Gestão de Materiais

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ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS

Definição e Objetivos

Pesquisas feitas em algumas empresas revelaram os seguintes dados:


• 30% a 60% do estoque de ferramentas ficam espalhados pelo
chão das fábricas, perdidos, deteriorando-se ou não disponíveis ( dentro
de caixas de ferramentas pessoais); o que resulta em média de 20% do
tempo dos operadores desperdiçado procurando por ferramentas.

Se somarmos meia hora por turno, chegaremos em mais de três semanas


de trabalho perdidas por ano. Imagine quanto estas empresas deixaram de
ganhar por não estarem gerenciando de maneira eficaz estes recursos do
processo produtivo.

A administração de materiais é muito mais do que o simples controle de


estoques, envolve um vasto campo de relações que são interdependentes e
que precisam ser bem geridos para evitar desperdícios.

A meta principal de uma empresa é maximizar o lucro sobre o capital


investido e para atingir mais lucro ela deve usar o capital para que este não
permaneça inativo. Espera-se então, que o dinheiro que está investido em
estoque seja necessário para a produção e o bom atendimento das vendas.
Contudo, a manutenção de estoques requer investimentos e gastos elevados ;
evitar a formação ou, quando muito, tê-los em número reduzidos de itens e em
quantidade mínimas , sem que , em contrapartida, aumente o risco de não ser
satisfeita a demanda dos usuários é o conflito que a administração de materiais
visa solucionar.

O objetivo, portanto, é otimizar o investimento em estoques , aumentando


o uso eficiente dos meios internos da empresa, minimizando as necessidades
de capital investido.

A grande questão é poder determinar qual a quantidade ideal de material


em estoque, onde tanto os custos, como os riscos de não poder satisfazer a
demanda serão os menores possíveis.

A administração de recursos escassos é uma grande preocupação dos


gerentes, engenheiros, administradores e praticamente todas as pessoas direta
ou indiretamente ligadas às atividades produtivas, tanto na produção de bens
tangíveis quanto na prestação de serviços. As empresas possuem e precisam
de cinco tipos de recursos:

1. materiais;
2. patrimoniais;
3. de capital ou financeiros;
4. humanos; e
5. tecnológicos.

A administração dos recursos materiais engloba uma sequência de


operações que tem seu início na identificação do fornecedor, passando para a
compra do bem, seu recebimento, transporte interno e acondicionamento, além
de seu transporte durante o processo produtivo, sua armazenagem como
produto acabado e, finalmente, sua distribuição ao consumidor final. A figura
abaixo demonstra esse ciclo.

A administração de recursos materiais trata de uma sequência de


operações que, assim como a administração dos recursos materiais, tem início
na identificação do fornecedor, passando pela compra e recebimento do bem
para, depois, lidar com sua conservação, manutenção ou, quando for o caso,
alienação.
A administração de materiais tem por finalidade principal assegurar o
contínuo abastecimento de artigos necessários para comercialização direta ou
capazes de atender aos serviços executados pela empresa. As empresas
objetivam diminuir os custos operacionais para que elas e seus produtos
possam ser competitivos no mercado.
Mais especificamente, os materiais precisam ser de qualidade produtiva
para assegurar a aceitação do produto final. Precisam estar na empresa
prontos para o consumo na data desejada e com um preço de aquisição
acessível, a fim de que o produto possa ser competitivo, dando, assim, à
empresa um retorno satisfatório do capital investido.

Seguem os principais objetivos da área de administração de recursos


materiais:

• Preço Baixo - reduzir o preço de compra implica aumentar os lucros,


se mantida a mesma qualidade.
• Alto Giro de Estoques - implica melhor utilização do capital,
aumentando o retorno sobre os investimentos e reduzindo o valor do capital de
giro.

• Baixo Custo de Aquisição e Posse - dependem fundamentalmente


da eficácia das áreas de controle de estoques, armazenamento e compras.

• Continuidade de Fornecimento - é resultado de uma análise


criteriosa quando da escolha dos fornecedores. Os custos de produção,
expedição e transportes são afetados diretamente por este item.

• Consistência de Qualidade - a área de materiais é responsável


apenas pela qualidade de materiais e serviços provenientes de fornecedores
externos. Em algumas empresas, a qualidade dos produtos e/ou serviços
constitui-se no único objetivo da Gerência de Materiais.

• Despesas com Pessoal - obtenção de melhores resultados com a


mesma despesa ou mesmo resultado com menor despesa - em ambos os ca-
sos o objetivo é obter maior lucro final. As vezes compensa investir mais em
pessoal porque se pode alcançar com isso outros objetivos, propiciando maior
benefício com relação aos custos.

• Relações Favoráveis com Fornecedores - a posição de uma


empresa no mundo dos negócios é, em alto grau, determinada pela maneira
como negocia com seus fornecedores.

• Aperfeiçoamento de Pessoal - toda unidade deve estar interessada


em aumentar a aptidão de seu pessoal.

• Bons Registros - são considerados como o objetivo primário, pois


contribuem para o papel da administração de material, na sobrevivência e nos
lucros da empresa, de forma indireta.

Nível de Serviço: Atendimento, pontualidade e flexibilidade

As Organizações cada vez mais percebem a necessidade de


implementação de novas tecnologias e novas práticas de gestão. As melhorias
ou sua falta acabam por impactar toda a cadeia produtiva onde a Organização
está inserida.

Para que estas melhorias ou ações implementadas não falhem, torna-se


necessário um acompanhamento constante para medir e avaliar os seus
resultados. A utilização de Indicadores de Desempenho busca cumprir este
papel, dentro do processo de melhoria contínua.

Indicadores de Desempenho são indicadores quantitativos que permitem


mensurar as ações nos processos, ou seja, permitem que os gestores avaliem
as ações e melhorias implementadas.
Um modelo para avaliar o desempenho em uma cadeia produtiva
considera os seguintes parâmetros:

1 – necessidade de identificar e estabelecer indicadores para cada fator


condicionante da competitividade, relacionados à dimensão da Organização,
que engloba produtividade, capacidade gerencial, qualidade, logística interna,
marketing e capacidade de inovação;

2 – necessidade do acompanhamento global, que implica na condição de


conhecer a performance de cada um dos elos, que no conjunto são
determinantes da competitividade da cadeia produtiva;

3 – necessidade de um modelo de indicadores que sejam passíveis de


comparação, em relação a si próprio ou à sua evolução em relação a
indicadores equivalentes de organizações similares, nacionais ou de outros
países, consideradas benchmark, ou seja, verificar o que as organizações
líderes no seu segmento de mercado estão utilizando como processos e
adaptar o modelo, de acordo com as características da Organização.

Temos três áreas onde devemos atuar para montar os Indicadores de


Desempenho, que são:

- Transportes;

- Armazenagem/manutenção de estoques, e

- Processamento de pedidos

Na área de Transportes é fundamental conhecer e cadastrar todos os


eventos importantes que ocorrem quando da distribuição física dos produtos.

- Levantar os custos com transportes a partir de frota própria e da frota


locada para fins de comparação de custos, incluindo custos com mão-de-obra,
combustível, taxas, licenciamento, percentual de oferta dos serviços (% de
contratação de veículos x necessidades ou frota própria x % de veículos
efetivamente em serviço excluídos tempos de paradas para manutenção e/ou
reparos);

- Comparar os custos dos produtos quando a entrega é feita pelos


fornecedores com aqueles quando a entrega é centralizada e/ou regionalizada
(Unidades Armazenadoras Regionais);

Na área de Armazenagem/Manutenção de Estoques é fundamental


conhecer e cadastrar todos os eventos importantes que ocorrem quando da
armazenagem dos produtos.
- Levantar os custos de manutenção de estoques na Unidade
Armazenadora de Materiais, basicamente: os Giros de Estoque, materiais
inservíveis, obsoletos, sem utilização, perdas, desvios, furtos; custos com
serviços públicos (telefonia, comunicação de dados, energia elétrica, gás,
aluguel); manutenção predial; custos com mão-de-obra própria e terceirizada;
custos com equipamentos de manuseio de materiais, custo com estantes,
paletes, prateleiras, etc.

- Na área de Processamento de Pedidos, apesar de seus valores serem


inexpressivos em relação aos demais custos logísticos, devem ser levantados
para análise de possíveis distorções.

- Levantar os salários dos funcionários envolvidos com as aquisições, o


aluguel do espaço destinado ao setor de compra, os papéis usados na emissão
do pedido, utilização de sistemas informatizados, etc.

Finalmente, de posse destes dados cadastrais dos custos podemos


estabelecer Indicadores de Desempenho, estabelecer estratégias de
distribuição de materiais, aí incluída a regionalização de Unidades
Armazenadoras de Materiais, baseados em:

- Tempo de Atendimento dos pedidos;

- Índice de Eficácia de Atendimento dos pedidos: que depende da fixação


do Tempo Padrão de Atendimento;

- Nível de Serviço: número de requisições atendidas em relação às


requisições efetuadas

- Acurácia do Inventário ou Indicador de Eficácia do Inventário:


quantidade de itens com saldo correto em relação ao total de itens em estoque;

- Custo de transporte para entrega dos pedidos;

- Custo médio por Unidade Armazenadora de Materiais;

- Índice de Rotatividade ou Giro de Estoque;

- Custo de um determinado produto quando entregue diretamente pelo


fornecedor;
- Custo médio de determinado produto armazenado

Para tratar sobre o tema níveis de serviço em relação à gestão de


recursos materiais, vamos conhecer seus indicadores de desempenho:

• tempo do ciclo do pedido para cada fornecedor (qual o tempo entre a


solicitação da compra até o seu recebimento);
• média de pedidos e valor faturado para cada fornecedor no período;
• porcentagem de pedidos atrasados de cada fornecedor;
• porcentagem de pedidos de produção não realizados em tempo;
• número de indisponibilidades resultantes de atrasos na produção;
• número de atrasos na produção devido às indisponibilidades.

Parâmetros de gestão de estoques

a) tempo de reposição é o prazo entre a emissão de ordens de compra e de


atendimento, composto por:

• prazo do pedido, dias necessários para que o pedido seja realizado;


• prazo de entrega, dias necessários para o produto chegar à empresa;

• prazo de recebimento, tempo ideal para conferir, etiquetar e utilizar a


mercadoria;

• margem de segurança, tolerância de atrasos, extravios etc. (normalmente


três dias).

b) estoque mínimo é a quantidade mínima de mercadoria ou matéria-prima que a


empresa deve manter em estoque.

Fórmula: estoque mínimo = venda ou consumo médio x tempo de reposição

c) lote de reposição é a quantidade média mensal de produtos vendidos, dividido


pela freqüência de compras de mercadoria ou matéria-prima. Para determinar
os lotes de reposição é preciso ter cuidado com: custo do frete, tamanhos de
lotes definidos pelos fornecedores, produtos frágeis que podem se deteriorar no
estoque, datas de validade em relação ao consumo e compra de oportunidade.

Fórmula: lote de reposição = consumo médio mensal ÷ freqüência de compra


d) estoque máximo é a quantidade máxima de uma mercadoria ou matéria-prima
que a empresa deve estocar. É importante saber: o espaço disponível de seu
almoxarifado, o custo financeiro do estoque, lotes que demandam muito tempo
para serem consumidos, produtos que requerem cuidados especiais de
armazenamento e produtos voláteis ou que tenham características modificadas
com o tempo.

Fórmula: estoque máximo = estoque mínimo + lote de reposição

Modelos de gestão de estoque

a) reposição contínua (ponto de pedido) é aquela em que se providencia a


reposição dos estoques quando atinge o estoque mínimo, não importando o
intervalo de tempo entre as reposições;

b) reposição periódica é aquela na qual é verificada, a um período fixo, a situação


do estoque e, quando necessária, é providenciada sua complementação. Este
período varia em função da classificação ABC dos produtos, conforme
retratamos na edição anterior.
Análises de estoque

a) giro de estoque é o número de vezes, durante um período, em que o estoque


foi renovado. Este período pode ser de um dia, uma semana ou um mês.

Fórmula: giro de estoque = valor consumido no período ÷ valor de estoque


médio no período

b) tempo de cobertura é o período em que o estoque médio será suficiente para


cobrir a demanda média, ou seja, tempo que o produto leva para sair do
estoque.

Fórmula: cobertura (dias de estoque) = número de dias do período ÷ giro

PONTO DE PEDIDO

Os pedidos de compra devem ser emitidos quando as quantidades


estocadas atingirem níveis suficientes apenas para cobrir o estoque de
segurança (que corresponde à quantidade mínima que deve existir em
estoque, destinada a cobrir eventuais atrasos no ressuprimento, mantendo o
fluxo regular de produção) e os de consumo previstos para o período
correspondente ao prazo de entrega dos fornecedores.

O Ponto de Pedido corresponde à quantidade que, ao ser atingida, dá


início ao processo de reposição. Ele é calculado da seguinte forma:

JUST IN TIME

É um sistema de administração da produção que determina que nada


deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata. Pode ser
aplicado em qualquer organização, para reduzir estoques e os custos
decorrentes.

O just in time é o principal pilar do Sistema Toyota de Produção ou


Produção enxuta.

Com este sistema, o produto ou matéria prima chega ao local de


utilização somente no momento exato em que for necessário. Os produtos
somente são fabricados ou entregues a tempo de serem vendidos ou
montados.
O conceito de just in time está relacionado ao de produção por demanda,
onde primeiramente vende-se o produto para depois comprar a matéria prima e
posteriormente fabricá-lo ou montá-lo.

Nas fábricas onde está implantado o just in time o estoque de matérias


primas é mínimo e suficiente para poucas horas de produção. Para que isto
seja possível, os fornecedores devem ser treinados, capacitados e conectados
para que possam fazer entregas de pequenos lotes na frequência desejada.

A redução do número de fornecedores para o mínimo possível é um dos


fatores que mais contribui para alcançar os potenciais benefícios da política just
in time. Esta redução, gera, porém, vulnerabilidade em eventuais problemas de
fornecimento, já que fornecedores alternativos foram excluídos. A melhor
maneira de prevenir esta situação é selecionar cuidadosamente os
fornecedores e arranjar uma forma de proporcionar credibilidade dos mesmos
de modo a assegurar a qualidade e confiabilidade do fornecimento (Cheng et.
al., 1996, p. 106).

As modernas fábricas de automóveis são construídas em condomínios


industriais, onde os fornecedores just in time estão a poucos metros e fazem
entregas de pequenos lotes na mesma frequência da produção da montadora,
criando um fluxo contínuo.

O sistema de produção adapta-se mais facilmente às montadoras de


produtos onde a demanda de peças é relativamente previsível e constante,
sem grandes oscilações.

Uma das ferramentas que contribui para um melhor funcionamento do


sistema Just in Time é o Kanban.

KANBAN

É uma palavra japonesa que significa literalmente registro ou placa


visível.

Em Administração da produção significa um cartão de sinalização que


controla os fluxos de produção ou transportes em uma indústria. O cartão pode
ser substituído por outro sistema de sinalização, como luzes, caixas vazias e
até locais vazios demarcados.

Coloca-se um Kanban em peças ou partes específicas de uma linha de


produção, para indicar a entrega de uma determinada quantidade. Quando se
esgotarem todas as peças, o mesmo aviso é levado ao seu ponto de partida,
onde se converte num novo pedido para mais peças. Quando for recebido o
cartão ou quando não há nenhuma peça na caixa ou no local definido, então
deve-se movimentar, produzir ou solicitar a produção da peça.

O Kanban permite agilizar a entrega e a produção de peças. Pode ser


empregado em indústrias montadoras, desde que o nível de produção não
oscile em demasia. Os Kanbans físicos (cartões ou caixas) podem ser Kanbans
de Produção ou Kanbans de Movimentação e transitam entre os locais de
armazenagem e produção substituindo formulários e outras formas de solicitar
peças, permitindo enfim que a produção se realize Just in time.

CENTRALIZAÇÃO VS DESCENTRALIZAÇÃO DE COMPRAS

Com a crescente competitividade no mercado em todos os segmentos da economia,


algumas questões tornam-se fator primordial para as empresas. Entre elas, a distribuição
e colocação de produtos nas prateleiras, sem contar a imprescindível boa qualidade de
serviços a ser ofertada aos clientes, sempre obedecendo aos desejos e necessidades dos
demandantes.

A evolução da Tecnologia de Informação (TI) possibilita a quebra das barreiras


detempo e espaço, gerando impacto nas organizações e na maneira como elas se
relacionam. Este movimento tecnológico remete as organizações à reestruturação de
padrões. Tecnologias de capacitação, como a computação em grupo e a interconexão em
rede, permitem que as
empresas ampliem seus desempenhos de maneira integrada e ampliada.

Cunha (1991) e Caetano (1983) apud Almeida (2000, p.21) mencionam que, em linha
geral, o movimento para a centralização “tem como objetivo uma melhor funcionalidade
geral e uma exploração mais econômica, devido a uma maior economia de meios
humanos e materiais e a uma melhor gestão pelas possibilidades de controle que
oferece”

Em empresas, conforme ressaltado por Parente (2000), o administrador deve decidir


sobre o grau de centralização nas decisões de compra. Essa decisão de compra pode ser
desenvolvida de maneira centralizada ou descentralizada, veremos a seguir as vantagens
e desvantagens de cada um.

Vantagens da Centralização de Compras

Centralizar o processo de compras é uma alternativa que pode prover algumas


vantagens referentes ao processo. Conforme citado por Reis e Brito (2010), as
vantagens dependem de como o executivo lidará com o poder de compra de sua
empresa. Ou seja, depende da sua habilidade em consolidar exigências, desenvolver
fontes, racionalizar estoques, simplificar procedimentos, negociação com fornecedores,
a fim de diminuir custos desnecessários e promover o fluxo de informações eficaz
dentro da organização. Esta
alternativa possibilitará o atendimento das exigências da empresa.

A estratégia de compras está baseada em uma perspectiva global de mercado, em fontes


de fornecimento únicas ou número reduzido de fontes. Releva uma cooperação com o
fornecedor, que deve ser orientada para a melhoria contínua da qualidade, embasada nas
filosofias do Just-in-Time e no conceito de custo ótimo.

A centralização de compras envolve menores custos no processamento de pedidos, e


possibilita a compra de maiores quantidades, oferecendo ganhos de escala nas
negociações.
Decisões são tomadas por gestores que possuem uma visão global da empresa. Estas
escolhas são mais consistentes com os objetivos empresariais globais, eliminando esforços
duplicados e reduzindo os custos operacionais. A intenção é promover uma maior
especialização e o aumento das habilidades com a centralização das atividades/operações.

Os custos com o processamento dos pedidos, tais como colocação dos pedidos, o
recebimento, a inspeção, dentre outros são relevados. Pretende-se que estes sejam
substancialmente reduzidos devido aos pedidos de grandes quantidades.
Contudo, também existem desvantagens neste processo, discutidas na seqüência deste
trabalho. Após a discussão da problemática de centralização, ou desvantagens,
considerações sobre a descentralização das compras, suas vantagens e desvantagens
inerentes ao processo.

Desvantagens da Centralização de Compras

Uma das grandes desvantagens desta alternativa para comprar decorre em razão das
decisões serem tomadas por gestores que estão distanciados dos fatos. Não há contato
com as pessoas e conhecimento acurado das situações envolvidas. As linhas de
comunicação mais distanciadas provocam demoras e maior custo operacional. Pelo
envolvimento de muitas pessoas, cresce a possibilidade de distorções e erros pessoais no
processo.

O próprio conceito da centralização evidencia seus problemas inerentes. Conforme


Mintzberg (1995, p.102), a estrutura centralizada existe “quando todo o poder para a
tomada de decisões está em um só local da organização, no final das contas nas mãos de
uma pessoa”.

Descentralização das Compras


A descentralização no processo de comprar ocorre quando cada loja toma suas
próprias decisões em termos do que, quando e quanto comprar. Esse sistema pode ser
adotado quando as unidades da rede estão localizadas geograficamente distantes ou
quando os clientes apresentam preferências diferentes. Também é uma formatação
adotada quando as lojas apresentam volumes expressivos de venda diferenciados entre
suas unidades de negociação.

Neste sentido, torna-se evidente que “à medida que a organização cresce, torna-se difícil
para a alta administração manter o mesmo nível de centralização da decisão”
(VASCONCELLOS, p.101).

Outras considerações são apontadas por autores que lidam com o estudo de estratégias
organizacionais. De acordo com Hamel e Prahalad:
“A descentralização não pode ser absoluta nem a estratégia
empresarial opressiva, mas a organização precisa desenvolver
uma estratégia coletiva, o que exige do corpo gerencial postura
mais cooperativa e menos competitiva em relação aos seus
pares” (HAMEL, PRAHALAD, 1995, p.333).

Vantagens da Descentralização de Compras


A descentralização do processo de compras agrega algumas vantagens. O atendimento
rápido e mais adequado às necessidades dos clientes, bem como a maior motivação dos
gestores, e o desenvolvimento da capacidade de gestão, são exemplos destas
adequabilidades.

As decisões de modo geral, são tomadas mais rapidamente pelos próprios executores da
ação, pois são eles que têm mais informações sobre a situação, exercendo neste sentido
maior controle dos processos (LUCAS, 2007). Nesta modalidade de escolha, é notável a
maior participação no processo essencial da tomada de decisão. Além dos aspectos já
referidos, promove-se a motivação e a moral, o que proporciona novas oportunidades de
treinamento. O conhecimento mais profundo dos fornecedores locais pode constituir
outra
importante faceta, qual se torna viável através das compras descentralizadas.

Desvantagens da Descentralização nas Compras


Também existem problemas nesta alternativa de decisão para efetividade das compras
empresariais. Pode, por exemplo, ocorrer falta de informação, e falhas na coordenação
entre os departamentos envolvidos com o processo. Maior custo pela exigência de
melhor seleção e treinamento dos gestores também é uma possibilidade que não pode
ser descartada.

A compra em linhas gerais tende a ser em menores volumes, não gerando os melhores
condicionantes referentes ao preço (limitação no tamanho dos lotes de compra, gerando
a perda da economia de escala, viável em compras de maior quantidade). Não será, por
sua vez, um departamento orientado à padronização, especialmante diante dos
procedimentos adotados. Existe nesta modalidade a especialização do comprador, que é
uma vantagem por um lado, mas uma grande perda quando este colaborador deixa a
organização, especialmente quando a decisão é desconhecida pelos gestores, que
precisarão com urgência preparar seu sucessor. O tempo perdido neste processo deve
ser considerado como um risco da escolha.

ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

Para falar sobre ética na administração de materiais vamos,


primeiramente, entender o conceito de ética.
Valores éticos podem se transformar, da mesma forma como a sociedade
se transforma, considerando que, na sociedade, desempenhamos papéis
diferenciados e adequados a cada espaço de convivência. Cada sociedade se
compõe de um conjunto de ethos, ou seja, de um modo de ser, que confere um
caráter àquela organização.
A palavra "ética" vem do grego ethos, que, por sua vez, significa "modo
de ser" ou "costume" ou "caráter".
Conceitualmente, ética é um conjunto de princípios e normas que devem
direcionar a boa conduta dos seres humanos. Ética pode ser o estudo das
ações ou dos costumes e pode ser a própria realização de um tipo de
conhecimento.
A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em
sociedade.
Agora que já sabemos o que é Ética, vamos entender seu funcionamento
na administração de materiais.
Apesar de, teoricamente, quanto mais se vende mais se obtém ganho,
torna-se estratégico para qualquer empresa o controle adequado de seus
estoques, de forma a reduzir os custos gerados pela existência deles.
Ao se administrar de forma adequada os estoques e se empregar a
logística nos processos de compra e venda, algumas das etapas mais
importantes na gestão do negócio estarão asseguradas.
Agir de forma correta em prol dos interesses organizacionais; priorizá-los
atendendo as questões individuais e, ao mesmo tempo, sendo honesto;
respeitar os clientes, a concorrência; ser cumpridor das leis e saber valorizar de
qualquer organização. Já o manter-se ético diante das situações do dia a dia
vai depender de cada indivíduo, de cada administrador. Todo administrador em
seu processo de formação é brindado com uma série de saberes sociológicos,
filosóficos e humanos que o credenciam a agir de maneira ética no exercício da
profissão.
A análise das relações de poder e de comportamentos esperados em um
sistema organizacional qualquer requer uma concepção de ser humano e de
trabalho.
As empresas, em geral, procuram minimizar o desperdício de materiais,
tendo um eficiente controle do seu estoque (entrada/saída de material) no
almoxarifado. Os estoques são um ativo da firma e, como tal, comparecem em
valor monetário no balanço mensal das empresas. Do ponto de vista financeiro,
representam um investimento de capital, disputando os fundos limitados ou
escassos da mesma.
Os investimentos totais em estoques devem ser relacionados às
eficiências relativas segundo as quais seus fundos são usados. Dessa forma,
um dos índices financeiros que têm sido usados tradicionalmente para avaliar o
desempenho global das empresas é o quociente de rotação do estoque. Um
alto quociente de rotação é considerado desejável, pois indicará que a empresa
está atingindo o seu objetivo de venda com o mínimo investimento em
estoques.
Nos dias de hoje, é essencial uma adequação das empresas aos novos
programas da Administração, muito mais voltada para a valorização
profissional que para a exploração do trabalhador, ainda que essas duas
perspectivas sejam antagónicas na sociedade brasileira.
É possível alterar concepções éticas na Administração, procurando
adaptar-se às novas realidades de um mundo em contínua transformação.
Para além do mercado e do lucro, outros valores devem ser levados em
consideração nos processos empresariais.
A ética é o "pilar" de qualquer sistema administrativo, que não se resume
em decorar o "código de ética", mas sim em assumir uma postura proativa na
construção da consciência e responsabilidade social.

PLANEJAMENTOS DE MATERIAIS

Função Suprimento: Métodos de Previsão da Demanda


É necessário ressaltar que infelizmente prever é um processo falível. A
fábrica que esperava vender um milhão de televisões descobrirá
frequentemente que a demanda real é diferente de sua previsão. Se ela ex-
ceder a previsão, o gerente tem de ter em mãos uma quantidade que permita
satisfazer a demanda maior. Se a demanda cair, poderá haver excesso de
material. Então, o que fazer? O gerente de materiais toma suas próprias
decisões, autorizado pela alta administração, que dará a previsão da demanda
de produto final para materiais e não para Vendas (que deve vender tanto
quanto for possível), enquanto as áreas de Materiais e Produção devem estar
prontas para suprir o quanto possa ser vendido.
O suprimento de materiais comprados está igualmente sujeito às
flutuações da demanda dos mesmos. No geral, o problema básico da gerência
de materiais consiste na rapidez com que os fornecedores possam responder
às variações de demanda, e não na sua capacidade em responder. Quase
todos os fornecedores ficam encantados por dobrar as remessas para seus
clientes, porém, dificilmente seriam capazes de dobrar sua produção sem
semanas, ou mesmo meses, de aviso prévio.
Assim, o problema-chave do gerente de materiais raramente é sua
capacidade de obter os produtos de que necessita, mas, sim, a maneira de
obtê-lo na data correta.
O gerente de materiais preocupa-se com três tipos fundamentais de
previsão:
1. Demanda de materiais comprados: em geral, deriva diretamente da
demanda pelos produtos finais da empresa.
2. Suprimento de materiais comprados: na maioria dos casos, a
preocupação básica é o prazo de entrega, o número de semanas ou meses
que precisa esperar pela entrega de materiais específicos, depois de terem
sido encomendados.
3. Preços pagos pelos materiais comprados: isso tem relação direta com o
sucesso da empresa, pois muito poucas podem ignorar as flutuações nos
preços dos materiais comprados.
Segundo Faria (1985) o conceito de planejamento de estoques seria: O
estabelecimento da distribuição racional no tempo e no espaço dos recursos
disponíveis, com o objetivo de atender um menor desperdício possível a
hierarquia de prioridades necessárias para a realização, com êxito, de um
propósito previamente definido”.

O dilema do gerenciamento de estoques está fundamentado em dois


fatores:

- O primeiro consiste em manter estoques a níveis aceitáveis de acordo


com o mercado, evitando a sua falta e o risco de obsolescência;
- O segundo trata dos custos que esses proporcionam em relação aos
níveis e ao dimensionamento do espaço físico.
Assim nenhuma organização pode planejar detalhadamente todos os
aspectos de suas ações atuais ou futuras, mas todas podem e devem ter
noção para onde estão dirigindo-se e determinar como podem chegar lá, ou
seja, precisam de uma visão estratégica de todo o complexo produtivo.
Neste posicionamento todas as empresas devem constituir políticas para
a administração de materiais, que atribui grande ênfase às compras, criando a
cada dia parcerias com fornecedores qualificados, mantendo a qualidade de
seus produtos e o bom atendimento a seus clientes, ou seja, buscando criar
uma economia de escala que é aquela que organiza o processo produtivo de
maneira que se alcance a máxima utilização dos fatores produtivos envolvidos
no processo, buscando como resultado baixos custos de produção e o
incremento de bens e serviços.

Ela ocorre quando a expansão da capacidade de produção de uma


empresa ou indústria provoca um aumento na quantidade total produzida sem
um aumento proporcional no custo de produção. Como resultado, o custo
médio do produto tende a ser menor com o aumento da produção.

CONFLITOS

A administração de materiais envolve vários departamentos, desde a


aquisição até a venda para o consumidor, durante esse processo, é normal
surgirem conflitos sobre a quantidade a ser adquirida, o prazo de entrega, os
custos envolvidos, veremos agora em sentido estrito, o ponto de vista de
alguns departamentos sobre a quantidade de matéria prima a ser adquirida.

Departamento de compras: é a favor de grande quantidade , pois obtém


grandes descontos, reduzindo assim, os custos e consequentemente
aumentando os lucros.

Departamento de produção: o maior medo deste departamento é que


falte MP, pois sem ela a produção fica parada, ocasionando atrasos podendo
até mesmo perder o cliente. Ele é a favor de grande quantidade para produzir
grandes lotes de fabricação e diminuir o risco de não ter satisfeita a demanda
de consumidores.
Departamentos de vendas e marketing: é a favor de grande quantidade
de matéria-prima, pois significa grandes lotes de fabricação e
consequentemente, grande quantidade de material no estoque para que as
entregas possam ser realizadas rapidamente, o que resultará em uma boa
imagem da empresa, aumentará as vendas e consequentemente os lucros.

Departamentos financeiro: è a favor de pequena quantidade de material


no estoque, pois a medida que aumenta a quantidade significa:
• alto investimento de capital - caso não venda, este capital fica inativo;
• alto risco - as perdas podem ser maiores, obsolescência,
• altos custos de armazenagem.

A administração de matériais visando harmonizar os conflitos existentes


entres os departamentos e para poder determinar a quantidade ideal que deve
ter no estoque adota a seguinte política de estoques:

• Estabelece metas para entregas dos produtos aos clientes;


• Quantidade / capacidade dos almoxarifados
• Previsão de estoques
• Lote econômico
• Rotatividade, prazo médio em dias
• Até que nível deverão oscilar os estoques para atender uma alteração
de consumo
• Até que ponto será permitida a especulação com estoques, fazendo
compra antecipada com preços mais baixos ou comprando uma quantidade
maior para obter desconto.

Em função desses critérios apresentados acima, a administração de


materiais irá determinar a quantidade ideal a se ter no estoque. Portanto, a
quantidade ideal a permanecer no estoque é o mínimo, porém, o mínimo
necessário para satisfazer a demanda.

PLANEJAMENTO E REQUISITOS DE MATERIAL:

MRP:
Técnica para determinar a quantidade e o tempo para a aquisição de itens
de demanda dependente necessários para satisfazer requisitos do programa
mestre.

CRP (PLANEJAMENTO DE REQUISITOS DE CAPACIDADE):


Técnica para determinar que pessoal e capacidade de equipamentos são
necessários para atender aos objetivos de produção incorporados no progrma
mestre de produção e o plano de requisitos de material.

O MRP (Planejamento das Necessidades de Materiais) é um sistema de


inventário que consiste em tentar minimizar o investimento em inventário. Em
suma, o conceito de MRP é obter o material certo, no ponto certo, no momento
certo. Tudo isto através de um planejamento das prioridades e a Programação
Mestra de Produção.

Este sistema tem funções de planejamento empresarial, previsão de


vendas, planejamento dos recursos produtivos, planejamento da produção,
planejamento das necessidades de produção, controle e acompanhamento da
fabricação, compras e contabilização dos custos, e criação e manutenção da
infra-estrutura de informação industrial.

A criação e manutenção da infra-estrutura de informação industrial passa


pelo cadastro de materiais, estrutura de informação industrial, estrutura do
produto (lista de materiais), saldo de estoques, ordens em aberto, rotinas de
processo, capacidade do centro de trabalho, entre outras.

A grande vantagem da implantação de um sistema de planejamento das


necessidades de materiais é a de permitir ver, “rapidamente”, o impacto de
qualquer replanejamento. Assim pode-se tomar medidas corretivas, sobre o
estoque planejado em excesso, para cancelar ou reprogramar pedidos e
manter os estoques em níveis razoáveis.

Manutenção Preditiva

Nos últimos anos, têm-se discutido amplamente a gerência de manutenção preditiva.


Tem-se definido uma variedade de técnicas que variam desde o monitoramento da
vibração até modificações nas peças. A manutenção preditiva, tem sido reconhecida
como uma técnica eficaz de
gerenciamento de manutenção.
Desde que a maioria das fábricas de manufatura e de processo baseiam-se em
equipamentos
mecânicos para a maior parte de seus processos, a manutenção preditiva baseada em
vibração é a
técnica dominante usada para a maioria dos programas de gerência de manutenção.
Entretanto, a
capacidade em monitorar todas as máquinas críticas, equipamentos, e sistemas em
uma planta
industrial típica não pode se limitar a uma única técnica..

MANUTENÇÃO CORRETIVA :
A lógica da gerência em manutenção corretiva é simples e direta: quando uma máquina
quebra, conserte-a. Este método ( “Se não está quebrada, não conserte” ) de manutenção
de
maquinaria fabril tem representado uma grande parte das operações de manutenção da
planta
industrial, desde que a primeira fábrica foi construída e, por cima, parece razoável. Uma
planta
industrial usando gerência por manutenção corretiva não gasta qualquer dinheiro com
manutenção,
até que uma máquina ou sistema falhe em operar.
A manutenção corretiva é uma técnica de gerência reativa que espera pela falha da
máquina
ou equipamento, antes que seja tomada qualquer ação de manutenção. Também é o
método mais
caro de gerência de manutenção.
A implementação da manutenção preventiva real varia bastante. Alguns programas são
extremamente limitados e consistem de lubrificação e ajustes menores. Os programas
mais
abrangentes de manutenção preventiva programam reparos, lubrificação, ajustes, e
recondicionamentos de máquinas para toda a maquinaria crítica na planta industrial. O
denominador
comum para todos estes programas de manutenção preventiva é o planejamento da
manutenção x
tempo.
Todos os programas de gerência de manutenção preventiva assumem que as máquinas
degradarão com um quadro de tempo típico de sua classificação em particular. Por
exemplo, uma
bomba centrífuga , horizontal, de estágio simples normalmente rodará 18 meses antes
que tenha que
ser revisada. Usando técnicas de gerência preventiva, a bomba seria removida de
serviço e revisada
após 17 meses de operação.

PREVISÃO DE ESTOQUES

Normalmente, a previsão dos estoques é fundamentada de acordo com a


área de vendas, mas em muitos casos de logística, em específico a
Administração de Estoques, precisa prover os fornecedores de informações
quanto a necessidades de materiais para atender a demanda mesmo não
tendo dados da área de vendas/ marketing.

A previsão das quantidades futuras é uma tarefa importantíssima no


planejamento empresarial e esta deverá levar em consideração os fatores que
mais afetam o ambiente e que possam interferir no comportamento dos
clientes.

Segundo DIAS, 1996 devemos considerar duas categorias de


informações as quais são:

1) Informações quantitativas:
• Eventos
• Influencia da propaganda.
• Evolução das vendas no tempo.
• Variações decorrentes de modismos.
• Variações decorrentes de situações econômicas.
• Crescimento populacional.
2) Informações qualitativas:
• Opinião de gerentes.
• Opinião de vendedores.
• Opinião de compradores.
• Pesquisa de mercado.

É bom reforçar, que por si só não são suficientes as informações


quantitativas e qualitativas, é necessário também, a utilização de modelos
matemáticos.

Quanto a Evolução de Consumo Constante (ECC), é quando o volume


de consumo permanece constante, sem alterações significativas. Como
exemplo, estão as empresas que mantêm suas vendas estáveis, seja lá qual
for seu produto, mercado ou concorrentes.

Quanto a Evolução de Consumo Sazonal (ECS), o volume de consumo


passa por oscilações regulares no decorrer de certos período ou do ano, sendo
influenciado por fatores culturais e ambientais, com desvios de demanda
superiores/inferiores a 30% de valores médios é o caso de: sorvetes, enfeites
de natal, ovos de páscoa etc.

Em relação a Evolução de Consumo e Tendências (ECT), o volume de


consumo aumenta ou diminui drasticamente no decorrer de um período ou do
ano, sendo influenciado por fatores culturais, ambientais, conjunturais e
econômicos, acarretando desvios de demanda positiva ou negativa.
Exemplos: negativos serão os produtos que ficaram ultrapassados no
mercado(maquina de escrever) ou que estão sofrendo grande concorrência ou
ainda, por motivos financeiros (a empresa perde seu crédito e passa a reduzir
sua produção). Em relação aos desvios positivos, temos as industrias de
computadores com uma crescimento ascendente no mercado

Na prática podemos visualizar combinações dos diversos modelos de


evolução de demanda, em decorrência das variáveis que influenciam as
empresas, mas num percentual maior pela qualidade da administração
empresarial realizada.

Se conhecermos bem a evolução de demanda, ficará mais fácil


elaborarmos a previsão futura de demanda, podemos classificar a demanda em
:

ltens de demanda independente: são aqueles cuja demanda não


depende da demanda de nenhum outro item. Típico exemplo de um item de
demanda independente é um produto final. Um produto final tem sua demanda
dependente do mercado consumidor e não da demanda de qualquer outro
item.

Itens de demanda dependente: são aqueles cuja demanda depende da


demanda de algum outro item. A demanda de um componente de um produto
final, por exemplo, é dependente da demanda do produto final. Para a
produção de cada unidade de produto final, uma quantidade bem definida e
conhecida do componente será sempre necessária. Os itens componentes de
uma montagem são chamados de itens “filhos” do item “pai”, que representa a
montagem.
Quantos copos de liquidificador se deve comprar? Depende da
quantidade de motorzinho fabricado.
A diferença entre os dois itens (demanda independente e demanda
dependente) é que a demanda do primeiro tem de ser prevista com base nas
características do mercado consumidor e a demanda do segundo por
dependente de outro item, é calculada com base na demanda deste.

A Previsão de Estoques é o ponto de partida, a base da administração de


materiais. Qualquer tipo de consumo deve ser previsto e se possível calculado,
e para tanto poderemos usar diversos modelos disponíveis no mercado como:

• Método do Último Período (MUP)

É o mais simples, sem fundamento matemático, utiliza como previsão


para o próximo período o valor real do período anterior.

Exemplo: A VIPAS, teve neste ano o volume de vendas de vidros :

Janeiro 5000
Fevereiro 4400
Março 5300
Abril 5600
Maio 5700
Junho 5800
Julho 6000

De acordo com o método MUP calcular a previsão de demanda para


agosto. Para agosto(MUP)= o último período foi julho, 6.000 unidades portanto,
a previsão para agosto será de 6.000 unidades. Verificamos a precariedade
deste método e infelizmente é muito utilizado nas empresas devido as vezes
pela própria falta de maiores conhecimentos por parte dos responsáveis pelas
previsões na empresa.

• Método da Média Móvel (média aritmética) (MMM)


A previsão do próximo período é obtida por meio de cálculo da media
aritmética do consumo dos períodos anteriores. Como resultado desse modelo
teremos valores menores que os ocorridos caso o consumo tenha tendências
crescente, e maiores se o consumo tiver tendências decrescentes, nos últimos
períodos.

Verificamos também, que trata de um modelo muito utilizado por


empresas sem muito conhecimento sobre o assunto em questão, não traz tal
modelo confiabilidade de previsão pelos motivos informados anteriormente.

Exemplo: Usando os mesmos valores do exemplo anterior temos:

P (MMM)= (C1+C2+C3+...............+ Cn)


n
P = Previsão para o próximo período
C1,C2,C3,Cn = Consumo nos períodos anteriores
n = número de períodos

Exemplo: De acordo com o exemplo anterior.

Janeiro 5000
Fevereiro 4400
Março 5300
Abril 5600
Maio 5700
Junho 5800
Julho 6000
SOMA 37800

De acordo com o método MMM calcular a previsão de demanda para


agosto é a soma total dividido por 7, dando um resultado de 5400. Este método
é precário porque não leva em consideração a demanda crescente.

• Método da Média Móvel Ponderada (MMP)


A previsão é dada através de ponderação dada a cada período, de acordo
com a sensibilidade do administrador, obedecendo algumas regras:

1ª O período mais próximo recebe peso de maior ponderação entre 40% a


60%, e para os outros haverá uma redução gradativa para os mais distantes.
2ª O período mais antigo recebe peso de menor ponderação e deve ser
igual a 5%.
3ª A soma das ponderações deve ser sempre 100% (40 a 60 % para o
mais recente e para o ultimo, 5%).

Este modelo elimina em parte algumas precariedades dos modelos


anteriores, mas mesmo assim verifica alguns problemas como a alocação dos
percentuais será sempre função da sensibilidade do responsável pela previsão
portanto, se não for bem analisado as variáveis, poderá ocasionar erros de
previsão.

Exemplo: Usando os mesmos parâmetros dos consumos nos exemplos


anteriores teremos:

Janeiro 5000
Fevereiro 4400
Março 5300
Abril 5600
Maio 5700
Junho 5800
Julho 6000
P(MMP)= (C1 x P1) + (C2xP2) + (C3xP3)+ ........+(CnxPn)

Onde P(MMP)= Previsão próximo período através do método da média


ponderada.
C1,C2,C3,Cn= Consumo nos períodos anteriores
P1,P2,P3,Pn = Ponderação dada a cada período

Para exemplo em questão daremos as ponderações para cada período,


conforme o enunciado (regra mencionada).

Janeiro 5%
Fevereiro 5%
Março 7%
Abril 8%
Maio 15%
Junho 20%
Julho 40%

Obs.: Reforçando o enunciado anterior, as ponderações são


fundamentadas de acordo com influência do mercado. A soma deverá ser
100% sendo o maior valor para o ultimo período (o anterior ao que será
calculado), para o período mais recente (40% a 60%) e para o último (5%).

Substituindo na formula:

P(MMP)=(C1xP1)+(C2xP2)+(C3xP3)+(C4xP4)+(C5+P5)+
(C6xP6)+(C7+P7)

Pagosto(MMP)=(6.000x0,4)+(5.800x0,2)+(5.700x0,15)+(5.600x0,08)+(5.3
00x0,07)+(4.400x0,05)+(5.000x05)

Pagosto(MMP)=(2.400)+(1160)+(855)+(448)+(371)+(220)+ (250)

Pagosto(MMP)=5.704 (Previsão para Agosto)

• Método da Média com Suavização Exponencial (MMSE) ou


Método da Média Exponencialmente Ponderada (MMEP)

Neste método, a previsão é obtida de acordo com o consumo do último


período, e teremos que utilizar também a previsão do último período. Ele
procura fazer a eliminação das situações exageradas que ocorreram em
período anteriores. É simples de usar e necessita de poucos dados
acumulados sendo auto-adaptável, corrigindo-se constantemente de acordo
com as mudanças dos volumes das vendas. A ponderação utilizada é
denominada constante de suavização exponencial que tem o símbolo (@) e
pode variar de 1>@>0.
Na prática @ tem uma variação de 0,1 a 0,3 dependendo dos fatores que
afetam a demanda.

Para melhor entendimento teremos:

P(MMSE)= [(Ra x @) + (1 - @) x P a]

Onde: P(MMSE)= Previsão próximo período através do método da média


com suavização exponencial
Ra = Consumo real no período anterior
Pa = Previsão do período anterior
@ = Constante de suavização exponencial ( desvio – padrão)

Exemplo: Usando os mesmos valores dos exemplos anteriores e


sabendo-se que a previsão de julho foi de 6.200 e o Consumo real foi de
6000(calculada anteriormente no final de junho), calcule a previsão para agosto
com uma constante de suavização exponencial de 15%.

P (MMSE)= [(Ra x@) + (1 - @) x Pa]


P (MMSE)= [(6.000x0,15)+(1-0,15)x 6.200]
P(MMSE)=[900+(0,85x6.200)]
P(MMSE)=900+5.270)
P(MMSE)=6.170 Unidades
A previsão para agosto será 6.170 Unidades

Este método permite que obtenhamos um padrão de condução das


previsões com valores próximos da realidade. Assim as vendas reais e as
previsões seguem uma tendência que facilita as projeções do administrador.
Este modelo é eficaz quando apenas trabalhamos com ele.

Custo de armazenagem

São diretamente proporcionais ao estoque médio e ao tempo de


permanência em estoques. A medida que aumenta a quantidade de material
em estoque, aumenta os custos de armazenagem que podem ser agrupados
em diversas modalidades:

- Custos de capital: juros,depreciação ( o capital investido em estoque


deixa de render juros)

- Custos com pessoal: salários encargos sociais ( mais pessoas para


cuidar do estoque)

- Custos com edificações: aluguel, imposto, luz (maior área para


guardar e conservar os estoques)
- Custos de manutenção: deterioração, obsolescência, equipamento
(maiores as chances de perdas e inutilização, bem como mais custos de mão-
de-obra e equipamentos). Este custo gira aproximadamente em 25% do valor
médio de seus produtos.

Também estão envolvidos os custos fixos (que independem da


quantidade), como por exemplo o aluguel de um galpão.

Custo de pedido

São inversamente proporcionais aos estoques médios. Quanto mais


vezes se comprar ou se preparar a fabricação, menores serão os estoques
médios e maiores serão os custos decorrentes do processo tanto de compras
como de preparação, ou seja, maior estoque requer menor quantidade de
pedidos,com lotes de compras maiores, o que implica menor custo de
aquisição e menores problemas de falta ou atraso e , consequentemente,
menores custos . O total das despesas que compõem os custos de pedidos
incluem os custos fixos(os salários do pessoal envolvidos na emissão dos
pedidos- que independem da quantidade) e variáveis (referentes ao processo
de emissão e confecção dos produtos).

Custo por falta de estoque

No caso de não cumprir o prazo de entrega de um pedido colocado,


poderá ocorrer ao infrator o pagamento de uma multa ou até o cancelamento
do pedido, prejudicando assim a imagem da empresa perante ao cliente. Este
problema acarretará um custo elevado e de difícil medição relacionado com a
imagem, custos, confiabilidade, concorrência etc.

EFEITO CHICOTE
O efeito chicote é definido como sendo a distorção da percepção
da procura ao longo da cadeia de abastecimento na qual os pedidos para
o fornecedor têm variância diferente da variância das vendas para
o comprador. O efeito chicote (também conhecidos colectivamente como
o “efeito bullwhip” ou “efeito whiplash”) é comum em sistemas
de abastecimento (Lee et al., 1997, p. 546) e foram observados por
Forrester (1961, p. 21-42), ao criar o conceito de dinâmica de sistemas e
conceituado por Lee et al. (1997, p. 546-558).
O efeito chicote é um fenómeno que produz impacto negativo sobre a
regularidade e a estabilidade dos pedidos recebidos numa cadeia de
abastecimento, em particular, observa-se este fenómeno quando a
variação da procura aumenta à medida que se avança ao longo da
cadeia (Chen et al., 2000, p. 436).
O efeito chicote foi também conhecido como logística executiva
daProcter & Gamble devido ao facto de uma pequena variação nos
pedidos, ao nível dos consumidores, provocar uma amplificação da
variação ao longo da cadeia actuando junto dos seus intervenientes,
como sejam os grossistas e os fabricantes (Paik et al., 2007, p. 308).

LOTE ECONÔMICO DE COMPRAS - LEC

É a quantidade que se adquire , onde os custos totais são os menores


possíveis.

RESTRIÇÕES AO LOTE ECONÔMICO

1. Espaço de Armazenagem - uma empresa que passa a


adotar o método em seus estoques, pode deparar- se com o problema
de falta de espaço, pois, às vezes, os lotes de compra recomendados
pelo sistema não coincidem com a capacidade de armazenagem do
almoxarifado;

2. Variações do Preço de Material - Em economias


inflacionarias, calcular e adquirir a quantidade ideal ou econômica de
compra, com base nos preços atuais para suprir o dia de amanhã,
implicaria, de certa forma, refazer os cálculos tantas vezes quantas
fossem as alterações de preços sofridas pelo material ao longo do
período, o que não se verifica , com constância, nos países de economia
relativamente estável, onde o preço permanece estacionário por
períodos mais longos;

3. Dificuldade de Aplicação - Esta dificuldade decorre, em


grande parte, da falta de registros ou da dificuldade de levantamento dos
dados de custos. Entretanto, com referência a este aspecto, erros, por
maiores que sejam, na apuração destes custos não afetam de forma
significativa o resultado ou a solução final. São poucos sensíveis à
alterações razoáveis nos fatores de custo considerados. Estes são,
portanto, sempre de precisão relativa;

4. Natureza do Material - Pode vir a se constituir em fator de


dificuldade. O material poderá tornar-se obsoleto ou deteriorar-se;

5. Natureza de Consumo - A aplicação do lote econômico de


compra, pressupõe, em regra, um tipo, de demanda regular e constante,
com distribuição uniforme. Como isto nem sempre ocorre com relação à
boa parte dos itens, é possível que não consigamos resultados
satisfatórios ou esperados com os materiais cujo consumo seja de
ordem aleatória e descontínua. Podemos, nestas circunstâncias, obter
uma quantidade pequena que inviabilize a sua utilização.
TIPOS DE ESTOQUES

Existem diversos tipos de estoques que são estocados em diversos


almoxarifados os quais mencionamos as principais categorias :

1) Almoxarifados de matérias-primas:

- Materiais diretos: são aqueles que entram diretamente na elaboração e


transformação dos produtos, ou seja, todos os materiais que se agregam ao
produto, fazendo parte integrante de seu estado. Podem também ser itens
comprados prontos ou já processados por outra unidade ou empresa.

- Materiais indiretos (auxiliares): são aqueles que ajudam na elaboração,


execução e transformação do produto, porém diferenciam dos anteriores pois
não se agregam a ele, mas são imprescindíveis no processo de fabricação.

2) Almoxarifados de produtos em processos (intermediários): são os


itens que entraram no processo produtivo, mas ainda não são produtos
acabados

3) Almoxarifado de produtos acabados: é o local dos produtos prontos e


embalados os quais serão distribuídos aos clientes. O seu planejamento
e controle é de suma importância tendo em vista que o não giro do
mesmo irá onerar o custo do produto, além de forte injeção a
obsolescência.

4) Almoxarifado de manutenção: é o local onde estão as peças de


reposição, apoio e manutenção dos equipamentos e edifícios ou ainda
os materiais de escritório “papel e caneta” usados na empresa.

Obs: Os estoques de produtos acabados matérias-primas e material em


processo não podem ser vistos como independentes. Quaisquer que forem as
decisões sobre um dos tipos de estoque, elas terão influência sobre os outros
tipos de estoques. Esta regra às vezes é esquecida nas estruturas de
organização mais tradicionais e conservadoras.

CLASSIFICAÇÃO

Sem o estoque de certas quantidades de materiais que atendam


regularmente às necessidades dos vários setores da organização, não se pode
garantir um bom funcionamento e um padrão de atendimento desejável.

Estes materiais, necessários à manutenção, aos serviços administrativos


e à produção de bens e serviços, formam grupos ou classes que comumente
constituem a classificação de materiais. Estes grupos recebem denominação
de acordo com o serviço a que se destinam (manutenção, limpeza, etc.), ou à
natureza dos materiais que neles são relacionados (tintas, ferragens, etc.), ou
do tipo de demanda, estocagem, etc.

Classificar um material então é agrupá-lo segundo sua forma, dimensão,


peso, tipo, uso etc. A classificação não deve gerar confusão, ou seja, um
produto não poderá ser classificado de modo que seja confundido com outro,
mesmo sendo semelhante. A classificação, ainda, deve ser feita de maneira
que cada gênero de material ocupe seu respectivo local. Por exemplo: produtos
químicos poderão estragar produtos alimentícios se estiverem próximos entre
si.
Classificar material, em outras palavras, significa ordená-lo segundo
critérios adotados, agrupando-o de acordo com a semelhança, sem, contudo,
causar confusão ou dispersão no espaço e alteração na qualidade.

OBJETIVO DA CLASSIFICAÇÃO

O objetivo da classificação de materiais é definir uma catalogação,


simplificação, especificação, normalização, padronização e codificação de
todos os materiais componentes do estoque da empresa.

IMPORTÂNCIA DA CLASSIFICAÇÃO

O sistema de classificação é primordial para qualquer Departamento de


Materiais, pois sem ele não poderia existir um controle eficiente dos estoques,
armazenagem adequada e funcionamento correto do almoxarifado.

CRITERIOS DE CLASSIFICAÇÃO

Entre outros, costuma-se dividir os materiais segundo os seguintes


critérios:

1 - Quanto À Sua Estocagem


a) Materiais estocáveis
São materiais que devem existir em estoque e para os quais serão
determinados critérios de ressuprimento, de acordo com a previsão de
consumo.

b) Materiais não-estocáveis
São materiais não destinados à estocagem e que não são críticos para a
operação da organização; Por isso, seu ressuprimento não é feito
automaticamente. Sua aquisição se dá mediante solicitação dos setores
usuários, e sua utilização geralmente é imediata.
c) Materiais de estocagem permanente
São materiais mantidos em nível normal de estoque, para garantir o
abastecimento ininterrupto de qualquer atividade. Aconselha-se o sistema de
renovação automática.

d) Materiais de estocagem temporária


Não são considerados materiais de estoque e por isso são guardados
apenas durante determinado tempo, até sua utilização.

2 - Quanto À Sua Aplicação


a) Materiais de consumo geral
São materiais que a empresa utiliza em seus diversos setores, para fins
diretos ou indiretos de produção.

b) Materiais de manutenção
São os materiais utilizados pelo setor específico de manutenção da
organização.

3 - Quanto À Sua Perecibilidade


É o critério de classificação pelo perecimento (obsolescência) significa
evitar o desaparecimento das propriedades físico-químicas do material. Muitas
vezes, o fator tempo influencia na classificação, assim, a empresa adquire
determinado material para ser utilizado em data oportuna, e, se porventura não
houver consumo, sua utilização poderá não ser mais necessária, o que
inviabiliza a estocagem por longos períodos.

Existem recomendações quanto a preservação dos materiais e sua


adequada embalagem para proteção à umidade, oxidação, poeira, choques
mecânicos, pressão etc.

4 - Quanto À Sua Periculosidade


A adoção dessa classificação visa a identificação de materiais, como, por
exemplo, produtos químicos e gases, que, por suas características físico-
químicas, possuam incompatibilidade com outros, oferecendo riscos à
segurança.
A adoção dessa classificação é de muita utilidade quando do manuseio,
transporte e armazenagem de materiais.

Catalogação de Materiais
Para um melhor controle do material em estoque, e também para um
atendimento mais rápido ao consumidor, cada item em estoque deve possuir
um código próprio. Esse código pode se referir, por exemplo, ao número da
prateleira, estante, armário ou depósito onde o material esteja armazenado.
Normalização e Padronização de Material
• Normalização: a normalização trata da forma pela qual os materiais
devem ser utilizados em suas diversas finalidades, tornando-os "normais" à sua
aplicação, ou seja, é o seu uso adequado.
• Padronização: objetiva facilitar a identificação do material, bem como a
sua aplicação (vários comprimentos de pilha).

Outras Classificações de Material


Classificar um material é agrupá-lo segundo sua forma, dimensão, peso,
utilidade, tipo etc. A classificação não deve gerar confusão, ou seja, um produto
não pode ser classificado de forma a ser confundido com outro, mesmo
havendo semelhança entre eles.
Classificar é ordenar os produtos, segundo critérios previamente
adotados, agrupando-os de acordo com asemelhança, sem causar dispersão
no espaço ou alteração na qualidade.
Os materiais podem ser agrupados de várias formas, conforme a
necessidade de cada empresa, tais como: estado de conservação, utilização,
natureza, marca, características etc. Cada classificação deve atender aos
objetivos desejados, para que seja possível realizar uma grande variação de
classificações. A atividade de classificação é muito importante no momento do
cadastro do material em um sistema de controle do estoque, em que os
materiais devem ser classificados em grupos e subgrupos, criados conforme as
necessidades de classificação e de agrupamento dos materiais de cada
empresa.
Existem diversas formas para realizar classificações de materiais. Dentre
as mais clássicas, estão:
• Quanto à Industrialização:
- Matérias Primas: materiais destinados à transformação em outros
produtos, com consumo diretamente proporcional ao volume de produção;
- Produtos em Processo: materiais que estão em diferentes etapas da
produção. Representam a transição de matéria-prima para produto acabado;
Produtos semiacabados: materiais procedentes da produção que, para serem
considerados acabados, necessitam ainda de algum detalhe de acabamento
(retoque, pintura, inspeção etc.);
- Produtos Acabados: materiais que já estão prontos; seus
processamentos foram completados, podendo ser estocados, utilizados ou
vendidos.

• Quanto ao Aspecto Contábil:


Materiais Imobilizados: itens pertencentes ao património (ativo
imobilizado), os quais são armazenados ou utilizados, tendo aplicação já
definida. Seu gerenciamento e controle são feitos de forma distinta dos demais
materiais;
Material em Estoque: referentes aos materiais estocados pela empresa;
são destinados à produção ou revenda, compõem o ativo circulante. Podem ser
classificados em três tipos:
a) Matéria-prima;
b) Material para revenda;
c) Material de consumo. Os materiais de consumo estocados figuram,
contabilmente, como despesa.
Quanto à Demanda:
- Materiais de Demanda Permanente: sempre são movimentados no
estoque, nunca devem faltar;
- Materiais de Demanda Eventual: são aqueles que possuem
movimentação em determinados períodos, normalmente para atender à
demanda de determinada época. Sua compra deve ser cuidadosamente
planejada para que não ocorram sobras nem faltas, que certamente
acarretarão em redução da margem de lucro. São comuns na comercialização
de produtos de demanda eventual, acordos de consignação entre as empresas
revendedoras e fornecedoras.
Quanto à Movimentação:
- Materiais Ativos: são itens estocados que possuem sua movimentação
ativa;
- Materiais Inativos: são itens estocados sem movimentação. Estes
devem ser identificados e sua permanência em estoque analisada, caso não
seja compensadora, devemos retirá-los doestoque, pois somente representam
capital de giro parado e em desvalorização;
- Materiais Descontinuados: são itens que a empresa não mais
movimenta. Como não é possível excluí-los do sistema de controle de estoque,
por possuírem movimentações registradas, os mesmos são classificados como
descontinuados.
Codificação de Materiais
Codificar um material significa representar todas as informações
necessárias, suficientes e desejadas por meio de números ou letras, com base
na classificação obtida do material.
A tecnologia de computadores está revolucionando a identificação de
materiais e acelerando o seu manuseio.
A chave para a rápida identificação do produto, das quantidades e do
fornecedor é o código de barras lineares ou código de distribuição. Esse código
pode ser lido com leitores óticos (scanners). Os fabricantes codificam esse
símbolo em seus produtos e o computador, no depósito, decodifica a marca,
convertendo-a em informação utilizável para a operação dos sistemas de
movimentação interna, principalmente os automatizados.
Classificação ABC
A curva ABC é um importante instrumento para o administrador. Ela
permite identificar aqueles itens que justificam atenção e tratamento adequados
quanto à sua administração. Obtém-se a curva ABC com a ordenação dos itens
conforme a sua importância relativa.
Uma vez obtida a sequência dos itens e sua classificação ABC, disso
resulta, imediatamente, a aplicação preferencial das técnicas de gestão
administrativas, conforme a importância dos itens. A curva ABC é utilizada para
a administração de estoques, para definição de políticas de vendas,
estabelecimento de prioridades para a programação da produção e uma série
de outros problemas usuais na empresa. Após os itens terem sido ordenados
pela importância relativa, as classes da curva ABC podem ser definidas das
seguintes maneiras:
• Classe A: grupo de itens mais importantes que devem ser trabalhados
com uma atenção especial pela administração.
• Classe B: grupo intermediário.
• Classe C: grupo de itens menos importantes em termos de
movimentação, no entanto, requerem atenção pelo fato de gerarem custo para
manter estoque.

A Classe A corresponde aos itens que, nesse caso, dão a sustentação de


vendas. Podemos perceber que apenas 20% dos itens correspondem a 80%
do faturamento (alta rotatividade).
A Classe B responde por 30% dos itens em estoque e 15% do
faturamento (rotatividade média).
A Classe C compreende sozinha a 50% dos itens em estoque,
respondendo por apenas 5% do faturamento.
Passos para montar a Classe ABC:
• relacionar os itens analisados no período que estiver sendo analisado;
• definir o valor total do consumo;
• arrumar os itens em ordem decrescente de valor;
• somar o total do faturamento;
• definir os itens da Classe A = 80% do faturamento;
• Faturamento Classe A = Faturamento Total x 80;
• definir os itens da Classe B = 15% do faturamento;
• definir os itens da Classe C = 5% do faturamento;
• após conhecidos esses valores, identificar os itens de cada classe.
Armazenagem de Materiais
O espaço e o layout de urna área de armazenamento deve ser
estruturado de forma que seja possível utilizar ao máximo a sua área total. Os
espaços devem ser aproveitados inteiramente, mediante o uso de prateleiras,
estruturas porta-paletes, empilhamento de materiais ou a combinação destas
formas de armazenamento.
Na implantação do layout de um almoxarifado/depósito deve-se prever e
programar o seguinte:
• a disponibilidade dos equipamentos adequados para facilitar a carga e
descarga dos materiais (empilhadeiras, guindastes, carregadores, paletes,
docas, escadas móveis etc.);
• a técnica de armazenagem a ser utilizada;
• a quantidade e os tipos de materiais a armazenar;
• os espaços das portas devem ser suficientemente largos e altos;
• altura da plataforma de desembarque de forma a facilitar a carga e
descarga, em conformidade com a altura dos caminhões;
• resistência do piso suficiente para a movimentação de equipamentos e
o empilhamento de materiais;
• a altura máxima permitida para as pilhas;
• fluxo de trânsito dos materiais em veículos transportadores;
• dimensionamento e instalação de equipamentos para combate a
incêndios, conforme normas da ABNT e do Corpo de Bombeiros;
• medidas de segurança para evitar acidentes de trabalho;
altura adequada que permita ventilação do ambiente.
Normas de estocagem
Cada material tem suas características próprias e, consequentemente,
normas apropriadas. Alguns necessitam de ambientes especiais para sua
conservação (carnes. exolosivos. nrodutos auímicos. gazes etc), outros podem
ser acondicionados sem a necessidade de cuidados especiais, no entanto, é de
fundamental importância que sejam respeitadas as características individuais
de cada um dos materiais.
A princípio deve-se armazenar obedecendo a classificação dos grupos de
materiais, depois deve-se observar as normas de armazenamento inerentes a
cada produto.
Movimentação de Materiais
Todas as movimentações de materiais devem ser efe-tuadas por meio
das notas fiscais ou documentos internos para movimentação de materiais.
Existem três tipos de movimentações: Entrada, Saída e Transferência.
• Entrada: é a movimentação de materiais que entram no estoque da
empresa. Estas entradas são registradas por meio do cadastro das notas
fiscais emitidas pelos fornecedores;
• Saídas: é a baixa do estoque registrada por meio da emissão de notas
fiscais de vendas ou, em se tratando de movimentações internas, via requisi-
ções de materiais.
• Transferências: são movimentações de materiais efetuadas entre
almoxarifados ou filiais da mesma empresa. Esta operação gera débito e
crédito entre as unidades da empresa, mas não afeta o resultado final do saldo
do estoque geral. O registro desta operação é efetuado via emissão de notas
fiscais de transferência ou por documento interno de requisição de materiais.
Os documentos que comprovam as movimentações dos materiais dão
origem a lançamentos no cadastro de movimento do sistema de controle do
estoque, que deve possuir opções específicas para digitação de cada uma das
modalidades de movimentação de materiais. Por outro lado, estes documentos
fornecem elementos de controle aos órgãos de custo e/ou à contabilidade da
empresa.
Recebimento e localização de Materiais
O recebimento verifica o cumprimento do acordo firmado entre a área de
compras e o fornecedor. Por esse motivo, é uma rotina de grande importância
para a gestão dos estoques. Para isso, é necessário que seja obedecida a
rotina de recebimento de materiais estabelecida pela empresa.
O recebimento inclui todas as atividades envolvidas no fato de aceitar
materiais para serem estocados. O processamento imediato é o principal
objetivo dessa função, que geralmente envolve:
• controle e programação das entregas;
• obtenção e processamento de todas as informações para o controle de
estocagem especial, localização do estoque existente, considerações contábeis
(PEPS - Primeira que Entra e Primeira que Sai ou UEPS - Último a Entrar
Primeiro a Sair);
• análise dos documentos envolvidos;
• programacão e controle:
• sinalização para a descarga;
• descarga.
No recebimento dos materiais solicitados, alguns principais aspectos
deverão ser considerados, como:
• Especificação técnica: conferência das especificações pedidas com as
recebidas.
• Qualidade dos materiais: conferencia física do material recebido.
• Quantidade: executar contagem física dos materiais, ou utilizar técnicas
de amostragem quando for inviável a contagem um a um.
• Preço.
• Prazo de entrega: conferência se o prazo está dentro do estabelecido
no pedido.
Na definição da localização adequada para o armazenamento devemos
considerar:
• volume das mercadorias/espaço disponível;
• resistência/tipo das mercadorias (itens de fino acabamento);
• número de itens;
• temperatura, umidade, incidência de sol, chuva etc.;
• manutenção das embalagens originais/tipos de embalagens;
• velocidade necessária no atendimento;
• o sistema de estocagem escolhido deve seguir algumas técnicas
imprescindíveis na administração de materiais. As principais técnicas de
estocagem são:
- carga unitária: dá-se o nome de carga unitária à carga constituída de
embalagens de transporte que arranjam ou acondicionam uma certa
quantidade de material para possibilitar o seu manuseio, transporte e
armazenamento como se fosse uma unidade. A formação de carga unitária se
dá através de palieis (pallet é um estrado de madeira padronizado, de diversas
dimensões.
- caixas ou gavetas: é a técnica de estocagem ideal para materiais de
pequenas dimensões, como parafusos, arruelas e alguns materiais de
escritório, materiais em processamento, semiacabados ou acabados. Os
tamanhos e materiais utilizados na sua construção serão os mais variados em
função das necessidades específicas de cada atividade;
- prateleiras: é uma técnica de estocagem destinada a materiais de
tamanhos diversos e para o apoio de gavetas ou caixas padronizadas. Assim
como as caixas, poderão ser construídas de diversos materiais conforme a
conveniência da atividade. As prateleiras constituem o meio de estocagem
mais simples e económico;
- empilhamento: trata-se de uma variante da estocagem de caixas para
aproveitamento do espaço vertical. As caixas ou pallets são empilhados uns
sobre os outros, obedecendo a uma distribuição equitativa de cargas.

Embalagens de Proteção
As embalagens em um produto possuem um impacto relevante sobre o
custo e a produtividade dos sistemas logísticos. A compra de materiais de
embalagem, a execução de operações automatizadas ou manuais de
embalagem e a necessidade subsequente de descartar a própria embalagem
representam os custos mais evidentes. O que não é imediatamente notado,
contudo, é que os custos de compra e de eliminação das embalagens são
absorvidos pelas empresas nas pontas extremas do canal de distribuição e que
os ganhos de produtividade gerados pela embalagem são diluídos por todo o
sistema logístico. Assim, o impacto da embalagem passa facilmente
despercebido ou é, no mínimo, subestimado.
As embalagens são geralmente classificadas em dois tipos: embalagem
para o consumidor, com ênfase em marketing, e embalagem industrial, com
ênfase na logística.
• Embalagem para o consumidor (ênfase em marketing) - o projeto final
da embalagem é frequentemente baseado nas necessidades de fabricação e
de marketing, negligenciando as necessidades de logística. O projeto da
embalagem de consumo dever ser voltado para a conveniência do consumidor,
ter apelo de mercado, boa acomodação nas prateleiras dos varejistas e dar
proteção ao produto. Geralmente, embalagens ideais de consumo (por
exemplo, grandes embalagens e tamanhos inusitados, que aumentam a
visibilidade para o consumidor) são muito problemáticas do ponto de vista
logístico. Um projeto adequado de embalagem deve considerar todas as
necessidades logísticas ligadas a ela. Para isso, deve ser feito um estudo de
como a embalagem é influenciada por todos os componentes do sistema
logístico.
• Embalagem industrial (ênfase em logística) -produtos e peças são
embalados geralmente em caixas de papelão, sacos, pequenas caixas ou
mesmo barris, para maior eficiência no manuseio. Essas embalagens são
usadas para agrupar produtos e são chamadas embalagens secundárias.
Naturalmente, considerações logísticas não podem dominar inteiramente o
projeto das embalagens.
A utilidade de uma embalagem está ligada à forma como ela afeta tanto a
produtividade quanto a eficiência logística. Todas as operações logísticas são
afeta-das pela utilidade da embalagem - desde o carregamento do caminhão e
a produtividade na separação de pedidos até a utilização do espaço cúbico no
armazenamento e no transporte.
O inventário dos estoques é um procedimento de controle que deve ser
executado com periodicidade semestral, trimestral, mensal e até mesmo
semanal ou diária, conforme cada empresa e a confiabilidade atri-buída aos
controles, ou pelo menos uma vez ao ano, quando é obrigatório.
Este procedimento consiste na contagem dos materiais de um
determinado grupo ou de todos os materiais em estoque, avaliando e
identificando possíveis erros nas movimentações. Antes ou após as operações
de inventário também devem ser realizadas arrumação e limpeza da área de
armazenamento e manutenção dos itens estocados.
Seus objetivos básicos são:
• realizar auditoria sobre serviços desenvolvidos pela Área de Estoques;
• levantamento real da situação dos estoques, para compor o balancete
da empresa;
• identificar e eliminar itens sem movimentação;
• identificar e eliminar materiais com defeito e/ou danificados;
• sugerir opções de melhoria dos métodos de controle dos estoques;
• identificar e corrigir erros nas movimentações dos materiais.
Inventário Físico
O inventário físico consiste na contagem física dos itens de estoque. Caso
haja diferenças entre o inventário físico e os registros do controle de estoques,
devem ser feitos os ajustes conforme recomendações contábeis e tributárias. O
inventário físico é a contagem de todos os estoques da empresa, para
verificação se as quantidades correspondem aos controles do estoque. Essa
contagem também deve ser efetuada em componentes, aguardando definição
da qualidade para serem rejeitados. O benefício dos inventários é a verificação
de eventuais desvios no controle - estoques de peças rejeitadas, cujos
controles não são lançados por alguma falha.
Essas faltas não registradas e não controladas podem causar problemas
de atrasos nas entregas de pedidos aos clientes, pois o planejamento de
compras não irá suprir a falta desses materiais por falha nas informações. O
maior benefício é ter os estoques com as quantidades corretas. Hoje, em
empresas que trabalham com volumes de estoques pequenos, pratica-se o
inventário contínuo, no qual são feitas contagens semanais de um pequeno
percentual do universo de peças para verificação de diferenças de peças entre
o físico e o controle. Essa prática é denominada verificação de acuracidade
do estoque, na qual até um determinado percentual de desvio é aceito, mas,
acima desse valor, ações são imediatamente tomadas para corrigir os desvios.
O inventário físico é geralmente efetuado de dois modos: periódico ou
rotativo.

• Inventário rotativo - o inventário rotativo é um método de inventário


físico em que o estoque é contado em intervalos regulares, dentro de um
exercício. Esses intervalos (ou ciclos) dependem do código de inventário
rotativo definido para os materiais. O inventário rotativo permite que os
artigos de alta rotatividade sejam contados comInventário periódico

• o inventário periódico ocorre em determinados períodos, normalmente


no encerramento dos exercícios fiscais, ou duas vezes por ano faz-se a
contagem física de todos os itens em estoque. Nessas ocasiões, coloca-
se um número maior de pessoas com a função específica de contar os
itens. É uma força-tarefa designada exclusivamente para esse fim, já
que tal contagem deve ser feita no menor espaço de tempo possível
(geralmente de l a 3 dias). Inventários contábeis do imobilizado -
constituem-se na pesquisa da documentação contábil existente, tais
como:
- diários e razão auxiliar;
- notas fiscais;
- fichas patrimoniais;
- guias de importação.

COMO AVALIAR O DESEMPENHO DA ÁREA DE MATERIAIS

Dentro de cada uma das sub - áreas da administração de materiais


poderão ser estabelecidos indicadores de desempenho próprios que devem
fornecer informações sobre a realidade da área de materiais, possibilitando
assim a tomada de ações corretivas de forma a eliminar os desvios, e para isso
é preciso que:

• Os dados coletados sejam completos e confiáveis;


• Que expressem informação de valor para a empresa;
• Devem ser simples de forma a que os próprios operadores possam
coletá-los sem confusão;
• Devem ser de fácil entendimento por todos.

Como exemplos podemos citar:

% de erros nas ordens de compra


% de itens comprados recebidos na data correta
% de falta de matérias-primas
Rotatividade dos estoques
% do ativo imobilizado em estoques
% de produtos acabados entregues aos clientes nas datas combinadas,
etc.

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES

O maior objetivo do custeio do estoque é a determinação de custos


adequados às vendas, de forma que o lucro apropriado seja calculado. Em
adição ao fator lucro, existe um número de outros fatores que influenciam as
decisões relativas à seleção dos métodos de custeio de estoque. A lista destes
fatores, excluindo a definição de lucro, incluiria:

✓ Aceitação do método pelas autoridades do Imposto de Renda;


✓ A parte prática da determinação do custo;
✓ Objetividade do método;
✓ Utilidade do método para decisões gerenciais.

1. AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES

O método de avaliação escolhido afetará o total do lucro a ser reportado


para um determinado período contábil. Permanecendo inalterados outros
fatores, quanto maior for o estoque final avaliado, maior será o lucro reportado,
ou menor será o prejuízo. Quanto menor o estoque final, menor será o lucro
reportado, ou maior será o prejuízo.
Considerando que vários fatores podem fazer variar o preço de aquisição
dos materiais entre duas ou mais compras (inflação, custo do transporte,
procura de mercado, outro fornecedor, etc.), surge o problema de selecionar o
método que se deve adotar para avaliar os estoques. Os métodos mais
comuns são:

➢ Custo Médio Ponderado

Este método, também chamado de método da média ponderada ou média


móvel, baseia-se na aplicação dos custos médios em lugar dos custos efetivos.

O método de avaliação do estoque ao custo médio é aceito pelo Fisco e


usado amplamente. Por esse critério, os estoques são avaliados pelo custo
médio de aquisição, apurado a cada entrada de mercadorias, ponderado pelas
quantidades adquiridas e pelas anteriormente existentes.

O princípio contábil de Custo de Aquisição determina que se incluam no


custo dos materiais, além do preço, todos os outros custos decorrentes da
compra, e que se deduzam todos os descontos e bonificações eventuais
recebidas.

➢ PEPS ou FIFO (Primeiro a entrar, primeiro a sair) (First in –


First Out)

À medida que ocorrem as vendas, ocorre às baixas no estoque a partir


das primeiras unidades compradas, o que equivaleria ao raciocínio de que
vendemos/compramos primeiro as primeiras unidades compradas/produzidas.
Justificando, a primeira unidade a entrar no estoque é a primeira a ser utilizada
no processo de produção o ou a ser vendida.

Entretanto, não é objeto do o procedimento em si, e sim o conceito do


resultado (lucro).

Enumeram-se, algumas vantagens deste método:


✓ Os itens usados são retirados do estoque e a baixa é dada nos
controles de maneira lógica e sistemática;
✓ O resultado obtido espelha o custo real dos itens específicos
usados nas saídas;
✓ O movimento estabelecido para os materiais, de forma contínua e
ordenada, representa uma condição necessária para o perfeito
controle dos materiais, especialmente quando estes estão sujeitos
a deterioração, decomposição, mudança de qualidade, etc.
➢ UEPS ou LIFO (Ultimo a entrar, primeiro a sair) (Last in – Last
out)

É um método de avaliar estoque muito discutido. O custo do estoque é


determinado como se as unidades mais recente adicionadas ao estoque
(últimas a entrar) fossem as primeiras unidades vendidas (saídas) (primeiro a
sair). Supõe-se, portanto, que o estoque final consiste nas unidades mais
antigas e é avaliado ao custo destas unidades.

Segue-se que, de acordo com o método UEPS, o custo dos itens


vendidos/saídos tende a refletir o custo dos itens mais recentemente
comprados (comprados ou produzidos, e assim, os preços mais recentes).
Também permite reduzir os lucros líquidos relatados por uma importância que,
se colocada à disposição dos acionistas, poderia prejudicar as operações
futuras da empresa.

Algumas considerações do método UEPS:

✓ É uma forma de se custear os itens consumidos de maneira


sistemática e realista; nas indústrias sujeitas as flutuações de
preços, o método tende a minimizar os lucros das operações;
✓ Em períodos de alta de preços, os preços maiores das compras
mais recentes são apropriados mais rapidamente às produções
reduzindo o lucro;
✓ O argumento mais generalizado em favor do UEPS é o de que
procura determinar se a empresa apurou, ou não, adequadamente,
seus custos correntes em face da sua receita corrente. De acordo
com o UEPS, o estoque é avaliado em termos do nível de preço da
época, em que o UEPS foi introduzido.

Planilha pelo PEPS:


Planilha pelo UEPS:

E por fim a planilha pelo Custo Médio:

Podemos ver que as unidades tanto de entradas, saídas e saldo final são
iguais em todas as planilhas. O valor de entrada da mercadoria também igual.
Agora no valor baixado do estoque, e no valor do estoque final temos
diferenças nas três planilhas.

O quadro abaixo demonstra mais claramente essa diferença.


✓ Vejam que a avaliação pelo método do PEPS nos dá um valor total
baixado do estoque (valor na coluna de saídas) de R$ 880,00 e um
saldo final de R$ 270,00.

✓ O Método do UEPS nos dá um valor baixado do estoque de R$


900,00 e um saldo final de mercadorias de R$ 250,00.

✓ E o método do custo médio nos dá um valor baixado do estoque de


R$ 888,80 e um estoque final de mercadorias de R$ 261,20.

QUESTÕES DE CONCURSOS

Acerca de planejamento e controle da produção, e gestão da cadeia de


suprimentos, julgue os seguintes itens.

01. A importância do planejamento da produção decorre principalmente da


necessidade de se prever e se buscar uma situação futura desejada, dado o
período de tempo que será gasto entre a tomada de decisão e sua respectiva
implantação.

02. Além do controle de estoques, a área de gestão de materiais engloba as


atividades de compra, almoxarifado, movimentação, controle e distribuição de
materiais.

03. O lote econômico de compra é representado pela situação em que a


demanda por um item está relacionada à demanda por outros itens do estoque.

04. No planejamento das necessidades de materiais, são programadas as


quantidades de todos os materiais necessários para sustentar o produto final
desejado.

05. Minimizar o capital total investido em estoques, sem provocar rupturas


de descontinuidade no suprimento de itens, é um dos principais objetivos da
administração de estoques e materiais.

06. Representam desvantagens quando se usam várias fontes de


abastecimento, ao invés de fornecedor único, EXCETO:

(A) dificuldade de encorajar o comprometimento do fornecedor;


(B) é mais difícil desenvolver sistemas de garantia da qualidade eficazes;
(C) o comprador pode forçar o preço para baixo através da competição dos
fornecedores;
(D) um maior esforço é requerido para a comunicação;
(E) há uma maior dificuldade de se obter economias de escala.

07. O método que classifica os itens de estoque por ordem decrescente de


importância é o:
a) LEC
b) MRP
c) JIP
d) ABC
e) IFO

08. Os estoques têm a função de funcionar como reguladores do fluxo de


materiais. Quando a velocidade de entrada dos itens é maior que a saída,
ou quando o número de unidades recebidas é maior do que o número de
unidades expedidas, o nível de estoque:

a) Não se altera
b) Diminui
c) Aumenta
d) É nulo
e) É sazonal

09. A empresa União consome diariamente 450 unidades do material XPTO.


Esse material é comprado de terceiros e usado na montagem do produto
final da empresa. Sabendo-se que, em uma semana útil de 5 dias, a
empresa recebeu dois lotes de 2.500 unidades do material XPTO, a
variação do estoque desse material nessa semana foi de:

a) 2.050 unidades
b) 2.250 unidades
c) 2.500 unidades
d) 2.600 unidades
e) 2.750 unidades

10. A Empresa X utiliza o sistema de reposição periódica de estoque. O


pedido de reposição da peça M34 é feito no dia 20 dos meses pares do
ano. O estoque existente no dia do pedido é de 1.250 unidades. O estoque
da peça não pode ultrapassar 3.500 unidades. A quantidade a ser pedida,
em unidades, é de:

(A) 2.250
(B) 2.350
(C) 2.450
(D) 2.650
(E) 2.700

11. Assinale abaixo a alternativa correta:


A) A Armazenagem especial consiste em armazenar o mais próximo possível
da saída os materiais que tenham maior freqüência de movimentação.
B) A Armazenagem por acomodabilidade, consiste em armazenar os materiais
em função do seu tamanho.
C) A Armazenagem por agrupamento, consiste em armazenar materiais
especiais, que possam exigir climatização propícia, isolamento, entre outros
cuidados específicos.
D) A Armazenagem por freqüência, consiste em armazenar próximos os tipos
semelhantes de materiais (famílias ou grupos).
E) Todas as respostas anteriores estão corretas.

12. Em uma empresa, o profissional responsável pelo fluxo de


materiais, desde a entrada (fornecedor) até a saída (consumidor)
é denominado:

A) Contador.
B) Programador.
C) Almoxarife.
D) Administrador.
E) Entregador.

13. A forma de compra eletrônica que se utiliza de computadores ligados


diretamente aos computadores dos fornecedores, com software
específico para comunicação e tradução dos documentos, denomina-se:

A) EDI
B) E-mail
C) Internet
D) E-commerce

14. Os recursos adquiridos e que não serão incorporados ao produto


final, como os materiais de escritório, denominam-se:

A) produtos em processo
B) produtos acabados
C) matérias-primas
D) auxiliares

15. Para determinar as necessidades de materiais que serão utilizados na


fabricação de um produto, a partir da lista obtida da estrutura do produto,
utiliza- se a seguinte técnica:

A) MRP
B) kanban
C) reposição periódica
D) solicitação de compras

16. O sistema que é baseado na qualidade e flexibilidade do processo de


compras e que tem como principal característica a disponibilização dos
materiais solicitados, na quantidade e no exato momento de sua
utilização, é o de:
A) reposição periódica
B) reposição contínua
C) ponto de pedido
D) just-in-time
17. O estoque de materiais existente na empresa, com o objetivo de cobrir
eventuais aumentos de demanda ou atrasos no fornecimento, denomina-
se:
A) médio
B) máximo
C) de demanda
D) de segurança

18. Considerando-se a Lei de Pareto aplicada à gestão de estoques, pode-


se afirmar que o conjunto de materiais que representam 20% dos itens
estocados e, aproximadamente, 80% do valor do estoque são
classificados como materiais tipo
a) "E"
b) "P"
c) "C"
d) "B"
e) "A"

19. Para que se possa atender às necessidades de materiais, é


necessário que se observe permanentemente os estoques máximos
e mínimos. O estoque mínimo é:
a) a quantidade de material estocado
b) o estoque de segurança
c) a maior quantidade de material estocado
d) o saldo entre o estoque máximo e mínimo
e) a média das requisições de solicitação de material

20. Sabendo que a administração de estoque objetiva controlar tanto a


qualidade de materiais em estoque quanto o valor desses produtos,
considere a seguinte movimentação de estoques de determinado material
em uma empresa:

05/06 - entrada de 100 unidades ao valor unitário de R$ 10,00;


10/06 - entrada de 80 unidades ao valor unitário de R$15,00;
12/06 - saída de 120 unidades;
20/06 - entrada de 150 unidades ao valor unitário de R$ 12,00 e saída de 60
unidades; 30/06 - saída de 40 unidades.
Nessa situação, e com base na avaliação de estoques pelo método PEPS ou
FIFO, é correto afirmar que o valor do estoque em 20/ 06 édeR$ 1.800,00 e de
R$ 1.320,00 em 30/06.

Sobre a gestão de materiais julgue os seguintes itens:

21. Uma das formas utilizadas para reduzir o volume, de estoques de material
é o sistema just-in-time.
22. Considerando o gráfico do consumo de determinado bem nos últimos
doze trimestres apresentado abaixo, é correto afirmar que ele indica tendência
crescente e comportamento sazonal.

23. Os custos de manter estoques podem ser classificados em três grandes


categorias: custos diretamente proporcionais aos estoques; inversamente
proporcionais aos estoques e independentes da quantidade estocada. Desse
modo. os custos inversamente proporcionais são aqueles que aumentam com
a diminuição do estoque médio.

24. Empresas compradoras e fornecedoras devem se tornar verdadeiros


parceiros em suas atividades, porque o relacionamento, quando é
transparente, tende a se estabelecer por longos períodos.

25. Embora as parcerias sejam importantes, é preciso manter-se a par de


como o mercado está atuando, porque as relações comerciais, mantidas por
longo tempo, podem incorporar vícios prejudiciais a um dos parceiros.
Verificadas as alterações nas condições do mercado, os parceiros devem dialo-
gar visando à devida adequação de seu relacionamento.

26. A área de compras tem a responsabilidade de solidificar as parcerias e, até


mesmo, fazer ver aos fornecedores o alcance desse procedimento.

27. As empresas devem definir políticas simples para seus procedimentos de


compras e que tragam resultados eficazes como por exemplo, manter
atualizado o cadastro de fornecedores de bens e serviços, manter o histórico
do relacionamento com os fornecedores no qual constarão os preços e
condições de negociação, além do registro de ocorrências técnicas e
comerciais, como recusa de produtos, procedimentos irregulares em cobrança,
etc.
28. A pesquisa de novos fornecedores e de novos produtos também é
atividade que a área de compras deve desenvolver em conjunto com a área de
produção.

Acerca de administração de materiais, julgue os itens a seguir:

29. Se o consumo médio anual de determinada unidade de estoque for de 800


unidades/ano e o estoque médio for de 100 unidades, é correto dizer que a
rotatividade média desse item de estoque é de 8 vezes/ano.

30. O ponto de pedido é um método utilizado para identificar o limite máximo de


estocagem de determinado item de estoque,

31. O estoque máximo não pode ser superior à soma do estoque mínimo com
o lote de compra.

32. Nos códigos de ética das organizações, no que se refere a compras, devem
ser consideradas as pessoas envolvidas com a especificação e a definição de
quantidades dos bens a serem adquiridos, bem como aquelas responsáveis
pelos contatos com fornecedores e pelas especificações de contratos de
fornecimento.

33. Considere as informações:


- Estoque de segurança = 80 unidades
- Demanda = 500 unidades por mês
- Tempo de atendimento do fornecedor = 5 dias
- Mês = 20 dias úteis
O ponto de pedido ou reposição é igual a:
a) 100 unidades
b) 116unidades
c) 205 unidades
d) 225 unidades
e) 305 unidades

34. O lote económico de compras, num ambiente de demanda equilibrada,


é utilizado na gestão de materiais para encontrar o ponto ótimo no qual o
custo total de pedir e manter materiais em estoque é:

a) Maximizado
b) Eliminado
c) Aumentado
d) Minimizado
e) Diferenciado
Acerca dessa situação hipotética e de aspectos relativos à gestão de
estoques, julgue os itens seguintes.

35. Se, em junho, a empresa citada tivesse utilizado o método do último


período para a previsão de consumo para julho, essa previsão teria sido inferior
a 510 unidades.

36. Caso, no ano seguinte, essa empresa utilizasse o método da média móvel
ponderada para a previsão de consumo do referido material, os dados de
janeiro, fevereiro e março entrariam nesse cálculo com pesos menores que os
dados de outubro, novembro e dezembro.

37. Caso o método da média móvel para 5 períodos tivesse sido utilizado para
a previsão de consumo dessa empresa para janeiro de 2008, essa previsão
teria sido inferior a 560 unidades, devido à tendência decrescente de consumo.

38. Caso essa empresa tivesse empregado o método da média móvel com
ponderação exponencial para previsão do seu consumo em janeiro do ano
seguinte, os dados de janeiro a dezembro do ano anterior teriam sido utilizados
nesse cálculo.

39. O departamento de administração de materiais de uma empresa


recebeu 5.000 requisições, sendo que cada requisição teve uma média de
1,8 itens.
Sabendo que 7.650 itens foram entregues dentro do prazo, qual foi o nível
de serviço de atendimento do departamento, em percentual?
(Obs: use arredondamento para uma casa decimal)
(A) 90,0% (B) 85,0%
(C) 80,0% (D) 65,4%
(E) 55,5%
40. Uma empresa que usa o modelo de reposição contínua na gestão de
estoques tem um consumo médio de um item em estoque de 1.000
unidades por mês e mantém um estoque de segurança de 100 unidades.
Supondo que o prazo de entrega, após a colocação do pedido, é de 10
dias úteis, que as compras são feitas em lotes de 5.000, e considerando
20 dias úteis por mês, qual é a quantidade do ponto de pedido?
Formulário: PP = (Tlead time x D) + ES
onde: PP: Ponto de Pedido
Tlead time: tempo de lead time
D: Demanda
ES: Estoque de segurança

(A) 50
(B) 500
(C) 600
(D) 1.000
(E) 5.000

41. Na gestão de estoques, o modelo de reposição periódica, também


conhecido como modelo de estoque máximo, tem como característica
(A) obter um estoque de segurança menor que o modelo do lote padrão.
(B) ter um lote de compra padrão e igual ao Lote Econômico de Compra (LEC).
(C) ter um lote de compra variável e definido quando o nível do item atinge o
ponto de pedido.
(D) manter constantes os intervalos de emissão dos pedidos de compra.
(E) definir o lote de compra com base em descontos por volume.

Julgue os itens seguintes, acerca de administração de materiais.

42. O consumo de itens de demanda dependente deve ser calculado.

43. O método de avaliação de estoques que é pouco utilizado em economias


inflacionárias e que reflete custos mais próximos da realidade do mercado é
chamado de LIFO.

44. O consumo de itens de demanda independente deve ser previsto.

45. Uma das vantagens de serem mantidos níveis reduzidos de estoques é a


diminuição do refugo, pois as não conformidades são logo identificadas.

46. No almoxarifado de materiais auxiliares, ficam armazenados os materiais


utilizados na execução e na transformação do produto.

Uma eficiente administração de materiais pode ser o diferencial competitivo de uma


empresa em relação às suas concorrentes. Problemas como falta ou excesso de
estoque podem custar muito caro às empresas. E, para um gerenciamento bom da
área, vários aspectos devem ser levados em consideração. Nesse sentido, julgue os
itens acerca da administração e do dimensionamento de estoques.
47. (CESPE/CEHAP-PB) Ao manter um alto estoque de matéria-prima, uma empresa
pode obter descontos pelas compras em grande quantidade; contudo, isso redunda
em uma imobilização de recursos que pode prejudicar seu fluxo financeiro imediato.

48. (CESPE/CEHAP-PB) A existência de um alto estoque de produtos acabados faz


que o tempo de entrega seja reduzido; porém, acarreta maior custo de armazenagem
para empresa.

49. (CESPE/CEHAP-PB) Um alto estoque de matéria prima minimiza o risco da falta


de insumos para a produção, mas pode trazer prejuízos à empresa devido à
obsolescência no decorrer do tempo.

50 - (CESPE/CEHAP-PB) Um alto estoque de produtos acabados não traz satisfação


aos clientes da empresa, na medida em que estes terão de esperar mais tempo para
receberem seus pedidos.

51. (CESPE/ PREF. DE VILA VELHA-ES) A realização do inventário físico do estoque


tem por objetivo conferir os lançamentos contábeis das compras com seu efetivo
pagamento.

52. (CESPE/ PREF. DE VILA VELHA-ES) A administração de materiais inclui as


atividades de compra e o controle de contas a pagar, não se relacionando com a
armazenagem, a embalagem e o manuseio de produtos e insumos.

De acordo com Pozo (2001, p. 34), a importância da correta administração de


materiais pode ser mais facilmente percebida quando os bens necessários não estão
disponíveis no momento exato e correto para atender às necessidades de mercado.
Com relação a esse assunto, julgue os itens que se seguem.

53. (CESPE/SERPRO) O estoque mínimo é a quantidade de produto em estoque que


identifica o início da necessidade de reposição de material.

54. (CESPE/SERPRO) Intervalo de ressuprimento é o período gasto desde a


verificação de que o estoque precisa ser reposto até a efetiva chegada do material no
almoxarifado da empresa.

55. (CESPE/SERPRO) A depreciação de um bem está diretamente ligada à sua


utilidade. Isso significa que, à medida que o tempo passa, a depreciação ocorre, e, na
mesma proporção, a utilidade do bem diminui.

Com referência ao modelo just-in-time de administração de materiais, julgue os itens.

56. (CESPE/CEHAP-PB) Essa ideia surgiu na Inglaterra na década de 70 do século


passado, sendo que sua meta é trabalhar com estoque zero.

57. (CESPE/CEHAP-PB) Nessa forma, os estoques ficam à disposição do setor de


vendas permanentemente.

58. (CESPE/CEHAP-PB) Nesse modelo, ainda não se tem o conceito de melhoria


contínua dos processos.

A existência de inventários de materiais é imprescindível aos processos de controle de


uma empresa. Acerca desse assunto, assinale a opção incorreta.
59. (CESPE/CEHAP-PB) Os inventários gerais compreendem a contagem do estoque
de todos os materiais de uma empresa.

60. (CESPE/CEHAP-PB) Para um bom planejamento da operação de inventário,


devem-se prever duas equipes, sendo uma para a contagem e outra para a revisão.

Considere a seguinte movimentação hipotética de determinado material em uma


empresa: 10/8: entrada de 100 unidades ao valor unitário de R$ 11,00; 20/8: entrada
de 50 unidades ao valor unitário de R$ 10,00; 30/8: saída de 100 unidades; 10/9:
entrada de 70 unidades ao valor unitário de R$ 9,00; 20/9: saída de 40 unidades.

61. (CESPE/TJDFT) Com base nos dados acima e considerando a avaliação de


estoques pelo método PEPS, o valor do estoque em 21/9 é superior a de R$ 800,00.

62. (CESPE/TJDFT) A soma do estoque de segurança com o lote de compra resulta


no estoque máximo.

63. (CESPE/TRE-MT) O alto giro do estoque é um fator positivo e deve ser buscado
pelo administrador de materiais.

64. (CESPE/ANATEL/2009) Se determinado órgão público adquirir 50 cartuchos de


toner para as suas impressoras a laser, tais produtos deverão ser considerados como
produtos acabados para o referido órgão.

65. (CESPE/TRE-MT) Caso venha a adquirir produtos com uma empresa que adota a
classificação ABC como forma de gestão de estoque, o material classificado como
classe C representa aquele tipo de material que responde pela maior parte do
faturamento.

66. (CESPE/TRE-MT) Caso venha a adquirir produtos com uma empresa que adota a
classificação ABC como forma de gestão de estoque, o material classificado como
classe A representará o tipo de material com maior quantidade de itens.

67. (CESPE/ANATEL) Há relação diretamente proporcional entre o custo de


armazenagem e a quantidade de produtos existente em estoque. No entanto, quando
o estoque estiver zerado, ainda assim haverá um mínimo de custo de armazenagem.

68. (CESPE/ANATEL) A movimentação interna de materiais, mesmo quando


necessária, em nada contribui para a agregação de valores ao produto final, podendo,
apenas, se realizada de modo eficaz, minimizar os custos que impactam no custo final.

69. (CESPE/ANTAQ) Para se fazer uma avaliação dos estoques, podem ser tomados
por base o preço de custo ou preço de mercado.

70. (CESPE/ANTAQ) UEPS (último que entra primeiro que sai) e PEPS (primeiro que
entra primeiro que sai) são métodos utilizados para realização de uma avaliação de
estoques.

71.(CESPE/ANTAQ) O custo médio é o método de avaliação de estoque mais


indicado para períodos inflacionários.

72. (CESPE/ANTAQ) Uma vantagem de se adotar a centralização do processo de


compras é a obtenção de maior controle de materiais em estoque.
(CESPE – TRT – 16 Região – Analista Judiciário) De acordo com Marco Aurélio P.
Dias (Administração de Materiais, Atlas, p. 12), a administração de materiais
compreende o agrupamento de materiais de várias origens e a coordenação dessa
atividade com a demanda de produtos ou serviços da empresa. Considerando essa
assertiva, julgue os seguintes itens, acerca dos conceitos e dimensionamento relativos
ao controle de estoque.

73. Matéria-prima é toda quantidade de produtos estocados em cada uma das fases
produtivas.

74. Estoque é toda porção armazenada de mercadoria, ou seja, aquilo que é


reservado para ser utilizado em tempo oportuno.

75. Com relação aos custos, o controle de estoque deve focar-se nos custos de pedido
e de armazenagem, pois duas variáveis influenciam no aumento do custo: o custo de
pedido e o custo de capital.

76. O estoque mínimo é uma quantidade de estoque que, em nível ideal, não deve ser
consumido. No entanto, causas como oscilação no consumo e variação na qualidade
quando o controle de qualidade rejeita um lote podem impor a utilização desse
estoque de segurança.

77. O giro de estoque refere-se à quantidade ideal cujos custos são os menores
possíveis.

(CESPE – TSE – Analista Judiciário) Considere o seguinte consumo de determinado


material.

Com base nos dados acima e considerando que os estudos acerca de estoques
dependem da previsão do consumo de material, julgue os itens a seguir.

78. Com base no método da média com ponderação exponencial, apenas o consumo
do mês de dezembro será utilizado na fórmula de cálculo da previsão do consumo
para o mês de janeiro.

79. Para reduzir a influência do baixo consumo nos meses de março e abril na
previsão de consumo para janeiro, é correto utilizar o método da média móvel
ponderada, caracterizado pela aplicação de pesos maiores aos dados de consumo
mais novos e pesos menores aos dados mais antigos.

80. Com base no método da média móvel para 3 períodos, a previsão de consumo
para janeiro é superior a 111 unidades por causa da tendência crescente de consumo.

81. Com base no método do último período, a previsão de consumo para janeiro é de
111 unidades.
(CESPE – TSE – Analista Judiciário) A coordenação das atividades de aquisição,
guarda, movimentação e distribuição de materiais éresponsabilidade da administração
de materiais. Com relação a esse assunto, julgue os itens a seguir.

82. A ocorrência de custos de armazenagem depende da existência de materiais em


estoque e do tempo de permanência desses materiais no estoque.

83. Se determinado material tem consumo mensal de 30 unidades, tempo de


reposição e estoque mínimo de um mês e inexistem pedidos pendentes de
atendimento desse material, então seu ponto de pedido é igual a 90 unidades.

84. Ruptura de estoque é o termo que caracteriza nível de estoque igual a zero e
impossibilidade de atendimento a uma necessidade de consumo.

85. Para uma adequada gestão de materiais essenciais ao funcionamento de suas


operações, as organizações devem maximizar os investimentos em estoque desses
materiais.

(CESPE – TSE – Analista Judiciário) A administração de materiais é o conjunto de


atividades responsável pela coordenação das atividades de aquisição, guarda e
distribuição de materiais. A esse respeito, julgue os itens a seguir.

86. Eventuais problemas de estoque gerados por atraso na entrega ou aumento no


consumo são solucionados com a utilização do estoque de segurança.

87. As responsabilidades da unidade de compras iniciam-se na definição do que


comprar e vão até a entrega às unidades que utilizarão os itens adquiridos.

88. Na seleção de fornecedores, além do preço, outros critérios devem ser


considerados, como capacidade produtiva, prazo de entrega e condições de
pagamento.

89. (CESPE /CETURB). Um sistema logístico bem elaborado é responsável por entregar
mercadorias/ produtos/ serviços na quantia certa, no local certo, no momento certo, ao
menor custo possível.

90. (CESPE – TJ/DFT) Considera-se que há sazonalidade no consumo de determinado bem


quando seus dados referentes ao consumo apresentam variação regular em alguns
períodos.

91. (CESPE – TST ) As variações desfavoráveis de quantidade podem ocorrer por várias
razões, entre elas, a baixa qualificação da mão-de-obra, que aumenta consumo ou gera
desperdícios, e equipamentos inadequados ou mal utilizados, que provocam perdas ou
estragos.

92. (CESPE – TST) Entre os parâmetros adotados na administração pública para se


identificar um material como permanente, inclui-se a perecibilidade, que procura definir
se o uso desse material acarreta modificações ou deterioração de sua característica
normal.

93. (CESPE / Pref. Vitória-ES) O estoque de produtos prontos e embalados para serem
enviados aos clientes deve ser mantido no almoxarifado de matérias-primas.
94. (CESPE / PREF. IPOJUCA-PE) Itens de consumo regular ou de estoque são itens de
consumo previsível, cuja compra deve ser embasada, principalmente, em consumo
médio. Para esses itens, os pedidos de compra devem ser feitos apenas para reposição
de estoque ou quando os pontos de ressuprimento forem atingidos.

95. (CESPE / SGA-AC) A administração de materiais busca coordenar os estoques e a


movimentação de suprimentos, de acordo com as necessidades de produção e consumo.

96. (CESPE - STF) Quanto menos líquidos e mais sujeitos à obsolescência forem os
produtos acabados, maiores serão os níveis de estoque que poderão ser suportados.

97. (CESPE / Pref. Vitória-ES ) O ponto de ressuprimento é o nível mais econômico de


reposição de um item de estoque.

98. (CESPE – TJ/DFT) A soma do estoque de segurança com o lote de compra resulta no
estoque máximo.

99. (CESPE / TRE/MT). Assinale a opção correta a respeito de administração de recursos


materiais.
A) Caso venha a adquirir produtos com uma empresa que adota a classificação ABC como
forma de gestão de estoque, o material classificado como classe C representa aquele tipo de
material que responde pela maior parte do faturamento.
B) Caso venha a adquirir produtos com uma empresa que adota a classificação ABC como
forma de gestão de estoque, o material classificado como classe A representará o tipo de
material com maior quantidade de itens.
C) O alto giro do estoque é um fator positivo e deve ser buscado pelo administrador de
materiais.
D) O estoque morto sofre pouca variação: apenas o material que é utilizado em pequenas
eventualidades é que entra e sai.
E) O estoque de recuperação se caracteriza como quantidades de itens novos necessários para
aumentar o estoque.

100. (CESPE / PREF. IPOJUCA-PE ) A classificação XYZ é um método de análise qualitativa que
determina a criticidade dos materiais e dos medicamentos no hospital. Os itens X são aqueles
considerados vitais ou críticos para a produção, sem similar no hospital.

101. (CESPE / Ministério do Meio Ambiente) Utilizando-se o princípio ou a análise de Pareto,


aplicado à administração da qualidade, é possível demonstrar, por meio de um gráfico que
apresente uma curva do tipo ABC, que a maior parte dos defeitos é responsável pela quase
totalidade dos prejuízos.

102. (CESPE TJ/DFT) É correto utilizar a curva ABC para classificar materiais em função do
valor e da quantidade de consumo.

103. No Brasil, a utilização do método UEPS nas organizações é proibida tendo em


vista aspectos de contabilidade de custos presentes na legislação tributária brasileira.
104. No que se refere à armazenagem de recursos materiais, o uso de prateleiras é
adequado à estocagem de materiais de dimensões variadas.

105. Considere que o responsável pelo setor de estoque de certa organização


pretenda adotar um método de inventário físico que permita que os artigos de alta
rotatividade sejam contados com mais frequência que os de baixa rotatividade. Nessa
situação, o responsável pelo referido setor deve adotar o método de inventário
periódico.

106. A manutenção preventiva é realizada mediante o acompanhamento direto e


constante dos componentes ou equipamentos e com base em análises feitas com
sensores ou parâmetros específicos, prescindindo das indicações do fabricante.

107. Considere que, em certa organização, serão estocadas, por um ano, 60.000
unidades de determinado item. Considere, ainda, que o preço de cada item seja igual
a R$ 3,00 e que a taxa anual de armazenagem de cada item seja equivalente a 15%
do seu preço. Nessa situação, o custo de armazenagem anual de todos esses itens
será igual a R$ 30.000,00.

108. De acordo com a classificação ABC, utilizada como método de administração de


estoques, incluem-se na categoria C os itens presentes em menor quantidade no
estoque.

109. O método FIFO (ou PEPS) prioriza a ordem cronológica da entrada dos itens em
estoque, ou seja, o último item a entrar é o primeiro a ser considerado para efeito de
cálculo de custo.

110. O custo do estoque de segurança deve ser calculado usando-se os juros


correspondentes à imobilização de capital necessário para mantê-lo, sendo, nesse
caso, desnecessário considerar custos de armazenagem, seguro, depreciação.

111. Para otimizar o uso dos recursos financeiros e orçamentários, é possível


desenvolver e usar modelos matemáticos ou estatísticos que reduzam a necessidade
de estoque, preservando-se, contudo, os interesses e as capacidades operativas.

112. Métodos de previsão de estoque, embasados em média móvel, além de


apresentarem formulação excessivamente complexa, constituem procedimento que
prioriza os dados mais recentes em detrimento dos mais antigos.

113. As estratégias de utilização dos diferentes tipos de unidades de armazenagem


independem dos objetivos organizacionais.

114. Os equipamentos e instrumentos utilizados na movimentação de materiais em


estoques independem da estrutura física e do leiaute da unidade.

115. A rotatividade de um estoque é determinada pelo número de vezes que os itens


armazenados são renovados em determinado período de tempo.

116. Os materiais disponíveis para armazenamento e estoque devem ser


classificados, de modo a se estabelecer um processo de identificação, codificação,
cadastramento e catalogação.

117. A classificação ABC, fundamentada nos estudos de Vilfrido Pareto, tem o objetivo
de definir os itens de maior valor de demanda.
118. O fluxo de informações é o sustentáculo do processo de abastecimento da cadeia
de suprimentos e, caso essa comunicação não flua de forma eficiente, é possível que
ocorra excesso de estoque ao longo dessa cadeia — o chamado efeito Forrester.

GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
V V F V V C D C E A B C A D A
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
D D E B V V V V V V V V V V F
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45
V V C D V V F F B B D V V V V
46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
V V V V F F F F V F F V F V V
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75
V V V F F F V V V V F V F V F
76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
V F V V F V V F V F V F V V V
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105
V V F V V F V V C F F V V V F
106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118
F F F F F V F F F V V V V

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