Ciro - Alves - Dos - Santos ARTIGO REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

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ISSN 2595-9611

´
VOLUME 2, NÚMERO 10 - DEZEMBRO 2019

REVISTA
MAIS
~
EDUCAÇÃO

PARCERIA 1
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

EDITORA
CENTRO EDUCACIONAL SEM FRONTEIRAS

R454

Revista mais educação [recurso eletrônico] / [Editora chefe] Fabíola


Larissa Tavares – Vol. 2, n. 10 (dez. 2019) -. São Caetano do Sul:
Editora Centro Educacional Sem Fronteiras, 2019

1348 p.: il. color

Mensal
Modo de acesso: <https://www.revistamaiseducacao.com/sumario-
V2-N10-2019>
ISSN:2595-9611 (on-line)

1.Educação. 2. Pedagogia. I Tavares, Fabíola Larissa, ed. II. Título


CDU: 37
CDD: 370

Gustavo Moura – Bibliotecário CRB-8/9587

www.revistamaiseducacao.com
E-mail: artigo@revistamaiseducacao.com

Rua Manoel Coelho, nº 600, 3º andar sala 302 – Centro São Caetano do Sul – SP CEP: 09510-111 Tel.: (11) 95075-4417

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

EDITORIAL CONSELHO EDITORIAL


Alex Rodolfo Carneiro
UMA BREVE TESSITURA SOBRE COMPETÊNCIAS
Fabíola Larissa Tavares
SOCIOEMOCIONAIS Fatima Ramalho Lefone
Hercules Guimarães Honorato
Referir-se as competências socioemocionais é sempre um desafio.
Segundo Tough (2014), “as competências socioemocionais são habilidades que Lindalva José de Freitas
você pode aprender; são habilidades que você pode praticar; e são habilidades Mariana Siqueira Silva
que você pode ensinar”. Todos os especialistas na área ainda estão Rodrigo da Silva Gomes
engatinhando nesse contexto e cenário tão genial e desconhecido pela maioria Patrícia Regina de Moraes Barillari
das pessoas no mundo, sejam elas educadores ou indivíduos que precisam
aprender o significado, a importância e principalmente precisam aprender a
como desenvolvê-las. EDITORA-CHEFE
O mundo já nos chama a atenção sobre a importância de Fabíola Larissa Tavares
desenvolvermos as competências socioemocionais a três décadas, a partir de
propostas da UNESCO, ONU e os anuais relatórios do Fórum Econômico REVISÃO E NORMALIZAÇÃO
Mundial, propõem ações de desenvolvimento de competências
socioemocionais para a educação e para a vida, um conceito também chamado DE TEXTOS
de Lifelong learning, que propõe exatamente essa educação que perpassa os Fatima Ramalho Lefone
muros da escola e desenvolve o indivíduo como cidadão crítico e consciente do Rodrigo da Silva Gomes
seu papel no mundo.
Nesse sentido, precisamos ressignificar o currículo e o papel do
professor, para que esses atendam às necessidades de uma educação para o PROGRAMAÇÃO VISUAL E
presente e para esse futuro bem próximo. A aprendizagem hoje já acontece de DIAGRAMAÇÃO
forma experencial, que é uma abordagem muito atual na aprendizagem com Cíntia Aparecida da Silva Gomes
significado, pois aprendemos fazendo e, também por meio das experiências
vividas por nós e pelo outro.
Precisamos aprender a aprender, precisamos construir histórias PROJETO GRÁFICO
cheias de significados para os nossos alunos. O desenvolvimento e a aplicação Mônica Magalnik
das competências socioemocionais dão sentido à aprendizagem porque elas se
misturam com as próprias experiências vividas por cada um de nós, dentro e COPYRIGTH
fora da escola, trazendo o sentido de aprendizagem para a vida, formando
cidadãos críticos e conscientes que utilizam as suas habilidades para promover
melhorias e impactar de forma positiva o mundo, no qual vivem ou a escola na REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
qual estudam ou na empresa que trabalham. Editora Centro Educacional Sem
Sejam curiosos, a curiosidade é uma competência socioemocional Fronteiras (dezembro, 2019) - SP
fundamental. Lembrem-se das palavras do mestre Freire (1996), "a curiosidade
é o que me move que me inquieta, que me insere na busca, sem ela não Publicação Mensal e
aprendo nem ensino". multidisciplinar vinculada a
Busquem sempre o conhecimento e aprendam, desaprendam, e
Editora Centro Educacional Sem
reaprendam, não se esqueçam dos pilares da UNESCO para a educação sobre
“APRENDER A APRENDER”, desconstruam velhos preconceitos, observem o seu Fronteiras.
aluno, lembre-se que ele é único, que cada um deles aprende à sua maneira, ao
seu tempo e de acordo com as suas necessidades e interesse. “APRENDER A
Os artigos assinados são de
FAZER”, aprendemos a partir da experiência dos outros, da colaboração e do
compartilhamento, “APRENDER A CONVIVER”, exercitem essa competência, responsabilidade exclusiva dos
ensinando aos seus alunos a importância das diferenças e “APRENDER A SER”, autores e não expressam,
cuidem da sua saúde física e não se esqueça da sua saúde mental, façam coisas necessariamente, a opinião do
que lhe proporcionem prazer, comemore cada conquista, seja positivo, tenha Conselho Editorial
bons pensamentos.
Precisamos aprender a aprender, para reaprender a ensinar, está é
uma concepção que nos propõe possibilidades e desafios que promovem o É permitida a reprodução total ou
“REAPRENDER” parcial dos artigos desta revista,
desde que citada a fonte.
Profª Mestre Mirian Nere Martins Zanotta
Mestre em Educação Currículo pela PUC SP, MBA em Gestão de Pessoas,
Especialista em EAD e Bacharel em Administração com Ênfase em Recursos Rua Manoel Coelho, nº 600, 3º
Humanos. Docente, pesquisadora e palestrante em Competências andar sala 302 - Centro
Socioemocionais, Educação Corporativa, Gestão de Pessoas, Psicologia
São Caetano do Sul – SP CEP:
Organizacional, Currículo.
09510-111

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

155 A GESTÃO EM SUAS VISÕES ADMINISTRATIVA E

SUMÁRIO PEDAGÓGICA NO ÂMBITO EDUCACIONAL


Joana D’arc Gomes Cardoso Vanderley
Maria Cecília Florêncio da Silva
09 "ESCOLA X FAMÍLIA": ANÁLISE DA RESPONSABILIDADE
NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO ATRIBUÍDA À ESCOLA 163 A IMPORTÂNCIA DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA NA
E O PAPEL DA FAMÍLIA NESTE PROCESSO. PERSPECTIVA DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
É POSSÍVEL UMA PARCERIA DE TRABALHO EFETIVO Eliane Dourado de Seles Santos
NA CONSTRUÇÃO CIDADÃ?
Marcos Francisco Ribeiro Froes
181 A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE PARA O
DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES MOTORAS NA
31 A APRENDIZAGEM E O DESENVOLVIMENTO DO ALUNO EDUCAÇÃO INFANTIL
COM DEFICIÊNCIA NA ESCOLA REGULAR Wiviane Santos de Camargo
Juliana Koga Vieira
194 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
47 A ARTE CONTEMPORÂNEA: O ENSINO DE ARTES Rosilene de Souza dos Santos
VISUAIS NA ATUALIDADE
Eliane Lemos Reis
204 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO COMO FACILITADOR NO
PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DE ALUNOS
57 A ARTE DE CONTAR HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO COM NECESSIDADES ESPECIAIS
INFANTIL Merciana Dias Ferreira
Debora Cristina Silva Pinheiro Lopes
218 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO COMO FERRAMENTA DE
66 A ARTE E SUA HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL APRENDIZAGEM
Maria Aparecida Rodrigues dos Santos Adriana Mara Gallo

76 A ARTE E SUA IMPORTÂNCIA NA EDUCAÇÃO 229 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL


Ivone Amaral de Lima Silva Christian Maria de Castro Sousa

92 A ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: 247 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL


CONSTRUÇÃO DE SABERES SIGNFICATIVOS Josilene Aparecida de Souza
Cirlei Silva dos Santos
253 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO: O DESENVOLVIMENTO E
101 A BRINCADEIRA E APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA A APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Elisieux Neci da Silva Alencar Joyce Alves Muricy dos Santos

106 A CONTRIBUIÇÃO DE UMA SEGUNDA LÍNGUA DESDE A 261 A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR PROVOCADOR:
EDUCAÇÃO INFANTIL RUBEM ALVES PARA EDUCAÇÃO NOS TEMPOS ATUAIS
Fabiola Adriana Rodrigues de Oliveira Castilho Edinalva Colins Algarvio
Léia Aparecida Vinha Vilhalba
Mônica Cicera Pereira da Paz
114 A DIFERENÇA ENTRE O PROTAGONISMO E A
PARTICIPAÇÃO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Maria do Socorro Evangelista Tavares 272 A IMPORTÂNCIA DOS VÍNCULOS E SENTIMENTO DE
PERTENÇA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Daniela Cristina Aparecida Diniz Rosa
123 A ESCOLA QUE TEMOS – A ESCOLA QUE QUEREMOS: A
ESCOLA PÚBLICA E AS TECNOLOGIAS A SERVIÇO DA
APRENDIZAGEM 285 A INFLUÊNCIA AFRICANA NA LITERATURA INFANTIL
Etelvina Alves Moreira BRASILEIRA
Kelly Ribeiro Reis
130 A ESCRITA NA ESCOLA: NARRATIVA DE UM PROJETO
Maria Helena dos Santos Gonçalves 295 A INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA NOS ANOS INICIAIS
Kelly Naxara
147 A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA PÚBLICA
Rose Soraya Duarte Siqueira

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

306 A INFLUÊNCIA DO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE 428 APARTHEID NA ÁFRICA DO SUL


ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE NAS DIFICULDADES DE Cleonice Leite de Souza Ferraz
APRENDIZAGEM
Tatiana Paula de Souza Pereira
441 ARTE EDUCAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
POR UM FAZER ARTÍSTICO SUSTENTÁVEL
314 A INFLUÊNCIA DOS JOGOS VERBAIS NO PROCESSO DA
ALFABETIZAÇÃO Regina Celia Briotto
Luzia Alves Coutinho
448 ARTES NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
321 A MÚSICA COMO INSTRUMENTO DE INTERVENÇÃO Élida de Sousa Machado
PSICOPEDAGÓGICA EM CRIANÇAS COM PARALISIA
CEREBRAL 462 ARTETERAPIA (ARTES VISUAIS) NA EJA
Erika Tatiana Garcia de Oliveira Toledo Débora Alice Vidal

331 A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO POR 483 AS ATIVIDADES MUSICAIS NA PERSPECTIVA DOS
MEIO DA LINGUAGEM ESCRITA NA EDUCAÇÃO PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL
INFANTIL: ALFABETIZAR OU LETRAR NA EDUCAÇÃO
INFANTIL Maria Izabel Cordeiro
Kátia Maria de Brito Meneses
494 AS DIFERENTES FINALIDADES DO ENSINO MUSICAL NO
DECORRER DA HISTÓRIA
346 A PRÁTICA EDUCACIONAL NA PERSPECTIVA DE
Eliane de Jesus Pereira
GESTÃO ESCOLAR
Eliane Coimbra Aradi
512 AS INSTÂNCIAS DA TRANSFORMAÇÃO PSICOSSOCIAL
E AFETIVA NAS HISTÓRIAS INFANTIS
352 A RELEVÂNCIA DA LUDICIDADE NA PRÁTICA
PEDAGÓGICA Karen Dantas Bonilho Maciel
Déborah Guaraná de Lima Amaral
526 AS INTERFERÊNCIAS CAUSADAS PELO USO DE DROGAS
E ÁLCOOL NA GESTAÇÃO E OS IMPACTOS NA
360 A TECNOLOGIA NA INFÂNCIA APRENDIZAGEM
Inez Gissele Weiller dos Santos Sandra Moreira Coelho

366 AFETIVIDADE E EMOÇÃO COMO FERRAMENTAS PARA


535 AS LUTAS E AS DIFICULDADES NO COTIDIANO DE UM
A APRENDIZAGEM
DEFICIENTE VISUAL
Railda Lopes da Rocha
Marta de Araújo Carvalho

372 AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL:


544 O BRINCAR E O DESENVOLVIMENTO
SUA IMPORTÂNCIA PARA A APRENDIZAGEM NA
INFÂNCIA Juliana Nicoa Negreiros Lopes
Eliana Fatima Rodrigues Nogueira Cimmino
554 CANTIGAS DE RODA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
380 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO O MUNDO LETRADO Nerli Ferreira da Silva
NO 1º ANO DO FUNDAMENTAL I
Elaine Cristina da Silva Beserra 562 CONTEXTO E TRAJETÓRIA DA FILOSOFIA: UMA
ANÁLISE HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
391 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO POR José Saraiva da Silva
MEIO DA LUDICIDADE
Juliana Rosa Evangelista 573 CONTO E RECONTO EM FAMILIA
Zenóbia Silva Pereira Paiva
401 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: CONCEITOS E
DEFINIÇÕES
586 CONTRIBUIÇÕES DA LITERATURA PARA O
Maria Jose Ricadina Coelho DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Joyce Maria de Araujo
413 ANÁLISE DA DIMENSÃO 8 DOS INDICADORES DE
QUALIDADE DA EDUCAÇÃO INFANTIL PAULISTANA:
FORMAÇÃO CONTINUADA DA EQUIPE DOCENTE 595 CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DE VYGOTSKY PARA
EDUCAÇÃO
Michelle Gonçalves do Nascimento Faria
Carlene Aguiar Pereira

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

607 CRIANÇA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 752 ENSINO DA HISTÓRIA DA ÁFRICA E CULTURA AFRO-
NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA BRASILEIRA E INDÍGENA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS
Layanna Prado de Oliveira Ciro Alves dos Santos

619 DESAFIOS DO EDUCADOR NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 765 ESCOLA: ESPAÇO DE INCLUSÃO


Vera Lucia de Faveri Fernandes e Silva Joyce Barbosa dos Santos Lima

627 DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM 774 FUTEBOL E SUAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NA


Gisele Leal Corrêa Pereira ESCOLA
Renato Ilton da Silva Aragão
634 DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM: DISLEXIA
Silmara Filomeno Gonçalves 783 GEOGRAFIA E AS LIGAÇÕES DE INTERESSE À
MEDICINA: AS CONFLUÊNCIAS REGIONAIS PARA A
SAÚDE
640 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DA Luiz Carlos Eduardo Amaral Nascimento
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Marlene Cecílio De Jesus
794 INFLAÇÃO NO BRASIL E A CORRUPÇÃO
Alex Sandro Pires de Lima
647 DISCIPLINA E AUTONOMIA DOS ALUNOS NOS CURSOS
DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD)
José Maria Lemes Souza 808 JOGOS E APRENDIZAGEM: O LÚDICO NO
DESEVOLVIMENTO INTEGRAL
Talita de Jesus Nascimento
654 DIVERSIDADE CULTURAL NAS ESCOLAS
Simone Maria da Silva
825 LETRAMENTO: AMPLIANDO O CONCEITO DE
ALFABETIZAÇÃO
660 DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: O DESAFIO DE Paula Dias da Cunha Ferreira
ENSINAR
Edileuza da Conceição Ferreira
840 MÉTODO PAULO FREIRE:
REFLEXÕES EM UMA PERSPECTIVA DE FORMAÇÃO
666 DUULA, A MULHER CANIBAL - UM CONTO AFRICANO: CONTINUADA
CONTRIBUIÇÃO PARA A INTRODUÇÃO À LITERATURA
INFANTIL JUVENIL AFRICANA Fabrício Masaharu Oiwa da Costa
Patrícia Silva Lima
850 MÉTODOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM NO ENSINO
SUPERIOR
682 EDUCAÇÃO INFANTIL: A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E
BRINCADEIRAS NA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA Ronaldo Domingues da Silva
Maria Jussara Menezes
862 MOTIVAÇÃO: INTERAÇÃO E APRENDIZAGEM
701 EDUCAÇÃO INFANTIL: ABORDAGEM HISTÓRICA José Armando Soares dos Santos
Raquel de Castro Bademian Zapalá
877 MÚSICA, TEATRO E DANÇA NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Josiane Henrique de Luna
712 EDUCAÇÃO INFANTIL: ASPECTOS E CARACTERÍSTICAS
Luciane Aparecida Juventino da Silva 885 NATIVOS DIGITAIS E AS NOVAS TECNOLOGIAS:
IMPACTOS NA ESCOLA E NA ATUAÇÃO DOCENTE
720 EDUCAÇÃO INFANTIL: CONTEXTO HISTÓRICO E Queila Brandão da Silva
FORMAÇÃO DOCENTE
Adriana Souza da Cruz Santos 896 NEUROPSICOPEDAGOGIA E O PROCESSO DE
APRENDIZAGEM
731 EDUCAÇÃO INFANTIL: MÚSICA E APRENDIZAGEM Rita de Cassia de Oliveira
Rosemeire Gomes Clemente
905 O BRINCAR E SUAS CONTRIBUIÇÕES NO
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE 0 A 4 ANOS
739 EDUCAÇÃO NO BRASIL: RETROSPECTIVA HISTÓRICA
Andressa da Silva Carvalho
Rozana Grossi Teixeira Leite

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914 O DESAFIO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 1037 PRODUÇÃO TEXTUAL E REESCRITA DE CONTOS NOS
Eva Meire de Oliveira ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Amanda Barros de Souza Cioccia
920 O DESENHO INFANTIL E SUAS EXPRESSÕES
Sandra Miranda de Oliveira Silva 1050 PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE UMA SALA DE
ESTIMULAÇÃO VISUAL PARA CRIANÇAS DE 0 a 6 ANOS
COM BAIXA VISÃO NO SETOR DE TERAPIA
928 O ENSINO INVESTIGATIVO EM CIÊNCIAS E SUA OCUPACIONAL DO CENTRO DE REABILITAÇÃO FÍSICA
CONTRIBUIÇÃO NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM DOM BOSCO DE LINS
Luana Major Floresta Luciene Barbosa Sampaio

935 O ENSINO SUPERIOR E SUAS DIFICULDADES 1061 PSICOPEDAGOGIA: POR QUE AVALIAR?
Mara Rubia Daniela Marques Vichessi

946 O ESTÍMULO PSICOMOTOR POR MEIO DE 1067 REAÇÕES ANATÔMICAS E FISOLÓGICAS DO FRANGO
BRINCADEIRAS PEDAGÓGICAS E OS RESULTADOS NO DE CORTE AOS FATORES INTRÍSECOS:
PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO SÍNROME DA HIPERTENSSÃO PULMONAR-ASCITE
Karine Locateli dos Santos Maria Elizangela Cavalcante Alves
Marcia Cristina Madureira de Andrade
Vanessa Leite da Silva 1075 RELAÇÕES ENTRE ORALIDADE E ESCRITA
Fabíola Kallai Navikas Poças
954 O LÚDICO COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE
ENSINO- APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
1092 TECNOLOGIA ASSISTIVA: UM OLHAR REFLEXIVO NAS
Daniela Cristiane dos Anjos SALAS DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO NO MUNICÍPIO DE IGARAPÉ-AÇU – PA
Hildeci de Souza Dantas
967 O LUGAR DO CORPO E DO LÚDICO SEGUNDO A
PSICOPEDAGOGIA Deilane de Souza Ribeiro
Andréia Elvira de Melo Devincola Paula Stefanny da Paixão

1115 TECNOLOGIA NO ENSINO SUPERIOR


977 O PAPEL DA GESTÃO ESCOLAR NA CONSTRUÇÃO DA
CULTURA DA PAZ Natália Gonçalves Duarte
Carla de Souza Bueno
1122 TECNOLOGIA, ORALIDADE E GÊNEROS TEXTUAIS:
REFLEXÕES ACERCA DE UM TRABALHO COM A LÍNGUA
988 O PAPEL DO DOCENTE NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL ORAL EM SALA DE AULA
Josy de Sousa Castão Valdemir Melo de Souza

1134 TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR: A


994 OS LABIRINTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
Simone Aparecida Brugugnoli Hercules Guimarães Honorato

999 OS NEGROS E A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO 1148 TRANSTORNO DE CONDUTA, PSICOPATIA E VIOLÊNCIA
Creuza Pessoa de Araújo Cruz EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Gisele Saviani
1009 PAPEL DA GESTÃO ESCOLAR FRENTE À INDISCIPLINA
DOS ALUNOS 1162 TRANSTORNOS FUNCIONAIS ESPECÍFICOS:
Mônica Gorete Cardim Almeida DESAFIOS E IMPACTOS NA EDUCAÇÃO
Rozana Gonçalves de Oliveira
1021 PARTICIPAÇÃO E EDUCAÇÃO: UM DESAFIO POSSÍVEL
Mara Regina Alcasas 1173 VIVER OS ESPAÇOS FÍSICOS NA PRÉ-ESCOLA
Gislaine Cristina do Espirito Santo
1029 POLÍTICAS PÚBLICAS DE ACESSO ÀS TECNOLOGIAS
NAS ESCOLAS: DESAFIOS E CONQUISTAS
Talita Alves Silva
Jakeline de Sousa Carvalho

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

1186 FORMAÇÃO DOCENTE EM EDUCAÇÃO EM 1263 AFETIVO, SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO:
SEXUALIDADE E PARA SAÚDE SEXUAL E A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NO PROCESSO DE
REPRODUTIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIAS ADAPTAÇÃO DAS CRIANÇAS
FORMATIVAS NO ÂMBITO DO PIBID-Bio/FACEDI-UECE
Denise Emmett da Silva Leite
Raylson Francisco Nunes de Sousa
Maria Glaucilene Sousa Vasconcelos
1279 A CONSCIÊNCIA CORPORAL, A PSICOMOTRICIDADE E
Jéssyka Melgaço Rodrigues O ENSINO EFICAZ NA ALFABETIZAÇÃO
Ana Paula da Silva Oliveira Susen Covre Franzini
Mário Cézar Amorim de Oliveira
1287 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
1200 PSICOMOTROCIDADE E DESENVOLVIMENTO MOTOR Rosana Vieira da Silva
NAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Gleice Roberta Brasolin
1296 A DESVALORIZAÇÃO DO PROFESSOR
Ioneide Rodrigues da Silva Cenatti
1208 EDUCAÇÃO EM SAÚDE: CONSCIENTIZAÇÃO DOS
FUNCIONÁRIOS DE UMA ESCOLA DE NÍVEL INFANTIL
SOBRE DIABETES EM VITÓRIA DE SANTO ANTÃO - PE 1303 MULTILINGUAGUEM E INTERDISCIPLINARIEDADE:
Dayvson Henrique da Silva COMPONENTES DA EXPRESSÃO
Jailton Silvino de Lima Luiza de Caires Atallah
Meydson Gutemberg de Souza
Loiva Liana Santos Borba 1310 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E SUAS
CONSEQUÊNCIAS NAS PRIMEIRAS FASES DA
ALFABETIZAÇÃO
1218 RELATO DE EXPERIÊNCIA: CONHECENDO A REALIDADE Simone Coelho dos Santos
E CONSTRUINDO NOVOS SIGNIFICADOS DE
APRENDIZAGENS E DE PRÁXIS PSICOPEDAGÓGICAS
POSSÍVEIS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 1317 A INTERDISCIPLINARIDADE E A INTERTEXTUALIDADE
José Marciel Araújo Porcino NA ARTE
João Erikes Almeida Marques Elaine Regina Braga Brun
Valmir Diolino de Sousa Filho
Micheli Alexandre de Lima 1325 A MÚSICA E A CONTRIBUIÇÃO NA ARTE
Mileny Alexandre de Lima Jacqueline Capel

1229 AS VARIEDADES DO PORTUGUÊS E O PRECONCEITO 1333 A AFETIVIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO


LINGUÍSTICO: POR UMA SOCIEDADE MELHOR Andréia Fernandes Lapo
Thais Meira Albuquerque
1343 A DIMENSÃO POSSÍVEL NA OBRA DE LEON FERRARI
1241 A ARTE E SEUS BENEFÍCIOS Cleide das Graças Felix
Ana Paula Masson

1253 A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL NO


DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E NA FORMAÇÃO
DO LEITOR
Fernanda Rossi Leite

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

ENSINO DA HISTÓRIA DA ÁFRICA E CULTURA


AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA:
POSSIBILIDADES E DESAFIOS
Ciro Alves dos Santos1

RESUMO: O artigo de caráter teórico, apresenta reflexões sobre a Lei que obriga o ensino de
História e Cultura Afro-brasileira e Indígena - Lei no. 11.645/08 nas escolas públicas e privadas.
Enfatizamos também a possibilidade do trabalho interdisciplinar com a temática, pois a
dialogicidade entre áreas pode contribuir com a real implementação de projetos que relacionados
ao tema. Como fundamentação teórica utilizamos, entre outros: Cavalleiro (2001); Jesus (2011);
Xavier (2008).

Palavras-Chave: Educação; História da África; Cultura Afro-brasileira Indígena.

1Graduação: Licenciatura Plena em Pedagogia pelo Centro Universitário de Barra Mansa – RJ; Licenciatura em
História; Especialização em Docência do Ensino Superior; Especialização Docência do Ensino Religioso;
Especialização Letramento; Especialização em Gestão Escolar Integradora.
E-mail: ciropedagogo@gmail.com

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

INTRODUÇÃO história e cultura afro-brasileira e indígena”


(BRASIL, 2008).
Muitas discussões têm ocorrido no sentindo Este artigo que tem como ponto de partida a
de como aplicar a Lei que obriga o ensino de legislação. Buscar refletir sobre a efetivação do
História e Cultura Afro-brasileira e Indígena - Lei ensino da História e Cultura Afro-brasileira,
no. 11.645/08 nas escolas públicas e privadas. imposta por lei, considerando sua
Para aplicar a lei haveria a necessidade de aplicabilidade, resistência e desafios.
mudança nos currículos escolares, pois, além O estudo do tema escolhido se faz
do conhecimento do tema e de como trabalhá- importante por trazer inquietações e por se
lo em sala de aula, é necessário considerar que tratar de um conteúdo tão importante como os
é um tema relativamente novo dentro do demais. A história e a cultura Afro-brasileira e
contexto da escola e da sua prática pedagógica. Indígena fazem parte da história do Brasil desde
Elemento de suma importância para a tempos remotos, pois houve no passado uma
formação do sujeito, devido sua relevância e ligação muito forte, ainda que traumática, por
importância na história do Brasil e para a parte do Brasil em principalmente em relação
construção da identidade nacional, para a aos povos africanos. Além disso, esses povos
inserção da História e Cultura Afro-brasileira e foram participantes ativos na “construção do
Indígena nas escolas fez-se necessária o Brasil”. Dissertar sobre esse tema não é se
cumprimento de uma Lei específica. limitar ao ensino da história, mas, a tudo que
Assim, a primeira lei sancionada que envolve à tradição africana contida na cultura
estabeleceu que as instituições de ensino no do Brasil.
Brasil estariam obrigadas a trabalhar o ensino
da História da África e Cultura Afro-brasileira foi
O ENSINO DA HISTÓRIA DA
a lei no. 10.639/2003, que alterou a lei no.
9.394/1996 - Lei de Diretrizes e Bases da ÁFRICA E CULTURA AFRO-
Educação Nacional - LDB. BRASILEIRA: LEIS Nº 10.639/03 E
A citada lei propiciou uma análise crítica e
reflexiva acerca da aplicabilidade da mesma nas
Nº 11.645/08.
instituições de ensino do país.
Em 2008, a lei no. 11.645 alterou a lei ✓ O Negro, sua história e a escola
no.9.394/1996 e a lei no. 10.639/2003, Precisamente não se tem data em que o
ampliando, incluiu oficialmente no currículo povo negro pôde sentar num banco de escola
oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da no Brasil. Sendo não oficial que alguns senhores
temática “História e Cultura Afro-brasileira e de engenho permitiam que crianças negras
Indígena”, como foi estabelecida em seu art. estudassem nas escolas de suas propriedades.
26-A: “nos estabelecimentos de ensino Acesso esse que ainda faz diferença quanto à
fundamental e de ensino médio, públicos e etnia dos estudantes. Fazzi (2017) assegura
privados, torna-se obrigatório o estudo da que:
(...) os fenômenos brasileiros de baixa
escolaridade média e da desigualdade

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

educacional, que caracteriza a população no Ser negro passa a ser razão para o fracasso
seu conjunto, atingem com especial gravidade escolar. Logo, o autoconceito e a autoestima do
aquela que se auto classifica como preta ou aluno podem vir a reproduzir o que lhe é
parda, a qual é particularmente desfavorecida. imposto por vias externas, pois o que somos é
Enquanto os brancos possuem, em média, 6 determinado também pela realidade exterior,
anos de escolaridade, os pretos e pardos pouco por aquilo ou aqueles que nos cercam. Quando
ultrapassam 4(p.32). adultos sabemos dimensionar nossos valores e
Assim, em um processo histórico passado e patrimônios tendo ideia de nossa contribuição.
presente, se vê que a violência e a exclusão que Quando crianças, a realidade exterior nos é
o negro passa, vem de sua definição de raça, muito importante. É de fora que transportamos
definida e qualificada como inferior, tendo essa realidade para dentro de nós. A
consequentemente a suspensão de seus “autenticidade” de nossa personalidade é
direitos, colocando-o numa situação de controlada pelo externo (CAVALLEIRO, 2001,
segunda classe. p.174).
Ver uma criança negra perdendo sua Nesse sentido, analisa Cavalleiro (2001, p.
identidade diante de afirmações das aulas de 174) que:
história em relação ao seu povo e sua história Deixa-se de contemplar a criança negra com
não é nada fácil. A forma como é colocada sua aquilo que lhe é de direito, afinal uma criança
história denota a ideia de que o negro não negra faz parte da cultura negra. Às vezes o
passou por todo o terror da escravidão. pertencer de uns é menos envolvente que o de
Dá-se a impressão que o africano nunca outros, mas todos fazem parte dessa cultura.
lutou pela própria liberdade, e frequentemente No Brasil, a democracia racial não permite
reforça-se esse estereótipo com a alegação de inferências quanto aos impedimentos étnicos
que o negro veio aqui para suprir a necessidade no direito de se manifestar; de modo que
de mão de obra provocada pelo amor à qualquer dificuldade em um negro se
liberdade e consequente inadaptabilidade do desenvolver ou conquistar seus objetivos passa
índio ao regime escravista (NASCIMENTO, a ser atribuída como culpa do próprio indivíduo.
2001, p.119). O que faz necessário alterar a ordem dos
Porém, houve a resistência. A luta do povo currículos escolares que insiste em apresentar
negro sempre existiu e ainda existe. As histórias a história de um único grupo como único
de negros de suas lutas sempre foram conhecimento científico válido.
ignoradas pelos textos didáticos. Sendo, por Santos coloca uma questão importante
exemplo, a existência do Zumbi dos Palmares, (2001, p. 106):
uma figura do ícone da resistência dos negros O restante vem dos diferentes grupos que
no Brasil sempre recusada por muitos constituíram esse país: os brancos, negros e
estabelecimentos de ensino. A falta de índios. Quais culturas, quais saberes e fazeres
referência se tornou então, um processo de se produziram das relações entre as diferentes
exclusão que reflete ainda hoje em vários culturas elaboradas por índios, negros e
segmentos sociais. brancos?

754
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

O que fez com que o fracasso escolar fosse narrativas da história do negro em sala de aula
algo que atingisse a população mais pobre e, e nos livros didáticos.
assim, como os negros estão pesadamente Reafirmando-se assim a necessidade de
concentrados na população mais pobre, incluir o ensino da história da África nos
entende-se que o déficit educacional está currículos escolas por meio de lei.
concentrado nessa população.
Nas ações pedagógicas, o currículo, muitas A LEI Nº 10.639/2003:
vezes não contempla a demanda escolar e sua
heterogeneidade, na diversidade cultural, O ENSINO DA HISTÓRIA DA
social, étnica, religiosa etc. Ainda é possível se ÁFRICA
deparar a supervalorização de um currículo A educação no Brasil, de forma geral,
eurocêntrico, ou seja, “um currículo que necessita de mudanças no que tange a
privilegia a cultura branca, masculina e cristã, qualidade do ensino e ao direito a igualdade
que menosprezou as demais culturas dentro de para todos àqueles inseridos tanto na escola
sua composição do currículo e das atividades do pública, como na privada.
cotidiano escolar” (GONÇAVES; SILVA, 2017). O De acordo com a legislação vigente, ficam as
que fez com que as culturas não brancas fossem escolas obrigadas a trabalharem o Ensino de
colocadas em um patamar de inferioridade História e Cultura afro-brasileira e História da
imposta no interior da escola; determinando África, assim, para que a lei funcione e se
esse povo às classes sociais inferiores da efetiva da forma como deve ser é preciso que
sociedade. docentes e demais profissionais tenham
Os princípios constitucionais são baseados consciência da importância de ensino uma
na prevalência dos Direitos Humanos, no cultura que de certa forma está enraizada no
respeito ás diferenças e ao repúdio de qualquer Brasil.
forma de discriminação. No campo da educação De outro lado, tem o poder público seu papel
transposição da Lei maior foi para a LDB Lei nº em, além de elaborar a lei, a fazer valer,
9.394/96, que aponta: capacitando seus profissionais e cobrando que
A especificidade de articular com a o ensino dessa cultura não ocorra somente no
diversidade, por meio do respeito às dia de sua comemoração (dia da consciência
manifestações culturais, bem como um negra), mas, em todos os dias em sala de aula.
currículo que atenda às necessidades de todas É preciso que entendam que não há
as partes envolvidas na relação ensino – diferença, que a resistência não pode fazer
aprendizagem (BRASIL, 1996). parte de o ensino de uma disciplina, que saibam
Em estudos realizados no Brasil, percebe-se que as culturas são diferentes, mas, as pessoas
a dificuldade vivida por alunos negros em são e tem direitos iguais.
afirmar sua origem étnica, sendo que um dos “Do ponto de vista legal, fica estabelecido
motivos que levam a essa dificuldade é a que as instituições de ensino do país “tornam-
ausência de referências de sua origem em se obrigadas” a trabalharem o ensino sobre
história e cultura afro-brasileira” (JESUS, 2011,

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p.11). Com a ação legal, tem-se que a temática incluir no contexto dos estudos e atividades,
relativa ao Ensino proposto e se está sendo que proporciona diariamente, também as
aplicado, desenvolvido e ensino da forma como contribuições histórico-culturais dos povos
deveria, pois, de forma geral é aplicada nas indígenas e dos descendentes de asiáticos, de
escolas em meio de projetos como um dia raiz africana e europeia. É preciso ter clareza
especial, um dia para trabalhar uma temática que o Art. 26A acrescido à Lei 9.394/1996
tão ampla que possui tamanha expectativa de provoca bem mais do que inclusão de novos
transformação social, sem falar da sua conteúdos, exige que se repensem relações
complexidade; que carrega a responsabilidade étnico-
de ensinar e mostrar ao brasileiro sua raciais, sociais, pedagógicas, procedimentos
pluralidade cultural e, assim, por meio das de ensino, condições oferecidas para
novas gerações levar o Brasil à uma sociedade aprendizagem, objetivos tácitos e explícitos da
democrática e igual, em suas relações raciais e educação oferecida pelas escolas.
educacionais, promovendo o respeito à A autonomia dos estabelecimentos de
diferença. ensino para compor os projetos pedagógicos,
A obrigatoriedade de inclusão de História e no cumprimento do exigido pelo Art. 26A da lei
Cultura Afro-Brasileira e Africana nos currículos no. 9.394/1996, permite que se valham da
da Educação Básica trata-se de decisão política, colaboração das comunidades a que a escola
com fortes repercussões pedagógicas, inclusive serve, do apoio direto ou indireto de estudiosos
na formação de professores. Com esta medida, e do Movimento Negro, com os quais
reconhece-se que, além de garantir vagas para estabelecerão canais de comunicação,
negros nos bancos escolares, é preciso valorizar encontrarão formas próprias de incluir nas
devidamente a história e cultura de seu povo, vivências promovidas pela escola, inclusive em
buscando reparar danos, que se repetem há conteúdos de disciplinas, as temáticas em
cinco séculos, à sua identidade e a seus direitos. questão.
A relevância do estudo de temas decorrentes Caberá, aos sistemas de ensino, às
da história e cultura afro-brasileira mantenedoras, à coordenação pedagógica dos
e africana não se restringe à população estabelecimentos de ensino e aos professores,
negra, ao contrário, dizem respeito a todos os com base neste parecer, estabelecer conteúdos
brasileiros, uma vez que devem educar-se de ensino, unidades de estudos, projetos e
enquanto cidadãos atuantes no seio de uma programas, abrangendo os diferentes
sociedade multicultural e pluriétnica, capazes componentes curriculares.
de construir uma nação democrática. Caberá, aos administradores dos sistemas de
É importante destacar que não se trata de ensino e das mantenedoras prover as escolas,
mudar um foco etnocêntrico marcadamente de seus professores e alunos de material
raiz europeia por um africano, mas de ampliar bibliográfico e de outros materiais didáticos,
o foco dos currículos escolares para a além de acompanhar os trabalhos
diversidade cultural, racial, social e econômica desenvolvidos, afim de evitar que questões tão
brasileira. Nesta perspectiva, cabe às escolas complexas, muito pouco tratadas, tanto na

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formação inicial como continuada de civis e culturais dos alunos, a fim de


professores, sejam abordadas de maneira proporcionar unidade entre a instrução e a
resumida, incompleta, com erros. educação. Para tanto, o professor tem que
Em outras palavras, aos estabelecimentos de considerar este fato, pois, só assim, poderá
ensino está sendo atribuída responsabilidade formar o aluno e prepará-lo para a vida.
de acabar com o modo falso e reduzido de [...] os programas escolares não
tratar a contribuição dos africanos escravizados correspondem às relações civis e culturais
e de seus descendentes para a construção da vividas pela maioria das crianças, isto é, não
nação brasileira; de fiscalizar para que, no seu existe a unidade entre escola e vida e, por isso,
interior, os alunos negros deixem de sofrer os não existe unidade entre instrução e educação.
primeiros e continuados atos de racismo. Este nexo pode ser estabelecido pelo trabalho
Portanto, considera-se que a lei no. vivo do professor, que precisa ter clara
10.639/2003 foi instituída para transformar consciência dos contrastes entre o tipo de
uma realidade da sociedade brasileira: sociedade e de cultura que ele representa e o
A exclusão e o preconceito racial e cultural, tipo de sociedade e de cultura representado
que o negro sofre pela sua condição histórica. pelos alunos. Somente a partir desse
Assim sendo, a lei veio para promover uma pressuposto o professor pode realizar sua
sociedade democrática, justa e igualitária. tarefa, que consiste em acelerar e disciplinar a
Porém, uma coisa é a existência da lei, outra é formação da criança preparando-a para a vida
o dia a dia. Há o desejo da sociedade (SCHLESENER, 2016, p. 3).
democrática nas suas relações sociais e Sendo assim, papel da educação promover
culturais, onde a pluralidade brasileira seja estratégias que efetivem a formação do
motivo de orgulho e não um motivo para haver cidadão e a prática da cidadania. Quando algo
tanta desigualdade social. A diversidade não está dando certo é preciso repensar suas
aparece, sobretudo, com um problema a ser práticas e atitudes. A escola como uma
enfrentado. Trata-se de uma constatação da instituição precisa saber que deve formar
diferença e da necessidade de lidar com a sujeitos que possam inserir-se na sociedade de
mesma (ABREU; SOILHEL, 2003, p. 56). modo a modificá-la positivamente.
O que fará com que a cultura negra seja A lei no 11.645/08, porém, não é garantia de
valorizada e reconhecida suas contribuições que esse ensino realmente irá acontecer e que
para a formação dos cidadãos brasileiros, será o professor terá os meios necessários para
resultado de uma educação multicultural, pois informar aos seus alunos os conhecimentos
afinal tem-se aqui a formação de um país com sobre a História e Cultura Africana e Afro-
uma incontestável mistura racial e cultural. Mas brasileira e Indígena.
o que a realidade tem mostrado é a postura de É o que contempla o §1o do artigo 26-A da
instituições de ensino que ainda não sabem citada lei:
lidar com a realidade da sociedade brasileira. § 1º O conteúdo programático a que se
Dessa forma, o trabalho escolar deve refere este artigo incluirá diversos aspectos da
correlacionar os seus conteúdos às relações história e da cultura que caracterizam a

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formação da população brasileira, a partir educando nas suas múltiplas dimensões:


desses dois grupos étnicos, tais como o estudo cognitivas, sociais, políticas, afetivas e éticas
da história da África e dos africanos, a luta dos (p.26).
negros e dos povos indígenas no Brasil, a “Isso se dá porque ao longo do século
cultura negra e indígena brasileira e o negro e o passado, as mudanças sociais, políticas e
índio na formação da sociedade nacional, econômicas passaram a exigir da escola uma
resgatando as suas contribuições nas áreas participação cada vez mais efetiva na educação
social, econômica e política, pertinentes à das novas gerações” (FONSECA, 2007).
história do Brasil (BRASIL, 2008). O mercado de trabalho fez com que o papel
Com a citada lei torna-se obrigatório o da família fosse redimensionado para a escola.
ensino de História e cultura Afro-brasileira e Neste caso, passou a responsabilidade para o
Indígena em todas as escolas brasileiras, professor e para a escola. No mesmo momento
públicas e privadas, do Ensino Fundamental e ocorreu a inibição educativa de agentes como a
Médio, “sendo reconhecida a citada lei como igrejas e os movimentos sociais.
uma das grandes conquistas para o E, ainda, fatores como o desenvolvimento
reconhecimento social do negro e do indígena” dos meios de comunicação, o avanço
(CRUZ, 2013, p.4). Mais que expor sobre tecnológico fez com que novas pedagogias
questões sobre escravidão e preconceito, com fossem construídas e adotadas para
a nova lei retrata-se também a questão da acompanhar novas formas de conhecimentos.
formação da sociedade brasileira, Entrando aí a interdisciplinaridade como forma
reconhecendo o papel do negro e do indígena de renovação das propostas pedagógicas.
na formação da mesma, como um pilar, a Nas palavras de Borges (2010):
origem da história. Hoje novos problemas desafiam o processo
educacional, exigindo que a escola
PROPOSTA DE TRABALHO redimensione suas funções e assuma o
compromisso com o seu tempo, como agente
INTERDISCIPLINAR de transformação dos cidadãos. E que isto
A prática interdisciplinar e transversal é de requer um esforço de revisão dos pressupostos
notória importância para a renovação do teórico-metodológicos que nortearam as
ensino no Brasil, no contexto dessa importante práticas da tradicional escola básica (p.16).
prática está à temática História e Cultura Afro- Atualmente, a escola desempenha um
Brasileira e Indígena e sua inclusão para múltiplo papel na vida em sociedade, ela
corroborar com o objeto de inovação deste produz indivíduos, produz saberes, produz uma
ensino. cultura nova que transforma a sociedade, ela
Fonseca (2007), expõe que: produz conhecimentos e valores.
Fundamentalmente nos faz pensar na
construção de propostas pedagógicas capazes
de garantir o princípio que funda e justifica a
educação escolar: o desenvolvimento pleno do

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ENSINO DA HISTÓRIA DA presente e cria-se perspectiva do futuro,


contudo, fazer com que a história contribua
ÁFRICA E CULTURA AFRO- para a consciência ética e moral.
BRASILEIRA E INDÍGENA: A Assim, pensar no ensino da história é pensar
no ensino da cultura afro-brasileira, a qual pode
EDUCAÇÃO, A ESCOLA E OS
conduzir possíveis transformações sociais, pois,
DESAFIOS segundo Fonseca (2004, p.34):
Para efetivação os objetivos da A transformação do ensino de história é
determinação legal tem um longo caminho a estratégia e não só na luta pelo rompimento
percorrer. Ficando claro que pensar no ensino com as práticas homogeneizadora e acríticas,
da história como uma ação de um ensino mas também na criação de novas práticas
transformador requer dos professores escolares. O objetivo do saber histórico escolar
compromisso e participação. Dessa forma, é constituído de tradições, ideias, símbolos
trata-se de um desafio para os professores, significado que dão sentido às diferentes
quando é preciso retratar um passado que ao experiências históricas.
mesmo tempo tão sofrido e, também tão O mediador do saber precisa entender que
importante para o país, e, sobretudo, para os qualquer transformação deve ocorrer primeiro
negros e indígenas aqui pertencentes. no sistema educacional. Uma vez que diante de
Ensinar história é percorrer um caminho com tantas transformações, não há pensar em
variadas situações. Mas um caminho que mudar sem passar pela história.
oportuniza ajudar, construir e promover, de Para Abreu; Soichel (2003, p.8):
forma democrática, com igualdade, os a escola é um espaço privilegiado pela
objetivos a serem alcançados. pluralidade, pois é considerado como lugar de
Observe-se esta afirmação: convivência entre pessoas de diferentes
A história é um nexo significativo entre o origens com costumes e dogmas religiosos
passado, o presente e o futuro, não é variados, com visões de mundo das mais
meramente uma perspectiva do que foi. É uma diversas formas.
tradição do passado ao presente, uma A escola e seus mecanismos educativos são
interpretação da realidade passada via uma responsáveis pela transmissão e preservação
concepção de mudança temporal que abarca o da experiência humana, neste caso, a cultura.
passado, o presente e a perspectiva dos Para entender a problemática contemporânea
acontecimentos futuros. Esta concepção molda precisa-se da atuação da História como
os fatores morais a um corpo temporal, a disciplina associada as demais que contribui
História se reveste dos valores da experiência para compreender as mudanças e dar
temporal (SCHMIDT, BARCA, MARTINS, 2010, p. continuidade.
57). E, para isso, o melhor lugar é o espaço
A história transforma os valores morais e escolar, com um lugar transformador da
desenvolve novas compreensões, a história faz sociedade, lugar no qual há interação e relações
com que seja lido o passado, se compreenda o entre os indivíduos. Um sistema que condiciona

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a criança, por isso, deve-se nesse espaço, negro se posicionem contra a desigualdade
conceber a cultura como manifestação plural. racial (p.43).
Conforme Jesus (2011): Assim, com a lei busca-se superar o
além do ensino da História, esse novo ensino preconceito racial levando a história do negro
deve ter um conteúdo antirracista que deverá para as salas de aula, mostrando o tamanho da
atravessar as disciplinas, em especial nas áreas importância desse povo para a construção do
de História, Geografia, Arte e Literatura, Brasil, falando em passado, e, para a
conforme propõe o parecer 03/2004 e as manutenção do país, falando em presente e
“Diretrizes para a educação das elações Étnico- futuro. Sim o negro faz parte da história do
Racial e do ensino de História e cultura Afro- Brasil, bem como o indígena, portanto, é
Brasileira”. Sendo papel de o professor orientar preciso descontruir uma base formada por uma
a construções de novos olhares sobre a cultura história eurocêntrica e transformando-a em um
africana e a história do negro no Brasil, meio de integração social.
contribuição, sobretudo, para que branco e

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo nos aponta que a escola precisa caminhar no sentido de mudança de sua
concepção e se transformar em um espaço de encontro de culturas, multicultural. Para isso, é
preciso que haja uma educação para as relações étnico-raciais que efetive o respeito à
diversidade. Ou seja, a escola deve ser um espaço de aproximação, de ensinar a conviver na
diversidade, uma vez que fazemos parte de uma sociedade plural, no qual o negro e o indígena
fazem parte e contribuíram para o desenvolvimento do país desde os tempos mais remotos.
O ideal da educação inclusiva é perfeitamente percebido nas ações e projetos do
município, o fato é que é necessário aprofundar e ampliar as ações e os projetos para a efetivação
das leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08. É claro que já é um começo, as ideias apresentadas e a
propostas para o ano que se iniciará poderá viabilizar a concretização dos sonhos dos profissionais
participantes do estudo.
Tendo em vista que o negro é o principal constituinte da sociedade brasileira, juntamente
com o indígena, o que se espera tendo como ideal uma sociedade humanizada e civilizada é a
erradicação do racismo por meio de um trabalho de base na escola.
É preciso que as crianças ao saírem da educação básica passem a olhar a sociedade na qual
estão inseridas com as lentes do multiculturalismo banindo a prática do etnocentrismo, se
reconhecendo como participante ativo de uma sociedade plural, e isso, só se consegue com ações
efetivas do poder público.
Por fim, as leis que tratam da temática estão aí para serem cumpridas, mas não
acontecerão se não houver consciência, interesse e capacidade para lutar e ensinar uma causa
que é justa e importante. É para ontem, o respeito ao outro tem pressa! Só se conseguirá dar ao
negro e, também aos indígenas e demais diferentes, aquilo que por tantos séculos a eles foram
negados, se tivermos mudança de postura e de comportamento junto às crianças na escola.

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