Beijos e Abraços

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Enciclopédia ASD – B 1

—— B ——
BABILÔNIA. Veja Babilônia Simbólica.

BABILÔNIA SIMBÓLICA. Uma designação misteriosa no


Apocalipse (Cap. 14:8; 16:19; 17:5; 18: 2,10, 21) para as organizações
religiosas apóstatas em oposição a Cristo e a Seu povo na Terra,
especialmente durante a fase final do longo conflito entre o bem e o mal.
*Babilônia é variadamente identificada como a “grande cidade”, que
governa sobre os reis da Terra; como a “grande meretriz” e “mãe das
prostitutas” (cap. 16; 17:1, 5 e 18). *Adultério é uma metáfora usual do
*Antigo Testamento para religião apóstata (por exemplo, Eze 16:15 pp.;
23:2, 3 pp.; Os. 4:15). O revelador declara que “Babilônia caiu” (Apoc.
14:8; 18:2), seduziu os “reis da terra” que com ela cometeram fornicação
(cap. 17:2); incitou os habitantes da terra a se “embebedarem com o
vinho de sua prostituição” (cap. 17:2; 19:2) iludiu as nações com sua
“feitiçarias” (cap. 18:23). Veja Feiticeiros. Ele a representa como
“embriagada com o sangue dos santos, e com o sangue dos mártires de
Jesus” (cap. 17:5, 6; 18:24; 19:2). Seus pecados consistem de orgulho e
arrogância (cap. 17:4; 18:7, 16), desafio a *Deus e *Perseguição a seu
povo na Terra (cf. cap. 16:19; 17:6; 18:24) e aliança ilícita com os
poderes políticos da Terra (cap. 17:2, 3; 18:9). Ele nota que “seus
pecados” eventualmente se acumularam até o *Céu e chegou o tempo de
Deus julgá-la (cap. 16:19; 18:5, 6; 19:2). Por esse motivo, Deus chama
seu povo para sair de Babilônia, a fim de evitar a cumplicidade em seus
“pecados” e as “pragas”. Ele está prestes a visitá-la (cap. 18:4).
Desiludidos, os reis da Terra voltam-se contra ela e a destroem (cap.
17:14, 16, 17; cf. 18:19, 21; 19:3). Desse modo, Deus vinga Seu povo
com relação à Babilônia (cap. 18:20; 19:2).
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Babilônia é “um nome de mistério” (cap. 17:5), isto é, um título
enigmático ou figurativo; por conseguinte, a designação “Babilônia
mística”, é usada com freqüência. Esse nome simbólico conota o fato
histórico de que nos tempos do Antigo Testamento a Babilônia literal era
o arquiinimigo do povo do *Concerto de Deus. A Babilônia mística deve
ser compreendida nos termos do papel desempenhado por seu
contraponto histórico nos tempos do Antigo Testamento (Veja SDABC,
7:866, 869). O nome babilônio Bâb-ilu (Babel ou Babilônia) significava
“portão de ouro”. Nos tempos antigos, o portão da cidade era o lugar
onde visitantes oficiais conduziam negócios públicos. O nome Bâb-ilu
refletia a crença de que a Babilônia era o lugar escolhido pelos deuses
para se encontrarem com os homens e os reis babilônicos afirmam que os
deuses os haviam comissionado para governar o mundo. Em hebraico, a
palavra Bâb-ilu estava depreciativamente associada ao termo “balal”,
“confusão” — uma lembrança de que Deus havia confundido o discurso
dos construtores de Babel (Gên. 11:9).
Do tempo de sua fundação por Ninrode (Gên. 10:9,10; 11:1-9),
Babilônia caracterizava-se por sua descrença no verdadeiro Deus e
desafio à Sua vontade. Sua torre era um monumento à *Apostasia, e a
cidadela de rebelião contra Ele. Isaías identifica Lúcifer como o rei de
Babilônia (Is. 14:4, 12-14) e sugere que Satanás tornou Babilônia o centro
e agente de seu plano principal para assegurar o controle da raça humana,
assim como Deus se propôs a trabalhar através de Jerusalém para realizar
Seu plano para esse mundo. Através dos tempos do Antigo Testamento,
as duas cidades tipificavam as forças do bem e do mal em ação no
mundo. No Apocalipse, a Babilônia mística apresenta-se em contraste
com a Nova Jerusalém, “a noiva de Cristo, vestida com linho fino, branco
e puro: ... justiça dos santos, em contraste com o vestido sensual e
brilhante de Babilônia (cap. 19:8; cf. 17:4; 18:7, 16). Nabucodonosor II
fez de Babilônia uma das maravilhas do mundo antigo, intencionando que
seu reino fosse universal e eterno (Dan. 3:1, 4-30) através dos séculos.
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Após sua destruição por Xerxes, a cidade, gradualmente, perdeu seu
brilho e importância, e no tempo em que João escreveu o Apocalipse, era
virtualmente uma ruína desolada e, desse modo, uma ilustração gráfica do
destino impendente da Babilônia mística.
Nos primórdios do primeiro século A.D., os cristãos referiam-se a
Roma através do título misterioso de Babilônia (Veja I Ped. 5:13). Os
judeus estavam sofrendo sob o governo de Roma tal qual haviam sofrido
previamente sob Babilônia, e os cristãos estavam sofrendo perseguições
esporádicas também. Para evitar retaliação, judeus e cristãos começaram
a usar “Babilônia” como um nome secreto para Roma imperial (Veja
Sibyllines Oracles — Oráculos Sibilinos) 5:155-161; II Baruque 11:1;
Jewish Midrash Rabbah on Canticles 1:6) (“Eles chamavam Roma de
Babilônia”), Soncino ed., p. 60.
Os pais da Igreja dos primeiros séculos, como por exemplo
Tertuliano (Against Marcion iii, 13) e Irineu (Adversus Heresus [Contra
Heresias], v. 26. 1), aplicaram o termo “Babilônia”, no Apocalipse, à
cidade de Roma ou ao império. Joaquim de Floris (d.1202) esteve entre
os primeiros a incluir a Igreja de Roma no termo “Babilônia” (L. E.
Froom, The Prophetic Faith of Our Fathers, vol. 1, p. 708). Outros da
alta Idade Média que também agiram do mesmo modo foram: Pierre Jean
dÓlivi, um religioso francês (d.1298) (ibid., pp. 764, 765; Michel de
Cesena (ibid., vol. 2, p. 20); os Lolardos (ibid., pp. 78 e 79; João Huss
(ibid., p.116); e Savonarola (ibid., p. 152). Esta identificação divulgou-se
entre os protestantes.
*Guilherme Miller identificava a Babilônia mística com “Roma sob
o poder papal” (Josué Himes, Views of the Prophecies and Prophetic
Chronology (Teorias das Profecias e Cronologia Profética, de Guilherme
Miller 1842, p. 200). Sylvester Bliss, editor *Milerita, defendia que a
Babilônia é “tudo neste mundo que se desarmoniza e se opõe ao Espírito
de Cristo”, ou seja, o “reino de Satanás” e que ao império romano dividir-
se, “a pontal papal sucederia a supremacia, como a inteligência do poder
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de Satanás, e tornar-se-ia a Babilônia do mundo” (The Advent Shield and
Review, 1844, pp. 112, 113, 115, 116). Quando as igrejas protestantes
rejeitaram a mensagem da breve vinda de Cristo, os adventistas
começaram a incluí-los no termo “Babilônia”, junto com Roma papal, e
interpretavam a queda de Babilônia como sendo a rejeição das mensagens
por essas igrejas. Por exemplo, *José Bates marcou a queda de Babilônia
para 1843-1844 e a atribuiu à total rejeição da doutrina da vinda do
Senhor dessas igrejas.
Quando esse assunto começou a ser introduzido em
1843, a maioria das igrejas nominais fecharam suas portas
para a doutrina do *Segundo Advento e começaram a tratar a
mensagem com desprezo e contumácia. ...

Babilônia Mistério. ... representa as igrejas


organizadas de todos os tipos, divididas em partes, Apoc.
16:19 a saber: Romana, grega e protestante. ...

Nosso negócio então é com a igreja protestante, pois


será admitido por todos que as igrejas grega e romana são
corruptas e anticristãs (José Bates, em Advent Review,
novembro, 1850).
Em 1851, *Tiago White escreveu: “A mulher, que é a grande cidade,
chamada Babilônia, simboliza as igrejas apóstatas caídas” (Review and
Herald, 5 de agosto de 1851). *John Nevins Andrews semelhantemente
definiu Babilônia como sendo “todas as corporações religiosas corruptas
que já existiram ou existem no tempo presente, unidas ao mundo, e
mantidas pelo poder civil incluindo a “Igreja judaica corrompida”, as
“Igrejas papal e Grega corrompidas” e a “grande corporação das igrejas
protestantes” que “imita a igreja romana” (ibid., 21 de fev. 1854).
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*Urias Smith, clássico comentarista Adventista sobre Daniel e
Apocalipse, compreendeu que “esse símbolo (Babilônia) significa a
grande massa do cristianismo confuso e corrompido, “e acrescentou que
sua queda foi uma queda moral causada pela rejeição
das verdades vivificantes da primeira mensagem, ou a grande
proclamação do *Advento. Por vinho da fúria de sua
prostituição compreendemos suas falsas doutrinas e erros
perniciosos que ela deu a beber a todas as nações (Thoughts
on the Revelation 1865 (i.e. 1867), ed. p. 233.
Ele identificou as partes componentes da moderna Babilônia como
“Paganismo, Catolicismo e Protestantismo”, e a prostituta do capítulo 17
como a Igreja Romana. “Outras organizações religiosas independentes”
são suas filhas, escreveu ele, “e todas pertencem à mesma grande
família”. O segmento Romano de Babilônia, escreveu ele, “chega ao fim
no capítulo 17 e as filhas protestantes no capítulo 18. Ele citou
comentaristas protestantes contemporâneos para o efeito de que as igrejas
populares protestantes haviam se tornado Babilônia (ibid., 1867 ed. pp.
233-275).
A interpretação ASD da atualidade é essencialmente a mesma de
Urias Smith e outros comentaristas ASD pioneiros. Entende-se por
Babilônia moderna todas as igrejas cristãs que se separaram do
“Evangelho eterno” como é considerado nas Escrituras, incluindo tanto a
grande apostasia romana dos primeiros séculos do cristianismo e a mais
recente separação do protestantismo da Palavra de Deus, começando, em
particular, com a rejeição da mensagem de 1844. Compreende-se que a
queda deve ser progressiva; ainda não é completa, mas será, quando as
principais igrejas protestantes colaborarem com a Igreja de Roma numa
tentativa de coagir a consciência (Apoc. 13). A *Segunda Mensagem
angélica de Apoc. 14:8 é um aviso de que a Babilônia caiu, e o cap. 18:1-
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4 é um chamado para o povo de Deus sair dela para evitar cumplicidade
em seus crimes e receber suas “pragas”.

BACHMEYER, ALBERT. *Colportor pioneiro. Imigrante alemão,


que se tornou cristão em Liverpool, Inglaterra, meses antes de chegar ao
Brasil. *Snyder o persuadiu a aceitar a fé Adventista e logo após o
instruiu na arte de vender livros.
Embora ainda não batizado, Bachmeyer começou a colportar em
várias cidades do Estado de São Paulo, entre elas, Indaiatuba, Rio Claro e
Piracicaba, onde os livros e impressos foram bem aceitos principalmente
em alemão. Como resultado dessas publicações vendidas *Guilherme
Stein III e sua família converteram-se ao adventismo.
Em 1894, Bachmeyer se dirigiu para o Sul do Brasil, estabelecendo-
se em Santa Catarina. Vendeu algumas literaturas e descobriu que havia
observadores do *Sábado em Brusque e Gaspar Alto. Assim comunicou
ao Pr. F. H. Westphal que se familiarizou muito com o progresso do
trabalho naquele campo. Em junho de 1895, na cidade de Piracicaba, São
Paulo, o Pr. Westphal realizou uma cerimônia batismal, ocasião que
Bachmeyer batizou-se entre outros.

BARACAT, JOSÉ ( -1959). *Pastor e administrador. Foi obreiro


na Obra Adventista por 31 anos. No decorrer desse tempo serviu nas
Igrejas da *União Este-Brasileira da IASD e entre elas, a Igreja Central
de Belo Horizonte e a Igreja de Salvador. Por alguns anos foi presidente
da Missão Nordeste, e o seu último cargo foi na *Igreja Central do Rio de
Janeiro, RJ.
Faleceu em 27 de outubro de 1959, vitimado de hepatite.

BARANSKI, WILLI.
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BARRETO, ORLANDO SILVEIRA. (1916-1968). *Pastor,
evangelista, colportor e administrador. Nasceu na cidade de Alcântara,
MA, em 18 de junho de 1916. Filho de Pedro Barreto e Rosina Silveira
Barreto. Casou-se como Maria Magdalena Lima Barreto, no dia 18 de
abril de 1936. Desta união nasceram 6 filhos: Orlando, Maria de Jesus,
José Carlos, Madeleine, Nathan, Misael (obreiro na *União Central
Brasileira da IASD).
Conheceu o Evangelho em 1940 através da leitura da série de
folhetos “Vida Nova” e dos livros: “A Barra do Tribunal Divino”, “O
Conflito dos Séculos” e “O Raiar de um Novo Dia”.
Em 1942 assistiu a uma série de conferências públicas realizadas
pelo Pr. *Gustavo Storch, de quem se tornou, mais tarde, conferencista
assistente. Batizou-se em 1946.
Iniciou seu trabalho na Obra da Colportagem, como *colportor-
evangelista na *Missão Costa-Norte da IASD em 27 de abril de 1946,
progredindo gradativamente até ser ordenado Pastor em 1958, dedicando-
se a esta Missão até 1959.
Em 1951 realizou sua 1a série de conferências na IASD Central de
Fortaleza, CE, Caxias, MA, Icoarari, PA e Castanhal, PA.
Em 1954 passou a trabalhar como ministro do Evangelho. Foi
ordenado ao Ministério em 5 de abril de 1958, ato oficiado pelo Pr.
*Walter Streithorst, então presidente da *União Norte Brasileira (UNB).
Em 1960 foi transferido para a *Missão Baixo-Amazonas da IASD,
onde permaneceu até 1968. Foi ministro do Evangelho até 1962. Em 1963
foi evangelista e em 1966 presidente da Missão.
Foi presidente da *Missão Baixo-Amazonas da IASD, por
aproximadamente três anos Durante uma visita a Castanhal, PA, ocorreu
um acidente, ao estar atravessando o rio, causando a sua morte.
Faleceu no dia 20 de outubro de 1968 no Amazonas, aos 52 anos de
idade, enquanto exercia a função de presidente do campo.
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BASSI, ERMANO (1917-1988). *Pastor e evangelista. Nasceu no
dia 27 de setembro de 1917 em Caxias do Sul, RS. Sua família era
proveniente da Itália e, primeiramente, estabeleceu-se no Sul do país.
Obteve educação católica, expressando desejo de tornar-se padre.
Em Santa Catarina, sua família conheceu a mensagem adventista,
contudo, somente Ermano e sua mãe converteram-se. Posteriormente,
mudaram-se para o Paraná e ele partiu para o *Colégio Adventista
Brasileiro (CAB), a fim de completar o curso ginasial. Ao findar o curso
secundário, decidiu dedicar-se ao trabalho de Deus.
Em 1939, ingressou na *Faculdade Adventista de Teologia (FAT).
No mesmo ano casou-se com Vicentina Pingenturo Bassi, de cuja união
nasceram Semíramis e Ermano Bassi Filho. Formou-se em 1943.
Exerceu seu ministério somente no Estado de São Paulo, onde atuou
como evangelista e pastor distrital em Itararé, Ribeirão Preto, Itapetininga
e na região do ABC. Na capital, trabalhou na Lapa, Pinheiros,
Mirandópolis e *IASD Central Paulistana, SP.
Aposentou-se após 35 anos de trabalho devido à uma enfermidade.
Seus últimos anos foram dedicados a escrever sermões que imprimia com
seus próprios recursos e enviava a pastores e anciãos de todas as igrejas
adventistas do Brasil. Continuou a escrever até poucos dias antes de sua
*Morte. E antes de falecer expressou preocupação quanto à conclusão de
seu trabalho.
Ermano Bassi destacou-se por sua postura ortodoxa em defesa dos
princípios que regem a fé Adventista. Faleceu em 26 de abril de 1988, no
*Hospital Adventista de São Paulo (HASP), aos 71 anos de idade, vítima
de câncer.

BATES, JOSÉ (1792-1872). Marinheiro, reformador, pregador


adventista, um dos fundadores da IASD. Nasceu no dia 8 de julho de
1792, em Rochester, Massachusetts, perto de New Bedford. Com a idade
de 15 anos, partiu de seu lar para seguir o mar. Experimentou naufrágios,
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prisão, serviços forçados na Marinha Britânica, e foi por dois anos e meio
prisioneiro de guerra na Inglaterra, sendo liberto em 1815. Após ter sido
restaurado a seu lar e família, continuou sua carreira como mercador
marinho, tornando-se capitão em 1820.
Em 1818, casou-se com Prudence Nye, uma amiga de infância.
“Prudy” provou ser uma esposa excepcionalmente paciente e leal, e uma
boa influência sobre seu esposo e sobre sua família. Nasceram-lhe cinco
filhos. Um morreu na infância; outro, morreu no mar com a idade de 35
anos, e três filhas que sobreviveram até a maturidade.
Em 1821, Bates abandonou o uso de bebidas alcoólicas. No ano
seguinte, ele decidiu não beber mais vinho e logo depois parou de mascar
fumo e fumar e parou de usar linguagem torpe. Antes de 1838,
abandonara o uso do chá e do café, e em 1843, abandonou o uso da
carne. Anteriormente, tinha parado de usar manteiga, gordura, bolos
muito açucarados, queijo e condimentos. Assim, antes de os ASD se
organizarem em um grupo religioso, José Bates era um entusiasta
advogado dos princípios de saúde que a Igreja veio a abraçar.
Após a *Conversão de Bates ao Cristianismo em meados da década
de 1820, ele comandou um navio de *Temperança no qual não permitia
intoxicantes, juramentos, e nenhum lavar ou cerzir de roupas no
*Domingo. Ele dirigia o culto matutino e vespertino, mas, a despeito
dessas rígidas regras, a rude tripulação adaptou-se muito bem a este
estrito regime. Em 1824, um *Novo Testamento que sua esposa pusera
em seu baú estimulou o início de um despertamento espiritual. Abatido
pela *Morte de um tripulante, ele entregou sua vida a Cristo e começou a
orar e a estudar diariamente a *Bíblia. Ao chegar em casa, foi batizado e
assistia a reuniões religiosas. E em 1827 uniu-se à Igreja Cristã de
Fairhaven, à qual pertencia sua esposa. Foi nesse ano que ele iniciou sua
viagem de temperança, que durou quase um ano, com a qual encerrou sua
vida de marinheiro.
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Bates agora se estabeleceu em Fairhaven, bem financeiramente com
o que se chamava de “subsistência” de onze mil dólares. Pelos próximos
12 anos, até que o Movimento Milerita atraísse sua atenção e
participação, José Bates tratou de assuntos locais tais como a propriedade
de seu pai, assuntos civis e uma variedade de reformas das quais o ar
estava cheio naquele período específico da história Americana. Isso
incluía temperança, anti escravatura, distribuição de folhetos, educação
vocacional e o nível da moralidade entre os marujos em geral.
Em 1839, Bates aceitou as idéias de *Guilherme Miller sobre o
*Segundo Advento e desse tempo em diante dedicou sua total atenção ao
*Movimento Milerita, eventualmente dando todos os seus bens para essa
causa. No ano seguinte, serviu na comissão que emitiu o chamado para a
primeira *Conferência Geral sobre o Segundo Advento, em Boston. Ele
se tornou um excepcionalmente ativo e bem sucedido ministro milerita e,
em maio de 1842, serviu como presidente de uma das mais bem sucedidas
conferências desse movimento. Em 1844 vendeu sua casa e a maioria de
seus bens, pagou todas as suas dívidas e se preparou para ir aonde fosse
necessário para pregar a *Segunda Vinda de Cristo. Acompanhado por H.
S. Gurney, ferreiro e cantor evangelista, foi a Maryland e pregou em Kent
Island, na Baía de Chesapeake, onde outrora tivera um naufrágio.
Enfrentou oposição, particularmente por suas idéias abolicionistas, mas
permaneceu corajosamente face aos que o ameaçavam de ofensas físicas.
Bates experimentou o *Desapontamento de 22 de outubro de 1844
sem perder sua fé. Após ler o artigo de Thomas M. Preble sobre o
*Sábado do sétimo dia, publicado em The Hope of Israel, em fevereiro de
1845, e checando na Bíblia a evidência com sua costumeira exatidão, ele
decidiu observar o sábado do sétimo dia. Algum tempo depois, ao
encontrar-se com James Madison Monroe Hall, seu vizinho, na ponte
entre New Bedford e Fairhaven e ser por ele abordado com a pergunta:
“Quais são as novas, Capitão Bates?” Teve como resposta: “As novas são
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que o sétimo dia é o sábado.” Cinco anos depois, Prudence uniu-se a ele
na observância.
Os anos entre 1846 e 1850 foram difíceis para os crentes adventistas
pioneiros. Foi um tempo de confusão e recapitulação, de olhar para trás e
para frente, de tentar retratar como os eventos e as profecias poderiam se
encaixar para dar um idéia clara do que havia acontecido e para onde os
eventos estavam levando. Bates era notavelmente indicado para realizar
esta obra. Ele era um cuidadoso estudante das Escrituras, tendo passado
muito tempo em suas longas viagens marítimas com sua Bíblia.
Em 1846, Bates publicou um folheto tratando do sábado. Neste
folheto de 48 páginas intitulado: “The Seventh-day Sabbath, a Perpetual
Sign,” apresentou o caso do sábado quase exclusivamente baseado nos
*Dez Mandamentos como guia moral para toda a humanidade, inclusive
os cristãos. Abordou apenas brevemente na mudança profetizada em
Daniel 7.
Na segunda edição do folheto, no ano seguinte, Bates enfatizou o
lugar da mensagem do terceiro anjo no movimento sabático. Baseado na
identificação protestante há muito aceita de que a *Besta é o Papado, ele
defendia que a mudança do dia semanal de adoração do sábado para o
domingo era o distintivo do poder papal. Para explicar isso, ele publicou
seu folheto sobre “O Selo do Deus Vivo,” que estabeleceu o sábado como
um selo.
Em 1847, Bates publicou o mais longo de seus folhetos, intitulado
“Sinais do Segundo Advento ou uma Visão Conjunta do Cumprimento da
Profecia pelo Povo Peculiar de Deus de 1840 a 1847.” No folheto ele
deu uma visão geral da mensagem do advento para esse período, dando
aos leitores uma idéia da viagem à Terra Prometida e uma pesquisa das
coisas pelas quais passaram e das coisas que ainda viriam.
Esses folhetos, seis ao todo nesse período, deram evidência do
sincero desejo de conhecer a verdade que Bates possuía, e de sua vontade
por buscá-la diligentemente. Sua interpretação da profecia, proposta
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experimentalmente, indicava uma disposição de mudar de acordo com a
nova luz vindoura, mas em pontos cardeais do ensino bíblico, ele era
inflexível e não estava disposto a fazer concessões.
Bates teve uma parte importante nos “*Congressos Sabáticos” que
se iniciaram em 1848 e pretendiam esclarecer o ensino do sábado e trazê-
lo em harmonia com os outros conceitos básicos da doutrina.
Em 1849, o espírito pioneiro de Bates levou-o ao Oeste, até
Michigan, onde, com o tempo, reuniu um grupo de conversos em Jackson.
Em 1852, ele foi até Battle Creek e conduziu a Obra ASD nessa cidade,
que deveria ser por muitas décadas o centro e sede da denominação
adventista. Seu primeiro converso lá, o presbiteriano David Hewitt, por
sua imediata e entusiástica aceitação das verdades adventistas, levou
Bates e outros líderes adventistas, em 1852, a abandonarem a crença da
Doutrina da “Porta Fechada” (Veja Porta Aberta e Fechada), que tinha
sido aceita após o Grande Desapontamento de 1844.
Durante a década de 1850, Bates passou uma grande quantidade de
seu tempo em Michigan e na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá.
Em 1858, mudou-se permanentemente de Fairhaven e se estabeleceu pelo
resto de seus dias em Monterey, no Oeste de Michigan.
Uma impressionante característica das atividades de Bates das duas
últimas décadas de sua vida eram suas constantes viagens, primeiramente
à Nova Inglaterra e mais tarde em Michigan e os Estados adjacentes.
Uma boa parte de sua vida passou em movimento, primeiramente no mar
e mais tarde em terra, sendo um compulsivo viajante. Estes itinerários,
principalmente em 1845, revelam que depois de ele ter concedido sua
modesta fortuna ao *Movimento Adventista, estava totalmente
dependente financeiramente de amigos e daqueles a quem ele ministrava.
Ao a Igreja se mover rumo à organização formal que se efetivou em
maio de 1863, Bates era regularmente chamado para assumir a
presidência das conferências dos líderes das igrejas. Ele presidiu na
conferência de Battle Creek quando o nome *Adventista do Sétimo Dia
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foi adotado para designar o corpo de guardadores do sábado que
esperavam pela vinda de Cristo.
Após a visão de *Ellen G. White, em junho de 1863, tratando da
reforma da saúde, Bates sentiu o ímpeto de advogar mais aberta e
agressivamente os princípios de saúde que ele tinha praticado durante
muito tempo. Em 1865, quando praticamente todos os líderes da Igreja
estavam incapacitados por causa de sérias doenças, e quando por quase
um ano não foi possível reunir quorum para fazer as transações
comerciais da Igreja, Bates prosseguiu com ótima saúde, animando outros
e deixando um exemplo de viver saudável.
Na primeira reunião campal, realizada em Wright, Michigan, em
1868, Bates, então com 76 anos de idade, foi um dos oradores. Sua
companheira de jornada, “Prudy,” descansou em 1870, mas Bates
continuou seu ministério, embora em passo mais reduzido. Em 1871, ano
anterior à sua morte, ele realizou no mínimo 100 campais, além das
realizadas em sua igreja local em Monterey e as associações que ele
fielmente assistia. Morreu no Instituto de Saúde de Battle Creek no dia 19
de março de 1872. Foi sepultado ao lado de sua esposa no cemitério
Popular Hill em Monterey, onde aproximadamente 100 de seus irmãos
adventistas também aguardam o chamado do Doador da vida.
A contribuição de Bates — como a do triunvirato com *Tiago e
Ellen G. White, que fundaram a IASD — foi extensa e variada. Ele
ganhou muitos para o Senhor por seus esforços pessoais e contribuiu
significativamente à formação do corpo de doutrinas e ensinos
adventistas.

BATISMO. (Gr. baptisma, de baptizo, “afundar”, “imergir”).


Cerimônia cristã de iniciação, tradicionalmente por *Imersão,
derramamento ou aspersão. Os ASD crêem “que o batismo é uma
ordenança da Igreja Cristã, sendo a forma própria a imersão,” e que
tipifica a *Morte, sepultamento e ressurreição de Cristo, e expressa
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abertamente fé em Sua graça salvadora e a renúncia ao pecado e ao
mundo, e é reconhecido como a condição de entrada como membro da
Igreja” (Manual da Igreja). O batismo é ministrado somente aos que
alcançaram um estágio de responsabilidade. “É geralmente ministrado por
um *Pastor ordenado; mas em sua ausência, o primeiro ancião local pode
oficiá-lo,” somente, porém, com a aprovação do presidente da
Associação, e se o batizando deve se unir à igreja do ancião (Manual
Para Ministros, p. 64). Pessoas que se unem à IASD e que se batizaram
por imersão em outras comunidades religiosas são aceitas sem rebatismo,
a menos que queiram ser rebatizados; “porém, reconhece-se em todos os
casos que o rebatismo seria desejável” (Manual da Igreja, 64).
Quando membros apostataram, o Manual da Igreja recomenda o
rebatismo:
Quando os membros tenham caído em apostasia, e
vivido de maneira tal que a fé e os princípios da Igreja
tenham sido publicamente violados, devem, no caso de
converterem-se e pedirem para ser membros da Igreja, nela
como ao princípio, isto é, por meio do batismo. (p. 65).
Os ASD crêem que os candidatos para o batismo deveriam ser
plenamente da fé cristã, a fim de que possam dar inteligentemente tal
passo e com propósito resoluto. Para esse fim, classes especiais são
conduzidas nas quais é dada instrução sobre os principais artigos da fé e
sobre o viver cristão. Em terras não-cristãs os candidatos podem
permanecer em classes batismais até dois anos, até terem demonstrado
um entendimento teórico e prático da fé. Imediatamente antes do batismo,
pede-se aos candidatos que afirmem publicamente, perante a igreja, seu
assentimento para com os ensinos da Igreja, e sua intenção a fim de
ordenar sua vida com suas crenças.
Origem e Desenvolvimento da Doutrina ASD. A questão do
batismo naturalmente surgiu cedo entre os ASD, aparecendo por serem
Enciclopédia ASD – B 15
seus membros oriundos de outras igrejas. Em 1857, J. H. Waggoner
declarou que um homem deveria ser rebatizado quando chega a ter uma
compreensão correta da lei de Deus, pois não pode ter sido batizado até
ter morrido para o pecado; no batismo “ele põe sobre Cristo, . . . e toma
Seu nome,” mas “não podemos viver para Deus e andar em novidade de
vida, enquanto continuamos a transgredir a lei,” independente de ter
pecado em ignorância (Review and Herald, 2 de abril de 1857). A
questão do batismo foi posteriormente discutida por *Tiago White em
1867, que listou várias condições que exigem o rebatismo: não ter
verdadeiramente morrido para o pecado; ter sido batizado por um
ministro não consagrado ou alguém que se opunha “à pureza bíblica” ou
aos dons espirituais, ou à obra dos ASD; tendo sido batizado antes de
aceitar “a verdade”; tendo apostatado e retornado à iniqüidade (ibid., 6 de
agosto de 1867, p. 114). Embora haja evidência que a questão do caráter
do ministro fosse uma questão dos primórdios, isto não caracterizou a
doutrina ASD. A questão de se o rebatismo de conversos é necessário,
porém, continuou até a Conferência de 1886, quando a praxe como é
atualmente foi formalmente adotada (PE, 99, Sketches From the Life of
Paul, p. 133, Ev. 375; Yearbook, 1887, p. 45).
Enquanto as dimensões teológicas do batismo desenvolviam-se em
uma série de artigos de Waggoner em 1878, seguida de mais quatro
artigos de *John Nevins Andrews em 1880 (Review and Herald, 14 de
fevereiro a 6 de junho de 1878; janeiro, fevereiro de 1880). Punha-se
ênfase sobre a relação do batismo com a lei: o batismo é o ato externo
significando que o pecador morreu com Cristo, i. e., uniu-se a Ele em Sua
morte expiatória; ele morre para a transgressão da lei e desta forma é
perdoado dos pecados passados; ele surge para uma nova vida de
obediência à vontade de Deus, uma vida de consagração. Em uma série
posterior aparece uma nova ênfase da importância da fé e da obra do
Espírito, particularmente em conexão com o batismo como símbolo da
ressurreição: O. Davis escreve em 1893 que no batismo “Deus . . . o
Enciclopédia ASD – B 16
ressuscita como ressuscitou Jesus como uma nova criatura, se temos fé
nas obras de Deus.” “Somos reputados como novas criaturas, nascidas do
Espírito” (ibid., 3 de outubro de 1893). *Ellen G. White retrata o batismo
como um pacto de obediência da parte do batizando (Ev. 307) e o
representa como tendo recebido “uma garantia do . . . Pai, do Filho e do
Espírito Santo” (SDABC, 1900). “Se somos fiéis a nossos votos
[batismais], há para nós uma porta aberta de comunicação com o céu —
uma porta que mão humana nenhuma ou agente satânico pode fechar”
(ibid., 17 de maio de 1906). Em anos mais recentes, C. B. Haynes
escreveu:
Quando o crente . . . ressurge das águas batismais, ele
testifica que sua única esperança de uma vida que lhe dará
vitória sobre sua velha natureza é um Senhor ressurreto e a
nova vida espiritual e a ressurreição que somente seu Senhor
pode conferir (These Times, setembro de 1958).

Fundamentos Históricos do Batismo. O fundamento do batismo do


A.T. deve ser encontrado na purificação cerimonial com a água
especificada para os antigos rituais Hebraicos. Incluía a aspersão e o
banho do corpo inteiro (Lev. 14:8, 9: 16:4; Zac. 13:1). Compare também
com Sal. 51:7); nos antigos serviços da purificação, o hissopo era
mergulhado e usado para aspergir sobre o povo (Lev. 14:6, 7; Núm.
19:17-19).
No antigo Judaísmo, no mínimo três desenvolvimentos são
relevantes para uma base para o batismo:
1. De acordo com o Talmude (Tractate Mikwaoth), virtualmente
todas as purificações prescritas nos rituais do Santuário deviam ser
realizadas pela completa imersão em uma cavidade com água (um
Mikweh). Isto torna compreensível a variante de Mar. 1:4, onde até
mesmo camas são batizadas, cerimônia provida pelo Talmude (loc. cit.).
Enciclopédia ASD – B 17
2. Há evidência no Talmude (Yebamoth 46-a-b) que desde o fim do
primeiro século da Era Cristã pelo menos, o batismo junto com a
circuncisão e com o sacrifício era requerido para a admissão de um
prosélito ao Judaísmo. Enquanto alguns questionaram que isto era
praticado no já tempo de João e de Jesus, é agora geralmente admitido
pelos eruditos que deve ter sido.
3. Josefo menciona rituais diários de purificação dos Essênios
(Guerra ii. 19. 5, 10), e há referências repetidas nos manuscritos do Mar
Morto a algum tipo de purificação ritual (IQS, III, 4-6, 8-10; IV, 18-21).
Em adição, várias cisternas têm sido encontradas no mosteiro de Qunram,
pelo menos uma das quais é bem adequada para o batismo. (W. H.
Brownlee, “John the Baptist in the Light of Ancient Scrolls,” The Scrolls
and the New Testament, editado por Krister Stendahl, 1957, pp. 38, 39).
Um desenvolvimento pode ser observado no batismo judaico,
Joanino e cristão: o judaico era grandemente uma purificação de mácula
e, no mínimo em Qunram, era também relacionado com retidão de vida e
a concessão de um “santo espírito” por Deus. (IQS, III, 6-10; IV, 18-20).
João Batista parece pôr ênfase sobre o arrependimento e também
refere-se a uma conexão entre o batismo e o “espírito.” Com João, a
ênfase parece estar mais diretamente sobre uma purificação espiritual e
ética, enquanto que em Qunram há uma orientação ritual sobre a
purificação da “carne.”
Particularmente significativo é o fato de que enquanto em Qunram o
ritual era altamente exclusivo, limitado somente a membros da
comunidade — os “eleitos” — o batismo de João era aberto a todos os
que se arrependessem.
Como contrastado com o de João, o batismo cristão é “em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo (Veja At. 19:1-6). Também em contraste
com Qunram, o *Espírito Santo no N.T. é divino e não simplesmente “um
santo espírito” concedido por Deus a um indivíduo. Posteriormente, o
Enciclopédia ASD – B 18
batismo cristão está ligado à morte, sepultamento e ressurreição de Cristo
(Rom. 6:1-11).
Batismo Infantil. Os ASD rejeitam o batismo infantil, assegurando
que não há nenhuma garantia nas Escrituras para tal prática. Crêem que a
fé ativa da parte do participante é um pré-requisito para o batismo, e
sendo que as crianças não podem exercer tal espécie de fé, seu batismo
seria inteiramente sem significado.
Historicamente, clara evidência do batismo infantil aparece
primeiramente na Igreja Cristã durante a segunda metade do segundo
século. Se primeiramente surgiu no Oriente ou no Ocidente, não está
claro. Porém, nosso mais antigo testemunho a ele está no Ocidente, e dois
grandes fatores que parecem ter contribuído a seu aparecimento são
primeiramente atestados lá: uma identificação do batismo como
“circuncisão espiritual” (Justino, o Mártir Diálogos com Tripho, 43, in
ANF, vol. 1, p. 216); e a crença de que o batismo purificava do pecado
original.
O batismo de crianças é provavelmente referido por Irineus
(Adversus Heresus, ii, 22, 4, em ANF, vol., p. 391), e é testificado desde
o início do terceiro século por Tertuliano (Sobre o Batismo, 18, em ANF,
vol. 3, p. 678). O fato de que no Oriente o batismo de crianças
aparentemente era praticado antes da doutrina do pecado original ser
introduzida, sugere que o último pode ter sido introduzido em explicação,
pelo menos parcialmente, à prática do batismo infantil. Desta forma,
Orígenes (m. c. 254) apoiava o batismo infantil como uma tradição
apostólica e o usou como evidência para a doutrina do pecado original,
que ele fortemente defendia (Commentaria in Epistolam ad Romanos, v.
9, em PG, vol. 13, p. 1835; In Leviticum Homilia, xiv, em PG, vol. 12, p.
496). Porém, a doutrina do pecado original nunca mais foi tão arraigada
no Oriente como é no Ocidente.
Enciclopédia ASD – B 19
Modo de Batismo. Desde o início, os ASD têm praticado o batismo
por imersão. Embora não seja seguro tornar o significado da palavra
baptizo um argumento final para o modo do batismo, não parece claro que
como era usado na literatura antiga, no mínimo 100 A.D, baptizo nunca se
separa do significado básico de “mergulhar,” “encobrir.” Ao mesmo
tempo não pode ser provado acima de toda a dúvida que baptizo nunca se
refira ao rito realizado pela aspersão ou pelo derramar da água, em vista
da ampla variedade de usos figurativos em que a palavra é usada. O mais
forte argumento para o batismo por imersão é o teológico — o
simbolismo de Paulo do batismo como representando morte, sepultamento
e ressurreição, que não teria tido nenhum significado se a Igreja
Apostólica não tivesse praticado um tipo de batismo além da imersão.
Significado do Batismo. Desde o início, os ASD, em comum com
sua herança protestante, têm rejeitado qualquer concepção do batismo
como opus operatum, isto é, como um ato que, em e de si mesmo,
confere graça a efetua a salvação. Historicamente, o início de tal
concepção do batismo — a idéia de que a purificação ritual tinha qualquer
poder sobrenatural — são muito claras e podem bem ser parte da herança
cristã primitiva do judaísmo. Isto parece ser sugerido em Hermas, livro 3,
Semelhança 9, 16. Tertuliano é o primeiro escritor a se referir ao batismo
como um sacramentum. Porém, isso não pode ser tomado como prova de
que ele considerava o batismo um sacramento no sentido de opus
operatum, pois ele expressa desaprovação pela crença de alguns que
esperavam do batismo uma purificação mágica do pecado sem o
arrependimento. Isto em si mesmo testifica da amplidão a que o batismo,
em algumas mentes, chegava a ser considerado opus operatum no início
do terceiro século (Tertuliano, Sobre Arrependimento, 6). Porém, em
outro tratado ele chega bem perto da idéia de que a água do batismo tem
um poder especial após a invocação do nome de Deus sobre ela (Sobre o
Batismo, 4). Mais tarde, no quarto século a controvérsia Donatista foi
estabelecida em favor do batismo como opus operatum contra um opus
Enciclopédia ASD – B 20
operatum. A vitória de Agostinho sobre Pelágio do lado da doutrina do
pecado original muito fez para aumentar a concepção sacramentalista do
batismo.

BEIJO. Forma comum de saudação usada nas terras Orientais desde


os tempos primitivos (Gên. 27:26, 27). Era praticado entre os membros de
uma família, entre parentes e amigos (Gên. 29:11; 33:4; 45:14; 15; 48:8-
10; 50:1; Êx. 4:27; 18:7; Rute 1:9, 14; I Sam. 20:41, 42; II Sam. 19:39;
Luc. 15:20; Atos 20:37) como um sinal de respeito e homenagem (Sal.
2:12; Luc. 7:37, 38, 45) e como uma expressão de amor (Cant. 1:2; 8:1).
Os ídolos eram beijados por seus adoradores como sinal de devoção (I
Reis 19:18; Os.13:2). Por serem os corpos celestes inacessíveis, os que os
adoravam, beijavam as mãos (Jó 31:26, 27). O beijo tem sido usado
traiçoeiramente para desarmar ou enganar (cf. Prov. 27:6). Por exemplo,
Absalão beijou os que vinham a ele para buscar conselho a fim de tirá-los
de seu pai, o Rei Davi (II Sam. 15:3-6); ao beijar Amasa, Joabe tirou-lhe
a guarda e facilmente o matou (20:9, 10); e Judas usou um beijo traiçoeiro
para trair Jesus e entregá-lo a seus inimigos (Mat. 26:48, 49; Mar. 14:44,
45; Luc. 22:47, 48).
Paulo e Pedro exortaram os crentes cristãos a saudarem-se com
“ósculo santo” (Rom. 16:16; I Cor. 16:20; II Cor.13:12; I Tess. 5:26; I
Ped. 5:14), referindo a um beijo de afeição cristã. Este costume
aparentemente era praticado somente entre homens e homens e entre
mulheres e mulheres (Constituições Apostólicas, 2:57; 8:11). De acordo
com a convenção palestina, o beijo era dado sobre a barba, na face,
fronte, mãos e pés e possivelmente também sobre os lábios (Prov. 24:26).
Em Sal. 85, a revelação da salvação de Deus é descrita como
reconciliando a justiça e a paz e são descritas figuradamente como se
beijando (v. 10).
Enciclopédia ASD – B 21
BELZ, ALICE CHAGAS (1900-1981). Instrutora bíblica pioneira.
Nasceu em um lar de pioneiros adventistas. Seu pai foi um dos que
proveu fundos para aquisição de terras do *Colégio Adventista Brasileiro
(CAB), atual *Instituto Adventista de Ensino (IAE/SP).
Casou-se em 17 de dezembro de 1922 com *Rodolfo Belz,
evangelista, administrador e escritor. De seu casamento nasceram quatro
filhos: Cláudio, Fábio, Cleide e Otávio. Trabalhou ao lado do Pr. *José
Amador dos Reis em uma das primeiras séries de conferências que
resultaram em Igrejas Adventistas tradicionais no Rio de Janeiro e São
Paulo. Alice Belz faleceu dia 26 de julho aos 81 anos de idade em São
Paulo. Foi sepultada no Cemitério da Paz, SP.

BELZ, FRANCISCO (1867-1949). Professor pioneiro e


evangelista. Nasceu no dia 26 de outubro de 1867, na Alemanha. Emigrou
com sua família para o Brasil. Seu pai foi um dos primeiros adventistas no
país, convertido pela leitura do livro “Daniel e Apocalipse”.
Recebeu sua educação na IASD de Brusque e na Escola de
Treinamento Missionário em Gaspar Alto, SC, sob a direção do Dr. *John
Lipke.
Em 20 de maio de 1892, casou-se com Gertrudes Wagner, na cidade
de Blumenau, SC, e desta união nasceram três filhos.
Em 1899 foi batizado e em 1901, entrou para o trabalho
denominacional, como professor de uma escola primária.
Em 1908 passou a ser obreiro bíblico e mais tarde, missionário
licenciado.
Trabalhou nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.
Faleceu no dia 29 de agosto de 1949, aos 82 anos de idade, em SP.

BELZ, RODOLFO (1898-1978). *Pastor, administrador e escritor.


Nasceu no dia 27 de julho de 1898, no distrito de Gaspar Alto, Brusque,
Enciclopédia ASD – B 22
SC. Filho de *Francisco Belz e Gertrudes Waggoner Belz. Em 1905
iniciou o curso primário na Escola Adventista do Brasil, em Gaspar Alto;
porém, concluiu os estudos elementares em 1909 na Escola Pública São
José Florianópolis, em SC.
Em 1911 foi batizado pelo *Pr. Frederico Robert Kümpel em São
José Florianópolis. Logo cedo começou a trabalhar como alfaiate, sendo
que em 1912 promoveram-no a primeiro oficial de alfaiate em Brusque.
Em seguida sua família mudou-se para Rio Claro, onde terminou o Curso
Ginasial.
Em 17 de dezembro de 1922, formou-se na primeira turma de
Teologia no *Colégio Adventista Brasileiro (CAB), cujo lema era Rumo
ao Mar e também na Escola Superior de Filosofia em São Paulo. No dia
10 de dezembro de 1922, casou-se com *Alice Chagas Belz, cerimônia
realizada pelo Pr. A. B. Westcott. Dessa união nasceram quatro filhos:
Cláudio, Fábio, Claide e Otávio Belz (atualmente Pr. da IASD).
Inicialmente, em 1923, trabalhou como evangelista em Ribeirão
Preto e Pinhal, em São Paulo. Atuou como Pastor da Igreja de Vitória,
ES, e *IASD Central do Meier, RJ, entrando a seguir na linha da
administração onde se destacou como: Evangelista da Associação
Paulista; Evangelista da Associação Leste; Departamental dos
Missionários Voluntários da Associação Paulista; Presidente da
Associação Paulista entre 1936-1940; Presidente da *União Sul-Brasileira
da IASD 1940-1952; Secretário de Campo da *Divisão Sul-Americana da
IASD para o Brasil em 1953; Diretor Geral do *Colégio Adventista
Brasileiro (CAB), de 1953 a 1957; Professor de História, Geografia,
Inglês, Filosofia, no Colégio Adventista Brasileiro e preceptor de 1929 a
1933. Presidente da *Associação Rio-Minas da IASD no ano de 1957 e
1958; Presidente da *União Este-Brasileira da IASD de 1958 a 1970.
Secretário de Campo da *Divisão Sul-Americana da IASD de 1970 a
1972, aposentando-se em 1973.
Enciclopédia ASD – B 23
Embora aposentado, trabalhou como pastor da igreja do Brooklin,
SP, e Vila Isabel, RJ. Foi também produtor e organizador do Programa
“Ouve, oh, Israel”. Escreveu os seguintes livros: A Vida e Seus
Problemas, Focalizando Nossa Época, E Então Virá o Fim, Quando
Tudo Falha, Gratos Por quê?, e outros editado após sua morte, além de
inúmeros artigos.
Faleceu no dia 12 de janeiro de 1978, aos 79 anos de idade, em São
Paulo, SP.
Em 15 de maio de 1979, a família Belz foi congratulada com a
medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo em
virtude dos serviços prestados por Rodolfo Belz como Pastor e educador.

BELZ, WILHELM (GUILHERME) ( -1895). Primeiro


o
Adventista do 7 Dia do Brasil. Considerado o primeiro Adventista do
Brasil. Quando criança, na Pomerânia, aprendeu que o 7o dia é o Sábado
de acordo com os ensinamentos bíblicos. Muitos anos mais tarde, depois
que sua família mudou-se para o Brasil, encontrou na casa de seu irmão
mais velho uma cópia de Gedanken Über das Buch Daniel (“Reflexões
Sobre o Livro de Daniel”) da autoria de *Urias Smith. Nessa obra, ele leu
que o Papado havia mudado o verdadeiro dia de repouso — o sábado.
Começou a investigar, leu e releu a Bíblia e, finalmente, chegou à
conclusão de que a autoridade divina não havia efetuado a mudança e que
o sétimo dia — o sábado — ainda era indicado por Deus para adoração
de seu Autor. Depois de um tempo, tomou a decisão de guardar o sábado,
e, embora não soubesse, outros cristãos estavam fazendo o mesmo. Sua
influência levou muitos outros vizinhos a guardarem o sábado, alguns
anos antes de os missionários da Igreja Adventista chegarem a Brusque,
perto de Gaspar Alto, Santa Catarina, onde residia. Uniu-se à Igreja
Adventista por volta de 1895 e foi eleito “bibliotecário da Sociedade de
Publicações (folhetos) de Brusque”.
Faleceu no dia
Enciclopédia ASD – B 24

BEM-AVENTURANÇAS. Esse termo, embora não esteja na


*Bíblia, é comumente usado para designar a porção introdutória do
Sermão da Montanha (Mat. 5:3-12; Luc. 6:20-23). O termo português
“beatitude”, sinônimo de bem-aventurança, deriva do Latim beatitudo,
“ventura”. Na Vulgata, Mat. 5:3-11 começa com beati, “benditos”,
palavra derivada da mesma raiz de beatitudo. A palavra grega para
“bendito” é makarios, significando “feliz”, “afortunado”. As Bem-
aventuranças, como dadas em Mateus, pronunciam uma bênção sobre:
(1) os que reconhecem sua pobreza espiritual;
(2) os que choram;
(3) os que são humildes;
(4) os tem fome e sede de justiça;
(5) os misericordiosos;
(6) os que são “puros de coração”, cujos pensamentos e motivos são
celestiais;
(7) os que promovem a paz; e
(8) os que, por causa de Cristo, são perseguidos e difamados.
Lucas lista apenas o primeiro, o quarto, o segundo e o oitavo, nessa
ordem. Nas Bem-aventuranças, Cristo anunciou que os objetivos de Seu
ministério e de Seu reino deviam trazer felicidade à humanidade. Os
princípios que Ele enumerou chocam-se com o conceito de que a
felicidade deve ser encontrada no nível carnal ou material.

BÊNÇÃO. [heb. berakah; gr. eulogia.] Vantagem ou benefício,


geralmente conferido por *Deus ou *Jesus Cristo (Gên. 39:5; Deut. 28:8).
Muitas das bênçãos de Deus são condicionadas pela obediência e
cooperação do homem (Êx. 15:26; Deut. 28:1-14). Berakah é usado para
um bem concedido pelo homem como sinal de afeição ou boa vontade,
um presente (Gên. 33:11; II Reis 5:15). Este é provavelmente o
significado de eulogia em II Cor. 9:5 (“generosidade”). A palavra
Enciclopédia ASD – B 25
“bênção” é usada também para o ato de pronunciar benefícios a vir sobre
uma pessoa ou povo (Tia. 3:10).

BENEVOLÊNCIA SISTEMÁTICA. Prática de fazer


contribuições regulares à Igreja de acordo com um plano pré-
determinado. Em seu sentido geral, ela representa o princípio do
financiamento denominacional seguido desde os anos 1850 até o presente.
Como um termo específico, ele aplicava-se especificamente ao método de
patrocinar a obra evangelística denominacional até os anos de 1870,
quando o atual sistema de dízimos (Veja Dízimo) e ofertas foi
recomendado e adotado de modo geral.
Financiando a Obra Pioneira. Os primeiros pregadores das
doutrinas ASD eram em grande parte de sustento próprio. Eles dirigiam
sua obra pela fé, sem qualquer base financeira, exceto as de seus próprios
recursos ou de ofertas ocasionais de simpatizantes e membros da Igreja.
José Bates usou suas próprias economias na obra de propagar o
conhecimento das doutrinas Mileritas. *Tiago White trabalhou
arduamente na construção uma estrada de ferro, em campos de feno e em
outros lugares a fim de conseguir meios para viajar em favor da
mensagem.
As ofertas para o trabalho eram irregulares e proporcionais mais à
generosidade do que ao salário do doador. Alguns que poderiam dar
muito, davam pouco, enquanto alguns outros que tinham pouco,
sacrificavam-se pela obra. Matilda Erickson Andross relatou, entre outros
incidentes, que uma viúva vendeu sua cabana para que a mensagem
Adventista pudesse ser pregada para outros (Story of the Advent
Message, p. 209). Vários adeptos vendiam suas fazendas a fim de dar
mais dinheiro para a Obra ASD.
Ao o trabalho alcançar novas áreas, especialmente em 1854, quando
as tendas foram utilizadas pela primeira vez para reuniões evangelísticas e
atraíam grandes audiências, mais e mais ministros foram chamados e um
Enciclopédia ASD – B 26
meio regular de sustento para obreiros de tempo integral tornou-se
necessário. Além disso, após uma explosão de doações, aproximadamente
ao tempo em que o trabalho do ministro foi definitivamente reconhecido e
as credenciais foram concedidas a ministros no campo, as contribuições
diminuíram acentuadamente em 1856-1857. Em 1856, ministros
influentes como *John N. Loughborough e *John Nevins Andrews
estavam engajados na carpintaria e outras espécies de empreendimentos
seculares para obter o sustento.
Introduzido o Princípio da Benevolência Sistemática. A falta de
recursos para o evangelismo levou à formação em abril de 1858 de uma
classe bíblica dirigida por John Andrews em Battle Creek para estudar os
princípios bíblicos de sustento do ministério. O grupo chegou à conclusão
de que a doação regular e proporcional era o método ordenado pela
Bíblia. Eles recomendaram um plano de “ ‘Benevolência Sistemática’
sobre o princípio do dízimo.”
O plano recebeu entusiástico apoio e em janeiro de 1859, foi
adotado pela Igreja de Battle Creek:
A Igreja de Battle Creek reuniu-se em 16 de janeiro, à
noite, para considerar o assunto de uma Benevolência
Sistemática que levaria todos a fazer algo para suster a causa
da verdade presente, sustentando assim completamente a
causa e ao mesmo tempo aliviar alguns que têm contribuído
além de sua capacidade (RH, 3/02/1859).
No mesmo encontro, a Igreja votou editar um convite a outras
igrejas a participarem no plano. Ela recomendou quantidades específicas
a serem solicitadas a cada semana, de acordo com as possibilidades do
doador, para todos os membros de 18 a 60 anos de idade, 5 a 20 centavos
de dólar para os homens; 2 a 10 cents para as mulheres; e para aqueles
que possuíam propriedade, de 1 a 5 centavos para cada $100,00 dólares
do valor da propriedade.
Enciclopédia ASD – B 27
Esse plano foi modificado em alguma coisa na sessão da
*Conferência Geral da IASD de junho daquele ano, que sugeriu diferentes
quantidades para as doações, entre 2 a 25 centavos de dólar para os
homens e entre 1 e 10 centavos para as mulheres, além das contribuições
proporcionais à propriedade.
A décima parte não foi mencionada no plano de 1859 como a quota
sugerida para contribuição, mas apareceu no fim de 1860. Porém, naquele
tempo, ela se aplicava somente à entrada da propriedade. Na quinta
edição de um periódico que promovia a ‘Benevolência Sistemática, nosso
dever para com os pobres’ e que durou pouco tempo, O Bom Samaritano,
fez-se a sugestão: “Propomos que os amigos dêem o *Dízimo, ou um
décimo de suas entradas, estimando suas entradas na décimo parte do que
possuem” (citado em uma pergunta na Review and Herald, 09 de abril de
1861; 10% eram os juros das economias). Isso foi explicado por Tiago
White dessa maneira:
Propomos justamente o que as igrejas estão adotando
em Michigan; isto é, Elas consideram o uso de sua
propriedade de tanto valor quanto o dinheiro na base de dez
por cento. Esses dez por cento, elas consideram como
aumento de sua propriedade. Um dízimo disso seria um por
cento, e aproximadamente 2 centavos por semana de cada
100 dólares, que nossos irmãos, por conveniência, são
unânimes em dar (ibid.)
Em acréscimo, Tiago White sugeriu que os que possuíam nenhuma
propriedade fizessem “doações pessoais”. Não está claro se isso também
foi mencionado no Bom Samaritano. Em 17 de janeiro de 1861, este
plano foi proposto para a Igreja de Battle Creek, e White esperava que
todos “provavelmente alcançarão as propostas sugeridas nesse encontro
(ibid., 22 de janeiro de 1861).
Enciclopédia ASD – B 28
O plano da Benevolência Sistemática foi endossado por Ellen G.
White, que por volta desse tempo repetidamente instou com os membros
para que fizessem um maior sacrifício e liberalidade para com a causa.
Ela escreveu em 1857:
O mínimo que foi exigido dos cristãos nos dias
passados é possuírem um espírito de liberalidade e
consagrarem ao Senhor uma porção de tudo o que se lhes era
aumentado. Todo verdadeiro cristão tem considerado isso
um privilégio. ... Mas dos cristãos que vivem nos últimos
dias e que esperam por seu Senhor, exige-se que façam mais
do que isso. Deus requer sacrifício deles (IT, 170).
E em 1859, ela continuou:
Minha atenção foi chamada para os dias dos apóstolos
e vi que Deus estabeleceu o plano mediante a descida do
Espírito Santo, e que pelo dom de profecia, Ele aconselhou
Seu povo a respeito de um sistema de benevolência. Todos
deveriam tomar parte nessa obra de partilhar suas coisas
terrenas com aqueles que ministram pelas coisas espirituais
(IT, 190).

Em 1863, sugeriu-se na Review and Herald um dízimo como contribuiçã


mínima. O escritor, possivelmente Tiago White, disse:
Dos filhos de Israel, exigiu-se que dessem um dízimo
de todas as suas entradas . . . [referências do A.T.]. E não se
pode supor que o Senhor exija menos de Seu povo quando o
tempo é decididamente curto, e uma grande obra deve ser
realizada no uso de seus meios ao dar a última mensagem de
misericórdia ao mundo (Review and Herald, 6 de janeiro de
1863).
Enciclopédia ASD – B 29
Durante a década de 1860 e na de 1870, a idéia do dízimo das
entradas como base da benevolência apareceu mais e mais
freqüentemente. Já em 1875, esse princípio estava se tornando evidente
aos membros da Igreja, como se vê pela seguinte carta que apareceu na
Review and Herald:
Por gentileza, poderia o Sr. me dizer o que realmente
significa a Benevolência Sistemática ? Por exemplo, se eu
recebo $1,00 por dia, 10 centavos pertence a Deus. Esses
dez centavos pertencem à Benevolência Sistemática ou eu
posso dar 5 centavos para a Benevolência Sistemática e o
resto para a causa que eu achar melhor? (20 de janeiro de
1876).
A explicação dada por *Urias Smith ainda não confirmou como
sendo dízimo os 10% de todas as entradas. Ele defendeu o outro método
de doação sistemática. Mas apenas algumas semanas mais tarde, em
fevereiro de 1876, Dudley Canright escreveu com segurança sobre o
plano da Benevolência Sistemática: “Deus requer que um dízimo, ou um
décimo de todas as entradas de Seu povo seja dado para sustentar Seus
servos em seus labores,” e “esses dez por cento são do Senhor” (ibid.,
17/02/1876). Somente os indigentes e os que não têm entradas estavam
livres para contribuir ou não com uma quantidade de sua escolha.
Na primeira sessão especial da Conferência Geral, realizada em
março de 1876, a posição de que um décimo de todas as entradas deveria
ser dedicado à obra do evangelho prevaleceu e as seguintes decisões
foram unanimemente adotadas:
Decidido, Que cremos ser o dever de todos os nossos
irmãos e irmãs, ligados a alguma igreja ou não, sob
circunstâncias normais, dediquem um décimo de todas as
suas entradas de qualquer fonte para a causa de Deus. E
Enciclopédia ASD – B 30
Decidido, Que chamamos a atenção de todos os
nossos ministros ao seu dever de apresentar plena e fielmente
essa importante questão perante os irmãos e instar com eles
para que estejam à altura das exigências do Senhor nesse
assunto (ibid., 6 de abril de 1876).
A sessão regular da Conferência Geral daquele ano afirmou os
princípios de um décimo das entradas (ibid., 5 de outubro 1876). Porém,
o plano não foi aceito imediatamente.
Dois anos mais tarde, na Conferência Geral de outubro de 1878,
recomendou-se que o sistema de solicitar uma quantidade fixa
semanalmente fosse substituído pela solicitação de um décimo de todas as
entradas e que cada conferência e instituição pagasse um décimo de suas
entradas à Associação Geral (ibid., 12 de dezembro 1878). Foi apontada
uma comissão para preparar um novo folheto sobre “o plano escriturístico
da Benevolência Sistemática,” e foi anunciado como pronto no mesmo
mês sob o título Benevolência Sistemática, com 72 páginas. Baseava-se
em grande parte, com acréscimos, em um artigo na Review and Herald
(30 de novembro de 1876), que era uma revisão do artigo anterior de
Canright de 17 de fevereiro e 2 de março de 1876.
Em dezembro de 1878, o Comitê da AG recomendou que a partir da
primeira semana de 1879, os membros em todo o mundo assinassem o
seguinte pedido:
Nós, subscritos, crendo que as Escrituras Sagradas
pedem que cada pessoa dê para o sustento do ministério um
décimo de tudo o que o Senhor conceder a ele ou ela,
comprometemo-nos solenemente à vista de Deus e na
presença uns dos outros, a separar cada semana um décimo
de tudo o que o Senhor nos conceder, sendo esse décimo
pago ao tesoureiro da Benevolência Sistemática no mínimo
uma vez por trimestre (ibid.,12 de dezembro de 1878).
Enciclopédia ASD – B 31
Na sessão especial da Conferência Geral na primavera de 1879,
notou-se que muitos adiavam o pagamento do dízimo até o fim do
trimestre e tinham dificuldade em devolvê-lo. Portanto, passou-se a
seguinte decisão: “Decidido, Que todos os nossos irmãos e irmãs
deveriam considerar seu dever devolver o dízimo de suas entradas no
momento em que a receberem” (ibid., 24 de abril de 1879).
Esse dízimo foi considerado uma entrega ao Senhor de Sua
propriedade, pois “as dízimas . . . são do Senhor” (Lev. 27:30), e a frase
“dízimos e ofertas” incluindo ofertas voluntárias sobre e além do dízimo.
Para sustentar as despesas das igrejas locais e para projetos especiais —
tais ofertas adicionais como “um terço” (isto é, da Benevolência
Sistemática) foram sugeridas em 1876 para a sociedade missionária. Mais
tarde, surgiu a oferta da Escola Sabatina para as missões e outras ofertas
(Veja Calendário da Igreja).
Administração e Distribuição da Benevolência Sistemática.
Estabeleceu-se desde o início uma administração completa do plano da
Benevolência Sistemática . As igrejas elegiam os tesoureiros cuja tarefa
eram registrar todas os pactos no “livro da Benevolência Sistemática ”
coletá-los no final do trimestre. Antes de serem organizadas as
Associações (Veja Igreja Adventista do Sétimo Dia, Organização e
Desenvolvimento da), os membros eram aconselhados a enviarem seus
pactos à Associação Geral para serem aplicadas para as despesas gerais
da Obra ASD.
A princípio, as igrejas tinham total controle sobre a disposição dos
fundos da Benevolência Sistemática. Porém, em 1861, foi claramente
declarado na RH de junho de 1861 que os fundos eram para o sustento do
ministério.
Quando a recém-organizada *Associação Geral da IASD preparou
um modelo de constituição para as associações estaduais, em 1863,
parece que tomou-se como certo que os avanços da Benevolência
Enciclopédia ASD – B 32
Sistemática seriam a base das finanças das Associações e assim foi
declarado no Artigo III.
Em 1864, as igrejas de Wisconsin e Illinois votaram enviar todos os
fundos da Benevolência Sistemática para o tesoureiro da Associação, se
assim fosse possível. Em 1876, Canright escreveu:
Legitimamente, cada centavo da Benevolência
Sistemática deveria ser usado para o sustento do ministério;
mas todas as nossas igrejas caíram no hábito de reservar uma
pequena parte de sua Benevolência Sistemática para pagar o
zelador, comprar óleo, etc. (ibid., 2/03/1876).
Veja também Dízimo.

BERGER, ALBERTO (1851-1943). *Colportor pioneiro. Nasceu


na Suíça. Emigrou para os Estados Unidos da América. Da América do
Norte foi enviado ao Brasil entre 6 a 20 de agosto de 1895. Foi um dos
primeiros colportores da Obra Adventista com o seu irmão J. Frederico.
Em 1895, casou-se com *Leslie Klauss, natural de Teófilo Otoni, MG. Da
união nasceram oito filhos.
Trabalhou no Estado de Minas Gerais e seu irmão J. Frederico
dirigiu-se para o Espírito Santo prosseguindo na Obra de *Colportagem.
Posteriormente, dirigiu-se ao Rio Grande do Sul e fixou residência
na cidade Ijuí, onde permaneceu até sua morte em 1943, aos 92 anos.

BERGER, EDITH SCHWANTES (1901-1994). Pioneira


adventista. Casou-se com o Pr. *Theophilo Berger e desta união nasceram
4 filhos: Eunice Michiles, Milton, Delvi e Edgar Berger.
Trabalhou durante muitos anos no *Colégio Adventista
Brasileiro(CAB) como educador.
Faleceu aos 93 anos de idade, no Rio de Janeiro, RJ.
Enciclopédia ASD – B 33
BERGER, LESLIE KLAUSS (1870-1953). Adventista pioneira.
Nasceu no dia 27 de maio de 1870 em Teófilo Otoni, MG.
Casou-se em 1895 com *Alberto Berger, que no dia 6 de agosto de
1895 veio dos EUA, como um dos primeiros colportores adventistas no
Brasil. Da união conjugal nasceram 8 filhos e 27 netos.
O casal começou o trabalho em Minas Gerais. Posteriormente,
fixaram residência em, Ijuí, RS. Seu esposo morreu em 1943 em Ijuí, RS.
Faleceu no dia 22 de julho de 1953, aos 83 anos de idade em Ijuí,
RS,. Foi sepultada ao lado do esposo, no cemitério a Linha Cinco,
também em Ijuí.

BERGER, THEÓPHILO (1900-1939). *Pastor pioneiro e


*Colportor-evangelista. Teófilo Berger ingressou na *Colportagem aos 17
anos de idade, onde trabalhou com êxito de 1917 a 1919, em Santa
Catarina, seu Estado natal. De 1920 a 1924 estudou no *Colégio
Adventista Brasileiro (CAB), em São Paulo.
Em 17 de dezembro de 1924, casou-se com *Edith Schwantes
Berger e desta união nasceram 4 filhos: Eunice Michiles, Milton, Delvi e
Edgar Berger. Neste ínterim, dedicou-se novamente à colportagem, sendo
um exímio vendedor, alcançando todos os recordes de vendas.
Voltando a estudar no CAB em 1927, diplomou-se em 1930, em
uma turma de 10 formandos. Escolheu-se como lema de formatura “A
Cruz e a Obra”. Após a formatura, entrou para a obra evangélica na
Missão Nordeste, em Pernambuco. Trabalhou no Sul da Bahia entre 1933
e 1939, onde experimentou-se grande desenvolvimento para a Obra ASD.
Atuou como pioneiro em muitas cidades e lugarejos fundando ali
muitas congregações.
Faleceu no dia 07 de setembro de 1939, aos 39 anos de idade, no
Estado da Bahia.
Enciclopédia ASD – B 34
BERGOLD, ALMA ( -1994). Pioneira adventista. Trabalhou
como professora durante muitos anos. Viúva da *Adolfho Bergold e era a
única sobrevivente da 1a turma de formandos do antigo *Colégio
Adventista Brasileiro (CAB), atual *Instituto Adventista de Ensino
(IAE/SP), em 1922.
Faleceu no dia 1o de novembro de 1994, aos 92 anos de idade, em
Loma Linda, Califórnia, EUA.

BERGOLD, ERNESTO ALBERTO (1907-1981). Professor entre


os *Índios Carajás, *Pastor e pioneiro dos *Produtos Alimentícios
Superbom Ind. e Com. LTDA.. Nasceu no dia 26 de abril de 1907, em
Indaial, SC. Filho de *Ernest Bergold e Ida Fenning Bergold. Possuía 14
irmãos, sendo ele o 12o filho.
Em 1924, começou seus estudos no *Colégio Adventista Brasileiro
(CAB), onde ficou até 1929, quando foi enviado como missionário entre
os índios Carajás, no Rio Araguaia (Veja Missão dos Índios do
Araguaia). Após um ano de trabalho, retornou ao CAB a fim de se
restabelecer de um acidente com arma de fogo. Reiniciou seus estudos,
mas antes de completar o semestre foi convidado a voltar ao Araguaia.
Reassumiu o trabalho em maio de 1931, recém-casado com Alma
Partwing. O casal em Piedade - Estado de Goiás, fundou uma escola para
brancos e índios, que funcionou até 1935, quando voltaram para São
Paulo, com sérios problemas de saúde.
No CAB, Ernesto participou dos trabalhos da agricultura e do
estabelecimento da Superbom, nos seus primórdios. Para tanto, cuidou do
início da construção do prédio da fábrica, onde ela se encontra
atualmente; projetou e produziu equipamento para a mesma. Instalada a
indústria no novo local, entre 1947, o casal visitou instituições e
indústrias de alimentos nos Estados Unidos e Canadá. Ao voltar, em
1948, Ernesto foi nomeado chefe da agricultura, cargo que ocupou até a
sua jubilação em 1969. No ano seguinte o casal mudou-se para as
Enciclopédia ASD – B 35
proximidades de Goiânia, GO, onde ele faleceu no dia 8 de outubro de
1981, aos 74 anos de idade.

BERGOLD, GUSTAVO REINOLD (1916-1962). Médico


Adventista. Nasceu no dia 30 de janeiro de 1916. Estudou no *Instituto
Adventista Cruzeiro do Sul (IACS), no *Instituto Adventista de Ensino
(IAE/SP) e posteriormente fez o curso de Medicina em Porto Alegre, RS.
Casou-se com Lídia Lina Kraemer, em 1942. Da união nasceram
duas filhas. Ocupou vários cargos na Organização Adventista, onde
sempre foi obreiro. Em seus últimos dias dedicou-se mais a sua clínica
particular em Porto Alegre e a divulgar o Laboratório Kraemer.
Faleceu no dia 1o de fevereiro de 1962, aos 56 anos de idade.

BERGOLD, OTTO (1892-1973). Pioneiro no Rio Grande do Sul.


Foi um dos pioneiros na Obra Adventista em Taquara, RS. Colaborou na
fundação e manutenção do *Instituto Adventista Cruzeiro do Sul (IACS).
Faleceu em 12 de agosto de 1973, aos 81 anos de idade, em
Taquara, RS.

BESTA DE DOIS CHIFRES. Veja Interpretação do Apocalipse.

BESTA. Veja Interpretação do Apocalipse.

BEYER, ELFRIEDE BELZ (1879-1961). Adventista Pioneira. Foi


batizada no segundo *Batismo em Gaspar Alto, pelo Pr. *Huldreich F.
Graf, entre os anos de 1895 e 1900. Faleceu no dia 14 de novembro de
1961, aos 82 anos de idade.

BEZERRA, RUBEM RUFINO (1946-1994).*Pastor. Casou-se


com Olinda Renata e desta união nasceu o filho Robson. Trabalhou por
16 anos como pastor distrital e departamental nas *Associações Paulista,
Enciclopédia ASD – B 36
Catarinense e Brasil-Central da IASD. Seu último trabalho foi como
pastor da *IASD de Riacho Grande, SP, quando afastou-se para atender
assuntos empresariais da família.
Estava atuando com ancião da Igreja de Blumenau, SC.
Faleceu no dia 26 de setembro de 1994, aos 48 anos de idade em
São Paulo, SP. Foi sepultado em Blumenau.

BÍBLIA. Coleção de escritos sagrados aceitos pelos cristãos


conservadores como sendo de origem divina e, portanto, possuindo
autoria divina. O A.T. consiste de 39 livros escritos antes da primeira
vinda de Cristo, enquanto o N.T., escrito desde o tempo de Cristo,
consiste de 27 livros. (Os ASD, em comum com os Protestantes em geral,
defendem que os *Apócrifos não são parte do cânon das Escrituras).
A Bíblia na IASD. Os ASD crêem que “as Santas Escrituras do
Antigo e Novo Testamento foram dadas pela inspiração de Deus” e que
elas “contêm uma revelação todo-suficiente de Sua vontade para o
homem e são a única regra de fé e prática infalível (dos cristãos)”
(Manual da Igreja). Todas as crenças teológicas devem ser medidas por
elas; qualquer ensino contrário a elas deve ser rejeitado.
Os pioneiros ASD afirmam que a Bíblia é a única fonte de sua
crença. Cada assunto devia ser decidido pela Bíblia, pois que era o teste
de sua fé. Em 1847, *Tiago White declarou: “A Bíblia é uma revelação
perfeita e completa. É nossa única regra de fé e prática” (A Word to the
Little Flock, p. 13).
Em 1849, ele reafirmou sua posição: “A Bíblia é nosso mapa-guia. É
nossa única regra de fé e prática, à qual aderimos criteriosamente”
(Present Truth, dez. de 1849). Nesta posição, ele era apoiado por sua
esposa que disse: “A Bíblia e a Bíblia só deve ser nossa regra de fé”
(*Ellen G. White em Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 10/1886).
Quando em 1889, os ASD, pela primeira vez, incluíram no Yearbook
uma lista dos “Princípios Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia”,
Enciclopédia ASD – B 37
eles prefaciaram a lista com a declaração “Adventista do Sétimo Dia” não
tem Credo além da Bíblia. Sua declaração sobre a Bíblia diz o seguinte,
“Que as Santas Escrituras do Antigo e Novo Testamentos foram dadas
por inspiração de Deus, contêm uma revelação plena de Sua vontade para
o homem e são a única regra infalível de fé e prática” (pp. 147, 1448).
Estimulado o Estudo Bíblico. Numa grande variedade de maneiras,
os ASD estimulam a leitura e estudo da Bíblia, seja entre membros ou não
membros. A Bíblia é o centro focal do treinamento do jovem ministro.
Cursos bíblicos são requeridos em cada Universidade e Colégio dirigidos
pela denominação, graduandos ou não graduandos e em cada ano dos
níveis elementares. Na *Escola Sabatina semanal, que é assistida não
somente por crianças mas por adultos de todas as idades, a lição é
dedicada exclusivamente ao estudo da Bíblia, e todos os membros são
estimulados a assistirem regularmente à Escola Sabatina e a estudarem a
lição todos os dias. Adolescentes, jovens e membros são aconselhados a
ler a Bíblia.
Por causa da ênfase que os ASD têm dado ao estudo individual da
Bíblia, têm permanecido em altas discussões envolvendo conhecimento
bíblico. Por exemplo, no Segundo Concurso Bíblico Internacional (1961)
patrocinado pela sociedade Bíblica de Israel e realizado em Jerusalém,
Israel, a Sra. Yolanda Anversa da Silva, professora e dona-de-casa no
Brasil, chegou tão perto do primeiro lugar que os juízes reconsideraram e
decidiram recompensá-la com uma medalha de ouro pelo primeiro lugar.
Em 1964, em um Terceiro Concurso Bíblico Internacional; Graham
Mitchell, Contador da Companhia de Alimentos da Austrália, levou o
primeiro lugar. Muitos outros ASD de outros países também alcançaram
boa colocação no mesmo concurso. (Veja Concursos Bíblicos)
As *Casas Publicadoras ASD de todo o mundo produzem milhões
de dólares em literatura a cada ano, grande parte da qual está de algum
modo relacionada com a Bíblia. Em adição a periódicos evangelísticos e
impressos, há muitos livros relacionados com a Bíblia, inclusive o
Enciclopédia ASD – B 38
Seventh-day Adventist Bible Commentary, um comentário de sete
volumes e 8000 páginas sobre toda a Bíblia.
Evangelismo Bíblico. O evangelismo público consiste
essencialmente na exposição da Bíblia. Em alguns casos, Bíblias de boa
qualidade são distribuídas às centenas e milhares que assistem a um
número específico de reuniões, nas quais a audiência marca os textos
usados pelo evangelista. Assistentes evangelísticos em tempo integral
chamados de Instrutores Bíblicos (em sua maioria mulheres) dirigem
estudos Bíblicos a grupos ou indivíduos. Cursos de treinamento e
institutos são dirigidos regularmente a fim de instruir leigos a ensinar a
Bíblia a outros através de estudos bíblicos.
De tempos em tempos, conferências são realizadas nas quais o
jovem participa em discutir tópicos selecionados das Escrituras.
Programas de rádio e televisão realçam a Bíblia e um número de escolas
bíblicas locais, regionais ou nacionais matriculam milhares.
Os ASD também cooperam com as sociedades bíblicas com
contribuições, participando em projetos de tradução e auxiliando na
circulação da Bíblia.
Veja Bíblia, Interpretação da; Inspiração das Escrituras.

BÍBLIA, INSPIRAÇÃO DA. Veja Inspiração da Escrituras.

BITTENCOURT, LINO TEIXEIRA ( -1969). Construtor


pioneiro. Nasceu em Paraibuna. Uniu-se à *Igreja Adventista do Sétimo
Dia, aproximadamente em 1912, em Rio Grande.
No Capão Redondo, onde residiu até o final de sua vida, cooperou
muito com a Obra ASD, trabalhando como oleiro na construção dos
prédios do *Colégio Adventista Brasileiro (CAB), atual *Instituto
Adventista de São Paulo (IAE/SP).
Faleceu em 17 de janeiro de 1969, no Capão Redondo, em São
Paulo, SP.
Enciclopédia ASD – B 39

BLANCO, ARNALDO MACHADO (1945-1993) Administrador.


Nasceu no dia 18 de fevereiro de 1945. Casou-se com Zila Fonseca
Blanco. Desta união nasceu a única filha do casal: Aline Fonseca Blanco.
Em 16 de outubro de 1980, iniciou seu trabalho no *Hospital
Adventista Silvestre, RJ, como chefe de compras, até 31 de março de
1985. De 1o de Abril de 1985 a 28 de fevereiro de 1986 atuou como
Diretor Administrativo do Hospital São Lucas.
De 1o de Março de 1986 a 31 de maio de 1987, atuou como diretor
financeiro no *Hospital Adventista de São Paulo (HASP), quando então,
passou à Direção Administrativa e Financeira, até 28 de fevereiro de
1990.
De 1o de março de 1990 a 31 de março de 1992, atuou como Diretor
Financeiro novamente, e por fim de 1o de abril de 1992 a 21 de janeiro de
1993 foi gerente da Garantia de Saúde do HASP.
Faleceu no dia 21 de janeiro de 1993, aos 47 anos de idade, no
Hospital Adventista de São Paulo, em São Paulo, SP.

BLANK, GUILHERME (1893-1966). Adventista pioneiro em


Campos dos Quevedos, RS. Nasceu em 1893 e foi um dos fundadores da
primeira *IASD de Campos dos Quevedos, RS. Batizou-se em 6 de
setembro de 1914 e desde então, ocupou vários cargos na igreja como
diácono, diretor do trabalho missionário e *Recolta, entre outros.
Faleceu no dia 28 de novembro de 1966, aos 73 anos de idade.

BLECK, ALFREDO (1899-1956). Impressor na *Casa


Publicadora Brasileira (CPB). Nasceu na Alemanha. Em 1913, aos 14
anos de idade, chegou ao Brasil. Estudou por algum tempo no *Colégio
Adventista Brasileiro (CAB), atual *Instituto Adventista de Ensino
(IAE/Ct), vindo depois trabalhar na CPB.
Enciclopédia ASD – B 40
Em 1924 casou-se com *Augusta Belz Bleck, neta de Guilherme
Belz, e desta união nasceram quatro filhos: Werner, Günther, Elizabeth e
Edla. Foi obreiro na CPB, trabalhando como impressor por quase 29
anos. Atacado então pela doença de Parkinson, teve que aposentar-se.
Faleceu em 30 de junho de 1956, aos 57 anos de idade, em Santo
André, SP.

BLECK, AUGUSTA BELZ (1900-1980). Pioneira adventista.


Filha de Reinhold Belz. Nasceu no dia 23 de junho de 1900 e fez parte da
primeira geração nascida em lar Adventista no Brasil.
Em 1920 foi convidada a trabalhar na *Casa Publicadora Brasileira
(CPB). Em 1924, casou-se com *Alfredo Bleck, de cuja união nasceram
quatro filhos: Werner, Günter, Elizabeth e Edla.
Foi contemporânea dos pioneiros da mensagem adventista no Brasil,
mantendo contato com todos eles e participou das primeira séries de
conferências realizadas no país. Durante toda a sua vida Augusta Bleck
ocupou-se especialmente em animar os fracos na fé, transmitindo-lhes
coragem e apoio espiritual. Nem a idade, tampouco algumas enfermidades
de que sofria, fizeram com que interrompesse seu intenso trabalho em
prol dos semelhantes, sendo que manteve suas atividades até a véspera de
seu falecimento.
Faleceu em 1980, aos 80 anos de idade.

BLECK, GÜNTHER HAROLDO. (1934-1981). Professor.


Bisneto do primeiro Adventista do Brasil, *Guilherme W. Belz e filho de
*Alfredo Bleck e *Augusta Belz Bleck.
Fez parte da primeira turma de formandos do *Ginásio Adventista
Paranaense (GAP), atual *Instituto Adventista Paranaense (IAP), tendo
sido o autor do hino oficial da escola.
Casou-se com Elizabeth e desta união nasceram 3 filhas.
Enciclopédia ASD – B 41
Foi professor no *Instituto Adventista de Ensino (IAE/SP) durante
alguns anos. Participou como obreiro voluntário da construção da IASD
de Cidade Ademar, local onde pregou seu último sermão.
Faleceu em 13 de junho de 1981, em São Paulo, vítima de derrame
cerebral.

BODE EMISSÁRIO. Termo da ARA para o bode enviado ao


deserto no *Dia da Expiação. O termo derivou da Vulgata caper
emissarius, “bode mandado embora.” Em Lev. 16:8, a margem da KJV
traz para bode emissário “*Azazel,” uma transliteração do hebraico. O
verso pode ser traduzido literalmente como na Revised Standard Version:
“E Arão lançará sortes sobre os bodes; uma sorte para o Senhor e outra
para Azazel.”
Entre os estudiosos cristãos têm havido e ainda há grandes variações
de opinião quanto ao significado do bode emissário em sua relação aos
serviços do Dia da Expiação, no tipo e no antítipo. Uma idéia, entre
muitas outras, advoga que o bode emissário era um tipo de Cristo. Outra
idéia oposta é a de que o bode emissário é um tipo de Satanás. Embora os
adventistas em 1844 pregassem muito sobre o Dia da Expiação, eles
aparentemente deram pouca atenção a tais detalhes como significado do
bode emissário.
Ao os ASD estudarem posteriormente o *Santuário, deram mais
completa consideração aos detalhes do ritual do Dia da Expiação pelo
qual o antigo Santuário era purificado. A conclusão unânime dos
estudiosos ASD tem sido de que o bode emissário, ou Azazel,
representava Satanás.
As muitas razões para essa conclusão são discutidas exaustivamente
pelos escritores ASD pioneiros. Veja *Urias Smith, The Sanctuary (Battle
Creek, Michigan, 1877), p. 308; J. H. Waggoner, The Atonement
(Oakland Califórnia, 1884), p. 232. Sendo que a expiação para o
Santuário já tinha sido completada antes que os pecados confessados
Enciclopédia ASD – B 42
fossem transferidos, em figura, para o bode emissário (Lev. 16:20, 21),
eles concluíram que Cristo deveria ter então completado a obra de
expiação antes que Satanás — o bode emissário antitípico — pudesse
sofrer o destino reservado para ele como descrito em Apoc. 20:9, 10.
A identificação do bode emissário também envolvia o significado da
palavra “Azazel” (ibid., pp. 234-237). Sobre esse ponto, muitos
estudiosos não-adventistas, tais como Jenks, Spencer, Charles Beecher e
Mathew Henry eram citados extensamente. Salientou-se, posteriormente,
que o uso da preposição “para,” no hebraico de Lev. 16:8, implica que as
sortes eram lançadas para uma pessoa — uma para Jeová e uma para
Azazel. Isto rejeitaria a idéia de Azazel ser um nome impessoal para
Satanás. Igualmente, salientou-se que os Targuns tratavam Azazel como
um nome próprio e que a Septuaginta traduziu-o como apopompaios,
palavra grega aplicada a uma deidade maligna. Esta era também a posição
dos Pais da Igreja Primitiva. Orígenes disse: “O que é chamado na
Septuaginta de apopompaios, e no hebraico de Azazel, não é outro senão
o diabo.”
Uma breve nota na Review and Herald (julho de 1886) cita Irineus
(c. 185 A.D.): “aquele divino ancião,” que o caracterizou como “aquele
caído, mas ainda poderoso anjo” (Contra Heresias 1.15).
Antigos escritores judeus consistentemente lançaram Azazel na
função de um espírito do mal. O pseudepígrafo Livro de Enoque, por
exemplo, comenta: “Azazel . . . tinha ensinado toda a injustiça sobre a
terra” (cap. 9:6). “Toda a terra tinha sido corrompida através das obras
que foram ensinadas por Azazel: a ele todo pecado é imputado.” (cap.
10:8).
A primeira discussão sobre o bode emissário em publicações ASD
foi uma reimpressão do tratado de *Owen Russel Loomis Crosier sobre o
*Santuário (Day-Star Extra, fev. de 1846, reeditado em Advent Review,
set. de 1850). Provavelmente a primeira discussão por um escritor ASD
Enciclopédia ASD – B 43
foi um editorial de *Tiago White, dando essencialmente a mesma
explicação, identificando o bode emissário como Satanás.
Na Review Herald de julho de 1863, Urias Smith desenvolve o
assunto em extensão considerável, listando razões para considerar Azazel
como Satanás:
Tendo o bode emissário sido escolhido, ele nunca mais realizava
qualquer função envolvendo dignidade ou honra, ou chamado para
qualquer coisa que simbolizasse a perfeição da vida e caráter. ... A
expiação é completamente feita, os pecados são remetidos, os registros
das más obras do povo de Deus são apagados e são para sempre libertos
deles, e estes pecados são tirados do santuário, antes que Satanás seja
chamado para julgamento. Deus então simplesmente o usa como veículo
pelo qual se faça uma disposição desses pecados no lago de fogo. Assim,
tanto quanto esteja em questão a obra de expiação, o plano e operação da
misericórdia pela qual o povo de Deus é perdoado de seus pecados,
Satanás não tem parte a realizar.
Anos mais tarde, Alonzo T. Jones enfatizou o fato de que Azazel
deve ser considerado um ser espiritual pessoal, que permanece em
oposição ao Senhor e, portanto, é Satanás. Ele baseia isso no fato de que
as sortes eram lançadas para dois bodes, um “para o Senhor” e um “para
Azazel,” que deve, portanto, ser uma personalidade tão real quanto o
Senhor. Jones cita várias fontes contemporâneas para essa idéia
(18/06/1899).
A crença ASD (note a declaração de Smith acima) de que o bode
representa Satanás de nenhuma forma o envolve na expiação de pecados.
A expiação de Cristo foi plena e completa para todos, e somente Ele
levou os pecados dos justos e os expiou. Até mesmo teólogos que omitem
Satanás da cena do *Dia da Expiação e restringem, dessa forma, o
simbolismo dos bodes a Cristo, concordam que a expiação era efetuada
pelo sangue do primeiro bode e que a cerimônia com o outro bode
aparece com um mero acréscimo feito por razões especiais, uma espécie
Enciclopédia ASD – B 44
de complemento à extirpação dos pecados que já tinha sido efetuada por
meio do sacrifício.
Em resumo, os ASD crêem que o bode emissário, ou Azazel, é um
tipo de Satanás. Como, antigamente, os pecados dos Israelitas
arrependidos eram postos sobre a cabeça do bode emissário antes de ele
ser lançado no deserto, assim —
quando a obra de expiação no *Santuário Celestial
estiver completa, então na presença de Deus e dos anjos
celestes, e a hoste dos remidos, os pecados do povo de Deus
forem postos sobre Satanás, ele será declarado culpado de
todo o mal que ele os fez cometer. E, como o bode emissário
era mandado embora para uma terra desabitada, assim
Satanás será banido para a terra desolada, um deserto
desabitado e árido (GC, 658).
Veja também Santuário; Juízo Investigativo.

BOEHM, AUGUSTA (1888-1967). Co-fundadora do *Colégio


Adventista Brasileiro (CAB), atual *Instituto Adventista de Ensino
(IAE/SP), professora e preceptora. Nasceu numa fazenda em Kansas,
EUA em 1828. Filha mais velha do Sr. Schneider, era dedicada ao
trabalho, ao estudo da Bíblia e a Deus.
Ainda jovem, ingressou no Union College, Nebraska, onde ficou
interna até o término de seu curso de Pedagogia. Formou-se em 1908
nesta faculdade e concluiu a Faculdade de Enfermagem em Loma Linda
em meados de 1912. Após sua formatura em 1908, lecionou na escola
primária de sua igreja em Kansas. Antes de ingressar para o internato,
conheceu *John Boehm que trabalhava na fazenda auxiliando seu pai.
Casaram-se em agosto de 1909 e da união nasceram-lhes 2 filhos: Oliver
que faleceu logo após o parto e Harley Boehm em julho de 1924 na
Califórnia.
Enciclopédia ASD – B 45
O maior desejo de Augusta era ser missionária em campos
brasileiros e no dia 1o de março de 1913, o casal chegou em São Paulo
após serem aceitos como missionários da Igreja Adventista do 7o Dia no
Brasil. No início da Obra Educacional em 1915, Augusta também auxiliou
na fundação do *Colégio Adventista Brasileiro (CAB), atual Instituto
Adventista de Ensino (IAE/SP). Enquanto John construía, ela ficava nas
barracas como enfermeira, conselheira, preceptora e orientadora no
preparo dos alimentos.
John foi convidado para visitar o Paraná em junho de 1918, e
Augusta permaneceu até o dia 21 de outubro de 1919 no Colégio. No
final de 1923, ela enfrentou alguns problemas com malária e John com
insuficiência cardíaca. Seguiram então, para o Hospital Adventista de
Washington, Califórnia, EUA.
Em 1930, voltaram para o Brasil e aproximadamente na década de
1940. Serviu novamente como preceptora e também auxiliou na área de
música como pianista no *Instituto Adventista Cruzeiro do Sul (IACS).
Em 1954, regressaram aos Estados Unidos para La Sierra,
Califórnia, EUA, para estarem mais próximos dos parentes. Mesmo
aposentados, ainda serviam ao Senhor e Augusta auxiliava o
Departamento de Dorcas.
Faleceu no dia 14 de abril de 1967, aos 79 anos de idade, no
Hospital para Convalescentes em Loma Linda, Califórnia.

BOEHM, JOHN HENRIQUE (1884-1975). Pastor, missionário


pioneiro na América do Sul, co-fundador do *Colégio Adventista
Brasileiro (CAB), atual *Instituto Adventista de Ensino (IAE/SP). Filho
de família alemã que emigrou para as gélidas terras russas, na região da
Ucrânia por volta de 1880. O nascimento de Boehm deu-se em Kutter,
Saratov, nas Planícies do Rio Volga, Rússia, no dia 1o de fevereiro de
1884. Ali passou sua infância e parte da juventude.
Enciclopédia ASD – B 46
Desde cedo, acostumou-se a um esquema rígido de trabalho, não
tendo tampo para usufruir a infância. Cursou apenas o primário e quando
chegou a adolescência, problemas políticos e econômicos fizeram a
família Boehm emigrar para os Estados Unidos da América.
A família Boehm estabeleceu-se na América na primeira década do
século. Afeito à árduos trabalhos, Boehm conseguiu emprego na fazenda
dos Schneiders, como domador de cavalos e burros selvagens. Seus
empregadores eram Adventistas do 7o dia e faziam o culto matutino antes
de começar os trabalhos diários. Por aquele ato de fé, John impressionou-
se a ponto de abraçar a mensagem Adventista e tornar-se fervoroso
crente. Naquela fazenda trabalhava também Augusta, com a qual casou-se
e tiveram 2 filhos: Oliver, falecido após o nascimento e Harley.
Boehm foi para um de nossos colégios e preparou-se para ser um
Pastor missionário. Sua dedicada esposa também preparou-se e pouco
depois de formado recebeu um chamado para ser missionário na América
do Sul.
O casal chegou ao Brasil em 1913, e recebeu como primeiro campo
missionário o Estado de São Paulo. Foi-lhe designada a colônia alemã de
Campos Sales e Cosmópolis, onde fixou residência. O Pastor Boehm
percorreu várias cidades do interior paulista tais como: Piracicaba,
Campinas e Limeira. O percurso era feito de trem ou quando não havia,
andava em lombo de animais ou mesmo a pé. Em certa viagem, Boehm
levou 5 meses para percorrer todos os lugares onde havia pessoas que
aguardavam a mensagem adventista.
Em Nova Europa, conheceu a família Hoffmann, e ali, em
companhia do irmão Hoffmann e com a sua ajuda em traduções para o
português, pregou a mensagem à vizinhança. O Sr. Hoffmann possuía três
filhos jovens e ao travar contato com eles, teve a idéia de construir uma
escola onde jovens adventistas pudessem receber a devida educação
cristã. Logo após, o Pr. Boehm foi para a capital paulista com o firme
pensamento de construir uma escola.
Enciclopédia ASD – B 47
Em 1915, comprou uma grande propriedade de 300 acres de terra na
região de Santo Amaro, do Sr. *Pantaleão Teizen, recém-convertido ao
adventismo.
Com o terreno comprado, Boehm e sua esposa tomaram a frente da
construção e iniciaram o tão sonhado lar educacional para os jovens
adventistas. O desafio era grande pois tudo era mata, havia muitos
carrapatos e pernilongos no local. Boehm e alguns rapazes que vieram
estudar no então *Seminário Adventista (Veja Seminário Adventista
Latino-Americano de Teologia SALT), começaram a desmatar e a
construir as primeiras obras da escola.
Passaram quase um ano morando em barracas ao lado de um córrego
donde tiravam água para cozinhar e beber. Construíram o moinho. O
açude e a casa, onde, mais tarde, colocaram o gerador para terem luz à
noite. O Pr. Boehm trabalhava o dia todo com os alunos, era preceptor e
professor, no início. A vida era dura, mas os alunos conseguiram
encontrar um lar onde o casal Boehm eram seus pais.
Um de seus alunos daquela época, *Luiz Waldvogel, fez a seguinte
declaração:
“O Pr. Boehm trabalhava junto conosco, comia junto conosco, e
depois contava histórias para nós; era mais um pai do que um diretor. Se
não tínhamos sapatos, tirava de seu bolso para nós comprarmos e se não
tivesse esse dinheiro, dava os seus próprios sapatos para que pudéssemos
nos sentir bem”.
O Pr. Boehm não possuía nenhum título, por isso não podia ficar
como diretor, ou professor do Seminário, assim, depois de fundado o
colégio e estar em funcionamento, partiu para outro campo com o ideal
realizado.
No final de 1917, foi para o Espírito Santo e iniciou o trabalho como
missionário entre os alemães, levando a mensagem de Cristo por todo o
interior do Estado.
Enciclopédia ASD – B 48
Em 1920, assumiu a direção da *Missão Espírito-Santense da IASD.
Ali desenvolveu a obra missionária e incentivou a obra médica. Trabalhou
muitos anos auxiliando na decisão de muitas pessoas.
Em 1932, assumiu a direção da *Associação Sul-Riograndense da
IASD. Ali permaneceu de 1932 a 1939. Empreendeu grandes obras e
ajudou a terminar a construção do *Instituto Adventista Cruzeiro do Sul
(IACS).
O Pr. Boehm trabalhou também na *Missão Rio-Minas da IASD,
onde prestou grande auxílio naquele campo. Durante sua gestão, passou
por suas mãos o projeto do início do *Instituto Petropolitano Adventista
de Ensino (IPAE), e na área média, surgiu o *Hospital Adventista
Silvestre, RJ, um dos mais bem equipados da América Latina atualmente.
Jubilou-se em 1963, após 46 anos de dedicação ao campo brasileiro.
Em 1954 voltou aos Estados Unidos, mas preocupou-se com a criação de
um fundo educacional para ajudar os alunos carentes. Este fundo foi
criado e reativado em 1985 com a finalidade de fazer empréstimos a
alunos sem recursos para que concluam os seus estudos. Recebeu o nome
de *Fundo Educacional John Boehm, em homenagem a seu idealizador.
John H. Boehm faleceu no dia 25 de janeiro de 1975 em Loma
Linda, Estados Unidos da América do Norte, aos 91 anos de idade.

BOGER, ESTER SCHWANTES (1905-1968). Professora


pioneira. Filha de Arthur e Clementina Schwantes. Estudou no *Colégio
Adventista Brasileiro (CAB) e foi professora do *Instituto Adventista
Cruzeiro do Sul (IACS).
Em 1934, casou-se com Herberto Boger, de cuja união nasceram:
Walter Boger, León, Nelson, Milton e Albina. Exerceu, logo após seu
casamento, o magistério na cidade de Ijuí, onde lecionou no Colégio
Evangélico Augusto Pestana. Também desempenhou cargos na igreja
sendo diaconisa e diretora de *Dorcas, Sociedade Beneficente.
Faleceu no dia 29 de outubro de 1969, em Ijuí, RS.
Enciclopédia ASD – B 49

BÖKENKAMP, ANA M. (1895-1987). Professora pioneira.


Nasceu em Bielefeld, Alemanha, onde aceitou a mensagem adventista.
Em 1924, decidiu juntamente com seu esposo Walter Bökenkamp vir para
o Brasil.
Do porto de Santos foram para Nova Europa, onde o casal
Bökenkamp fez parte do primeiro núcleo de Adventistas em São Paulo.
Após alguns anos, foram para Santa Catarina, na cidade de Ibirama, onde
nasceu Geraldo Bökenkamp, filho único do casal. Mais tarde, foi
convidada para lecionar em Escolas Adventistas.
Em 1940, foi transferida para o Educandário Adventista de Butiá no
Paraná, onde trabalhou por cinco anos no preceptorado do colégio bem
como na cozinha. Após algum tempo chefiou a cozinha da *Casa da
Saúde Liberdade, atual *Hospital Adventista de São Paulo, (HASP), onde
trabalhou até sua jubilação.
Faleceu em 9 de dezembro de 1987 aos 92 anos de idade, em
Brasília, DF.

BOLSA DE ESTUDO PARA COLPORTOR-ESTUDANTE.


Plano que torna possível aos alunos de 1o, 2o e 3o Graus, conseguirem
dinheiro para suas mensalidades, despesas de matrícula, música etc.,
vendendo livros e revistas denominacionais.
O plano de bolsa de estudo foi oferecido primeiramente no Union
College, Lincoln, Nebraska, em 5 de junho de 1906. Dos 19 estudantes
que saíram para trabalhar naquele verão, 16 conseguiram suas bolsas
integralmente. Um jovem vendeu o suficiente para pagar 3 estipêndios.
Alguns estudantes também trabalharam por seus estipêndios no
Southwestern Union e em alguns lugares na Costa Oeste durante o mesmo
verão.
Em vista do sucesso que muitos dos jovens obtiveram na experiência
do Union College, E. R. Palmer, naquele tempo diretor do Departamento
Enciclopédia ASD – B 50
de Publicações da Associação Geral da IASD (AG), recomendou à
comissão da AG em 9/12/1907, que deveria haver um procedimento de
bolsa de estudo para toda a Divisão Norte-Americana. Sua recomendação
foi adotada.
Desde 1907, a comissão da AG fez muitas emendas ao plano
original, mas o básico ainda é o mesmo. O *Serviço Educacional Lar e
Saúde (SELS) e a Escola ou Colégio se unem ao conceder bolsas aos
estudantes que alcançarem os alvos. Isto representa apenas uma
porcentagem das vendas do colportor.
Um estudante pode também conseguir seu estipêndio para estudar
em um colégio não ASD se fizer os devidos acertos com o tesoureiro do
SELS. Quando alcançar o valor, receberá a mesma porcentagem das
organizações ASD.
Através dos anos, milhares de jovens adventistas têm sido capazes
de conseguir seus estipêndios mediante a venda de publicação
denominacional e também receber treinamento. Desenvolvem, deste
modo, traços positivos de personalidade e aprendem a orar com as
pessoas e a dar estudos bíblicos. Este tipo de ministério, que é
considerado como sendo atividade missionária da mais alta ordem, ajuda
a desenvolver obreiros e missionários para a Igreja. Em algumas
associações, recomenda-se que quem queira trabalhar no campo tenha
colportado para pagar seus estudos, sendo isso quase uma carta de
recomendação de alto valor.

BONFIM, ELDA RODRIGUES DE AZEVEDO (1939-1979).


Educadora. Nasceu no dia 18 de fevereiro de 1939, na cidade de Ibitinga,
SP. Filha do Pr. *Oswaldo Rodrigues de Azevedo e da Profª. Yolanda
Maluf de Azevedo.
Foi batizada na Igreja Adventista do 7o dia aos 12 anos de idade.
Terminou o curso primário na Escola da *IASD Central Paulistana, SP.
Em 1951 iniciou o curso ginasial no Ginasial Adventista Campineiro, em
Enciclopédia ASD – B 51
Hortolândia, SP, atual *Instituto Adventista São Paulo (IASP), formando-
se em 1954.
Em seguida, dirigiu-se ao *Instituto Adventista de Ensino (IAE/SP),
em Santo Amaro, São Paulo, onde cursou o Normal (atual Magistério)
concluindo-o em 1957. Iniciou seu trabalho em 1958 como profesora
primária no IASP, lecionando, em seguida, por vários anos na Escola
Adventista de Santo Amaro.
Em 1964, ingressou na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da
Universidade de São Paulo (USP), diplomando-se em Pedagogia após 4
anos. Posteriormente fez pós-graduação em Orientação Educacional.
Em 1968 passou a lecionar no IAE para o Normal (Magistério) e,
mais tarde nas Faculdades de Enfermagem, Pedagogia e Sociologia. Em
seus últimos anos de trabalho, no IAE, atuou como Orientadora
Educacional.
Elda era também diplomada em piano pelo Conservatório Dramático
e Musical de São Paulo.
Em 28 de janeiro de 1973, casou-se com o Pr. Antenor Bonfim de
cuja união nasceram Fábio e Cássio Azevedo Bonfim.
Acompanhou os trabalhos de seu esposo nas igrejas de Rolândia;
PR, Goiânia, GO; e Taubaté, SP.
Faleceu no dia 12 de novembro de 1979, aos anos de idade, no
*Hospital Adventista de São Paulo (HASP), sendo sepultada na cidade de
Sumaré, SP.

BONFOEY, CLARISSA M. (1821-1856). Governanta da casa de


*Ellen G. White. Por ocasião da morte de seus pais em1849, ela propôs-
se a repartir com os Whites os móveis que tinha herdado e morar com
eles, ajudando nos trabalhos de casa. Por oito anos ela trabalhou
dedicadamente, às vezes viajando com eles e cuidando das crianças
enquanto os Whites estavam fora. Ellen G. White escreveu as mais
apreciativas palavras sobre ela. (LS, 123, 2SG, 113).
Enciclopédia ASD – B 52

BORDA, CARLOS MAGALHÃES (1938-1995). *Pastor, diretor


e administrador. Nasceu no dia 25 de abril de 1938, em Pelotas, RS. Era
filho de Carlos dos Santos Borda e Conceição Magalhães Borda. Aos 17
anos de idade batizou-se na IASD.
Fez os cursos Ginasial e Comercial em Pelotas, RS, a Faculdade de
Teologia no *Instituto Adventista de Ensino (IAE/SP), durante os nos de
1961 e 1964, a Faculdade de Pedagogia pela OSEC/SP (1970-1973) e
Administração de Empresas, na Universidade Fluminense (1975-1979).
Ingressou na Organização Adventista em 1o de fevereiro de 1965.
Ocupou os seguintes cargos:
— Pastor distrital, durante 2 anos e 4 meses, no Rio Grande do Sul.
— Tesoureiro do *Instituto Adventista Cruzeiro do Sul (IACS), em
Taquara, RS, 1 ano e meio.
— Diretor Geral do IACS, RS, 2 anos.
— Diretor Administrativo do IAE/SP, 2 anos e 9 meses.
— Secretário Ecônomo da *União Este-Brasileira da IASD (UEB), 7
anos e 3 meses.
— Secretário da UEB, 2 anos.
— Presidente da *União Norte-Brasileira da IASD (UNB), 2 anos.
— Diretor Geral da *Casa Publicadora Brasileira (CPB), 10 anos.
Ordenado ao Ministério Adventista no dia 1o de fevereiro de 1969,
trabalhou 30 anos para a *Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), tendo
demonstrado profundo amor pela Causa do Evangelho. Era filiado à
Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil e ao Conselho Regional de
Administração.
Em janeiro de 1985, foi eleito Diretor Geral da CPB, exatamente na
fase de transferência da editora, de Santo André, para Tatuí, SP. Sob sua
administração, a editora enfrentou os desafios e dificuldades econômicas
por que nosso País passou, mas sem perder sua missão e seu ideal de
expandir-se. Novos equipamentos foram adquiridos, todos os setores
Enciclopédia ASD – B 53
foram informatizados e, foi aberta a venda direta da literatura para a
Igreja, além dos canais já existentes. O aumento das vendas mostra o
acerto dessa decisão. Ele deixa a editora consolidada no município de
Tatuí, com as sua finanças em dia.
A “Casa Aberta” tornou-se a “menina dos olhos” para o Pr. Borda.
Na última vez em que o evento foi realizados (setembro/1994), mais de
23 mil pessoas compareceram à editora. Via-se, em seu rosto, expressiva
alegria em virtude do interesse dos membros e líderes da Igreja pela obra
realizada pela CPB.
Em 1993, foi acometido de insidiosa enfermidade, porém não perdeu
o ideal de servir, nem se deixou levar pelo desânimo. Realizou algumas
viagens ao Exterior, a serviço da editora, participou de numerosos
eventos da Área de Publicações e estava feliz com os efeitos benéficos do
Plano Real no desempenho da produção e das vendas. Mesmo enfermo,
passava ânimo aos que o visitavam. Uma de suas frases favoritas era:
“Não deixe que a sua emoção traia a sua razão”.
Casou-se com Gilda Zehetmeyer, e desta união nasceram os 2 filhos
do casal: Jairo Zehetmeyer (Chefe de Informática do *Hospital Adventista
Silvestre, RJ) casado com a Dra. Marta Lombardo Borda; e Gilson
Zehetmeyer (Administrador na *Golden Cross Assistência Internacional
de Saúde) casado com Cláudia Lessa Borda.
O Pr. Borda estava tão identificado com a CPB que, mesmo na fase
terminal da doença, se preocupava com o andamento dos trabalhos. Na
véspera de seu falecimento (dia 10 de abril de 1995), ainda conversou
com o redator-chefe sobre a impressão do novo Hinário Adventista (Veja
Hinários Adventistas). Ele perguntou:
— “Quantos modelos serão lançados?” E, ao ouvir que o Hinário
poderá estar à disposição da Igreja na Casa Aberta do ano corrente, disse,
sorrindo:
— “Será um festa.”
Enciclopédia ASD – B 54
Antes da oração, para encerrar aquele curto diálogo, ele ajudou a
repetir o verso 1 do Salmo 103: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e
tudo o que há em mim bendiga o Seu Santo nome”. Após a prece, ele
pediu:
—“Agradeça aos obreiros da CPB as orações. Um abraço a todos”.
Faleceu no dia 11 de abril de 1995, aos 57 anos de idade, no
*Hospital Adventista de Ensino (HASP) e foi sepultado em Tatuí, SP. A
cerimônia fúnebre foi realizada na capela da CPB, no dia 12 de abril,
oficializada pelo Pr. João Wolff, presidente da Divisão Sul-Americana da
IASD.

BORDEAU, DANIEL T. (1835-1905). Evangelista e missionário,


irmão de A. C. Bordeau. Ministro ASD ordenado em 1858, ele e seu
irmão passaram muitos anos evangelizando na Nova Inglaterra e Canadá.
Até quanto se saiba, os dois irmãos foram os primeiros descendentes
franceses a aceitar a fé ASD.
Em 1868, juntamente com *John N. Loughborough, ele respondeu a
um chamado de um grupo ASD na Califórnia, dirigido por M. G. Kellogg,
a fim de iniciar a obra ASD naquele Estado. Quando retornou ao Oeste
em 1870, reassumiu o trabalho entre as pessoas de fala francesa e
organizou igrejas em Wisconsin e Illinois (1873).
Em 1876, foi a Europa para passar um ano em trabalho evangelístico
na Suíça, França e Itália, associando-se a *John Nevins Andrews na tarefa
editorial. Novamente em 1882, juntamente com seu irmão, ele assumiu a
obra evangelística na Europa, trabalhando na França, Suíça. Córsega,
Itália e Alsácia-Lorena. Ao todo, ele passou sete anos em terras
estrangeiras. Retornando para a América (1888), continuou trabalhando
como ministro, escritor, atuando primeiramente entre as pessoas de fala
francesa e então em inglês.
Enciclopédia ASD – B 55
BORK, JOÃO (1911-1988). Administrador e bibliotecário. Nasceu
na Alemanha, em 28 de outubro de 1911. Casou-se com Rosa Butzloff em
1936. Mestre em Educação pela Andrews University (Estados Unidos),
cursou o 2o Grau, Teologia e Educação no antigo *Colégio Adventista
Brasileiro (CAB), atual Instituto Adventista de Ensino (IAE/SP). Foi
diretor do *Instituto de Teologia Adventista (ITA), atual Instituto
Petropolitano Adventista de Ensino (IPAE), do *Educandário Nordestino
Adventista (ENA) e do *Instituto Adventista Cruzeiro do Sul (IACS).
Depois de aposentar-se, em 1972, continuou trabalhando no IAE como
chefe de Biblioteca. Segundo conhecidos seus, amava os livros e lia
muito. Em sua gestão, houve um crescimento considerável no volume de
livros da Biblioteca do Colégio.
No ENA, durante muito tempo, foi considerado como um dos
melhores diretores que a escola teve. Ali construiu casas para professores,
e investiu no saneamento básico, além de levar adiante outras obras.
Faleceu no *Hospital Adventista de São Paulo (HASP), no dia 3 de
abril de 1988, sendo levado para o IAE e lá então velado, onde fora
administrador cuidadoso e zeloso. O sermão fúnebre foi proferido pelo
Prof. Orlando Ritter.

BOYD, MAUD (SISLEY). (1851-1937). Instrutora bíblica


pioneira, colportora e a primeira missionária ASD enviada à Europa. Ela
nasceu na Inglaterra, mas emigrou para os Estados Unidos aos 11 anos de
idade, onde encontrou seu irmão mais velho guardando o *Sábado. Logo
sua família inteira se tornou ASD. Quando, com os conselhos do casal
*Tiago e *Ellen G. White ela se mudou para Battle Creek, Maud, com
quinze anos de idade, conseguiu emprego numa sala de composição da
Review and Herald e freqüentou as classes pioneiras de inglês dadas por
G. H. Bell aos empregados da Review. Com um grupo de jovens da
Review and Herald, ela assistiu à primeira campal ASD (em Wright,
Michigan, setembro de 1868). Quando os ASD começaram a aceitar o
Enciclopédia ASD – B 56
plano do dízimo, Maud Sisley encontrou-se entre os primeiros dizimistas
de Battle Creek. Ela se tornou membro registrado da Sociedade de
Folhetos de Battle Creek, organizada por *Stephen Haskell. Era tão
entusiástica quanto a novas oportunidades que pediu férias de seis meses
a fim de se unir a Elsie Gates em um trabalho missionário voluntário em
Ohio.
Em 1877, a AG enviou Maud Sisley para ajudar o missionário *John
Nevins Andrews em sua obra de publicações na Suíça. Lá, em verdadeiro
espírito pioneiro, ela datilografou o primeiro folheto ASD em italiano,
mesmo não conhecendo a língua. Em 1879, *John N. Loughborough
chamou-a a fim de trabalhar em Southampton, Inglaterra, como instrutora
bíblica e colportora. Pouco tempo depois, ao retornar para a América, ela
se tornou a segunda esposa de Charles Boyd, presidente da Associação
do Nebraska.
Em 1877, os Boyds foram enviados pela AG como os primeiros
missionários para a África. Permaneceram na África até 1891, quando a
saúde de Charles forçou-os a retornarem para a América em 1898. A Sra.
Boyd continuou seu serviço cristão na Austrália, com professora em
Avondale por nove anos e então por três anos com o instrutora bíblica em
Gales do Sul e Victoria. Então, até 1927, ela trabalhou como instrutora
bíblica nos sanatórios de Loma Linda e Glendale, na Califórnia.

BRACK, AUGUSTO (1871-1957). Colportor pioneiro. Foi um dos


primeiros colportores no Brasil, tendo como objetivo principal disseminar
a mensagem do advento.
Em 1898, chegou, ao Brasil proveniente da Alemanha. Em 1902 foi
trabalhar no Sul do país como os irmãos *Berger, que estavam entre os
primeiros colportores no Brasil, em Santa Maria e Taquara, RS.
Faleceu no dia 02 de outubro de 1957, aos 86 anos de idade, em
Itaqui, RS.
Enciclopédia ASD – B 57
BRAGA, REGINA AUGUSTA MENESES (1876-1970).
Instrutora bíblica pioneira. Foi batizada em 1910. Foi a primeira instrutora
bíblica no Rio de Janeiro, quando havia apenas 25 membros batizados na
Associação. Aceitou a mensagem adventista através do colportor
*Antônio Leôncio da Penha. O Pastor *Ricardo Wilfart deu-lhe os
primeiros estudos bíblicos.
Faleceu no dia 03 de agosto de 1970, aos 94 anos de idade.

BRANCHART, HANS MAYER (1907- ). Missionário na


Amazônia. Nasceu em 1907 em Ulm Am Der Donnau, numa pequena
cidade da Alemanha. Dotado de um espírito missionário, chegou ao Brasil
em março de 1924, aportando no Rio de Janeiro, aos 17 anos de idade.
Foi encaminhado em 1925 para o Estado do Espírito Santo a fim de
engajar-se na Obra da *Colportagem e através desse trabalho aprendeu a
língua portuguesa bem como aprimorou suas relações humanas.
Casou-se com Johanna L. Mayer de Bräuer e tiveram 4 filhos: Karl
Kurt Konrad, Mercedes Marion Mauis, Werner Walther Waldemar e
Ruth Naomi.
Dirigiu-se, então, para São Paulo, matriculando-se no *Colégio
Adventista Brasileiro (CAB), onde permaneceu por três anos. Ao término
do Curso, sentiu ser a Amazônia a região mais necessitada do Brasil. No
final de 1927, Mayer chegou na cidade de Belém, no Estado do Pará.
Nessa região, Hans Mayer desenvolveu um trabalho entre os pobres
e necessitados, na companhia de seu amigo *André Gedrath.
Em 1928, construiu a primeira lancha missionária Adventista do
Brasil a “Ulm Am Der Donnau”. Deu-lhe este nome em homenagem a
sua cidade natal, o qual significa “Às margens do Danúbio”, com a qual
pôde prosseguir com seus trabalhos evangelísticos.
Depois da 1ª lancha, surgiu a 2ª chamada “Mensageira” e depois a
“Luzeiro I” e outras mais que foram construídas ao longo do tempo.
Enciclopédia ASD – B 58
Hans Mayer dedicou sete anos de sua vida ao Norte do Brasil,
participando das atividades missionárias de Maués, Pauntis, Mucajá, e
Centenário, onde preparou o 1o grupo de batizados. Em 1929, Hans
recepcionou no porto, a chegada de *Leo Blair Halliwell.
Em outubro de 1934, deixou o Brasil, indo trabalhar no Chile.

BRAUN, LUIZ (1878-1949). *Pastor e evangelista. Nasceu em


1878, em Düsseldorf, Alemanha. Iniciou sua carreira pastoral no Brasil
em 1915 sendo um dos veteranos da obra no país. Foi sempre bem
sucedido como Pastor e evangelista . Sob sua direção trabalhavam
diversos obreiros. Era considerado um conselheiro, estimulador e pai para
todos os que o cercavam.
Trabalhou nos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de
Janeiro, Espírito Santo e São Paulo na *Associação Paulista da IASD,
deixando, em cada lugar por onde passava a mensagem do Evangelho.
Durante toda a sua vida, testemunhou de Cristo através de um viver
abnegado, hospitaleiro e edificante, possuindo fé inabalável, até seus
últimos dias.
Faleceu no dia 14 de agosto de 1949, aos 71 anos de idade, na
*Casa de Saúde Liberdade atual *Hospital Adventista de São Paulo
(HASP), SP.

BREVE TEMPO DE ANGÚSTIA. Um tempo relativamente


breve de adversidade e perseguição antes do *Fechamento da Porta da
Graça. A expressão “breve tempo de angústia” está baseada em uma
declaração explicativa no suplemento de 1854 ao primeiro livro de *Ellen
G. White, A Sketch of the Christian Experience and Views of Ellen White
(Esboço da Experiência Cristã e Visões de Ellen G. White), publicado em
1851. Ela escrevera: (p.17): “No início do tempo de angústia, fomos
enchidos do *Espírito Santo ao sairmos para proclamar o *Sábado mais
intensamente.” Identificando este “tempo de angústia” com o mencionado
Enciclopédia ASD – B 59
em conexão com o erguimento de Miguel em Dan. 12:1 (considerado
como o erguimento de Cristo no fim do fechamento da *Porta da Graça),
alguns ressaltaram a futilidade de sair para proclamar o sábado depois de
a porta da graça ter-se fechado.
No suplemento, Ellen G. White explicou que o “tempo de angústia
“ao qual ela se havia referido seria imediatamente anterior ao fechamento
da porta da Graça. Ela escreveu:
O “início do tempo de angústia” ali mencionado, não se refere ao
tempo em que as pragas começarão a ser derramadas, mas a um breve
período, pouco antes, enquanto Cristo está no *Santuário (PE, 85).
Este “curto período”, conseqüentemente, veio a ser conhecido
como o breve “tempo de angústia”, em contraste com o “grande tempo de
angústia” referido por Daniel. A Sra. White escreveu mais tarde:
Nesse tempo, enquanto a obra de *Salvação está-se
encerrando, tribulações virão sobre a Terra, e as nações
ficarão iradas . . . a *Chuva Serôdia, . . . virá para dar poder
à grande voz do terceiro anjo e preparar os santos para
estarem em pé no período em que as *Sete Últimas Pragas
serão derramadas. (ibid.)

Para os que permanecerem leais aos expressos propósitos do *Céu,


o breve tempo de angústia será desta maneira um tempo de intenso
esforço evangelístico.
Veja Chuva Serôdia; Alto Clamor; Porta da Graça; Três
Mensagens Angélicas; Tempo de Angústia.

BRITO, RAYMUNDO DA COSTA ( ? -1960). Pregador.


Nasceu na cidade de Acajutiba, BA, onde passou sua infância; e na
adolescência, veio para São Paulo. Na Capital Paulista, decidiu então
Enciclopédia ASD – B 60
estudar, concluindo breve curso como Rádio Navegador, proporcionando-
lhe uma posição social bastante elevada.
Conheceu o Evangelho com o Dr. Ruy M. Reis e Carlos Schwantes.
Estudou a Bíblia, e tão logo terminou seus estudos, resolveu batizar-se.
Logo após o *Batismo, tomou a decisão de formar um grupo missionário,
ou seja, pregar o Evangelho ao ar livre. Assim, em janeiro de 1956,
*Raymundo Brito da Costa foi quem pregou pela 1ª vez na Praça
Patriarca, em São Paulo, onde converteu mais de 150 pessoas.
Acometido por hepatite aguda, foi conduzido para o Hospital São
Paulo e de lá para a *Casa de Saúde Liberdade, atual *Hospital
Adventista de São Paulo (HASP), onde faleceu em 1960.

BRONZE, ANTÔNIO DE ASSIS (1897-1977). Professor e


obreiro. Nasceu na Fazenda Serra de São José B. Vista, Estado de São
Paulo. Na época que iniciou seus estudos, as condições das escolas eram
precárias; isto porém não o impediu de seguir a carreira estudantil.
Cursou o primário e concluiu o Ginásio, aperfeiçoando seus estudos em
línguas.
Em 1926, tornou-se adventista e neste mesmo ano, contraiu núpcias
com Aurora Pinto, de cujo matrimônio nasceu Jesus de Nazaré Bronze, o
único Filho. Em 1931, fixou residência em Presidente Prudente, SP, onde
fundou uma escola chamada “Príncipe da Paz”, que alcançou uma
matrícula de 160 alunos.
Ocupou dupla função: professor e obreiro. Lecionou vários anos em
Marília, Garça, Mogi das Cruzes, perfazendo um total de 38 anos de
magistério.
Faleceu em 12 de novembro de 1977, aos 70 anos de idade.

BROWN, JOHN LEWIS (1888-1972) Missionário pioneiro na


região da Amazônia, *Pastor e *Colportor. Nasceu dia 7 de setembro de
Enciclopédia ASD – B 61
1888 em Pasadena, Califórnia, EUA. Foi o primogênito em um família de
8 irmãos. Aos 8 anos de idade começou a trabalhar na fazenda de seu pai
arando a terra. Aos 10 anos, um cavalo caiu sobre ele, dando-lhe certeza
de morte imediata.
Em seu desespero, ele clamou: “Querido Senhor, ouça-me, estou
morrendo, se o Senhor me salvar, eu O servirei por toda a minha vida”.
O Senhor o salvou e John cumpriu o que prometera. Aceitou a Cristo e
tornou-se membro da Igreja Menonita.
Em 1904, seu pai ouviu sobre a verdade do *Sábado pela primeira
vez por intermédio de Peter Nightingale. Alguns meses mais tarde,
durante o primeiro semestre de 1905, seu pai o levou a uma *Reunião
Campal em Los Angeles. Ali ele ouvira a Sra. *Ellen G. White e ao final
do encontro, batizou-se juntamente com 38 pessoas, na Igreja Adventista
do 7o dia da Rua Carr.
Recebeu educação na Fernando Academy e para conseguir recursos
para os estudos dedicou-se ao trabalho da *Colportagem. Ainda auxiliou
financeiramente suas irmãs Kate e Sue para que elas também pudessem
receber uma educação cristã.
Por volta de 1908, respondeu a um apelo para trabalhar com
literatura evangelística no México, juntamente com 3 outros jovens. Em
1909, já sabia dominar bem o idioma espanhol e obteve o recorde de
vendas na colportagem.
Em 1910, conheceu Esther Alma Janlowiski que, no futuro seria sua
esposa. Esther era filha adotiva do casal de missionários Lulu e *Abel
Landers Gregory.
Em 1911-1912, foi chamado para a Espanha a fim de ali organizar o
trabalho de colportagem. Trabalhou em Barcelona, Saragossa, Vigo,
Palma e Maiorca, Sevilha e outros lugares. Casou-se com Esther Alma em
08 de agosto de 1912 em Berna, Suíça. Da união nasceu-lhes um filho,
Walton J. Brown, que por muitos anos serviu como secretário do
Departamento de Educação da *Associação Geral da IASD.
Enciclopédia ASD – B 62
A Primeira Guerra Mundial veio e a pequena família de John teve
que deixar a Espanha. Dirigiram-se para El Salvador onde ele iniciou um
trabalho pioneiro organizando a primeira Igreja Adventista naquele país.
Ali passaram privações e doenças. Os recursos eram parcos e John
contraiu malária perniciosa.
Em 1916, foi ordenado ao ministério. Na sessão da Conferência
Geral de 1918 foi-lhe pedido que fosse ao Chile para ali trabalhar. Nesse
país atuou como Pastor de igreja de 1919 a 1921, residindo na parte baixa
da cidade de Valparaíso. Os recursos eram tão escassos que quando
compravam uma banana, davam metade para o pequeno Walton e a outra
metade era dividida entre o casal.
Do Chile, foram enviados ao Brasil a fim de que Esther pudesse
recuperar a saúde, pois ela se encontrava muito debilitada devido ao clima
tropical. Apesar das dificuldades, o casal não desejou abandonar o
trabalho na América do Sul. No Brasil foram para Juiz de Fora, Minas
Gerais, onde John assumiu o cargo de superintendente da Missão.
Em 1920, a *Sociedade dos Missionários Voluntários levantaram
fundos para enviar missionários à região Baixo-Amazonas e o casal
Brown aceitou o desafio, juntamente com *André Gedrath, *Hans Mayer
e sua esposa Joana.
O governador apreciou de tal modo o trabalho que ofereceu uma
concessão de milhões de acres de terra e privilégios de importação e
exportação por 10 anos. aos adventistas do 7o dia.
O Pr. Brown foi o precursor do Pr. *Leo Halliwell na Amazônia,
tendo iniciado o trabalho que ora se desenvolve progressivamente na
Região Norte.
Durante 11 anos, o Pr. Brown serviu no Brasil como presidente da
*União Sul e *União Este Brasileira da IASD e como missionário
pioneiro na região inóspita da Amazônia, perfazendo um total de 25 anos
de trabalho na América do Sul.
Enciclopédia ASD – B 63
Faleceu no dia 8 de agosto de 1972, no Hospital Santa Helena,
Califórnia, EUA.

BUTLER, RAFAEL DE AZAMBUJA (1895-1968). Redator,


*Colportor. Exerceu por longos anos, na *Casa Publicadora Brasileira
(CPB), o cargo de redator de muitos periódicos dedicando-se
especialmente à Revista “Vida e Saúde”. Foi também tradutor de muitos
de nossos livros.
Iniciou suas atividades na Redação da CPB em 20 de março de
1934. Em julho de 1947, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se
dedicou à *Colportagem, sendo depois de algum tempo convidado para o
trabalho relacionado com *A Voz da Profecia.
Em junho de 1952, foi confiado a prestar serviços na CPB,
novamente como redator responsável da *Vida e Saúde, *Lições da
Escola Sabatina, tradutor de livros de grande responsabilidade, como
“Novo Tratado da Família” e muitos outros. Ocupou ainda cargos
relevantes na Sociedade Bíblica do Brasil.
Faleceu no dia 22 de julho de 1968, aos 73 anos de idade, em São
Paulo.

BYINGTON, JOHN (1798-1887). Ministro pioneiro e primeiro


presidente da *Associação Geral da IASD. Seu pai, Justus, foi soldado na
Guerra Revolucionária, pregador Metodista Episcopal itinerante, e mais
tarde um dos fundadores da Igreja Metodista Protestante, tornando-se o
presidente da Associação de Vermont. Aos sete anos de idade, John
chegou à certeza do pecado e aos 18 anos (1816), converteu-se. Sendo
sua mãe uma mulher de grande timidez, ele dirigia o culto quando seu pai
estava ausente. Tornou-se ativo no trabalho leigo da Igreja Metodista,
mas aos 21 anos sua saúde falhou e por três anos sofreu de depressão.
Porém, animado pela oração, retornou a seu trabalho, dividindo o tempo
entre cuidar da fazenda e pregar.
Enciclopédia ASD – B 64
Sendo totalmente contrário à escravidão por convicção, e à liderança
da Igreja Metodista Episcopal opunha-se a atividades anti escravatura,
separou-se daquela denominação e uniu-se à nova Convicção Metodista
Wesleyana, ajudando assim a construir uma igreja e uma residência
paroquial que ainda persistem em Nova Iorque, na cidade de Morley. Foi
como delegado leigo à reunião organizacional da Associação Geral
Wesleyana em Cleveland, Ohio, em 1844; e mais tarde se tornou um
ministro Wesleyano, pastoreando a igreja de Lisbon, Nova Iorque. Ele
regularmente recebia Índios e negros em sua casa, e diz-se ter mantido
uma estação da Estrada de Ferro Underground, em Buck’s Bridge, Nova
Iorque, onde morava em uma fazenda.
Em 1844, ouviu um sermão *Milerita em Cleveland, Ohio, mas não
foi impressionado muito profundamente. Em 1852, lendo uma cópia da
Review and Herald, começou a guardar o sábado contra amarga oposição
dos amigos. Pouco depois *Tiago e *Ellen G. White visitaram-no, em sua
casa, em Buck’s Bridge. Por três anos dirigiu reuniões sabáticas em sua
casa, então construiu uma igreja em sua propriedade. Esta pode ter sido a
primeira igreja ASD construída, terminada antes da Igreja de Battle
Creek, edificada no mesmo ano. Em uma casa próxima, sua filha Martha
(mais tarde esposa de G. W. Amadon), lecionou no que tem sido
lembrada como a primeira escola ASD (1853). Uma das primeira Escolas
Sabatinas foi também dirigida na casa de Byington.
A pedido de *Tiago White, Byington mudou-se para Michigan em
1858 e passou 15 anos em um trabalho de sustento próprio por todo o
Estado. Esteve intimamente associado com Tiago White e *John Nevins
Andrews em planos ousados para o crescimento da igreja. Em 1863, na
organização inicial da Associação Geral da IASD em Battle Creek, Mi-
chigan, tornou-se o primeiro presidente e trabalhou ali por dois mandatos
de um ano cada. Tiago White, o primeiro a ser eleito, declinou do cargo.
De 1852 até sua morte (1887), Byington serviu à causa que amava,
contribuindo generosamente com seus bens para ela. Sendo mais velho
Enciclopédia ASD – B 65
em anos do que seus colegas ministros, tornou-se afetivamente conhecido
como “Pai Byington”.

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