Aula 1 - Tensões e Deformações - Parte 1
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Introdução
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Trabalhos
Etc...
Aula 1 Ensaios Mecânicos
Tensões e Deformações – Parte 1 Engenharia Metalúrgica e Materiais
Rogério Itaborahy Tavares
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Introdução
Propriedades Mecânicas
• Os ensaios mecânicos permitem a determinação de propriedades mecânicas que se
referem ao comportamento do material quando sob a ação de esforços e que são
expressas em função de tensões e/ou deformações.
• Tensões representam a resposta interna aos esforços externos que atuam sobre uma
determinada área em um corpo.
• Algumas das propriedades dos materiais obtidas pelos ensaios mecânicos:
Dureza: resistência à deformação plástica ou à penetração provocada por outro
material de maior dureza.
Resistência: representada por tensões, definidas em condições particulares.
Elasticidade: propriedade do material segundo a qual a deformação resultante da
aplicação de tensão desaparece quando a tensão é retirada.
Plasticidade ou ductilidade: capacidade do material sofrer deformação
permanente sem se romper.
Resiliência: capacidade de absorção de energia via deformação elástica.
Tenacidade: é a energia total necessária para provocar a fratura do material.
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Introdução
Finalidade dos Ensaios dos Materiais
• As duas finalidades mais importantes da execução dos ensaios são:
Permitir a obtenção de informações rotineiras do produto, tais como ensaios de
controle de qualidade no recebimento de materiais de fornecedores e no controle
final do produto acabado.
Desenvolver novas informações sobre os materiais, no desenvolvimento de novos
materiais, de novos processos de fabricação e de novos tratamentos.
Metrologia
Componentes de um paquímetro
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Componentes de um micrômetro
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Tambor
Nônio
Micrômetro com nônio
(precisão de 0,001 mm):
Bainha Tambor
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Projetor de Perfil
• O projetor de perfil permite observar o contorno de uma peça
ampliado e projetado numa tela (ao lado: 315 mm de diâmetro).
Ampliações de 5 a 100 vezes (em geral 10 X) podem ser usadas,
viabilizando medidas lineares e angulares com precisão, que
não seriam possíveis com paquímetro ou micrômetro.
• A amostra é posicionada sobre a mesa de vidro para medição
de coordenadas X-Y, movida por cabeçotes micrométricos
(precisão de 1 μm). O transferidor para medição de ângulo tem
resolução de 0,01º. A imagem na tela pode ser projeção
diascópica (perfil da peça iluminada por baixo) e/ou
episcópica (superfície da peça iluminada por cima).
• O equipamento é muito útil em ensaios mecânicos,
principalmente para efetuar medidas precisas das dimensões de
corpos de prova para ensaio de tração e de impacto. Um
exemplo é a caracterização da qualidade do entalhe de CP
Charpy, através da medição da sua profundidade, do ângulo
e do raio de curvatura na ponta do entalhe.
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S
X ± tn-1, α/2 ou X±E Distribuição t de
𝑛
Student para n=4
P
lim =T
ΔA→0 ΔA
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P cos α P sen α
σ τ
A A
P
• Considerando que A1 A cos α , vem que:
Tensões principais
• A figura do slide anterior corresponde ao ensaio de tração, onde
a tensão normal é máxima e a tensão cisalhante é nula para α =
0 (seção transversal do cilindro com área Δ A1).
σ1 • No caso mais geral de um corpo sujeito a vários esforços,
pode-se demonstrar matematicamente que é sempre possível
encontrar três planos ortogonais entre si, que passam pelo
ponto “O”, nos quais a tensão cisalhante τ é nula.
σ3 • Nestes planos só atuam tensões normais, sendo que uma delas
é a máxima tensão normal que age no ponto “O”, uma outra é a
mínima e a terceira é um valor intermediário:
σ2
σ1 ≥ σ2 ≥ σ3
• Estes planos onde τ = 0 são denominados Planos Principais,
e as tensões normais presentes nos mesmos são chamadas de
Tensões Principais.
• Portanto, a maneira mais simples de se conhecer o nível de
solicitação a que está submetido um corpo é através das tensões
principais ( σ1 , σ2 e σ3 ) atuantes em cada ponto do mesmo.
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Círculo de Mohr
• Normalmente, um estado plano de tensões é representado pela
figura ao lado, caracterizado pelas tensões σx , σy e τxy . A tensão
normal σx atua no plano genérico X e a tensão σy atua no plano Y, Y
ortogonal a X. Por convenção, as tensões mostradas são positivas. X
2
σx σy
τxy
2
O raio do círculo é calculado pela seguinte equação: Raio
2
O raio do círculo pode também ser calculado por: Raio σx σc2 τxy2
Com o centro e o raio determinados, o círculo já pode ser representado.
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Círculo de Mohr
τ σx σy
2
τxy
2
Raio
Círculo de Mohr 2
construído a partir das X
tensões σx , σy e τxy ,
que atuam nos planos
genéricos X e Y, e que τxy
caracterizam um estado
plano de tensões. 2α
O C
σ
σc 1 σx σy σx - σy
2 2
σx
OBS: O Círculo de Mohr foi criado pelo engenheiro alemão Otto Mohr. Cada ponto no
círculo representa um plano perpendicular ao plano da chapa (do papel).
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Círculo de Mohr
τ
Círculo de Mohr
construído a partir das X
tensões σx , σy e τxy ,
que atuam nos planos
genéricos X e Y, e que
caracterizam um estado
τxy
plano de tensões.
O C
σ
- τxy
Y
σy
σx
Círculo de Mohr
Outras expressões válidas para o estado plano de tensões e para o Círculo de Mohr:
Tensões principais escritas 2
em função das tensões nos σ1,2 σc Raio σx σy
σx σy
τxy
2
planos genéricos X e Y 2 2
Círculo de Mohr
τ M
Raio
1
σ1 σ2
2
Círculo de Mohr X
construído a partir das
tensões principais σ1 e
τ máx
σ2 , que caracterizam
um estado plano de
τxy 1
σ1 - σ 2 sen 2α
2
tensões.
σ 2 2α σ 1
O C
σ
- τxy
σc 1 σ1 σ2 Y
1
σ1 - σ 2 cos 2α
2
σy 2
σx
No plano
representado σx 1 σ1 σ2 1 σ1 - σ2 cos 2α τxy 1 σ1 - σ2 sen 2α
pelo ponto X
2 2 2
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Círculo de Mohr
τ Plano M
Plano 2 M
Plano X
X
τ máx
τxy
Plano 1
45
σ 2 α 2α σ 1
O C
σ
- τxy
A reta traçada a partir da extrema
esquerda do círculo (ponto que
representa o plano 2) até o ponto do
Y círculo que representa um plano
σy genérico X corresponde à direção
σx normal ao plano X. Tal reta forma o
ângulo α com a horizontal, isto é, com
a normal ao plano principal 1.
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σ 1
τ
τmáx Círculo de Mohr
(a)
σ σ
2 3 0 σ 1
• As figuras ao lado mostram o Círculo de Mohr
σ em 3 dimensões para vários estados de tensão.
• A tensão principal maior (σ1) é sempre a
σ τmáx mesma em todos os casos mostrados.
1
τ
(b) σ
σ 2 σ 3 0
2
σ 1
(a) Tração uniaxial (ensaio de tração).
σ (b) Tração biaxial. Uma segunda tensão de tração
não altera a tensão cisalhante máxima (τmáx).
σ 1
τ τmáx (c) Estado triaxial de tração. Uma terceira tensão
(c) σ σ de tração reduz a tensão cisalhante máxima, que
σ 2
3 2
σ 1
seria reduzida a zero no caso de σ1=σ2=σ3
σ 3
σ (estado hidrostático de tensões trativas). Nesse
caso, os círculos se reduziriam a um ponto e o
τ τmáx material não sofreria deformação plástica, segundo
σ 1 o Critério de Tresca para o escoamento plástico.
(d) σ
σ σ σ (d) A introdução de uma terceira tensão σ3 de
2
2 3 1