Paz No Temporal.
Paz No Temporal.
Paz No Temporal.
INTRODUÇÃO
A vida pode ser comparada com um barquinho fazendo uma viagem. As vezes em águas
calmas, às vezes em águas agitadas. Tem dias que o céu está azul anil, o sol brilha, as gaivotas
voam e cantam, e as águas são como um espelho de tão tranquilas. Mas tem dias que as
nuvens estão cinzentas e ao invés de pássaros cantando ouvimos trovões ecoando... As águas
ficam agitadas e fazem a nossa jangada se balançar, alguns barquinhos chegam até a
naufragar.
Essas tempestades podem ser divórcio, sonhos frustrados, amizades perdidas, amores não
correspondidos, perdas de amigos e familiares... Pandemia, depressão, pânico. Como
atravessar com paz essas tempestades? Talvez você me pergunte... Mas é possível ter paz no
meio de uma situação que pode tirar sua vida? Sim... E isso nós aprendemos com Jesus.
Jesus, o príncipe da paz, a própria paz de Deus, nunca ficou sem paz. Mesmo quando tudo era
raios, trovões, vendavais, águas entrando no barco, gritos e lágrimas, Jesus, tinha paz. Caos,
mas paz. Muita paz.
Por que?
DESENVOLVIMENTO
Jesus tinha paz porque tinha fé. Ele sabia que os planos de Seu Pai se cumpririam. Ele sabia
como iria morrer. Ele sabia que seu destino era a cruz. Ele sabia que sua morte não seria no
mar da Galileia, mas no monte Caveira. Não num barco, mas numa cruz. Por isso, ele estava
dormindo num travesseiro – v.38.
Imagine a cena: todo mundo desesperado, o Pedrão já devia ter dado uns gritos com todo
mundo ali. Joãozinho que era mais sensível estava chorando pensando na mamãe e no papai
Zebedeu. O barco se balançava e parecia que ia virar. E Jesus estava ali, de boa, tirando uma
soneca. Sua certeza era tão grande que os planos do Seu Pai iam se cumprir que Ele continuou
dormindo mesmo com água respingando nele, mesmo com balançar do barco, mesmo com o
chão duro e os gritos.
Temos experimentado essa paz sobrenatural? Temos crido que Deus cuida de nós? Temos
dormido no meio do temporal?
Tem uma música dos Titãs que diz que o acaso vai nos proteger enquanto nós andarmos
distraídos. Mas nós não cremos no acaso. Cremos no Deus que nos criou, nos sustenta e que
cumprirá todos os seus planos em nós, mesmo no meio do caos. Por isso, a gente tem paz. Por
isso, a gente tem que ter paz.
Mas observando a história percebemos que os discípulos não tiveram essa paz. O que
aconteceu que deixou eles agoniados? Por que, diferente do seu mestre, eles tinham tanto
medo? Veja os discípulos deixaram que a tempestade do lado de fora se tornasse uma
tempestade do lado de dentro. Os trovões ecoavam não apenas no céu, mas dentro deles.
Porque?
A segunda resposta para o porquê os discípulos perderam a paz é que eles duvidaram do amor
de Jesus. Pedro se aproxima de Jesus no auge do desespero e faz uma pergunta sincera mas
desrespeitosa e que revela a sua incredulidade. Ele questiona se Jesus realmente se importa
com eles. É como se ele dissesse “Mestre, nós estamos morrendo e o senhor não faz nada?
que tipo de mestre o senhor é? que tipo de amigo o senhor é? Que tipo de Deus o senhor é?”.
Pedro ainda não conhecia quem de fato era Jesus. Muitos anos depois Pedro proclamaria a
milhões de pessoas que Jesus é o senhor da criação e é o Salvador dos pecadores, mas naquele
momento Pedro ainda estava aprendendo e por isso questiona o amor de Jesus, questiona se
Jesus realmente se importa. Quando nós não cremos que Jesus se importa conosco a gente
fica desesperado, a gente perde a paz, a gente se atordoa e fala besteira. Mas quando
entendemos que Jesus é a encarnação do amor de Deus, e que não existe amor mais puro,
mais belo, mais divino que o amor dele, então a gente se quieta e espera ele manifestar o seu
poder.
Recapitulando. Jesus tinha paz no meio do temporal porque sabia que os planos de Deus
sempre se cumprem. Os discípulos se desesperaram no meio do temporal porque tentaram
resolver o problema com suas próprias forças e porquê duvidaram do amor de Jesus.
CONCLUSÃO
Não há nada impossível para o Senhor. Assim como ele repreendeu o vento e o mar que
ameaçavam destruir a vida dos discípulos, ele pode repreender a enfermidade que lhe
atormenta, o problema familiar que tira a sua paz, o vício que lhe escraviza, o pecado ele
destrói, o demônio que lhe oprime, a tristeza que lhe sufocar.
Basta uma palavra de Jesus, e o mar se acalma, o céu novamente fica azul, os pássaros cantam,
O Sol brilha e aquece, e o barquinho continua sua viagem até o seu destino.
Perceba que Jesus não responde a pergunta de Pedro. Jesus não diz “seu ingrato, é claro que
eu me importo”. Ele simplesmente faz um milagre. Contudo, alguns anos depois ele daria a
resposta. Mas a resposta seria a Cruz. Na cruz Ele diz para Pedro, Ele diz para mim, Ele diz para
você, “Eu me importo tanto com a sua vida que estou dando a minha vida para salvar a sua”.
Não existe amor maior que o de Jesus, por isso não existe atitude melhor do que crer nele e
amar a ele para sempre. E quando fazemos isso experimentamos a paz que excede todo
entendimento. A paz no meio do temporal. Amém.