Artes Visuais para Educação Infantil
Artes Visuais para Educação Infantil
Artes Visuais para Educação Infantil
Educação Infantil
Artes visuais para Educação Infantil
Uma arte visual está relacionada com a beleza estética e com a criatividade do
ser humano, capaz de criar manifestações ou obras agradáveis aos olhos.
Criança e Cultura
Educação Artística
Educação Artística
O quê pode ser avaliado em Artes? Atualmente a Arte em sala de aula tende a
ser desenvolvida a através de projetos, onde cada estudante exerce funções
determinadas que mais lhe interessem. Não é mais necessário que todos
façam tudo, mas que cada indivíduo tenha a oportunidade de explorar o que
tenha de melhor. Além disso valoriza-se a avaliação do processo de
desenvolvimento, e não somente avaliar o resultado do processo. Fernando
Hernandez propõe que o estudante realize o portfólio para organizar seus
trabalhos e permitir a auto avaliação. O portfólio serve como um registro da
trajetória de desenvolvimento do estudante, e pode ser visto tanto pelo
professor como pelo próprio estudante, visando o desenvolvimento da
autonomia em sala de aula. No portfólio o estudante coloca anotações sobre as
leituras realizadas de obras de arte , dados informativos sobre períodos
históricos e anotações sobre sua própria produção, além de imagens do
trabalho que julgue importantes. O formato do portfólio é de livre escolha,
desde que haja justificativa para legitimar. O portfólio permite que o professor
tenha subsidios informativos sobre o processo de desenvolvimento dos
estudantes, mas principalmete que os próprios estudantes cultivem o hábito de
auto avaliarem-se, a fim de descobrirem a responsabilidade sobre seus
processos de aprendizagem. O portfólio tem este caráter de liberdade de
escolha dos conteúdos a serem armazenados por que temos o interesse que
os estudantes aprendam a escolher o que realmente lhes interessa. E se
escolhem, é por que a motivos para escolher. E os motivos pelos quais eles
escolhem interessa discutir em sala de aula, pois o fim maior da nossa ação
educativa é que os estudantes uzem o conhecimente que adquirem na vida
prática. Que eles tenham condições de uzarem os recursos que usam para ler
uma obra de arte para lerem todas as imagens que constituem a Cultura Visual
na Atualidade, assim com de outras épocas, e não só as imagens
concernentes ao universo das Artes Pláticas.
O que é Arte?
A arte pode ser também definida como algo inerente ao ser humano, feito por
artistas a partir de um senso estético, com o objetivo de despertar e estimular o
interesse da consciência de um ou mais espectadores, além de causar algum
efeito. Cada expressão artística possui significado único e diferente.
Tipos de Artes
Artes Visuais: é a classificação dada para todos os tipos de arte que retratam a
realidade ou a imaginação e que tem a visão como um dos principais recursos
para estudo. Envolve áreas como a pintura, cinema, decoração, jogos, etc.
Pintura: está relacionada a cor e suas variações, bem como a forma com que o
artísta a utiliza em uma superfície;
Literatura: é uma arte que utiliza a palavra para criação de histórias ou poesias
de acordo com técnicas específicas;
O que é Arte?
A arte está ligada à estética, porque é considerada uma faculdade ou ato pelo
qual, trabalhando uma matéria, a imagem ou o som, o homem cria beleza ao
se esforçar por dar expressão ao mundo material ou imaterial que o inspira. Na
história da filosofia tentou se definir a arte como intuição, expressão, projeção,
sublimação, evasão, etc. Aristóteles definiu a arte como uma imitação da
realidade, mas Bergson ou Proust a veem como a exacerbação da condição
atípica inerente à realidade. Kant considera que a arte é uma manifestação que
produz uma "satisfação desinteressada".
História da Arte
A Arte (do latim “Ars” que significa técnica ou habilidade) é uma manifestação
humana de ordem comunicativa muito antiga, a qual possui um caráter estético
e está intimamente relacionada com as sensações e emoções, por exemplo, a
pintura, a dança, a música, o cinema, a literatura, a arquitetura.
Segundo o poeta brasileiro Ferreira Gullar: “ A Arte existe porque a vida não
basta”. De acordo com sua reflexão, podemos compreender a necessidade
humana de criar e/ou sentir a arte.
Note portanto, que a arte tem uma importante função social, na medida que
expõe características históricas e culturais de determinada sociedade,
tornando-se um reflexo da essência humana.
Para o filósofo grego Aristóteles a arte era uma imitação da realidade. Esse
conceito, mais tarde, foi duramente refutado por diversas correntes artísticas
que compreendiam que a arte não era somente baseada na imitação da
realidade, e sim, na criação. Para um dos mais proeminentes artistas do
período renascentista, Leonardo Da Vinci, “A Arte era coisa mental”.
De tal modo, o conceito de Arte sempre foi muito discutido e durante a Idade
Média havia duas vertentes sobre ela: as artes manuais (ou mecânicas) e
as artes liberais (ou intelectual), donde a primeira era inferior à segunda, posto
que, para muitos estudiosos, a arte somente era criada a partir do intelecto.
Vale lembrar que os dois tipos de trabalhos são mentais ao mesmo tempo que
partilham a criação artística, por exemplo, se pensarmos no artesão e no artista
intuímos que ambos fazem arte, entretanto, o primeiro é, em grande parte,
considerado um indivíduo que produz uma “arte menor” em relação ao outro.
Essa analogia da "arte erudita" e da "arte popular" permanece até os dias de
hoje, sendo pauta de discussão de muitos estudiosos.
Arte Pré-Histórica: período anterior a 3000 a.C., por exemplo, a arte rupestre.
Arte Antiga: de 3000 a.C. até 1000 a.C., por exemplo a arte egípcia.
Arte Clássica: de 1000 a.C. a 300 d.C., por exemplo a arte grega e romana.
Arte Contemporânea: de 1850 aos dias atuais, por exemplo, a arte conceitual.
Arte Rupestre
A arte rupestre representa uma das mais antigas manifestações artísticas que
surgiu a milhões de anos no contexto da pré-história. São desenhos ou
pinturas, os quais foram produzidos, sobretudo, em cavernas, por diversos
povos antigos.
Arte Sacra
Arte Barroca
Foi assim que a arte barroca, se distanciou, em partes, da Arte Sacra, criando
uma arte mais erótica, profana, cotidiana e, portanto, não tanto idealizada.
Arte Moderna
A arte moderna surge no contexto da Revolução Industrial a partir do século
XVIII.
Na arte moderna, o conceito sobre arte amplia-se um pouco e chega até a ser
considerada uma "anti-arte", ou seja, ela não se preocupada com o teor
estético e sim com a mensagem a ser transmitida.
Arte Abstrata
Uma das características das artes visuais do período moderno foi o surgimento
da corrente artística denominada Abstracionismo.
De tal modo, a arte abstrata propõe uma obra visual não representacional, ou
seja, ela prioriza as formas abstratas em detrimento de figuras que fazem parte
da realidade.
Arte Contemporânea
Sua principal função é fazer as pessoas pensarem, não somente com obras
que abrigam conceitos estéticos de harmonia, de beleza, mas a partir de obras
que muitas vezes extrapolam os limites da consciência humana. A ideia é que
pelo choque estético, aconteça a fruição das obras de arte, através de
processos catárticos.
Artes Visuais
Importante conhecer o conceito de Artes Visuais, uma vez que tem gerado
muita confusão.
Nas últimas duas décadas, essa situação vem mudando nas escolas
brasileiras. Hoje, a tendência que guia a área é a chamada sociointeracionista,
que prega a mistura de produção, reflexão e apreciação de obras artísticas.
Como defendem os próprios PCNs, é papel da escola "ensinar a produção
histórica e social da arte e, ao mesmo tempo, garantir ao aluno a liberdade de
imaginar e edificar propostas artísticas pessoais ou grupais com base em
intenções próprias."
Alguns anos mais tarde, novas concepções foram sendo construídas, abrindo
espaço para a consolidação da perspectiva sociointeracionista, a mais indicada
pelos especialistas hoje por permitir que crianças e jovens não apenas
conheçam as manifestações culturais da humanidade e da sociedade em que
estão inseridas, mas também soltem a imaginação e desenvolvam a
criatividade, utilizando todos os equipamentos e ferramentas à sua disposição.
Reprodução e releitura
Mostrar uma obra de arte, discutir suas características e pedir que cada aluno
faça o mesmo desenho no caderno não é propor uma releitura. Isso é
reprodução ou cópia. Na releitura, parte-se de uma obra para criar outro
trabalho (ou seja, o estudante transforma e interpreta).
Isso nos faz perceber que a dança é realmente uma das artes mais antiga que
o homem experimentou. E que ao longo dos anos evoluiu em conceitos, nos
fatos sociais e culturais, relevando a relação do homem com o mundo e seus
diferentes meios de vida.
Ela possui uma importante ligação com a educação, visto que no universo
pedagógico ela auxilia o desenvolvimento do aluno, facilitando sua
aprendizagem e resultando na construção do conhecimento. De fato a dança
também é um meio de educação
Não existe uma idade ideal para começar a ter aulas de arte. Na escola onde
trabalho, os alunos começam a ter aulas de arte a partir dos seis anos de
idade.
Por isso, esse pequeno aparelho precisa deixar de ser o “vilão” da sala de aula
para se tornar ferramenta de trabalho. A partir deste ponto desenvolvo um
trabalho que inclui aulas de produção audiovisual no currículo de Artes Visuais.
Artes Plásticas, Belas Artes, Artes Visuais, Design Gráfico, Design de Moda,
Design Industrial, Design de Produto…
Artes plásticas
Artes visuais
As Artes Visuais são as formas de arte como
a cerâmica, desenho, pintura, escultura, gravura, design, artesanatos, fotografi
a, vídeo, produção cinematográfica e arquitetura. Muitas disciplinas artísticas
(artes cênicas, arte conceitual, artes têxteis) envolvem aspectos das artes
visuais, bem como artes de outros tipos. Também incluído no campo das artes
visuais são as artes aplicadas tais como desenho industrial, desenho
gráfico, design de moda, design de interiores e arte decorativa.
Desenho
Gravura
Tipos de gravura
Colagem
A colagem já era conhecida antes do século XX, mas era considerada uma
brincadeira de crianças. O cubismo foi o primeiro movimento artístico a utilizar
colagem. Os cubistas colavam pedaços de jornal ou impressos em suas
pinturas. A colagem como procedimento técnico tem uma história antiga, mas
sua incorporação na Geografia do século XX, com o cubismo, representa um
ponto de inflexão na medida em que liberta o artista do jugo da superfície. Ao
abrigar no espaço do quadro elementos retirados da realidade - pedaços de
jornal e papéis de todo tipo, tecido, madeira, objeto e outros -, a pintura passa a
ser concebida como construção sobre um suporte, o que dificulta o
estabelecimento de fronteiras rígidas entre pintura e escultura.
Arte
Arte (do termo latino ars, significando técnica e/ou habilidade) pode ser
entendida como a atividade humana ligada às manifestações de
ordem estética ou comunicativa, realizada por meio de uma grande variedade
de linguagens, tais
como: arquitetura, desenho, escultura, pintura, escrita, música, dança, teatro e
cinema, em suas variadas combinações. O processo criativo se dá a partir
da percepção com o intuito de expressar emoções e ideias, objetivando um
significado único e diferente para cada obra.
Ao mesmo tempo, mesmo que uma dada atividade seja considerada arte de
modo geral, há muita inconsistência e subjetividade na aplicação do termo. Por
exemplo, é hábito, entre os ocidentais, chamar de arte o canto operístico, mas
cantar despreocupadamente enquanto trabalhamos muitas vezes não é tido
como arte. Pode haver, assim, uma série de outros parâmetros que as culturas
empregam para separar o que consideram arte do que não consideram.
História do conceito
Kazimir Malevich: Quadrado negro sobre fundo branco, uma das obras
paradigmáticas da escola abstrata.
Ensino de arte
Arte-educação, ensino de arte ou educação artística é
uma disciplina educativa que oportuniza, ao indivíduo, o acesso
à arte como linguagem expressiva e forma de conhecimento.
Descrição
Educação artística
Varela (1986) era uma das pessoas que estava à frente da organização do
curso e em seu depoimento ela diz que:
Segundo Varela (1986) por muitos anos o Curso Intensivo de Arte na Educação
foi o único destinado à formação de arte-educadores, de todos os graus de
ensino. A sua equipe vinha sendo formada por professores titulados, artistas,
artesãos, críticos de artes, jornalistas, poetas, cientistas e todos aqueles
capazes de alargar a percepção do professor-aluno e provocar o uso da
imaginação na organização de experiências construtivas. O curso era
fundamentado em estudos de Arte, Educação, Psicologia e no enfoque dos
princípios filosóficos básicos, objetivando uma melhor compreensão de como
educar pela arte. Ela acredita que o que mais caracterizou o CIAE, enquanto
ela esteve na sua coordenação (1986: 20):
Par Cruz (1983: 2), a Escolinha de Arte no Brasil foi realmente a "célula mater
"da arte na educação brasileira. Ela acredita "que os educadores lá formados
contribuíram para criar o clima propício para a obrigatoriedade do ensino da
arte nas escolas fundamentais ". A autora mostra que, apesar de existirem
muitos professores formados na Escolinha de Arte no Brasil, poucos puderam
ser aproveitados no curso universitário para a formação de professores de arte.
A obrigatoriedade de Educação Artística para vinte milhões de crianças e
jovens encontrou a realidade da falta de especialistas preparados par a tal
tarefa, o que fez com que os professores de outras áreas de ensino passassem
a ensinar arte, pois a Lei deveria ser cumprida (CRUZ, 1983). Dada a
precariedade dos recursos humanos, cursos de treinamento organizados pelas
Secretarias de Educação, em convênio com universidades, órgãos públicos,
Escolinhas de Arte no Brasil, Serviço Nacional de Teatro proliferaram, com o
objetivo de cumprir com a determinação legal.
O fato do ser humano sujeitar-se ao discurso do Outro faz dele um sujeito das
determinações sociais da cultura que dita as normas para a sua conduta.
Sujeito é aquele que é determinado pelas significações imaginárias da
sociedade em que vive. (CASTORIADIS, 1982). No processo cultural de
hominização, esse sujeito poderá vir a ser um sujeito-autônomo ou um sujeito-
heterônimo.
Ciampa (1987: 73) na tentativa de responder a pergunta : "o que é para o ser
humano ser o que é ", refere-se a presente questão como segue:
"Pois o que conta mais na sala de aula, além das informações que o professor
possa transmitir, é a própria postura diante do seu fazer. Se para ele as obras
de arte não representam valores de vida, estendendo-se esta avaliação à
sensibilidade das matérias e das linguagens, o professor pouco terá a dar aos
alunos fora receitas técnicas ou nomes ou datas- nada que toque ao essencial
da experiência artística. Se, porém para o professor, a arte representar algo de
fundamental na sua vida, uma necessidade de sentir e de ser, ele haverá de
transmitir sua convicção de uma maneira ou outra. (. . .) É com o que de mais
valioso ele poderá contribuir: em vez de mera informação, a formação do ser
sensível ". (OSTOWER, 1990: 223)
Citando a perspectiva filosófica dos autores da Escola de Frankfurt que vêm "a
importância da consciência histórica como uma dimensão fundamental do
pensamento crítico (pois) cria um valioso terreno epistemológico sobre o social
e o pessoal, bem como entre a história e a experiência pessoal ", Giroux (1986:
55) nos diz que :
"no sentido mais geral, acho que a resistência tem que ser situada em uma
perspectiva ou racionalidade que leva em conta a noção de emancipação como
seu interesse norteador. Isto é, a natureza e significado de um ato de
resistência tem que ser definido juntamente com o grau em que contém as
possibilidades de desenvolver o que Marcuse chamou de 'um
comprometimento com uma emancipação da sensibilidade, da imaginação e da
razão, em todas as esferas da subjetividade. ' (MARCUSE, 1977,in Giroux,
1986). Assim, seria central à análise de qualquer ato de resistência uma
preocupação como descobrir o grau em que ela fala de uma forma de recusa
que enfatiza, seja implícita, seja explicitamente, a necessidade de se lutar
contra o nexus social de dominação e submissão. Em outras palavras, a
resistência deve ter uma função reveladora, que contenha uma crítica da
dominação e que forneça oportunidades teóricas para a auto-relexão e para a
luta no interesse da auto-emancipação e da emancipação social. "
"A Lei 11.769/2008 prevê que tínhamos três anos para colocar o ensino
obrigatório da música nas escolas.
O ensino de arte no Brasil passou por diversas mudanças em toda sua história
até os dias atuais, e continuará mudando com o tempo. Essas mudanças
ocorreram devido às situações e necessidades vividas em cada época, em
todos os anos de história do nosso país, a educação foi se renovando, e com
isso o ensino de arte também. Segundo Ferraz e Fusari (2009) “[...] assim
como outras áreas do conhecimento, surgem de mobilizações políticas, sociais,
pedagógicas, filosóficas, e, no caso da arte, também de teorias e proposições
artísticas e estéticas”.
Dentre essas normas, o estudo que mais se propagou no Brasil foi o curso de
letras humanas, tal curso é ramificado em três classes, nomeado como Trivium,
e segundo Barbosa (2002) era composto pela gramática, retórica e dialética,
consideradas como artes liberais voltadas na maioria das vezes para os filhos
da classe dominante, a elite. Havia ainda o Quadrivium, que consiste no
currículo das artes literárias, gramática, retórica e dialética.
Em relação ao ensino da arte, os jesuítas designavam maior importância às
“artes literárias”, e a utilização da música, canto coral, teatro e o ensino do
latim, dando mais importância a elas do que às artes e ofícios devido à ligação
com a catequização.
Passados dez anos e com outro nome, a então esperada Academia Imperial de
Belas Artes se materializou, um tanto tarde. Nesse tempo de espera os artistas
trabalharam por conta própria aceitando encomendas e alguns montaram um
local para ministrar aulas de arte, sendo que muitas coisas ocorreram nesse
meio tempo como o falecimento de Lebreton. Apesar de todos os problemas
ocorridos, a missão francesa de fato marcou o ensino da arte no Brasil e seu
desenvolvimento, inseriu o estilo Neoclássico na academia e em obras dos
artistas produzidas aqui, mas com o tempo o estilo artístico no Brasil foi
tomando novos rumos e se renovando.
Para Rui Barbosa “a educação artística seria uma das bases sólidas para a
educação popular”, pretendia inserir na educação do Brasil o modelo
americano de ensino de arte, com isso o desenho seria obrigatório no ensino
secundário, sendo influenciado também pelo teórico Walter Smith, o qual Rui
Barbosa toma como referência para produzir o Parecer sobre o Ensino
Secundário em 13 de abril de 1882. Este parecer foi usado na escola até a
metade do século XX aproximadamente, e as ideias de Walter Smith ficaram
marcadas na educação por quase 30 anos.
A partir de1990 surgem leis que fomentam uma melhoria para o ensino de arte,
nas quais começaram exigir novos seguimentos para o ensino. Uma delas é a
Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei nº 9.394 (Brasil, 1996) e novas
abordagens pedagógicas, como a Proposta Triangular, surgem voltados para
uma educação em arte mais renovada, e dentro dela a história da arte possui
um espaço importante.
No que se refere à história da arte, Ana Mae aponta que o conteúdo auxilia o
aluno a compreender “algo do lugar e tempo nos quais as obras de arte são
situadas” e ainda aponta, “nenhuma forma de arte existe do vácuo, parte do
significado de qualquer obra depende do entendimento do seu contexto”.
Sendo assim o estudo da história da arte, aproxima o aluno da compreensão
do contexto na qual cada obra ou período estudado se situa, para tanto, a
estética ajuda esclarecer e compreender melhor o que é visto dentro dos
conteúdos da história da arte.
Observamos que seria ideal que o currículo estivesse ligado amplamente com
estes princípios da proposta triangular mostrando interesse no valor do ensino
de arte, pois assim o conteúdo e a disciplina de arte reafirmariam sua
importância na educação escolar.
Todos nós amávamos a aula de educação artística. Alguns pelo fato de ser
uma espécie de folga de todas aquelas matérias chatas, porém, outros por ser
uma aula que realmente inspirava e permitia que a criatividade entrasse em
cena. Nosso artigo de hoje explica que Educação Artística e o estudo de
diferentes vertentes das artes, desde o primário, é assunto sério e essencial
para a formação integral de um ser humano.
Por que se ensinar Arte? Muitas pessoas acham que aula de Arte é desenhar e
pintar, porém é importante saber que Arte não é apenas desenhar e pintar ou
simplesmente pensar que é uma aula de desenho, pintura ou geometria, há
muitos outros fatores que fazem com que esta disciplina, vista como
desnecessária por muitos, seja muito importante.
A Arte faz com que o ser humano possa conhecer um pouco da sua história,
dos processos criativos de cada uma das linguagens artísticas, o surgimento
de novas formas de realizá-la, sempre se aprimorando no decorrer dos anos.
A Arte além de integrar pessoas, faz com que elas tenham uma outra forma de
se expressar, podendo através dela demonstrar aquilo que sente ou pensa,
além de fazer com que a pessoa tenha uma análise crítica daquilo que vê,
ouve, assiste ou faz, tendo uma base para poder construir uma idéia ou projeto.
Através da Arte é possível realizar muitas coisas, pois com ela, as pessoas
podem demonstrar aquilo que sentem através de uma tela, de uma poesia, de
uma música, de uma representação, de uma dança, de uma escultura, etc,
podendo compartilhar suas idéias com as demais pessoas.
Espero que com esta leitura, as mentes possam se abrir para que todos
possam realmente saber a importância da Arte e um pouco do que é ensinado
em cada uma das linguagens artísticas, bem como uma breve descrição de
alguns momentos históricos de cada uma das linguagens.
O Ensino de Arte no Brasil
Em 1948, o artista plástico Augusto Rodrigues, após saber que uma mostra de
arte infantil foi excluída por ter interferência adulta e alguns clichês, resolveu
criar a Escolinha de Arte, onde era valorizada a capacidade criadora.
A partir dos anos 50, além de Desenho, passaram a fazer parte do currículo
escolar as matérias: Música, Canto Orfeônico e Trabalhos Manuais, que
mantinham de alguma forma o caráter e a metodologia do ensino artístico
anterior. O ensino e a aprendizagem estavam concentrados na transmissão de
conteúdos a serem reproduzidos, não se preocupando com a realidade social e
nem com as diferenças individuais dos alunos, ou seja, a chamada Pedagogia
Tradicional.
O Brasil ainda passou nas décadas de 50, 60 e início da década de 70, pela
fase da Pedagogia Nova, que tinha como ênfase a livre expressão e a
espontaneidade e pela Pedagogia Tecnicista,onde o aluno e o professor tinham
um papel secundário, tendo como elemento principal, o sistema técnico de
organização. Neste período, nas aulas de Arte, os professores enfatizavam um
saber construir reduzido dos aspectos técnicos e do uso diversificado de
materiais, caracterizando pouco compromisso com o conhecimento da
linguagem artística.
A Arte foi incluída no currículo escolar, desde 1971, com o nome de Educação
Artística, através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ainda
como "atividade educativa" e não como disciplina, sofrendo em 1988, a
ameaça de ser excluída do currículo, a partir das discussões sobre a Nova Lei
de Diretrizes e Bases: "(...) convictos da importância de acesso escolar dos
alunos de ensino básico também à área de Arte, houve manifestações e
protestos de inúmeros educadores contrários a uma das versões da referida lei,
que retirava a obrigatoriedade da área". Por não ser uma considerada uma
disciplina, a Educação Artística não tinha o "poder" de reprovar nenhum aluno
e fazia com que os mesmos não tivessem interesse pela mesma, fazendo com
que ela fosse vista como aulinha de desenho e o professor visto como
organizador de festas e eventos na escola.
A partir dos anos 80, passam-se a discutir novas técnicas educacionais, aonde
segundo BARBOSA (1994), o ensino da Arte deve seguir o que ela chama de
Metodologia Triangular que é composta pela História da Arte, pela leitura da
obra de arte e pelo fazer artístico, ou seja, a pessoa que aprende Arte deve
saber, não apenas fazer algo, mas, também saber de onde veio aquilo que ela
está fazendo, o que levou aquelas pessoas a fazerem aquela obra, para assim,
fazerem à leitura da obra, podendo perceber a mensagem o que o artista quis
passar através da sua obra. Além disso, ao criarem suas obras artísticas,
poderão criar algo que transmita uma mensagem, dando sentido à Arte. Isso
não significa que a técnica deva ser deixada de lado, é importante que o
aprendiz venha a conhecê-las para aprimorar cada dia mais o seu trabalho,
mas, a técnica sozinha, não dá sentido à obra.
Teatro na Escola
O teatro pode ser considerado por professores e pesquisadores uma forma de
fazer com que a criança se socialize, torne-se desinibida, decore falas, cante
entre outras coisas que possam trazer benefícios para a alfabetização da
criança.
A pedagogia atual oferece vários recursos que podem ser utilizados para a
alfabetização os quais não são utilizados entre eles podemos citar o teatro, que
pode ser compreendido na visão do brinquedo e da criatividade, carrega em si
significados abrangentes.
Pode-se dizer que a criança não se desenvolve plenamente sem fazer a arte
do teatro, de uma ou de outra forma a criança representa com o teatro muitas
de suas aventuras e assim desenvolve seus conhecimentos e suas
habilidades. Por isso “a arte tem sido proposta como instrumento fundamental
de educação, ocupando historicamente papéis diversos, desde Platão” (PCN,
1993, p. 83).
A arte está presente em toda atividade desde uma visita ao museu, escutar
concertos musicais e nas atividades artísticas com dança, teatro e pinturas.
Tudo isso irá formas o que podemos chamar de experiências artísticas.
Então o teatro na educação tem como objetivo criar uma comunicação entre os
envolvidos a qual irá assumir vários aspectos dependendo do formato que se
apresenta o conteúdo e o texto, mas sempre com o intuito de transmitir alguma
coisa através das expressões corporais e da voz para que está assistindo.
Por isso é fundamental que as crianças gostem do que estão fazendo para
tornar esta apresentação bem espontânea, pois quanto mais livre e espontâneo
for o processo criativo nas aulas de teatro, mais didático será o seu resultado.
Desde muito cedo a criança brinca. Mas aos poucos o brincar, principalmente o
jogo simbólico vai cedendo ao jogo de regras. Na escola esse jogo torna-se
coletivo, se até então ele era realizado sem uma finalidade específica, por
simples prazer, o que não queremos dizer que na escola o jogo não tenha essa
função, a de dar prazer à criança, mas agora ele tem uma finalidade, desde
que o professor tenha planejado sua ação e espere um resultado dela.
Desta forma, o jogo na escola, ou na sala de aula, torna-se coletivo, nada mais
é do que um exercício em que se respeitam regras e se constitui a base do
contrato moral.
Tanto que, Piaget & Vygotsky em suas várias teorias, ao fazerem colocações
sobre o jogo simbólico, reforçam o valor deste, no desenvolvimento da criança
e na construção da personalidade, envolvendo aspectos cognitivos e afetivos.
Enquanto sua imaginação ainda não estiver sufocada por uma educação rígida
e rotineira que a obrigue a copiar e banalizar, a criança sempre terá preferência
pelos jogos livres, sem regras escritas e preestabelecidas, por isso mesmo no
próximo capítulo falaremos sobre a criança no processo de alfabetização.
Através das leituras conclui-se que o teatro dentro da escola trás vários
benefícios principalmente quando usado para alfabetizar. Além disso, o teatro
também ajuda na socialização e desenvolvimento da linguagem oral e corporal
da criança.
O teatro é, por excelência, uma atividade coletiva, pois o aluno pode aprender
a ler através de jogos dramáticos, porque todo o jogo faz parte do mundo
infantil. A integração de todos os meios de expressão podem ser observados
na própria atividade global e dinâmica, realizada espontaneamente pela criança
no seu cotidiano: quando brinca, canta, joga, conta histórias, movimenta-se,
enfim quando exprime das mais diferentes maneiras o seu potencial criativo.
Teatro na escola
A escola que insere o teatro em suas atividades faz com que seus alunos
construam um crescimento cultural que vai além da sala de aula, por meio do
discurso espontâneo da linguagem teatral, motivando e despertando uma
aprendizagem prazerosa, construindo o desejo de se aprender. O teatro,
quando devidamente estruturado e acompanhado, ajuda o professor a
perceber traços da personalidade do aluno, do seu comportamento individual e
em grupo, traços do seu desenvolvimento, permitindo um melhor
direcionamento para a aplicação do seu trabalho pedagógico. No entanto é de
enorme importância que o professor de teatro tenha formação não
só pedagógica mas também artística, pois um mau direcionamento poderá
levar a problemas futuros irreversíveis no desenvolvimento da criança. Para
que o docente apresente aos educandos um conhecimento real e reflexivo, é
essencial que seja levado em conta todo o contexto sócio cultural e econômico,
partindo das experiências do mesmo.
O teatro infantil
Teatro de fantoches
Teatro de máscaras
Esta atividade não é difícil de ser executada e será prazerosa para as crianças,
pois elas poderão representar uma história com um material que elas mesmo
elaboraram, pois estarão criando e recriando à sua própria dialética.
Com a evolução do ser humano, a arte passou a ganhar outro status: servia
também à representação do belo e dos sentimentos que as pessoas queriam
passar com as cores, os sons e os materiais utilizados.
Na verdade, de certo modo já havia sido desde a lei 13278 de 2016 alterando a
9394 de 96 (LDB) onde a Música fazia parte do ensino de Artes, mas não era
obrigatório e incluindo as demais modalidades.
Segundo a LDB 9394/96, no seu artigo 26, parágrafo 2º, pressupõe-se que o
ensino da Arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos
níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural
dos alunos.