001 Língua Portuguesa
001 Língua Portuguesa
001 Língua Portuguesa
Conteúdo:
Texto 1
Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano resmungou, franziu a testa, achando a frase
extravagante. As aves matarem bois e cabras, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou
que ela estivesse tresvariando.
(GR. Vidas Secas.)
1. Com relação à tipologia e estrutura textuais, julgue os itens abaixo.
a) Trata-se de um texto predominantemente narrativo.
b) Não há quaisquer índices de descrição.
c) Há no texto a presença do narrador externo ou com visão exterior, apenas.
d) Percebe-se no texto a presença do discurso indireto livre.
e) O vocábulo tresvariando traduz a idéia de inferioridade.
Texto 3
Sou divorciado - 56 anos
desejo conhecer uma mulher,
desimpedida, que viva só, que
precise de alguém muito sério
para juntos serem felizes.
800.0031 (discretamente falar com Astrogildo)
(O Popular. Goiânia, 25/9/99.)
( ... )
4. Com base na leitura do texto e informações nele contidas, julgue os itens a seguir.
a) Há no texto o predomínio de linguagem dissertativa-argumentativa.
b) Verifica na leitura a presença do índice de subjetividade.
c) O Brasil figura entre as dez maiores economias do mundo, visto que distribui com igualdade a sua
renda interna.
d) Das 174 pesquisas realizadas, o Brasil figura no setuagésimo segundo lugar em indicadores de
desenvolvimento humano.
e) A expressão não obstante estabelece a idéia de oposição.
Texto V
ARC* e o ódio Entre os Povos
Texto VI
Helicóptero da Operação Verão ficará em Santa Catarina
Terça, 12 de março de 2002, 19h 16.
O helicóptero de resgate aéreo da Polícia Rodoviária Federal permanecerá em Santa Catarina
durante todo o ano, mesmo após o término da Operação Verão. A necessidade foi comprovada à
Administração Geral em Brasília, tendo como base o relatório de atendimentos.
No período de 5 de dezembro do ano passado até o último dia 7 de março, a equipe de
resgate aéreo foi acionada 110 vezes e atendeu acidentes de trânsito, casos clínicos e afogamentos.
Neste verão, foram registrados 2.409 acidentes nas estradas federais de Santa Catarina, que deixaram
1.637 feridos e 123 mortos, 20% a menos do que na última temporada.
(JB On-Line.)
(Folha de S. Paulo)
Texto VIII
Cuidados no Trânsito
• Ande com as portas trancadas e janelas fecha-
das sempre que possível.
• Nunca coloque a mão para fora para evitar
que relógio, pulseiras ou anéis sejam arrancados.
5 • Mantenha-se sempre atento. A polícia informa
que este é principal fator de proteção, pois assaltantes
evitam se aproximar de pessoas atentas.
• Evite andar sozinho.
• Nunca pare seu veículo lado a lado com outro
10 veículo. Assim, se o assaltante descer do carro que
estiver próximo, você terá mais chance de enxergar e
fugir.
• Mantenha o carro sempre engatado, pronto
para arrancar.
15 • Deixe seu telefone celular à mão, com um
número de socorro discado, pronto para chamar.
• Se você sente que alguém suspeito está se
aproximando do seu carro e você não pode arrancar,
uma alternativa pode ser bater na traseira do carro da
20 frente para chamar a atenção.
• Mas se alguém suspeito bater na traseira de
seu carro e não houver muitas pessoas em volta ou com
você, evite descer do carro ou mesmo abrir a janela.
Esta pode ser uma tática de assalto.
25 • Uma alternativa para espantar assaltantes
também pode ser carregar um boneco do tamanho de
uma pessoa adulta na poltrona do carona.
• Diferente do que se imagina, o horário mais
freqüente de assaltos e seqüestros-relâmpagos é entre
30 as 20 e 24 horas, e não durante a madrugada.
• Ao chegar em casa: se você estiver de carro,
veja se não há ninguém suspeito. Se desconfiar de
alguém, dê uma volta no quarteirão. Se você estiver a
pé, tenha a chave na mão e não entre em casa se vir
35 algum movimento estranho.
10. Julgue os itens abaixo quanto à releitura e correção gramatical de determinadas passagens do
texto.
a) Linhas 15 e 16. Deixe seu telefone celular na mão, com o número de socorro discado, pronto para
chamar.
b) Para evitar que relógio, pulseiras ou anéis sejam arrancados, nunca coloque a mão para fora. (Is. 3
e 4)
c) Linhas 5 a 7. Visto que assaltantes evitam se aproximar de pessoas atentas, mantenha-se sempre
atento; a polícia informa que é esse o fator de proteção principal.
d) Carregar um boneco do tamanho de uma pessoa adulta na poltrona do carro é a melhor alternativa
para espantar assaltantes.
e) Sempre mantenha o carro engatado, pronto para arrancar.
Texto IX
Saiu na Imprensa
Fiesp lança cartilha sobre cobrança da água
São Paulo - A iminência da cobrança pelo uso da água na bacia do rio Paraíba do Sul, que
corta os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, levou a Federação das Indústrias de
São Paulo (Fiesp) a elaborar a cartilha "Água e Indústria - Compreenda Esta Nova Relação".
Segundo a instituição, a publicação tem o objetivo de contribuir com a Agência Nacional de Águas
(ANA) nó cadastramento de todos os usuários da água da bacia e esclarecer as principais dúvidas
sobre o custo e a cobrança da água, que incidirá sobre 180 cidades e cerca de 8 mil indústrias que
estão localizadas na região.
A cartilha traz dicas para evitar o desperdício de água nas empresas, mostrando que é
possível reduzir o consumo de água entre 20% a 50% e conseguir com isso um aumento nos lucros
em até 10%. Segundo a publicação, o custo da água representa, em média, 1% do faturamento de
uma empresa, podendo chegar a mais de 4%. Mostra ainda as bases legais para a cobrança do uso
da água, quem vai pagar e quem irá cobrar por isso.
11. Com base na leitura do texto, julgue os itens e assinale a alternativa correta.
Texto X
12. Com base na leitura do texto, julgue os itens e assinale a alternativa correta.
I - Trata-se de um trecho predominantemente descritivo.
II - Os vocábulos "vales", cômoros", "grotões" pertencem ao mesmo campo semântico.
III - Percebe-se que o articulados do texto utilizouse um tom apaixonado e irônico ao descrever a terra.
IV - A idéia central do trecho gira em torno da transformação ocorridas na natureza após as chuvas.
V - Por ser um texto de natureza informativa, não há qualquer índice de subjetividade.
14. Com base na leitura do texto e informações nele contidas, julgue os itens e assinale a alternativa
correta. I - O preço da água engarrafada supera o da gasolina devido à redução de recursos hídricos
no planeta.
II - O crescimento do consumo de água deve-se ao medo de diversas pessoas contrair algum tipo de
contaminação.
III - Infere-se da leitura do texto que o Brasil possui uma posição de destaque na exportação de água
potável.
IV - O articulador do texto sugere que o Brasil crie uma destinação social à água - criação de "fazendas
de água".
15. Quanto aos aspectos morfossintáticos e semânticos, julgue os itens. Depois assinale a alternativa
correta.
I - O pronome esse (l. 19) pode ser substituído por este sem transgredir as regras gramaticais.
II - O pronome eles (l. 26) refere-se a vários fatores. (l. 19)
III - O vocábulo vultoso pode ser substituído por vultuoso sem acarretar quaisquer alterações
semânticas. IV - Pode-se retirar o acento indicativo de crase (l. 42) por ser de natureza optativa.
V - O penúltimo parágrafo do texto é aberto pelo índice de condição.
16. Julgue os itens abaixo quanto à releitura e correção gramatical de determinadas passagens do
texto. Em seguida assinale a alternativa correta.
I - Linhas 6, 7 e 8. Em muitos países, os suprimentos insuficientes para atender à demanda, o
preço da água já supera o da gasolina.
II - Devido ao aumento do consumo de água engarrafada, vários fabricantes lançaram-se na
conquista do mercado nos EUA. (ls. 13 a 18)
III - Linhas 46 a 50. O Brasil desperdiça uma riqueza incalculável por não dar uma destinação
social à água.
IV - Linhas 54 e 59. É necessário, segundo o pesquisador, delimitar o espaço de cada
microbacia ...
V - Linhas 40 a 43. ...a fim de facilitar o abastecimento de navios-tanques, construíram na
Turquia uma plataforma semelhante à de petróleo.
Texto XII
Alguém faltou do outro lado
...A tão aguardada Terceira Guerra Mundial
começou na semana passada. É irônico que, durante
todo o período da chamada Guerra Fria, ela não tenha
dado o ar de sua graça. O panorama nunca lhe fora
5 tão propício. Havia duas superpotências, cada uma
arrastando como aliados metade do mundo, e ambas
detentoras de um arsenal nuclear que as fazia
capazes de destruir uma à outra, e ao resto, centenas
de vezes. Também não faltaram as ocasiões de
10 enfrentamento: a crise de Berlim (1961), a dos
foguetes de Cuba (1962). Nesses dois episódios, os
Estados Unidos de Kennedy e a União Soviética de
Kruchev estiveram à beira do grande embate. A guerra
do Vietnã, em que um lutava de um lado e o outro
15 apoiava o lado contrário, foi outra excelente ocasião
para o choque. No entanto, a Terceira não veio, em
nenhuma dessas oportunidades. É irônico, irônico e
paradoxal, que ela não tenha vindo durante toda a era
de concorrência entre as superpotências, para
20 finalmente eclodir no reinado absoluto de apenas uma
delas, época de um mundo apaziguado e de fim da
história.
Veio no momento errado, mas que veio, veio. Não
estava, nas cenas levadas de um extremo a outro do
25 planeta, o conjunto dos elementos com que ela
sempre foi pintada'? O choque apocalíptico no céu, a
mortandade em massa, o terror... Não há dúvida, era a
Terceira. A grande esperada. A grande temida. No
entanto, apesar da evidência das cenas na TV, resto, é
30 de rigor reconhecer, a sensação de que ficou faltando
algo. Está bem, não se vai duvidar aqui de que se
tratava da grande guerra. O cenário correspondia,
descontados alguns exageros a mais, outros a menos,
àquele com que inúmeros filmes nos acostumaram, ao
35 pensar nela. No entanto...
No entanto, ainda que mal se pergunte - e é este
o item que transmite a sensação de que algo está
faltando: trata-se de guerra contra quem? Eis o
problema. É uma guerra em que falta o outro lado. Se
40 o leitor tem em mente os palestinos, que raio de
adversários são esses - pouco mais que um bando de
favelados, armados mais freqüentemente de paus e
pedras que de outra coisa? Se tem em mente o
Afeganistão, que raio de adversário é esse, cujas lutas
45 tribais o situam a um degrau da Idade da Pedra? Não.
Não dá para imaginar a Terceira tendo como
oponentes, de um lado, a super e invencível América,
e do outro os esfarrapados palestinos, ou os obscuros
afegãos. Eis outro paradoxo, o maior, dos eventos da
50 semana passada. Ao desencadear a Terceira Guerra
Mundial, o outro lado faltou. Foi como um encontro
marcado em que um dos lados, na hora H, não dá as
caras. Ou como a noiva que deixa o noivo só no altar.
Um dos lados ficou sangrando sozinho, por isso
55 mesmo mais tonto ainda, e mais perplexo.
18. Com base na leitura do texto e informações nele contidas, julgue os itens
a) A terceira guerra surgiu devido a uma reação contra os palestinos, de acordo com o articulador do
texto.
b) Da leitura do texto, pode-se dizer que a idéia central gira em torno da miséria dos países do oriente.
c) Na paráfrase do trecho: Na semana passada, começou a Terceira Guerra Mundial tão aguardada
(Is. 1 e 2); houve a manutenção do sentido original.
d) Em: Ao desencadear o outro lado, faltou a Terceira Guerra Mundial: na releitura do texto, manteve-
se o sentido original.
e) De acordo com o articulador do texto, a guerra veio no momento errado, enigmático - o que
podemos comprovar com o fragmento: "O choque apocalíptico no céu, a mortandade em massa, o
terror..."
21. Com base na leitura do texto e informações nele contidas, julgue os itens.
a) Percebe-se, no texto, a presença da função conotativa da linguagem, além da poética.
b) Os adjetivos presentes no texto marcam a presença do aspecto descritivo.
c) Em: "Como rosas cálidas" - temos a presença da comparação.
d) Percebe-se, ao longo do texto, a presença da linguagem conotativa ou metafórica.
e) Nota-se, ao longo do texto, o predomínio da coerência, no entanto, não houve o uso de conectores
a fim de estabelecer a coesão textual.
24. Com base na leitura do texto e nas informações neles contidas, julgue os itens.
a) O texto é aberto por uma seqüência lógica de idéias que se relacionam aos procedimentos adotados
para se obter um corpo perfeito.
b) Infere-se da leitura do texto que a sociedade contemporânea cultua a beleza da forma física com
intenções mercadológicas.
c) Percebe-se uma oposição semântica entre o primeiro e o segundo parágrafo do texto.
d) Bulimia e anorexia são distúrbios alimentares típicos de pessoas que procuram se encaixar no
estereótipo de beleza descrito no texto.
e) O texto classifica-se como dissertativo-argumentativo.
Texto XV
A Seca
Aproxima-se a seca.
O sertanejo adivinha-a e prefixa-a graças ao ritmo
singular com que se desencadeia o flagelo.
Entretanto, não foge logo, abandonando a terra pouco
5
a pouco invadida pelo limbo candente que irradia do Ceará.
Buckle, em página notável, assinala a anomalia de se
não afeiçoar nunca, o homem, às calamidades naturais que
o rodeiam. Nenhum povo tem mais pavor aos terremotos
que o peruano; e no Peru as crianças ao nascerem têm o
10
berço embalado pelas vibrações da terra. Mas o nosso
sertanejo faz exceção à regra. A seca não o apavora. É um
complemento à sua vida tormentosa, emoldurando-a em
cenários tremendos. Enfrenta-a estóico. Apesar das
dolorosas tradições que conhece através de um sem-
15
número de terríveis episódios, alimenta, a todo o transe,
esperança de uma resistência impossível.
Com os escassos recursos das próprias observa-ções
e das dos seus maiores, em que ensinamentos práticos se
misturam a extravagantes crendices, tem procurado
20
estudar o mal, para o conhecer, suportar e suplantar.
Aparelha-se com singular serenidade para a luta. Dois ou
três meses antes do solstício de verão, especa e fortalece
os muros dos açudes, ou limpa as cacimbas. Faz os
roçados e arregoa as estreitas faixas de solo arável à orla
25
dos ribeirões. Está preparado para as plantações ligeiras à
vinda das primeiras chuvas.
Texto XVI
Tarde sertaneja
Ainda retiniam as últimas badaladas das Trindades,
quando longe, pela várzea além, começaram a ressoar as
ondulações afetuosas e tocantes de uma voz que vinha
aboiando. Quem nunca ouviu essa ária rude, improvisada
5 pelos nossos vaqueiros do sertão, não imagina o encanto
que produzem os seus arpejos maviosos, quando se
derramam pela solidão, ao pôr-do-sol, nessa hora mística
do crepúsculo, em que o eco tem vibrações crebras e
profundas.
10 Não se distinguem palavras na canção do boiadeiro,
nem ele as articula, pois fala do seu gado, com essa outra
linguagem do coração, que enternece os animais e os
cativa. Arrebatado pela inspiração, o bardo sertanejo fere
as cordas mais afetuosas de sua alma, e vai soltando às
15 auras da tarde em estrofes ignotas, o seu hino agreste.
VOCABULÁRIO DE APOIO:
abolar: trabalhar com bois, guiar uma boiada
ária: melodia
arpejos: execução rápida e sucessiva de notas de um acorde
arregoar: abrir regos, fendas na terra
aura: brisa, aragem
bardo: poeta, trovador
candente: ardente, quente
crebras: freqüentes, repetidas
especar: amparar, escorar
estóico: impassível, rígido
flagelo: calamidade
ignoto: desconhecido, obscuro
limbo: orla, rebordo, edremidade
mavioso: afável, afetuoso
retinir: ecoar, ressoar
trindades: toque das ave-orarias
solstício de verão: dias mais longos do ano
25. Julgue os itens seguintes, considerando as idéias expressas nos textos XV e XVI.
a) Infere-se da argumentação presente no texto XVI que a opinião do narrador é desfavorável ao
comportamento do homem flagelado.
b) No texto XVI, a relação homem-natureza está metaforicamente representada pelo canto do
boiadeiro.
c) A respeito dos textos XV e XVI, é correto afirmar que o primeiro é predominantemente narrativo,
enquanto o segundo é plenamente descritivo.
d) O alto grau de idealização do homem sertanejo pode ser comprovado pelo trecho: "Arrebatado pela
inspiração, o bardo sertanejo fere as cordas mais afetuosas de sua alma." (Texto XVI).
26. Em relação aos aspectos morfossintáticos dos textos XV e XVI, julgue os itens.
a) No texto XVI, os vocábulos afetuosas e tocantes (l. 3), são determinantes do termo ondulações (l.
3).
b) Na oração, "Enfrenta-a estóico" (texto XV, l. 15), o termo destacado é predicativo do objeto.
c) A expressão "pouco a pouco" (texto XV Is. 4 e 5) é uma locução adverbial que intensifica a invasão
da terra pelo limbo.
d) No quarto parágrafo do texto XV, a palavra homem funciona como aposto de um sujeito
indeterminado.
e) Nas expressões: "na canção do boiadeiro" (texto XVI, l. 10) e "outra linguagem do coração", (texto
XVI, ls. 11 e 12) os termos destacados são adjuntos adverbiais.
Texto XVII
A ânfora de argila
... et vinum effunditur..
(MAT., IX, 7)
poeta interlocutor
“cheia demais minha ânfora” (v. 1) “a eterna sede do teu cântaro” (v. 8)
e) De acordo com o verso 9, com o transcurso do tempo, as trocas afetivas vivenciadas transformamse
em lembranças.
28. Julgue os itens que se seguem, com referência às idéias explícitas ou implícitas no texto XVII.
a) Como a argila é matéria bruta, a "ânfora de argila" (v. l) representa, no poema, a falta de amor.
b) No verso 3, em "tão longe e tão perto", há uma coordenação de adjuntos adverbiais de "vens".
c) O pronome "te", em "chega-te" (v. 7), refere-se a "Peregrino do Acaso" (v. 6), vocativo dirigido ao
interlocutor.
d) Se a forma de tratamento utilizada para o interlocutor fosse "você", então o verso 9 estaria assim
escrito: Encha-o e parta! Depois, olhe atrás... e recorde!
Texto XVIII
A voz dos escritores
José Saramago e Wole Soyinka compartilham o fato
de terem sido ambos agraciados com o Nobel de
Literatura: Saramago em 1998, o nigeriano Soyinka em
1986. Os dois fizeram parte de um grupo de escritores que
5 esteve em Ramallah, examinando as condições locais e
entrevistando-se com Yasser Arafat. Soyinka escreveu que
sente, por um lado, arrepios quando escuta os árabes
chamarem de mártires os terroristas suicidas. Mas, por
outro, conta que ouviu relatos em que "tanques arrombam
10 e atravessam paredes à noite, despejando escombros
sobre membros da família adormecidos" - e, diante disso,
concluiu ser impossível "continuar, visceralmente
desengajado ou não se sentir moralmente agredido". Eis o
escritor em sua nobre dimensão de servir - para os leitores,
15 para seu próprio povo e para o mundo em geral - de
reservatório de consciência.
Saramago comparou o que viu na Cisjordânia a
Auschwitz. Cometeu não só um exagero, mas também o
pecado de se ter rebaixado - ele tão digno e tão bom
20 escritor - à vulgaridade dos paralelos demagógicos. Em
bom português do Brasil, "apelou". O.k., Hitler é alguém
que habita esfera única na es cala da degradação humana.
Mas outras comparações são cabíveis. Milosevic, por
exemplo, ou Pinochet. Milosevic está sendo julgado por um
25 tribunal internacional. Pinochet foi denunciado na Espanha
e preso na Inglaterra. São dois casos que introduziram a
moda de julgar chefes de Estado em outros países que não
os seus. Ariel Sharon seria candidatíssimo a igual destino.
30. Quanto à adequação às idéias gerais do texto XVIII e à correção gramatical, julgue os itens a
seguir.
a) O único elo de ligação comum entre José Saramago e Wole Soyinka é o fato que ambos os dois
receberam o Nobel de Literatura.
b) Se, segundo o jornalista, "Em bom português do Brasil", Saramago "apelou", diria-se no português
culto que ele pecou ao traçar "paralelos demagógicos".
c) Deduz-se pelo texto e pode ser comprovado nos dados históricos que Hitler, Pinochet e Milosevic
são personalidades que muito mal causaram a Humanidade.
d) Nas linhas 20 e 21, o trecho entre travessões é uma intercalação e, portanto, pode ser retirado do
texto sem nenhum prejuízo para o texto.
Texto XVIX
Ação e engajamento
Quem vê o Dalai Lama falando em meditação não pressupõe que ele considere a ação e o
engajamento fundamentais. E que ambos, para ele, devam andar de mãos dadas com a
espiritualidade. Para o Dalai, rezar é importante, mas não basta. É preciso arregaçar as mangas,
deixar de lado a preguiça e o eterno álibi da falta de tempo e agir sobre as situações. Não há
necessidade de atos heróicos nem de uma grande alteração de rotina. Afinal, segundo o Dalai, o
mundo depende mais dos pequenos do que dos grandes atos para ser transformado. Para ele, colocar
a mão na massa faz toda a diferença. É como cruzar uma ponte em uma noite gelada e ver uma
criança passando frio. Você pode se encher de pena e rezar para que a Providência faça chegar a ela
um agasalho. Pode também seguir seu caminho indignado porque o Estado não faz nada. Mas você
pode, ainda, fazer alguma coisa a respeito, que opção tem mais chances de diminuir o sofrimento
imediato daquela criança?
31. De acordo com as idéias do texto acima, julgue os itens que se seguem.
a) A espiritualidade pregada pelo Dalai Lama não abre mão da ação nem do engajamento.
b) Engajamento, para o Dalai Lama, significa aliarse a um partido político, alterar sua rotina, lutar por
um mundo melhor para todos.
c) Segundo o Dalai Lama, no processo de transformação do mundo, os pequenos gestos são mais
importantes que os grandes.
d) De acordo com a autora do texto, ao se ver uma criança passando frio ao relento, em uma noite
gelada, pode-se optar por uma das quatro coisas: atravessar a ponte sem fazer nada; condoer-se e
pedir ajuda aos Céus; reclamar do Estado, mas não fazer nada; fazer alguma coisa de prático em
benefício da criança.
Texto XX
Os dois quadros abaixo são fragmentos do poema O Mato Grosso de Goiás, de Gilberto Mendonça
Teles. Saciologia Goiana In: Nominais: Poemas. Guarapari, Nejarim, 1993, pp. 28-9.
34. Com referência aos elementos formais, temáticos e estilísticos do texto XXI, julgue os itens
subseqüentes.
a) O verbo amar, tema do poema, é sempre empregado intransitivamente, como ilustrado no título.
b) No verso 15, os vocábulos "inóspito" e "áspero" são empregados como substantivos.
c) No verso 19, verifica-se o emprego estilístico de "Este", que poderia, sem prejuízo dos mecanismos
de referencial idade do trecho, ser substituído por Esse ou Aquele.
d) No poema, o eu-lírico explora a função expressiva da linguagem.
Texto XXII
36. Assinale a opção correta a respeito do emprego das estruturas lingüísticas no texto XXII
a) Se, em lugar da palavra "coletivo" (l. 1), tivesse sido usada a expressão sinônima de todos, a forma
verbal "começa" (l. 1) deveria ter sido substituída por começam.
b) Se a expressão "o responsável" (l. 2) fosse utilizada no plural, seria obrigatória a utilização de
começam em lugar de "começa" (l. 1).
c) Nas linhas 3 e 4, se os termos "revisores, capistas, ilustradores, tradutores" fossem empregados no
singular, a forma verbal "somam" também deveria ser empregada no singular.
d) Caso a expressão "cada um" (l. 4) fosse substituída por todos, o termo "convocado" (l. 4) deveria
ser substituído por seu plural.
e) Na linha 14, a palavra "graças" está empregada no plural para concordar com "rendimentos".
37. O direito de propriedade, contudo, foi uma conquista dos escritores, responsáveis pela elaboração
do texto escrito. A luta tomou alguns séculos, _________________________ , originalmente,
tipógrafos se consideravam os senhores cio produto que vendiam; depois, editores e livreiros
reclamaram esse posto, que, ____________________ , acabou tornando-se atributo do autor.
(Idem, ihidem)
Na ordem em que aparecem, as lacunas do texto acima serão preenchidas de forma coesa e coerente
pelos termos
a) por qual e por conseguinte.
b) por que e consoante.
c) porque e todavia.
d) porquê e conquanto.
e) pelos quais e porquanto.
I - Explicando melhor: primeiro, foi a criação elos cites, depois a possibilidade de compra via rede e
agora a criação dos livros eletrônicos e de uma tecnologia de suporte para facilitar sua produção e
divulgação, além do incremento às relações editoriais.
II - Hoje, por exemplo, já existem os chamados reeditores (re-publishers), que transformam livros de
papel em livros eletrônicos e comercializam-nos via Internet.
III - Os livros eletrônicos e seus correlatos navegam no que tem sido chamado de a terceira onda da
Web. (Fragmentos adaptados de Cláudia Nina: "Idéias" In: Jornal do Brasil, 28/10/2000, p.4, com
adaptações.)
Considerando que a organização de um texto pressupõe a ordenação lógica e coerente de seus
fragmentos, assinale a opção cuja seqüência, aplicada aos fragmentos acima, atende ao referido
pressuposto.
a) I, II e III
b) I, III e II
c) II, I e III
d) II, III e I
e) III, I e II
Texto XXIII
O mercado editorial brasileiro ainda mantém um pé atrás na hora de analisar o futuro do livro
diante dos avanços tecnológicos. Conscientes do surgimento de uma nova forma de leitura, os editores
preferem evitar a euforia que tomou conta do mundo digital e garantem que o livro de papel ainda é
capaz de sobreviver por muito tempo. Mas há argumentos fortes para a expansão dos livros
eletrônicos.
(Rodrigo Alves e Cláudia Nina. “Idéias ". In. Jornal do Brasil. 28/10/2000, p. 4, com adaptações.)
39. Com base no texto XXIII, assinale a opção em que o argumento apresentado não é favorável ao
livro eletrônico.
a) O livro tradicional desaparece nas mãos do leitor, amarela, envelhece. No mundo digital, no entanto,
as páginas eternizam-se.
b) Eletronicamente, os livros ganham aparatos que facilitam a leitura e o estudo das obras, como
programas que possibilitam a criação de notas, comentários e até desenhos no corpo da leitura.
c) Os livros eletrônicos admitem a inserção de dicionários para serem consultados durante a leitura.
d) O livro eletrônico pode ser lido com o tipo de letra que o leitor desejar. Assim, quem tem problemas
de visão pode selecionar uma letra maior.
e) O livro tradicional pode ser impresso em diversos tipos de papel e permite um trabalho editorial
artístico específico, perceptível aos sentidos como a visão, o tato, o olfato e até mesmo a audição do
rumor do movimento das páginas.
Texto XXIV
40. As informações de um texto podem ser veiculadas por meio de estruturas lingüísticas diferentes,
em diferentes estilos. Assinale a opção em que a reescritura de trecho do texto XXIV, localizado nas
linhas referenciadas, está incorreta do ponto de vista gramatical ou estilístico.
a) Linhas de 1 a 3: Do ponto de vista dos escritores, os livros eletrônicos permanecem uma incógnita,
e eles defendem o livro tradicional imediatamente.
b) Linhas de 3 a 5: A escritora Lygia Fagundes Telles disse que o livro de papel não vai desaparecer
nunca. E também disse tratar-se de um contato quase erótico do leitor com o livro.
c) Linhas de 7 a 9: A autora de As meninas, que têm quatro títulos publicados na Alemanha, acredita
que o surgimento dos livros eletrônicos sejam como veredas em um grande sertão.
d) Linhas de 9 a 12: A escritora afirmou: "Antes, pensava-se que a televisão iria acabar com o rádio e
depois que a televisão iria acabar com o cinema. Nada disso aconteceu".
e) Linhas 12 a 14: Lygia concluiu dizendo que tudo o que é matéria da palavra é uma paixão; é a
nossa ponte com o próximo, seja por meio de que técnica for.
Texto XXIV
Os urubus e sabiás
"Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo
em que os bichos falavam... Os urubus, aves por na-
tureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto,
decidiram que, mesmo contra a natureza, eles have-
5 riam de se tornar grandes cantores. E para isto fun-
daram escolas e importaram professores, gargareja-
ram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e
fizeram competições entre si, para ver quais deles
seriam os mais importantes e teriam a permissão para
10 mandar nos outros. Foi assim que eles organizaram
concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de
cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se
tornar um respeitável urubu titular, a quem todos
chamam por Vossa Excelência. Tudo ia muito bem até
15 que a doce tranqüilidade da hierarquia dos urubus foi
estremecida. A floresta foi invadida por bandos de
pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários
e faziam serenatas com os sabiás... Os velhos urubus
entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles
20 convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um
inquérito. "- Onde estão os documentos dos seus
concursos?" E as pobres aves se olharam perplexas,
porque nunca haviam imaginado que tais coisas
houvessem. Não haviam passado por escolas de
25 canto, porque o canto nascera com elas. E nunca
apresentaram um diploma para provar que sabiam
cantar, mas cantavam, simplesmente...
"-Não, assim não pode ser. Cantar sem titulação
devida é um desrespeito à ordem.
30 E urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os
passarinhos que cantavam sem alvarás...
MORAL: Em terra de urubus diplomados não se
ouve canto de sabiá."
41. Julgue se os itens abaixo estão corretos quanto aos aspectos semânticos e gramaticais.
a) "Cantar sem titulação devida é um desrespeito à ordem." (ls. 28 e 29). Em tal contexto, eram
ordeiros apenas os entitulados.
b) O segmento "o rancor encrespou a testa" (ls. 19 e 20) caracteriza uma comparação como figura de
linguagem.
c) O termo "gargarejaram" (l. 6) pode ser substituído por "gargantearam" sem prejuízos de ordem
semântica.
d) A mudança topológica do adjetivo acarreta variações semânticas no segmento "Os velhos urubus"
(ls. 17 e 18) assim como em: os velhos marinheiros e marinheiros velhos.
Textos XXVI
Leia o texto a seguir e responda às questões 46 e 47.
46. A partir das idéias explícitas e implícitas no texto XXVI, julgue os itens abaixo.
a) A grande maioria das pessoas que vivem nos centros urbanos costuma receber mensagens
eletrônicas apelativas, com propagandas de instituições comerciais ou com solicitações de auxílio,
principalmente envolvendo crianças e (ou) velhos doentes.
b) A circulação de algumas mensagens, como a de se ter os "rins retirados e acordar em uma banheira
de gelo" (ls. 5 e 6), de caráter jocoso e assustador, pode partir do princípio de que alguns usuários
desse tipo de comunicação são ingênuos - acatam e divulgam, sem julgamento prévio, tudo o que
lêem.
c) Embora os destinatários possam ignorar a real procedência e a veracidade das informações da
correspondência, geralmente os remetentes últimos podem ser reconhecidos pelos recebedores que, a
partir dos dados do endereçamento, acompanham as informações de quem a enviou.
d) Segundo os especialistas, o prazer daqueles que inventam e fazem circular histórias de fundo
apelativo ou informativo é transformavam-se em destinatários das mensagens por eles próprios
criadas.
e) As melhores maneiras de se prejudicar ou impedir a expansão de um boato internético, de conteúdo
tão incerto quanto o de um boato convencional, são impedir-lhe a circulação, interrompendo o circuito
comunicacional, e apagar a mensagem.
47. Corra referência ao emprego das classes gramaticais no texto XXVI, julgue os itens a seguir.
a) Infere-se do texto que hoax (l. 2) é um substantivo usado pelos internautas para designar notícia de
fonte desconhecida, muitas vezes infundada.
b) São formas verbais flexionadas as seguintes palavras: "difamando" (l. 4), "receber” (l. 10), "consolo"
(l. 11), "impresso" (l. 13), "contorno" (l. 20) e "delete" (l. 24).
c) Considerando que certos pronomes demonstrativos relacionam-se com passagens discursivas, o
emprego de "isso" (l. 11) está inadequado: deveria ter sido usado o isto, uma vez que se está
antecipando algo que vai ser referido.
d) O adjetivo "internéticos" (l. 13) é um neologismo, composto por hibridismo do vocábulo internet com
o sufixo latino éticos.
e) Em cada uma das seguintes expressões, os constituintes nominais mantêm, entre si, quanto à
classificação gramatical, a mesma seqüência: “histórias escritas" (l. 10), "boatos internéticos" (ls. 12 e
13), "notícia verdadeira" (l. 15), "escolas norte-americanas" (l. 16), "controle internacional" (Is. 18 e 19),
"boato convencional" (l. 22) e "conteúdo duvidoso" (ls. 23 e 24).
TEXTO XXVII
Leia o texto a seguir e responda às questões 48 a 50.
Estive fazendo um levantamento de todas as
mensagens que me enviaram pela Internet, e observei
como elas mudaram a minha vida.
Primeiro, deixei de ir a bares e boates por medo
5 de me envolver com alguém ligado a alguma quadrilha
de ladrões de órgãos, com terror ele que me roubem
as córneas, arranquem-me os dois rins, ou até mesmo
esperma, deixando-me estirado dentro de unia banhei-
ra cheia degelo com uma mensagem: "Chame a emer-
10 gência ou morrerá". Em seguida, deixei também de ir
ao cinema, com medo de sentar-me em uma poltrona
com seringa infectada com o vírus da AIDS.
Depois, parei de atender o telefone para evitar
que me pedissem para digitar *9 e minha linha ser
15 clonada e eu ter de pagar unia conta astronômica.
Acabei dando o meu celular porque iriam me pre-
sentear com um modelo mais novo, de outra marca, o
que nunca aconteceu. Então, tive de comprar outro,
alas o abandonei em um canto com medo de que as
20 microondas me dessem câncer no cérebro.
Deixei de comer vários alimentos com medo
dos estrógenos. Parei de comer galinha e
hambúrgueres porque eles não são mais que carne ele
monstros horríveis sem olhos, cabeludos e cultivados
25 em um laboratório.
Deixei de ter relações sexuais por medo de com-
prar preservativos furados que me contagiem com al-
guma doença venérea. Aproveitei e abandonei o hábi-
30 to de tomar qualquer coisa em lata para não morrer
devido aos resíduos infectados pela urina de rato.
Deixei de ir aos shoppings com medo de que se-
qüestrem a minha mulher e a obriguem a gastar todos
os limites do cartão ele crédito ou coloquem alguém
35 morto no porta-malas do automóvel dela.
Eu participei arduamente em uma campanha con-
tra a tortura ele alguns ursos asiáticos que tinham a
bílis extraída, e contra o desmatamento da floresta
amazônica.
40 Fiquei praticamente arruinado financeiramente
por comprar todos os antivírus existentes para evitar
que a maldita rã da Budweiser invadisse o meu micro
ou que os Teletubies se apoderassem do meu protetor
de tela.
45 Quis fazer o meu testamento e entregá-lo ao meu
advogado para doar os meus bens para a instituição
beneficente que recebe um centavo de dólar por pes-
soa que anota seu nome na corrente pela luta da in-
dependência das mulheres no Paquistão, mas não
50 pude entregar porque tive medo de passar a língua
sobre a cola na borda do envelope e contaminar-me
com as baratas ali incubadas, segundo me haviam me
informado por e-mail.
E acabei acreditando, como se não bastasse, que
55 tudo de ruim e de injusto que me aconteceu é porque
quebrei todas as correntes ridículas que me enviaram
e acabei sendo amaldiçoado. Resultado: estou em
tratamento psiquiátrico.
48. Comparando os textos XXVI e XXVII quanto às idéias, à tipologia textual e às relações discursivas,
julgue os seguintes itens.
a) No texto XXVI, predomina a construção expositiva do tema, com o intuito de advertir o leitor acerca
dos boatos circulantes em correspondências eletrônicas; no texto XXVII, no entanto, tem-se unia
estrutura eminentemente narrativa, em que a personagem recebedora desse tipo de mensagem expõe
as limitações e os vexames passados, em decorrência de dar crédito ao conteúdo dos e-mails.
b) Com respeito ao assunto e ao enfoque dado ao tema, o texto XXVII constitui uma paráfrase,
expandida, do texto XXVI.
c) Distinta da estruturação do texto XXVI, a constituição do texto XXVII está embalada em uma
seqüência de relações de conseqüências com suas respectivas causas.
d) 0 segundo parágrafo do XXVII apresenta, por meio ele uma construção perifrástica, uma referência
direta a uma informação explícita no texto XXVI.
e) Há, em cada um dos dois textos, com referência ao conteúdo dos e-mails, alusões aos seguintes
aspectos: finalidades publicitárias, solicitação ele auxílios para casos de doenças graves, advertências
quanto à saúde, troca de mensagens de amizades, preocupação política e ecológica e ampliação das
fontes de consulta.
49. Julgue se os itens que se seguem respeitam as idéias básicas elo texto XXVII e estão
gramaticalmente corretos.
a) No que diz respeito às telecomunicações, o narrador tomou as seguintes providências: desligou o
telefone, afim de evitar que pedissem para ele a digitação de asterisco 9; doou o celular, na
expectativa de ser presenteado com um modelo mais recente; adquiriu outro aparelho por temer que
as microondas o dessem câncer no cérebro.
b) No tocante à área alimentar, o narrador parou de ingerir alguns alimentos, por medo do desequilíbrio
hormonal: outros, tais quais frango e sanduíche de carne moída, devido à aparência ou aos
constituintes orgânicos, desenvolvidos em laboratório.
c) A violência urbana é denunciada nesse tipo de mensagem, por meio da referência aos shoppings,
grandes lugares comerciais onde costumam acontecer extorsões financeiras e agressões à liberdade,
a exemplo de seqüestros e gastos ilimitados em cartões de crédito, respectivamente.
d) A preocupação com a preservação da fauna e ela flora está explícita na referência às campanhas
contrárias à existência da rã da Budweiser; aos resíduos da urina de ratos nas latas de cerveja, à
tortura da extirpação da bílis de alguns ursos asiáticos e ao desmatamento da floresta amazônica.
e) Incluindo as contribuições para a luta pela independência das mulheres paquistanesas, os boatos
foram tantos, que o narrador foi à procura de um advogado, para doar os bens materiais, e de um
tratamento psiquiátrico, para preservar a sua saúde mental.
50. Analisando as passagens do texto XXVII sob a ótica dos processos de coordenação e
subordinação, julgue os itens subseqüentes.
a) Exercem a função de complemento direto das formas verbais a elas relacionadas as seguintes
expressões: "uni levantamento" (l. 1), "alguém morto" (ls. 32 e 33), "todos os antivírus existentes" (l.
39) e "a língua" (l. 48).
b) Nos trechos "Chame a emergência" (l. 9 e 10), "pagar uma conta astronômica" (l. 15), "dessem
câncer" (l. 20) e "comprar preservativos" (Is. 25 e 26), as formas verbais não são intransitivas.
c) Os seguintes nomes têm significação incompleta e carecem de uma expansão sintática que lhes
complete o sentido: "medo" (l. 4), "infectada" (l. 12) e "hábito" (l. 27).
d) Na construção parei de comer galinha, deixei de ter relações sexuais, abandonei o hábito de
tomar qualquer coisa em lata, deixei de ir aos shoppings, entre as orações, estabelece-se uma
relação de coordenação, mas, dentro de cada oração, dá-se a subordinação dos termos.
e) Em todos os parágrafos, a função de sujeito sintático da oração inicial é marcada, flexionalmente,
pelo uso da primeira pessoa do singular, que corresponde, semanticamente, à voz do narrador.
Texto XXVIII
Leia o texto a seguir e responda às questões 51 a 53.
Objeto da moda
Um objeto estranho ameaça incorporar-se à
elegância masculina. Seu aparecimento ocorreu na Itá-
lia, e sua presença já se faz sentir em outras cidades
européias. É a maçaranduba.
5 A primeira singularidade da maçaranduba
consiste em que ela absolutamente não participa da
sorte das demais peças do equipamento humano a
que se junta. É que a maçaranduba fica perto do
vestuário, sem se ligar a ele. É ciosa de sua
10 independência ao contrário dos outros elementos que
colaboram na apresentação do homem em público.
Estes seguem conosco na condição de servos dóceis,
ao passo que ela mantém liberdade de movimentos. E
exige de nossa parte atenções especiais, sob pena de
15 abandonar-nos à primeira distração. Concorda em
fazer-nos companhia, irias sem o compromisso de
aturar-nos o dia inteiro. Dir-se-ia, mesmo, que nós é
que a acompanhamos no seu ir e vir pretensiosa pelas
ruas.
20 A maçaranduba está sempre à mostra. ostensiva
e vaidosa. Sua tendência é para assumir a liderança
do conjunto e exibir-se em evoluções fantasiosas. que
exigem certas habilidades do portador. Assim, quando
não tem o que fazer (e de ordinário não tem) descreve
25 círculos e volteios que pretendem ser graciosos em
sua gratuidade.
A maçaranduba parece ter mau gênio? Parece,
não; tem. Já o demonstrou sempre que algum
transeunte lhe despertou antipatia ou lhe recordou
30 episódios menos agradáveis. Ela não é de suportar
opiniões contrárias às suas. A falta de melhor
argumento, na polêmica, ergue-se inopinadamente,
avança como um raio e procura alcançar a parte
doutrinária alheia nos pontos mais vulneráveis, desde
35 o lombo até os óculos. Sua agressividade impulsiva
costuma levá-la à polícia, quando não se recolhe inerte
e indiferente a um canto deixando que seu portador
pague a nota dos estragos.
A maçaranduba é basicamente feita de madeira,
40 às vezes se beneficia de espécies vegetais não-
compactas, o que lhe permite estocar recursos ofensi-
vos ele grande temibilidade. Ao vê-Ia aproximar-se,
tome cuidado, pois sua ira não se satisfaz com simples
equimoses.
45 A impertinência da maçaranduba, para não dizer
arrogância, deve-se talvez ao fato de que em outras
eras foi símbolo de poder e, sob formas diversas,
esteve ligada à realeza e a seu irmão gêmeo, o
absolutismo. Em mãos governamentais, era du-
50 plamente terrível: pela contundência material e pela
espiritual.
Diga-se em favor da maçaranduba, para que o
retrato não fique excessivamente carregado, que al-
gumas espécies são inclinadas à generosidade, e se
comprazem em ajudar pessoas encanecidas ou faltas
de visão. Contudo, trata-se de exceção.
51. Em cada um dos itens seguintes, julgue se a reescritura do trecho indicado do texto XXVIII,
destacada em negrito, mantém as idéias originais desse trecho.
a) "Um objeto (...) maçaranduba." (Is. I a 4): A maçaranduba é um estranho objeto que ameaça
incorporar-se à elegância masculina: seu surgimento aconteceu na Itália, mas sua presença já se faz
sentir em outros centros europeus.
b) "A maçaranduba (...) portador." (/s. 19 a 22): A maçaranduba, ostensiva, está sempre à mostra;
vaidosa, tem a tendência de assumir a liderança, no conjunto do vestuário, e de exigir-se em
evoluções fantasiosas; exige muitas habilidades do portador.
C) "À falta (...) vulneráveis" (!s. 30 a 33): A maçaranduba é polêmica! Não suporta opiniões contrárias
às suas e, na falta de argumentos, ergue-se; avança como um raio, e procura alcançar os pontos
alheios mais vulneráveis.
d) "Sua (...) estragos." (Is. 34 a 37): Impulsiva, em sua agressividade, isso costuma levá-la à polícia:
quando não se recolhe, inerte e indiferente, a um canto; deixando que seu portador pague os estragos.
C) "A maçaranduba (...) temibilidade." (/s. 38 a 41): A maçaranduba, produzida em madeira às vezes, é
beneficiada por ser feita, também, de espécies vegetais não-compactadas, fato que permite a ela
estocar recursos ofensivos de grande temibilidade.
52. A partir da análise do vocabulário do texto XXVIII, julgue se as duas equivalências de sentido
apresentadas cru cada um dos itens abaixo satisfazem ao contexto.
a) "singularidade" (l. 5) = peculiaridade e "ostensiva" (l. 19) = ostentosa .
b) "sorte" (ls. 6 e 7) = fortuna e "ciosa" (l. 9) = zeladora.
c) "inopinadamente" (l. 31) = sem opinião e "impulsiva" (l. 34) = incontinente.
d) "doutrinária" (l. 32) = exposta e "vulneráveis" (l. 33) = frágeis.
e) "arrogância" (l. 45) = orgulho e "encanecidas" (l. 54) = encarecidas.
54. Considere que cada um dos itens constitua um parágrafo identificado por unia expressão em
negrito: esta especifica a sua função textual, com vistas à construção de um todo coerente que trata da
atuação da imprensa na vida atual. Em cada item, julgue a correção gramatical e a correspondência
entre a função do parágrafo e as idéias apresentadas nele.
a) Apresentação do assunto - A televisão, o rádio e principalmente a imprensa trazem inúmeros
benefícios à vida moderna, desde a simples função de entretenimento até as notáveis colaborações de
caráter educativo, político ou social.
b) Discussão inicial do assunto - O tempo destinado aos prazeres é uma das características da
sociedade pós-industrial. Tudo deve ser feito para dar aos homens um pouco trais de tranqüilidade e
evitar os desequilíbrios e as neuroses. E, nesse particular, a imprensa desempenha oportuno papel.
Os momentos escolhidos, por exemplo, para a leitura constituem intervalos repousantes: o descanso
após o almoço, antes de dormir; nos transportes, nas salas de espera, nos dias feriados, quando
chove etc.
c) Argumentação favorável - Essa função educativa da imprensa é exercida de diversas maneiras:
publicação de noticiário internacional, debates, editoriais, páginas especializadas e reportagens
atinentes às múltiplas atividades humanas. Muitos têm sido os acontecimentos históricos em que a
imprensa tem atuação destacada. Sua participação, inegável na orientação dos destinos de um país,
tanto nas democracias quanto nos países de regimes fortes, a ação mais delicada e decisiva da
imprensa consiste justamente na expressão e no controle da opinião pública.
d) Argumentação contrária - Pode a imprensa, eventualmente prestar-se a distorções lamentáveis, o
que só acontecem em decorrência da irresponsabilidade, com que a dirija um determinado grupo
humano. Todavia, não podemos negar paixão elo escândalo pela pura intenção de tiragem, o comércio
das emoções e as concessões às vezes excessivas a determinada faixa de público medíocre que ela
tende a aceitar tal como é. Felizmente, essa nem sempre é a regra.
e) Conclusão do texto - A imprensa, por excelência, nasceu livre e deve continuar livre. Cabendo-lhe
orientar a opinião pública, será menos desastroso o risco de errar ou distorcer os fatos que a
possibilidade ele submeter-se a uma censura poderosa. Os órgãos de imprensa devem assumir o
controle natural da responsabilidade sobre seus atos. Aliás, somente em função dessa
responsabilidade se concebem os privilégios de que geralmente goza a imprensa em uma sociedade.
Texto XXIX
56. A respeito da organização das idéias do texto XXIX, julgue os itens a seguir.
a) Na linha I, o uso do acento gráfico na forma verbal "têm" indica que, no texto, o verbo está
concordando com o sujeito simples "União".
b) Respeita-se a idéia de negação e a correção gramatical ao se substituir "nenhuma" (l. 2) por
“alguma".
c) Para respeitar as regras de pontuação, se, no lugar da expressão "uma pergunta" (l. 5), for usada a
expressão "a seguinte pergunta", então uma vírgula deve ser usada no lugar cios dois-pontos.
d) Pelo sentido textual, a forma verbal subentendida no início da oração "A justiça, administrar a
Justiça" (Is. 8 e 9) é "Seria".
e) O pronome "isso" (l. 9) tem a função textual de retomar e resumir as idéias expressas pela pergunta
das linhas de 5 a 8.
57. No texto XXIX, a correção sintática do período "Se o Estado abdicar de uma dessas funções, ele
simplesmente deixa de ser Estado" (ls. 9 a 11) será mantida se suas formas verbais "abdicar" e “deixa"
forem substituídas, respectivamente, por "abdicasse" e
a) deixará.
b) deixaria.
c) deixasse.
d) iria deixar.
e) terá deixado.
Texto XXX
58. No texto XXX, o objeto da denúncia da Anistia Internacional é explicitado de várias maneiras. Em
cada um dos itens abaixo, julgue se o trecho destacado corresponde ao objeto da denúncia.
a) "à prática (...) de torturas e execuções por esquadrões da morte" (ls. 1 a 3)
b) "violações aos direitos humanos" (l. 5)
c) "atentados contra a dignidade e incolumidade física das pessoas" (Is. 11 e 12)
d) "legalidade democrática" (Is. 13 e 14)
e) "desrespeitos às prerrogativas humanas da pessoa" (ls. 17 e 18).
59. Quanto à correção gramatical e à preservação dos sentidos textuais do texto XXX, seria correto
substituir
a) "modo algum" (l. 3) por algum modo.
b) "as violações aos" (ls 4 e 5) por violar aos.
c) "já lá se vão" (l. 10) por há.
d) "têm diminuído" (l. 12) por diminuiu.
e) "humanas da pessoa" (l.18 ) por das pessoas humanas.
Texto XXXI
60. Quanto às estruturas sintáticas empregadas no texto XXXI, julgue os itens que se seguem.
a) A oração principal do primeiro parágrafo do texto é "o que nos oferece o terror?" (l. 5 e 6).
b) A primeira oração do texto expressa uma circunstância, no caso, unia condição.
c) Pelas ligações sintáticas, subentende-se a idéia da expressão "Se o delírio capitalista" no início da
segunda oração do texto.
d) Seria correto o deslocamento da oração destacada por vírgulas nas linhas de 10 a 12 para
imediatamente após "que" (l. 12), mantendo-a entre vírgulas.
e) Mantém-se o sentido textual se as duas orações sintaticamente independentes iniciadas na linha
(l.15) por "Omissão" e por "Incapacidade" forem unidas pela conjunção e.
61. A respeito dos mecanismos de coerência c coesão na argumentação do texto XXXI, julgue os itens
a seguir.
a) Iniciar o texto por unia pergunta constitui um defeito de argumentação, que deve ser evitado porque
levanta uma expectativa não-respondida textualmente.
b) O raciocínio iniciado por "Haverá quem diga" (l. 7) representa a tese, a idéia a ser defendida pelo
autor.
c) Em "a que fornos construindo" (ls. 12 e 13), o termo sublinhado refere-se a "ordem vigente no
mundo" (l. 10).
d) A resposta a "Corno teta sido a construção? (Is. 13 e 14) é dada, até o final do texto, na forma de
uma enumeração de argumentos iniciados por substantivos.
e) O texto sustenta sua tese em citações indiretas das idéias de outros pensadores ou autores.
(Idem, ibidem.)
63. Julgue os itens seguintes com relação à organização das idéias no texto acima.
a) A expressão "o mesmo mau" (l. 5) remete a "magnificamente" (l. 2).
b) Subentende-se "Confúcio" corno sujeito de "Alertava" (l. 5).
”
c) Nas linhas 5 e 6, a concordância ele "alertas com "devemos" é gramaticalmente opcional: aí
também é possível empregar alerta.
d) Nas linhas 7 e 8, a relação morfológica entre e "vileza" é semelhante à que existe entre torpe e
torpeza e entre triste e tristeza.
e) Na linha 10, as duas ocorrências consecutivas de "eleva" estão gramaticalmente corretas.
Texto XXXIII
64. A respeito das estruturas lingüísticas do texto acima, julgue os itens subseqüentes.
a) Nas linhas 2 e 3, a forma verbal “sustentavam" está empregada no plural porque eleve concordar
com "fundadores".
b) Pelo caráter explicativo da oração, seria correto incluir a expressão que era imediatamente antes de
"constituída" (l. 4).
c) O emprego da inicial maiúscula na palavra "Estado" (l. 6) constitui uma violação das regras
gramaticais, uma incoerência, já que a ocorrência na linha 5, no plural, inicia-se por minúscula.
d) Na linha 7, o pronome "cujas" corresponde a em que e refere-se a "Estado".
e) O emprego textual de "últimos" (l. 8) significa que o Estado e o Direito vêm antes dos seres
humanos e são mais importantes que eles.
GABARITO COMENTADO
Texto I
Questão 1
Itens certos: (a), (d)
Itens errados: (b), (c), (e)
(b) As expressões assim, extravagante e desconfiado indicam elementos descritivos.
(c) Representam índice de narrador - onisciente: "Que lembrança" e "olhou a mulher, desconfiado, ..."
(e) A expressão traduz a idéia de alucinado, desvairado.
Textos II e III
Questão 2
Itens certos: (a), (b), (c), (d)
Item errado: (e)
(e) A vida idealizada aparece no texto II.
Questão 3
Itens certos: (a), (b)
Itens errados: (c), (d), (e)
(c) O vocábulo por introduz complemento verbal - objeto indireto.
(d) A função poética está presente no texto II.
(e) A expressão "desde que" estabelece idéia de condição.
Texto IV
Questão 4
Itens certos: (a), (b), (e)
Itens errados: (c), (d)
(c) Trata-se de contradição, conforme as linhas 11 e 16 a 17, não há igualdade na distribuição da
renda.
(d) Representa contradição. Dos 174 países pesquisados.
Texto V
Questão 5
Itens certos: (b), (e)
Itens errados: (a), (c), (d)
(a) O texto apresenta o diálogo entre Arc, o marciano, e o habitante da Terra.
(e) Na passagem, há erro de concordância na expressão: os povos judeus e o palestino. Seria correto
se tivéssemos os povos judeu e palestino.
(d) O emprego dos vocábulos umas, pessoalmente e nada na posição em que estão altera o sentido
do texto.
Texto VI
Questão 6
Itens certos: (b), (c), (d), (e)
Item errado: (a)
(a) Houve alteração do sentido a partir do deslocamento do vocábulo "necessidade".
Texto VII
Questão 7
Itens certos: (a), (b), (c), (e)
Item errado: (d)
(d) Não há no texto tom niilista.
Questão 8
Itens certos: nenhum
Itens errados: todos
(a) O sujeito não pode aparecer preposicionado.
(b) Haveria um solecismo de concordância - o verbo deve concordar com o sujeito em número e
pessoa.
(c) O verbo haver é impessoal e deverá ficar no singular.
(d) Não se utiliza o acento indicativo de crase antes de palavras no masculino.
(e) Introduz idéia de explicação.
Questão 9
Item certo: (b)
Itens errados: (a), (c), (d), (e)
(a) Houve desvio gramatical no emprego do vocábulo Porque e deslocamento dos vocábulos "simples"
e equivalentes - altera o sentido do texto.
(c) Segundo o texto: estaríamos falando o indu-curopeu e o próprio português não existia.
(d) O emprego do vocábulo "privado" altera o sentido do texto.
(e) O emprego da forma verbal "dominariam" altera o sentido do texto.
Texto VIII
Questão 10
Itens certos: (b), (e)
Itens errados: (a), (c), (d)
(a) Houve alteração de sentido e erro gramatical ao utilizar na mão e com o número. Observe a
estrutura do texto.
(c) Observe o texto original - houve deslocamento do vocábulo principal.
(d) O texto não cita a expressão: a melhor alternativa para espantar assaltantes.
Texto IX
Questão 11
Resposta: c
Item certo: (I)
Itens errados: (II), (III), (IV)
II - A idéia gira em torno do lançamento da cartilha.
III - O texto não se refere à população, mas às empresas.
IV - A informação não está contida no texto.
Texto X
Questão 12
Resposta: c
Itens certos: (I), (II), (IV)
Itens errados: (III), (V)
III - Não houve no texto utilização de tom irônico.
IV - O índice de subjetividade manifestou-se a partir das expressões: ... "transfira-se em mutações
fantásticas..." "A vegetação recama de flores..."
Texto XI
Questão 13
Resposta: c
Itens certos: (I), (III), (IV)
Itens errados: (II) e (V)
II - Predomina no texto a função referencial ou informativa.
V - No último parágrafo representa a proposta de João Metello de Matos.
Questão 14
Resposta: a
Todos os itens estão errados.
I - O texto não estabelece relação entre redução de recursos hídricos e o preço da água engarrafada.
II - Trata-se de extrapolação. O texto menciona que o crescimento de água engarrafada está
associado ao processo de conscientização da população. Vide terceiro parágrafo.
III - Trata-se de extrapolação das idéias do texto. Veja as linhas 41 a 48.
IV - A sugestão pertence a João Metello de Matos e não ao articulador do texto.
Questão 15
Resposta: a
Item certo: (V)
Itens errados: (I), (II), (III), (IV)
I - O pronome este refere-se a algo a ser dito no texto.
II - O pronome eles refere-se aos residentes do estado.
III - "Vultoso" equivale a volumoso, e "vultuosorefere-se à vermelhidão da face.
IV - O acento indicativo de crase na passagem é obrigatória.
Questão 16
Resposta: a
Item correto: (IV)
Itens errados: (I), (II), (III), (V)
I - O texto diz que os suprimentos são insuficientes.
II - De acordo com o texto alguns fabricantes lançaram-se na conquista de uma fatia no mercado.
III - Conforme o texto, há idéia de suposição em relação à passagem.
V - Segundo o texto "A Turquia construiu uma plataforma semelhante às de petróleo... .
Texto XII
Questão 17
Itens certos: (a), (d), (e)
Itens errados: (b) (c)
(b) Percebe no texto exemplos de linguagem conotativa. Observe as linhas 1 a 4; 50 a 55.
a
(c) Percebe-se no texto o índice de subjetividade a partir do emprego da 1 pessoa do plural.
Questão 18
Item certo: (c)
Itens errados: (a), (b), (d), (e)
(a)Trata-se de extrapolação. Observe os três últimos parágrafos do texto.
(b) A idéia central gira em torno do conflito - "Terceira Guerra Mundial".
(d) A permuta das formas verbais "desencadear" e "faltou" altera o sentido do texto original.
(e) O texto não menciona que a guerra tenha vindo num momento enigmático.
Questão 19
Itens certos: (a), (b)
Itens errados: (c), (d), (e)
(c) Quando temos a palavra se como índice de indeterminação do sujeito, o verbo deverá ficar na
terceira pessoa do singular.
(d) Na expressão a combinação entre bastantes... a mais constitui exemplo de pleonasmo vicioso.
(e) O vocábulo "sozinho" concorda com o substantivo a que se refere.
Questão 20
Item certo: (b)
Itens errados: (a), (c), (d), (e)
(a) A estrutura oracional em questão é de natureza explicativa.
(c) O verbo deverá concordar com o sujeito composto, permanecendo no plural.
(d) Quanto à concordância nominal, se o artigo for utilizado no plural ele não se repete na estrutura lin-
güística:
Os esfarrapados palestinos e afegão. O esfarrapado palestino e afegão.
(e) O vocábulo meio é advérbio, portanto, permanece invariável.
Texto XIII
Questão 21
Itens certos: (b), (c), (d)
Itens errados: (a), (e)
(a) Percebe-se a função conativa ou apelativa.
(e) Ao longo do texto houve o emprego de elementos coesivos: preposições e conjunções.
Questão 22
Itens certos: (a), (d)
Itens errados: (b), (c), (e)
(b) Há nos textos alusão ao lado mais fraco da sociedade.
(c) Os textos não apresentam idéias contrárias entre si.
(e) Os textos não abordam efeitos da destruição provocados pela guerra.
Texto XIV
Questão 23
Itens certos: (c), (e)
Itens errados (a), (b), (d)
(a) Os filmes representam exemplo de uma inversão de valores. Linhas 22 e 23.
(b) As expressões referem a elementos explicitados no texto. Vejam as linhas 5 a 12.
(d) O deslocamento da oração adjetiva altera o sentido do texto.
Questão 24
Itens certos: (a), (b), (c), (e)
Item errado: (d)
(d) O texto não faz alusão à anorexia. Observe as linhas 37 a 40.
Textos XV e XVI
Questão 25
Itens certos: (b), (d)
Itens errados: (a), (c)
(a) O narrador mostra-se favorável ao comportamento do homem flagelado.
(c) No segundo ocorre o predomínio do índice descritivo.
Questão 26
Item certo: (a)
Itens errados: (b), (c), (d), (e)
(b) O termo classifica-se como predicativo do sujeito.
(c) Estabelece idéia de modo.
(d) "O homem" desempenha o papel de complemento verbal.
(e) As expressões destacadas são adjuntos adnominais.
Texto XVII
Questão 27
Itens certos: (a), (b), (c), (d), (e)
Questão 28
Itens certos: (c), (d)
Itens errados: (a), (b)
(a) A expressão "ânfora" representa "o ser transbordante de amor".
(b) A expressão "de perto" funciona como adjunto adverbial da forma verbal - passar.
Texto XVIII
Questão 29
Itens certos: (b), (c)
Itens errados: (a), (d), (e)
(a) A posição do escritor nigeriano Soyinka não é de natureza ambígua, porque condena
veementemente o emprego da violência por ambas as partes.
(d) Para o autor, serviu de "reservatório de consciência" e missão para os escritores.
(e) Trata-se de extrapolação. O texto não faz referência e esse pedido de apoio.
Questão 30
Todos os itens estão errados.
(a) "Elo de ligação" representa um pleonasmo vicioso. Há também solecismo de regência nominal pela
ausência de preposição de em (...) fato que (...)
(b) Houve erro de colocação pronominal. Como o verbo está no futuro do pretérito, teríamos a forma:
Dir-se-ia (mesóclise).
(c) No contexto, dever-se-ia empregar o homônimo mal (substantivo).
(d) A supressão do trecho entre travessões acarreta modificações na estrutura semântica do texto.
Texto XIX
Questão 31
Itens certos: (a), (c)
Itens errados: (b), (d)
(b) Para Dalai Lama, engajamento não se vincula necessariamente à política partidária.
(d) De acordo com articulador do texto, pode-se optar por três posturas, portanto devemos excluir o pri-
meiro elemento de enumeração proposta no item.
Texto XX
Questão 32
Itens certos: (b), (d)
Itens errados: (a), (c)
(a) O texto denuncia a ausência de preocupação ecológica no Estado de Goiás.
(c) A relação entre os dois quadros produz progressividade temática temporal, portanto sugere a
devastação da vegetação abundante do século XVIII.
Texto XXI
Questão 33
Itens certos: (c), (d), (e)
Itens errados: (a), (b)
(a) No texto, o eu-lírico tematiza o amor incondicional, o que, aliás, é incoerente com a imagem de um
parceiro idealizado.
(b) A expressão constitui exemplo de linguagem conotativa.
Questão 34
Itens certos: (b), (d)
Itens errados: (a), (c)
(a) Em ocorrência como "amar o que o mar traz à praia", o verbo amar é transitivo direto.
(c) O pronome "Este" refere-se a algo a ser dito - natureza catafórica. Os pronomes "esse" ou "aquele"
remetem a algo já mencionado - natureza anafórica.
Texto XXII
35. a
36. d
37. c
38.e
Texto XXIII
39. e
Texto XXIV
40. c
Texto XXV
41. E, E, E, E
42. E, E, E, E
43. C, C, C, E
44. E, E, C, E, E
45. C, C, C, E, E, C
Texto XXVI
46. E, C, C, C, C
47. C, E, C, E, C
Texto XXVII
48. C, E, C, C, E
49. E, E, E, E, E
50. C, C, C, C, C
Texto XXVIII
51. C, E, E, E, E
52. C, E, E, C, E
53. E, C, C, E, C
54. C, C, E, E, C
Texto XXIX
55. E, C, E, C, C
56. E, C, E, C, C
57. E, C, E, C, E
Texto XXX
58. C, C, C, E, C
59. E, E, C, E, E
Texto XXXI
60. C, C, C, C, C
61. E, E, C, C, E
62. C, C, E, E, E
Texto XXXII
63. C, C, E, C, C
Texto XXXIII
64. E, C, E, E, E
TIPOLOGIA TEXTUAL
Texto
Em um cinema, um fugitivo corre desabaladamente por uma floresta fechada, fazendo zigue-
zagues. Aqui tropeça em uma raiz e cai, ali se desvia de um espinheiro, lá transpõe um paredão de pedras
ciclópicas, em seguida atravessa uma correnteza a fortes braçadas, mais adiante pula um regato e agora
passa, em carreira vertiginosa, por pequena aldeia, onde pessoas se encontram em atividades rotineiras.
Neste momento, o operador pára as máquinas e tem-se na tela o seguinte quadro: um homem (o
fugitivo), com ambos os pés no ar, as pernas abertas em larguíssima passada como quem corre, um
menino com um cachorro nos braços estendidos, o rosto contorcido pelo pranto, como quem oferece o
animalzinho a uma senhora de olhar severo que aponta uma flecha para algum ponto fora do
enquadramento da tela; um rapaz troncudo puxa, por uma corda, uma égua que se faz acompanhar de um
potrinho tão inseguro quanto desajeitado; um pajé velho, acocorado perto de uma choça, tira baforadas de
um longo e primitivo cachimbo; uma velha gorda e suja dorme em uma já bastante desfiada rede de
embira fina, pendurada entre uma árvore seca, de galhos grossos e retorcidos e uma cabana recém-
construída, limpa, alta, de palhas de buriti muito bem amarradas...
Exercícios de fixação
Classifique os exercícios a seguir como predominantemente narrativos, descritivos ou dissertativos.
II. Subúrbio
O subúrbio de S. Geraldo, no ano de 192..., já misturava ao cheiro de estrebaria algum
progresso. Quanto mais fábricas se abriam nos arredores, mais o subúrbio se erguia em vida própria
sem que os habitantes pudessem dizer que a transformação os atingia. Os movimentos já se haviam
congestionado e não se poderia atravessar uma rua sem deixar-se de uma carroça que os cavalos
vagarosos puxavam, enquanto um automóvel impaciente buzinava lançando fumaça. Mesmo os
crepúsculos eram agora enfumaçados e sanguinolentos. De manhã, entre os caminhões que pediam
passagem para a nova usina, transportando madeira e ferro, as cestas de peixe se espalhavam pela
calçada, vindas através da noite de centros maiores.
(LISPECTOR, Clarice. A cidade sitiada. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1982. p. 13.)
IV.
.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada em 1948 pela Assembléia-Geral das
Nações Unidas, manteve-se silente em relação aos direitos econômicos, sociais e culturais, o que era
compreensível pelo momento histórico de afirmação plena dos direitos individuais.
V.
"Depois do almoço, Leôncio montou a cavalo, percorreu as roças e cafezais, coisa que bem
raras vezes fazia, e ao descambar do Sol voltou para casa, jantou com o maior sossego e apetite, e
depois foi para o salão, onde, repoltreando-se em macio e fresco sofá, pôs-se a fumar tranqüilamente
o seu havana."
VI.
"Os encantos da gentil cantora eram ainda realçados pela singeleza, e diremos quase pobreza
do modesto trajar. Um vestido de chita ordinária azulclara desenhava-lhe perfeitamente com
encantadora simplicidade o porte esbelto e a cintura delicada, e desdobrando-se-lhe em rodas amplas
ondulações parecia uma nuvem, do seio da qual se erguia a cantora como Vênus nascendo da
espuma do mar, ou como um anjo surgindo dentre brumas vaporosas."
VII.
"Só depois da chegada de Malvina, Isaura deu pela presença dos dois mancebos, que a certa
distância a contemplavam cochichando a respeito dela. Também pouco ouvia ela e nada compreendeu
do rápido diálogo que tivera lugar entre Malvina e seu marido. Apenas estes se retiraram ela também
se levantou e ia sair, mas Henrique, que ficara só, a deteve com um gesto."
VIII.
"Bois truculentos e nédias novilhas deitadas pelo gramal ruminavam tranqüilamente à sombra
de altos troncos. As aves domésticas grazinavam em torno da casa, balavam as ovelhas, e mugiam
algumas vacas, que vinham por si mesmas procurando os currais; mas não se ouvia, nem se divisava
voz nem figura humana. Parecia que ali não se achava morador algum."
(GUIMARAES, Bernardo. A escrava Isaura. 17ª ed., São Paulo, Ática, 1991.)
IX.
A demissão é um dos momentos mais difíceis na carreira de um profissional. A perda do
emprego costuma gerar uma série de conflitos internos: mágoa, revolta, incerteza em relação ao futuro
e dúvidas sobre sua capacidade. Mesmo sendo uma possibilidade concreta na vida de qualquer
profissional, somos quase sempre pegos de surpresa pela notícia.
X.
Não basta a igualdade perante a lei. É preciso igual oportunidade. E igual oportunidade implica
igual condição. Porque, se as condições não são iguais, ninguém dirá que sejam iguais as
oportunidades.
XI.
"A palavra nepotismo foi cunhada na Idade Média para designar o costume imperial dos
antigos papas de transformar sobrinhos e netos em funcionários da Igreja. Meio milênio depois, tais
hábitos se multiplicaram na administração pública brasileira. Investidos em seus mandatos, os
deputados de Brasília chamam a família para assessorá-los, como se fossem levar problemas
domésticos, e não os da comunidade, para o plenário."
GABARITO
I – Narrativo
II – Descritivo
III - Dissertativo-Argumentativo
IV - Dissertativo
V – Narrativo
VI – Descritivo
VII – Narrativo
VIII – Descritivo
IX – Dissertativo
X – Dissertativo
XI - Dissertativo-Informativo
ORTOGRAFIA OFICIAL
Sílaba inicial e > usa-se x - exame, exemplo, exímio, êxodo, exumar ...
Exceções: esôfago, esotérico, (há também exotérico)
Sílaba inicial i > usa-se s - isento, isolado, Isabel, Isaura, Isidoro ...
b) No segmento final da palavra (sílaba ou sufixo), pode ser representado pelas letras z e s:
1) letra z - se o fonema /z/ não vier entre vogais:
az, oz - (adj. oxítonos) audaz, loquaz, veloz, atroz ...
iz, uz - (pal. oxítonas) cicatriz, matriz, cuscuz, mastruz ...
Exceções: anis, abatis, obus.
ez, eza - (subst. abstratos) maciez, embriaguez, avareza ...
c) Verbos:
Terminação izar - derivados de nomes sem "s" na última sílaba:
utilizar, avalizar, dinamizar, centralizar ...
- cognatos (derivados com mesmo radical) com sufixo "ismo":
(batismo) batizar - (catecismo) catequizar ...
e) Depois de ditongos:
letra s - lousa, coisa, aplauso, clausura, maisena, Creusa ...
b) depois de ditongos:
caixa, ameixa, frouxo, queixo ...
Exceção: recauchutar.
2. Letra c (ç)
a) nos sufixos:
barcaça, viração, cansaço, bonança, roliço.
b) depois de ditongos:
louça, foice, beiço, afeição.
c) cognatas com "t":
exceto > exceção - isento > isenção.
d) derivações do verbo "ter":
deter > detenção, obter > obtenção.
3. Letra s / ss
Nas derivações, a partir das terminações verbais:
ender pretender > pretensão;
ascender > ascensão.
ergir imergir > imersão;
submergir > submersão.
erter inverter > inversão;
perverter > perversão.
pelir repelir > repulsa;
compelir > compulsão.
correr discorrer > discurso;
percorrer > percurso.
ceder ceder > cessão;
conceder > concessão.
gredir agredir > agressão;
regredir > regresso.
primir exprimir > expressão;
comprimir > compressa.
tir permitir > permissão;
discutir > discussão.
EXERCíCIOS E QUESTÕES DE CONCURSOS
Falso / verdadeiro
Todas as palavras estão corretas:
1. ( ) ananás, loquaz, vorás, lilaz;
2. ( ) freguês, pequenez, duquesa, rijeza;
3. ( ) encapusado, cuscus, pirezinho, atroz;
4. ( ) azia, asilado, azinhavre, azedo;
5. ( ) guiso, aviso. riso, graniso;
6. ( ) extaziar, gase, ojeriza, deslisar;
7. ( ) valize, deslize, varize, garnizé;
8. ( ) batizar, catequizar, balizar, bisar;
9. ( ) papisa, balásio, ginásio, episcopisa;
10. ( ) maisena, deslizar, revezar, pequinês;
11. ( ) azoto, ozônio, atrasado, esotérico;
12. ( ) Izabel, Neuza, Souza, Isidoro;
13. ( ) passoca, ajiota, cafuso, enchurrada;
14. ( ) albatroz, permição, interceção, puz;
15. ( ) logista, gerimum, gibóia, pajem;
16. ( ) retrós, algoz, atroz, ilhós;
17. ( ) pretencioso, êxodo, baliza, aziago;
18. ( ) embaixatriz, sacerdotisa, coriza, az;
19. ( ) enxarcado, enxotar, enxova, enxido;
20. ( ) discussão, aversão, ajeitar, gorjear;
21. ( ) sarjeta, pajem, monje, argila;
22. ( ) tigela, rijeza, rabugento, gesto;
23. ( ) ascenção, obscessão, massiço, sucinto;
24. ( ) pixe, flexa, xispa, xucro;
25. ( ) cachumba, esguixo, lagarticha, toxa.
Múltipla escolha
26. Assinale a opção onde há erro no emprego do dígrafo sc:
a) aquiescer; d) florescer;
b) suscinto; e) intumescer.
c) consciência;
27. Assinale o vocábulo cuja lacuna não deve ser preenchida com "i":
a) pr___vilégio; d) cum___eira;
b) corr___mão; e) cas___mira.
c) d___senteria;
GABARITO
1.F 7.F 13.F 19.F 25.F
2.V 8.V 14.F 20.V 26.B
3.F 9.F 15.F 21.F 27.D
4.V 10.V 16.V 22.V 28.A
5.F 11.V 17.F 23.F 29.B
6.F 12.F 18.V 24.F 30.C
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
TERMINAÇÕES
TONICIDADE e(es em(en outras(
a(as) o(os)
) s) *)
X X X X não
1. Oxítonas
2. Monossílabas
X X X não não
tônicas
4. Proparoxítonas X X X X X
Exemplos:
Oxítonas: araçá, lilás, dendê, revés, paletó, retrós, porém.
Monossílabas tônicas: trás, lá, fé, rés, mês, pó, cós, dá-lo.
Paroxítonas: útil, éden, âmbar, tórax, bíceps, álbum, ímã, sótão, júri.
Proparoxítonas: friíssimo, ínterim, anátema, bávaro, álibi, período.
Observações:
1. Veja que só não são acentuadas as paroxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em(ens).
2. Alguns gramáticos, entre eles Celso Cunha, baseados no Formulário Ortográfico de 1943,
consideram proparoxítonos os vocábulos terminados em ditongos crescentes, como glória, série,
sábio, água, tênue, mágoa, gêmeo, etc.
2) Hiatos
8
a) Hiato êe - ocorre na 3 pessoa do plural dos verbos.
dar - dêem ver - vêem
ler - lêem crer - crêem
Observação:
O mesmo ocorre com derivados desses verbos: desdêem, prevêem, antevêem, provêem, relêem,
descrêem, etc.
3) Acento Diferencial:
a) vocábulos tônicos pára, pêlo(s), pêra, pêlo(a)(as), péra, pôr, pôde, pêlo(s), pólo(s), póla(s), pôla(s),
ás, côa(s).
Múltipla escolha
11. Há um vocábulo que não pode ser acentuado:
a) xadrez; b) faisca; c) oasis; d) por.
12. Assinale o item em que todas as palavras estão acentuadas corretamente e pela mesma regra:
a) juíza, período, friíssimo, possuía;
b) mistério, pônei, tínheis, andróide;
c) caráter, uréter, míster, fêmur;
d) pôde, pêlo, pára, pólo;
e) péla, côa, pêras, ás.
13. Há apenas uma palavra incorreta:
a) celulóide, chá, chafariz, itens;
b) camponês, capuz, cãimbra, ímã;
c) di-lo, fê-lo, dá-los, fá-lo-íeis;
d) Cássio, Vânia, Carmen, Andréa;
e) qüinqüagésimo, qüota, cinqüenta, qüão.
19. Assinale a seqüência em que todas as palavras são acentuadas em obediência à mesma regra:
a) alguém - afável - açúcar - também;
b) chapéu - heróico - último - próximo;
c) egoísta - faísca - cafeína - viúvo;
d) estréia - família - imóvel - espontâneo.
GABARITO
1. V 5. V 9. F 13 .B 17. A
2. V 6. V 10. F 14. A 18. C
3. F 7. F 11. A 15. D 19. C
4. F 8. V 12. D 16. B 20. B
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS
MORFOLOGIA
O estudo das palavras, quanto a sua espécie, quer dizer, a morfologia, leva em conta a
natureza de cada palavra: como se comporta, como se flexiona em gênero, número e grau. Em
português, há dez categorias, espécies de palavras, que chamamos de classe gramatical. Cada classe
gramatical possui sua peculiaridade. As classes são divididas em variáveis e invariáveis. São variáveis:
substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo. As invariáveis são: advérbio, preposição,
conjunção e interjeição.
SUBSTANTIVO
É a palavra que usamos para nomear os seres, os inanimados, os sentimentos, enfim, nomeia
todos os seres em geral. Os substantivos são classificados em:
a) COMUNS E PRÓPRIOS
Comuns são os substantivos que indicam todos os seres da mesma espécie.
Próprios são os substantivos que indicam exclusivamente um elemento da espécie.
Exemplos:
mãe, terra, água, respostas – comuns
João, França, Marta, Rex - próprios
b) CONCRETO E ABSTRATO
Concreto é aquele que se refere ao ser propriamente dito, ou seja, os nomes das pessoas,
das ruas, das cidades, etc.
Abstrato é aquele que se refere a qualidades (bravura, mediocridade); sentimentos
(saudades, amor, ódio); sensações (dor, fome); ações (defesa, resposta); estados (gravidez,
maturidade).
Exemplos:
mulher, gato, Paulo – concretos
doença, vida, doçura - abstratos
c) PRIMITIVO E DERIVADO
Primitivo é aquele que dá origem a outras palavras da mesma família.
Derivado é aquele que foi gerado por outra palavra.
Exemplos:
Ferro, Terra, Novo- primitivos
ferreiro, subterrâneo, novidade - derivados
d) SIMPLES E COMPOSTO
Simples é aquele que possui apenas uma forma gráfica.
Composto é aquele que possui mais de uma forma gráfica.
Exemplos:
couve, alto, perna – simples
couve-flor, alto-falante, pernalonga - compostos
e) COLETIVO
Refere-se ao conjunto dos seres.
Exemplos:
bois - manada
ilhas - arquipélago
PRINCIPAIS COLETIVOS
abelhas ............................................... colméia
assembléia religiosa ........................... sínodo
astros ................................................. constelação
barcos ................................................ arriçada, frota
bois .................................................... armento, armentio
burros ................................................ burrama
cabelos .............................................. madeixa, chumaço
cabras ................................................ fato
cães ................................................... matilha
camelos ............................................. cáfila
caranguejos ....................................... mexoalha
cardeais ............................................. consistório, conclave
cebolas .............................................. réstia
cônegos ............................................. cabido
deputados .......................................... congresso, câmara
dogmas .............................................. doutrina
escritores ........................................... plêiade
espigas .............................................. atilho, ganela
feixes ................................................. farrucho, fascículo
gado .................................................. armentio
hinos ................................................. hinário
imigrantes ..............……………......... leva, colônia
irmãos ..............………………........... irmandade
javalis ..............………………............ encame
ladrões .........………………….......... quadrilha, caterva
leis .........................………………..... código
lobos ..............……………................ alcatéia
mapas ...................…………............ Atlas
montanhas ………………................. serra, cordilheira
ovelhas ..........……………................ chafardel
peixes .................……………........... cardume
porcos ...........…………....................vara
questões ............………………........ questionários
rãs ............……………….................. ranário
sábios ......……………...................... academia
sinos .............……………................. carrilhão
tolices ..............…………….............. acervo
trapos ................………………......... mancalho
tripas ....................………………...... maranho
uvas .....................…………….......... cachos
vacas .................……………............ manada
vadios .........………………................ cambada
FLEXÃO NOMINAL
O substantivo pode flexionar-se em gênero, número e grau.
A flexão em gênero é a mudança de feminino para masculino nas palavras. Essa mudança
ocorre pela desinência de gênero a; por exemplo: gato /gata.
Contudo, há ainda outras formas de flexionarmos em gênero:
a) Terminações em: esa / isa / ina / essa / iz:
maestro - maestrina
ator – atriz
visconde – viscondessa
embaixador – embaixatriz
profeta – profetisa
c) Comum de dois gêneros - Referem-se a pessoas; são substantivos que apresentam uma
única forma. O artigo é que distinguirá o gênero.
Exemplos: o colega l a colega o cliente l a cliente
Alguns substantivos mudam sua significação ao mudarem de gênero; eis alguns mais
importantes:
o baliza (soldado) a baliza (marco)
o cabeça (chefe) a cabeça (parte do corpo)
o capital (dinheiro) a capital (cidade)
o guia (pessoa) a guia (documento)
o rádio (aparelho) a rádio (estação receptora)
o coral (grupo / cor) a coral (cobra)
o lente (professor) a lente (vidro de aumento)
Obs.: Eis alguns substantivos que muitos confundem seu gênero: o telefonema, a personagem, o
diabete, o tapa, o dó (pena), a omoplata, o suéter, o champanha, o lança-perfume, o eclipse.
Os substantivos são flexionados em número: singular e plural. O singular é marcado pela
ausência do s (desinência de número) e o plural, pela presença do s. Existem outras regras que
norteiam a flexão de número.
1) O plural dos substantivos terminados em vogal ou ditongo forma-se pelo acréscimo de s ao singular.
Singular I Plural
abacaxi abacaxis
jê jês
álcali álcalis
jiló jilós
babalaô babalaôs
liceu liceus
boi bois
mão mãos
café cafés
órgão órgãos
degrau degraus
rei reis
grau graus
tiziu tizius
guaraná guaranás
troféu troféus
herói heróis
urubu urubus
Incluem-se nesta regra os substantivos terminados em vogal nasal. Como a nasalidade das
vogais e, i, o e u, em posição final, é representada graficamente por m e não se pode escrever ms,
muda-se o m em n. Assim: virgem faz no plural virgens, pudim faz pudins, tom faz tons, atum faz
atuns.
Observações:
1ª) Neste grupo incluem-se os monossílabos tônicos chão, grão, mão e vôo, que fazem no plural
chãos, grãos, mãos e vôos.
2ª) Artesão, quando significa "artífice", faz no plural artesãos; no sentido de "adorno arquitetônico", o
seu plural pode ser artesãos ou artesões.
3ª) Para alguns substantivos finalizados em ão, não há ainda uma forma de plural definitivamente
fixada, notando-se, porém, na linguagem corrente, uma preferência sensível pela formação mais
comum, em ões.
É o caso dos seguintes:
Singular I Plural
alãos alão - alões – alães
ermitão ermitãos - ermitões - ermitães
alazão alazões – alazães
hortelão hortelãos - hortelões
aldeãos aldeão - aldeões – aldeães
refrão refrões - refrãos
anão anãos – anões
rufião rufiães - rufiões
anciãos ancião – anciões – anciães
sultão sultões – sultãos - sultães
castelão castelãos – castelões
truão truães - truões
corrimão corrimãos – corrimões
verão verões - verãos
deão deães – deões
vilão vilãos - vilões
Observações:
1ª) Corrimão, como composto de mão, deveria apresentar apenas o plural corrimãos; a existência de
corrimões explica-se pelo esquecimento da formação original da palavra.
2ª) A lista destes plurais vacilantes poderia ser acrescida com formas como charlatões, cortesões,
guardiões e sacristãos, que coexistem com charlatães, cortesãos, guardiães e sacristães, as preferidas
na língua culta.
3ª) Os substantivos terminados em r, z e n formam o plural pelo acréscimo de es ao singular.
Singular I Plural
abdômen abdômenes
feitor feitores
açúcar açúcares
líquen líquenes
cânon cânones
matiz matizes
cartaz cartazes
mulher mulheres
cruz cruzes
pilar pilares
dólmen dólmenes
vez vezes
Caráter faz no plural caracteres, com deslocamento do acento tônico e com permanência do c
que possuía de origem.
Também com deslocamento do acento é o plural dos substantivos espécimen, Júpiter e
Lúcifer: especímenes, Jupíteres e Lucíferes.
Observações:
1ª) O monossílabo cais é invariável. Cós é geralmente invariável, mas documenta-se também o plural
coses.
2ª) Como os paroxítonos terminados em s, os poucos substantivos existentes finalizados em x, são
invariáveis: o tórax - os tórax, o ônix - os ônis.
Observação: Excetuam-se as palavras mal, real (moeda antiga), cônsul e seus derivados, que fazem,
respectivamente, males, réis, cônsules e por este, procônsules, vice-cônsules.
Observação:
a
1 ) A palavra projétil possui uma escrita variante: projetil; conseqüentemente, o plural poderá ser feito
em projéteis ou projetis.
a
2 ) A palavra réptil pode ser escrita reptil, tendo o plural em reptis.
Diminutivo Sintético:
A criança habitava a aldeota indígena.
Pegaram os pedriscos do caminho.
EXERCÍCIOS
1) Dê o plural de:
a) cirurgião-dentista
b) livre-pensador
c) porta-retrato
d) água-marinha
e) grão-duque
f) abaixo-assinado
g) quinta-feira
h) abelha-mestra
i) alto-falante
6) Passando os substantivos em destaque na frase: "O indiozinho queria comprar botão e papel." para
o diminutivo plural, tem-se como resultado:
a) botãozinhos e papelzinhos
b) botõesinhos e papelzinhos
c) botãozinhos e papeizinhos
d) botõezinhos e papeizinhos
e) botõezinhos e papelzinhos
RESPOSTAS:
1) a) cirurgiões-dentistas ou cirurgiães-dentistas;
b) livres-pensadores;
c) porta-retratos;
d) águas-marinhas;
e) grão-duques;
f) abaixo-assinados;
g) quintas-feiras;
h) abelhas-mestras;
i) alto-falantes;
2) d - 4) d - 6) d
3) b - 5) e
ADJETIVO
1. CLASSIFICAÇÃO SEMÂNTICA
1. Restritivo
Não pode ser aplicado a todos os seres da mesma espécie.
Aluno inteligente. Mulher sincera. Homem fiel. Cidade limpa.
2. CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL
1. Simples (um só radical): lindo, elegante, bom, verde, claro.
2. Composto (mais de um radical): azul-claro, político-social.
3. Primitivo (original): fácil, nobre, afável, ruim, sério, ágil.
4. Derivado (de outro vocábulo): hospitalar, antiácido, feioso.
Exceções:
1. Cores, indicadas com auxílio de substantivo, ficam invariáveis:
Vestido rosa Vestidos rosa.
Blusa gelo Blusas gelo.
Bandeira azul-turquesa Bandeiras azul-turquesa.
Terno cinza-chumbo Ternos cinza-chumbo.
2. SUPERLATIVO
a) relativo de inferioridade (o menos ... de)
Seu chute era o menos confiável do time.
Observação:
Usam-se as formas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno, quando se comparam
qualidades do mesmo ser:
Aquele aluno é mais bom que inteligente. Esta sala é mais grande do que confortável.
Múltipla escolha
11. Assinale a opção em que se empregam adjetivos.
a) "Então é feriado, raciocina o escriturário."
b) "É, não é, e o dia se passou na dureza."
c) "Nossas repartições atingiram tal grau de dinamismo e fragor."
d) "Para que os restantes possam, na clama, produzir um bocadinho."
e) "Para afastar os servidores menos diligentes e os mais futebolísticos."
12. Dentre as frases seguintes, marque a que apresenta um nome no grau superlativo absoluto
analítico. a) Esta frase congregou em torno de João Pina a gente mais resoluta da vila.
b) Este fato é um documento altamente honroso para a sociedade do tempo.
c) Compreendeu que a sua perda era irremediável, se não desse um grande golpe.
d) Os cérebros bem organizados que ele acabava de curar eram tão desequilibrados como os outros.
e) D. Evarista, contentíssima com a glória do marido, vestira-se luxuosamente.
GABARITO
1.F 4.F 7.V 10.F 13.A
2.V 5.F 8.V 11.E 14.B
3.F 6.F 9.V 12.B 15.E
ARTIGO
Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-los, indicando, ao
mesmo tempo, gênero e número.
Dividem-se os artigos em: definidos: o, a, os, as e indefinidos: um, uma, uns, umas.
Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular:
Viajei com o médico.
Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, geral:
Viajei com um médico.
7ª) Em um / num.
Os artigos definidos e indefinidos contraem-se com preposições:
de + o= do, de + a= da, etc.
As formas de + um e em + um podem-se usar contraídas (dum e num) ou separadas (de um, em um).
Estava em uma cidade grande. Estava numa cidade grande.
EXERCÍCIOS
1) Procure e assinale a única alternativa em que há erro, quanto ao problema do emprego do artigo.
a) Nem todas as opiniões são valiosas.
b) Disse-me que conhece todo o Brasil.
c) Leu todos os dez romances do escritor.
d) Andou por todo Portugal.
e) Todas cinco, menos uma, estão corretas.
2) Nas frases que seguem, há um artigo (definido ou indefinido) grifado. Indique o seu valor, de acordo
com o código que segue:
1 - O artigo está especificando o substantivo.
2 - O artigo está generalizando o substantivo.
3 - O artigo está intensificando o substantivo.
4 - O artigo está designando a espécie toda do substantivo.
5 - O artigo está conferindo maior familiaridade ao substantivo.
6 - O artigo está designando quantidade aproximada.
3) Coloque o artigo nos espaços vazios conforme o termo subseqüente o aceite ou não. Quando
necessário, faça a contração da preposição com o artigo.
a) Afinal, estamos em .......................... Brasil ou em ...................... Portugal?
b) Viajamos para .............. Estados Unidos, fora isso nunca saímos de .............. casa.
c) Todos .............. casos estão sob controle.
d) Toda .............. família estrangeira que vem para o Brasil procura logo seus parentes.
e) Todos .............. vinte jogadores estão gripados.
f) Todos .............. quatro saíram.
RESPOSTAS:
1) d
2) a) 5 c) 3 e) 2
b) 4 d) 1 f) 6
3) a) no; - c) os e) os
b) os; d) - f) -
NUMERAL
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
1ª) Na designação de papas, reis, séculos, capítulos, tomos ou partes de obras, usam-se os ordinais
para a série de 1 a 10; daí em diante, usam-se os cardinais, desde que o numeral venha depois do
substantivo.
Exemplos: D. Pedro II (segundo), Luís XV (quinze), D. João VI (sexto), João XXIII (vinte e três), Pio X
(décimo), Capítulo XX (vinte).
2ª) Quando o substantivo vier depois do numeral, usam-se sempre os ordinais.
Exemplos: primeira parte, décimo quinto capítulo, vigésimo século.
3ª) Na numeração de artigos, leis, decretos, portarias e outros textos legais, usa-se o ordinal até 9 e
daí em diante o cardinal.
Exemplos: artigo 1° (primeiro), artigo 12 (doze).
4ª) Aos numerais que designam um conjunto determinado de seres dá-se o nome de numerais
coletivos.
Exemplos: dúzia, centena.
5ª) A leitura e escrita por extenso dos cardinais compostos deve ser feita da seguinte forma:
a) Se houver dois ou três algarismos, coloca-se a conjunção e entre eles.
Exemplos: 94 = noventa e quatro ; 743 = setecentos e quarenta e três.
b) Se houver quatro algarismos, omite-se a conjunção e entre o primeiro algarismo e os
demais (isto é, entre o milhar e a centena). Exemplo: 2438 = dois mil quatrocentos e trinta e oito.
Obs.: Se a centena começar por zero, o emprego do e é obrigatório.
5062 = cinco mil e sessenta e dois.
Será também obrigatório o emprego do e se a centena terminar por zeros.
2300 = dois mil e trezentos.
c) Se Houver vários grupos de três algarismos, omite-se o e entre cada um dos grupos.
5 450 126 230 = cinco bilhões quatrocentos e cinqüenta milhões, cento e vinte e seis mil
duzentos e trinta.
EXERCÍCIOS
6) Assinale os itens em que a correspondência cardinal / ordinal está incorreta; em seguida, faça a
devida correção.
a) 907 = nongentésimo sétimo
b) 650 = seiscentésimo qüingentésimo
c) 84 = octingentésimo quadragésimo
d) 321 = trigésimo vigésimo primeiro
e) 750 = setingentésimo qüinquagésimo
RESPOSTAS:
1) c 2) b 3) b 4) c 5) d
6) b (seiscentésimo qüinquagésimo)
c) (octogésimo quarto)
d) (trecentésimo)
PRONOMES
1. PRONOMES PESSOAIS
EMPREGO E FORMAS DE TRATAMENTO
Designam as pessoas gramaticais:
Classificação:
Retos Oblíquos
- sujeito - outras funções - observações
Eu me, mim, comigo 1. Os pronomes eu e tu são normalmente
pronomes retos.
Tu te, ti, contigo
Ele se, si, o/a, lhe,
consigo
Nós nos, conosco 2. Os demais pronomes: ele, nós, vós,
eles - serão oblíquos quando em outras
Vós vos, convosco
funções sintáticas.
Eles se, si, os/as, lhes,
consigo
b. Entre mim e ti
Os pronomes eu e tu não podem vir preposicionados.
O namoro acabou, nada mais há entre mim e ti.
Pesam suspeitas sobre você e mim.
2) Contigo
Pronome não-reflexivo de 2ª pessoa do singular.
Leva contigo tuas lembranças e segredos.
3) Com você(s)
Pronome não-reflexivo de 3ª pessoa.
Espere um pouquinho: quero falar com você.
2) lhe, lhes
- objeto indireto (pessoa)
Não façam apenas o que lhes convém.
- adjunto adnominal ou objeto indireto de posse (valor de um possessivo)
A flecha transpassou-lhe o coração.
- complemento nominal (acompanha verbo de ligação)
Era-lhe impossível sorrir.
Pronomes de Tratamento
Referem-se às pessoas de modo cerimonioso ou oficial.
Pronomes Abreviaturas Autoridades
Vossa Excelência V. Exª. Governamentais
Vossa Magnificência V. Magª. Reitores
Vossa Alteza V. A. Príncipes, duques
Vossa Majestade V. M. Reis, imperadores
ma
Vossa V. Rev . Sacerdotes
Reverendíssima
Vossa Eminência V. Emª. Cardeais
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. Sª. As demais
Observação:
ª
Vossa ______ - para falar com (2 pes. gram. - o receptor)
Sua _____ - para falar de (3ª pes. gram. - o assunto)
Múltipla escolha
11. Complete as lacunas com me, eu ou mim.
1. Não há desentendimentos entre vocês e _________.
2. O plano era para _______ desistir.
3. É triste para _______ aceitar isso.
4. Já houve discussões sobre você e _________ .
5. Deixem _________ explicar o que houve.
13. Assinale a alternativa em que o pronome "lhe" pode ser adjunto adnominal.
a) ... anunciou-lhe: Amanhã partirei.
b) Ao traidor, não lhe perdoarei nunca.
c) A mãe apalpava-lhe o coração.
d) Comuniquei-lhe o fato pela manhã.
e) Sim, alguém lhe propôs o emprego.
14. De acordo com a práxis consagrada do uso dos pronomes de tratamento, assinale a alternativa
correta.
a) Pela presente, enviamos a V Sª. a relação de seus débitos e solicitamos-lhe a gentileza de saldá-los
com urgência. (correspondência comercial)
b) Vossa Alteza Real, o Príncipe de Gales, virá ao Brasil para participar da ECO-92. (nota de jornal)
c) Sua Santidade pode ter a certeza de que sua presença entre nós é motivo de júbilo e, de místico
fervor. (discurso pronunciado em recepção diplomática ao Sumo Pontífice)
d) Solicito a V. Exª. dignar-vos aceitar as homenagens devidas, por justiça, a quem tanto engrandeceu
a pátria. (ofício dirigido a ministro do Supremo Tribunal)
GABARITO
1. F 4. F 7. V 10. V 13. C
2. F 5. V 8. V 11. D 14. A
3. F 6. V 9. V 12. D 15. B
2. PRONOMES POSSESSIVOS
Indicam "posse" e "possuidor", posicionam os seres em relação às pessoas gramaticais.
1ª pes. 2ª pes. 3ª pes. 1ª pes. pl. 2ª pes.
pl.
meu(s) teu(s) seu(s) nosso(s) vosso(s)
minha(s) tua(s) sua(s) vossa(s) vossa(s)
c. Constitui pleonasmo vicioso usar pronome possessivo referindo-se às partes do próprio corpo:
Estou sentindo muita dor no meu joelho.
Poderia sentir dor no joelho de outra pessoa?
PRONOMES RELATIVOS
Substituem um termo comum a duas orações, estabelecendo uma relação de subordinação
entre elas.
Regência
Os pronomes relativos vêm precedidos das preposições exigidas pelos verbos das respectivas
orações.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Demonstram a posição dos seres no tempo e no espaço.
a. Em relação às pessoas
gramaticais:
- 1ª pes. (o emissor) lugar: aqui. X
- 2ª pes. (o receptor) lugar: aí. X
- 3ª pes. (o assunto) lugar: ali, lá. X
Veja estes livros aqui nesta mesa.
Não é leve essa culpa que carregas.
Os melhores cargos são aqueles que não alcançamos.
Aquilo que vês lá em alto-mar é a salvação e a benção.
b. Em relação ao tempo da
mensagem: X
- o que será comunicado X
- o que já foi comunicado X
- o que foi comunicado há muito
Diálogo entre pais e filhos é difícil: estes não querem ouvir nada,
e aqueles querem falar muito.
a) o, a, os, as
Todos diziam o que queriam. (isso, aquilo)
Conheço o idioma latino e o grego. (idioma)
b) tal
Jamais fiz tal assertiva. (essa, aquela)
PRONOMES INDEFINIDOS
Referem-se a verbos e a substantivos, dando-lhes sentido vago ou quantidade indeterminada.
6. PRONOMES INTERROGATIVOS
Que, quem, qual e quanto, usados em frases interrogativas.
Quem inventou a pinga?
Que loucura é essa?
Qual é o plano?
Quantos candidatos foram aprovados?
b. Pergunta indireta: pronome após verbos "dicendi", como, saber, responder, informar, indagar, ver,
ignorar, etc...
Não sei quem fez tal acusação.
Gostaria de saber qual é seu nome.
Observação:
Outras palavras usadas em frase interrogativa, serão, com certeza, advérbios interrogativos.
Quando começaram as provas? (adv. de tempo)
Como tens vindo para o trabalho? (adv. de modo)
Poderias dizer aonde queres ir? (adv. de lugar)
Falso / Verdadeiro
1. ( ) Qualquer problema o deixa abalado. Pronome indefinido adjetivo.
2. ( ) Todos foram responsáveis pelo sucesso. Pronome relativo substantivo.
3. ( ) Explique-me o que deve ser feito. Pronome demonstrativo.
4. ( ) Ela irá conosco ao desfile. Pronome pessoal reto.
5.( ) Todo concursando deve ser muito entusiasmado. Pronomes indefinidos.
6. ( ) Na cidade do México, os veículos com placas de final par circulam às segundas, quartas e
sextas-feiras; os automóveis que as placas têm final ímpar rodam às terças, quintas e sábados.
7. ( ) Contadas todas as horas onde ficam enredados no tráfego, os brasileiros perdem quatro dias
a cada ano; os americanos passam, no mínimo, dois meses por ano esperando o sinal abrir.
8. ( ) A proposta do secretário, com a qual, lamentavelmente, o prefeito não concorda, poderia
solucionar os graves problemas de congestionamento no tráfego da cidade.
9. ( ) Na reunião do conselho diretor, durante a qual foram discutidas questões fundamentais para
a reestruturação do anel viário da cidade, fechou-se um acordo com os políticos.
10. ( ) Tendo em vista a falta de soluções de longo prazo, os técnicos em engenharia de trânsito,
cujos trabalham para a prefeitura de São Paulo, estão apelando para operações de emergência.
Múltipla escolha
16. Aponte, nas séries abaixo, a construção errada que envolve pronome relativo.
a) Aquele livro ali já está vendido.
b) O filme a que assistimos é interessante.
c) Não foram poucas as pessoas que visitaste.
d) Esta foi a questão de que te esqueceste.
e) Ligando o rádio, ouvirás as canções que mais gostas.
17. Destaque a frase em que o pronome relativo e a regência foram usados corretamente.
a) É um cidadão em cuja honestidade se pode confiar.
b) Feliz o pai cujos os filhos são ajuizados.
c) Comprou uma casa maravilhosa, cuja casa lhe custou uma fortuna.
d) Preciso de um pincel delicado, sem o cujo não poderei terminar o quadro.
e)Os jovens, cujos pais conversei com eles, prometeram mudar de atitude.
20. Na frase: "Os que ficarem nesta sala saberão de algumas novidades."
Pronomes:
a) 1; b) 2; c) 3; d) 4; e) 5.
GABARITO
1. V 5. F 9. V 13. C 17. A
2. F 6. F 10. F 14. D 18. D
3. V 7. F 11. E 15. E 19. D
4. V 8. V 12. A 16. E 20. D
VERBO
Verbo é uma palavra que exprime ação, estado, fato ou fenômeno. Dentre as classes de
palavras, o verbo é a mais rica em flexões. Com efeito, o verbo possui diferentes flexões para indicar a
pessoa do discurso, o número, o tempo, o modo e a voz.
O verbo flexiona-se em número e pessoa:
Singular Plural
a
1 pessoa: eu penso nós pensamos
a
2 pessoa: tu pensas vós pensais
a
3 pessoa: ele pensa eles pensam
Dados os tempos do modo indicativo, veremos, em seguida, o emprego dos mesmos e sua
correlação.
PRESENTE
O presente do indicativo emprega-se:
1) Para enunciar um fato atual:
Cai a chuva.
O céu está limpo.
5) Para marcar um fato futuro, mas próximo; neste caso, para impedir qualquer ambigüidade, se faz
acompanhar geralmente de um adjunto adverbial:
"Outro dia eu volto, talvez depois de amanhã...”`(A. Bessa Luís)
PRETÉRITO IMPERFEITO
A própria denominação deste tempo - Pretérito Imperfeito - ensina-nos o seu valor
fundamental: o de designar um fato passado, mas não concluído (imperfeito = não perfeito,
inacabado). Podemos empregá-lo assim:
1) Quando, pelo pensamento, nos transportamos a uma época passada e descrevemos o que então
era presente:
O calor ia aumentando e o vento despenteava meu cabelo.
2) Pelo futuro do pretérito, para denotar um fato que seria conseqüência certa e imediata de outro, que
não ocorreu, ou não poderia ocorrer:
Se eu não fosse mulher, ia também!
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO
1) O Pretérito Mais-Que-Perfeito indica uma ação que ocorreu antes de outra já passada:
A conversa ficara tão tediosa, que o homem se desinteressou.
FUTURO DO PRESENTE
1) O futuro do presente emprega-se para indicar fatos certos ou prováveis, posteriores ao momento em
que se fala:
As aulas começarão depois de amanhã.
3) Como expressão de uma súplica, desejo ou ordem; neste caso, o tom de voz pode atenuar ou
reforçar o caráter imperativo:
Honrarás pai e mãe!
"Lerás porém algum dia
Meus versos, d 'alma arrancados, ... "
(G. Dias)
FUTURO DO PRETÉRITO
1) O futuro do pretérito emprega-se para designar ações posteriores à época em que se fala:
Depois de casado, ele se transformaria em um homem de bem.
Quando nos servimos do modo indicativo, consideramos o fato expresso pelo verbo como real,
certo, seja no presente, seja no passado, seja no futuro.
Ao empregarmos o modo subjuntivo, encaramos a existência ou não existência do fato como
uma coisa incerta, duvidosa, eventual ou, mesmo, irreal. Observemos estas frases:
Afirmo que ela estuda. (modo indicativo)
Duvido que ela estude. (modo subjuntivo)
Afirmei que ela estudava. (modo indicativo)
Duvidei que ela estudasse. (modo subjuntivo)
PRESENTE DO SUBJUNTIVO
Pode indicar um fato:
1) Presente:
Não quer dizer que se conheçam os homens quando se duvida deles.
2) Futuro:
"No dia em que não faça mais uma criança sorrir, vou vender abacaxi na feira." (A. Bessa Luís)
IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO
Pode ter o valor de:
1) Passado:
Todos os domingos, chovesse ou fizesse sol, estava eu lá.
2) Futuro:
Aos sábados, treinava o discurso destinado ao filho que chegasse primeiro.
3) Presente:
Tivesses coração, terias tudo.
Como imaginar alguém que não precisasse de nada? (= precise)
PERFEITO DO SUBJUNTIVO
Pode exprimir um fato:
1) Passado (supostamente concluído):
Espero que você tenha encontrado aquele endereço.
MAIS-QUE-PERFEITO DO SUBJUNTIVO
Pode indicar:
1) Uma ação anterior a outra passada.
Esperei-a um pouco, até que tivesse terminado seu jantar.
MODOS DO VERBO
Os modos indicam as diferentes maneiras de um fato se realizar. São três:
o
1 ) o Indicativo:
Exprime um fato certo, positivo: Vou hoje. Sairás cedo.
2°) o Imperativo:
Exprime ordem, proibição, conselho, pedido:
Volte logo. Não fiquem aqui. Sede prudentes.
3°) o Subjuntivo:
Enuncia um fato possível, duvidoso, hipotético:
É possível que chova. Se você trabalhasse...
Além desses três modos, existem as formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio,
particípio), que enunciam um fato de maneira vaga, imprecisa, impessoal.
o
1) Infinitivo: plantar, vender, ferir.
2°) Gerúndio: plantando, vendendo, ferindo.
3°) Particípio: plantado, vendido, ferido.
Chamam-se formas nominais porque, sem embargo de sua significação verbal, podem
desempenhar as funções próprias dos nomes substantivos e adjetivos: o andar, água fervendo, tempo
perdido.
O Infinitivo pode ser Pessoal ou Impessoal.
o
1 ) Pessoal, quando tem sujeito:
Para sermos vencedores é preciso lutar. (sujeito oculto nós)
2°) Impessoal, quando não tem sujeito:
Ser ou não ser, eis a questão.
Verbos Auxiliares são os que se juntam a uma forma nominal de outro verbo para constituir
os tempos compostos e as locuções verbais: ter, haver, ser, estar.
Tenho estudado muito esta semana.
Jacinto havia chegado naquele momento.
Somos castigados pelos nossos erros.
O mecânico estava consertando o carro.
O secretário vai anunciar os resultados.
DMT
a
A DNP (desinência número-pessoal) indica que o verbo está na 1 pessoa do plural. A DMT
(desinência modo-temporal) indica que o verbo está no futuro do presente do indicativo.
Dividem-se os tempos em primitivos e derivados.
São tempos primitivos:
1) o Infinitivo Impessoal.
a a a
2) o Presente do Indicativo (1 e 2 pessoa do singular e 2 pessoa do plural).
a
3) o Pretérito Perfeito do Indicativo (3 pessoa do plural).
FORMAÇÃO DO IMPERATIVO
O imperativo afirmativo deriva do presente do indicativo, da segunda pessoa do singular (tu) e
da segunda do plural (vós), mediante a supressão do s final; as demais pessoas (você, nós, vocês)
são tomadas do presente do subjuntivo.
O imperativo negativo não possui, em Português, formas especiais; suas pessoas são iguais
às correspondentes do presente do subjuntivo.
Atente para o seguinte quadro da formação do imperativo:
Pessoa Imperativo Imperativo
Indicativo Subjuntivo
s Afirmativo Negativo
Tu dize digas não digas
dizes (-s)
Você diga diga não diga
Nós digamos digamos não digamos
Vós dizeis (-s) dizei digais não digais
Vocês digam digam não digam
2) Os tempos compostos da voz passiva se formam com o concurso simultâneo dos auxiliares ter (ou
haver) e ser, seguidos do particípio do verbo principal:
Tenho sido maltratado.
Tinham (ou haviam) sido vistos no cinema.
3) Defectivos: os que não possuem a conjugação completa, não sendo usados em certos modos,
tempos ou pessoas: abolir, reaver, precaver, etc.
FUTURO DO PRESENTE
serei estarei terei haverei
serás estarás terás haverás
será estará terá haverá
seremos estaremos teremos haveremos
sereis estareis tereis havereis
serão estarão terão haverão
FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO
terei sido terei estado terei tido terei havido
terás sido terás estado terás tido terás havido
terá sido terá estado terá tido terá havido
teremos sido teremos estado teremos tido teremos havido
tereis sido tereis estado tereis tido tereis havido
terão sido terão estado terão tido terão havido
FUTURO DO PRETÉRITO
seria estaria teria haveria
serias estarias terias haverias
seria estaria teria haveria
seríamos estaríamos teríamos haveríamos
seríeis estaríeis teríeis haveríeis
seriam estariam teriam haveriam
FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO
teria sido teria estado teria tido teria havido
terias sido terias estado terias tido terias havido
teria sido teria estado teria tido teria havido
teríamos sido teríamos estado teríamos tido teríamos havido
teríeis sido teríeis estado teríeis tido teríeis havido
teriam sido teriam estado teriam tido teriam havido
MODO SUBJUNTIVO
PRESENTE
seja esteja tenha haja
sejas estejas tenhas hajas
seja esteja tenha haja
sejamos estejamos tenhamos hajamos
sejais estejais tenhais hajais
sejam estejam tenham hajam
PRETÉRITO IMPERFEITO
fosse estivesse tivesse houvesse
fosses estivesses tivesses houvesses
fosse estivesse tivesse houvesse
fôssemos estivéssemos tivéssemos houvéssemos
fôsseis estivésseis tivésseis houvésseis
fossem estivessem tivessem houvessem
NEGATIVO
não sejas tu não estejas tu não tenhas tu não hajas tu
não seja você não esteja você não tenha você não haja você
não sejamos nós não estejamos nós não tenhamos nós não hajamos nós
não sejais vós não estejais vós não tenhais vós não hajais vós
não sejam vocês não estejam vocês não tenham vocês não hajam vocês
FORMAS NOMINAIS
INFINITIVO IMPESSOAL
PRESENTE
ser estar ter haver
PRETÉRITO
ter sido ter estado ter tido ter havido
INFINITIVO PESSOAL
PRESENTE
ser estar ter haver
seres estares teres haveres
ser estar ter haver
sermos estarmos termos havermos
serdes estardes terdes haverdes
serem estarem terem haverem
PRETÉRITO
ter sido ter estado ter tido ter havido
teres sido teres estado teres tido teres havido
ter sido ter estado ter tido ter havido
termos sido termos estado termos tido termos havido
terdes sido terdes estado terdes tido terdes havido
terem sido terem estado terem tido terem havido
GERÚNDIO
PRESENTE
sendo estando tendo havendo
PRETÉRITO
tenho sido tenho estado tenho tido tenho havido
PARTICÍPIO
sido estado tido havido
a a a
1 CONJUGAÇÃO – AR 2 CONJUGAÇÃO – ER 3 CONJUGAÇÃO – IR
PRETÉRITO IMPERFEITO
cantava batia partia
cantavas batias partias
cantava batia partia
cantávamos batíamos partíamos
cantáveis batíeis partíeis
cantavam batiam partiam
PRETÉRITO PERFEITO
cantei bati parti
cantaste bateste partiste
cantou bateu partiu
cantamos batemos partimos
cantastes batestes partistes
cantaram bateram partiram
MODO SUBJUNTIVO
PRESENTE
cante bata parta
cantes batas partas
cante bata parta
cantemos batamos partamos
canteis batais partais
cantem batam partam
PRETÉRITO IMPERFEITO
cantasse batesse partisse
cantasses batesses partisses
cantasse batesse partisse
cantássemos batêssemos partíssemos
cantásseis batêsseis partísseis
cantassem batessem partissem
FUTURO
cantar bater partir
cantares bateres partires
cantar bater partir
cantarmos batermos partirmos
cantardes baterdes partirdes
cantarem baterem partirem
FUTURO COMPOSTO
tiver cantado tiver batido tiver partido
tiveres cantado tiveres batido tiveres partido
tiver cantado tiver batido tiver partido
tivermos cantado tivermos batido tivermos partido
tiverdes cantado tiverdes batido tiverdes partido
tiverem cantado tiverem batido tiverem partido
MODO IMPERATIVO
AFIRMATIVO
canta tu bate tu parte tu
cante você bata você parta você
cantemos nós batamos nós partamos nós
cantai vós batei vós parti vós
cantem vocês batam vocês partam vocês
NEGATIVO
não cantes tu não batas tu não partas tu
não cante você não bata você não parta você
não cantemos nós não batamos nós não partamos nós
não canteis vós não batais vós não partais vós
não cantem vocês não batam vocês não partam vocês
FORMAS NOMINAIS
INFINITIVO
PRESENTE IMPESSOAL
cantar bater partir
PRESENTE PESSOAL
cantar bater partir
cantares bateres partires
cantar bater partir
cantarmos batermos partirmos
cantardes baterdes partirdes
cantarem baterem partirem
PRETÉRITO IMPESSOAL
ter cantado ter batido ter partido
PRETÉRITO PESSOAL
ter cantado ter batido ter partido
teres cantado teres batido teres partido
ter cantado ter batido ter partido
termos cantado termos batido termos partido
terdes cantado terdes batido terdes partido
terem cantado terem batido terem partido
GERÚNDIO
PRESENTE
cantando batendo partindo
PRETÉRITO
tendo cantado tendo batido tendo partido
PARTICÍPIO
cantado batido partido
DAR
Indicativo Presente: dou, dás, dá, damos, dais, dão. Pretérito Imperfeito: dava, davas, dava,
dávamos, dáveis, davam. Pretérito Perfeito: dei, deste, deu, demos, destes, deram. Pretérito Mais-
Que-Perfeito: dera, deras, dera, déramos, déreis, deram. Futuro do Presente: darei, darás, dará,
daremos, dareis, darão. Futuro do Pretérito: daria, darias, daria, daríamos, daríeis, dariam.
Imperativo Afirmativo: dá, dê, demos, dai, dêem. Subjuntivo Presente: dê, dês, dê, demos, deis,
dêem. Pretérito Imperfeito: desse, desses, desse, déssemos, désseis, dessem. Futuro: der, deres,
der, dermos, derdes, derem. Infinitivo Presente Impessoal: dar. Infinitivo Presente Pessoal: dar,
dares, dar, darmos, dardes, darem. Gerúndio: dando. Particípio: dado.
AGUAR
Indicativo Presente: águo, águas, água, aguamos, aguais, águam. Pretérito Perfeito: agüei,
aguaste, aguou, etc. Subjuntivo Presente: ágüe, ágües, ágüe, agüemos, agüeis, ágüem, etc. Verbo
regular nos demais tempos. Assim se conjugam desaguar, enxaguar e minguar.
MAGOAR
Indicativo Presente: magôo, magoas, magoa, magoamos, magoais, magoam. Subjuntivo Presente:
magoe, magoes, magoe, magoemos, magoeis, magoem. etc. Verbo regular nos demais tempos. Assim
se conjugam os verbos em oar: abençoar, doar, abotoar, soar, voar, etc.
RESFOLEGAR
Indicativo Presente: resfólego, resfolegas, resfolega, resfolegamos, resfolegais, resfolegam.
Imperfeito: resfolegava, resfolegavas, etc. Pretérito Perfeito: resfoleguei, etc. Subjuntivo Presente:
resfólegue, resfolegues, resfólegue, resfoleguemos, resfolegueis, resfóleguem, etc.
NOMEAR
Indicativo Presente: nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam. Pretérito Imperfeito:
nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis, nomeavam. Pretérito Perfeito: nomeei,
nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, nomearam. Subjuntivo Presente: nomeie, nomeies,
nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem. Imperativo Afirmativo: nomeia, nomeie, nomeemos,
nomeai, nomeiem, etc. Assim se conjugam: apear, atear, cear, folhear, frear, passear, gear, bloquear,
granjear, hastear, lisonjear, semear, arrear, recrear, estrear, etc.
COPIAR
Indicativo Presente: copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam. Pretérito Perfeito: copiei,
copiaste, copiou, etc. Pretérito Mais-Que-Perfeito: copiara, copiaras, etc. Subjuntivo Presente:
copie, copies, copie, copiemos, copieis, copiem. Imperativo Afirmativo: copia, copie, copiemos,
copiai, copiem, etc.
ODIAR
Indicativo Presente: odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam. Pretérito Imperfeito: odiava,
odiavas, odiava, etc. Pretérito Perfeito: odiei, odiaste, odiou, etc. Pretérito Mais-Que-Perfeito:
odiara, odiaras, odiara, odiáramos, odiáreis, odiaram. Subjuntivo Presente: odeie, odeies, odeie,
odiemos, odieis, odeiem. Imperativo Afirmativo: odeia, odeie, odiemos, odiai, odeiem, etc.
ABSTER-SE
Indicativo Presente: abstenho-me, absténs-te, abstémse, abstemo-nos, abstendes-vos, abstêm-se.
Pretérito Imperfeito: abstinha-me, etc. Pretérito Perfeito: abstiveme, etc. Pretérito Mais-Que-
Perfeito: abstivera-me, etc. Futuro do Presente: abster-me-ei, etc. Futuro do Pretérito: abster-me-
ia, etc. Imperativo Afirmativo: abstém-te, abstenha-se, abstenhamo-nos, abstende-vos, abstenham-
se. Subjuntivo Presente: que me abstenha, etc. Pretérito Imperfeito: se me abstivesse, etc. Futuro:
se me abstiver. Gerúndio: abstendo-se. Particípio: abstido.
CABER
Indicativo Presente: caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem. Pretérito Perfeito: coube,
coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam. Pretérito Mais-Que-Perfeito: coubera, couberas,
coubera, coubéramos, coubéreis, couberam. Subjuntivo Presente: caiba, caibas, caiba, caibamos,
caibais, caibam. Pretérito Imperfeito: coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis,
coubessem. Futuro: couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem. Gerúndio:
cabendo. Particípio: cabido. Não tem imperativo.
CRER
Indicativo Presente: creio, crês, crê, cremos, credes, crêem. Pretérito Imperfeito: cria, crias, cria,
criamos, crieis, criam. Pretérito Perfeito: cri, creste, creu, cremos, crestes, creram. Imperativo: crê,
creia, creiamos, crede, creiam. Subjuntivo Presente: creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam.
Pretérito Imperfeito: cresse, cresses, cresse, crêssemos, crêsseis, cressem. Futuro: crer, creres, etc.
Gerúndio: crendo. Particípio: crido. Assim se conjugam descrer, ler e seus compostos reler e tresler.
DIZER
Indicativo Presente: digo, dizes, diz, dizemos, dizei, dizem. Pretérito Imperfeito: dizia, dizias, etc.
Pretérito Perfeito: disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram. Pretérito Mais-que-
Perfeito: dissera, disseras, etc. Futuro do Presente: direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão. Futuro
do Pretérito: diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam. Imperativo Afirmativo: dize, diga, digamos,
digais, digam. Pretérito Imperfeito: dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis,
dissessem. Futuro: disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem. Infinitivo Impessoal:
dizer. Infinitivo Pessoal: dizer, dizeres, dizer, etc. Gerúndio: dizendo. Particípio: dito.
Seguem este paradigma os compostos bendizer, condizer, contradizer, desdizer, entredizer, maldizer,
predizer, redizer.
ESCREVER
Escrever e seus compostos descrever, inscrever, prescrever, proscrever, reescrever, sobrescrever,
subscrever, são irregulares apenas no particípio: escrito, descrito, inscrito, prescrito, proscrito,
reescrito, sobrescrito, subscrito.
2
As outras conjugações seguem o paradigma de 2 conjugação regular.
FAZER
Indicativo Presente: faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem. Pretérito Perfeito: fiz, fizeste, fez,
fizemos, fizestes, fizeram. Pretérito Mais-que-Perfeito: fizera, fizeras, etc. Futuro do Presente: farei,
farás, fará, faremos, fareis, farão. Futuro do Pretérito: faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam.
Imperativo Afirmativo: faze, faça, façamos, fazei, façam. Subjuntivo Presente: faça, faças, faça,
façamos, façais, façam. Pretérito Imperfeito: fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis,
fizessem. Futuro: fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem. Infinitivo Impessoal: fazer. Infinitivo
Pessoal: fazer, fazeres, etc. Gerúndio: fazendo. Particípio: feito.
Como fazer, conjugam-se os seus compostos: afazer-se, desfazer, refazer, perfazer, satisfazer, etc.
PERDER
Indicativo Presente: perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem. Subjuntivo Presente: perca,
percas, perca, percamos, percais, percam.
Regular nos demais tempos e modos.
PODER
Indicativo Presente: posso, podes, pode, podemos, podeis, podem. Pretérito Imperfeito: podia,
podias, podia, podíamos, podíeis, podiam. Pretérito Perfeito: pude, pudeste, pôde, pudemos,
pudestes, puderam. Pretérito Mais-Que-Perfeito: pudera, puderas, etc. Imperativo: não existe.
Subjuntivo Presente: possa, possas, possa, possamos, possais, possam. Pretérito Imperfeito:
pudesse, pudesses, etc. Futuro: puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem. Infinitivo
Impessoal: Poder. Infinitivo Pessoal: poder, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem.
Gerúndio: podendo. Particípio: podido.
PÔR
Indicativo Presente: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem. Pretérito Imperfeito: punha, punhas,
punha, púnhamos, púnheis, punham. Pretérito Perfeito: pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes,
puseram. Pretérito Mais -Que-Perfeito: pusera, puseras, pusera, puséramos, puséreis, puseram.
Futuro do Presente: porei, porás, porá, poremos, poreis, porão. Futuro do Pretérito: poria, porias,
poria, poríamos, poríeis, poriam. Imperativo Afirmativo: põe, ponha, ponhamos, ponde, ponham.
Subjuntivo Presente: ponha, ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham. Pretérito Imperfeito:
pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos, pusésseis, pusessem. Futuro: puser, puseres, puser,
pusermos, puserdes, puserem. Infinitivo Pessoal: pôr, pores, pôr, pormos, pordes, porem. Infinitivo
Impessoal: pôr. Gerúndio: pondo. Particípio: posto.
QUERER
Indicativo Presente: quero, queres, quer, queremos, quereis, querem. Pretérito Imperfeito: queria,
querias, queria, queríamos, queríeis, queriam. Pretérito Perfeito: quis, quiseste, quis, quisemos,
quisestes, quiseram. Pretérito Mais-Que-Perfeito: quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis,
quiseram. Futuro do Presente: quererei, quererás, quererá, quereremos, querereis, quererão. Futuro
do Pretérito: quereria, quererias, etc. Imperativo Afirmativo: quer tu, queira você, queiramos nós,
querei vós, queiram vocês. Imperativo Negativo: não queiras, não queira, não queiramos, não
queirais, não queiram. Subjuntivo Presente: queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram.
Imperfeito: quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos, quisésseis, quisessem. Futuro: quiser,
quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem. Gerúndio: querendo. Particípio: querido. Os
compostos benquerer e malquerer, além do particípio regular, benquerido e malquerido, têm outro,
irregular: benquisto e malquisto, usados como adjetivos.
SABER
Indicativo Presente: sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem. Pretérito Perfeito: soube, soubeste,
soube, soubemos, soubestes, souberam. Pretérito Mais-QuePerfeito: soubera, souberas, soubera,
etc. Subjuntivo Presente: saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais, saibam. Pretérito Imperfeito:
soubesse, soubesses, etc. Futuro: souber, souberes, souber, etc. Imperativo Afirmativo: sabe,
saiba, saibamos, sabei, saibam. Regular nos demais.
TRAZER
Indicativo Presente: trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem. Pretérito Imperfeito: trazia,
trazias, etc. Pretérito Perfeito: trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram. Pretérito
Mais-Que-Perfeito: trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos, trouxéreis, trouxeram. Futuro do
Presente: trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão. Futuro do Pretérito: traria, trarias, traria,
traríamos, traríeis, trariam. Imperativo Afirmativo: traze, traga, tragamos, trazei, tragam. Subjuntivo
Presente: traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam. Pretérito Imperfeito: trouxesse, trouxesses,
trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis, trouxessem. Futuro: trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos,
trouxerdes, trouxerem. Infinitivo Pessoal: trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem.
Gerúndio: trazendo. Particípio: trazido.
VALER
Indicativo Presente: valho, vales, vale, valemos, valeis, valem. Subjuntivo Presente: valha, valhas,
valha, valhamos, valhais, valham. Imperativo Afirmativo: vale, valha, valhamos, valei, valham. Nos
outros tempos é regular. Assim se conjugam equivaler e desvaler.
VER
Indicativo Presente: vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem. Pretérito Perfeito: vi, viste, viu, vimos,
vistes, viram. Pretérito Mais-Que-Perfeito: vira, viras, vira, víramos, víreis, viram. Imperativo
Afirmativo: vê, veja, vejamos, vede, vejam. Subjuntivo Presente: veja, vejas, veja, vejamos, vejais,
vejam. Pretérito Imperfeito: visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem. Futuro: vir, vires, vir,
virmos, virdes, virem. Gerúndio: vendo. Particípio: visto. Como ver, se conjugam: antever, entrever,
prever, rever.
ABOLIR (Defectivo)
a
Indicativo Presente: não possui a 1 pessoa do singular, aboles, abole, abolimos, abolis, abolem.
Imperativo Afirmativo: abole, aboli. Subjuntivo Presente: não existe. Defectivo nas formas em que
ao L do radical seguiria A ou O, o que ocorre apenas no Indicativo Presente e derivados.
CAIR
Indicativo Presente: caio, cais, cai, caímos, caís, caem. Subjuntivo Presente: caia, caias, caia,
caiamos, caiais, caiam. Imperativo Afirmativo: cai, caia, caiamos, caí, caiam. Regular nos demais.
Seguem este modelo os verbos em -air: decair, recair, sair, sobressair, trair, distrair, abstrair, detrair,
subtrair, etc.
COBRIR
Indicativo Presente: cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem. Subjuntivo Presente: cubra,
cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram. Imperativo Afirmativo: cobre, cubra, cubramos, cobri,
cubram. Particípio: coberto. Note: o u na primeira pessoa do singular do Indicativo Presente e em
todas as pessoas do Subjuntivo Presente.
Assim se conjugam: dormir, embolir, tossir, descobrir, encobrir. Os três primeiros porém, têm o
particípio regular. Abrir, entreabrir e reabrir seguem cobrir no particípio: aberto, entreaberto, reaberto.
FALIR
Indicativo Presente: (não possui as outras pessoas) falimos, falis. Pretérito Imperfeito: falia, falias,
falia, etc. Pretérito Perfeito: fali, faliste, faliu, etc. Pretérito Mais-Que-Perfeito: falira, faliras, falira,
etc. Particípio: falido. Verbo regular defectivo. Usa-se apenas nas formas em que ao L segue o I. Não
possui Presente do Subjuntivo e Imperativo Negativo. Seguem falir: aguerrir, empedernir, espavorir,
remir, etc.
MENTIR
Indicativo Presente: minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem. Subjuntivo Presente: minta,
mintas, minta, mintamos, mintais, mintam. Imperativo Afirmativo: mente, minta, mintamos, menti,
mintam. Regular no resto da conjugação. Como no verbo ferir, a vogal E muda em I na primeira
pessoa do Indicativo Presente e em todo o Subjuntivo Presente, mas, por ser nasal, conserva o timbre
fechado na segunda e terceira pessoa do singular e terceira do plural do Presente do Indicativo.
Seguem este modelo: desmentir, sentir, consentir, ressentir, pressentir.
FRIGIR
Indicativo Presente: frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem. Subjuntivo Presente: frija, frijas, frija,
etc. Imperativo Afirmativo: frege, frija, frijamos, frigi, frijam. Particípio: frito. Regular no resto da
conjugação.
IR
Indicativo Presente: vou, vais, vai, vamos, ides, vão. Pretérito Imperfeito: ia, ias, ia, íamos, íeis, iam.
Pretérito Perfeito: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram. Pretérito Mais-Que-Perfeito: fora, foras, fora,
etc. Futuro do Presente: Irei, irás, irá, etc. Futuro do Pretérito: iria, irias, iria, etc. Imperativo
Afirmativo: vai, vá, vamos, ide, vão. Subjuntivo Presente: vá, vás, vá, vamos, vades, vão. Pretérito
Imperfeito: fosse, fosses, fosse, etc. Futuro: for, fores, for, formos, fordes, forem. Gerúndio: indo.
Infinitivo Pessoal: ir, ires, ir, irmos, irdes, irem. Particípio: ido.
OUVIR
Indicativo Presente: ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem. Imperativo Afirmativo: ouve, ouça,
ouçamos, ouvi, ouçam. Subjuntivo Presente: ouça, ouças, ouça, etc. Particípio: ouvido. Regular no
resto da conjugação.
PEDIR
Indicativo Presente: peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem. Imperativo Afirmativo: pede, peça,
peçamos, pedi, peçam. Subjuntivo Presente: peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam. Regular
no resto da conjugação. Conjugam-se assim: despedir, expedir, impedir, desimpedir, medir.
RIR
Indicativo Presente: rio, ris, ri, rimos, rides, riem. Pretérito Perfeito: ri, riste, riu, rimos, ristes, riram.
Imperativo Afirmativo: ri, ria, riamos, ride, riam. Subjuntivo Presente: ria, rias, ria, riamos, riais, riam.
Imperfeito: risse, risses, risse, etc. Particípio: rido.
VIR
Indicativo Presente: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm. Pretérito Imperfeito: vinha, vinhas,
vinha, vínhamos, vínheis, vinham. Pretérito Perfeito: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram.
Pretérito Mais-QuePerfeito: viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram. Futuro do Presente: virei,
virás, virá, etc. Futuro do Pretérito: viria, virias, viria, etc. Imperativo Afirmativo: vem, venha,
venhamos, vinde, venham. Subjuntivo Presente: venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham.
Pretérito Imperfeito: viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem. Futuro: vier, vieres, vier,
viermos, vierdes, vierem. Infinitivo Pessoal: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem. Gerúndio: vindo.
Particípio: vindo. Por este, se conjugam: advir, convir, intervir, provir, sobrevir, avir-se, desavir-se.
Desavindo, além do particípio, é adjetivo: casais desavindos.
REAVER (Defectivo)
Indicativo Presente: (não possui as outras pessoas) reavemos, reaveis. Pretérito Perfeito: reouve,
reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram. Pretérito Imperfeito: reavia, reavias, reavia,
reavíamos, reavíeis, reaviam. Pretérito Mais-Que-Perfeito: reouvera, reouveras, reouvera,
reouvéramos, reouvéreis, reouveram. Futuro do Presente: reaverei, reaverás, reaverá, reaveremos,
reavereis, reaverão. Futuro do Pretérito: reaveria, reaverias, reaveria, reaveríamos, reaveríeis,
reaveriam. Imperfeito Subjuntivo: reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reouvésseis,
reouvessem. Futuro do Subjuntivo: reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes,
reouverem. Gerúndio: reavendo. Particípio: reavido. Infinitivo Pessoal: reaver, reaveres, reaver,
reavermos, reaverdes, reaverem. Infinitivo Impessoal: reaver.
DEPOR
Indicativo Presente: deponho, depões, depõe, depomos, depondes, depõem. Pretérito Perfeito:
depus, depuseste, depôs, depusemos, depusestes, depuseram. Pretérito Imperfeito: depunha,
depunhas, depunha, depúnhamos, depúnheis, depunham. Futuro do Presente: deporei, deporás,
deporá, deporemos, deporeis, deporão. Futuro do Pretérito: deporia, deporias, deporia, deporíamos,
deporíeis, deporiam. Subjuntivo Presente: deponha, deponhas, deponha, deponhamos, deponhais,
deponham. Subjuntivo Imperfeito: depusesse,depusesses, depusesse, depuséssemos, depusésseis,
depusessem. Futuro do Subjuntivo: depuser, depuseres, depuser, depusermos, depuserdes,
depuserem. Gerúndio: depondo. Particípio: deposto. Infinitivo Pessoal: depor, depores, depor,
depormos, depordes, deporem. Infinitivo Impessoal: depor.
ANTEVER
Indicativo Presente: antevejo, antevês, antevê, antevemos, antevedes, antevêem. Pretérito Perfeito:
antevi, anteviste, anteviu, antevimos, antevistes, anteviram. Pretérito Imperfeito: antevia, antevias,
antevia, antevíamos, antevíeis, anteviam. Pretérito Mais-Que-Perfeito: antevira, anteviras, antevira,
antevíramos, antevíreis, anteviram. Futuro do Presente: anteverei, anteverás, anteverá, anteveremos,
antevereis, anteverão. Futuro do Pretérito: anteveria, anteverias, anteveria, anteveríamos,
anteveríeis, anteveriam. Subjuntivo Presente: anteveja, antevejas, anteveja, antevejamos, antevejais,
antevejam. Imperfeito do Subjuntivo: antevisse, antevisses, antevisse, antevíssemos, antevísseis,
antevissem. Futuro do Subjuntivo: antevir, antevires, antevir, antevirmos, antevirdes, antevirem.
Gerúndio: antevendo. Particípio: antevisto. Infinitivo Impessoal: antever. Infinitivo Pessoal: antever,
anteveres, antever, antevermos, anteverdes, anteverem.
INTERVIR
Indicativo Presente: intervenho, intervéns, intervém, intervimos, intervindes, intervêm. Pretérito
Perfeito: intervi, intervieste, interveio, interviemos, interviestes, intervieram. Pretérito Mais-Que-
Perfeito: interviera, intervieras, interviera, interviéramos, interviéreis, intervieram. Futuro do Presente:
intervirei, intervirás, intervirá, interviremos, intervireis, intervirão. Futuro do Pretérito: interviria,
intervirias, interviria, interviríamos, interviríeis, interviriam. Subjuntivo Presente: intervenha, interve-
nhas, intervenha, intervenhamos, intervenhais, intervenham. Imperfeito: interviesse, interviesses,
interviesse, interviéssemos, interviésseis, interviessem. Futuro: intervier, intervieres, intervier,
interviermos, intervierdes, intervierem. Gerúndio: intervindo. Particípio: intervindo. Infinitivo Pessoal:
intervir, intervires, intervir, intervirmos, intervirdes, intervirem. Infinitivo Impessoal: intervir.
Obs.: Prover é composto de ver em alguns tempos e por ele se conjuga, salvo no pretérito perfeito, no
mais-que-perfeito, no imperfeito do subjuntivo e no particípio. O e da sílaba ver é sempre fechado.
Por ele se conjuga desprover. Não confundir com provir.
Indicativo Presente: provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem. Pretérito Perfeito: provi,
proveste, proveu, provemos, provestes, proveram. Pretérito Imperfeito: provia, provias, provia,
províamos, províeis, proviam. Pretérito Mais-Que-Perfeito: provera, proveras, provera, provêramos,
provêreis, proveram. Futuro do Presente: proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis,
proverão. Futuro do Pretérito: proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, proveriam.
Subjuntivo Presente: proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais, provejam. Imperfeito:
provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis, provessem. Futuro: prover, proveres,
prover, provermos, proverdes, proverem. Gerúndio: provendo. Particípio: provido. Infinitivo
Impessoal: prover. Infinitivo Pessoal: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem.
PRECAVER (Defectivo)
Não sendo composto de ver, por este não se conjuga, sendo pois altamente errôneas as
formas precavejo, precaves, precavê, etc., que por vezes se lêem e se ouvem. Tampouco é composto
de vir, sendo igualmente errôneas as formas precavenha, precavéns, precavám, etc., com que
claudicam até pessoas bastante cultas. O verbo é defectivo: só se usa nas formas arrizotônicas, mas
nas formas em que se usa, é regular. Presente Indicativo: precavemos, precaveis. Pretérito
Imperfeito: precavia, precavias, precavia, precavíamos, precavíeis, precaviam. Pretérito Perfeito:
precavi, precaveste, precaveu, precavemos, precavestes, precaveram. Pretérito Mais-Que-Perfeito:
precavera, precaveras, precavera, precavêramos, precavêreis, precaveram. Futuro do Presente:
precaverei, precaverás, precaverá, precaveremos, precavereis, precaverão. Futuro do Pretérito:
precaveria, precaverias, precaveria, precaveríamos, precaveríeis, precaveriam. Subjuntivo Presente:
Não há. Imperfeito: precavesse, precavesses, precavesse, precavêssemos, precavêsseis, precaves-
sem. Futuro: precaver, precaveres, precaver, precavermos, precaverdes, precaverem. Gerúndio:
precavendo. Particípio: precavido. Infinitivo Impessoal: precaver. Infinitivo Pessoal: precaver,
precaveres, precaver, precavermos, precaverdes, precaverem.
VOZES DO VERBO
Voz do verbo é a forma que este toma para indicar que a ação verbal é praticada ou sofrida
pelo sujeito. Três são as vozes dos verbos: a ativa, a passiva e a reflexiva.
Um verbo está na voz ativa quando o sujeito é agente, isto é, faz a ação expressa pelo verbo.
Ex.: O caçador abateu a ave.
Um verbo está na voz passiva quando o sujeito é paciente, isto é, sofre, recebe ou desfruta, a
ação expressa pelo verbo. Ex.: A ave foi abatida pelo caçador.
Obs.: Só verbos transitivos podem ser usados na voz passiva.
(sujeito paciente)
(pronome apassivador ou partícula apassivadora)
VOZ REFLEXIVA
Na voz reflexiva o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente: faz uma ação cujos efeitos
ele mesmo sofre.
Ex.: O caçador feriu-se.
A menina penteou-se.
O verbo reflexivo é conjugado com os pronomes reflexivos me, te, se, nos, vos, se. Estes
pronomes são reflexivos quando se lhes podem acrescentar: a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo, a
nós mesmos, etc., respectivamente.
pronome reflexivo
Uma variante da voz reflexiva é a que denota reciprocidade, ação mútua ou correspondida. Os
verbos desta voz, por alguns chamados recíprocos, usam-se geralmente, no plural e podem ser
reforçados pelas expressões um ao outro, reciprocamente, mutuamente.
Ex.: Amam-se como irmãos.
Os pretendentes insultaram-se. (Pronome reflexivo recíproco)
VERBOS ANÔMALOS
São chamados de anômalos os verbos que apresentam mais de um radical em sua
conjugação. Em português, são anômalos os verbos ser, ir, pôr e vir, cujas conjugações já vimos.
VERBOS DEFECTIVOS
Verbos defectivos são os que não possuem a conjugação completa por não serem usados em
certos modos, tempos ou pessoas. A defectividade verbal verifica-se principalmente em formas que,
por serem antieufônicas (exemplos: abolir, primeira pessoa do singular do Indicativo Presente) ou
homofônicas (exemplo: soer, primeira pessoa do singular do Presente do Indicativo), não foram
vivificadas pelo uso. Há, porém, casos de verbos defectivos que não se explicam por nenhuma razão
de ordem fonética, mas pelo simples desuso. Registra-se maior incidência de defectividade verbal na
terceira conjugação e em formas rizotõnicas.
Os verbos defectivos podem ser distribuídos em quatro grupos:
o
1 ) Os que não têm as formas em que ao radical seguem "A" ou "O", o que ocorre apenas no Presente
do Indicativo e do Subjuntivo e no Imperativo. O verbo abolir serve de exemplo:
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Presente Afirmativo Negativo
…….. …….. …….. ……..
aboles …….. abole ……..
abole …….. …….. ……..
abolimos …….. …….. ……..
abolis …….. aboli ……..
abolem …….. …….. ……..
Pertencem a este grupo, entre outros, aturdir, brandir, carpir, colorir, delir, demolir, exaurir,
explodir, fremir, haurir, delinqüir, extorquir, puir, ruir, retorquir, latir, urgir, tinir, nascer.
Obs.: Em escritores modernos aparecem, no entanto, alguns desses verbos, na primeira pessoa do
Presente do Indicativo, como explodo, lato, etc.
2°) Os que só se usam nas formas em que ao radical segue "I", ou seja, nas formas arrizotônicas.
Seguem este paradigma: aguerrir, embair, empedernir, remir, transir, etc. Pertencem também a
este grupo os verbos adequar e precaver-se, pois só possuem as formas arrizotônicas.
Obs.: Rizotônicos são os vocábulos cujo acento tônico incide no radical. Aqueles, pelo contrário, que
têm o acento tônico depois do radical, se dizem arrizotônicos.
3°) Verbos, que pela sua significação, não podem ter Imperativo (acontecer, poder e caber) ou que, por
exprimir ação recíproca (entrechocar-se, entreolhar-se) se usam exclusivamente nas três pessoas do
plural.
4°) Os três seguintes, já estudados, que apresentam particularidades especiais: reaver, prazer e soer.
Verbos que exprimem fenômenos meteorológicos, como chover, ventar, trovejar, etc. a rigor
não são defectivos, uma vez que, em sentido figurado, podem ser usados em todas as pessoas.
As formas inexistentes dos verbos defectivos são compensadas:
a) com as de um verbo sinônimo: eu recupero, tu recuperas, etc. (para reaver); eu redimo, tu redimes,
ele redime, eles redimem (para remir); eu me previno ou me acautelo, etc. (para precaver);
b) com construções perifrásticas: estou demolindo, estou colorindo, vou à falência; embora o cachorro
comece a latir, etc.
VERBOS ABUNDANTES
Verbos abundantes são os que apresentam duas ou mais formas em certos tempos, modos ou
pessoas: comprazi-me e comprouve-me, apiedo-me e apiado-me, elegido e eleito.
Estas variantes verbais são mais comuns no particípio, havendo numerosos verbos,
geralmente transitivos, que, ao lado do particípio regular em "ado" ou "ido", possuem outro, irregular,
às vezes, proveniente do particípio latino. Eis alguns desses verbos:
absolver: absolvido, absolto
aceitar: aceitado, aceito
acender: acendido, aceso
anexar: anexado, anexo
assentar: assentado, assente
benzer: benzido, bento
confundir: contundido, contuso
despertar: despertado, desperto
dispersar: dispersado, disperso
As formas regulares usam-se, via de regra, com os auxiliares ter e haver (voz ativa) e as
irregulares com os auxiliares ser e estar (voz passiva). Exemplos:
Foi temeridade haver aceitado o convite.
O convite foi aceito pelo professor.
O caçador tinha soltado os cães.
Os cães não seriam soltos pelo caçador.
O pescador teria salvado o náufrago.
O náufrago (estaria ou seria) salvo.
Esta regra, no entanto, não é seguida rigorosamente, havendo numerosas formas irregulares
que se usam tanto na voz ativa como na passiva, e algumas formas regulares também são
empregadas na voz passiva. Exemplos:
Tinha aceitado ou aceito o convite.
O convite foi aceito.
Tinha acendido ou aceso as velas.
As velas eram acesas ou acendidas.
Tinham elegido ou eleito os candidatos.
Os candidatos são ou estão eleitos.
As formas irregulares, sem dúvida por serem mais breves, gozam de franca preferência, na
língua atual e algumas, tanto se impuseram, que acabaram por suplantar as concorrentes. É o caso de
ganho e pago, que vêm tornando obsoletos os particípios ganhado e pagado. Assim também se
explicam as formas pasmo e empregue, por pasmado e empregado, indevidamente condenadas por
alguns autores, mas de largo uso na língua falada e escrita.
VERBOS IMPESSOAIS
Sabemos o que vem a ser sujeito; pois bem, um verbo se diz impessoal quando a ação não faz
referência a nenhum sujeito especificado, a nenhuma causa determinada.
Se, por um lado, há verbos como escrever, ler, abrir, quebrar, que sempre apresentam a ação
em relação com uma causa produtora, com uma pessoa gramatical - chamando-se por isso, verbos
pessoais - por outro lado há certos verbos como chover, trovejar, ventar, nevar, relampejar, anoitecer e
outros, cuja ação não é atribuída a nenhum sujeito, constituindo estes verbos a classe dos verbos
impessoais.
Exemplos: "Chovia torrencialmente."
"Ventou muito durante a noite."
Obs.: Nessas orações acima, não há quem pratique a ação dos verbos destacados.
Dos verbos impessoais, há os que são essencialmente impessoais e os que são
acidentalmente impessoais.
IMPESSOAIS ESSENCIAIS
Um verbo se diz impessoal essencial quando, no seu sentido verdadeiro e usual, não atribui a
ação a nenhuma causa verdadeira, isto é, a nenhum sujeito.
Os verbos que indicam fenômenos da natureza inorgânica ou fenômenos meteorológicos, ou
seja, os que indicam fenômenos da atmosfera, pertencem à classe dos impessoais essenciais.
Exemplos: "Chove hoje. "
“Anoitecia quando ele chegou."
"Ontem trovejou."
São orações em que os verbos (chove, anoitecia, trovejou) são impessoais essenciais, pois
nesse sentido são comumente usados sem atribuir a ação de chover, de anoitecer, de trovejar a
a
nenhum sujeito. Todos esses verbos só se conjugam na 3 pessoa do singular.
Obs.: Tais verbos podem deixar de ser impessoais uma vez que se lhes dê um sujeito que se
apresente ao espírito como causa da ação por eles expressa; se dissermos: "Os céus chovem", "As
nuvens trovejam", "O dia amanheceu nublado" - passamos a empregar esses verbos pessoalmente,
pois estamos a eles atribuindo um sujeito (os céus, as nuvens, o dia).
Ainda um segundo processo existe de tornar pessoal um verbo impessoal: empregá-lo em
sentido figurado, comparado. Exemplos:
"Os canhões trovejam."
“A vida já nos anoitece."
"As baionetas relampagueavam."
“Amanhecemos alegres.
(Estávamos alegres quando amanheceu.)
Os verbos dessas orações estão empregados comparativamente, isto é, em sentido que não
lhes é próprio, em sentido figurado, comparado.
IMPESSOAIS ACIDENTAIS
Ao lado dos verbos impessoais essenciais há os impessoais acidentais; assim se denominam
os verbos que, em sua significação natural, isto é, como comumente são usados, têm sempre o
respectivo sujeito, mas que, em determinados casos, ou seja, acidentalmente, tornam-se impessoais.
Se no parágrafo anterior o verbo era de natureza impessoal e só eventualmente se tornava
pessoal, agora temos o caso contrário.
São verbos impessoais:
o
1 ) HAVER
a
sendo, portanto, usado invariavelmente na 3 pessoa do singular, quando significa:
Existir:
"Sofria sem que houvesse motivos."
"Há plantas carnívoras."
"Havia rosas em todo o canto. "
Acontecer, Suceder:
"Houve casos difíceis. " "Não haja desavenças entre vós."
Decorrer, Fazer:
"Há meses que não o vejo. "
"Haverá nove dias que ele nos visitou."
"Havia já duas semanas que não trabalhava."
Realizar-se:
"Houve festas e jogos."
Obs.: O verbo haver transmite a sua impessoalidade aos verbos que com ele formam locução, os
a
quais, por isso, permanecem invariáveis na 3 pessoa do singular:
Locução verbal
Locução verbal
Obs.: Estes verbos também passam a sua impessoalidade para os seus auxiliares na locução verbal.
"Vai fazer cinco anos que ele morreu. "
locução verbal
EXERCÍCIOS
1) Se você ........................... no próximo domingo e .................... de tempo .................. assistir a final
do campeonato.
a) vir / dispor / vá
b) vir / dispuser / vai
c) vier / dispor / vá
d) vier / dispuser / vá
e) vier / dispor / vai
2) Ele ............... que lhe ............... muitas dificuldades, mas enfim ............... a verba para a pesquisa.
a) receara / opusessem / obtera
b) receara / opusessem / obtivera
c) receiara / opossem / obtivera
d) receiara / oposessem / obtera
e) receara / opossem / obtera
4) Assinale a alternativa que se encaixe no período seguinte: "Se você ....................... e o seu irmão
...................., quem sabe você ............... o dinheiro.”
a) requeresse / interviesse / reouvesse
b) requisesse / intervisse / reavesse
c) requeresse / intervisse / reavesse
d) requeresse / interviesse / reavesse
e) requisesse / intervisse / reouvesse
5) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da seguinte frase: "Quando ............... mais
aperfeiçoado, o computador certa mente ............... um eficiente meio de controle de toda a vida social."
a) estivesse / será d) estivesse / era
b) estiver / seria e) estiver / será
c) esteja / era
7) Ele ............... numa questão difícil de ser resolvida e ............... seus bens graças ao bom senso.
a) interviu / reouve d) interveio / reouve
b) interveio / rehaveu e) interviu / rehouve
c) interviu / reaveu
8) Em que frase a forma verbal não está flexionada corretamente?
a) Eu águo as flores que a sua mãe planta.
b) Ninguém creu no que ela declarou.
c) Se pores tudo em ordem, ficarei satisfeito.
d) Foi aos gritos que ela interveio na discussão.
e) Eu môo o grão, você depois faz o pão.
RESPOSTAS
1) d 4) a 7) d
2) b 5) e 8) c
3) c 6) e 9) b
ADVÉRBIO
É uma palavra que modifica (que se refere) a um verbo, a um adjetivo, a um outro advérbio.
A maioria dos advérbios modifica o verbo, ao qual acrescenta uma circunstância. Só os de
intensidade é que podem também modificar adjetivos e advérbios.
Mora muito longe. (muito = modifica o advérbio longe).
Sairei cedo para alcançar os excursionistas (cedo = modifica o verbo sairei).
Eram exercícios bem difíceis (bem = modifica o adjetivo difíceis).
Há ainda advérbios interrogativos: onde? aonde? quando? como? por quê?: Onde estão eles?
Quando sairão? Como viajaram? Por que não telefonaram?
LOCUÇÕES ADVERBIAIS
São duas ou mais palavras com função de advérbio: às tontas, às claras, às pressas, às ocultas, à
toa, de vez em quando, de quando em quando, de propósito, às vezes, ao acaso, ao léu, de repente,
de chofre, a olhos vistos, de cor, de improviso, em breve, por atacado, em cima, por trás, para trás, de
perto, sem dúvida, passo a passo, etc.
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE
Método prático:
Substituir a palavra feminina por masculina e observar a conseqüência (a > ao = à).
O orador aspirava a(?) fama.
O orador aspirava ao sucesso.
O orador aspirava à fama.
Método prático:
Substituir o antecedente por palavra masculina e observar a conseqüência (a > ao > à).
Esta caneta é igual a(?) que perdi.
Este livro é igual ao que perdi.
Esta caneta é igual à que perdi.
Método prático:
Substituir os pronomes, respectivamente, por "isto" ou "este", observando a presença ou não
da preposição.
Observação: Nomes de lugares determinados por adjetivos, locuções adjetivas e alguns pronomes,
sempre serão determinados por artigo.
Ainda voltarei à Roma eterna.
CASOS PARTICULARES
1. Com a palavra "casa"
a) Significando lar (nossa própria casa). Aparece sozinha, isto é, sem adjetivos, pronomes ou
locuções. Nesse caso, não há crase porque não há artigo.
Ao chegarmos a casa, já era noite alta.
b) Indicando ser a casa de outrem ou estabelecimento comercial, aparece acompanhada de
adjetivos, pronomes ou locuções. Nesse caso, pode haver crase: há artigo, mas depende de
preposição.
Falta pouco para chegarmos à casa dos noivos. (chegar a)
Todos querem comprar a casa própria. (comprar - v.t.d.)
2. Com a palavra "terra"
a) Significando terra firme (o oposto de mar, água, bordo), aparece sem adjetivos, pronomes ou
locuções. Nesse caso, não há crase porque não há artigo.
Os turistas foram a terra comprar flores.
b) Significando lugar (cidade, estado, país), aparece com adjetivos, pronomes ou locuções. Nesse
caso, pode haver crase: há artigo, mas depende de preposição.
Os marujos retornaram à terra dos piratas. (retornar a)
Gostaria de conhecer a terra de meus antepassados. (conhecer - v.t.d.)
3. Com a palavra "distância"
A única locução adverbial formada com palavra feminina em que não ocorre crase é "a distância";
entretanto, se estiver determinada, teremos locução prepositiva, acentuada: "à distância de".
O povo ficou a distância do congresso.
O povo ficou à distância de cem metros do incêndio.
4. Crase Facultativa
a) Antes de nomes personativos femininos
Os diretores dirigiram elogios a (à) Maria Helena.
Se fosse um nome personativo masculino: Os diretores dirigiram elogios a (ao) Paulo Miguel.
Como se vê o uso do artigo é facultativo.
Observação: Vindo o nome determinado como de pessoa amiga, parente, a crase não mais será
facultativa, porque nesse caso o uso do artigo se fará mister.
Os diretores dirigiram elogios à Maria Helena, minha irmã.
b) Antes de pronomes possessivos adjetivos (no singular)
Antes de tudo viso a (à) minha salvação.
Se fosse um pronome masculino:
"Antes de tudo viso a (ao) meu bem-estar.", também o uso do artigo é facultativo.
Observação: Em se tratando de pronome substantivo (e havendo a preposição) a crase será de rigor.
Viso a (à) minha salvação e não à tua.
c) Depois da preposição "até"
Esta alameda vai até a (à).fazenda do meu pai.
Se houvesse um nome masculino:
"Esta alameda vai até o (ao) sítio do meu pai.", pode-se inferir que é facultativa a combinação
das preposições até e a para ressaltar a idéia de limite ou exclusão.
5. Crase nas locuções formadas com palavras femininas
Acentua-se o a das locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas, formadas com palavras femininas.
a) Locuções adverbiais
À primeira vista, o trabalho pareceu-nos bem simples.
Sempre estudei à noite e nem por isso fiquei obscuro.
b) Locuções prepositivas
Quem vive à espera de facilidades, encontra falsidades.
Triunfaremos à custa de nossos méritos.
c) Locuções conjuntivas
O flagelo aumentava à medida que as chuvas continuavam.
A proporção que subíamos, o ar tornava-se mais leve.
Observações:
1. Segundo alguns dos principais autores, às vezes, o acento grave no "a" (à) representa a pura
preposição que rege substantivo feminino, formando locução adverbial. Se tal procedimento não fosse
adotado; teríamos, então, muitas frases ambíguas.
O rapaz cheirava a bebida. (aspirava o cheiro da bebida)
O rapaz cheirava à bebida. (exalava o cheiro da bebida)
2. Em relação à crase nas locuções adverbiais, há certa divergência entre alguns gramáticos; porém
há consenso nos casos em que possa haver ambigüidade:
Fique a vontade na sala. Sujeito ou a. adv. modo?
Múltipla escolha
14. Assinale a alternativa em que o acento indicativo da crase é obrigatório nas duas ocorrências.
a) Uma lei sempre está ligada a alguma outra. As leis estão subordinadas a Lei-Mãe.
b) Obedecer aqueles princípios é necessário. É direito que assiste a autora rever a emenda.
c) Alguns parlamentares anuíram a proposta de emenda. Agiram contra a lei.
d) Estamos sujeitos a muitas leis. São contrários a lei.
e) O Presidente atendeu a reivindicação do ministro. Procurou-se assistir as populações atingidas pela
seca.
15. Não sei ________ quem devo dirigir-me: se ______ funcionária desta seção, ou _____ da seção
de protocolo.
a) a-a-a; c) a-à-à; e) à-à-à.
b) a-à-a; d) à-a-à;
17. Daqui _____ vinte quilômetros, o viajante encontrará, logo _____ entrada do grande bosque, uma
estátua que _____ séculos foi erigida em homenagem deusa da mata.
a) a-à-há-à; d) a-à-à-à;
b) há -a-à-a; e) há -a-há-a.
c) à-há-à-à;
18. O progresso chegou inesperadamente _____ subúrbio. Daqui ________ poucos anos, nenhum dos
seus moradores se lembrará mais das casinhas que, _______ tão pouco tempo, marcavam a
paisagem familiar.
a) aquele - a - a; d) àquele - a - há;
b) àquele - à - há; e) aquele - à - há.
c) àquele - à - à;
19. O fenômeno _______ que aludi é visível _______ noite e olho nu.
a) a-a-a; c) a-à-a; e) à-à-a.
b) a-à-à; d) a-à-à;
20. Já estavam _______ poucos metros da clareira _________ qual foram ter por um atalho aberto
_______ facão.
a) à-à-a; c) a-a-à; e) à-à-à.
b) a-à-a; d) à-a-à;
21. Assinale a opção incorreta no que se refere ao emprego do acento grave indicativo de crase.
a) Há cinco anos vivendo em São Paulo, um cidadão inglês foi constrangido a abandonar a tradicional
pontualidade britânica. Para ir à casa de seus alunos, ele enfrenta horas de trânsito congestionado.
b) Assustado com os efeitos do trânsito sobre os índices de poluição, o secretário estadual de Meio
Ambiente pregou a necessidade de restringir à circulação de carros na capital paulista.
c) Em Salvador, a terceira cidade mais populosa do País, a prefeitura recorreu à parceria com a
iniciativa privada para alargar as avenidas mais importantes.
d) O motorista entregou a documentação a uma das funcionárias do Departamento e ficou à espera do
resultado, a fim de que pudesse resolver o seu problema a curto prazo.
e) Quanto àquele problema de falta de verbas para o Departamento, o diretor resolveu dirigir-se
diretamente a Sua Excelência, de modo a deixar os funcionários mais tranqüilos.
22. "Hoje deve haver menos gente por lá, conjeturou; ótimo, porque assim trabalho à vontade."
Assinale a alternativa em que também deve ocorrer o acento grave indicador da crase.
23. Assinale a frase em que o acento indicador da crase foi usado incorretamente.
a) A obsessão à qual sacrificou a juventude não o persegue mais.
b) Sentavam-se nas pedras do caminho à espera da comitiva do peão.
c) Na imaginação, porém, ele voltava àquele mundo de sonho e fantasia.
d) Depois de refletir, dirigi-me, decididamente, à casa de meu amigo.
e) Tenho certeza de que os documentos não fazem referência à nada do que dizes.
25. Indique a letra em que os termos preenchem corretamente, pela ordem, as lacunas do trecho
dado.
"Assustada _____ família com os versos em que o via sempre ocupado, foi reclamar ao grande mestre
que não o via estudar em casa, ao que lhe foi respondido que _____ sua assiduidade e aplicação
_____ aulas nada deixavam _____ desejar. Era o que bastava e daí por diante continuou tranqüilo a
ler e fazer versos..." (Francisco Venâncio Filho)
a) à-a-as-à; d) à-a-as-à;
b) a-à-às-a; e) à-à-às-a.
c) a-a-às-a;
GABARITO:
1. V 6. F 11. V 16. D 21. B
2. F 7. F 12. V 17. A 22. C
3. V 8. V 13. V 18. D 23. E
4. V 9. F 14. B 19. C 24. C
5. V 10. V 15. C 20. B 25. C
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
SINTAXE DA ORAÇÃO
1.Sujeito e predicado
sujeito: termo sobre o qual recai a afirmação do predicado e com o qual o verbo concorda.
predicado: termo que projeta uma afirmação sobre o sujeito.
Tipos de sujeito
Determinado: o predicado se refere a um termo explícito na frase. Mesmo que venha implícito, pode ser
explicitado.
Indeterminado: o predicado não se refere a qualquer elemento explícito na frase, nem é possível identificá-lo pelo
contexto.
à (?) Falaram de você.
à (?) Falou-se de você.
Adjunto adverbial: liga-se ao verbo, não para completá-lo, mas para indicar circunstância em que ocorre a ação.
à O cortejo seguia pelas ruas.
Agente da voz passiva: liga-se a um verbo passivo por meio de preposição para indicar quem executou a ação.
à O fogo foi apagado pela água.
Predicativo: caracteriza o nome a que se refere sempre por meio de um verbo. Pode ser do sujeito e do objeto.
à As ruas dormiam quietas .
suj. pred. suj.
Aposto: termo de núcleo substantivo, que se liga a um nome para identificá-lo. O aposto é sempre um equivalente
do nome a que se refere.
à O tempo, inimigo impiedoso, foge apressado.
Complemento nominal: liga-se ao nome por meio de preposição obrigatória e indica o alvo sobre o qual se
projeta a ação.
à Procederam à remoção das pedras.
4. Vocativo: termo isolado, que indica a pessoa a quem se faz um chamado. Vem sempre entre vírgulas e admite
a anteposição da interjeição ó.
à Amigos, eu os convido a sentar.
SINTAXE DO PERÍODO
1. Orações subordinadas substantivas
São aquelas que desempenham a mesma função sintática do substantivo.
à Os meninos observaram que você chegou. (a sua chegada)
a) Restritiva: é aquela que restringe ou particulariza o nome a que se refere. Vem iniciada por pronome relativo e
não vem entre vírgulas.
à Serão recebidos os alunos que passarem na prova.
Explicativa: é aquela que não restringe nem particulariza o nome a que se refere. Indica uma propriedade
pressuposta como pertinente a todos os elementos do conjunto a que se refere. Inicia-se por pronome relativo e
vem entre vírgulas.
à Os homens, que são racionais, não agem só por instinto.
c) Condicional: indica um evento ou fato do qual depende a ocorrência indicada na oração principal.
à Se você correr demais, ficará cansado.
f) Conformativa: indica que o fato expresso na oração subordinada está de acordo com o da oração principal.
à Tudo ocorreu conforme os jornalistas previram .
g) Final: indica o fim, o objetivo com que ocorre a ação do verbo principal.
à Estudou para que fosse aprovado.
4. Orações coordenadas
São todas as orações que não se ligam sintaticamente a nenhum termo de outra oração.
à Chegou ao local // e vistoriou as obras.
As coordenadas podem ou não vir iniciadas por conjunção coordenativa. Chamam-se coordenadas
sindéticas as que se iniciam por conjunção e assindéticas as que não se iniciam.
e) Explicativa: estabelece uma relação de explicação ou justificação. Contém sempre um argumento favorável ao
que foi dito na oração anterior.
à Ele deve ser estrangeiro, pois fala mal o português.
EXERCÍCIOS
O fragmento da entrevista concedida pela atriz e empresária Íris Brüzzi, descartada a hipótese de utilização da
ironia, apresenta esse problema.
“Repoórter – Qual é o segredo para conservar sua beleza através dos tempos?
Íris – Acredito muito na beleza interior, a de fora acaba. A natureza tem sido generosa comigo. Desculpe a
modéstia, mas continuo bonita.(Diário Popular, 1996)”
A VíRGULA
É o sinal que indica pequena pausa na leitura. Separa termos de uma oração e certas orações no
período.
A VÍRGULA SEPARANDO TERMOS DA ORAÇÃO
a) Termos coordenados, isto é, de mesma função sintática.
Era um rapagão corado, forte, risonho.
A terra, o mar, o céu, tudo glorifica Deus.
Observação:
Normalmente não se separam termos unidos por e, nem e ou.
Possuía lavouras de trigo, arroz e linho.
Não aprecia cinema, teatro nem circo.
Os mendigos pediam dinheiro ou comida.
Observação:
Adjunto adverbial de pequeno corpo costuma dispensar a vírgula.
Amanhã(,) o Presidente viajará.
Quando usada, serve para dar ênfase.
g) Datas (Local e data - número e data, em documentos)
Brasília, 5 de junho de 1994.
O Decreto n° 5.765, de 18 de dezembro de 1971.
Observação:
Usa-se vírgula com a conjunção "e":
(1) Orações coordenadas aditivas com sujeitos diferentes:
Afinal vieram outros cuidados, e não pensei mais nisso.
O concurso foi difícil, e a prova não correspondeu ao programa.
Observações:
Com orações adverbiais pospostas, só é recomendável usar vírgula:
(1) Se a oração principal for muito extensa;
O ar poluído corrói a saúde do povo, embora não se perceba a curto prazo.
e) Orações interferentes.
A História, disse Cícero, é a grande mestra da vida.
O PONTO-E-VÍRGULA
Assinala pausa maior que a vírgula e menor que o ponto.
Usa-se o ponto-e-vírgula nos seguintes casos:
a. separando os itens de uma enumeração;
A gramática normativa trata dos seguintes assuntos:
1) fonética;
2) morfologia;
3) sintaxe;
4) estilística.
2. introduzindo enumeração;
Os meios legítimos de adquirir fortuna são três: ordem, trabalho e sorte.
Múltipla escolha
16. "... chega a ser desejável o não-comparecimento de 90 por cento dos funcionários, para que os
restantes possam, na calma, produzir um bocadinho." A mesma justificativa para o emprego das
vírgulas em "na calma" pode ser usada em:
a) "João Brandão, o de alma virginal, não entendia assim."
b) "... assinar o ponto no Instituto Nacional da Goiaba, que, como é de domínio público, estuda as..."
c) "Encontrou cerradas as grandes portas de bronze, ouro e pórfiro, e nenhum sinal de vida nos
arredores."
d) "João Brandão aquiesceu, porque o outro, pelo tom de voz, parecia disposto a tudo..."
17. As opções a seguir apresentam um parágrafo de "O Povo Brasileiro" pontuado de diferentes
maneiras.
Assinale aquela cuja pontuação está correta.
a) Somos povos novos ainda na luta para nos fazermos a nós mesmos como um gênero humano
novo, que nunca existiu antes. Tarefa muito mais difícil e penosa, mas também muito mais bela e
desafiante.
b) Somos povos novos, ainda na luta para nos fazermos, a nós mesmos como um gênero humano -
novo, que nunca existiu antes. Tarefa muito mais difícil e penosa-mas também muito mais bela e
desafiante.
c) Somos povos novos. Ainda na luta para nos fazermos a nós mesmos, como um gênero humano
novo que nunca existiu antes, tarefa muito mais difícil e penosa. Mas também muito mais bela e
desafiante!
d) Somos povos novos ainda; na luta para nos fazermos a nós mesmos, como um gênero humano
novo que nunca existiu antes, tarefa muito mais difícil e penosa; mas também muito mais bela e
desafiante.
e) Somos povos; novos ainda na luta para nos fazermos a nós, mesmos. Como um gênero humano
novo, que nunca existiu antes, tarefa muito mais difícil. Penosa, mas também muito mais bela e
desafiante.
18. Pode-se atribuir o emprego de dois-pontos, em "Um poeta é sempre irmão do vento e da água:
deixa seu ritmo por onde passa." (Discurso, Cecília Meireles), à intenção de anunciar:
a) uma citação;
b) uma explicação;
c) um esclarecimento;
d) um vocativo;
e) uma separação, em um período, de orações com a mesma natureza.
19. No trecho "Temos de cobrar dos deputados e senadores as leis necessárias para punir esses
assassinos. Das autoridade do trânsito, fiscalização e multas vigorosas para quem desobedece às leis
e à sinalização. E da justiça , rapidez e dureza com os infratores." (Nicole Puzzi, Veja 1280, ano 26, n°
12) empregam-se as vírgulas para:
a) separar termos coordenados;
b) separar as orações adjetivas;
c) isolar orações intercaladas;
d) isolar adjuntos adverbiais;
e) indicar a supressão do verbo.
22. Marque o item em que o uso incorreto da vírgula prejudica a coesão frasal.
a) No ano passado, 35.000 turistas estrangeiros escolheram a Amazônia com roteiro de férias e
injetaram no complexo turístico da região 90 milhões de dólares.
b) O filão turístico da Amazônia foi impulsionado por um estrangeiro, o suíço naturalizado brasileiro
Heinz Gerth.
c) Em 1984, ele inaugurou o hotel Amazon Lodge, uma casa rústica flutuante, com capacidade para
dezoito pessoas, situado no Lago Juma, 80 quilômetros ao sul de Manaus.
d) A Transamazon, organiza as excursões e recepciona os turistas estrangeiros no Aeroporto Eduardo
Gomes.
e) Com o sucesso de seu primeiro empreendimento, o suíço construiu em 1986 um hotel de porte
maior, às margens do Lago Poraquequara, a 30 quilômetros de Manaus.
23. Marque o item em que o uso do ponto-e-vírgula quebra a estrutura sintática da frase.
a) É preciso observar que; para estar em forma é necessário adotar hábitos alimentares equilibrados;
de acordo com o nível de atividades física e metabólica do organismo.
b) A atividade aeróbica traz muitos benefícios ao corpo humano; é recomendável, contudo, conversar
com o médico antes de iniciar qualquer esporte.
c) O ciclismo é um bom exercício aeróbico para o sistema cardiovascular; a natação exercita todo o
corpo o vôlei proporciona bom condicionamento aeróbico.
d) Um pedaço de chocolate do tamanho de uma caixa de fósforos tem 150 calorias; um pouco de
manteiga igual a uma tampinha de garrafa tem 25 calorias.
c) Para entrar em forma, é preciso empenho: de um lado praticar esportes com freqüência; do outro,
ajustar a alimentação ao metabolismo e às atividades.
25. Marque a alternativa em que a vírgula indica anteposição da oração adverbial à oração principal.
a) Os pandeiros e os atabaques, já não há quem os toque.
b) É necessário ter calma, pois não há perigo iminente.
c) Em todas as suas atitudes, notava-se grande determinação.
d) Que ambos já não se amavam, os pais já sabiam.
e) Ao ver-se sozinha, começou a temer por seu destino.
26. "Durante muitos anos o TUCA o Teatro da Universidade Católica foi em São Paulo o templo da mú-
sica brasileira."
No período acima, corretamente pontuado, há:
a) 1 vírgula; d) 4 vírgulas;
b) 2 vírgulas; e) 5 vírgulas. c) 3 vírgulas;
27. Examine as construções abaixo e marque, com relação à colocação de vírgulas, a alternativa
correta.
I - Os candidatos, ansiosos, aguardavam o concurso.
II - Ansiosos, os candidatos aguardavam o concurso.
III - Os candidatos aguardavam, ansiosos, o concurso.
IV - Os candidatos aguardavam ansiosos, o concurso.
GABARITO
1. F 7. V 13. F 19. E 25. E
2. V 8. V 14. F 20. A 26. E
3. F 9. F 15. F 21. A 27. B
4. F 10. F 16. D 22. D 28. C
5. V 11. F 17. A 23. A 29. E
6. F 12. F 18. B 24. A 30. C
CONCORDÂNCIA NOMINAL
superpovoadas.
2) vai para o plural no gênero predominante (em caso de gêneros diferentes, predomina o
masculino).
Os concursandos passam por problemas e provas complicados.
masc. fem. masc. plural
b) Adjetivo anteposto:
1) o adjunto adnominal concorda apenas com o mais próximo.
O cavalheiro oferecera-lhe perfumadas rosas e lírios.
adj. adn.
Observação:
Segundo alguns autores, o predicativo anteposto pode também concordar com o núcleo mais próximo.
É preciso que se mantenham limpas as ruas e os jardins. (Cegalla)
predic.
Observação:
Invariável, quando se referir a verbos ou denotar inclusão.
As mulheres exigiram mesmo igualdade de direitos.
Mesmo as mulheres querem tirar vantagem de sua condição.
b) Bastante
Concorda com o nome a que se refere.
O estudo gera bastantes ansiedades e poucas certezas.
Observação:
Invariável, quando se referir a verbos, adjetivos ou advérbios.
Não a procuramos bastante para encontrá-la.
Todos parecem bastante ansiosos.
O ancião, na noite anterior, passara bastante mal.
c) Meio
Concorda com o substantivo a que se refere (indicando fração).
Não serei homem de meias palavras.
Observação:
Invariável, quando advérbio (referindo-se a adjetivos).
A funcionária sentiu-se meio envergonhada com a situação.
d) Leso
Concorda em gênero e número com o 2° vocábulo do composto.
Seu comportamento revela desvios de lesos-caracteres.
e) Quite
Concorda com o nome a que se refere.
Os eleitores ficaram quites com suas obrigações cívicas.
Só fará prova o aluno quite com a tesouraria do colégio.
f) Só
Adjetivo (só = sozinho), concorda com o nome a que se refere.
Merecem elogios os meninos que se fazem por si sós.
Observação:
As locuções em anexo e em separado são invariáveis.
Em anexo, seguirão as duplicatas correspondentes.
Seguem, em separado, as cópias das notas fiscais.
h) Possível
Concorda com o nome a que se refere.
Já fizemos todas as tentativas possíveis.
No singular, com as expressões superlativas o mais, o menos, o melhor, o pior.
Mantenha os alunos o mais ocupados possível.
No plural, com essas expressões no plural: os / as mais, os / as menos, os / as melhores, os /
as piores.
Na Suíça, fabricam-se os melhores relógios possíveis.
Observação:
A expressão (o) quanto possível é invariável.
Gosto de cervejas tão geladas (o) quanto possível.
Observação:
Com determinante a concordância será obrigatória.
Aquela mulher é talhada para secretária.
Nenhuma bebida é boa como a água.
m) A olhos vistos
Na linguagem contemporânea, invariável.
A menina emagrecia a olhos vistos.
Observação:
Em linguagem já arcaica, o particípio "visto" concorda com o sujeito (aquilo que se vê).
A menina emagrecia a olhos vista.
n) Tal qual
Em função predicativa, concordam com os respectivos sujeitos.
Os jogadores do Flamengo são tais qual o
suj.
próprio time.
suj.
Múltipla escolha
16. Considerando o período: "Reincidente, terá sua carteira permanentemente cassada na terceira
vez.", assinale a opção que se apresenta de acordo com a norma culta do Português.
a) Reincidentes, terão sua carteira permanentemente cassada nas terceiras vezes.
b) Reincidentes, terão suas carteiras permanentementes cassadas na terceira vez.
c) Reincidente, terão suas carteiras permanentemente cassadas na terceira vez.
d) Reincidentes, terão suas carteiras permanentemente cassadas na terceira vez.
19. Aponte a opção cuja seqüência preenche corretamente as lacunas deste período.
"Muito ___________, disse ela. Vocês procederam __________ considerando meu ponto de vista e
minha argumentação ___________ .”
Estão corretas:
a) 1,2e3 d) 2e3
b) 3e4 e) 1 e4
c) 1 e 2
21. Todos os períodos abaixo estão corretos. Existem, porém, dentre eles alguns que admitem outra
forma de concordância, correta também. Indique a alternativa que abrange estes períodos.
1. Eram agastamentos e ameaças fingidos.
2. Pai e mãe extremosos não pouparam sacrifícios para educar os filhos.
3. Tinha por ele alta admiração e respeito.
4. Leu atentamente os poemas camoniano e virgiliano.
5. Vivia em tranqüilos bosques e montanhas.
a) 1,2 e 3 d) 1,2e5
b) 1,2 e 4 e) 3 e 5
c) 2, 3 e 5
22. Tendo em vista as normas de concordância, assinale a opção em que a lacuna só pode ser
preenchida por um dos termos colocados entre parênteses.
a) Cabelo e pupila _____________ . ( negros/negra)
b) Cabeça e corpo _____________ . (monstruoso/ monstruosos)
c) Calma e serenidade _____________. (invejável/invejáveis)
d) Dentes e garras _____________ . (afiados/afiadas)
e) Tronco e galhos _____________ . (seco/secos)
GABARITO
1.V 7.V 13.F 19.B 25.D
2.F 8.V 14.F 20.C 26.A
3.V 9.F 15.V 21.B 27.B
4.F 10.V 16.D 22.E 28.C
5.F 11.F 17.A 23.D
6.F 12.V 18.B 24.A
CONCORDÂNCIA VERBAL
SUJEITO SIMPLES
Regra geral: o verbo concorda com o núcleo do sujeito.
Os povos constroem sua História.
A virtude aromatiza e purifica o ar, os vícios o corrompem.
Aos maus e aos poderosos só interessa a vantagem pessoal.
SUJEITO COMPOSTO
Regra geral: verbo no plural e (caso seus núcleos sejam de pessoas gramaticais diferentes) na
pessoa de número mais baixo.
O candidato e seus eleitores acreditavam nas reformas.
3ª pes. 3ª pes. 3ª pes. pl. (eles)
Observação:
Na linguagem moderna, ocorre, cada vez mais, a substituição do tratamento "vós" por "vocês"
(uma forma de silepse de pessoa).
"Juro que tu e tua mulher me pagam." (Coelho Neto)
2ª pes. 3ª pes. 3ª pes. pl. (vocês)
3. Núcleos em gradação - o verbo concorda com o núcleo mais próximo, podendo também ir para o
plural.
Um século, um ano, um mês não fará / farão diferença.
4. Núcleos sinônimos - o verbo concorda com o núcleo mais próximo, podendo também ir para o
plural.
A dor e o sofrimento sempre nos acompanha / acompanham.
5. Núcleos ligados pela preposição "com" - o verbo de preferência no plural, podendo concordar
com o 1° núcleo para realçá-lo.
O professor com seus alunos realizaram / realizou a pesquisa.
Observação:
Se o núcleo preposicionado vier separado por vírgulas, o verbo deverá concordar com o 1°
núcleo (suj. simples).
O professor, com seus alunos, realizará a pesquisa.
suj. simples adv. companhia
Observação:
Verbo no plural se os infinitivos estiverem determinados por artigo ou se forem antônimos.
Em sua vida, à porfia, rir e chorar se alternam.
O amar e o sofrer tornam os homens mais humanos.
8. Núcleos ligados por conjunção comparativa - o verbo concorda com o 1° núcleo, se quisermos
destacá-lo (o 2° núcleo vem separado por vírgulas).
Na realidade, a felicidade, como o paraíso, não existe.
- o verbo concorda com os dois núcleos, isto é, no plural (nesse caso não há vírgulas).
O homem como todos os seres humanos são mortais.
CASOS PARTICULARES
a) Um ou outro - verbo no singular.
Um ou outro vaga-lume tornava mais vasta a escuridão.
b) Um e outro, nem um nem outro, nem... nem ... - verbo no singular ou plural, facultativamente.
Uma e outra possibilidade aconteceu / aconteceram.
Nem um nem outro policial fez / fizeram a ronda costumeira.
Nem concurso nem loteria daria / dariam maior felicidade.
Observação:
Essa regra será quebrada se houver:
1) reciprocidade - verbo somente no plural.
Um e outro carro chocaram-se na pista.
Observação:
Essa regra será alterada se ocorrer:
1) reciprocidade - verbo no plural.
Mais de um deputado se agrediram verbalmente.
e) Sujeito coletivo, partitivo ou percentual - o verbo concorda com o núcleo do sujeito ou com seu
determinante, se houver.
O bando pousou no varal.
O bando de pássaros pousou / pousaram no varal.
A maioria estuda seriamente para o concurso.
A maioria dos alunos estuda / estudam para o concurso.
Dez por cento vivem na miséria.
Dez por cento da população vivem / vive na miséria.
Observação:
Se o percentual vier determinado por artigo ou pronome, o verbo concordará apenas com o
núcleo do sujeito (o percentual).
Meus dez por cento do lucro sumiram.
f) Locução pronominal com pronome pessoal preposicionado - podem ocorrer duas estruturas:
1) pronome inicial no singular - verbo na 3ª pessoa do singular.
Nenhum de nós faria tamanha tolice.
Qual de vós comunicou o resultado da pesquisa?
a
2) pronome inicial no plural - verbo na 3 pessoa do plural ou concordando com o pronome pessoal.
Poucos de nós fariam / faríamos tamanha tolice.
Quais de vós comunicaram / comunicastes o resultado?
Observações:
1) Com títulos de obras vacilam os escritores, ora deixando o verbo no singular, ora no plural,
alegando-se uma concordância com um termo implícito.
Os Sertões imortalizaram Euclides da Cunha. (indiscutível)
Os Sertões (o romance) imortalizou Euclides da Cunha.
Observação:
O verbo pode flexionar-se (hajam vista), havendo nome no plural sem preposição:
Não viajaremos, hajam vista os problemas surgidos.
i) Verbo "parecer" seguido de infinitivo - flexiona-se o verbo parecer ou o outro verbo, nunca os
dois.
As crianças parecem estar felizes.
As crianças parece estarem felizes.
Índice de indeterminação do sujeito [se + (v.i. / v.t.i. / v. lig.)] - verbo na 3ª pessoa do singular,
sujeito indeterminado.
Aqui, vive-se feliz: lá, só Deus sabe.
v.i. i.i.s.
Na escola, assistiu-se a filmes instrutivos.
v.t.i. i.i.s.
Observação:
Quando se empregar o objeto direto preposicionado, o verbo ficará, também, na 3ª pessoa do
singular, sujeito indeterminado.
Louva-se a Deus, porque se teme ao demônio.
v.t.d. o.d. prep. i.i.s. v.t.d. o.d. prep.
i.i.s. i.i.s.
n) Pronome "quem" - o verbo fica na 3ª pessoa do singular, mas pode concordar, também, com o
antecedente.
Fui eu quem resolveu a questão.
Fui eu quem resolvi a questão. (Rocha Lima)
Observação:
Nas locuções verbais, formadas com esses verbos, a impessoalidade (3ª pessoa do singular)
recai no verbo auxiliar.
Os lugares eram poucos e, por isso, começou a haver brigas.
CONCORDÂNCIA DO VERBO SER
O verbo ser concorda com o sujeito, cora o predicativo ou, facultativamente, com o sujeito ou
com o predicativo.
Observação:
Em relação às datas, admitem-se três construções:
1) Concordando com o numeral:
Amanhã serão vinte de abril.
CONCORDÃNCIA FACULTATIVA
Sujeito pronome indefinido (tudo ou nada)
Na juventude, tudo é / são flores.
Múltipla escolha
25. Assinale a opção em que a concordância verbal está incorreta.
a) São Paulo e Rio de Janeiro estão entregues a uma bilateral delinqüência - a dos criminosos comuns
e a dos policiais criminosos. De permeio, dezenas de inocentes são brutalmente sacrificados.
b) É compreensível o pavor da população diante da criminalidade. Porém, esse clima angustiante
estimula a matança oficial.
c) Assim, a política de extermínio que toma conta de nossos policiais, além de covarde e cruel com
inocentes nivelam por baixo bandidos e policiais, tornando-os delinqüentes comuns.
d) A segurança pública, dever do Estado, é exercida, também, pelas polícias militares. Forçoso é
reconhecer que o Estado está falhando, para dizer o mínimo, em seu dever.
e) A violência uniformizada, além de covarde e odiosa, ao contrário de manter a segurança, causa a
total insegurança.
28. Indique o trecho em que ocorre erro de concordância verbal, segundo o padrão culto da Língua
Portuguesa.
a) A outra das terras por eles exploradas, pela mesma época, os portugueses deram o nome de Brasil,
porque havia ali muito pau conhecido por esse nome. Foi sorte. Havia também, muitos macacos nessa
mesma terra, e muitos papagaios. (Veja, 6/7/94)
b) Os cheques pré-datados, que permite aos lojistas financiar seus clientes nas compras a prazo, em
alguns casos representam até a metade dos cheques recebidos pelo comércio. (O Globo. 15/1/94)
c) Os desarranjos na economia se expressam na ordem social por desequilíbrios calamitosos. São o
desemprego generalizado, as pressões inflacionárias, a queda do produto, a depressão das massas e,
síntese dialética, a violência. (Correio Braziliense, 8/7/94)
d) Mas, se, para além das palavras, se consideraram os atos do executivo e as atuais negociações,
parece que as pressões já começam a ter efeito. Há dez dias o país foi surpreendido com a nova
versão do Orçamento que prevê uma elevação de U$ 10 bilhões nos gastos do governo e igual
aumento na estimativa de receitas. (Folha de S. Paulo, 13/5/94)
e) O momento é grave. Cabe aos políticos a obrigação de manter a serenidade e o equilíbrio nos
debates, que certamente passarão para o plenário da Câmara e do Senado. (Jornal de Brasília,
27/8/92)
30. Assinale a opção em que um dos pares fere as regras da norma culta.
a) N. Elias é um dos autores que opõe o conceito de civilização ao de cultura para definir o que é
nação ocidental.
N. Elias é um dos autores que opõem o conceito de civilização ao de cultura para definir o que é
nação ocidental.
b) A catequese, a pacificação torna o índio assimilável e oportuniza o avanço branco.
A catequese, a pacificação tornam o índio assimilável e oportunizam o avanço branco.
c) Na literatura missionária, mais de um relato faz distinção entre índio "civilizado" e índio "selvagem".
Na literatura missionária, mais de um relato fazem distinção entre índio "civilizado" e índio
"selvagem".
d) Nem o mulato nem o caboclo perde sua identidade frente ao branco, como acontece com o
indígena.
Nem o mulato nem o caboclo perdem sua identidade frente ao branco, como acontece com o
indígena.
e) Muitos de nós brasileiros reconhecem que a concepção de nossa identidade vem do branco
europeu.
Muitos de nós brasileiros reconhecemos que a concepção de nossa identidade vem do branco
europeu.
GABARITO
1. F 7. V 13. F 19. F 25. C
2. V 8. V 14. F 20. V 26. B
3. V 9. V 15. F 21. F 27. D
4. F 10. F 16. F 22. V 28. B
5. V 11. V 17. F 23. V 29. E
6. V 12. V 18. F 24. V 30. C
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
REGÊNCIA VERBAL
É a maneira de o verbo relacionar-se com seus complementos.
Observação:
O pronome lhe será usado quando o objeto indireto for palavra que indique pessoa; caso contrário,
usar-se-á o pronome ele com a respectiva preposição.
Observação:
Se ocorrer ambigüidade, deve ser usado apenas como v.t.d.
A enfermeira assistiu ao transplante. (viu ou deu assistência?)
A enfermeira assistiu o transplante.
Observação:
Alguns gramáticos dão preferência ao uso do pronome "o".
Chamaram-no inteligente.
o.d. predic. o.d.
Chamaram-no de inteligente.
o.d. predic. o.d.
Chamaram ao aluno, inteligente.
o. i. predic. o.i.
Chamaram-lhe inteligente.
o.i. predic. o.i.
Chamaram-lhe de inteligente.
o. i. predic. o.i.
Observação:
Como se pode ver, o objeto indireto é pessoa e o sujeito, oracional; devendo, portanto, evitar-se:
Os alunos custaram a entender tais assuntos.
Observação:
Essa é construção clássica que tem como sujeito o ser lembrado.
Observação:
Alguns autores clássicos o empregaram como v.t.d. - porém, na linguagem atual, esse procedimento
não tem mais trâmites.
Observações:
a) Seguido de infinitivo, pode a preposição ficar subentendida.
O pequenino visava conquistar a simpatia de todos.
b) Apesar de exemplos clássicos como transitivo direto, não se recomenda tal procedimento na
linguagem hodierna.
Observação:
O erro comum é o uso da preposição em em vez de a.
Quando cheguei em Brasília. (incorreto)
Observação:
O erro comum é usar a preposição em.
Com licença, preciso ir no banheiro. (incorreto)
Namorar (v.t.d.)
Paula namorava todos os rapazes da rua.
Observação:
O erro comum é usar-se com a preposição com.
Raimunda só foi feliz namorando com Ricardo. (incorreto)
Observação:
O erro comum tem sido usá-los como transitivos diretos.
Pedrinho, não desobedeças teu pai! (incorreto)
Observação:
O erro comum é a construção com objeto direto "pessoa".
Amanhã pagaremos os funcionários. (incorreto)
Preferir (v.t.d.i. )
Há indivíduos que preferem o sucesso fácil ao triunfo meritório.
Observação:
O erro comum é o uso redundante de "reforços" (antes, mais, muito mais, mil vezes, etc) e de
"comparativos" (que ou do que).
Prefiro mil vezes um inimigo do que um falso amigo. (incorreto)
Observações:
Têm a mesma regência os verbos morar, situar-se, estabelecer-se e os adjetivos derivados sito,
residente, morador, estabelecido.
Ela reside na SQN 315, estabeleceu-se na QNG, sito na casa 10.
O erro comum é usar-se a preposição a.
Todos estarão tio local determinado, sito a SCLN 314. (incorreto)
Observação:
O erro comum é usá-lo como verbo pronominal, reflexivo.
Nunca me simpatizei com modas. (incorreto)
Observação:
O erro comum, com esses verbos, é a construção em que aparecem dois objetos diretos ou dois
indiretos, isto é, por excesso ou omissão de preposição.
Avisei-os que a prova fora transferida. (incorreto)
o.d. o.d. > dois objetos diretos
REGÊNCIA NOMINAL
É a relação de subordinação entre o nome e seus complementos, devidamente estabelecida
por intermédio das preposições correspondentes.
Acostumado (a, com)
Estava acostumado a / com qualquer coisa.
Afável (a, com, para com)
Parecia afável a / com / para com todos.
Afeiçoado (a, por)
Afeiçoado aos estudos. Afeiçoado pela vizinha.
Aflito (com, por)
Aflito com a notícia. Aflito por não ter notícia.
Amizade (a, por, com)
Amizade à / pela / com a irmã mais velha.
Analogia (com, entre)
Não há analogia com / entre os fatos históricos.
Apaixonado (de, por)
Era um apaixonado das / pelas flores.
Apto (a, para)
Estava apto ao / para o desempenho das funções.
Ávido (de, por)
Um homem ávido de / por novidades.
Constituído (de, por)
Um grupo constituído de / por várias turmas.
Contemporâneo (a, de)
Um estilo contemporâneo ao / do Modernismo.
Devoto (a, de)
Um aluno devoto às / das artes.
Falho (de, em)
Um político falho de / em caráter.
Imbuído (de, em)
Imbuído de / em vaidades.
Incompatível (com)
A verdade é incompatível com a realidade.
Passível (de)
O projeto é passível de modificações.
Propenso (a, para)
Sejam propensos ao / para o bem.
Residente (em)
Os residentes na Capital.
Vizinho (a, de)
Um prédio vizinho ao / do meu.
Múltipla escolha
11. Assinale a opção correta quanto à regência verbal.
a) Eu não lhe vi avançar o sinal, mas assisti o seu desrespeito ao pedestre, conduzindo o veículo, em
alta velocidade, pelo acostamento.
b) Não lhe conheço bem para afirmar que ele tem o hábito de namorar com a vítima dentro do
automóvel.
c) Informou-lhe que as medidas de prevenção de acidentes no trânsito não implicavam custo adicional
para a administração.
d) O agente de trânsito tentava explicar ao motorista de que não visava o agravamento da punição e,
sim, que queria ajudar-lhe.
14. Quanto à regência verbal, escreva (1) nas corretas e (2) nas incorretas.
( ) Logo que chegou, eu o ajudei como pude.
( ) Preferia remar do que voar de asa delta.
( ) Naquela época, eu não visava o cargo de diretor.
( ) Sem esperar, deparei com ela bem perto de mim.
( ) Nós tentamos convencê-lo que tudo era imaginação.
20. De acordo com a norma culta, há erro de regência do termo destacado em:
a) Meu apartamento é contíguo ao do meu irmão.
b) O candidato julgou estar apto a fazer um bom exame.
c) A sociedade não pode ficar imune a essas solicitações.
d) A tolerância, mesmo exagerada, é preferível do que o ódio.
e) A Justiça do Trabalho é que julga os dissídios entre trabalhadores e patrões.
22. Aponte, entre as alternativas abaixo, aquela que relaciona os elementos que preenchem
corretamente as lacunas do texto abaixo.
"A ida dos meninos _____ casa da fazenda fez _____ que o velho, sempre intolerante _____ crianças
e fiel ______ seu costume de assustá-las, persistisse ______ busca _____ um plano para pô-las ____
fuga."
a) à – com – com – a – na – de – em;
b) para – a – às – em – na – a – na;
c) na – em – das – do – com – por – de;
d) a – em – de – de – com a – para – com;
e) à – com – nas – à – com – por – em.
27. Assinale a opção cuja lacuna não pode ser preenchida pela preposição entre parênteses.
a) Uma grande mulher, __________ cuja figura os velhos se comoviam. (com)
b) Uma grande mulher, _______ cuja figura já nos referimos antes. (a)
c) Uma grande mulher, _________ cuja figura havia um ar de decadência. (em)
d) Uma grande mulher, _______ cuja figura todos estiveram apaixonados. (por)
e) Uma grande mulher, _______ cuja figura as crianças se assustavam. (de)
28. Aponte a opção em que a substituição da preposição (entre parênteses) contraria os preceitos
gramaticais da norma culta.
a) Contribuição decisiva à (para) solução do problema.
b) Verdades incômodas relacionadas com (a) a situação da leitura.
c) Fugir a (de) novas oportunidades.
d) Embora não tenha para (a) apoiar-me estatísticas oficiais.
e) Verificam-se problemas oriundos de (em) causas gerais.
GABARITO
1. F 7. F 13. B 19. E 25. C
2. F 8. F 14. D 20. D 26. D
3. F 9. F 15. D 21. C 27. E
4. F 10. F 16. E 22. A 28. E
5. F 11. C 17. D 23. E 29. E
6. F 12. E 18. E 24. A 30. B
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
triste = melancólico.
resgatar = recuperar
maciço = compacto
ratificar = confirmar
digno = decente, honesto
reminiscências = lembranças
insipiente = ignorante.
ANTÔNIMOS: São palavras que apresentam, entre si, sentidos opostos, contrários.
bom x mau
bem x mal
condenar x absolver
simplificar x complicar
HOMÔNIMOS: São palavras iguais na forma e diferentes na significação. Há três tipos de homônimos:
retificar e ratificar;
emergir e imergir.
Fundamentos Éticos
A ética é a parte da filosofia que propõe discutir o bem comum - ou seja, o interesse da
sociedade que, muitas vezes, se contrapõe ao interesse individual. Não se pretende apresentar aqui
uma lista de obrigações, nenhum decálogo de moral e civismo. Mas, ao exercer suas funções, o
servidor público se obriga a colocar o interesse coletivo acima do particular.
No caso de elaboração e emissão de documentos, essas preocupações presidem as ações.
Ao lado da boa-vontade, a honestidade deve pautar a conduta funcional, e os documentos elaborados
representar obrigatoriamente a verdade, sem nada acrescentar ou subtrair.
Todo cidadão tem direito de receber do funcionário público tratamento correto quando recorre
ao GOVERNO, instituição impessoal que deve representar a vontade pública do bem comum. Dessa
forma, espera-se que todos os que utilizarem este Manual não percam de vista o compromisso de
bem servir, tendo a verdade e o bem comum como metas da sua atuação.
REDAÇÃO OFICIAL
Redação oficial é a maneira de redigir própria da Administração Pública. Sua finalidade
básica é possibilitar a elaboração de comunicações e normativos oficiais claros e impessoais, pois o
objetivo é transmitir a mensagem com eficácia, permitindo entendimento imediato.
A eficácia da comunicação oficial depende basicamente do uso de linguagem simples e
direta, chegando ao assunto que se deseja expor sem passar, por exemplo, pelos atalhos das
fórmulas de refinada cortesia usuais no século passado. Ontem o estilo tendia ao rebuscamento, aos
rodeios ou aos circunlóquios; hoje, a vida moderna obriga a uma redação mais objetiva e concisa.
Considere-se, entretanto, que não há uma forma específica de linguagem administrativa,
mas sim qualidades comuns a qualquer bom texto, seja ele oficial ou literário, aplicáveis à redação
oficial: clareza, coesão, concisão, correção gramatical. Além disso, merecem destaque algumas
características peculiares identificáveis na forma oficial de redigir: formalidade, uniformidade e
impessoalidade.
A seguir, apresenta-se análise pormenorizada de cada uma dessas qualidades e
características.
b) má disposição das palavras na frase: A Defesa Civil pede, neste ofício, cobertores para casal de
lã. (Compare-se: A Defesa Civil pede, neste ofício, cobertores de lã para casal.);
c) ambigüidade: Ela pensava no tempo em que trabalhara com o Cassiano e concluía que a sua falta
de visão teria contribuído para o fracasso do projeto.
(Ambigüidade ocasionada peloemprego do pronome sua, que é válido tanto para ela como para ele;
falta de visão dele ou dela?);
Coesão
O termo coesão pode ser conceituado como a união íntima das partes de um todo. Assim, o
texto coeso é aquele em que as palavras, as orações, os períodos e os parágrafos estão interligados
e coerentemente dispostos.
Às vezes, o cuidado com a estrutura do parágrafo pode induzir ao equívoco de encará-lo
como redação autônoma, bastante em si mesmo. Apesar de ser uma unidade lógica completa
(começo, meio e fim), não pode estar solto do restante do texto.
Para que esse desligamento não ocorra, temos de trabalhar com mecanismos de ligação
entre os parágrafos. A utilização desses mecanismos chama-se transição ou coesão.
A transição não é necessariamente feita por partículas ou expressões. Ela pode ocorrer, por
exemplo, com a utilização do mesmo sujeito da oração precedente. O importante nos mecanismos
de transição é manter a fluência do texto.
Exemplos de algumas partículas e expressões de transição: da mesma forma, aliás,
também, mas, por fim, pouco depois, pelo contrário, assim, enquanto isso, além disso, a propósito,
em primeiro lugar, no entanto, finalmente, em resumo, portanto, por isso, em seguida, então, já que,
ora, daí, dessa forma, além do mais.
Concisão
A concisão consiste em expressar com um mínimo de palavras um máximo de informações,
desde que não se abuse da síntese a tal ponto que a idéia se torne incompreensível. Afinal, o tempo
é precioso, e quanto menos se rechear a frase com adjetivos, imagens, pormenores desnecessários
ou perífrases (rodeios de palavras), mais o leitor se sentirá respeitado.
Para que se redija um texto conciso, é fundamental que se tenha, além de conhecimento do
assunto sobre o qual se escreve, o tempo necessário para revisá-lo depois de pronto. É nessa
revisão que muitas vezes se percebem eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de
idéias. Veja-se, por exemplo, o seguinte texto:
A partir desta década, o número cada vez maior e, por isso mesmo, mais
alarmante de desempregados, problema que aflige principalmente os países em
desenvolvimento, tem alarmado as autoridades governamentais, guardiãs perenes
do bem-estar social, principalmente pelas conseqüências adversas que tal fato
gera na sociedade, desde o aumento da mortalidade infantil por desnutrição aguda
até o crescimento da violência urbana que aterroriza a família, esteio e célula-
mater da sociedade.
Se esse mesmo trecho for reescrito sem a carga informativa desnecessária, obtém-se um
texto conciso e não prolixo:
Vê-se, assim, como é importante o texto enxuto. Economizar palavras traz benefícios ao
texto: o primeiro é errar menos; o segundo, poupar tempo; o terceiro, respeitar a paciência do leitor.
Pode-se adotar como regra não dizer mais nem menos do que precisa ser dito. Isso não significa
fazer breves todas as frases, nem evitar todo o detalhe, nem tratar os temas apenas na superfície;
significa, apenas que cada palavra é importante.)
Correção gramatical
Correção gramatical é a utilização do padrão culto de linguagem, ou seja, é escrever sem
desrespeitar os fatos particulares da língua e as regras apropriadas para o seu perfeito uso. As
incorreções gramaticais desmerecem o redator e põem em dúvida sua autoridade para falar sobre
qualquer assunto.
Além disso, conhecer a própria língua não é privilégio de gramáticos, senão dever de todos
aqueles que dela se utilizam. É erro de conseqüências imprevisíveis acreditar que só os escritores
profissionais têm a obrigação de saber escrever. Saber escrever a própria língua faz parte dos
deveres cívicos. A língua é a mais viva expressão da nacionalidade.
Formalidade e uniformidade
A formalidade consiste na observância das normas de tratamento usuais na correspondência
oficial. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome
de tratamento para uma autoridade de certo nível; mais do que isso, a formalidade diz respeito à
polidez, à civilidade no tratamento do assunto do qual cuida a comunicação.
É importante salientar que a formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária
uniformidade das comunicações. Ora, se a Administração Pública (municipal, estadual, distrital ou
federal) é una, é natural que suas comunicações sigam um mesmo padrão. O estabelecimento
desse padrão exige atenção a todas as características da redação oficial e cuidado com a
apresentação dos textos. O uso de papéis uniformes e a correta diagramação do texto são
indispensáveis para a padronização das comunicações oficiais.
Impessoalidade
A finalidade pública está sempre presente na redação oficial, daí a necessidade de ser ela
isenta de interferência da individualidade de quem a elabora. O tratamento impessoal que deve ser
dado aos assuntos constantes das comunicações oficiais decorre:
a) da ausência de impressões individuais da pessoa que comunica: independentemente de quem
assina um expediente, a comunicação é sempre feita em nome do serviço público;
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação: seja um cidadão, seja um órgão público, o
destinatário é sempre considerado de forma homogênea e impessoal;
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: as comunicações oficiais restringem-se a
questões referentes ao interesse público; não cabe nelas, portanto, qualquer tom particular ou
pessoal.
Desse modo, não há lugar na redação oficial para impressões pessoais, como as que, por
exemplo, constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um
texto literário. É importante salientar que o caráter impessoal do texto é mantido pela utilização do
verbo na terceira pessoa do singular ou plural, ou ainda na primeira pessoa do plural.
Harmonia:
Uma mensagem é harmoniosa quando é elegante, ou seja, quando soa bem aos nossos
ouvidos. Muitos fatores prejudicam a harmonia na redação oficial, tais como:
a) a aliteração (repetição do mesmo fonema): Na certeza de que seria bem sucedido, o sucessor fez
a seguinte asserção: ... (aliteração do fonema);
b) a emenda de vogais (ou hiatismo): Obedeça à autoridade;
c) a cacofonia (encontro de sílabas em que a malícia descobre um novo termo com sentido torpe ou
ridículo) : Dê-me já aquela garrafa;
d) a rima: O diretor chamou, com muita dor, o assessor, dizendo-lhe que, embora reconhecendo ser
o mesmo trabalhador, não lhe poderia fazer esse favor;
e) a repetição excessiva de palavras: O presidente da nossa empresa é primo do presidente daquela
transportadora, sendo um presidente muito ativo;
f) o excesso de que: Solicitei-lhe que me remetesse o parecer que me prometera a fim de que eu
pudesse concluir a análise que me fora solicitada.
Polidez:
O texto polido revela civilidade, cortesia. A finalidade, especialmente nas correspondências
oficiais, é impressionar o destinatário de forma favorável, evitando frases grosseiras ou insultuosas,
expressando respeito sem rebaixamento próprio. Expressar consideração pelo outro, sem ao mesmo
tempo rebaixar-se, por vezes até compensa falhas nas outras qualidades fundamentais do texto
antes examinadas. Correspondência é contato humano e, como tal, deve ser pautada pelos mesmos
princípios de convivência pacífica da vida social.
Uso elegante de pronomes oblíquos
Os pronomes oblíquos (me, lhe, nos) substituem muito elegantemente os possessivos
(minha, sua) em frases como as seguintes:
O barulho perturba-me as idéias (em vez de: O barulho perturba as minhas idéias).
Ninguém lhe ouvia as propostas (em vez de: Ninguém ouvia as suas propostas).
A solução do problema nos tomou o dia (em vez de: A solução do problema tomou o nosso dia).
Chavão:
É lugar comum, clichê. É o que se faz, se diz ou se escreve por costume. De tanto ser
repetido, o chavão perde a força original, envelhece o texto. Recorrer a eles poderá denotar falta de
imaginação, preguiça ou pobreza vocabular. Por isso, deve-se procurar evitá-los. Exemplos de
chavões:
a cada dia que passa hora da verdade
a olhos vistos inflação galopante
abrir com chave de ouro inserido no contexto
acertar os ponteiros mestre Aurélio (dicionário)
ao apagar das luzes obra faraônica
assolar o país óbvio ululante
astro-rei (sol) parece que foi ontem
baixar a guarda passar em brancas nuvens
cair como uma bomba perda irreparável
calor escaldante perder o bonde da história
crítica construtiva pomo da discórdia
depois de longo e tenebroso silêncio sepulcral inverno
singela homenagem dizer cobras e lagartos
tábua de salvação em sã consciência
vaias estrepitosas estar no fundo do poço
voltar à estaca zero
Pleonasmo:
Indica redundância de expressão, ou seja, repetição de uma mesma idéia, mediante palavras
diferentes. Quando a repetição de idéia não traz nenhuma energia à expressão, o pleonasmo passa
a ser vício, devendo, nesse caso, ser evitado. Exemplos de pleonasmos indesejáveis:
acabamento final expressamente proibido
a razão é porque fato real
a seu critério pessoal há anos atrás
certeza absoluta meu amigo particular
comer com a boca multidão de pessoas
conviver junto planejar antecipadamente
criação nova relações bilaterais entre dois países
descer para baixo sintomas indicativos
destaque excepcional subir para cima
elo de ligação surpresa inesperada
em duas metades iguais todos foram unânimes
empréstimo temporário ver com os olhos
encarar de frente
Ambigüidade:
Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em mais de um sentido. Como a clareza
é requisito básico de todo texto oficial, deve- se atentar para as construções que possam gerar
equívocos de compreensão. A ambigüidade decorre, em geral, da dificuldade de identificar-se a que
palavra se refere um pronome que possui mais de um antecedente na terceira pessoa. Outro tipo de
ambigüidade decorre da dúvida sobre a que se refere a oração reduzida. Exemplos:
Ambíguo: O Chefe de Gabinete comunicou ao Diretor que ele seria exonerado. (Quem seria
exonerado? O Chefe de Gabinete? O Diretor?)
Claro: O Chefe de Gabinete comunicou a exoneração dele ao Diretor. (O Chefe de Gabinete foi
exonerado.)
Claro: O Chefe de Gabinete comunicou ao Diretor a exoneração deste. (O Diretor foi exonerado.)
Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da República, em seu discurso, e solicitou sua
intervenção no seu Estado, mas isso não o surpreendeu. (Discurso de quem? Estado de quem?
Quem não se surpreendeu?)
Claro: Em seu discurso, o Deputado saudou o Presidente da República. No pronunciamento,
solicitou a intervenção federal em seu Estado, o que não surpreendeu o Presidente. (Discurso do
Deputado. Estado do Deputado. O Presidente não se surpreendeu.)
Erros de paralelismo:
Uma das convenções estabelecidas na língua escrita consiste em apresentar idéias similares
numa forma gramatical idêntica, o que se chama de paralelismo. Assim, incorre-se em erro ao
conferir forma não paralela a elementos paralelos. Exemplos:
Errado: Pelo aviso circular recomendou-se às unidades economizar energia e que elaborassem
planos de
redução de despesas.
Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se às unidades que economizassem energia e (que)
elaborassem planos para redução de despesas.
Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se às unidades economizar energia e elaborar planos para
redução de despesas.
Errado: No discurso de posse, mostrou determinação, não ser inseguro, inteligência e ter ambição.
Certo: No discurso de posse, mostrou determinação, segurança, inteligência e ambição.
Certo: No discurso de posse, mostrou ser determinado e seguro, ter inteligência e ambição.
Errado: O novo procurador é jurista renomado, e que tem sólida formação acadêmica.
Certo: O novo procurador é jurista renomado e tem sólida formação acadêmica.
Certo: O novo procurador é jurista renomado, que tem sólida formação acadêmica.
Erros de comparação:
A omissão de certos termos ao se fazer uma comparação deve ser evitada ao redigir, pois
compromete a clareza do texto: nem sempre é possível identificar, pelo contexto, qual o termo
omitido. A ausência indevida de um termo pode impossibilitar o entendimento do sentido que se quer
dar a uma frase:
EXEMPLO
RELATÓRIO
Senhor Secretário
Seguindo as diretrizes determinadas pelo plano Estratégico desta Secretaria para o ano de 1999,
pôde esta unidade alcançar as metas previstas nos projetos, conforme se segue.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Apesar das dificuldades em relação às condições de trabalho, com número reduzido de pessoal
qualificado e carência de materiais específicos e equipamentos, consideramos bastante positivos os
resultados obtidos nestes primeiros meses da atual gestão.
JOSÉ DA SILVA
SUPERINTENDENTE DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
Anexos:
ATA
É o documento de valor jurídico, que consiste no resumo fiel dos fatos, ocorrências e
decisões de sessões, reuniões ou assembléias, realizadas por comissões, conselhos, congregações,
ou outras entidades semelhantes, de acordo com uma pauta, ou ordem-do-dia, previamente
divulgada. É geralmente lavrada em livro próprio, autenticada, com as páginas rubricadas pela
mesma autoridade que redige os termos de abertura e de encerramento.
O texto apresenta-se seguidamente, sem parágrafos, ocupando cada linha inteira, sem
espaços em branco ou rasuras, para evitar fraudes. A fim de ressalvar os erros, durante a redação,
usar-se-á a palavra digo; se for constatado erro ou omissão, depois de escrito o texto, usar-se-á a
expressão em tempo. Quem redige a ata é o secretário (efetivo do órgão, ou designado ad hoc para
a reunião). A ata vai assinada por todos os presentes, ou somente pelo presidente e pelo secretário,
quando houver registro específico de freqüência.
Observações:
Com o advento do computador, as atas têm sido elaboradas e digitadas, para posterior
encadernação em livros de ata. Se isto ocorrer, deve ser indicado nos termos de abertura e
fechamento, rubricando-se as páginas e mantendo-se os mesmos cuidados referentes às atas
manuscritas. Dispensam-se as correções do texto, como indicado anteriormente.
No caso de se identificar, posteriormente, algum erro ou imprecisão numa ata, faz-se a
ressalva, apresentando nova redação para o trecho. Assim, submetida novamente à aprovação do
plenário, ficará consagrada. O novo texto será exarado na ata do dia em que foi aprovado,
mencionando-se a ata e o trecho original.
Suas partes componentes são:
1. Cabeçalho, onde aparece o número (ordinal) da ata e o nome do órgão que a subscreve.
2. Texto sem delimitação de parágrafos, que se inicia pela enunciação da data, horário e local de
realização da reunião, por extenso, objeto da lavratura da Ata.
3. Fecho, seguido da assinatura de presidente e secretário, e dos presentes, se for o caso.
EXEMPLO
Presidente
Secretário
ATESTADO
Documento firmado por servidor em razão do cargo que ocupa, ou função que exerce,
declarando um fato existente, do qual tem conhecimento, a favor de uma pessoa.
Suas partes componentes são:
1. Título (a palavra ATESTADO), em letras maiúsculas e centralizado sobre o texto.
2. Texto constante de um parágrafo, indicando a quem se refere, o número de matrícula e a lotação,
caso seja servidor, e a matéria do Atestado.
3. Local e data, por extenso.
4. Assinatura, nome e cargo da chefia que expede o Atestado.
EXEMPLO
ATESTADO
Atesto, para os devidos fins, que José da Silva, Redator, classe A, matrícula n.º 0000-0, lotado na
Assessoria de Imprensa desta Secretaria, teve freqüência integral no período de 1º de janeiro a 30 de
abril do corrente ano.
JOSÉ DA SILVA
Assessor-Chefe
CIRCULAR
EXEMPLO
Atenciosamente
EXEMPLO
DECLARAÇÃO
Assinatura
Nome por extenso
Cargo
MEMORANDO
EXEMPLO
Mem. 118/DJ
Em 12 de abril de 1991
1. Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa Senhoria verificar a possibilidade
de que sejam instalados três microcomputadores neste Departamento.
2 Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria que o equipamento
fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA. Quanto a programas, haveria necessidade de
dois tipos: um processador de textos, e outro gerenciador de banco de dados.
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo da Seção de
Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já manifestou seu acordo a respeito.
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos deste Departamento ensejará
racional distribuição de tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos
serviços prestados.
Atenciosamente,
[nome do signatário]
[cargo do signatário]
OFÍCIO
EXEMPLO
Ilmo Sr.
José da Silva
Presidente do Departamento de Trânsito - RJ
Senhor Presidente,
Atenciosamente
Documento pelo qual o interessado solicita ao Poder Público algo a que se julga com direito,
ou para se defender de ato que o prejudique.
Suas partes componentes são:
1. Vocativo: a palavra Senhor, precedida da forma de tratamento, o título completo da autoridade a
quem se destina, seguida de vírgula.
2. Preâmbulo: nome do requerente (em maiúsculas), seguido dos dados de identificação:
nacionalidade, estado civil, filiação, idade, naturalidade, domicílio, residência etc. Sendo funcionário
do órgão, apresentar apenas os dados de identificação funcional.
3. Texto: exposição do pedido, de forma clara e objetiva, citando o fundamento legal que permite a
solicitação.
4. Fecho: parte que encerra o documento, usando-se, alinhada à esquerda a fórmula:
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
5. Local e data, por extenso.
6. Assinatura do requerente.
EXEMPLO
JOSÉ JOAQUIM, agente administrativo, nível I, matrícula n.º 0000-0, lotado nesta Secretaria, com
exercício no Departamento Geral de Administração, requer revisão de seus proventos, por discordar
do disposto em seu contracheque.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Assinatura