LACOSTE, 1988) e para atender à
burguesia (VESENTINI, 2008).
Sendo assim, percebe-se haver uma considerável aproximação da Geografia
Crítica com a concepção construtivista. A construção do conhecimento por meio
dessa abordagem “[...] se constitui pela interação do indivíduo com o meio físico e
social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais [, mas não
como algo pronto e acabado]” (BECKER, [s. d.], p. 88). Diante disso, concebe-se
que há a necessidade de o ensino da Cartografia Básica estar comprometido com
esse paradigma educacional, com vistas à formação de professores de Geografia
críticos capazes de transformar a realidade atual da educação básica, onde ainda
persiste práticas tradicionais pouco significativas.
Assim sendo, uma forma de se trabalhar a Cartografia em sala de aula pode
ser acerca da formulação de mapas, considerando esse aspecto estudantil (ALVES
e SIEBRA, 2009). Sendo de um modo que [o indivíduo] leia o espaço vivido”
(CASTELLAR, 2000, p.30), a fim de atender à necessidade de aprender a ler o
espaço geográfico.
Por referir-se à leitura do espaço, Freire (2001) ressalta a relevância sobre a
leitura de mundo, que, para ele, precede a leitura da palavra, daí que a posterior
leitura dessa não possa prescindir da continuidade da leitura daquela. Linguagem e
realidade se prendem dinamicamente.
mais humano e igualitário [...]” (ALVES e SIEBRA, 2009, p. 2). No entanto, na época
da Geografia Tradicional, as representações cartográficas eram utilizadas, com
maior ênfase, à conquista de terras (imperialismo e colonialismo), à organização do
espaço e à condução da guerra (LACOSTE, 1988).
Sabe-se que muitos professores da Geografia escolar têm dificuldades na
produção dos conhecimentos cartográficos articulados àquela ciência de modo
crítico/reflexivo. Segundo Rios; Souza (2009), essa deficiência é considerada como
um ciclo, a começar pelos docentes geógrafos universitários até os educandos da
educação básica, que decidem se tornarem professores de Geografia. Assim,
compreende-se que a dificuldade no ensino da Cartografia escolar é em função,
incipiente, da deficiência do ensino da Cartografia da Licenciatura em Geografia.
Dessa feita, a fim de superar essa deficiência, uma das possíveis soluções
pode ser a autoavaliação docente. Nesse sentido, Freire (1996, p. 18) afirma que
“[os educadores devem realizar uma] reflexão crítica sobre a prática. É pensando
criticamente a prática de [hoje] ou de ontem que se pode melhorar a próxima
prática”.
Desse modo, espera-se contribuir no que concerne à pertinência da
formação numa perspectiva crítica, capaz de transformar o ensino básico atual,
ainda presente num modelo com metodologias pouco significativas. Além do mais,
espera-se que, com o ensino da Geografia articulado à Cartografia numa
abordagem construtivista e, com práticas comprometidas pela busca discente por
cursos de formação docente, o despertar da vocação dos mesmos pela
Licenciatura em Geografia.
2. METODOLOGIA
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, A. M.; et al. A Geografia nos anos inicias do ensino fundamental: o papel
do professor “no ensinar” Geografia. III CONEDU, Natal, p. 1-8, out., [2016].
Disponível em:
<http://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_EV056_
MD1_SA4_ID6574_17082016184003.pdf>. Acesso em: 24/09/2017.
BECKER, Fernando. O que é construtivismo? [s. l.], p. 87-93, [s. d.]. Disponível em:
<http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_20_p087-093_c.pdf>. Acesso em:
27/09/2017.
FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler. 41ª. São Paulo: Cortez, 2001.
______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1996.
LACOSTE, Yves. A Geografia – isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra.
Tradução de Maria Cecília França. [s. l.]: Papirus, 1988.
CAPÍTULO XIX
1. INTRODUÇÃO
Fig. 2 – Distribuição Etnográfica das Palmáceas: Saberes e Fazeres dos Povos Indígenas
Vale do Araguaia que a estão praticando como alternativa para aumentar a renda
familiar, por meio da constituição da Rede de Sementes do Xingu (RSX). Esta rede
objetiva realizar trocas e encomendas de sementes de árvores e outras plantas
nativas da região do Xingu, Araguaia e Teles Pires, e promover os conhecimentos
locais sobre uso e recuperação das florestas e Cerrados de Mato Grosso. A polpa
extraída do fruto do buriti é um produto amplamente comercializado e consumido
pelas populações rurais e urbanas em grande parte do país.
Outra palmeira de grande valor cultural para os indígenas é o tucum ou
tucumã , conhecido pelos Bakairi como panaxi e, cientificamente, como tucumã
(Astrocaryon vulgare) constitui outra palmeira usada pelos povos indígenas para a
confecção de cordas, redes, artesanatos e bijuterias (anéis, colares), e também
para a alimentação,
Além do buriti e do tucum, outra palmeira tradicionalmente utilizada pelas
comunidades indígenas e quilombolas em Mato Grosso é o Babaçu (Attalea
speciosa - Mart. ex Spreng). Trata-se de uma das espécies vegetais de grande
relevância na subsistência de muitas comunidades tradicionais, já que todas as
suas partes são potencialmente usadas. Tanto para os povos tradicionais
quilombolas quanto para os indígenas o babaçu (A. speciosa) é utilizado como
matéria-prima para os diversos artefatos de sua cultura material como construção
de habitação, objetos domésticos, alimentação, cosméticos e rituais sagrados e
práticas sociais, como pode ser observado na figura 6.
Fig. 7: Mapa Etnobotânico das Palmáceas de uso das Comunidades Indígenas e Quilombolas de MT
Autor: Equipe IFMT (OBRAC, 2017).
3. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Vidal. L. 1992. A pintura corporal e a arte gráfica entre os Kayapó Xicrin do Cateté.
In: Grafismo Indígena: estudos de antropologia estética.
CAPÍTULO XX
Gabriela Teles ,
Luciana de Lima ,
1. INTRODUÇÃO
A inserção das TDICs na prática docente, ao longo dos anos, tem passado
por um processo de adaptação que ainda se configura como desafio a ser
superado pelos profissionais da educação. De acordo com Bonilla (2012), em
pesquisa sobre a presença da Cultura Digital no Grupo de Trabalho Educação e
Comunicação, da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
(ANPED), isto ocorre, principalmente, pelo fato de que as Universidades ainda não
estão totalmente familiarizadas com este novo contexto e os discentes acabam
migrando para o mercado de trabalho sem uma formação adequada. Além disso, os
cursos de formação continuada, quando existem, não abarcam suficientemente as
necessidades advindas com este novo contexto.
Na Docência, as TDICs não se inserem com a mesma facilidade em que
surgem no cotidiano pessoal dos estudantes e professores, pois é preciso
considerar a necessidade de preparo para vinculá-las ao ensino satisfatoriamente.
Deste modo, muitos professores têm receio de como utilizá-las, e, muitas vezes,
acabam por subutilizá-las, não explorando suas potencialidades de criação e de
construção do conhecimento.
De acordo com Pedró (2016), nas últimas duas décadas, as Tecnologias
Digitais têm trazido muitas mudanças para a vida das pessoas, mas as escolas
ainda resistem em relação a essas transformações. Por outro lado, cada vez mais,
encaminha-se para o que Pedró (2016) chama de “tempestade perfeita”, onde
alguns fatores poderão trazer mudanças pedagógicas satisfatórias, dentro das
escolas, em todos os níveis.
Estas transformações seriam acarretadas por uma série de fatores que,
segundo Pedró (2016), são, principalmente, três (3). O primeiro, e já utilizado há
alguns anos, relaciona-se à inserção das tecnologias digitais no cotidiano social dos
usuários, o que implicaria em utilizá-las nas escolas. O segundo, mais recente,
compreende a difusão de serviços relacionados a aplicativos educacionais. Por fim,
o terceiro fator estaria relacionado à universalização de dispositivos de uso
individual, utilizados tanto por alunos como por professores.
Por outro lado, o desempenho relativo à “qualidade dos resultados na
educação não tem tanto a ver com a presença ou a ausência da tecnologia nas
escolas, mas com a pedagogia adotada e com as condições que esta é aplicada na
sala de aula” (PEDRÓ, 2016, p. 20). Logo, as TDICs, vinculadas aos processos de
aprendizagem, necessitam das competências docentes e do estímulo ao seu
desenvolvimento continuamente.
Conforme Silva, Silva e Albuquerque (2016, p. 856), “afirmar que a inclusão
digital é somente oferecer computadores equivale a dizer que apenas carteira, giz e
quadro-negro garantiriam a educação e o aprendizado dos alunos”. Dito isto,
percebe-se que a inclusão de Tecnologias Digitais no ambiente escolar não
significa, necessariamente, uma inovação. Na verdade, qualquer mudança partirá
da mediação promovida pelo professor.
Com este pensamento, compreende-se que um bom domínio das
Tecnologias Digitais não engloba apenas conhecer artefatos sofisticados, mas, sim,
organizá-los de forma criativa em novos arranjos que promovam a aprendizagem
dos sujeitos envolvidos na construção do conhecimento (RODRIGUES; DIONÍSIO;
SALES, 2016).
Neste sentido, metodologias diferenciadas bem elaboradas e empregadas
pelos docentes possibilitam a existência de práticas e resultados diferenciados.
Além disso, neste processo de descobertas, o professor também deve utilizar as
ferramentas tecnológicas em prol de sua própria aprendizagem, onde “esse
objetivo é alcançado quando são possibilitados recursos que permitam a
exploração, a investigação e a descoberta” (LIMA; LOUREIRO 2016, p. 632).
Da mesma forma, as TDICs proporcionam aos alunos elementos
tecnológicos que permitem uma elaboração dos conhecimentos, de modo que
estes sejam incorporados significativamente. Conforme Papert (2008) existem duas
polaridades relacionadas às tecnologias vinculadas ao Ensino. De um lado vê-se o
instrucionismo, que, mesmo com todo o aparato proporcionado pelas tecnologias,
utiliza-se da ideia de repasse de conhecimento. Do outro lado, encontra-se o
construcionismo, onde o aprendiz adquire suas experiências por meio da
construção do conhecimento na relação que estabelece com o objeto de saber.
Valente (1995) exemplifica as ideias de Papert quando relaciona o modo
como o computador pode ser utilizado na Educação. Quando é compreendido como
máquina a ser ensinada, assemelha-se às ideias construcionistas, e, quando é
compreendido como máquina de ensinar, equipara-se às ideias instrucionistas.
Para compreender como essas visões se vinculam à Geografia, é preciso
entender um pouco sobre esta ciência que, em seus primórdios, foi disseminada
como meramente descritiva, com função de situar cidadãos europeus em relação
aos acontecimentos e espacialidades referentes a interesses patrióticos (SAMPAIO;
VLACH; SAMPAIO, 2012). Lacoste (1993) afirma que a Geografia foi oficializada nas
escolas para preparar os alunos para possíveis confrontos e, assim, atendia aos
interesses das classes dominantes.
Neste contexto, esta ciência foi inserida no ambiente escolar com caráter
memorístico e só a partir da segunda metade do Século XX é que mudanças
começaram a acontecer (SAMPAIO; VLACH; SAMPAIO, 2012). Porém, nos dias
atuais, a Geografia ainda está incorporada a diversos mitos, principalmente aos
que a associam à matéria, apenas a conteúdos para a memorização.
Esta realidade impulsiona, muitas vezes, práticas instrucionistas, fato
facilmente perceptível na procura por aplicativos que abordem conteúdos
geográficos. A grande maioria apresenta atividades que só instruem os usuários a
responderem questionamentos com respostas definidas, como pintar regiões de
acordo com cores pré-estabelecidas ou relacionar nomes de cidades a estados.
Estes modelos acabam por não instigar os alunos a refletirem sobre as atividades
propostas.
Por outro lado, quando se iniciou a preocupação, por parte dos professores,
em relação à conscientização dos alunos sobre a sociedade à qual estão inseridos,
novas perspectivas metodológicas foram incorporadas ao Ensino de Geografia e,
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
ocorreu sem instruções exatas sobre o que deveriam fazer, apenas com
questionamentos. Nesta etapa, a professora busca compreender o que o aplicativo
proporcionou em relação à aprendizagem dos estudantes, quais conceitos se
destacaram e de que modo isto ocorreu, além de perceber, também, se houve
elementos que dificultaram a aprendizagem.
A fase de análise de dados englobou o momento de reflexão, por parte da
professora, sobre a atividade em questão, o posicionamento dos alunos e os
resultados obtidos, culminando na elaboração de um relatório e, posteriormente,
este trabalho. No decorrer desta fase, alguns elementos ganharam destaque
quanto à coleta para análise. O trabalho foi fundamentado no conceito de
Tecnodocência, que, conforme Lima e Loureiro (2016) compreende a integração
entre Docência e Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação com base
epistemológica nos modelos interdisciplinar e transdisciplinar por meio da
utilização dos conhecimentos prévios dos docentes e discentes para o
desenvolvimento de uma reflexão crítica sobre os processos de ensino,
aprendizagem e avaliação.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
VESENTINI, J. W. Para uma Geografia Crítica na Escola. Editora do Autor, São Paulo,
2008.
ABSTRACT: The goal of this work is to analyze the use of simulator for the
understanding of concepts related to the Geography discipline, in a class of 1st year
of High School, occurred on the first semester of 2017. This is a qualitative research
with methodology based on Exploratory Research. It was divided into three
moments: planning, data collection and data analysis. It was verified that the
simulator provided the students with visualization and interaction with the
geographic concepts. There were also difficulties related to the use of simulators,
such as lack of resources or unsatisfactory teacher training for the execution of
these activities.
KEYWORDS: Simulator, Didactic-Methodological Resource, Geography
CAPÍTULO XXI
RESUMO: Este relato diz respeito a um projeto elaborado para o trabalho com
estudantes das turmas do 5º ano das Escolas Municipais Magalhães Bastos e Dr.
Rodolfo Aureliano, sendo atendidos na Utec Gregório Bezerra, no ano de 2017, em
40 h/a. Contou com os objetivos de transformar as aulas de Introdução a Animação
em uma oportunidade lúdica, que saísse do lugar-comum de animações de luta e
violência; que facilitasse ao estudante refletir, conhecer e gostar de História Geral e
da História da cidade do Recife; reconhecer-se enquanto parte da cidade em que
vive; aprender a utilizar ferramentas básicas e avançadas do software Pivot
Stickfigure Animator, bem como Windows Movie Maker para produção das
animações. O projeto teve início com a apresentação da definição de animação e
da técnica stop motion. Após o trabalho com técnicas básicas foi introduzido o
software Pivot e suas ferramentas. Paralelamente, foi agendada uma aula passeio
ao Instituto Ricardo Brennand para, além da visita histórico-cultural, a coleta de
fotografias para as animações. A partir do uso das fotografias, os estudantes
tiveram acesso às ferramentas mais complexas do software Pivot e acessaram o
software Windows Movie Maker para finalização de suas animações. Para estimular
os estudantes, foi criado um Concurso Cultural com as produções. A aula passeio
ainda despertou o desejo de produções de animações utilizando os blocos de
encaixe Lego.
PALAVRAS-CHAVE: Cinema de Animação; Tecnologias Digitais da Informação e
Comunicação – TDICs; Práticas educativas.
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4. CONCLUSÕES
Esta sequência foi vivenciada por duas turmas e se mostrou bastante eficaz
no uso com elementos concretos do software Pivot Stickfigure Animator.
Os vídeos produzidos e fotografias do processo de vivência desta sequência
didática estão disponibilizados no blog Animação no Gregório
(https://animacaogb.blogspot.com.br/), nas postagens de Maio a Setembro de
2017, onde os pais puderam acompanhar o cotidiano das aulas e produções dos
estudantes.
As produções também foram disponibilizadas no canal da professora no
Youtube (https://www.youtube.com/user/giselleinformatica) e participaram do I
Congresso Audiovisual na Educação do Recife, onde o vídeo “Jhom Remon em uma
aventura no Brennand” foi finalista na categoria Animação produzida por estudante.
No decorrer das aulas, também foi criado um Concurso Cultural com as produções,
para estímulo dos estudantes.
É importante salientar que o uso do software Pivot é apenas um dos
conteúdos do curso de Introdução à Animação Digital e que os estudantes também
trabalharam com outras formas de animação como com blocos de encaixe,
animação de recorte e outros softwares e aplicativos adicionais como o Windows
Movie Maker, Photogrid, Estúdio Stop Motion e Animados 2 (Draw Cartoons 2).
REFERÊNCIAS
BARROS, Jacira Maria L’Amour Barreto de; MAÇAIRA, Élia de Fátima Lopes; SOUZA,
Katia Marcelina de (Org). Política de ensino: tecnologias na educação /: Recife:
Secretaria de Educação, 2015. 84 p.: il. (Política de Ensino da Rede Municipal do
Recife, v. 5). Disponível em:
<http://www.portaldaeducacao.recife.pe.gov.br/groups/tecnologias>. Acesso em:
08 set. 2017.
jun 2017.
ABSTRACT: This report concerns a project prepared for the work with students of the
5th grade classes of the Municipal Schools Magalhães Bastos and Dr. Rodolfo
Aureliano, being attended at Utec Gregorio Bezerra, in 2017, in 40 hours. He
counted on the objectives of transforming the classes of Introduction to Animation
into a playful opportunity that would leave the commonplace of animations of
struggle and violence; that facilitated to the student to reflect, to know and to like
General History and History of the city of Recife; recognize yourself as part of the
city in which you live; learn how to use basic and advanced tools of Pivot Stickfigure
Animator software, as well as Windows Movie Maker to produce animations. The
project began with the presentation of the definition of animation and the stop
motion technique. After working with basic techniques was introduced Pivot
software and its tools. At the same time, a class was given a tour of the Ricardo
Brennand Institute, in addition to the historical-cultural visit, the collection of
photographs for the animations. From the use of the photographs, students had
access to the more complex Pivot software tools and accessed the Windows Movie
Maker software to finalize their animations. To stimulate the students, a Cultural
Contest was created with the productions. The class ride still sparked the desire for
animated productions using the Lego plug-in blocks.
CAPÍTULO XXII
1. INTRODUÇÃO
parcela de não aceitação, uma vez que não se vislumbra, por uma série de razões,
o propósito ou objetivo de se estudar uma LE quando se tem poucos recursos. No
entanto, há exceções à regra, como os autores deste artigo.
Admitimos que o ensino de uma LE requer práticas, políticas e preparo
diferenciado, principalmente para que deixe de ser a ‘disciplina faz de conta’, como
não raro se escuta, por não ter o status do Português e da Matemática em exames
a nível nacional. Levando-se em consideração as inteligências múltiplas
(GARDNER, 1995), faz-se relevante, para a práxis educativa, atentar no
desenvolvimento de seu público em várias esferas do saber, sem se deter em
abordagens conteudísticas, esquecendo-se da prática. Por isso, optamos por
desenvolver materiais lúdicos e didáticos para as aulas de Língua Inglesa (LI),
tomando os alunos como protagonistas nesse trabalho.
Com o avanço tecnológico e o crescimento da importância da LI em acordos
mundiais, desde os tempos imperialistas da Inglaterra ao poderio militar dos
Estados Unidos, alcançado nas duas guerras mundiais, autores como Ke (2015) e
Crystal (2003) falam de uma língua global, que hoje não se pode dizer que ela
pertença a um país, tamanha a sua disseminação. É válido relembrar que, durante
a antiguidade, o Latim era a língua do Império Romano, que desbravou grande
parte da Europa. Por sua vez, na Idade Média, a língua francesa obteve seu auge,
sendo utilizada nas cortes e nos documentos oficiais de vários países, inclusive da
Inglaterra.
Este trabalho faz parte do projeto English all Around, coordenado e
desenvolvido por nós numa escola pública estadual do município de Maracanaú-
Ceará. Uma versão preliminar deste texto foi apresentada e publicada nos anais do
III Congresso Nacional de Educação (2016). O projeto visava inserir o aluno em um
ambiente linguístico propício ao aprendizado de LI, fornecendo input visual, auditivo
e sinestésico para os estudantes. O objetivo desse trabalho foi colaborar para a
construção de jogos educativos pelos alunos, com o intuito de fornecer materiais
extra, para dispor à comunidade escolar.
Para nosso arcabouço teórico, dispomos das contribuições de Richards
(2005), Tomlinson (2011), Saraceni (2003), além de outros autores que discutem o
desenvolvimento de materiais didáticos. Em relação ao lúdico, voltamo-nos para
Almeida (2014) e Piaget (1988), entre outros.
No tópico que apresentamos a seguir, abordamos as etapas de
planejamento, elaboração e apresentação da atividade em sala de aula, relatando
o processo de criação dos materiais pelos alunos.
enfrentados por muitas nações, como é o caso do Brasil. Já Richards & Farrell
(2005, p.251) comentam que “materiais instrucionais geralmente servem de base
para a maioria do input que os estudantes recebem nas salas de aula”. É
importante comentar, ademais, que o papel do ensino de uma LE, como consta nos
Parâmetros Curriculares Nacionais, é de possibilitar “autopercepção do aluno como
ser humano e como cidadão” (BRASIL, 1998, p.15). Ou seja, a partir do convívio
com outras práticas linguísticas, os estudantes poderão se conhecer, também,
dentro de sua própria comunidade, relacionando suas vivências com aquelas de
outra cultura que não a sua.
Fundamentados nesses postulados, damos continuidade ao nosso trabalho
discorrendo acerca dos aspectos teórico-metodológicos que orientaram a execução
e o desenvolvimento do projeto que aqui apresentamos.
3. PERCURSO METODOLÓGICO
O lócus de realização deste estudo se deu em uma escola pública que está
localizada no município de Maracanaú, região metropolitana da capital do estado
do Ceará, Fortaleza. O ambiente atende por volta de setecentos alunos, nos turnos
manhã, tarde e noite, englobando os três anos do ensino médio e duas turmas de
EJA (Educação para jovens e adultos). A escola é frequentada, majoritariamente,
por alunos egressos de escolas municipais do mesmo município, ou de escolas
particulares de médio custo da vizinhança.
Após uma observação diagnóstica, notamos que a escola se constituía como
um ambiente pouco explorado em relação ao desenvolvimento de eventos,
manifestações artísticas e materiais extra voltados para o ensino de LE. Na
instituição são ministradas aulas de LI e língua espanhola, cada uma com direito a
cinquenta minutos por semana. Descobrimos que, em anos anteriores, a escola
não dispunha de professores efetivos para essas disciplinas, contando com
professores temporários, o que pode ter ocasionado a não longevidade ou criação
de projetos pedagógicos voltados para o ensino de LE. Por conseguinte, sob o aval
da coordenação pedagógica e gestora da escola, comprometemo-nos a elaborar um
projeto voltado, exclusivamente, para o ensino de LE.
No início, propomos às turmas da terceira série do ensino médio da escola
uma atividade avaliativa diversa, fora dos padrões formais de ‘enunciado e itens
resposta’. Em primeiro lugar, abordamos a funcionalidade do jogo no ambiente
educativo, ressaltando suas vantagens, principalmente na prática de conteúdos
abordados em sala. Explicamos em que consistia o projeto English all around –
Inglês por todo lado – seus objetivos e suas metas, e pedimos que alguns jogos,
que poderiam ser conhecidos ou não, pudessem ser criados, transformados ou
adaptados linguisticamente à LI.
Os alunos tiveram duas semanas para fazerem pesquisas e prepararem os
materiais para demonstração e explicação em sala de aula. Após discussão do
processo de maturação de ideias e orientações, os alunos foram divididos em
4. TRAJETÓRIA ANALÍTICA
Figura 01 Figura 02
Figura 03 Figura 04
Figura 05 Figura 06
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
criação dos jogos diz respeito a uma série de iniciativas que os professores de LI da
escola lócus desta investigação puseram em prática como forma de promover um
melhor ensino e aprendizagem de LI na escola pública.
O trabalho com materiais que tiram os educandos de sua rotina educacional
tradicionalista é mais proveitoso, visto que a prática e o manejo com a língua estão
em sua autenticidade, dão mais finalidade à atividade e, assim, à aprendizagem do
idioma. O trabalho com os multiletramentos ou letramentos múltiplos, desse modo,
possibilita o desenvolvimento de habilidades para além da estrutura linguística, e
os jogos, lúdicos por natureza, possibilitam o fomento desses letramentos, além da
diversão, que é a característica singular desse tipo material.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M.T.P. Brincar uma aprendizagem para vida. In: ALMEIDA, M.T.P. (Org.).
Brincar, amar e viver. 1ª Ed. Assis, SP: Storbem Gráfica e Editora, 2014.
KE, C. “A Global Language without a global culture: from basic English to global
English”. In: English as a Global Language Education (EaGLE) Journal: Vol. 1 No.1,
2015, p.65-87.
CAPÍTULO XXIII
RESUMO: Este texto tem por objetivo refletir acerca dos desafios propostos ao
ensino-aprendizagem da língua inglesa, considerando essa competência linguística
como oportunidade de prática social dos sujeitos, tendo em vista a notória
demanda de uso do idioma na atualidade nos âmbitos acadêmico, científico,
industrial e comercial. Fundamentado em autores como Almeida Filho (2015), Leffa
(2011), Paiva (2010), Soares (2005), dentre outros, sinaliza-se um panorama
histórico desfavorável do ensino das línguas estrangeiras no Brasil, justificado por
uma ausência de políticas de ensino de línguas. Em decorrência, a aquisição da
língua inglesa, tão necessária aos dias atuais, não se estabelece por meio da
escola. Embora sejam ancoradas por lei, as políticas públicas educacionais não
favorecem o letramento e, embora haja no mundo um grande número de indivíduos
buscando competência linguística para se comunicar por meio do inglês, percebe-
se lacunas e insucessos no processo de ensino-aprendizagem deste idioma nos
espaços escolares, especialmente nas escolas públicas que figuram como reflexos
da trajetória histórica do ensino de Línguas estrangeiras no Brasil. Assim, constata-
se descasos ao longo dos anos relacionados ao ensino do inglês no país, bem
como a urgente necessidade de otimizar a prática pedagógica de docentes da área
através da potencialização das políticas educacionais de formação de professores,
para que se atenda à demanda desse processo de letramento. Espera-se contribuir
de forma efetiva com as reflexões na área de linguística aplicada, bem como com a
continuidade de discussões e pesquisas desenvolvidas na área.
PALAVRAS-CHAVE: Língua inglesa, Ensino-aprendizagem, Panorama histórico,
Letramentos.
1. INTRODUÇÃO
2. PROPOSTA DO ESTUDO
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
ser uma prática social, de modo que os indivíduos tornem-se aptos a estabelecer
relações de poder uns com os outros, usando competentemente a língua como
instrumento de interação.
É nesse pensamento que Soares (1998) enfatiza que a concepção que
encara o letramento como prática social, prioriza a dimensão social do fenômeno
letramento, o qual passa a ser considerado como aquilo que o indivíduo faz com as
habilidades linguísticas em seu contexto e como essas capacidades se relacionam
com suas necessidades, valores e práticas sociais. Em seu raciocínio, essa
concepção pode implicar um letramento como uma habilidade funcional, que traz
em seu bojo:
4. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 50ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
LIMA, D.C de. Inglês em escolas públicas não funciona? Uma questão, múltiplos
olhares. Campinas, SP: Pontes, 2011.
PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e ( Org.). Ensino de Língua Inglesa: reflexões
e experiências. 4 ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2010.
ABSTRACT: This text aims to reflect on the challenges of teaching and learning the
English language, considering this linguistic competence as an opportunity for social
practice of the individuals because of the notorious demand in the academic,
scientific, industrial and commercial spheres. Based on authors such as Almeida
Filho (2015), Leffa (2011), Paiva (2010), Soares (2005), among others, an
unfavorable historical panorama of foreign language teaching in Brazil is pointed,
due to a lack of languages teaching policies. As a result, the acquisition of English,
so necessary to the present day, is not established through the school. Although
they are anchored by law, educational public policies do not favor this literacy, and
although there are a large number of individuals in the world seeking the linguistic
competence to communicate through English, there are gaps and failures in the
teaching-learning process in school spaces, especially in public schools which are
consequences from the foreign languages teaching historical trajectory in Brazil.
Thus, it was possible to identify some mismatches related to the English teaching in
the country over the years, as well as the urgent need to optimize the pedagogical
practice of teachers through the strengthening of educational policies for teacher
training, in order to meet the demand of this literacy process. It is hoped to
contribute effectively to the reflections in applied linguistics, as well as to contribute
to the continuity of discussions and researches developed in this area.
KEYWORDS: English language, Teaching-learning, Historical overview, Literacy.
CAPÍTULO XXIV
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
intitulado “Gincana em sala de aula: uma construção de uma linha do tempo dos
modelos atômicos”.
Dessa forma, a turma foi dividida em grupos de até 6 alunos, onde cada
grupo ficou responsável por fazer as atividades referentes a um único modelo e ao
longo das aulas, após a apresentação de uma atividade, a estagiária designaria aos
grupos uma nova atividade para que, ao fim a linha do tempo construída, tivesse
mais de um material acerca do modelo que o grupo ficou responsável. Cada
atividade teria uma pontuação de zero a dez, e a execução das mesmas, assim
como as orientações, seriam passadas de semana a semana concomitantemente
com a ministração das aulas. A avaliação qualitativa e quantitativa seria processual
com base na organização, pontualidade, postura em sala de aula, a contribuição
para a construção do conhecimento, entre outras que pudessem vir a aparecer.
Foram planejadas para a turma seis atividades que fariam parte da gincana,
como é mostrado na tabela 1 abaixo. A primeira atividade seria feita após a
realização de uma atividade individual escrita para que os alunos relatassem
separadamente quais as características e propriedades dos modelos atômicos de
Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr, especificando também as semelhanças e
diferenças entre o modelo anterior e o modelo seguinte. A atividade individual
serviria de base para a primeira atividade em grupo, que serviria de base para a
segunda, e assim sucessivamente.
A primeira atividade foi um texto e um resumo, onde foi solicitado que os
alunos buscassem um texto informativo sobre o modelo específico do grupo,
contendo as características e propriedades do modelo, e em seguida fizessem um
resumo deste. O texto e o resumo seriam entregues como trabalho. Com base nas
informações do texto e do resumo, os grupos fariam uma paródia original sobre
determinado modelo, e após a apresentação da paródia, os grupos iriam fazer
placas temáticas contendo obrigatoriamente o ano e a data do modelo estudado.
Nesse momento os grupos já teriam uma base para a criação de pequenas
histórias em quadrinhos e em seguida, elaborar um jogo sobre o modelo do grupo.
Ao fim seria feito um modelo físico e na culminância seria feita uma linha do tempo
dos modelos, onde cada modelo teria um texto e resumo, uma paródia, uma
história em quadrinho, um jogo e um modelo físico.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO XXV
RESUMO: A aplicação de jogos na disciplina de Química está sendo uma forma fácil
e eficaz que motivam os alunos a gostar mais da disciplina, melhorando assim seu
rendimento escolar. Em sala de aula, também podem ser aplicados jogos (psico)
dramáticos, conhecidos como dinâmicas, que tem a intenção de proporcionar aos
participantes um momento de descontração e relaxamento. Esse tipo de atividade
é usada para anteceder um momento que necessite de atenção, pois com ele é
possível trabalhar com o raciocínio lógico e com a autoconfiança. Esse trabalho tem
como objetivo relatar o desenvolvimento e a aplicação de um Projeto Educativo,
com o tema “Dinamizando o Ensino de Química através de jogos”, na intenção de
verificar a aprendizagem do conteúdo abordado na regência, além de relembrar os
conceitos básicos de Química Orgânica. Na aplicação dos jogos, observou-se que
estes possibilitaram aos alunos relembrar e adquirir algum conhecimento que
estava esquecido ou que não havia sido trabalhado e que é dada pouca ênfase na
aplicação da Química no cotidiano do aluno, seja por parte do professor que não
exemplifica ou por parte do aluno, que não tem interesse de perguntar ou de ler o
próprio material de estudo. Na execução do projeto, pode-se perceber que através
de pequenas ações, com um pouco de criatividade e disposição é possível tornar o
processo de aprendizagem mais prazeroso e dinâmico.
PALAVRAS-CHAVE: Estágio Supervisionado, Formação de professores, Jogos
didáticos.
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante essa atividade, foi possível observar que os primeiros alunos iam
bem e falavam palavras que se correlacionavam, outros, porém, não conseguiam
falar ou falavam palavras que desviavam o assunto, que era a Química. No
processo inverso, alguns alunos se perderam, mas a grande maioria conseguiu
lembrar a palavra dita pelo colega.
Mais duas rodadas foram feitas, agora com alunos mais participativos,
rápidos em suas respostas e fiéis ao tema. Com essa dinâmica conseguiu-se
propiciar um momento de descontração, relaxamento e espontaneidade aos
alunos, além de identificar o conhecimento químico adquirido.
Em seguida foi aplicado o jogo Lembra – Relembra, onde foram formados 2
grupos com 3 alunos e 2 grupos com 4 alunos para jogar (Figura 3). Cada grupo
recebeu um kit e as regras foram explicadas, sendo as mesmas do jogo original,
onde deveriam ser formados os pares correspondentes.
A B
objetivas:
Questão 2 - Isômeros são compostos com propriedades físicas e químicas
diferentes, porém apresentam a mesma fórmula molecular. Dessa forma os
compostos abaixo podem ser classificados como:
0%
43%
57% Questão 2
Questão 3
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
SPOLIN, V. Jogos Teatrais na Sala de Aula. São Paulo: Editora Perspectiva, p. 30,
2012.
CAPÍTULO XXVI
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
MORIN, E. Ciência com consciência, Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, ed. 9ª, 2005,
350p;
PEQUIS. Química Cidadã Ensino Médio. 1ª e 2ª Séries. 2ª Edição. São Paulo: AJS,
2013;
SM. Ser Protagonista: Química Ensino Médio. 1º Ano. 2ª Edição. São Paulo, 2013;
SANTOS, W. L. P dos. MÓL, G. S., Química (Ensino Médio). 1ª Série. São Paulo, AJS,
2013.
CAPÍTULO XXVII
Francivaldo de Sousa ,
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
Figura 01: Pré-intervenção pedagógica Figura 02: Materiais para aula experimental
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 09: Aula expositiva contextualizada Figura 10: Momento de tirar dúvidas.
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO XXVIII
RESUMO: O distanciamento entre teoria e prática pode ser indicado como um dos
responsáveis pela desmotivação de alunos nas aulas de Química. Os profissionais
de ensino, afirmam que este problema, quase sempre, é devido à falta de
laboratórios ou de equipamentos, inviabilizando a realização de aulas práticas.
Uma alternativa viável seria a montagem e utilização de experimentos feitos com
materiais de baixo custo. Neste sentido, o presente trabalho desenvolveu-se com o
objetivo de mostrar a relevância da adesão e utilização de atividades experimentais
no ensino de química, utilizando materiais de fácil acesso e de fácil manipulação.
Para isso, a pesquisa desenvolveu-se em duas etapas: na 1a etapa foi desenvolvido
e realizado um experimento envolvendo fenômenos da eletrólise, com uma turma
de 20 alunos do ensino médio do 2º ano pertencentes a uma unidade estadual de
ensino da rede pública do município de Castelo do Piauí-PI; na 2a etapa, aplicou-se
um questionário para verificar o grau de aceitação dos alunos em relação à
atividade experimental realizada. O experimento apresentou resultados
satisfatórios, pois a eletrodeposição total de cobre no objeto metálico ocorreu de
fato e não extrapolou o tempo de uma aula. Em relação à análise qualitativa dos
dados levantados a partir das respostas do questionário aplicado aos alunos,
mostrou-se que a utilização de atividade experimental como método alternativo de
ensino é bastante válida no complexo processo de ensino-aprendizagem, o que
vislumbra a possibilidade de implementação de experimentos alternativos simples
dessa natureza em práticas pedagógicas no ensino da Química.
PALAVRAS-CHAVE: Aulas práticas. Eletroquímica. Eletrodeposição de cobre. Ensino
de Química.
1. INTRODUÇÃO
fato, a eletrólise é reconhecida como um conteúdo que está inserido dentro da área
da eletroquímica (FINAZZI et al., 2016).
Dessa forma, os conceitos vistos em Eletroquímica podem também serem
ensinados através da utilização de práticas experimentais. Neste contexto, os
experimentos de eletrólise que mostram a eletrodeposição de um metal viabilizado
pela aplicação de uma corrente elétrica, onde é possível determinar a massa
depositada de metal através da Lei de Faraday, ou então, o recobrimento de um
objeto metálico por outro metal mais nobre com a finalidade de tornar a peça
metálica visivelmente mais atraente e mais resistente ao fenômeno da oxidação,
tornam-se importantes do ponto de vista didático, pois permite que o professor
envolva os alunos durante a construção do experimento e, consequentemente,
possibilite a aproximação destes com os conteúdos em estudo, passando o aluno
de sujeito passivo para ativo (FRAGAL, 2011; EGGEN et al., 2012).
1.4. ELETRÓLISE
1.5. GALVANOPLASTIA
2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. MATERIAIS
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1. EXPERIMENTO
Como solução eletrolítica foi usada uma solução de um sal de cobre (Cu).
Quando a corrente elétrica passar através da solução, os cátions metálicos serão
atraídos para o eletrodo negativo, que constitui a peça a ser revestida.
Na superfície do cátodo, os cátions se descarregam, transformando-se em
átomos neutros do metal, que se depositam formando uma camada metálica sobre
a peça. À medida que ocorre o descarregamento dos cátions metálicos na solução,
estes se depositam no eletrodo negativo, ao mesmo tempo, o eletrodo positivo se
dissolve, transformando-se em cátions metálicos dispersos em solução. Dessa
maneira, há uma reposição de cátions na solução (GENTIL, 1996).
Na superfície dos eletrodos, positivos e negativos, ocorrem duas reações
respectivamente, a anódica, caracterizada pela oxidação do metal e a catódica, que
caracteriza o processo de redução dos íons metálicos em solução. As semirreações
podem ser representadas através de equações químicas da seguinte maneira:
Cu2+ + 2e- Cu0 (semirreação catódica, redução, ganho de elétrons)
Cu0 Cu2+ + 2e- (semirreação anódica, oxidação, perda de elétrons)
Reação Global: zero
O começo da cobreação, ou seja, da eletrodeposição de cobre na colher, foi
constatada visualmente após o período de 2 minutos (min) contados a partir do
início da eletrólise. Com o progresso da experiência, foi possível observar a
formação de uma camada de coloração levemente avermelhada na superfície da
colher, cor esta característica da redução de íons cobre na superfície metálica,
confirmando a eletrodeposição.
O experimento em estudo ocorreu a temperatura de ~ 25 ºC. Foi utilizado um
carregador de celular de 9,0 volts (V) ligado a uma rede elétrica continua de 220 V.
Após aproximadamente 25 min, houve a total cobertura da superfície da peça
metálica, veja Figura 3, o que de fato caracteriza o processo de galvanoplastia.
Com o término do recobrimento da colher através do processo de
eletrodeposição, a peça foi lavada com água corrente, seca e polida com flanela de
Figura 3. Sistema eletrolítico (esquerda), colher antes da cobreação (centro) e após a deposição de
cobre (direita)
ANTES DEPOIS
A Figura 3 mostra o sistema real que foi utilizado nesta pesquisa, onde pode-
se observar o aparato eletrolítico formado pelos eletrodos: na cor vermelha, o
eletrodo positivo onde se encontra a placa de cobre e o outro eletrodo, na cor preta,
o polo negativo contendo a peça metálica representada pela colher. A coloração
(azul intenso) da solução eletrolítica observada é resultante de uma alta
concentração de sal de sulfato de cobre dissolvido. Com o intuito de deixar mais
visível a camada de cobre eletrodepositada na superfície da colher, removeu-se
intencionalmente uma pequena quantidade de cobre na extremidade do cabo da
colher.
3.2. QUESTIONÁRIO
participante do questionário.
Na segunda pergunta, “você já teve alguma atividade experimental em
séries anteriores? Se já teve, fale um pouco sobre a aula”, obteve-se os seguintes
resultados, conforme Figura 4.
Figura 4. Relação percentual entre alunos da turma em estudo que já tiveram contato com
atividades experimentais em séries anteriores e aqueles que ainda não tinham tido.
sim
40% sim
não não
60%
aula teórica, é bem mais fácil de aprender”, o que corrobora com proposições que
afirmam que as aulas práticas dentre outras coisas se tornam prazerosas, pois os
alunos se veem como protagonistas (SANTOS; FRIGERI, 2013; DELIZOICOV;
ANGOTTI, 2011). Com relação aos alunos que não aprovaram a aula prática, um
deles respondeu que não gostou por que achou a prática muito trabalhosa e
complicada.
A quarta pergunta foi realizada da seguinte forma: “Você gostaria que
tivesse mais aulas práticas na disciplina de Química? Por quê?”, as respostas
foram quase todas positivas, porém dois alunos não concordaram em ter aulas
práticas, e não justificaram o motivo da discordância.
Na quinta e última pergunta proposta, indagou-se sobre conhecimento
prévio em relação ao tema abordado na atividade experimental, onde perguntou
“Qual seria seu conhecimento sobre galvanoplastia? E o que foi compreendido
após a realização do experimento?”. Com relação a esta pergunta, todos disseram
que nunca tinha visto o termo “galvanoplastia” antes, porém após a realização do
experimento, do total de alunos participantes, 80% disseram que a galvanoplastia é
um processo que recobre um material metálico por outro através da eletricidade e
que é muito utilizado para recobrir objetos decorativos. Percebe-se que eles
compreenderam de fato o conceito de galvanoplastia, bem como sua
aplicabilidade, e os demais alunos, ou seja, 20%, não conseguiram dá uma
resposta clara sobre o conceito do termo estudado, muito embora, alguns destes
demonstraram ter compreendido a aplicabilidade do processo eletrolítico
desenvolvido. Segue abaixo as respostas de alguns alunos:
“É uma maneira legal de cobrir objetos”.
“É um processo que vem da eletricidade”.
“Compreendi que um objeto pode ser recoberto por um metal através desse
processo”.
“Entendi o motivo da deposição de cobre ocorrer no polo negativo, pois
cargas opostas se atraem”.
“Compreendi o conceito de galvanoplastia e percebi sua grande
aplicabilidade”.
Os dados dessa pesquisa corroboram com os pensamentos de Krasilchik
(2004, p. 85), quando ele afirma que a função das aulas experimentais é
“despertar e manter o interesse dos alunos; envolver os estudantes em
investigações científicas; desenvolver a capacidade de resolver problemas;
compreender conceitos básicos; desenvolver habilidades”.
Dessa forma, fica evidente a importância e não há como deixar de acreditar
que ensinar Química por meio de experimentos traz resultados bastante
significativos para o aprendizado dos estudantes.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ATKINS, P. W.; PAULA, J. de. Físico-Química. 9 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. Volume
1. p. 370-371.
FERREIRA, J.H.O.; CHAVES, J.A.P. Construção de uma pilha salina com materiais de
baixo custo para aulas de eletroquímica no ensino médio, In: 51º CONGRESSO
BRASILEIRO DE QUÍMICA, São Luís/MA, 2011.
FRAGAL, V. H.; MAEDA, S. M.; PALMA, E. P.; RODRIGUES, M. A.; BUZATTO, M. B. P.;
SILVA, E. L. Uma proposta alternativa para o ensino de eletroquímica sobre a
reatividade dos metais. Química Nova na Escola (Impresso), v. 33, p. 216-222,
2011.
GENTIL, Vicente. Corrosão. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos,
2007. 353 p. ISBN 9788521615569.
HIOKA, N.; SANTIN FILHO, O.; MENEZES, A.J.; YONEHARA, F.S.; BERGAMASKI, K.;
PEREIRA, R.V. Pilhas de Cu/Mg construídas com materiais de fácil obtenção.
Química Nova na Escola, n. 11, p. 40-44, 2000.
ABSTRACT: The distance between theory and practice can be indicated as one of the
responsible ones for the demotivation of students in the classes of Chemistry.
Teaching professionals say that this problem, almost always, is due to the lack of
laboratories or equipment, making it impossible to carry out practical classes. A
feasible alternative would be the assembly and use of experiments made with low
cost materials. In this sense, the present work was developed with the purpose of
showing the relevance of the adhesion and use of experimental activities in the
teaching of chemistry, using easily accessible materials and easy manipulation. To
do this, the research was developed in two stages: in the first stage an experiment
was developed and carried out involving phenomena of electrolysis, with a group of
20 high school students of the 2nd year belonging to a state unit of education of the
public network of the municipality of Castelo do Piauí-PI; in the second stage, a
questionnaire was applied to verify the degree of acceptance of the students in
relation to the experimental activity performed. The experiment presented
satisfactory results, since the total electrodeposition of copper in the metallic object
occurred in fact and did not extrapolate the time of a lesson. In relation to the
qualitative analysis of the data collected from the answers of the questionnaire
applied to the students, it was shown that the use of experimental activity as an
alternative method of teaching is quite valid in the complex teaching-learning
process, which envisages the possibility of implementation of simple alternative
experiments of this nature in pedagogical practices in the teaching of Chemistry.
KEYWORDS: Practical lessons. Electrochemistry. Electrodeposition of copper.
Teaching of chemistry.
CAPÍTULO XXIX
Francivaldo de Sousa ,
Francivaldo de Sousa
Universidade Federal da Paraíba
Itaporanga-Paraíba
Aline Maria Hermínio da Mata
Universidade Federal da Paraíba
Bananeiras-Paraíba
Bruno Rodrigues Dantas
Universidade Federal da Paraíba
Malta - Paraíba
Anely Maciel de Melo
Universidade Federal da Paraíba
João Pessoa-Paraíba
Valéria Marinho Leite Falcão
Universidade Federal da Paraíba
Boa Vista-Paraíba
Max Rocha Quirino
Universidade Federal da Paraíba
João Pessoa-Paraíba
RESUMO: O ensino de química sempre se demostrou complicado e difícil devido ao
interesse dos educandos frente essa disciplina, uma vez que ministrada de forma
teórica e apática, induzindo a memorização temporária do conteúdo. Isso é em
decorrência da forma como são explorados os temas e devido também à falta de
estruturas adequadas das escolas, como: laboratórios e equipamentos que
facilitem o ensino dessa ciência, através de aulas práticas e contextualizadas, que
é indispensável, devido à necessidade dessa disciplina no dia a dia dos educandos.
Objetivou-se averiguar a influência de uma aula prática e teórica de forma
contextualizada e problematizada no ensino de química, com educandos do ensino
médio das Escolas Estaduais Dr. Alfredo Pessoa de Lima da cidade de Solânea-PB,
e José Rocha Sobrinho da cidade de Bananeiras-PB. A aula foi dividida em quatro
momentos pedagógicos, sendo eles: pré–intervenção avaliativa, aula experimental,
aula teórica e pós-intervenção avaliativa. A aula extração de cafeína através da
prática contextualizada contribuiu para despertar nos educandos o interesse pela a
química, não somente isso, mais também estimulou o senso critico. A
experimentação contextualizada é fundamental no ensino de química, pois o
educando se tornam ativo e participativo, contribuindo significativamente na sua
aprendizagem. Os resultados obtidos na pré e pós intervenção avaliativa certificam
que a aula prática contextualizada é indispensavel no ensino de química, uma vez
que demonstra uma forte influência na aprendizagem dos educandos, facilitando e
tornando mais prazerosa a aquisição do conhecimento.
PALAVRAS-CHAVE: Contextualização, Ensino, Experimentação, Cafeína.
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
Figura 03: (a) Educandos da escola Dr. Alfredo Pessoa de Lima realizando e vivenciando a prática;
(b) Estudante pesando o carbonato de cálcio na balança analítica; (c) Estudantes da escola José
Rocha Sobrinho realizando o procedimento experimental.
(A) (B) (C)
Figura 4: (A) e (B), realizando a aula teórica contextualizada com os educandos da escola Dr. Alfredo
Pessoa de Lima e José Rocha Sobrinho.
(A) (B)
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 05- Resultado do Pré e Pós-intervenção da Escola Dr. Alfredo Pessoa de Lima.
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 7. ed. Campinas: Autores Associados, 2011.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005,
42.ªedição.
SILVA, A. Proposta para tornar o ensino de química mais atraente. Ceará: Revista
de Química Industrial, 2011.
CAPÍTULO XXX
1. INTRODUÇÃO
Diante dessa realidade este estudo tem como objetivo refletir sobre a
formação do professor contextualizando as metodologias e saberes docentes, em
sua contribuição para valorização do ensino e incentivar à formação do professor,
relacionando os conteúdos de forma participativa aproximando-os com a sua
realidade e produzindo um modelo de produção e consumo que respeita a
capacidade do meio ambiente, preservando o acesso das futuras sociedades aos
recursos naturais.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3. METODOLOGIA
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
5. CONCLUSÃO
prática docente, para reflexão e análise dessa prática e consciência sobre o meio
ambiente a sociedade e gerando novos conceitos e valores.
REFERÊNCIAS
FIORENTINI, Dário; SOUSA JR., Arlindo José; MELO, Alves Gilberto F.. Saberes
docentes: um desafio para acadêmicos e práticos. In: GERALDI, Corinta M. G.;
FIORENTINI, Dário; PEREIRA, Elizabete M. de A. (Orgs.). Cartografia do trabalho
docente: professor (a) pesquisador (a). 3. ed. Campinas (SP): Mercado de Letras,
2003. p.307-335.
SILVA, Alceu Junior Paz da. A Química na EJA: Ciência e Ideologia. Dissertação
(Mestrado em Educação) – Centro de Educação, Universidade Federal de Santa
Maria, Rio Grande do Sul. 2007.
CAPÍTULO XXXI
1. INTRODUÇÃO
química deve ser um facilitador da leitura do mundo, e deve ser ensinada para
permitir, que o cidadão possa interagir melhor com mundo.
Segundo Alves (2007), no ensino de química, especificamente, a
experimentação deve contribuir para a compreensão dos conceitos químicos,
podendo distinguir duas atividades: a prática e a teoria. Para fazer conexão dessas
duas atividades é necessário criar situações que possibilitem a contextualização,
ou seja, fazer o educando partir de “situações problemáticas reais, para buscar o
conhecimento necessário para entendê-las e procurar solucioná-las” (PCN+, 2002,
p. 93). Considerar a contextualização da química pode auxiliar na aprendizagem
significativa.
Segundo Ausubel apud Moreira (2015), aprendizagem significativa é um
processo por meio do qual uma nova informação relaciona-se com um aspecto
especificamente relevante da estrutura de conhecimento do indivíduo.
Para que a aprendizagem significativa aconteça, certas condições devem ser
atendidas pelos indivíduos envolvidos. Segundo Moreira (2015), uma das
condições, é que o material a ser aprendido seja relacionável à estrutura cognitiva
do aprendiz, de maneira não arbitrária e não literal. Esta condição implica não só
que o material seja suficientemente não arbitrário em si, mas também que o
aprendiz tenha disponível em sua estrutura cognitiva as proposições e conceitos
manentes a ele sejam adequados.
A outra condição segundo Moreira (2015), é que o aprendiz manifeste uma
disposição para relacionar de maneira significativa e não arbitrária ao novo
material, potencialmente significativo, à sua estrutura cognitiva.
No ensino de química, a experimentação é uma metodologia utilizada para
envolver os alunos com o conteúdo, de forma a relacionar com a estrutura cognitiva
deste. Para Guimarães (2009), a experimentação pode demonstrar os conteúdos
trabalhados, e ser utilizada na resolução de problemas, tornando a ação do
educando mais ativa.
O presente artigo tem como objetivo relatar as vivências e práticas no
estágio supervisionado no ensino de química I, demonstrando o papel da
experimentação na aprendizagem significativa, buscando que o aluno identificasse
e assimilasse que os conceitos químicos estão presentes no cotidiano e que esses
conceitos podem ser representados cientificamente.
2. METODOLOGIA
Nº de Estratégias de
Datas Tópico do assunto Avaliação
aulas Ensino
Introdução à reação
Aula expositiva/ Participação do aluno
química, equação
Dialogada/ com perguntas e
12/05/2017 3 aulas química e
Experimento resolução de
classificação das
demonstrativo exercício.
reações.
Balanceamento pelo
Participação do aluno
método de Aula expositiva/
16/05/2017 2 aulas com perguntas
tentativas Dialogada
acerca do exercício.
Aula expositiva/
Escrever, Balancear e
Dialogada
classificar a reação
23/05/2017 2 aulas Reações Químicas Execução de
apresentada no
experimentos
experimento.
pelos alunos
Tabela 1: Descrição da intervenção.
Fonte: Elaborado pelo autor.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
pedido aos alunos que sentassem em duplas para que resolvessem o exercício,
onde essa iniciativa mostrou-se efetiva.
Quando solicitado que os alunos sentassem em duplas essas foram
determinadas, mesmo que a turma não tenha demonstrado desavenças entres os
alunos, a afinidade mostrou-se relevante. Pois, os alunos não discutiam com a sua
dupla, mas sim com outro colega que mostrava ter afinidade. Ao permitir que os
alunos realizassem suas atividades em dupla ou em grupo, observou-se que esses
obtiveram um desempenho maior do que se fossem fazer sozinhos. Porém, buscou-
se deixar claro os objetivos e que ao final, todos deveriam ter realizado o exercício,
mostrando assim a importância do estímulo para a realização das atividades
propostas em sala de aula. Observou-se então que os alunos podem não se
empenhar na atividade individual, mas vislumbraram na atividade em grupo uma
oportunidade de conversar (sobre assuntos não proveitosos para a aula) sem que o
professor interrompesse ou chame a atenção.
O 3º dia (19/05/2017) não foi ministrado o que estava no plano de aula,
pois, como a turma pertencia ao ensino médio integrado, ou seja, o ensino médio
integrado com um curso profissionalizante do 1º ano do técnico em Química. Assim,
levando em conta a importância da disciplina, especialmente a essa turma, houve
a inclusão de mais 2 horas/aula, sendo estas somente para realização de
exercícios. Foi dado um tempo a realização dos exercícios, em seguida a resolução,
onde os alunos foram solicitados para que resolvessem as questões no quadro,
onde todos atenderam a solicitação rapidamente e com empenho.
No 4º dia (23/05/2017), pode-se observar as seguintes respostas dos
alunos as indagações acerca dos reagentes utilizados para a reação: a utilização da
água oxigenada para o clareamento dos pelos; a utilização do bicarbonato de sódio
como fermento e como um antiácido para azia; a utilização da argamassa (cal
virgem) na construção; entre outras.
Os alunos conseguiram montar a equação química da reação do
experimento, correspondente de cada grupo. Como os reagentes já vinham
etiquetados não foi difícil para que eles os identificassem. Com a equação
montada, os alunos responderam os comandos expostos na folha de avaliação.
Segundo Guimarães (2009), é necessário transformar o conhecimento
original em ações e expressá-lo em forma de linguagens oral ou escrita. Por meio
de situações que partem de um problema real que exija transformação do
conhecimento original por exemplo “reescrever com suas próprias palavras aquilo
que aprendeu ou aplicar o conhecimento para explicar um fenômeno novo ou tomar
uma decisão baseando-se num determinado saber.” (Guimarães, 2009, p. 200).
A prática se mostrou significativa, sendo que 94,4% dos alunos
responderam corretamente as questões avaliativas propostas. Foi observado que
os 5,6% dos alunos que erraram até um comando, os erros cometidos eram de
escrita da simbologia e escrita da equação por extenso, por exemplo:
● O aluno A escreveu o símbolo do elemento químico oxigênio em letra
minúscula. Sendo que os símbolos são escritos em letra maiúscula.
● O aluno B quando escreveu a reação por extenso, colocou “dióxido de
carbono mais água reagem produzindo ácido carbônico”. O correto seria “Dióxido
de carbono reage com a água formando ácido carbônico” ou “dióxido de carbono e
água reagem para formar ácido carbônico”.
Segundo Feltre apud Farias, Basagli; Zimmermann (2009), O experimento
didático deve privilegiar o caráter investigativo favorecendo a compreensão das
relações conceituais da disciplina, permitindo que os alunos manipulem objetos e
ideias, e negociem significado entre si e com o professor, durante a aula, tornando
uma oportunidade que o sujeito tem de extrair de sua ação as consequências que
lhe são próprias e aprender com erros tanto quanto com os acertos.
Os erros mencionados anteriormente não prejudicaram o objetivo da
atividade realizada, uma vez que não são expressivos e esses foram sanados
através da explicação da forma correta realizada em sala de aula.
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ABSTRACT: This article describes the interventions carried out in the supervised
stage in chemistry teaching I, of the course of Chemistry Degree of the Federal
Institute of Education, Science and Technology of Amapá - Ifap, being the same the
field school, the stage was realized in the period from February 22, 2017 to June
20, 2017. Its objective is to report the experiences and practices in supervised
chemistry I stage, demonstrating the role of experimentation in meaningful learning.
The internship allows the academic to know, practice, identify and exercise their role
as a professional future. This was divided between observation and intervention
applied to the class of the 1st year of Integrated High School Integrated Chemistry
Technician. After the observation period the intervention was carried out, with the
explanation of the subject chemical reactions and the accomplishment of
experimental practice. The students were divided into groups to perform
experiments on chemical reactions, where each group had an experiment, they had
to observe the experiment, write the chemical reaction observed in the experiment,
write it extensively, balance it and classify the reaction . As 94.4% of the students
were able to correctly execute the commands, considering the satisfactory result.
Thus, through the results obtained, stating that the theory in line with practice
enhances student learning and together with meaningful learning contributes to the
learner's contextualized view of chemistry.
KEYWORDS: Significant learning; contextualization; teaching chemistry; supervised
Internship.
Sobre os autores:
Énery Gislayne de Sousa Melo: Doutora em Ensino das Ciências com ênfase no
ensino de Física pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE); Mestre
em Ensino das Ciências (UFRPE) e Licenciada em Física (UFRPE). Atua nos
seguintes temas: a área do ensino de física, a partir das artes; a discussão da
natureza da ciência; representações sociais de ciências; estudo da física quântica;
astronomia e popularização da ciência e letramento científico.
helainehaddad@gmail.com
Sílvio César Lopes da Silva: Possui graduação em Letras - Língua Portuguesa pela
tiagopark@gmail.com