BR - Parte I - Proteção de Sistemas Elétricos - Abril 2021 (8-4)
BR - Parte I - Proteção de Sistemas Elétricos - Abril 2021 (8-4)
BR - Parte I - Proteção de Sistemas Elétricos - Abril 2021 (8-4)
1. Considerações Iniciais;
2. Sistemas de Proteção:
2.1. Conceitos Preliminares; e
2.2. Equipamentos.
3. Proteções em Subestações:
3.1. Configuração Típica de Subestação A.T./M.T.;
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T. (Aérea, Subterrânea, Mista);
3.3. Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado M.T.;
3.4. Proteção de Transformadores de Força A.T/M.T.;
3.4.1. Estudos de Coordenação;
Conteúdo Programático – Parte I e II
Indicadores de Continuidade
do Serviço nos Pontos de
Controle da RB
Fonte: ONS.
8
1. Considerações Iniciais
Fonte: ANEEL. 9
1. Considerações Iniciais
Fonte: ANEEL. 10
1. Considerações Iniciais
Notícias
11
1. Considerações Iniciais
Notícias (cont.)
Fonte: https://www.istockphoto.com/br 12
2. Sistemas de Proteção
Zona de Proteção
da Barra
Zona de Proteção
do Transformador
Sobreposição de Zonas.
Zonas de Proteção
15
2.1 Conceitos Preliminares
Qualidades Básicas
• Confiabilidade => grau de certeza de sua atuação (exatidão/ durabilidade);
16
2.1 Conceitos Preliminares
Coordenação e Seletividade
• Através de uma boa coordenação entre os relés obtém-se uma proteção seletiva, ou seja, apenas a área
defeituosa é interrompida.
• A coordenação está baseada no intervalo de tempo entre as atuações das proteções. Ela pode ser
realizada por meio de ajustes no valor de partida e/ou no tempo (alavanca).
Fonte: http://www.dsee.fee.unicamp.br/~sato/EA611/ea611_prot.pdf 17
2.1 Conceitos Preliminares
Coordenação e Seletividade
• Algumas temporizações mínimas são definidas para aplicação conforme os dispositivos de proteção
envolvidos.
No caso de relés, costuma-se adotar um intervalo mínimo de 24 ciclos (0,4 segundo) para cobrir erros
dos relés, de TCs, além de contabilizar o tempo de abertura do disjuntor.
Em situações críticas, algumas empresas chegam a admitir 18 ciclos de intervalo, reduzindo a margem
de segurança para a operação seletiva das proteções analisadas.
No caso de transformador de força dotado de comutação automática com carga (CACC), há
particularidade que será tratada posteriormente (tempo ideal igual ou maior que 30 ciclos).
OBS: A temporização mínima precisa ser garantida em qualquer valor de curto-circuito.
• Simulam-se defeitos em determinados pontos do sistema, observando que proteções são sensíveis e os
respectivos tempos de atuação.
18
2. Sistemas de Proteção
2.2 Equipamentos
2.2 Equipamentos
Disjuntores
Dispositivos de manobra e proteção de equipamentos e instalações, que permitem a abertura ou
fechamento de circuitos em quaisquer condições de operação (normal e anormal), manual ou automática.
Há vários modelos e tamanhos, conforme a aplicação.
No caso de sistema de potência, eles precisam ser muito robustos para serem capazes de suportar e
interromper as elevadas correntes de defeitos, sendo utilizados em conjunto com relés de proteção.
Características Técnicas
Corrente nominal: máximo valor eficaz da intensidade de corrente que pode circular pelo disjuntor, de
forma contínua, sem causar seu dano.
Tensão nominal: valor de tensão que o disjuntor foi projetado para operar normalmente (deve ser
compatível com a tensão do sistema).
20
2.2 Equipamentos
Disjuntores
Características Técnicas (cont.)
Corrente de Interrupção ou Ruptura: corrente máxima (em kA) que o disjuntor é capaz de interromper
com segurança.
Tempo de interrupção: tempo, em ciclos, para a completa interrupção da corrente.
Corrente de Fechamento: corrente máxima admitida pelo equipamento para fechar o circuito.
Capacidade Dinâmica ou Instantânea: capacidade do disjuntor de suportar o valor de crista inicial da
corrente de curto-circuito assimétrica.
Nível Básico de Isolamento (NBI): nível de isolamento (em kV) contra impulso do equipamento.
21
2.2 Equipamentos
Disjuntores
Tipos
São classificados de acordo com o meio de extinção:
• Óleo – Disjuntores com pequeno ou grande volume (PVO ou GVO);
• Ar Comprimido – Disjuntores pneumáticos;
• SF6 – Disjuntores a gás;
• Vácuo – Disjuntores com câmeras de extinção sob vácuo.
22
2.2 Equipamentos
Relés
Sensores capazes de identificar a operação anormal ou falha em algum elemento do sistema elétrico e
iniciar convenientes chaveamentos ou dar aviso adequado. Antever falhas?
Termos Importantes
PICK-UP: É o menor valor da grandeza operante, capaz de promover a operação do relé.
DROP-OUT: É o maior valor da grandeza operante capaz de promover a desoperação do relé.
RESET: É o tempo de normalização do relé.
23
2.2 Equipamentos
Não são mais fabricados, mas ainda podem ser encontrados em subestações mais antigas de
concessionárias e em instalações industriais e comerciais de M.T.;
Funcionamento está relacionado com forças eletromagnéticas e esforços provocados por molas e
movimento mecânico dos contatos;
26
Fonte: MELLO, 1983
2.2 Equipamentos
Banderola da unidade
Banderola da unidade instantânea
temporizada
Disco de indução
Inicialmente usavam válvulas. Com o advento da tecnologia de semicondutores, esses relés passaram a
ser mais confiáveis e robustos (redução da manutenção em relação aos eletromecânicos)
Projetado para ser mais preciso que os eletromecânicos, maior sensibilidade e oferecer outros
recursos de proteção (tipos de curvas, tempo de rearme extremamente rápido etc.).
Redução da manutenção.
28
2.2 Equipamentos
29
Fonte: JARDINI, 1996
2.2 Equipamentos
30
2.2 Equipamentos
coeficientes
4 - Curvas de atuação:
Fonte:
http://sepam.schneider-
electric.com.br/files/downlo
ad/BT_0811_RA.pdf
36
2.2 Equipamentos
Transformadores de Corrente
• Características Básicas:
Isolar circuito primário (M.T. ou A.T.) do circuito secundário;
Reduzir a corrente a valores seguros;
Produz uma imagem da corrente primária (máxima corrente secundária: 1A ou 5A).
Enrolamento primário ligado em série com o circuito de M.T ou A.T.
Vários tipos construtivos: janela; barra; núcleo dividido; bucha; vários núcleos.
Fonte: <http://www.engro.com.br/br/transformadores-de-corrente> 37
2.2 Equipamentos
Transformadores de Corrente
• Características Básicas (cont.):
Usados para serviço de proteção ou medição.
De proteção, segundo a NBR 6856, podem apresentar impedância interna:
Alta (reatância de dispersão do enrolamento secundário possui valor apreciável); ou
Baixa (reatância de dispersão do enrolamento secundário possui valor desprezível – núcleo toróide).
Classes A ou B, respectivamente (T ou C => na norma ANSI)
Exemplo: TC 10B800, significa: classe de Baixa reatância (B), exatidão de 10% para 20 x In (secundária).
20 x 5 = 100 A => V = R x I => R = V / I => R = 800 / 100 = 8 ohms
(carga nominal de 8 ohms no secundário)
38
2.2 Equipamentos
Transformadores de Corrente
• Características Básicas (cont.):
39
2.2 Equipamentos
Transformadores de Corrente
Curva de Excitação Secundária
Transformadores de Potencial
• Características Básicas:
Utilizados para prover sinal de tensão (a valores seguros) para equipamentos com elevada impedância de
entrada (voltímetros, relés de tensão, etc.)
Relação Transformação - Tensão secundária normalmente em 115 V ou 115 / 3 V
Podem ser de dois tipos: transformador de potencial indutivo (TPI) ou transformador de potencial capacitivo
(TPC).
TPI mais simples e convencional: elevado nº de espiras no primário e nº reduzido no secundário (mais caro
para altas tensões).
TPC: possui estrutura diferenciada.
138kV
M M
M
13,8kV
44
3. Proteções em Subestações
62
79 BF
50
51
(3)
50
51N
46
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T
Exemplo de Diagrama
Quantidade de contados: NA e NF
Exatidão
yyy mm2 de Cu
F-51N: O ajuste de corrente será o mais sensível possível, sem que provoque abertura do disjuntor em
decorrência de desequilíbrio natural que possa existir num circuito trifásico.
Ajuste de tempo das Funções 51 (fase e neutro): comum escolher a Curva Inversa.
Deve permitir a coordenação com demais dispositivos de proteção existentes na rede.
No caso do F-51N atentar para a suportabilidade térmica dos cabos subterrâneos.
48
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T
Fonte: <http://www.mdpolicabos.com.br/>
A fita de cobre é responsável pela proteção (condução da corrente capacitiva e condução da corrente de curto-circuito
fase-terra). É dimensionada para um determinado tempo de duração e valor máximo de corrente (conforme
especificação).
Ex.: 23 ciclos para um curto monofásico de 2.400A (tempo relé + abertura de disjuntor).
49
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T
EC
D
OBS-2: As funções dão orientação sobre a gravidade e tipo de defeito, que irão nortear sua
localização e recuperação da rede.
50
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T
51
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T
62
79 BF
50
51
(3)
50
51N
52
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T
F-50-51 e F-50-51N: Filosofia descrita para linha aérea pode ser aplicada com adaptações.
Trechos aéreos e subterrâneos num mesmo circuito. Adota-se padrão mais conservador.
Pode possuir cabos pré-reunidos, trançados para compensar os efeitos capacitivos e isolados, impedindo o
desligamento da linha por objetos tocando a rede.
No trecho aéreo, pode-se instalar Religador.
53
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T
Proteção Temporizada
Cabo subterrâneo 240 mm2 de Cu (360 A)
Condutor Áereo 397 MCM de Al (normal = 470 A; emergência = 560 A).
Proteção Instantânea
Trafo de 40 MVA - 138/13,8 kV (delta – estrela, aterrado com R = 3 ohm) - Z = 25 %
=> Icc trifásico máximo sim = 6.700 A
=> Icc monofásico máximo = 2.400 A
54
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T
Para transformadores com polaridade aditiva, o “ponto” indica onde entra a corrente no primário e onde sai a
corrente no secundário (defasamento de 180°).
D IA
I
S
J ia IB
U
N
T ib IC
O
R
ic ib
ic 50 51 C
ia
ib 50 51 B 50 51 N
ic
ia 50 51 A
56
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T
D IA
I
S
J ia IB
U
N
T ib ICD
O
R
icd ib
icd 50 51 C
ia
ib 50 51 B 50 51 N
ic
ia 50 51 A
in
icd = in
57
3.2. Proteção de Linha de Distribuição M.T
D IA
I
S
J ia IBD
U
N
T ibd ICD ibd
O
R
icd ib
icd 50 51 C
ia
ibd 50 51 B 50 51 N
ic
ia 50 51 A
icd
58
3. Proteções em Subestações
DESLIGA
A B C 86B DISJUNTORES
A, B, C, D, E, F
87B
D E F
60
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado
IA IB IC
DESLIGA
A B C 86B DISJUNTORES
A, B, C, D, E, F
87B
D E F
ID IE IF
ICC = IA + IB + IC + ID + IE + IF
61
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado
IA IB IC
DESLIGA
A B C 86B DISJUNTORES
A, B, C, D, E, F
87B
D E F
ID IE IF
ICC = IE = IA + IB + IC + ID + IF
62
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado
IA IB IC
DESLIGA
A B C 86B DISJUNTORES
A, B, C, D, E, F
87B
Parcela da IE não
D E F compensada pela ID
REGRAS:
- TCs iguais
- Polos lado externo,
abraçando equipamento ID IE IF
ICC = IE é diferente de IA + IB + IC + ID + IF
63
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado
Representação de uma Seção
do Conjunto Blindado
A B SEÇÃO III
SEÇÃO I SEÇÃO II
C D E F G
74
ALARME
BN
87B 86
/BN 3
+ 125Vcc
VER ESQUEMÁTICO
87B/BN
- DESLIGA DISJUNTOR B
86-3 - DESLIGA DISJUNTOR F
- BLOQUEIA FECHAMENTO DISJ. F
- ALARME E SINALIZAÇÃO
64
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado
B
SEÇÃO II
C D E
74
BN
87B 86
/BN 3
DEFEITO
65
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado
B
SEÇÃO II
DEFEITO
C D E
74
BN
87B 86
/BN 3
66
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado
C D E F
Solução
87B 86
/BN 3
74
BN
67
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado
68
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado
Ajustes das Funções
F-87B:
Ajuste de corrente: deve ser superior ao ajuste de corrente (função 51) do circuito de maior carga para que não haja
atuação da proteção, em caso de abertura da fiação de um TC.
Na prática, cada empresa estabelece seu padrão.
FUNÇÃO 87BN:
Ajuste de corrente: adotar critério aplicado ao função 87B. Além disso, ter boa sensibilidade para defeitos monofásicos
no barramento (entre 10 e 30% do curto monofásico máximo).
Nota: Se houver ajuste de tempo para F87B e F87BN, como a área para proteção é bem definida, ajustar o mais rápido
possível (tempo invariável com o valor de defeito).
FUNÇÃO 74BN:
Ajuste de corrente: É utilizada para detectar desequilíbrio de corrente provocado pela abertura de um circuito da malha
diferencial. Aciona um alarme da subestação.
Deve possuir o menor ajuste disponível no relé, imprimindo alta sensibilidade para essa função de proteção.
Nota: O ajuste de tempo pode ser da ordem de alguns segundos, pois é apenas alarme.
69
3.3. Proteção de Proteção de Barramento ou Conjunto Blindado
Caso Real
Trafo de 40 MVA - 138/13,8 kV - Conjunto blindado com corrente nominal igual a 2.400 A.
Curto fase-terra limitado em 2.400 A (resistor localizado no aterramento do Trafo).
Linha de distribuição (F51 = 360 A).
F-87B:
Ajuste de corrente: proposta (igual ao F-87BN)
Ajuste de tempo = 0,1 segundo
F-87BN:
Deve estar acima do F51 da Linha. Definindo o ajuste em 20% do curto fase-terra (480 A).
Ver ponto do relé:
Ajuste de corrente = Ponto Relé x RTC = 1 x (2.500/5 A) = 1 x 500 = 500 A primários
Ajuste de tempo = 0,1 segundo
F-74BN:
Considerando o início da faixa de um relé pode ser 0,25.
Ajuste de corrente = Ponto Relé x RTC = 0,25 x (2500/5 A) = 0,25 x 500 = 125 A primários
Ajuste de tempo = 5 segundos.
70
3. Proteções em Subestações
Função 86-1
86 DISJ. 138 kV (A, B)
1 DISJS. 13,8 kV (C, D)
CH. MOTORIZADA
51
63
CACC H
63 (3)
87
(3)
26
ALARME Função 86-2
86
2
DISJS. 13,8 kV (C, D)
49 BLOQ. DISJS. JB (E, F)
CACC 51
G
71 TP’S
72
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.
86 DISJ. 138 kV - A
A 1 DISJ. 13,8 kV - B
87
74
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.
86 DISJ. 138 kV - A
A 1 DISJ. 13,8 kV - B
87
75
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.
86 DISJ. 138 kV - A
A 1 DISJ. 13,8 kV - B
87
76
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.
Proteção Diferencial
Não podemos usar relés de sobrecorrente em virtude das relações de TCs.
TCs de 2500-5A
77
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.
TCs de 2500-5A
I fase
TC ligado em estrela
no lado delta do trafo
(no exemplo 138 kV)
I linha = I fase
I linha
TC ligado em delta
no lado estrela do trafo
(no exemplo 13,8 kV)
I linha = 3 x I fase
79
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.
(no exemplo:
lado de 13,8 kV)
(no exemplo:
lado de 138 kV)
Pontos do relé:
2,9 / 3,2 / 3,5 / 3,8 / 4,2 / 4,6 / 5,0 / 8,7.
Escolher combinação mais próxima do valor 0,4811.
TCs de 2500-5A
81
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.
TCs de 2500-5A
82
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.
Pontos do relé:
2,9 / 3,2 / 3,5 / 3,8 / 4,2 / 4,6 / 5,0 / 8,7.
Escolher combinação mais próxima do valor 0,4811.
TCs de 2500-5A
83
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.
2 - Verificar quanto cada ponto de ajuste suporta em termos de corrente contínua (inclusive de sobrecarga do
transformador).
3 - O ajuste da restrição percentual do relé, ou seja, o erro máximo admitido entre as correntes de entrada e
saída da malha sem causar a operação da proteção, deverá ser ajustado para um valor em torno de 25%.
Esse valor cobre os erros provenientes dos TCs, CACC e Mismatch.
84
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.
51
H
(3)
51
G
50
51
50
51N 85
3.4. Proteção de Transformador de Força A.T./M.T.
Ponto ANSI
Impedância do Corrente de curto-circuito
Tempo (s)
Transformador (Z%) simétrica rms
Menor 4 25 x In 2
5 20 x In 3 Curto máximo TR refletido
6 16,6 x In 4 (sec para primário)
0,58 pu
0
0 0
1 pu 1 pu
curto-circuito trifásico
1 pu 1 pu
1 pu
1 pu
0
0,5 pu
0,87 pu
(MATERIAL COMPLEMENTAR)
3. Proteções em Subestações
50 50
50N 50N
A B
M M M
91
3.5 Proteção do Barramento de A.T.
Ajustes do Relé
Função 50-50N:
O ajuste de corrente deve ser:
a) maior que o curto-circuito trifásico máximo ocorrido no lado secundário do trafo, refletido no lado primário,
considerando um fator de assimetria.
Fator de assimetria = 1,6 (valor consagrado na prática de algumas concessionárias).
O valor exato do fator, depende das caraterísticas do sistema, sendo o máximo igual a 2.
Os relés instantâneos possuem atuação na ordem de 1 a 2 ciclos.
Ajustes do Relé
Função 50-50N (cont.):
Ajustes do Relé
Função 50 - Ajuste:
a) Icc 3 SIM (MT/AT) = 680 A Icc 3 ASSIM (MT/AT) = 680 x 1,6 = 1.088 A
c) verificar sensibilidade.
S = 10.000 = 4,1
supondo: curto na Barra = 10.000 2.400
94
3. Proteções em Subestações
25
A B
M M M
96
3.6 Sistema de TAA e Religamento dos Disjuntores A.T.
Quando for restabelecida a tensão no circuito normal, o sistema de transferência poderá comandar ou não o retorno da
SE para este circuito. Retorno automático ou programado?
Se ocorrer nível de tensão inadequado em ambos os circuitos, simultaneamente, o esquema comanda a abertura dos
dois disjuntores de 138kV. O circuito que 1º normalizar supre a SE.
OBS: Na atuação da proteção do barramento de 138 kV, bloqueia-se a transferência automática.
97
3.6 Sistema de TAA e Religamento dos Disjuntores A.T.
Ajustes do Relé
Exemplos
Função 59:
Ajuste de tensão: 110% da tensão nominal de 138 kV
Ajuste de tempo: 4 segundos.
Função 27:
Ajuste de tensão: 70% da tensão nominal de 138 kV.
Ajuste de tempo: 4 segundos.
Função 25:
Ajuste de verificação de sincronismo:
Diferença angular: 30°
Diferença de tensão: 10%
Diferença de frequência: 200 mHz
98
3.6 Sistema de TAA e Religamento dos Disjuntores A.T.
Função 86-2
DISJS. 13,8 kV (C, D)
BLOQ. DISJS. JB (E, F)
Funções 86-2 e 2
DISJS. 138 kV (A, B)
CACC Atua CH. MOTORIZADA
TP’S
C D
E F 99
3. Proteções em Subestações
Variações de frequência
• São desvios momentâneos do valor de frequência normal da tensão decorrentes do desequilíbrio entre a
geração da energia elétrica e a demanda solicitada pela carga.
• Duração e magnitude dependem da dimensão do desequilíbrio, da característica dinâmica da carga e do
tempo de resposta do sistema de geração às variações de potência.
• O Módulo 8 do PRODIST estabelece as faixas de frequência na operação do sistema elétrico e das
instalações de geração conectadas:
A condição normal de operação e em regime permanente: entre 59,9 e 60,1 Hz.
As instalações de geração devem garantir que a frequência retorne para a faixa de 59,5 a 60,5 Hz, no
prazo de 30 s, para permitir a recuperação do equilíbrio carga-geração.
Não pode exceder 66 Hz ou ser inferior a 56,5 Hz em condições extremas.
Pode permanecer no máximo: acima de 62 Hz por 30 s; acima de 63,5 Hz por 10 s; abaixo de 58,5 Hz
por 10 s; e abaixo de 57,5 Hz por 5 s.
O balanço entre potência ativa gerada e a consumida pela carga pode ser mantida constante, pela atuação nos
reguladores de velocidade.
Necessário considerar as perdas na transmissão.
Submercados
Fonte: ANEEL.
103
3.7. Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC)
Fonte: ONS
Em subestações, a atuação do F-81 está associado aos relés 86F ou 94F, que promove:
Abertura dos disjuntores gerais de M.T. dos TRAFOS; e
Bloqueia os fechamentos dos disjuntores JB.
104
3.7. Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC)
LINHA LINHA
NORMAL Relé de Frequência (Função 81) RESERVA
138kV
M M
M
13,8kV
105
3.7. Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC)
Fonte: LIGHT
106
4. Proteções ao Longo das Linhas M.T.
4. Proteções ao Longo das Linhas M.T.
34,5 kV 13,8 kV
EC
EC
EC
138 kV
EC
13,8 kV
108
4. Proteções ao Longo das Linhas M.T.
À Linha
<nome>
SE
SE
À Linha
<nome> SE
109
4. Proteções ao Longo das Linhas M.T.
Circuito 01
EC EC
FUSIVEL
SE RELIG SEC
EC
111
4. Proteções ao Longo das Linhas M.T.
4.1. Religador
4.1. Religador
113
4.1. Religador
Curvas de Ajustes
Religador Hidráulico (tipo KF) Sequência de Religamento
Fontes: N 8.02.01 - Norma Setorial Técnica e NTBD 3.01-0 - Proteção de Redes de Distribuição
Aérea Primária, ambas da Bandeirante Energia S/A
114
4.1. Religador
Religadores com Controle eletrônico
Controle
FXA
controle
F4C
Resina Epoxi
Gás SF6
OBS: Nos religadores antigos, a troca dos lados Fonte-Carga não permite o seu religamento automático ou fechamento
manual, se o trecho protegido estiver desenergizado.
118
4.1. Religador
Novos Religadores - Controle Digital (cont.)
Funções de Proteção
• A inteligência do religador está no painel de controle (microprocessador).
• O religador possui uma série de funções de proteção:
Proteção de sobrecorrente: Tempo Inverso ou Definido; Instantânea;
Falta Sensível à Terra (SEF);
Proteção contra perda de fase;
Bloqueio de linha viva;
Religamento automático;
Restrição de corrente de magnetização;
Coordenação em sequência;
Seleção automática do grupo de proteção;
Proteção direcional; Painel de Controle
Proteção contra sub e sobre frequência;
Bloqueio de corrente alta;
Sequência de eventos, oscilografia de faltas, etc.
Fonte: Nu-Lec 119
4.1. Religador
Funções de Proteção
Proteção de Sobrecorrente
• No caso da proteção de sobrecorrente, há parâmetros modificadores das curvas originais.
Funções de Proteção
Proteção de Sobrecorrente
• Modificadores de curvas (cont.)
Fonte: Nu-Lec
122
4.1. Religador
Funções de Proteção
Falta Sensível à Terra (SEF)
123
4.1. Religador
Condição de Paralelismo entre Linhas de Distribuição
Religador
124
4.1. Religador
Condição de Paralelismo entre Linhas de Distribuição
125
4.1. Religador
126
4.1. Religador
Funções de Proteção
Falta Sensível à Terra (SEF)
• Curiosidade:
A Proteção contra curtos monofásicos precisa ser desativada, quando da energização de
circuito realizada por meio de chaves monofásicas ?
Processo de energização do circuito
127
4.1. Religador
128
4.1. Religador
129
4.1. Religador
Funções de Proteção
Bloqueio de Linha Viva
• Impede o fechamento do religador, por qualquer tipo de comando, caso haja tensão no lado da carga. Tal função é
muito importante no caso da existência, no circuito, de consumidores dotados de geração própria, que operem ou
possam operar em paralelo com o sistema da concessionária, evitando que isto ocorra sem a devida sincronização
das duas fontes.
SE RELIG
EC
Gerador
130
4.1. Religador
Funções de Proteção
Religamento Automático
• Curiosidade operativa:
Em determinados casos, o religamento automático é bloqueado, propositalmente, por questões de segurança pessoal
e/ou dos componentes elétricos.
Permitir a execução de serviços com turma de linha viva; Quais são os casos?
SE RELIG SE
NF NA
SE RELIG SE
NF NA
131
4.1. Religador
Funções Adicionais
Sequência de eventos, oscilografia de faltas, etc.
• Fornecem o histórico operacional; Análise de ocorrências
• Armazenam oscilografias dos defeitos;
• Podem possuir software para qualidade de energia.
PRINCIPAL
SE DISJ
CT CT
50
51
(3)
50N
51N
RESERVA
SE DISJ
CT CT
50
51
(3)
DISTAC DISTAC
50N
51N
Concentração de Concentração de
Cargas Cargas
133
4. Proteções ao Longo das Linhas M.T.
4.2. Seccionalizador
4.2. Seccionalizador
138
4.2. Seccionalizador
Simulação de Operação
SEC
SE RELIG
SEC
DEFEITO
RELIG
Fonte: ABB
SEC
OBS: Cada equipamento possui suas vantagens e limitações, devendo sempre ser
consultado o manual técnico.
139
4. Proteções ao Longo das Linhas M.T.
• A NBR-5359 (EB 123) da ABNT prescreve três tipos de elos fusíveis: elos tipos H, K e T.
Os elos do tipo H são do tipo “alto surto” (não se fundem em surtos transitórios – considerados lentos) . São
utilizados na proteção de transformadores.
Os elos tipo K são do tipo “rápido”. São utilizados nos alimentadores e ramais
Os elos tipo T são do tipo “lento”.
Os elos tipo K e T suportam continuamente aproximadamente 150% do valor da sua corrente nominal.
Os elos tipo H suportam continuamente aproximadamente 100% do valor da sua corrente nominal.
142
4.3. Chave Fusível
• As curvas costumam ser “tempo mínimo” e “tempo máximo”, usadas conforme o estudo de coordenação a
montante ou a jusante.
• Devido às dificuldades de coordenação para curtos monofásicos, há empresas que limitam a corrente nominal
máxima de aplicação nas redes.
• Subestações do tipo simplificada podem ser protegidas por elos fusíveis no primário dos transformadores de força.
LIMITE DE PROPRIEDADE DO
CONSUMIDOR
50N
51N
145
4.5 Estudos de Coordenação entre Proteções.
MATERIAL COMPLEMENTAR
5. Análises de Falhas na Seletividade entre as Proteções
de Distribuição
5. Análises de Falhas na Seletividade entre as Proteções
3 CONTAGENS
3 OPERAÇÕES BY-PASS
NF
SE Linha 1
DISJ RELIG SEC
79
50 4 OPERAÇÕES EC
51
(3)
50N NA
51N
3 OPERAÇÕES
SE Linha 2
DISJ
50
79 51
(3)
50N
51N
148
5. Análises de Falhas na Seletividade entre as Proteções
BY-PASS 2 CONTAGENS
3 OPERAÇÕES
NF
SE Linha 1
DISJ RELIG SEC
79
50 3 OPERAÇÕES EC
51
(3)
50N NA
51N
3 OPERAÇÕES
SE Linha 2
DISJ
50
79 51
(3)
50N
51N
149
5. Análises de Falhas na Seletividade entre as Proteções
Caso 2: Desligamento de Seccionalizador fora do local do defeito
(operação por Corrente de Inrush)
SEC
SE DISJ
SEC
150
5. Análises de Falhas na Seletividade entre as Proteções
Caso 3: Desligamento de Disjuntor e Fusível de Ramal
MATERIAL COMPLEMENTAR
151
Bibliografia
Bibliografia
• SILVA, R. A. Comportamento da Função de Proteção de Sobrecorrente Instantânea frente a Distorções Harmônicas nos Relés
de Proteção Numéricos. Universidade de São Paulo. São Carlos, 2008. 111 p.
• Electra. Relé Detector de Gás Tipo Buchholz. 2008. Disponível em
<http://phylum.pxecorp.com/assets/_images/products/pdf/Cat%C3%A1logorele.pdf>. Acesso em 3/10/2013.
• BARROS, A. E., “Coordenação da Proteção”, General Electric do Brasil S. A.
• S&C Electric Company, "Selection Guide for Transformer - Primary Fuses in Medium - Voltage Industrial, Commercial, and
Institutional Power Systems", Chicago, 1981.
• Central Station Engineers of the Westinghouse Electric Corporation, “Electrical Transmission and Distribution Reference Book”,
East Pittsburgh, Pennsylvania, 1964.
• CAMINHA, A. C., “Proteção de Sistema Elétrico”, São Paulo, 1977.
• SILVA, Ademir M., “Padrões de Proteção”, Rio de Janeiro, 1999.
• Associação Brasileira de Normas Técnicas, “NBR 5175”, 1988.
• BARROS, Haroldo de. Curso de proteção contra sobrecorrentes em sistemas de distribuição. Rio de Janeiro, 1993.
• GE Instructions GEK-45406A. Time Overcurrent Relay - Type IAC - Model IAC53T. Disponível em
<https://usermanual.wiki/Document/GEK45406A.1472269375.pdf>, acesso em 15/2/2019.
• CDI AUTOMAÇÃO. Manual técnico Religador. Curitiba, PR, 1996.
• CDI AUTOMAÇÃO. Manual técnico Chave Seccionadora. Curitiba, PR, 1996.
153
Bibliografia
• NU-LEC Pty Ltd. Technical manual U27-12 pole mounted circuit breaker. Australia, 1999.
• MELLO, F. P. Proteção de Sistemas Elétricos de Potência, Componentes Simétricas. Santa Maria: Editora UFSM, 1983.
• JARDINI, J. A. Sistemas digitais para Automação da geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. São Paulo (SP), 1996.
• ELMORE, W. A. Protective Relaying Theory and Applications. 2th Edition. New York: Marcel Dekker. ISBN 08-2470-972-1. 1997.
• Cooper Power Systems. Catálogo S280-79-10P (outubro de 2000).
• O Setor Elétrico. Capítulo V – Dispositivos de Proteção - Parte III. Maio de 2010.
• Dispositivos de proteção Conceitos básicos e aplicações Giovanni Manassero Junior Depto. de Engenharia de Energia e
Automação Elétricas Escola Politécnica da USP 14 de março de 2013. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4707109/mod_resource/content/1/dispositivos_protecao.pdf>, acesso em 6/4/2021.
Schneider-Electric. Parametrizando a função de sobrecorrente de fase nos relés SEPAM Série 20, 40 e 80. Boletim Técnico PMC.
Novembro de 2008. Disponível em <https://www.schneider-
electric.com/resources/sites/SCHNEIDER_ELECTRIC/content/live/FAQS/ 283000/FA283915/pt_BR/PARAM%2050-51.pdf>, acesso
em 15/2/2019.
Proteção de Sistemas Elétricos – 5 - SENAI-SP, 2006. Disponível em: <https://www.ebah.com.br/content/ABAAAA7SsAI/apostila>,
acesso em 14/2/2019.
154
“Por mais difícil que algo possa parecer, jamais
desista antes de tentar”
Muito obrigado!