BR - Parte I - Proteção de Sistemas Elétricos - Abril 2021 (8-4)

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1

Sistema de Coordenação da Proteção –


Seletividade da Prevenção e Proteção
Elétricas l (Parte I)

Prof. Rogério Guedes da Silva


Especialista
roger2002df@yahoo.com.br

DIREITOS RESERVADOS: © ROGÉRIO GUEDES DA SILVA. É proibida a reprodução total ou parcial da


obra, de qualquer forma ou por qualquer meio, sem a autorização prévia e por escrito do autor. A
violação dos Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.
Avaliação
Por Módulo

Prova - último período.

Participação/ desempenho do aluno.


Objetivos

Estabelecer conhecimentos e habilidades que possibilitem:


a) Fornecer boa noção sobre os diversos sistemas de proteção elétrica existentes nas redes,
possibilitando novas oportunidades profissionais; e
b) Desenvolver trabalhos referentes aos sistemas de proteção elétrica em concessionárias
de energia e em consumidores.
Conteúdo Programático – Parte I e II

1. Considerações Iniciais;
2. Sistemas de Proteção:
2.1. Conceitos Preliminares; e
2.2. Equipamentos.
3. Proteções em Subestações:
3.1. Configuração Típica de Subestação A.T./M.T.;
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T. (Aérea, Subterrânea, Mista);
3.3. Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado M.T.;
3.4. Proteção de Transformadores de Força A.T/M.T.;
3.4.1. Estudos de Coordenação;
Conteúdo Programático – Parte I e II

3.5. Proteção do Barramento A.T.;


3.6. Sistema de Transferência Automática de Alimentação e Religamento dos Disjuntores
A.T. (Subestação com Alimentação Normal/Reserva); e
3.7 Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC).
4. Proteções ao Longo das Linhas de Distribuição de M.T.:
4.1. Religador;
4.2. Seccionalizador;
4.3. Chave Fusível;
4.4. Proteção de Entrada de Consumidores; e
4.5. Estudos de Coordenação.
5. Análises de Falhas na Seletividade entre as Proteções de Distribuição.
1. Considerações Iniciais
1. Considerações Iniciais

O sistema de transmissão de energia elétrica possui níveis de continuidade bem


superiores se comparados às redes de distribuição de energia elétrica.

Indicadores de Continuidade
do Serviço nos Pontos de
Controle da RB

Fonte: ONS.

8
1. Considerações Iniciais

Indicadores de Continuidade do Serviço na rede de Distribuição


Limites - Conjunto da CEB-DF (Águas Claras)

Fonte: ANEEL. 9
1. Considerações Iniciais

• Apesar dos montantes individuais de cargas interrompidas no sistema de distribuição (que


podem chegar à escala de MW) serem menores comparados aos do sistema de transmissão,
a quantidade desses eventos os tornam importantes para a sociedade.

Fonte: ANEEL. 10
1. Considerações Iniciais

Notícias

Fonte: Correio Braziliense, 14/11/2013

Fonte: Correio Braziliense, 25/08/2014

11
1. Considerações Iniciais

Notícias (cont.)

“A realidade da indústria difere da dos demais consumidores de


energia. Às vezes, uma interrupção momentânea no fornecimento,
inferior a três minutos, sequer é sentida pelo pequeno consumidor.
Mas, para a indústria, significa a interrupção da produção por horas.”
Fonte: Brasil Econômico - Fernanda Nunes, 31/10/2013

Fonte: https://www.istockphoto.com/br 12
2. Sistemas de Proteção

2.1 Conceitos Preliminares


2.1 Conceitos Preliminares
Zonas de Proteção
Zona de Proteção
do Gerador

Zona de Proteção
da Barra
Zona de Proteção
do Transformador

Em cada Zona tem um ou Zona de Proteção


mais Sistemas de Proteção da Linha

Sobreposição de Zonas.

Fonte: Caminha. A.C. - Introdução à Proteção dos Sistemas Elétricos (adaptado).


14
2.1 Conceitos Preliminares

Zonas de Proteção

 Proteção de 1ª linha e de 2ª linha:


 Numa mesma zona podem existir esquemas independentes de proteção;
 Depende dos custos e a importância do equipamento/ trecho a ser protegido.

 Proteção principal e retaguarda:


Proteção principal
 é a proteção mais rápida;
 deve desligar a menor parte possível do sistema elétrico.
Proteção de retaguarda
 atua em caso de falha da proteção principal;
 pode estar na mesma zona (local) ou em outra zona de proteção (remota).

15
2.1 Conceitos Preliminares

Qualidades Básicas
• Confiabilidade => grau de certeza de sua atuação (exatidão/ durabilidade);

• Escalabilidade => capacidade de permitir evoluções do sistema elétrico;

• Sensibilidade => capacidade de perceber as anormalidades;

• Velocidade => tempo necessário para comandar


o desligamento do sistema
(maior tempo, maior dano);

• Seletividade => obtida por meio da coordenação entre dispositivos.


Fonte: Schneider-Electric
(Boletim Técnico PMC - Novembro de 2008)

16
2.1 Conceitos Preliminares

Coordenação e Seletividade
• Através de uma boa coordenação entre os relés obtém-se uma proteção seletiva, ou seja, apenas a área
defeituosa é interrompida.
• A coordenação está baseada no intervalo de tempo entre as atuações das proteções. Ela pode ser
realizada por meio de ajustes no valor de partida e/ou no tempo (alavanca).

Fonte: http://www.dsee.fee.unicamp.br/~sato/EA611/ea611_prot.pdf 17
2.1 Conceitos Preliminares

Coordenação e Seletividade
• Algumas temporizações mínimas são definidas para aplicação conforme os dispositivos de proteção
envolvidos.
 No caso de relés, costuma-se adotar um intervalo mínimo de 24 ciclos (0,4 segundo) para cobrir erros
dos relés, de TCs, além de contabilizar o tempo de abertura do disjuntor.
 Em situações críticas, algumas empresas chegam a admitir 18 ciclos de intervalo, reduzindo a margem
de segurança para a operação seletiva das proteções analisadas.
 No caso de transformador de força dotado de comutação automática com carga (CACC), há
particularidade que será tratada posteriormente (tempo ideal igual ou maior que 30 ciclos).
OBS: A temporização mínima precisa ser garantida em qualquer valor de curto-circuito.
• Simulam-se defeitos em determinados pontos do sistema, observando que proteções são sensíveis e os
respectivos tempos de atuação.

18
2. Sistemas de Proteção

2.2 Equipamentos
2.2 Equipamentos

Disjuntores
 Dispositivos de manobra e proteção de equipamentos e instalações, que permitem a abertura ou
fechamento de circuitos em quaisquer condições de operação (normal e anormal), manual ou automática.
 Há vários modelos e tamanhos, conforme a aplicação.
 No caso de sistema de potência, eles precisam ser muito robustos para serem capazes de suportar e
interromper as elevadas correntes de defeitos, sendo utilizados em conjunto com relés de proteção.

Características Técnicas
 Corrente nominal: máximo valor eficaz da intensidade de corrente que pode circular pelo disjuntor, de
forma contínua, sem causar seu dano.
 Tensão nominal: valor de tensão que o disjuntor foi projetado para operar normalmente (deve ser
compatível com a tensão do sistema).

20
2.2 Equipamentos

Disjuntores
Características Técnicas (cont.)
 Corrente de Interrupção ou Ruptura: corrente máxima (em kA) que o disjuntor é capaz de interromper
com segurança.
 Tempo de interrupção: tempo, em ciclos, para a completa interrupção da corrente.
 Corrente de Fechamento: corrente máxima admitida pelo equipamento para fechar o circuito.
 Capacidade Dinâmica ou Instantânea: capacidade do disjuntor de suportar o valor de crista inicial da
corrente de curto-circuito assimétrica.
 Nível Básico de Isolamento (NBI): nível de isolamento (em kV) contra impulso do equipamento.

21
2.2 Equipamentos

Disjuntores
Tipos
 São classificados de acordo com o meio de extinção:
• Óleo – Disjuntores com pequeno ou grande volume (PVO ou GVO);
• Ar Comprimido – Disjuntores pneumáticos;
• SF6 – Disjuntores a gás;
• Vácuo – Disjuntores com câmeras de extinção sob vácuo.

Gás SF6 para tensões até 40,5 kV


Fonte: Schneider Electric

Vácuo de Média Tensão VBW


Fonte: Weg

22
2.2 Equipamentos

Relés
Sensores capazes de identificar a operação anormal ou falha em algum elemento do sistema elétrico e
iniciar convenientes chaveamentos ou dar aviso adequado. Antever falhas?

Termos Importantes
 PICK-UP: É o menor valor da grandeza operante, capaz de promover a operação do relé.
 DROP-OUT: É o maior valor da grandeza operante capaz de promover a desoperação do relé.
 RESET: É o tempo de normalização do relé.

Classificação dos Relés


1 – Tipo: eletromecânico, estático, digital (ou numérico);
2 – Função: numeração ANSI;
3 – Ligação: primário ou secundário;
4 – Curvas de atuação: inversa, muito inversa, extremamente inversa, tempo definido.

23
2.2 Equipamentos

Classificação dos Relés (cont.)


1 - Tipo: Relés Eletromecânicos
 Primeiras aplicações datam de 1905;

 Não são mais fabricados, mas ainda podem ser encontrados em subestações mais antigas de
concessionárias e em instalações industriais e comerciais de M.T.;

 Funcionamento está relacionado com forças eletromagnéticas e esforços provocados por molas e
movimento mecânico dos contatos;

 Possui elevado grau de confiabilidade, se submetidos a manutenção e calibração periódica;

 Indicação de atuação por bandeirolas.

Fonte: MELLO, 1983 24


2.2 Equipamentos

Classificação dos Relés (cont.)


1 - Tipo: Relés Eletromecânicos
(Armadura)

Fonte: MELLO, 1983 25


2.2 Equipamentos

Classificação dos Relés (cont.)


1 - Tipo: Relés Eletromecânicos
(Disco de Indução)

26
Fonte: MELLO, 1983
2.2 Equipamentos

Classificação dos Relés (cont.)


1 - Tipo: Relés Eletromecânicos
(Disco de Indução)
Ajuste da faixa Ajuste da unidade
de corrente (tap) Temporizada (alavanca)

Banderola da unidade
Banderola da unidade instantânea
temporizada
Disco de indução

Fonte: SENAI-SP, 2006 27


2.2 Equipamentos

Classificação dos Relés (cont.)


1 - Tipo: Relés Estáticos ou de Estado Sólido
 Primeiras aplicações datam de 1930;

 Inicialmente usavam válvulas. Com o advento da tecnologia de semicondutores, esses relés passaram a
ser mais confiáveis e robustos (redução da manutenção em relação aos eletromecânicos)

 Projetado para ser mais preciso que os eletromecânicos, maior sensibilidade e oferecer outros
recursos de proteção (tipos de curvas, tempo de rearme extremamente rápido etc.).

 Redução da manutenção.

28
2.2 Equipamentos

Classificação dos Relés (cont.)


1 - Tipo: Relés Estáticos ou de Estado Sólido

29
Fonte: JARDINI, 1996
2.2 Equipamentos

Classificação dos Relés (cont.)


1 - Tipo: Relés Numéricos ou Digitais
 Desenvolvidos a partir da década de 70.
 Incorporam inúmeras funções:
• Proteção,
• Medição,
• Registro de eventos, Fonte:
https://www.pextron.com/
• Oscilografias, index.php/pt-br/solucoes-
• Supervisão, 01/coluna-
01/alimentadores-01
• Comunicação etc.
• Localização de faltas
 Parametrização via softwares.
 Acesso local ou remoto.

30
2.2 Equipamentos

Classificação dos Relés (cont.)


1 - Tipo: Relés Numéricos ou Digitais

Fonte: ELMORE, 1997 31


2.2 Equipamentos

Classificação dos Relés (cont.)


2 - Função:
 Tabela ANSI (denominação para cada função de 1 à 99). Destacam-se:
Função Denominação Função Denominação
2 Relé de partida/ fechamento temporizado 59 Relé de sobretensão
21 Relé de distância 60 Relé de balanço de corrente ou tensão
25 Relé de verificação de Sincronismo ou Sincronização 62 Relé temporizador
26 Dispositivo térmico do equipamento 63 Relé de pressão de gás (Buchholz)
27 Relé de subtensão 67 Relé direcional de sobrecorrente
49 Relé térmico 79 Relé de religamento
50 Relé de sobrecorrente instantâneo 86 Relé auxiliar de bloqueio
51 Relé de sobrecorrente temporizado 87 Relé de proteção diferencial
ANSI – American National Standards Institute.

Fonte: SCHWEITZER ENGINEERING LABORATORIES, COMERCIAL LTDA. 32


2.2 Equipamentos

Classificação dos Relés (cont.)


3 - Ligação (relés primários ou secundários).
Características dos relés primários: Características dos relés secundários:
Monofásicos; montados nos pólos dos Monofásicos ou trifásicos; ligação via Transformadores de
disjuntores de M.T.; não necessitam de fonte Corrente (TC) e/ou Transformadores de Potencial (TP);
auxiliar de energia (haste aciona o disjuntor). necessitam de fonte auxiliar de energia.

Fonte: Beghim (relé primário tipo OCD-1L)

Fonte: Pextron (relé secundário tipo URPE 6104) 33


2.2 Equipamentos

Classificação dos Relés (cont.)


4 - Curvas de atuação:
 A atuação pode ser dependente da corrente ou ter um valor fixo.
 Existem famílias de curvas a tempo inverso, que podem ser padronizadas (ANSI ou IEC) ou não.
IEC – International Electrotechnical Comission.

Tempo dependente da corrente Tempo definido

Fonte: SENAI-SP, 2006 (adaptado) 34


2.2 Equipamentos

Classificação dos Relés (cont.)


4 - Curvas de atuação:
 Tecnologia digital, as curvas podem ser definidas pela expressão matemática abaixo:

coeficientes

Fonte: MAEZONO, 2010 35


2.2 Equipamentos

4 - Curvas de atuação:

Fonte:
http://sepam.schneider-
electric.com.br/files/downlo
ad/BT_0811_RA.pdf

36
2.2 Equipamentos

Transformadores de Corrente
• Características Básicas:
 Isolar circuito primário (M.T. ou A.T.) do circuito secundário;
 Reduzir a corrente a valores seguros;
 Produz uma imagem da corrente primária (máxima corrente secundária: 1A ou 5A).
 Enrolamento primário ligado em série com o circuito de M.T ou A.T.
 Vários tipos construtivos: janela; barra; núcleo dividido; bucha; vários núcleos.

Tipo Janela Tipo Barra (primário é uma barra)

Fonte: <http://www.engro.com.br/br/transformadores-de-corrente> 37
2.2 Equipamentos

Transformadores de Corrente
• Características Básicas (cont.):
 Usados para serviço de proteção ou medição.
De proteção, segundo a NBR 6856, podem apresentar impedância interna:
 Alta (reatância de dispersão do enrolamento secundário possui valor apreciável); ou
 Baixa (reatância de dispersão do enrolamento secundário possui valor desprezível – núcleo toróide).
Classes A ou B, respectivamente (T ou C => na norma ANSI)

De proteção, classe de exatidão:


 ABNT (5 e 10%) e ANSI (10%) => erro até 20 x In (secundária).

 Exemplo: TC 10B800, significa: classe de Baixa reatância (B), exatidão de 10% para 20 x In (secundária).
20 x 5 = 100 A => V = R x I => R = V / I => R = 800 / 100 = 8 ohms
(carga nominal de 8 ohms no secundário)

38
2.2 Equipamentos

Transformadores de Corrente
• Características Básicas (cont.):

De medição, classe de exatidão:


 ABNT (0,3, 0,6, 1,2 ou 3,0) e ANSI (0,3, 0,6 ou 1,2) => para valores de 10% a 100% da corrente nominal do
TC.
 A carga nominal é identificada por uma letra “C”, seguindo do valor em “VA”.
 Exemplo: TC 0,6C200, significa: exatidão de 0,6%.
P = V x I => P = (R x I) x I => P = R x I2 => R = P / I2 =>
= 200/ 52 = 8 ohms (carga nominal de 8 ohms no secundário)
Fator Térmico:
 Número que multiplica a corrente primária nominal, determinando a corrente máxima contínua que o TC suporta.
 Fatores (ABNT): 1,0 – 1,2 – 1,3 – 1,5 – 2,0.  Atenção p/ o dimensionamento do TC
(não ser o limitante)

39
2.2 Equipamentos

Transformadores de Corrente
Curva de Excitação Secundária

Fonte: CAMINHA, A. C., “Proteção de Sistema Elétrico” (com adaptações) 40


2.2 Equipamentos

Transformadores de Potencial
• Características Básicas:
 Utilizados para prover sinal de tensão (a valores seguros) para equipamentos com elevada impedância de
entrada (voltímetros, relés de tensão, etc.)
 Relação Transformação - Tensão secundária normalmente em 115 V ou 115 / 3 V
 Podem ser de dois tipos: transformador de potencial indutivo (TPI) ou transformador de potencial capacitivo
(TPC).
 TPI mais simples e convencional: elevado nº de espiras no primário e nº reduzido no secundário (mais caro
para altas tensões).
 TPC: possui estrutura diferenciada.

LI => indutância de compensação


TTI => transformador de tensão intermediária
Z => impedância da carga.

Fonte: TPC - Universidad Tecnológica Nacional 41


3. Proteções em Subestações

3.1. Configuração Típica de Subestação A.T./M.T.


3.1. Configuração Típica de Subestação A.T./M.T.

Classificação dos Níveis de Tensão


• Alta tensão de distribuição (AT):
Tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou superior a 69 kV e inferior
a 230 kV, ou instalações em tensão igual ou superior a 230 kV quando
especificamente definidas pela ANEEL.

• Média tensão de distribuição (MT):


Tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1 kV e inferior a 69 kV.
No Brasil, os circuitos de distribuição operam em diversas classes de tensão, sendo,
entre as tensões típicas, 13,8 kV, 25 kV e 34,5 kV.

• Baixa tensão de distribuição (BT):


Tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior a 1 kV.
Fonte: ANEEL. 43
3.1. Configuração Típica de Subestação A.T./M.T.
LINHA LINHA
NORMAL RESERVA

138kV

M M
M

TR.1 TR.2 TR.3

13,8kV

44
3. Proteções em Subestações

3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T. (Aérea, Subterrânea,


Mista)
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T

Linha de Distribuição Aérea

62
79 BF

50
51
(3)

50
51N

46
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T

Exemplo de Diagrama

Quantidade de contados: NA e NF

Burden (carga do relé)

Exatidão

Fonte: Schweitzer Engineering Laboratories. Inc. 47


3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T

Linha de Distribuição Aérea


Ajustes das Funções
 F-51: O ajuste de corrente será o menor valor admitido pelos condutores (subterrâneo e
aéreo), em condições de emergência.
xxx mm2 de Al

yyy mm2 de Cu

 F-51N: O ajuste de corrente será o mais sensível possível, sem que provoque abertura do disjuntor em
decorrência de desequilíbrio natural que possa existir num circuito trifásico.
 Ajuste de tempo das Funções 51 (fase e neutro): comum escolher a Curva Inversa.
Deve permitir a coordenação com demais dispositivos de proteção existentes na rede.
No caso do F-51N atentar para a suportabilidade térmica dos cabos subterrâneos.
48
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T

Suportabilidade Térmica dos Cabos Subterrâneos

Fonte: <http://www.mdpolicabos.com.br/>

A fita de cobre é responsável pela proteção (condução da corrente capacitiva e condução da corrente de curto-circuito
fase-terra). É dimensionada para um determinado tempo de duração e valor máximo de corrente (conforme
especificação).
Ex.: 23 ciclos para um curto monofásico de 2.400A (tempo relé + abertura de disjuntor).
49
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T

Linha de Distribuição Aérea


Ajustes das Funções
 F-50: Há filosofia que recomenda proteger cerca de 80% da linha.
 F-50N: O ajuste recomendado é de 10 a 30% do nível de curto-circuito fase-terra máximo.
OBS-1: Na prática são adotados instantâneos elevados por questões de coordenação com
outros dispositivos ao longo das redes.
R

EC
D

OBS-2: As funções dão orientação sobre a gravidade e tipo de defeito, que irão nortear sua
localização e recuperação da rede.

50
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T

Linha de Distribuição Aérea


Ajustes das Funções
 F-79: Normalmente dois religamentos.
Deve respeita o ciclo de religamento do disjuntor.
Ex: O - tempo - CO - tempo - CO
Recuperar a rede em caso de defeitos transitórios.
Buscar seletividade com demais dispositivos de proteção, algumas empresas bloqueiam os instantâneos em linhas
de 13,8 kV.
Duas situações para bloqueio do religamento:
- Serviço de T.L.V.
- Localização de defeito.
 F-62BF
Tempo máximo de espera pela abertura do disjuntor de linha após a ordem de abertura dada pela proteção (F50-51
de fases ou neutro): 0,2 segundo.
Usado na proteção digital para evitar atuação da proteção do transformador.

51
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T

Linha de Distribuição Subterrânea ou Mista

62
79 BF

50
51
(3)

50
51N

52
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T

Linha de Distribuição Subterrânea

 F-50-51 e F-50-51N: Filosofia descrita para linha aérea pode ser aplicada com adaptações.

 F-79: Não aplicável (defeito normalmente permanente).

Linha de Distribuição Mista

Trechos aéreos e subterrâneos num mesmo circuito. Adota-se padrão mais conservador.
Pode possuir cabos pré-reunidos, trançados para compensar os efeitos capacitivos e isolados, impedindo o
desligamento da linha por objetos tocando a rede.
No trecho aéreo, pode-se instalar Religador.

53
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T

Linha de Distribuição Área


Caso Real

 Proteção Temporizada
 Cabo subterrâneo 240 mm2 de Cu (360 A)
 Condutor Áereo 397 MCM de Al (normal = 470 A; emergência = 560 A).

Relé curva IEC-NI => F-51: ?360 A F-51N: ?30 A


(padrão da concessionária) Alavanca 51: ?0,2 Alavanca 51N: ?0,2

 Proteção Instantânea
 Trafo de 40 MVA - 138/13,8 kV (delta – estrela, aterrado com R = 3 ohm) - Z = 25 %
=> Icc trifásico máximo sim = 6.700 A
=> Icc monofásico máximo = 2.400 A

Relé curva IEC-NI => F-50: ?3600 A F-50N: ?840 A

54
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T

Análise da Circulação das Correntes


Polaridade de TCs
• A polaridade dos transformadores depende fundamentalmente de como são enroladas as espiras do primário e
secundário.
 Polaridade subtrativa => mesmo sentido dos enrolamentos; ou
 Polaridade aditiva => sentidos contrários dos enrolamentos.

Para transformadores com polaridade aditiva, o “ponto” indica onde entra a corrente no primário e onde sai a
corrente no secundário (defasamento de 180°).

H1 e H2 => terminais de tensão superior.


X1 e X2 => terminais de tensão inferior.
55
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T

Análise da Circulação das Correntes


Proteção de Sobrecorrente (condição normal)
A B C

D IA
I
S
J ia IB
U
N
T ib IC
O
R
ic ib
ic 50 51 C

ia
ib 50 51 B 50 51 N
ic
ia 50 51 A

56
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T

Análise da Circulação das Correntes


Proteção de Sobrecorrente (curto-circuito monofásico)
A B C

D IA
I
S
J ia IB
U
N
T ib ICD
O
R
icd ib
icd 50 51 C

ia
ib 50 51 B 50 51 N
ic
ia 50 51 A
in
icd = in

57
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T

Análise da Circulação das Correntes


Proteção de Sobrecorrente (curto-circuito bifásico)
A B C

D IA
I
S
J ia IBD
U
N
T ibd ICD ibd
O
R
icd ib
icd 50 51 C

ia
ibd 50 51 B 50 51 N
ic
ia 50 51 A

icd

58
3. Proteções em Subestações

3.3. Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado M.T.


3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado

Análise da Circulação das Correntes


Proteção Diferencial (condição normal)

DESLIGA
A B C 86B DISJUNTORES
A, B, C, D, E, F

87B

D E F

60
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado

Análise da Circulação das Correntes


Proteção Diferencial (defeito no barramento)

IA IB IC

DESLIGA
A B C 86B DISJUNTORES
A, B, C, D, E, F

87B

D E F

ID IE IF

ICC = IA + IB + IC + ID + IE + IF

61
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado

Análise da Circulação das Correntes


Proteção Diferencial (defeito fora da zona de proteção)

IA IB IC

DESLIGA
A B C 86B DISJUNTORES
A, B, C, D, E, F

87B

D E F

ID IE IF

ICC = IE = IA + IB + IC + ID + IF
62
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado

Análise da Circulação das Correntes


Proteção Diferencial (defeito fora da zona de proteção, com inversão ligação TC)

IA IB IC

DESLIGA
A B C 86B DISJUNTORES
A, B, C, D, E, F

87B

Parcela da IE não
D E F compensada pela ID
REGRAS:
- TCs iguais
- Polos lado externo,
abraçando equipamento ID IE IF

ICC = IE é diferente de IA + IB + IC + ID + IF

63
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado
Representação de uma Seção
do Conjunto Blindado

A B SEÇÃO III
SEÇÃO I SEÇÃO II

C D E F G

74
ALARME
BN

87B 86
/BN 3

+ 125Vcc
VER ESQUEMÁTICO

87B/BN
- DESLIGA DISJUNTOR B
86-3 - DESLIGA DISJUNTOR F
- BLOQUEIA FECHAMENTO DISJ. F
- ALARME E SINALIZAÇÃO

64
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado

Representação de uma Seção


do Conjunto Blindado
(defeito externo)

B
SEÇÃO II

C D E

74
BN

87B 86
/BN 3

DEFEITO
65
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado

Representação de uma Seção


do Conjunto Blindado
(defeito interno)

B
SEÇÃO II
DEFEITO

C D E

74
BN

87B 86
/BN 3

66
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado

Representação de uma Seção


do Conjunto Blindado
Analisar o defeito (atua proteção?)

B À proteção da outra seção


SEÇÃO II

C D E F
Solução

87B 86
/BN 3

74
BN

67
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado

Detalhes das Ligações

68
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado
Ajustes das Funções
 F-87B:
Ajuste de corrente: deve ser superior ao ajuste de corrente (função 51) do circuito de maior carga para que não haja
atuação da proteção, em caso de abertura da fiação de um TC.
Na prática, cada empresa estabelece seu padrão.
 FUNÇÃO 87BN:
Ajuste de corrente: adotar critério aplicado ao função 87B. Além disso, ter boa sensibilidade para defeitos monofásicos
no barramento (entre 10 e 30% do curto monofásico máximo).
Nota: Se houver ajuste de tempo para F87B e F87BN, como a área para proteção é bem definida, ajustar o mais rápido
possível (tempo invariável com o valor de defeito).

 FUNÇÃO 74BN:
Ajuste de corrente: É utilizada para detectar desequilíbrio de corrente provocado pela abertura de um circuito da malha
diferencial. Aciona um alarme da subestação.
Deve possuir o menor ajuste disponível no relé, imprimindo alta sensibilidade para essa função de proteção.
Nota: O ajuste de tempo pode ser da ordem de alguns segundos, pois é apenas alarme.

69
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado

Caso Real
 Trafo de 40 MVA - 138/13,8 kV - Conjunto blindado com corrente nominal igual a 2.400 A.
Curto fase-terra limitado em 2.400 A (resistor localizado no aterramento do Trafo).
Linha de distribuição (F51 = 360 A).

 F-87B:
Ajuste de corrente: proposta (igual ao F-87BN)
Ajuste de tempo = 0,1 segundo

 F-87BN:
Deve estar acima do F51 da Linha. Definindo o ajuste em 20% do curto fase-terra (480 A).
Ver ponto do relé:
Ajuste de corrente = Ponto Relé x RTC = 1 x (2.500/5 A) = 1 x 500 = 500 A primários
Ajuste de tempo = 0,1 segundo

 F-74BN:
Considerando o início da faixa de um relé pode ser 0,25.
Ajuste de corrente = Ponto Relé x RTC = 0,25 x (2500/5 A) = 0,25 x 500 = 125 A primários
Ajuste de tempo = 5 segundos.
70
3. Proteções em Subestações

3.4. Proteção de Transformador de Força A.T/M.T.


3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.

A B T óleo (F26); T enrolamentos (F49); nível


óleo (F71); gás - Buchholz (F63)

Função 86-1
86 DISJ. 138 kV (A, B)
1 DISJS. 13,8 kV (C, D)
CH. MOTORIZADA
51
63
CACC H
63 (3)
87
(3)
26
ALARME Função 86-2
86
2
DISJS. 13,8 kV (C, D)
49 BLOQ. DISJS. JB (E, F)
CACC 51
G
71 TP’S

À PROTEÇÃO À PROTEÇÃO 86-2


DE BARRA DE BARRA Funções 2 e 86-2
2 DISJS. 138 kV (A, B)
MEDIÇÃO
CH. MOTORIZADA
TP’S
C D
E F

72
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.

Relé Detector de Gás Tipo Buchholz - Função 63


 Para trafos de potência isolados à óleo e dotados de tanque de expansão.
 Detectar situações anormais de formação de gases.
 Conectado em série com a tubulação que interliga o tanque principal com o tanque de expansão de óleo do
trafo.

 Gases originados internamente por eventuais falhas intermitentes ou


persistentes, tendem a se deslocar para o tanque de expansão através da
tubulação de interligação, sendo capturado e retido na câmara do Relé e, ao
atingir determinado volume, uma boia aciona o alarme.

 Quando ocorrer forte desprendimento de gás no interior do trafo,


normalmente quando da ocorrência de um curto-circuito no enrolamento,
ocorre um súbito deslocamento de óleo isolante em direção ao tanque de
expansão. Tal fluxo ao passar pelo Relé Função 63, aciona o contato de
desligamento.

Fonte: Electra - Acessórios e Componentes Eletromecânicos para Transformadores 73


3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.

Análise da Circulação das Correntes


Proteção Diferencial (condição normal)

86 DISJ. 138 kV - A
A 1 DISJ. 13,8 kV - B

87

74
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.

Análise da Circulação das Correntes


Proteção Diferencial (defeito externo)

86 DISJ. 138 kV - A
A 1 DISJ. 13,8 kV - B

87

75
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.

Análise da Circulação das Correntes


Proteção Diferencial (defeito dentro da zona de proteção)

86 DISJ. 138 kV - A
A 1 DISJ. 13,8 kV - B

87

Não podemos usar relés


de sobrecorrente em
B virtude das relações de TCs.

76
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.

Proteção Diferencial
 Não podemos usar relés de sobrecorrente em virtude das relações de TCs.

TCs de 2500-5A

77
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.

Proteção Diferencial (cont.)


 Cálculo da corrente na malha diferencial:

TCs de 2500-5A

Ligação dos TCs 78


3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.

Ligação dos TCs da malha da Proteção Diferencial


I linha

I fase
TC ligado em estrela
no lado delta do trafo
(no exemplo 138 kV)

I linha = I fase

I linha

TC ligado em delta
no lado estrela do trafo
(no exemplo 13,8 kV)

I linha =  3 x I fase

79
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.

Ligação dos TCs da malha da Proteção Diferencial

(no exemplo:
lado de 13,8 kV)

(no exemplo:
lado de 138 kV)

Fonte: CAMINHA, A. C., “Proteção de Sistema Elétrico” (com adaptações) 80


3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.

Proteção Diferencial (cont.)


 Cálculo da corrente na malha diferencial:

Obter a relação entre esses dois valores secundários


para estabelecer um ajuste do relé função 87 capaz
de compensar essa diferença

Pontos do relé:
2,9 / 3,2 / 3,5 / 3,8 / 4,2 / 4,6 / 5,0 / 8,7.
Escolher combinação mais próxima do valor 0,4811.

TCs de 2500-5A

81
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.

Proteção Diferencial (cont.)


 Cálculo da corrente na malha diferencial:

O ajuste do relé (0,48275) não é exatamente igual ao valor


0,4811.

Para obter o erro verificado pelo relé:


calcula-se a diferença entre os dois valores e divide o resultado
pelo menor valor. O erro, multiplicando por 100, resulta no valor
percentual chamado de Mismatch (M).

O erro percentual deve ser o mais próximo de zero, sendo


admitido um valor de 5%, no máximo.

TCs de 2500-5A

82
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.

Proteção Diferencial (cont.)


 EXERCÍCIO: TRAFO DE 20 MVA

Obter a relação entre esses dois valores secundários


para estabelecer um ajuste do relé função 87 capaz
de compensar essa diferença

Pontos do relé:
2,9 / 3,2 / 3,5 / 3,8 / 4,2 / 4,6 / 5,0 / 8,7.
Escolher combinação mais próxima do valor 0,4811.

TCs de 2500-5A

83
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.

Proteção Diferencial (cont.)


 Observações:

1 - Obter para o lado primário o menor ponto de ajuste possível (sensibilidade).

2 - Verificar quanto cada ponto de ajuste suporta em termos de corrente contínua (inclusive de sobrecarga do
transformador).
3 - O ajuste da restrição percentual do relé, ou seja, o erro máximo admitido entre as correntes de entrada e
saída da malha sem causar a operação da proteção, deverá ser ajustado para um valor em torno de 25%.
Esse valor cobre os erros provenientes dos TCs, CACC e Mismatch.

O Comutador Automático com Carga - CACC provoca mudança na relação entre as


tensões e correntes, primárias e secundárias.
Por exemplo, um dado relé quando há corrente zero do lado de 13,8kV (secundário do transformador de
força), indicando zero de restrição. Supondo sensibilidade de 30% do ponto de ajuste do lado de 138kV
(primário do transformador de força). - No caso de um ponto de ajuste de 2,9 , a sensibilidade do relé seria
0,87 A, que multiplicada pela relação do respectivo TC daria a corrente primária mínima de curto capaz de
levá-lo a operação.

84
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.

Proteção de Sobrecorrente de Fases (Função 51H) e de Neutro (51G)

51
H
(3)

51
G

50
51

50
51N 85
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.

Proteção de Sobrecorrente de Fases - Função 51H


Dois aspectos:
1. Operar antes do Ponto ANSI do transformador de força.
2. Coordenar com a proteção de linhas de distribuição (e bancos de capacitores) da SE.

1 - Ponto ANSI => valor de referência associado a suportabilidade do TRAFO

Ponto ANSI
Impedância do Corrente de curto-circuito
Tempo (s)
Transformador (Z%) simétrica rms
Menor 4 25 x In 2
5 20 x In 3 Curto máximo TR refletido
6 16,6 x In 4 (sec para primário)

7 (ou maior) 14,3 x In (ou menor) 5 Icc = 1 x In


Z%
Icc = 1 x In = 25 x In
0,04
Fonte: Barros, A. E., “Coordenação da Proteção”, General Electric do Brasil S. A.”
ANSI - American National Standards Institute 86
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.

Proteção de Sobrecorrente de Fases - Função 51H


1 - Ponto ANSI (cont.)
 Em função da ligação dos enrolamentos primário e secundário do TRAFO, admite-se um fator para achar o valor
da corrente do ponto ANSI, aplicável a cada caso:

Tipo de Ligação do Transformador de Força Fator


Delta - Delta 0,87
Delta - Estrela aterrado 0,58
Estrela aterrado - Estrela aterrado 1,0
0,58 pu 1 pu

0,58 pu
0

0 0

1 pu (equivale um curto trifásico)


Fonte: S&C Electric Company 87
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.

Proteção de Sobrecorrente de Fases - Função 51H


2 - Coordenar com a proteção de linhas de distribuição (e bancos de capacitores) da SE.

1 pu 1 pu

curto-circuito trifásico
1 pu 1 pu

1 pu
1 pu

1 pu 0,87 pu curto-circuito bifásico


(situação mais desfavorável)

Relé da Linha atuará p/ curto 2Ø.


0,5 pu 0,87 pu Relé do TR (1 fase) atuará p/ curto 3Ø.

0
0,5 pu

0,87 pu

Fonte: S&C Electric Company (adaptado) 88


3. Proteções em Subestações

3.4.1 Estudos de Coordenação entre Proteções de


Transformador e de Linha.

(MATERIAL COMPLEMENTAR)
3. Proteções em Subestações

3.5 Proteção do Barramento de A.T.


3.5 Proteção do Barramento de A.T.

SUBESTAÇÃO NORMAL E RESERVA


LINHA LINHA
NORMAL RESERVA

50 50
50N 50N

A B

M M M

91
3.5 Proteção do Barramento de A.T.
Ajustes do Relé
 Função 50-50N:
O ajuste de corrente deve ser:
a) maior que o curto-circuito trifásico máximo ocorrido no lado secundário do trafo, refletido no lado primário,
considerando um fator de assimetria.
Fator de assimetria = 1,6 (valor consagrado na prática de algumas concessionárias).
O valor exato do fator, depende das caraterísticas do sistema, sendo o máximo igual a 2.
Os relés instantâneos possuem atuação na ordem de 1 a 2 ciclos.

b) maior que a corrente de energização dos transformadores de força da subestação.


Possui relação com corrente nominal (In) e potência do Transformador. Exemplos:
Transformadores de 2.000 kVA: 5 a 8 x In
Transformadores de 20.000 kVA: 2 a 4 x In
OBS: Para transformadores a seco, a corrente de magnetização pode chegar a 20 ou 24 x In.
OBS: Relés digitais podem ter filtros para distinguir “corrente de defeito” da “corrente de Inrush”.
92
3.5 Proteção do Barramento de A.T.

Ajustes do Relé
 Função 50-50N (cont.):

Fonte: Electrical Transmission and Distribution Reference Book

c) deve possuir boa sensibilidade para defeitos no barramento.


sensibilidade = curto-circuito máximo na Barra de AT / ajuste do relé.
93
3.5 Proteção do Barramento de A.T.

Ajustes do Relé
 Função 50 - Ajuste:

a) Icc 3 SIM (MT/AT) = 680 A Icc 3 ASSIM (MT/AT) = 680 x 1,6 = 1.088 A

b) In = 40 MVA = 167,34 A In = 167,34 x 3 = 502,6 A


138 kV x √3

Iinrush = 502,6 x 4 = 2.010,4 A

ajuste do F-50 => maior que os dois (exemplo: 2.400 A).

c) verificar sensibilidade.
S = 10.000 = 4,1
supondo: curto na Barra = 10.000 2.400

94
3. Proteções em Subestações

3.6. Sistema de Transferência Automática de Alimentação e


Religamento dos Disjuntores A.T. (Subestação com Alimentação
Normal/Reserva)
3.6 Sistema de TAA e Religamento dos Disjuntores A.T.

SUBESTAÇÃO NORMAL E RESERVA


LINHA LINHA
NORMAL SISTEMA DE RESERVA
TRANSFERÊNCIA
AUTOMÁTICA DE
ALIMENTAÇÃO E
RELIGAMENTO DOS
27A DISJUNTORES DE 138kV 27A
59A 59A

25

A B

M M M

96
3.6 Sistema de TAA e Religamento dos Disjuntores A.T.

As funções 27 e 59 monitoram as condições da alimentação da SE.


A função 25, o sincronismo.
A transferência é realizada seguindo os seguintes passos:
 Perda do circuito normal (ou tensão inadequada);
 Início de contagem de tempo (ajustável), para confirmação dessa anormalidade;
 Verificação de tensão no circuito reserva em nível adequado;
 Abertura do disjuntor de 138kV do circuito normal, após fim da contagem; (por quê?)
 Fechamento do disjuntor de 138kV do circuito reserva.

Quando for restabelecida a tensão no circuito normal, o sistema de transferência poderá comandar ou não o retorno da
SE para este circuito. Retorno automático ou programado?

Se ocorrer nível de tensão inadequado em ambos os circuitos, simultaneamente, o esquema comanda a abertura dos
dois disjuntores de 138kV. O circuito que 1º normalizar supre a SE.
OBS: Na atuação da proteção do barramento de 138 kV, bloqueia-se a transferência automática.
97
3.6 Sistema de TAA e Religamento dos Disjuntores A.T.

Ajustes do Relé
Exemplos
 Função 59:
 Ajuste de tensão: 110% da tensão nominal de 138 kV
 Ajuste de tempo: 4 segundos.

 Função 27:
 Ajuste de tensão: 70% da tensão nominal de 138 kV.
 Ajuste de tempo: 4 segundos.

 Função 25:
 Ajuste de verificação de sincronismo:
 Diferença angular: 30°
 Diferença de tensão: 10%
 Diferença de frequência: 200 mHz

98
3.6 Sistema de TAA e Religamento dos Disjuntores A.T.

Sistema de Religamento dos Disjuntores A.T.


Função 86-1
A B DISJ. 138 kV (A, B)
DISJS. 13,8 kV (C, D)
Atua CH. MOTORIZADA

Função 86-2
DISJS. 13,8 kV (C, D)
BLOQ. DISJS. JB (E, F)

Funções 86-2 e 2
DISJS. 138 kV (A, B)
CACC Atua CH. MOTORIZADA

TP’S

Abertura CH. MOTORIZADA


permite fechar DISJS. 138 kV

C D
E F 99
3. Proteções em Subestações

3.7. Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC)


3.7. Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC)

Variações de frequência
• São desvios momentâneos do valor de frequência normal da tensão decorrentes do desequilíbrio entre a
geração da energia elétrica e a demanda solicitada pela carga.
• Duração e magnitude dependem da dimensão do desequilíbrio, da característica dinâmica da carga e do
tempo de resposta do sistema de geração às variações de potência.
• O Módulo 8 do PRODIST estabelece as faixas de frequência na operação do sistema elétrico e das
instalações de geração conectadas:
 A condição normal de operação e em regime permanente: entre 59,9 e 60,1 Hz.
 As instalações de geração devem garantir que a frequência retorne para a faixa de 59,5 a 60,5 Hz, no
prazo de 30 s, para permitir a recuperação do equilíbrio carga-geração.
 Não pode exceder 66 Hz ou ser inferior a 56,5 Hz em condições extremas.
 Pode permanecer no máximo: acima de 62 Hz por 30 s; acima de 63,5 Hz por 10 s; abaixo de 58,5 Hz
por 10 s; e abaixo de 57,5 Hz por 5 s.

Ver Submódulo 25.6 dos Procedimentos de Rede 101


3.7. Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC)

O balanço entre potência ativa gerada e a consumida pela carga pode ser mantida constante, pela atuação nos
reguladores de velocidade.
Necessário considerar as perdas na transmissão.

Relé de Frequência (Função 81)


• Opera quando a frequência do Sistema Elétrico desvia-se do valor nominal (60Hz), atingindo determinados valores de
frequência e de tempo.
• Em termos de SIN, ajustes são definidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para cada Submercado.
ACOMPANHAMENTO
AJUSTES

Fonte: ONS 102


3.7. Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC)

Submercados

Fonte: ANEEL.
103
3.7. Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC)

Relé de Frequência (Função 81)


RESULTADO DO ACOMPANHAMENTO (14/04/2010)

Fonte: ONS

 Em subestações, a atuação do F-81 está associado aos relés 86F ou 94F, que promove:
 Abertura dos disjuntores gerais de M.T. dos TRAFOS; e
 Bloqueia os fechamentos dos disjuntores JB.
104
3.7. Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC)
LINHA LINHA
NORMAL Relé de Frequência (Função 81) RESERVA

138kV

M M
M

TR.1 TR.2 TR.3

13,8kV

105
3.7. Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC)

Exemplo de Atuação do ERAC


• A frequência do SIN atingiu um valor mínimo de 58,32 Hz.

Fonte: LIGHT

Atuou 1º estágio do ERAC nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste

106
4. Proteções ao Longo das Linhas M.T.
4. Proteções ao Longo das Linhas M.T.

Configuração Típica do Sistema de Distribuição

34,5 kV 13,8 kV

EC

EC

EC
138 kV

EC

13,8 kV
108
4. Proteções ao Longo das Linhas M.T.

Sistema de Distribuição M.T. (radial com recursos)

À Linha
<nome>

SE

SE

À Linha
<nome> SE

109
4. Proteções ao Longo das Linhas M.T.

Configuração Real de uma Linha de Distribuição

Circuito 01

Fonte: Schneider (adaptado)


110
4. Proteções ao Longo das Linhas M.T.

Dispositivos de Proteção à Coordenar

EC EC
FUSIVEL
SE RELIG SEC

EC

111
4. Proteções ao Longo das Linhas M.T.

4.1. Religador
4.1. Religador

• Classificação dos Religadores automáticos:


 Monofásicos ou trifásicos;
 Interruptores: a óleo ou a vácuo;
 Controle: hidráulico, eletrônico ou digital.
 Características Fundamentais:
 Corrente nominal e capacidade de interrupção;
 Recursos de ajustes da proteção de fases e de neutro;
 Sequência de religamentos (quantidade; rápidas/lentas/mistas);
 Temporização entre religamentos;
 Temporização para reset; etc.
Nota: O tempo de religamento visa recuperar a rede de defeito transitório; auxiliar na coordenação com outros
dispositivos de proteção existentes (relé eletromecânico - disco de indução) etc.
OBS: Nos religadores hidráulicos, o óleo é utilizado para contagem das operações e temporização
(além das funções de meio isolante e para a interrupção do arco).

113
4.1. Religador

Curvas de Ajustes
Religador Hidráulico (tipo KF) Sequência de Religamento

Normalmente, o religador não passa de 3 religamentos


dentro do mesmo ciclo de operação (4 aberturas dos
seus contatos principais).

Fontes: N 8.02.01 - Norma Setorial Técnica e NTBD 3.01-0 - Proteção de Redes de Distribuição
Aérea Primária, ambas da Bandeirante Energia S/A

114
4.1. Religador
Religadores com Controle eletrônico

COOPER (tipo KFME)

Controle
FXA

controle
F4C

Fonte: Cooper Power Systems 115


4.1. Religador

Atenção na alimentação do painel


de controle

O uso de TPs é mais confiável do que


alimentação por meio da rede de BT.

Na ausência da alimentação principal do


controle, entra a bateria.

Fonte: Cooper Power Systems 116


4.1. Religador

Novos Religadores - Controle Digital


• Dotados de conjunto de interruptores a vácuo, responsáveis pela interrupção da alta corrente de falha.
• Esses interruptores a vácuo podem estar dentro de um recipiente de aço inoxidável com gás SF 6 ou em moldagens
de resina epóxi.

Resina Epoxi
Gás SF6

Fonte: Nu-Lec 117


4.1. Religador

Novos Religadores - Controle Digital (cont.)


Detalhamento:
• Possuem sensores (de corrente e tensão) que supervisionam continuamente o circuito.
• Quando a corrente do circuito atinge ou ultrapassa o valor de disparo mínimo de fase e/ ou neutro, o religador atua,
segundo uma determinada curva (definida pelo técnico).
• Após a abertura dos seus contatos principais, inicia-se a contagem para envio de comando de fechamento automático
do religador.
• Um técnica mais recente utiliza atuador magnético para realizar as aberturas e fechamentos, empregando capacitores
que são carregados e descarregados pelo controle. Esse não necessita da presença da alimentação da Média Tensão
para fechar, pois a energia que comanda o atuador vem do próprio painel de controle.

OBS: Nos religadores antigos, a troca dos lados Fonte-Carga não permite o seu religamento automático ou fechamento
manual, se o trecho protegido estiver desenergizado.

118
4.1. Religador
Novos Religadores - Controle Digital (cont.)
Funções de Proteção
• A inteligência do religador está no painel de controle (microprocessador).
• O religador possui uma série de funções de proteção:
 Proteção de sobrecorrente: Tempo Inverso ou Definido; Instantânea;
 Falta Sensível à Terra (SEF);
 Proteção contra perda de fase;
 Bloqueio de linha viva;
 Religamento automático;
 Restrição de corrente de magnetização;
 Coordenação em sequência;
 Seleção automática do grupo de proteção;
 Proteção direcional; Painel de Controle
 Proteção contra sub e sobre frequência;
 Bloqueio de corrente alta;
 Sequência de eventos, oscilografia de faltas, etc.
Fonte: Nu-Lec 119
4.1. Religador

Funções de Proteção
Proteção de Sobrecorrente
• No caso da proteção de sobrecorrente, há parâmetros modificadores das curvas originais.

Fonte: Nu-Lec 120


4.1. Religador

Funções de Proteção
Proteção de Sobrecorrente
• Modificadores de curvas (cont.)

Fonte: Nu-Lec 121


4.1. Religador
Funções de Proteção
Proteção de Sobrecorrente
• Modificadores de curvas (cont.)

Fonte: Nu-Lec
122
4.1. Religador

Funções de Proteção
Falta Sensível à Terra (SEF)

• Fornecer uma proteção adicional à rede para defeitos monofásicos.


• Costuma-se usar essa proteção para aumentar a sensibilidade do religador, visando sua operação para curtos de
baixo valor.
Exemplo: 20A - tempo de 8 segundos.

• Em condições normais de operação essa proteção deve estar sempre ativa.

• Existem situações em que faz-se necessário o bloqueio dessa proteção:


 Paralelismo de circuitos;
 Entrada em operação ou by-pass de religador.

123
4.1. Religador
Condição de Paralelismo entre Linhas de Distribuição

Religador

124
4.1. Religador
Condição de Paralelismo entre Linhas de Distribuição

125
4.1. Religador

Manobra para by-pass de Religador

126
4.1. Religador

Funções de Proteção
Falta Sensível à Terra (SEF)
• Curiosidade:
A Proteção contra curtos monofásicos precisa ser desativada, quando da energização de
circuito realizada por meio de chaves monofásicas ?
Processo de energização do circuito

a) Uma Fase fechada

127
4.1. Religador

b) Duas Fases fechadas

128
4.1. Religador

c) Três Fases fechadas

Resposta: A Proteção contra curtos monofásicos deve permanecer ativa,


inclusive, por questões de segurança da rede.

129
4.1. Religador

Funções de Proteção
Bloqueio de Linha Viva

• Impede o fechamento do religador, por qualquer tipo de comando, caso haja tensão no lado da carga. Tal função é
muito importante no caso da existência, no circuito, de consumidores dotados de geração própria, que operem ou
possam operar em paralelo com o sistema da concessionária, evitando que isto ocorra sem a devida sincronização
das duas fontes.

• Ganhou em importância no cenário de intensificação da Geração Distribuída (paralelismo com a rede).

SE RELIG

EC

Gerador

130
4.1. Religador

Funções de Proteção
Religamento Automático
• Curiosidade operativa:
Em determinados casos, o religamento automático é bloqueado, propositalmente, por questões de segurança pessoal
e/ou dos componentes elétricos.
 Permitir a execução de serviços com turma de linha viva; Quais são os casos?

 Localização de defeito no circuito.

Seleção automática do grupo de proteção

SE RELIG SE
NF NA

SE RELIG SE
NF NA

131
4.1. Religador

Funções Adicionais
Sequência de eventos, oscilografia de faltas, etc.
• Fornecem o histórico operacional; Análise de ocorrências
• Armazenam oscilografias dos defeitos;
• Podem possuir software para qualidade de energia.

Fonte: Noja Power 132


4.1. Religador
Outras Aplicações - DISTAC

PRINCIPAL
SE DISJ
CT CT
50
51
(3)
50N
51N

RESERVA
SE DISJ
CT CT
50
51
(3)
DISTAC DISTAC
50N
51N

RELIG RELIG RELIG RELIG

Concentração de Concentração de
Cargas Cargas

133
4. Proteções ao Longo das Linhas M.T.

4.2. Seccionalizador
4.2. Seccionalizador

• Classificação dos Seccionalizadores Automáticos:


 Monofásicos ou trifásicos;
 Controle: hidráulico, eletrônico ou digital.
• Características Principais e Ajustes Básicos:
 Corrente nominal;
 Sensores de fases e neutro;
 Total de contagens para abertura;
 Temporização para reset da contagem;
 Restritor de Inrush (multiplicador); Fonte: Cooper Power Systems
 Capacidade de interrupção de corrente (ver especificação);
 Limite térmico.
• Não possui a autonomia de operação. Depende da atuação de dispositivo de proteção
instalado a montante para realizar sua abertura.
• A retaguarda pode ser um disjuntor ou religador.
135
4.2. Seccionalizador
Seccionalizador tipo GN3E

CONTROLE ELETRÔNICO RESISTORES DE FASE E DE NEUTRO

Fonte: Cooper Power Systems 136


4.2. Seccionalizador

Seccionalizador tipo GN3E

CONTATOS ABERTOS CONTATOS FECHADOS

Fonte: Cooper Power Systems 137


4.2. Seccionalizador
Seccionalizador tipo RL-27 Seccionalizador tipo Autolink

Fonte: Schneider Electric Fonte: ABB

138
4.2. Seccionalizador

Simulação de Operação
SEC

SE RELIG

SEC
DEFEITO

RELIG

Fonte: ABB
SEC

OBS: Cada equipamento possui suas vantagens e limitações, devendo sempre ser
consultado o manual técnico.
139
4. Proteções ao Longo das Linhas M.T.

4.3. Chave Fusível


4.3. Chave Fusível

• Forma barata de proteção.


• Consiste basicamente de um elemento fusível colocado num invólucro.
• Utilizado em redes de distribuição, principalmente aéreas.

Fontes: S&C Electric do Brasil, CRISMEG e O Setor Elétrico 141


4.3. Chave Fusível

• A NBR-5359 (EB 123) da ABNT prescreve três tipos de elos fusíveis: elos tipos H, K e T.
 Os elos do tipo H são do tipo “alto surto” (não se fundem em surtos transitórios – considerados lentos) . São
utilizados na proteção de transformadores.
 Os elos tipo K são do tipo “rápido”. São utilizados nos alimentadores e ramais
 Os elos tipo T são do tipo “lento”.

 Os elos tipo K e T suportam continuamente aproximadamente 150% do valor da sua corrente nominal.
 Os elos tipo H suportam continuamente aproximadamente 100% do valor da sua corrente nominal.

 Os elos tipo K e T começam a operar a partir de 2.0 x In.


 Os elos tipo H começam a operar a partir de 1.5 x In.
 Consultar a curva tempo x corrente fornecida pelo fabricante.

142
4.3. Chave Fusível

• As curvas costumam ser “tempo mínimo” e “tempo máximo”, usadas conforme o estudo de coordenação a
montante ou a jusante.
• Devido às dificuldades de coordenação para curtos monofásicos, há empresas que limitam a corrente nominal
máxima de aplicação nas redes.
• Subestações do tipo simplificada podem ser protegidas por elos fusíveis no primário dos transformadores de força.

Fonte: RECON MT – Até 34,5 kV da Light SESA 143


4. Proteções ao Longo das Linhas M.T.

4.4. Proteção de Entrada de Consumidor


4.4. Proteção de Entrada de Consumidor

• Necessário consultar a Regulamentação para o Fornecimento de Energia específico da Distribuidora


local:
 Chave Fusível OBS: A alimentação tanto dos relés de proteção quanto dos acionamentos
 Relés Primários dos disjuntores e, exclusivamente nessas duas situações, também
 Relés Secundários poderá ser feita por sistema de disparo capacitivo e, somente nesse
Concessionária caso, o TP de alimentação do sistema deverá ser instalado a
montante da proteção geral de entrada e a jusante da medição de
NF faturamento, bem como protegido por fusível adequado.

LIMITE DE PROPRIEDADE DO
CONSUMIDOR

BATERIA Carregador Flutuador


(da Bateria)
DISJ 50
51
(3)

50N
51N

145
4.5 Estudos de Coordenação entre Proteções.

MATERIAL COMPLEMENTAR
5. Análises de Falhas na Seletividade entre as Proteções
de Distribuição
5. Análises de Falhas na Seletividade entre as Proteções

Caso 1: Desligamento do Disjuntor e do Seccionalizador

3 CONTAGENS
3 OPERAÇÕES BY-PASS
NF
SE Linha 1
DISJ RELIG SEC

79
50 4 OPERAÇÕES EC
51
(3)

50N NA
51N

3 OPERAÇÕES
SE Linha 2
DISJ

50
79 51
(3)

50N
51N

148
5. Análises de Falhas na Seletividade entre as Proteções

Caso 1: SOLUÇÃO contra Desligamento do Disjuntor e do Seccionalizador

BY-PASS 2 CONTAGENS
3 OPERAÇÕES
NF
SE Linha 1
DISJ RELIG SEC

79
50 3 OPERAÇÕES EC
51
(3)

50N NA
51N

3 OPERAÇÕES
SE Linha 2
DISJ

50
79 51
(3)

50N
51N
149
5. Análises de Falhas na Seletividade entre as Proteções
Caso 2: Desligamento de Seccionalizador fora do local do defeito
(operação por Corrente de Inrush)

SEC

SE DISJ

SEC

150
5. Análises de Falhas na Seletividade entre as Proteções
Caso 3: Desligamento de Disjuntor e Fusível de Ramal

MATERIAL COMPLEMENTAR

151
Bibliografia
Bibliografia
• SILVA, R. A. Comportamento da Função de Proteção de Sobrecorrente Instantânea frente a Distorções Harmônicas nos Relés
de Proteção Numéricos. Universidade de São Paulo. São Carlos, 2008. 111 p.
• Electra. Relé Detector de Gás Tipo Buchholz. 2008. Disponível em
<http://phylum.pxecorp.com/assets/_images/products/pdf/Cat%C3%A1logorele.pdf>. Acesso em 3/10/2013.
• BARROS, A. E., “Coordenação da Proteção”, General Electric do Brasil S. A.
• S&C Electric Company, "Selection Guide for Transformer - Primary Fuses in Medium - Voltage Industrial, Commercial, and
Institutional Power Systems", Chicago, 1981.
• Central Station Engineers of the Westinghouse Electric Corporation, “Electrical Transmission and Distribution Reference Book”,
East Pittsburgh, Pennsylvania, 1964.
• CAMINHA, A. C., “Proteção de Sistema Elétrico”, São Paulo, 1977.
• SILVA, Ademir M., “Padrões de Proteção”, Rio de Janeiro, 1999.
• Associação Brasileira de Normas Técnicas, “NBR 5175”, 1988.
• BARROS, Haroldo de. Curso de proteção contra sobrecorrentes em sistemas de distribuição. Rio de Janeiro, 1993.
• GE Instructions GEK-45406A. Time Overcurrent Relay - Type IAC - Model IAC53T. Disponível em
<https://usermanual.wiki/Document/GEK45406A.1472269375.pdf>, acesso em 15/2/2019.
• CDI AUTOMAÇÃO. Manual técnico Religador. Curitiba, PR, 1996.
• CDI AUTOMAÇÃO. Manual técnico Chave Seccionadora. Curitiba, PR, 1996.
153
Bibliografia
• NU-LEC Pty Ltd. Technical manual U27-12 pole mounted circuit breaker. Australia, 1999.
• MELLO, F. P. Proteção de Sistemas Elétricos de Potência, Componentes Simétricas. Santa Maria: Editora UFSM, 1983.
• JARDINI, J. A. Sistemas digitais para Automação da geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. São Paulo (SP), 1996.
• ELMORE, W. A. Protective Relaying Theory and Applications. 2th Edition. New York: Marcel Dekker. ISBN 08-2470-972-1. 1997.
• Cooper Power Systems. Catálogo S280-79-10P (outubro de 2000).
• O Setor Elétrico. Capítulo V – Dispositivos de Proteção - Parte III. Maio de 2010.
• Dispositivos de proteção Conceitos básicos e aplicações Giovanni Manassero Junior Depto. de Engenharia de Energia e
Automação Elétricas Escola Politécnica da USP 14 de março de 2013. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4707109/mod_resource/content/1/dispositivos_protecao.pdf>, acesso em 6/4/2021.
 Schneider-Electric. Parametrizando a função de sobrecorrente de fase nos relés SEPAM Série 20, 40 e 80. Boletim Técnico PMC.
Novembro de 2008. Disponível em <https://www.schneider-
electric.com/resources/sites/SCHNEIDER_ELECTRIC/content/live/FAQS/ 283000/FA283915/pt_BR/PARAM%2050-51.pdf>, acesso
em 15/2/2019.
 Proteção de Sistemas Elétricos – 5 - SENAI-SP, 2006. Disponível em: <https://www.ebah.com.br/content/ABAAAA7SsAI/apostila>,
acesso em 14/2/2019.

154
“Por mais difícil que algo possa parecer, jamais
desista antes de tentar”

Muito obrigado!

Profº Rogério Guedes da Silva | roger2002df@yahoo.com.br


F I M
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