Vitrificação

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6/21/2018

Remediação de Sítios Contaminados Remediação de Sítios Contaminados

Processo
 Vitrificação é um processo onde os compostos
VITRIFICAÇÃO DE SOLOS são permanentemente indisponibilizados em um
CONTAMINADOS bloco contínuo de solo, vitrificado por forças
elétricas (EPA, 2001), sendo que a técnica pode
ser empregada in situ e/ou ex situ

Prof. Karla Heineck

Remediação de Sítios Contaminados Remediação de Sítios Contaminados

 Envolve o derretimento e fusão de materiais a  O material resultante possui características


temperaturas que normalmente excedem 1600°, vítreas (silicatado ou cerâmico), não cristalino e
seguido de um resfriamento rápido em uma amorfo.
forma não cristalina ou amorfa.
 Os materiais vítreos são lentamente lixiviados
 É considerada uma forma de sob a ação de água e possuem estrutura
solidificação/estabilização de solos estável. Essa característica diminui o potencial
contaminados porque proporciona uma de contaminação do elemento perigoso para o
diminuição do potencial de contaminação, além meio ambiente, permitindo que essa técnica
de uma estrutura mais estável. seja muito indicada ao tratamento de materiais
perigosos e radioativos.

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Vitrificação
Técnica
 A vitrificação é realizada usando-se forças
elétricas para fornecer calor (1.600-2.000ºC)
suficiente ao solo até que este venha a fundir e
depois de resfriado sofra solidificação
 A técnica consiste da introdução de quatro
eletrodos na área contaminada onde a corrente
elétrica é transmitida, derretendo o solo entre
eles.

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Técnica Vitrificação

 Essa tecnologia é mais comumente utilizada


para imobilização de metais, porém associada a
técnicas de extração de vapores pode ser
eficiente na extração de compostos orgânicos
voláteis (EPA, 2001).
 Neste caso é instalada uma capa cobrindo a
área aquecida, coletando os vapores para
posterior tratamento.

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Vitrificação in situ
 O bloco vitrificado pode ser deixado no local  A vitrificação in situ é considerada uma
definitivamente, entretanto devem ser realizadas tecnologia emergente
amostragens periódicas no entorno. Esta
 O processo inicia com uma camada superficial
medida aumenta o nível de segurança
de grafite misturado com um composto cerâmico
ambiental
granulado para dar início ao processo.
 Geralmente a vitrificação é um dos métodos
 Tipicamente, os eletrodos fica espaçados 2m
mais rápidos de remediação, leva de semanas a
(no máximo 8m), em uma configuração
meses para se completar.
retangular (La Grega, 2001).

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Vitrificação in situ
 O solo é vitrificado a uma taxa de 3 a 6 ton/hora  Os gases remanescentes são coletados e
tratados ou ficam aprisionados na massa
 Conforme a temperatura aumenta, primeiro os
vitrificada.
materiais orgânicos vaporizam e então pirolizam
(ruptura da estrutura molecular original pela  Por causa das altas temperaturas, a
ação do calor em um ambiente com pouco ou contaminação fica retira no material vítreo.
nenhum oxigênio).
 Neste processo, a porosidade do solo varia
 Os gases movem-se lentamente pela massa muito, podendo alcançar uma redução de
viscosa até a superfície; os gases combustíveis volume de 25 a 50%, podendo chegar até 75%.
então queimam com a presença de oxigênio.

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 Essa técnica baseia-se na capacidade do solo


em conduzir eletricidade.  Esquema vitrificação in situ (La Grega, 2001)
 A condução térmica produz o aquecimento do
solo e de seus contaminantes na área inserida
entre os pólos.
 Em temperaturas próximas da temperatura de
fusão do solo, a condutividade elétrica do solo
aumenta, aumentando a transferência de calor
para o meio, e isso proporciona aumento da
capacidade de fusão do solo

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Vitrificação ex situ Vitrificação ex situ


 A técnica de vitrificação permite ainda que solos  O processo emprega um forno elétrico com
contaminados sejam misturados à carga de capacidade de atingir temperaturas superiores a
resíduos sólidos industriais, a ser vitrificada, 1 600°C.
juntamente com aditivos químicos, constituindo-
 A mistura padrão para iniciar o processo
se em grande vantagem ao gerenciamento de
constitui-se de uma mistura de vidro reciclado,
resíduos.
poeiras de fornos e dolomita.
 Essa tecnologia é potencialmente aplicada ao
 Após fusão da mistura padrão, o solo é então
tratamento simultâneo de solos contaminados e
carregado no forno para fusão em estágios que
de resíduos sólidos visando à obtenção de um
duram no mínimo 5 horas.
produto com aplicação comercial, tal como,
material agregado para a pavimentação.

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Vantagens e Desvantagens da vitrificação ex situ


(Neto et al., 2000) Considerações finais sobre a
 Vantagens:
 Baixo custo dos materiais aditivos, tais como cal e argilas
técnica
monolíticas
 redução do volume de resíduos.  É considerada uma técnica especial porque está
ainda sendo explorada a nível experimental;
 Desvantagens:
poucos casos são relatados na literatura
 a evaporação e a dispersão de alguns constituintes,
especialmente os metais de baixo ponto de evaporação (K, (Superfund sites)
Na, Zn, Cu, Sn, etc.);
 O custo é alto, principalmente por causa do alto
alto consumo de energia associado a altas temperaturas

consumo energético.
exigidas para fusão da carga silicatada, em fornos
elétricos;
 mão-de-obra especializada e equipamentos sofisticados ou
caros.

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Bibliografia Bibliografia
 Abdanur, A. (2005) Remediação de solo e água  Neto, F.A.O.; Santos, P.R.P.; Gomes, Z.L.G.C. (2000)
subterrânea contaminados por hidrocarbonetos de Considerações sobre tecnologias para remediação de
petróleo: estudo de caso na refinaria Duque de solos e águas subterrâneas contaminadas e suas
Caxias/RJ. Dissertação de mestrado Universidade aplicações em pólos industriais na região metropolitana
Federal do Paraná de Salvador e na antiga fábrica da COBRAC em Santo
Amaro. Monografia. Acessado em 18/08/2010 -
 EPA (United States Environmental Protection Agency). A
http://intranet/monografias/cobrac/completa.htm
Citizen’s Guide to Vitrification. Office of Solid Waste and
Emergency Response, 2001
 La Grega et al (2001) Hazardous Waste Management.
McGraw Hill.
 www.geomelt.com

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