Metodos Conversao Energia Cotidiano Aluno
Metodos Conversao Energia Cotidiano Aluno
Metodos Conversao Energia Cotidiano Aluno
Rio de Janeiro
2011
FABIANO GRILLO CRETON
Rio de Janeiro
2011
FABIANO GRILLO CRETON
Esta monografia tem por finalidade ampliar a quantidade de temas interdisciplinares, tanto
aclamados pelos PCNs, para o ensino de termoquímica. Visa relacionar processos de
conversão e obtenção de energia com o cotidiano do aluno, com ênfase nos meios de
transportes, bem como relacionar os métodos de conversão de energia utilizados nos
principais meios de transporte, com fatores históricos e econômicos que levarão o homem
moderno a utilizar a combustão como principal fonte de energia. Espera-se que o material
elaborado sirva como um paradidático, voltado para o professor de química do Ensino Médio,
que nem sempre tem tempo para apresentar uma aplicação cotidiana do tema energia, ao
discutir aspectos mecânicos e termodinâmicos relacionados ao funcionamento de motores
automotivos e as características de um combustível, a partir de suas propriedades químicas e
físicas.
This monograph aims to increase the number of interdisciplinary themes, much acclaimed by
PCNs, for teaching thermochemical. Seeks to relate processes of conversion and conservation
of energy to the daily lives of students, with emphasis on means of transport and relate the
energy conversion methods used in the main means of transport, with historical and economic
factors that will lead man to use a combustion as the main source of energy. It is hoped that
the material elaborated serve as paradidatic material, turned to the professor of chemistry at
high school, which does not always have time to present a daily application of the energy
issue when discussing mechanical and thermodynamic aspects related to the operation of
automotive engines and characteristics of a fuel from its chemical and physical properties.
1- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................................... 10
1.1- O novo Ensino Médio segundo o PCNEM.................................................................... 10
1.2 - A Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional e a reforma curricular do Ensino
Médio....................................................................................................................................... 11
1.3 – Interdisciplinaridade..................................................................................................... 13
1.4 – Contextualização........................................................................................................... 14
1.5 - A interdisciplinaridade no ensino de termoquímica.................................................. .15
8 - REFERÊNCIAS................................................................................................................ 82
1 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
10
Na década de 90, enfrentamos um desafio de outra ordem. O volume de
informações, produzido em decorrência das novas tecnologias, é constantemente superado,
colocando novos parâmetros para a formação dos cidadãos. Não se trata de acumular
conhecimentos.
A formação do aluno deve ter como alvo principal a aquisição de conhecimentos
básicos, a preparação científica e a capacidade de utilizar as diferentes tecnologias relativas
às áreas de atuação.
Propõe-se, no nível do Ensino Médio, a formação geral, em oposição à formação
específica; o desenvolvimento de capacidades de pesquisar, busca de informações, analise
e seleção; a capacidade de aprender, criar, formular, ao invés do simples exercício de
memorização.
São estes os princípios mais gerais que orientam a reformulação curricular do
Ensino Médio e que se expressam na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei
9.394/96.
Pensar um novo currículo para o Ensino Médio coloca em presença estes dois
fatores: as mudanças estruturais que decorrem da chamada “revolução do conhecimento”,
alterando o modo de organização do trabalho e as relações sociais; e a expansão crescente
da rede pública, que deverá atender a padrões de qualidade que se coadunem com as
exigências desta sociedade.
11
A alteração provocada pela Emenda Constitucional merece, entretanto, um
destaque. O Ensino Médio deixa de ser obrigatório para as pessoas, mas a sua oferta é
dever do Estado, numa perspectiva de acesso para todos aqueles que o desejarem. Por sua
vez, a LDB reitera a obrigatoriedade progressiva do Ensino Médio, sendo esta, portanto,
uma diretriz legal, ainda que não mais constitucional.
A LDB confere caráter de norma legal à condição do Ensino Médio como parte da
Educação Básica, quando, por meio do Art. 21, estabelece:
“Art. 21. A educação escolar compõe-se de:
I – Educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio;
II – Educação superior”
Isso significa que o Ensino Médio passa a integrar a etapa do processo
educacional que a Nação considera básica para o exercício da cidadania, base para o acesso
às atividades produtivas, para o prosseguimento nos níveis mais elevados e complexos de
educação e para o desenvolvimento pessoal, referido à sua interação com a sociedade e sua
plena inserção nela, ou seja, que “tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-
lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios
para progredir no trabalho e em estudos posteriores” (Art.22, Lei nº 9.394/96).
Segundo ainda a LDB , Ensino Médio tem a característica da terminalidade, o
que significa assegurar a todos os cidadãos a oportunidade de consolidar e aprofundar os
conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental; aprimorar o educando como pessoa
humana; possibilitar o prosseguimento de estudos; garantir a preparação básica para o
trabalho e a cidadania; dotar o educando dos instrumentos que o permitam “continuar
aprendendo”, tendo em vista o desenvolvimento da compreensão dos “fundamentos
científicos e tecnológicos dos processos produtivos” (Art.35, incisos I a IV).
Em suma, a Lei estabelece uma perspectiva para esse nível de ensino que integra,
numa mesma e única modalidade, finalidades até então dissociadas, para oferecer, de
forma articulada, uma educação equilibrada, com funções equivalentes para todos os
educandos:
• a formação da pessoa, de maneira a desenvolver valores e competências
necessárias à integração de seu projeto individual ao projeto da sociedade em que se situa;
• o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética
e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
12
• a preparação e orientação básica para a sua integração ao mundo do trabalho,
com as competências que garantam seu aprimoramento profissional e permitam
acompanhar as mudanças que caracterizam a produção no nosso tempo;
• o desenvolvimento das competências para continuar aprendendo, de forma
autônoma e crítica, em níveis mais complexos de estudos.
1.3 - Interdisciplinaridade
13
cognitivo se dá de forma independente da aprendizagem em geral e, em particular, da
aprendizagem sistemática organizada pela escola.
1.4 - Contextualização
14
contextos que são próximos e significativos. É provável que, por motivo semelhante,
muitas pessoas que estudaram Física na escola não consigam entender como funciona o
telefone celular. Ou se desconcertem quando têm de estabelecer a relação entre o tamanho
de um ambiente e a potência em “btus” do aparelho de ar-condicionado que estão por
adquirir.
15
2 - EVOLUÇÃO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS NAS SOCIEDADES
HUMANAS
Os Recursos Energéticos são um bem essencial para os seres vivos. Hoje em dia o
Homem necessita para a sua sobrevivência e, para o seu bem-estar, de inúmeros recursos
energéticos. Porém nem sempre existiram os recursos energéticos que atualmente temos ao
nosso dispor, ou seja, quando os primeiros hominídeos surgiram, não sabiam fazer uso dos
recursos energéticos. Mais tarde descobriram o fogo e, a partir daí, ocorreu uma evolução
gradual na descoberta e desenvolvimento dos recursos energéticos (Fig. 01).
O fogo foi utilizado pela primeira vez pelo Homo Erectus no norte da China há
mais de 400 mil anos, e existem evidências que sugerem que tenha sido utilizado muito
antes disso. O fogo foi então a primeira fonte de energia a ser utilizada e foi sem dúvida
bastante útil para o desenvolvimento do Homem.
O fogo tornou possível o desenvolvimento da cerâmica e da metalurgia.
Porém, até muito recentemente, não houve nenhuma inovação significativa na utilização
do combustível usado para fazer fogo. Durante muitas eras, principal combustível do
homem era a lenha. Para além disso, começou a existir um desenvolvimento progressivo
da arte, da caça, da pesca e também da construção dos primeiros abrigos. Após estes
16
desenvolvimentos, surgiu a agricultura. Devido a este sucessivo desenvolvimento houve
cada vez mais um aumento da utilização de energia para desenvolver estas atividades. Mais
tarde surgiram as sociedades industriais e as sociedades tecnológicas, a partir daí o
consumo de energia aumentou de forma explosiva.
Com consequente surgimento destas sociedades o consumo de energia foi
aumentando ao longo dos tempos e as fontes que o homem recorreu foram variando
também. No inicio dos tempos a energia vinha apenas dos alimentos que o Homem
consumia, hoje em dia o Homem utiliza várias formas de energia para superar as suas
necessidades: combustíveis fosseis (carvão, petróleo e gás), energia geotérmica, nuclear,
hidroelétrica, biomassa, eólica e outras (Fig. 02).
Fig. 02: Crescimento da demanda mundial por energia primária entre 1971 e
2005, em milhões de toneladas equivalentes de petróleo (Mtep).
Fonte: Agência Internacional de Energia, WEO-2007, p.76.
O petróleo, embora fosse conhecido desde a Antiguidade, foi obtido pela primeira
vez através de perfuração de poços em 1859. Utilizado na solução do problema de
iluminação urbana, é hoje um dos responsáveis pela movimentação de motores de
combustão interna, devido às características de seus derivados, como gasolina, óleo diesel,
querosene, metano e propano.
17
3 - BREVE HISTÓRIA DOS AUTOMÓVEIS
Assim como a humanidade deixou o aspecto simiesco, o carro foi perdendo sua
semelhança com as carruagens. No século XIX, surgem as primeiras carruagens sem
cavalos, movidas a vapor e tão barulhentas e lentas que desanimariam qualquer um.
Em 1769, um carro a vapor (Fig. 03) foi criado pelo inventor nascido na França,
Nicolas-Joseph Cugnot. Este modelo foi reconhecido pela British Royal Automobile Club
e o Automóvel Club de France como o primeiro carro, que deveria parar a cada 10 ou 15
minutos para abastecimento, o que era um inconveniente. Consta também na história que,
Cugnot foi quem sofreu o primeiro acidente da história do automóvel, ao se chocar contra
o muro do quartel onde servia como engenheiro militar ( LOUIS ANDRÉ, 1993, p 44-45).
18
de patrocinadores que vislumbrassem lucros com o desenvolvimento das mesmas àquela
época.
Em 1900, o carro com o sistema híbrido gasolina-elétrico Lohner-Porsche
(Fig.04), uma autêntica novidade para os fãs de automóveis da época, debutou na Feira
Mundial de Paris. Utilizava um motor à gasolina, que acionava à rotação constante um
pequeno dínamo, que por sua vez carregava um conjunto de baterias. Estas, por sua vez,
alimentavam quatro motores, montados diretamente nas rodas, descartando a necessidade
de eixos de transmissão, engrenagens, correias e embreagem. Devido à extrema
simplicidade deste sistema de transmissão, a eficiência da mesma chegava à 83%. Ele
atingia a velocidade de 56 km/h, quebrou vários recordes de velocidade na Áustria e
venceu o rally de Exelberg em 1901, dirigido pelo próprio Porsche. Posteriormente,
melhorado com motores Daimler e Panhard, mais potentes, conquistou novos recordes de
velocidade. (WAKEFIELD, 1998, p.24). Apesar da tecnologia Lohner-Porsche ser
confiável, ela não conseguiu competir com os carros convencionais com motores a
gasolina. Os custos de produção eram mais altos.
19
Viena, em 1874. Os motores a vapor, que queimavam o combustível fora dos cilindros,
abriram caminho para os motores de combustão interna, que queimavam no interior dos
cilindros uma mistura de ar e gás de iluminação.
O ciclo de 4 tempos foi utilizado com êxito pela primeira vez em 1876, num
motor construído pelo engenheiro alemão Conde Nikolaus Otto. Neste motor (Fig. 05), o
combustível era comprimido antes de ser inflamado, o que resultava num considerável
aumento de rendimento do motor (GOLDBECK, 1965). Ao surgir a gasolina como
combustível, substituindo o gás, o motor passou a ter uma alimentação de carburante
independente. Como vimos, já haviam diversas experiências bem sucedidas para o
aprimoramento do automóvel, faltava apenas reunir tudo isso num único veículo. Gottlieb
Daimler e Carl Benz, cada um ao seu modo, foram os primeiros a utilizar o novo
combustível. Daimler, nasceu na Alemanha, em 1834, trabalhara com "Otto", de quem se
separou, em 1872, para abrir sua própria oficina, perto de Stuttgart, onde passou a contar
com a colaboração de Wilhelm Maybach, outro técnico também formado nas oficinas do
Conde Otto. Neste mesmo ano surgiu o primeiro motor Daimler-Maybach, comparando
com o motor do Conde Otto, que funcionava a 200 R.P.M. (rotações por minuto), o
Daimler-Maybach era de alta velocidade e alcançava 900 R.P.M. Este motor
posteriormente foi utilizado numa carruagem em que foram retirados os varais.
Fig. 05: 1876 – Motor de 4 tempos ciclo Otto, com eficiência de 11% .
20
Carl Benz, compatriota de Daimler e dez anos mais novo que este, sonhava com
um veículo autopropulsado. Em 1855, criou um motor de 4 tempos e instalou na parte de
trás de um triciclo. Era mais pesado e mais lento que o de Daimler, mas duas
características desse veículo persistem ainda hoje: a válvula curta de haste e prato e o
sistema de refrigeração a água (a água não circulava, ficava armazenada num
compartimento) que tinha que ser constantemente abastecido para manter se cheio e
compensar as perdas por ebulição.
Benz, era um homem de negócios e em 1887, iniciou a venda de um veículo de
três rodas (Fig. 06), colocando pioneiramente a disposição da sociedade, um automóvel,
veículo que iria mais tarde modificar todos os conceitos de locomoção do ser humano.
Nesse tempo Daimler, inventou o motor que seria utilizado mesmo depois do inicio do
século XX.
21
4 - FUNCIONAMENTO DOS MOTORES ATUAIS.
22
Fig. 07: Primeiro tempo do funcionamento do motor 4 tempos ciclo Otto
23
Terceiro tempo (combustão)
24
motor ciclo Otto, apenas um dele fornece trabalho para o motor. Deste trabalho, grande
parte dele é gasto apenas para que motor cumpra os outros três ciclos e, manter-se em
funcionamento.
25
4.2 -Motores a óleo Diesel (ciclo Diesel)
26
4.3 - Considerações adicionais sobre motores ciclo Otto e Diesel
27
perceber que, na maioria, os veículos equipados com motores a Diesel são utilizados para
serviços pesados, onde são necessários motores com elevado torque máximo.
28
5 - A SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA
Um dos primeiros cientistas que mais se intrigou com esta questão foi o
engenheiro francês Sadi Carnot (1796 -1832). Ele supôs que uma máquina ideal não teria
atrito. Ela seria uma máquina reversível. O Calor sempre passa de um objeto mais quente
para um objeto mais frio. Um motor reversível é aquele em que a transferência de calor
pode mudar de direção, se a temperatura de um dos objetos é mudada de por um valor
infinitesimal. Quando um motor reversível faz com que calor entre em um sistema, o fluxo
se dá como resultado de uma diferença infinitesimal de temperatura, ou porque foi
realizado um trabalho infinitesimal sobre o sistema. Se tal processo pudesse ser realmente
realizado, ele seria caracterizado por um estado contínuo de equilíbrio e iria ocorrer a uma
taxa tão lenta que necessitaria um tempo infinito. Um motor real sempre envolve ao menos
uma certa quantidade de irreversibilidade. Calor não irá fluir sem uma diferença finita de
temperatura, e o atrito não pode ser eliminado ( BERTULANI, 1999).
Carnot mostrou que, se um motor reversível ideal absorve uma quantidade de
calor Q1 de um reservatório a temperatura T1 e elimina uma quantidade de calor Q2 para
um lugar à temperatura mais baixa T2 onde possamos eliminar alguma parte do calor. Um
motor não pode realizar trabalho simplesmente removendo calor de um reservatório a uma
temperatura fixa. Esta é uma maneira de se expressar a segunda lei da termodinâmica. Para
converter calor em trabalho, precismos pelo menos de dois lugares com temperaturas
diferentes. Se tomarmos Q1 à temperatura T1 devemos eliminar pelo menos Q2 à
29
temperatura T2. A máxima quantidade de trabalho que podemos tirar de um motor é
que T2.
277 / (299 - 277) = 12.6. A melhor razão possível entre a quantidade de calor removido e o
trabalho realizado é 12.6. Calor não pode fluir de dentro de um refrigerador comum para a
cozinha mais quente, ao menos que liguemos o motor elétrico que realiza trabalho sobre o
fluido refrigerador. Um ar condicionado é um refrigerador cujo lado de dentro é o quarto, e
o lado de fora é o ambiente externo ao quarto.
Uma bomba de calor é um refrigerador cujo lado interno é o ambiente externo ao
quarto, e cujo lado externo é o quarto a ser aquecido. O melhor coeficiente de qualidade
possível para uma bomba de calor é Emax = Tdentro / (Tfora / Tdentro). Se a temperatura do
ambiente externo for 5oC = 278K e a temperatura do quarto for 25oC = 298K então Emax=
30
5.1 - Ciclo termodinâmico ideal (Ciclo de Carnot)
e onde a segunda é superior à primeira. Pela observação da figura 12, constata-se que o
ciclo funciona em quatro etapas:
energia sob a forma de calor à temperatura Tq. Durante a expansão do volume VA para
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volume VB, o gás recebe energia, |Qq|, e realiza trabalho, WAB, para empurrar o pistão,
processo, o gás transfere energia sob a forma de calor, |Qf|, para a fonte fria.
sua temperatura até Tq, sem que haja qualquer troca de calor no sistema.
32
Figura 13: Esquema do engenho de Carnot, durante as várias etapas do ciclo.
33
Fig. 14 : Ciclos de ar padrão para motores ciclo Otto e ciclo
34
5.2.1 - O ciclo Otto
AB = Compressão adiabática;
BC = Elevação brutal da pressão em volume constante;
CD = Expansão adiabática;
DA = Baixa brutal de pressão em volume constante.
35
Na figura 16, observa-se os diagramas teórico e real do ciclo em questão.
Observe-se que o ciclo real é sensivelmente diferente.
36
O enchimento e o esvaziamento do cilindro efetua-se com a pressão atmosférica,
pois que:
AB = compressão adiabática do ar puro aspirado antes;
BC = combustão em pressão constante;
CD = expansão adiabática;
DA = baixa brutal da pressão.
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6 - COMBUSTÍVEIS. QUAL A MELHOR ESCOLHA?
Muitas são as fontes de energia que o homem vem utilizando, porém, histórica e
economicamente, o homem baseou suas fontes de energia em processos de combustão.
Álcool, gasolina, óleo diesel, lenha, carvão mineral, gás liquefeito do petróleo e querosene
são exemplos de combustíveis presentes em larga escala em nosso cotidiano. Também em
usinas termelétricas, o calor produzido em combustões é transformado em energia
elétrica.(GEPEQ. 2005. p.211)
Combustão é o nome dado a uma reação química onde um material combustível
interage com um material comburente ( geralmente oxigênio), havendo geração de calor.
No entanto, a produção de calor por um combustível não é suficiente para que ele seja
considerado um bom combustível. Além de ter a capacidade de liberar calor em grande
quantidade, o combustível deve apresentar determinadas características que garantam um
bom desempenho durante a sua queima, de acordo com a sua utilização.
38
TABELA 01
Rendimento comparado de alguns combustíveis
39
ligação podem ser calculadas a partir da entalpia-padrão de formação do composto
(variação da entalpia que se dá na formação de uma substância, partindo de certos
elementos químicos em condições normais 298 K e 1,03 bar) e da entalpia da atomização
dos elementos. As energias calculadas desta forma são denominadas de energias de ligação
médias ou energias de ligação térmicas. Estas dependem até certo ponto da molécula
escolhida.
Embora seja frequente os valores das energias de ligação entre os mesmos átomos
diferirem em moléculas diferentes, essa diferença, em geral, não é muito significativa. Por
isso, é costume apresentar os valores de energias de ligação entre um dado par de átomos
como uma média dos valores verificados para essa mesma ligação em várias moléculas
diferentes.
A energia de ligação está relacionada com outros parâmetros referentes à ligação
química, nomeadamente:
40
TABELA 02
Valores para energias de ligações simples, duplas e triplas
Então, dentro de uma mesma classe de substâncias (tabela 03), pode-se observar
um aumento do calor molar de combustão, de acordo com o aumento do tamanho da cadeia
carbônica. Também, quando se consideram algumas substâncias, por exemplo, álcoois e
hidrocarbonetos, observa-se que o calor molar de combustão se relaciona ao número de de
átomos de carbono e de hidrogênio que constituem suas moléculas. Isso sugere que as
substâncias cujas partículas sejam constituídas por maior números de átomos “guardariam”
maior quantidade de calor a ser liberado na combustão, em comparação com moléculas
menores. Assim, o tamanho da molécula de combustível seria um dos fatores que influem
no calor de combustão e, portanto, na eficiência dos combustíveis.
É razoável pensar que os melhores combustíveis são aqueles que possuem
moléculas com o maior número de ligações químicas, ou seja, o maior número de átomos.
No entanto, algumas substâncias, apesar de apresentarem a mesma fórmula química, tem
calores de combustão diferentes. Essas substâncias são classificadas como isômeros.
O etanol e o éter dimetílico, mostrados na tabela 03, são isômeros, mas possuem
calores de combustão diferentes.
De acordo com as idéias de Dalton, as transformações químicas são rearranjos de
átomos. Assim, esses rearranjos devem envolver separação e reagrupamento dos átomos
que compõem as substâncias reagentes para a formação de produtos.
A separação e o reagrupamento de átomos são processos que envolvem
mobilização de energia. No caso do etanol e do éter dimetílico (Fig. 18), entende-se que as
substâncias possuem calores de combustão diferentes, por possuírem interações
intramoleculares diferentes entre si.
41
TABELA 03
Calores molares de combustão de algumas substâncias
42
6.3 -Os fatores que influenciam na volatilidade de um combustível (forças
intermoleculares)
43
TABELA 04
Pontos de ebulição e as massas molares de algumas substâncias
Propano C3H8(g) - 44 44
Butano C4H10(g) 0 58
Pentano C5H12(L) 36 72
Hexano C6H14(L) 69 86
Octano C8H18(L) 126 114
Pentadecano C15H32(S) 271 212
Hexadecano C16H34(S) 288 226
Metanol CH4O(L) 65 32
álcoois
Etanol C2H6(L) 78 46
1-Propanol C3H8(L) 97 60
1-Butanol C4H10(L) 118 74
éteres
Dimetílico C2H6O6(g) - 24 46
Dietílico C4H10O(L) 35 74
Acetona C3H6O(L) 56 58
Água H2O(L) 100 18
Glicerina C3H8O(L) Decompõe-se a 290 92
Fonte: Gepeq, Interações e transformações I, EdUSP, p.231.
6.4 - Viscosidade
Nem todos os líquidos escoam com a mesma facilidade. Alguns, como o álcool ou
gasolina são “finos” e escoam facilmente; outros são “grossos”, como a glicerina, o óleo de
rícino, os óleos combustíveis, os lubrificantes para motor, e oferecem resistência ao
escoamento. A medida da resistência que um líquido oferece ao escoamento expressa a sua
viscosidade (GEPEQ, 2005, p.245.)
A viscosidade é medida em aparelhos chamados viscosímetros, como o do
químico alemão Ostwald (1853-1932), ou por comparação com a de um líquido, cuja
viscosidade é conhecida, em condições experimentais idênticas. Ela representa a
quantidade de líquido que escoa, numa certa distância, num certo tempo. Uma unidade
usual de viscosidade é o poise ( 1 poise = 1g/cm.s ) ou milipoise, que equivale a 1,0 x10 -3
44
poise. A tabela 05 indica s valores de viscosidade de algumas substâncias líquidas a várias
temperaturas.
TABELA 05
Viscosidade de alguns líquidos a várias temperaturas.
45
viscosidade abaixo de zero ou acima de 100, respectivamente. (MOBIL
LUBRIFICANTES).
Em resumo, a viscosidade de todos os óleos diminui com o aumento de
temperatura, mas nos óleos com alto índice de viscosidade aquela não varia tanto como nos
que têm um baixo V.I., para idênticas amplitudes de variação.
Os óleos comercializados como lubrificantes de motor de veículos automotivos
são classificados de acordo com a viscosidade. A SAE ( Society of Automotive Engineers )
desenvolveu um sistema de classificação baseado nas medições de viscosidade. Para óleos
de motores, este sistema estabeleceu 11 tipos de classificações ou graus de viscosidade:
SAE 0W, 5W, 10W, 15W, 20W, 25W, 20, 30, 40, 50 e 60. O "W"que se segue ao grau de
viscosidade SAE significa inverno (winter) e indica que um óleo é adequado para uso em
temperaturas mais frias. Os óleos que tem a designação W devem ter o valor de
viscosidade adequado quando medidos nas temperaturas baixas. As classificações SAE que
não incluem o W definem graduações de óleo para uso em temperaturas mais altas. A
viscosidade desses óleos SAE 20, 30 40 e 50 devem ter o valor adequado quando medidos
a 100°C.
A viscosidade de um óleo é tanto mais alta quanto maior é o número S.A.E.,
assim, um óleo S.A.E. 30 é mais viscoso que um óleo S.A.E. 20 e um óleo S.A.E. 20W é
mais viscoso que um óleo S.A.E. 10W.
O desenvolvimento dos melhoradores de índice de viscosidade possibilitou a
fabricação dos óleos de múltipla graduação e de primeira qualidade, este tipo é também
conhecido como óleo multigraduado. Esses óleos, SAE 20W40, 20W50, 5W40 são
largamente usados, porque ao dar partida no motor, o óleo está frio. Nesta temperatura ele
deve ser "fino" o suficiente para fluir bem e alcançar todas as partes do motor. Já em altas
temperaturas, ele deve ter a viscosidade adequada para manter a película protetora entre as
partes metálicas, garantindo a lubrificação adequada à temperatura de trabalho do motor.
Deste sistema de classificação resulta que, por exemplo, não é possível um óleo
ter a designação S.A.E. 20 e S.A.E. 40 simultaneamente, uma vez que os seus limites de
viscosidade referidos a 98,9ºC não se sobrepõem. Um óleo pode, no entanto, ser ao mesmo
tempo S.A.E. 20W e S.A.E. 40 (classificado na série de Inverno e na série de Verão)
tomando então a designação de óleo multigraduados; tem um grau de viscosidade a baixa
temperatura e outro grau a quente (Fig. 19)
46
Figura 19: Faixa de temperatura ideal dos diferentes índices de viscosidade
para óleos lubrificantes automotivos.
Fonte: LUMOBRAS, lubrificantes especiais.
47
da ascensão do líquido acima do nível em que se encontra dentro do reservatório . Asim,
essa subida do combustível depende de sua viscosidade , que deve possibilitá-la para
alcançar a chama antes que o pavio seque. Sendo grande a viscosidade, a ascensão fica
difícil, e o querosene queimará com chama muito instável (GEPEQ, 2005, p. 245)
Tratando-se de óleos combustíveis, como o óleo diesel, a viscosidade fornece
dados sobre a facilidade com que são bombeados e/ou transferidos, bem como sobre a
temperatura a que devem ser preaquecidos, para depois serem atomizados, favorecendo
dessa forma a eficiência da combustão.
48
hidrogênio formando grupos, respectivamente. A comparação do aumento da viscosidade
devido o aumento das ligações de hidrogênio pode ser vista na tabela 06.
TABELA 06
valores de viscosidade para alguns álcoois
49
TABELA 07
Pontos de ebulição, fulgor e ignição de alguns combustíveis.
Colisão efetiva ou eficaz é aquela que resulta em reação, isto é, que está de acordo
com as duas últimas condições da teoria da colisão. O número de colisões efetivas ou
eficazes é muito pequeno comparado ao número total de colisões que ocorrem entre as
50
moléculas dos reagentes. Quanto menor for a energia de ativação de uma reação, maior
será sua velocidade.
Uma elevação da temperatura aumenta a velocidade de uma reação porque
aumenta o número de moléculas dos reagentes com energia superior à de ativação.
Além de boas condições de inflamabilidade, existe um outro requisito que um
bom combustível para motores a combustão interna deve apresentar: a resistência à
compressão e consequente resistência à detonação ou explosividade.
A gasolina automotiva é uma mistura de hidrocarbonetos – C 5H12 a C12H26 – e sua
faixa de ebulição se situa entre 35 °C e 220 °C, sendo o octano (C8H18), seu principal
componente. Daí vem o termo octanagem, ou índice de octanas. A qualidade antidetonante
de uma gasolina automotiva é de importância fundamental. Se esse poder antidetonante é
baixo ocorre a detonação.
O índice de octano de uma gasolina é uma medida da sua qualidade antidetonante
ou capacidade de resistir à detonação. Ele é determinado em um motor padrão que
consiste, essencialmente, de um motor monocilíndrico, com taxa de compressão variável e
que foi desenvolvido pelo Cooperative Fuel Research Committee – CFR.
A eficiência e potência de um motor a gasolina dependem das suas características.
O desenho da câmara de combustão, a mistura combustível, o avanço da ignição, a taxa de
compressão, a qualidade da centelha, o tipo de válvulas etc., têm influencia sobre a
potência obtida durante a fase de expansão ou potência.
A detonação é um fenômeno de combustão anormal que depende de complexos
processos físicos e químicos estreitamente interligados com o projeto do motor e as
condições de operação. Não se pode caracterizar, completamente, o desempenho
antidetonante de uma gasolina por intermédio de um ensaio simples. Este desempenho está
intimamente relacionado ao motor onde a gasolina é usada e às condições de operação.
Esse relacionamento varia de um tipo de motor para outro e pode mesmo ser diferente para
motores de uma mesma marca e tipo vindos de uma mesma linha de fabricação, devido a
variações normais em uma produção em série.
Na combustão normal, a mistura combustível/ar em cada cilindro do motor deve
queimar suave e uniformemente em seguida à ignição feita pela vela. Mas, às vezes,
enquanto a frente de chama varre a câmara de combustão, a porção ainda não queimada de
51
combustível (gás residual) sofre tal aquecimento e compressão que não resiste, sofrendo
uma autoignição e detonando violentamente (Fig. 20).
52
Fig. 21: Representação ilustrativa da “batida de pino”.
53
6.5.1 - fatores que influenciam na resistência a autoignição por compressão de um
combustível.
54
TABELA 08
Estrutura do heptano e de alguns de seus isômeros
Heptano
7 0 1026
2-metil- 7 41 1026
hexano
2,2 – 7 89 1026
dimetilpentano
55
Fig. 23 : Representação tridimensional da molécula do heptano
56
entre o início da injeção e o início da combustão é chamado de atraso de ignição. Este
atraso é consequência do tempo requerido para que ocorra a pulverização, aquecimento e
evaporação do combustível, a sua mistura com o ar seguidos das reações químicas
precursoras da combustão e finalmente da autoignição da mistura. Quanto menor for o
atraso melhor será a qualidade de ignição do combustível. Um atraso longo provoca um
acúmulo de combustível sem queimar na câmara, que quando entra em autoignição, já fora
do ponto ideal, provoca aumento brusco de pressão e um forte ruído característico,
chamado de batida diesel.
A qualidade de ignição do diesel pode ser medida pelo seu número de cetano
(NC) ou calculado pelo índice de cetano (IC). O número de cetano é obtido através de um
ensaio padronizado do combustível em um motor monocilíndrico, onde compara-se o seu
atraso de ignição em relação a um combustível padrão com número de cetano conhecido.
O combustível padrão é uma mistura equivalente de n-hexadecano (Fig. 25) ou
cetano (NC = 100) e alfa metilnaftaleno (NC = 0) (Fig. 26). Portanto um combustível com
NC = 45, tem a mesma qualidade de ignição que uma mistura dos padrões acima contendo
45% de cetano. O heptametilnonano (HMN)(Fig. 27), com NC = 15, foi adotado como o
limite inferior da escala, em substituição ao alfa metilnaftaleno do procedimento original,
por ser um produto mais estável.
57
Fig. 26: Representações da estrutura molecular do alfa metilnaftaleno.
58
destilação médio (T 50%) e da densidade, apresentando boa correlação com o número de
cetano.
59
7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS E ATIVIDADES EXTRAS
a) C8H18
b) H2
c) C3H8
d) Fe
60
e) C
f) Mg
g) C4H10
i) CO
3. Nas equações que apresentam CO2 como produto, o que têm em comum os reagentes?
5. Quando se acende uma vela, observa-se a presença de uma chama, como você interpreta
este fenômeno?
Comentários: Quando acendemos o pavio, começa uma reação de combustão. O
barbante, que é o combustível, queima na presença de oxigênio, o comburente. O produto
da reação são vapores de água e gás carbônico, mais energia sob a forma de calor.
Os gases que se formam com a reação, mais quentes e menos densos, tendem a
subir, criando uma corrente de ar para o alto ao redor da chama. O ar que vem de baixo
está cheio de oxigênio, enquanto na parte de cima da chama ele está saturado do gás
carbônico que acabou de se formar na combustão.
O efeito é o mesmo que soprar uma churrasqueira. O ar que vem por baixo
oxigena a combustão , que gera mais calor (cerca de 1 400 ºC), formando uma luz azul. Em
cima, com pouco oxigênio e muito gás carbônico, a combustão é mais fraca, a temperatura
é menor (800 ºC) e a luz amarelada, quase vermelha.
6. A gasolina utilizada em São Paulo tem como principal componente o octano (C8H18) e
20% de etanol ( C2H6O).
61
7. (ENEM 2008) .A Lei Federal n.º 11.097/2005 dispõe sobre a introdução do biodiesel na
matriz energética brasileira e fixa em 5%, em volume, o percentual mínimo obrigatório a
ser adicionado ao óleo diesel vendido ao consumidor.
De acordo com essa lei, biocombustível é “derivado de biomassa renovável para
uso em motores a combustão interna com ignição por compressão ou, conforme
regulamento, para geração de outro tipo de energia, que possa substituir parcial ou
totalmente combustíveis de origem fóssil”.
a) colabora na redução dos efeitos da degradação ambiental global produzida pelo uso de
combustíveis fósseis, como os derivados do petróleo.
b) provoca uma redução de 5% na quantidade de carbono emitido pelos veículos
automotores e colabora no controle do desmatamento.
c) incentiva o setor econômico brasileiro a se adaptar ao uso de uma fonte de energia
derivada de uma biomassa inesgotável.
d) aponta para pequena possibilidade de expansão do uso de biocombustíveis, fixado, por
lei, em 5% do consumo de derivados do petróleo.
e) diversifica o uso de fontes alternativas de energia que reduzem os impactos da produção
do etanol por meio da monocultura da cana-de-açúcar.
62
TEXTO 1
WASHIGTON – Está cada vez mais próximo o uso da água como combustível
não poluente para automóveis e indústria, segundo um relatório publicado pela
Universidade de Princeton na quarta-feira. A idéia não é nova: trata-se de usar a energia
solar para separar a água em seus componentes, o oxigênio e o hidrogênio, que é um gás
altamente inflamável. Isso só não foi feito até agora porque o custo de decomposição da
água sempre acaba ficando mais caro do que o conteúdo energético liberado, ou seja,
gastava-se mais eletricidade para separar a água do que a energia que se obtinha
queimando o hidrogênio.
O estudo afirma que os custos estão diminuindo drasticamente e em breve a
energia do sol vai se igualar à gasolina. O principal gargalo do processo é a conversão da
energia solar em elétrica. Os painéis de silício que realizaram isso, iguais aos que são
usados em calculadoras de bolso, ainda custam caro. Um galão de hidrogênio custaria
agora 2 dólares, portanto mais caro que a gasolina. Mas a tendência é baratear.
“Em 1970 uma célula solar capaz de produzir 5 watts de potência custava mil
dólares. Hoje um painel que produz 13 watts custa apenas 50 dólares. No fim do século”,
63
calcula o pesquisador Robert Willian, de Princeton, “esse custo vai baixar para 20 centavos
por watt”
Superado esse problema, tudo está resolvido então, pois a tecnologia adicional já é
conhecida. Depois de separado hidrogênio, ele seria enviado por gasodutos para os grande
centros urbanos. Esse sistema tem a vantagem de permitir “estocar” a energia na forma de
hidrogênio, para ser queimado na hora que for preciso. A eletricidade, por outro lado, tem
de ser consumida ao mesmo tempo em que é produzida. O hidrogênio tem ainda outras
vantagens sobre os combustíveis alternativos como o álcool; sua produção não exige terras
agrícolas, ao contrário, as células solares vão ser instaladas em desertos ensolarados. Além
disso o resultado da queima do hidrogênio é praticamente apenas água, sem poluição.
64
10. Usando as informações do quadro abaixo e as fornecidas pelo texto, cite quatro
vantagens para o uso do hidrogênio como combustível.
11. Através dos dados da 1ª questão, demonstre que poder calorífico do hidrogênio é de
28.900 Kcal/kg.
12. Qual o motivo de não estarmos usando o hidrogênio como combustível ainda?
Comentários: Aqui, o professor pode induzir o aluno a pesquisar os custos para a produção
de hidrogênio gasoso. Apesar de ser o elemento mais abundante do universo, aqui na
Terra, ele está fortemente ligado à outros elementos químicos como o oxigênio, na
molécula de água, de onde se pode extrair o hidrogênio pelo processo de eletrólise, que
demanda uma enorme quantidade de eletricidade. Com isso, o aluno pode questionar-se
sobre a viabilidade econômica atual do uso do hidrogênio como fonte de energia.
Compensa gastar eletricidade para gerar energia através da queima do hidrogênio, ou seria
mais racional utilizar a eletricidade que seria gasta na produção de hidrogênio como fonte
de energia, inclusive para os meios de transporte?
TEXTO 2
65
“Sem uma boa tecnologia de armazenagem as aplicações do hidrogênio são limitadas”,
preocupa-se Willian Hoglang, gerente do programa de hidrogênio do Departamento de
Energia Americano. Para liquefazer o hidrogênio é preciso resfriá-lo a -225 °C, o que custa
quatro vezes mais do que produzir o equivalente de gasolina.
O gás comprimido de hidrogênio é muito mais barato, mas requer um absurdo
espaço de armazenagem, quatro vezes superior a seu equivalente em gasolina. O que se
busca é dificílimo, um sistema de estocagem leve, compacto, barato, seguro e fácil de
usar.
Neste sentido, parecem promissores os ensaios destinados a armazenar
hidrogênio como um “sólido” em combinação com outros materiais. Uma das técnicas é
agregar o hidrogênio a um parceiro inerte chamado hidreto metálico. Banhado em
hidrogênio, o metal separa as duas moléculas do gás. Os átomos individuais , então, ficam
retidos no metal até serem aquecidos.
No Centro de Energia Solar da Flórida, em Cabo Canaveral, a equipe de pesquisa
chefiada pela química Darlene Slattery experimenta hidreto de magnésio, um pó
acinzentado capaz de conter hidrogênio até a porção de 7% de seu próprio peso, ou quatro
vezes mais, por volume, do que um recipiente de hidrogênio líquido. O inconveniente é
que pó pesa oito vezes mais do que o equivalente em gasolina. A pesquisa crê que a
mistura de magnésio com níquel ou outros metais, ou sua fusão com alumínio, possa
reduzir esse peso a padrões econômicos e práticos.
66
TEXTO 3
13. Analise as informações contidas nos textos 2 e 3, e tire suas conclusões sobre a
viabilidade econômica sobre o uso do hidrogênio como combustível automotivo. Compare
sua viabilidade com outras formas de energia que você conheça.
67
Comentários: Apesar de o uso de hidrogênio como combustível automotivos
produzir menor quantidade de poluente – ainda acontece a reação concorrente do
nitrogênio do ar com oxigênio dentro dos motores – os custos para a obtenção do mesmo
são muito elevados e, os motores atuais que podem queima-lo, são semelhantes aos que
queimam derivados de petróleo, inclusive na baixa eficiência térmica, menor que 40%.
Com os custos e dificuldades atuais para a obtenção de eletricidade para uso como
fonte de energia, será que, com as tecnologias atuais, é viável economicamente a
combustão de hidrogênio nos motores térmicos atuais?
14. (ENEM – 2003) O setor de transporte, que concentra uma grande parcela da demanda
de energia no país, continuamente busca alternativas de combustíveis. Investigando
alternativas ao óleo diesel, alguns especialistas apontam para o uso do óleo de girassol,
menos poluente e de fonte renovável, ainda em fase experimental. Foi constatado que um
trator pode rodar, nas mesmas condições, mais tempo com um litro de óleo de girassol, que
com um litro de óleo diesel.
15. (ENEM- 1999) A gasolina é vendida por litro, mas em sua utilização como
combustível, a massa é o que importa. Um aumento da temperatura do ambiente leva a um
aumento no volume da gasolina. Para diminuir os efeitos práticos dessa variação, os
tanques dos postos de gasolina são subterrâneos. Se os tanques não fossem subterrâneos:
I. Você levaria vantagem ao abastecer o carro na hora mais quente do dia pois estaria
comprando mais massa por litro de combustível.
68
II. Abastecendo com a temperatura mais baixa, você estaria comprando mais massa de
combustível para cada litro.
III. Se a gasolina fosse vendida por kg em vez de por litro, o problema comercial
decorrente da dilatação da gasolina estaria resolvido.
Destas considerações, somente:
a) I é correta.
b) II é correta.
c) III é correta.
d) I e II são corretas.
e) II e III são corretas.
Comentários:
Como os líquidos (gasolina) dilatam-se muito mais que os sólidos (tanque), então em
temperaturas, mais elevadas o volume do combustível seria maior com a mesma massa e
haverá prejuízo para o consumidor. Assim (I) está errada. Ao contrário, em temperaturas
mais baixas o volume seria menor com a mesma massa e você levaria vantagem. Portanto,
a afirmação (II) está correta. Finalmente se a gasolina fosse comercializada por kg o
fenômeno da dilatação térmica nada afetaria a favor ou contra o consumidor.
16. (ENEM – 2003) Nos últimos anos, o gás natural (GNV: gás natural veicular) vem
sendo utilizado pela frota de veículos nacional, por ser viável economicamente e menos
agressivo do ponto de vista ambiental.
O quadro compara algumas características do gás natural e da gasolina em condições
ambiente.
69
Apesar das vantagens no uso de GNV, sua utilização implica algumas adaptações
técnicas, pois, em condições ambiente, o volume de combustível necessário, em relação ao
de gasolina, para produzir a mesma energia, seria:
18. (ENEM-2004) Já são comercializados no Brasil veículos com motores que podem
funcionar com o chamado combustível flexível, ou seja, com gasolina ou álcool em
qualquer proporção. Uma orientação prática para o abastecimento mais econômico é que o
motorista multiplique o preço do litro da gasolina por 0,7 e compare o resultado com o
preço do litro de álcool. Se for maior, deve optar pelo álcool. A razão dessa orientação
deve-se ao fato de que, em média, se com um certo volume de álcool o veículo roda dez
quilômetros, com igual volume de gasolina rodaria cerca de:
a) 7 km.
b) 10 km.
c) 14 km.
d) 17 km.
70
e) 20 km.
19. (ENEM – 2005) O gás natural veicular (GNV) pode substituir a gasolina ou álcool nos
veículos automotores. Nas grandes cidades, essa possibilidade tem sido explorada,
principalmente, pelos táxis, que recuperam em um tempo relativamente curto o
investimento feito com a conversão por meio da economia proporcionada pelo uso do gás
natural. Atualmente, a conversão para gás natural do motor de um automóvel que utiliza a
gasolina custa R$ 3.000,00. Um litro de gasolina permite percorrer cerca de 10 km e custa
R$ 2,20, enquanto um metro cúbico de GNV permite percorrer cerca de 12 km e custa R$
1,10. Desse modo, um taxista que percorra 6.000 km por mês recupera o investimento da
conversão em aproximadamente:
a) 2 meses.
b) 4 meses.
c) 6 meses.
d) 8 meses.
e) 10 meses.
20. (ENEM – 2007) Qual das seguintes fontes de produção de energia é a mais
recomendável para a diminuição dos gases causadores do aquecimento global?
a) Óleo diesel.
b) Gasolina.
c) Carvão mineral.
d) Gás natural.
e) Vento.
21. (ENEM – 2009.A) Vários combustíveis alternativos estão sendo procurados para
reduzir a demanda por combustíveis fósseis, cuja queima prejudica o meio ambiente
devido à produção de dióxido de carbono (massa molar 44 g/mol). Três dos mais
promissores combustíveis alternativos são o hidrogênio, o etanol e o metano. A queima de
71
1 mol de cada um desses combustíveis libera uma determinada quantidade de calor, que
estão apresentadas na tabela a seguir.
a) O etanol, que teve apenas 46g de massa consumida, e o metano, que produziu 900g de
CO2.
b) O hidrogênio, que teve apenas 40g de massa consumida, e o etanol, que produziu 352g
de CO2.
c) O hidrogênio, que teve apenas 20g de massa consumida, e o metano, que produziu 264g
de CO2.
d) O etanol, que teve apenas 96g de massa consumida, e o metano que produziu 176g de
CO2.
e) O hidrogênio, que teve apenas 2g de massa consumida, e o etanol, que produziu 1350g
de CO2.
72
Álcool Densidade a 25 °C (g/ml) Calor de combustão(kJ/mol)
metanol 0,79 726,0
etanol 0,79 1367,0
Dados: massas molares em g/mol C = 12 g/mol; O = 16 g/mol; H = 1 g/mol.
a) metanol, pois sua combustão completa fornece aproximadamente 22,7 kJ de energia por
litro de combustível queimado.
b) etanol, pois sua combustão completa fornece aproximadamente 29,7 kJ de energia por
litro de combustível queimado.
c) metanol, pois sua combustão completa fornece aproximadamente 17,9 MJ de energia
por litro de combustível queimado.
d) etanol, pois sua combustão completa fornece aproximadamente 23,5 MJ de energia por
litro de combustível queimado.
e) etanol, pois sua combustão completa fornece aproximadamente 33,7 MJ de energia por
litro de combustível queimado.
TEXTO 4
73
Algumas medidas podem ser tomadas para diminuir a emissão dessas substâncias
poluentes:
a) reciclagem dos gases do escapamento para dentro do motor com o objetivo;
b) utilização de filtros especiais para reduzir a evaporação de combustível;
c) utilização de filtros para absorver as partículas sólidas emitidas.
24. Quais são as substâncias poluentes lançadas na atmosfera, originárias da queima desses
combustíveis? De que reação provém o CO?
25. Calcule o calor envolvido na combustão do etanol (kJ/mol), sabendo que seu poder
calorífico é de 27.200 kJ/kg.
Dado: Massa molar do etanol = 46g/mol
TEXTO 5
74
presente na mesma. O índice de octanagem é dado por essa quantidade de iso-octano;
quanto mais iso-octano, maior o índice de octanagem.
25. Qual a propriedade dos combustíveis que é medida pelo índice de octanagem?
26. Por que na mistura, somente o 2,2,4-trimetil-pentano confere maior octanagem para a
gasolina?
Comentário: para responder este questionamento em sala de aula, demostre as
estruturas moleculares isômeras presentes na gasolina, comparando as cadeias carbônicas
presentes.
No ítem 6.5.1 - fatores que influenciam na resistência a autoignição por
compressão de um combustível, página 54 deste trabalho, o professor poderá buscar
maiores esclarecimentos.
27. Quando um combustível explode sem a presença de uma faísca, qual a temperatura que
foi atingida?
28. O que significa a expressão “gasolina com índices de octanagem igual a 75”?
75
TEXTO 6
Aqui tem gasolina Premium. Em meio ao tiroteio de erros, ninguém sabe se vale
a pena pagar mais pela Premium, Nem as fábricas explicam se os carros ganham em
desempenho.
Primeiro erro: em fevereiro, a Petrobras colocou no mercado a gasolina Premium,
de alta octanagem, com preço cerca de 20% maior do que a gasolina comum. Anunciou
que era um produto para melhorar o desempenho de carros com motor de alta performance.
Também não testou o produto em carros à venda no país, para informar ao público quais
deles seriam beneficiados com a nova gasolina.
Segundo erro: uma inverossímil propaganda dos postos Ipiranga/Atlantic na
televisão mostra uma Brasília, um Fusca e uma Romi-Isetta, supostamente abastecidos
com gasolina F-1 Master Premium, ultrapassando um carro esportivo. O anúncio foi tirado
do ar por5 recomendação do Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Pública (Conar),
sob a alegação de propaganda enganosa.
Terceiro erro: logo após a cena imaginada pela Ipiranga/Atlantic, um comunicado
do Sindicato Nacional de Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes
76
(Sindincom), publicado na imprensa, informa aos consumidores que a recém lançada
gasolina Premium, de elevada octanagem, não traz benefícios para a maioria dos carros da
frota brasileira (Fusca e Brasília incluídos), apenas para os que dispõem de motor de alta
performance, com alta taxa de compressão. O comunicado não se deu ao trabalho de
explicar o que significa a alta taxa de compressão.
Quarto erros: baseados em testes pouco minuciosos, vários órgão da imprensa
criticam o lançamento da Premium, que apesar de ser mais cara, não melhoraria em nada
desempenho de carros nacionais e importados.
Cercado de bobagens por todos os lados, o pobre consumidor ficou sem saber se,
ao parar num posto para abastecer, deveria colocar a tal gasolina Premium. Esteve à mercê
dos desinformados frentistas. “A Premium só serve para importados, moço, para o seu não
adianta”, ouviu repórter de Quatro Rodas ao tentar abastecer um Corsa 1.0 num posto em
São Paulo. Quinto erro da série.
A Premium é uma gasolina de alta octanagem - tem 91 octanas, contra 80 da
gasolina comum e aditivada-, cuja a única diferença em relação à comum é possuir um
detergente que elimina resíduos da queima de combustível do motor. Para entender o que é
octanagem, lembre-se de que a gasolina explode mesmo sem a presença de uma chama ou
faísca: basta comprimi-la até um determinado limite. Quanto mais octanas possuir a
gasolina, mais resistente ela fica à explosão quando comprimidas, ou seja, maior é esse
limite. Quanto menos octanas, menor será o controle da explosão pela faísca da vela.
Dentro do cilindro do motor, uma gasolina de baixa octanagem pode explodir
enquanto o pistão ainda está comprimindo-a. Quando isso acontece, o pistão tem que fazer
força para completar o seu curso, causando assim um desperdício de potência do motor.
Essa detonação antes da hora é conhecida como “batida de pino”. Como a gasolina de alta
octanagem é mais resistente a explosão, com ela se torna mais difícil o motor do carro
bater pino.
Por isso, a gasolina Premium é indicada para motores de alta taxa de compressão
– como suporta uma pressão maior, devolve mais força ao pistão ao explodir e aumenta o
desempenho do motor. Para saber a taxa de compressão do motor de seu carro, basta
procurar no manual do proprietário.
Se for menor que 10:1, então é baixa e a Premium não vai fazer diferença no seu
carro.
77
Se for acima de 10:1, é alta. Aqui, cai por terra o mito de que a Premium só serve
para importados: carros como Honda Civic (9,2:1), o Ford Mondeo (9,5:1) e o Peugeot
306XR (9,25:1) têm taxa de compressão baixa. Já nacionais como o Vectra 2.0 16V
(10,8:1), o Fiesta 1.4 16V (10,3:1) e o Gol 1000 MiPlus (10,5:1) possuem taxa de
compressão alta.
Se o seu carro estiver no time dos que têm alta taxa de compressão, isso talvez o
torne um consumidor da Premium. Talvez porque, como não disse o comunicado da
Sidicom, há mais fatores envolvidos. “ conjunto que segue o máximo de vantagens da
Premium é o que reúne alta taxa de compressão, sensor de detonação e injeção eletrônica”,
explica Renato Vieira, coordenador do projeto gasolina Premium da Petrobras. Injeção
eletrônica todo carro novo tem. Taxa de compressão é uma informação disponível no
manual do proprietário. Já o sensor de detonação é ainda desconhecido da maioria dos
consumidores.
Onde a Premium entra nisso? Em lugar nenhum, se o motor de seu carro é de
baixa taxa de compressão, pois não vai fazer diferença. Em caso de taxa alta, vai haver um
aumento de desempenho, por menor que seja, em comparação com a gasolina comum e
aditivada. Mas se o automóvel tiver o sensor de detonação, o computador reajusta o ponto
de ignição sozinho, assim que entra a nova gasolina.
Com descobrir se o carro é dotado de sensor? Essa informação não está nos
manuais e as generalizações do tipo “ os importados têm, os nacionais não” são uma
bobagem. Contam com sensor todos os carros da VolksWagen (exceto a kombi), todos os
da Fiat (menos o Uno Mille SX), além do ômega, do Corsas 16V e do Vectra 16V, da
General Motors. Na Ford, nenhum modelo nacional tem o sensor. Importados como Honda
Civic e a maioria dos Peugeot não o possuem.
Toda a história de alta taxa de compressão, porém, não, passa de teoria. Isso
porque, segundo as fábricas brasileiras, os carros feitos aqui e os importados por elas têm o
motor preparado para a gasolina comum. A Premium, portanto, faria pouca diferença,
mesmo num Vectra 16V ou num Gol 1.0 Mi Plus, que reúnem todos os requisitos. As
fábricas garantem isso, entretanto, sem ter testado a nova gasolina em seus carros. O único
consenso é que a nova gasolina melhora o desempenho dos importados sem tropicalização.
Diante de tanta controvérsia, a Petrobras fará o que deveria ter feito antes:
promover encontros com mecânicos, criar uma caixa postal para esclarecimentos ao
78
público e editar um manual sobre gasolina. O importante é saber que se a Premium não
melhora desempenho do seu carro, também não piora. Pelo menos num aspecto ela parece
ótima: com metade do ter de enxofre das gasolinas comuns (0,1% contra 0,2%), faz o
motor emitir 30% menos de monóxido de carbono, segundo a Petrobras.
Se alguém quiser pagar um pouco mais para poluir menos o ar que respira, seja
bem vindo.
Motor de baixa performance: Quando está bem regulado, o motor de baixa taxa de
compressão funciona normalmente com a gasolina comum, sem que haja explosão quando
o pistão está no meio do caminho. Com a Premium, o motor atua exatamente da mesma
maneira, e não fica mais potente só porque o combustível é melhor.
30. Vale a pena pagar 20% a mais por essa nova gasolina? Explique.
31. Logo que a gasolina Premium foi clocada no mercado a Ipiranga/Atlantic vinculou nos
meios de comunicação uma propaganda mostrando que um carro esportivo é ultrapassado
por uma Brasília. Esse anúncio foi retirado dos meios de comunicação através de processo
judicial. Explique esse fato, relacionando a melhor octanagem da gasolina Premium com o
desempenho do motor do carro.
79
Comentários: a energia produzida na combustão de uma substância provém das
ligações químicas presentes entre os átomos constituintes da molécula. Dentro de uma
série de isômeros de cadeia, a quantidade e o tipo de ligações químicas são as mesmas
entre os isômeros. Com isso, todos os isômeros presentes na gasolina irão produzir a
mesma quantidade de energia, mesmo que seja o isômero de menor octanagem. Então, se
um motor foi construído para funcionar com uma gasolina de baixa octanagem, o uso de
uma gasolina de octanagem superior não trará nenhum aumento de potência para o
mesmo.
32. Se você posse funcionário do posto de gasolina, como você explicaria ao consumidor:
a) Por que a gasolina de maior índice de octanas tem melhor desempenho no motor do
carro, evitando a batida de pino, considerando as estruturas de seus principais
componentes?
b) Levando em conta a transformação química chamada combustão da gasolina, discuta o
que significa poluir menos.
c) O que significa “91 octanas”?
80
8- REFERÊNCIAS
DAVID R. LIDE, Handbook of Chemistry and Physics, 90th Edition (Internet Version
2010), Bond Dissociation Energies, ed CRC Press/Taylor and Francis, Boca Raton, FL.
EUA.
IEA. International Energy Agency. World Energy Outlook 2007. IEA Publications, Sted
Media, France. www.iea.org/textbase/nppdf/free/2007/weo_2007.
J. PIAGET, Para onde vai a educação, Rio de Janeiro, José Olympio Editora, 1996
81
L.S. Vigotsky, Pensamento e linguagem, São Paulo, Martins Fontes,1993.A
82