Perguntas e Respostas - RDC 53 2015 e Guia 04 2015
Perguntas e Respostas - RDC 53 2015 e Guia 04 2015
Perguntas e Respostas - RDC 53 2015 e Guia 04 2015
AMENT
MEDIC
Assunto:
OS
Edição 2.1
Brasília, 04 de outubro de 2017
GERÊNCIA GERAL DE MEDICAMENTOS E PRODUTOS BIOLÓGICOS
1. SUMÁRIO
2. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 3
3. ESCOPO ............................................................................................................... 3
4. PERGUNTAS E RESPOSTAS .............................................................................. 3
4.1. ESTUDO DO PERFIL DE DEGRADAÇÃO E ESTUDO DE DEGRADAÇÃO
FORÇADA .................................................................................................................... 3
4.2. QUESTÕES PRÁTICAS QUANTO AO ESTUDO DE DEGRADAÇÃO FORÇADA 8
4.3. REQUISITOS QUANTO A ESPECIFICAÇÕES E MÉTODOS DE ANÁLISE ....... 11
4.4. REQUISITOS QUANTO A ESTUDOS DE ESTABILIDADE ................................. 12
4.5. SITUAÇÕES EM QUE A RDC 53/2015 NÃO É APLICÁVEL ............................... 13
4.6. PROCEDIMENTOS PARA NOTIFICAÇÃO, IDENTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO
DE PRODUTOS DE DEGRADAÇÃO ......................................................................... 20
4.7. PROCEDIMENTO PARA ADEQUAÇÃO DE PRODUTOS JÁ REGISTRADOS OU
EM FASE DE REGISTRO........................................................................................... 22
5. NORMAS RELACIONADAS E REFERÊNCIAS ................................................... 26
6. HISTÓRICO DE EDIÇÕES .................................................................................. 27
2. INTRODUÇÃO
Este documento foi elaborado pela equipe da GGMED com a finalidade de prestar
esclarecimentos quanto às perguntas mais frequentes relacionadas à RDC 53/2015 e
ao Guia 4/2015.
3. ESCOPO
Este documento deve ser entendido no âmbito da GGMED, mais especificamente no
âmbito dos medicamentos que estão sujeitos à RDC 53/2015, a menos que outro
escopo esteja claramente descrito no contexto da pergunta.
4. PERGUNTAS E RESPOSTAS
- Placebo;
- IFA A
- IFA B
- Branco (condições de stress aplicáveis);
- IFA A + IFA B
- IFA A + placebo?
- IFA B + placebo?
Pergunta-se da necessidade do preparo das 2 condições em vermelho, já
que ambas não agregam nenhuma informação adicional ao perfil de
degradação do produto, visto que todas as condições individuais se
encontram mapeadas de acordo com o desenho experimental proposto. A
ANVISA poderia permitir uma justificativa técnica para evitar este número
excessivo de amostras.
A justificativa técnica pode ser apresentada e será avaliada com base no caso
específico. Entretanto, não é possível isentar como regra a realização dos testes em
destaque, porque quando eles não forem realizados, é possível que haja dificuldade na
discussão das rotas de degradação. Mais especificamente, ficaria difícil avaliar se os
picos de degradação apresentados no produto são oriundos da interação do IFA A com
o placebo, do IFA B com o placebo ou dos três (IFA A, IFA B e placebo). Em alguns
casos, esta informação pode ser importante. Nos casos em que ela não for importante,
e que puder ser avaliado o perfil de degradação sem ela, cabe justificativa para a não
realização dos testes em destaque.
geral, pode ser apresentado um arrazoado para se utilizar uma concentração apenas,
considerado o caso mais crítico acompanhado do racional/embasamento técnico-
científico. Caso haja métodos com diferentes concentrações de trabalho, mesmo que
as concentrações tenham a mesma fórmula, pode ser necessário fazer a degradação
forçada em concentrações diferentes, pois elas terão diferentes.
3- As concentrações são qualitativamente diferentes, os processos de produção são
muito diferentes e/ou os métodos cromatográficos são diferentes: em geral, será
necessário realizar o estudo de degradação forçada com todas as concentrações, ou
apresentar algum racional para que o estudo seja realizado nas concentrações
consideradas “extremos”.
- Um artigo elaborado por diferentes indústrias farmacêuticas (Klick et. al, Toward a
Generic Approach for Stress Testing of Drug Substances and Drug Products, 2005), que
traz outras condições, que diferem até mesmo entre as empresas participantes;
- Diversos artigos científicos sobre desenvolvimento de métodos indicativos de
estabilidade, que trazem diversas condições e endpoints diferentes.
Diante da falta de harmonização, entende-se que ainda não se tem o conhecimento
necessário para afirmar que determinada condição ou determinado endpoint é “melhor”.
Isso só poderá ser determinado no futuro, com base na experiência adquirida pelas
indústrias e pela academia. Por esse motivo, a empresa deve apresentar na petição o
estudo, com as referências utilizadas e a justificativa dos endpoints escolhidos, de forma
a embasar o seu estudo.
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15
Monitorar o PD listado
Limite de PD no PA =
Sim Especificação
farmacopeica
Há PD listado na
Sim monografia?
Desenvolver método interno
específico (realizar estudo
Não de degradação forçada na
validação e monitorar teor
na estabilidade
Há monografia
farmacopeica do PA?
Monitorar o PD listado
Limite de PD no PA =
Sim Especificação interna de
acordo com o teor de IFA
Não no PA
Há monografia
farmacopeica do IFA?
Desenvolver método interno
específico (realizar estudo
Não de degradação forçada na
validação e monitorar teor
na estabilidade
*Variação significativa é entendida aqui como variação de teor maior que a estabelecida
na precisão intermediária do método, o que sugere que a variação observada não é
meramente analítica.
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Monitorar o PD listado
Sim Limite de PD no PA =
Especificação farmacopeica
Monitorar a classe de
Há PD listado na
monografia?
Sim compostos descrita na
literatura - Limite de PD no
PA = Limite de segurança
Há na literatura algum PD do PD descrito na literatura
Há monografia farmacopeica
do PA?
Monitorar a classe de
Sim compostos descrita na
literatura - Limite de PD no
PA = Limite de segurança
Monitorar o PD listado Limite Há na literatura algum PD do PD descrito na literatura
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4.5.40. Como devem ser tratados os produtos que mesclam IFA para
os quais se aplica e para os quais não se aplica a RDC 53/2015? É
necessário realizar estudo de degradação forçada para este tipo de
medicamento?
Antes de tudo, ressalta-se que a necessidade de realização de estudos de degradação
forçada não foi criada na RDC 53/2015, já que faz parte da demonstração da
seletividade do método, requisito da RE 899/2003, a qual é aplicável a todos os
medicamentos. A RDC 53/2015 cria requisitos adicionais para a análise crítica da
degradação (o “estudo do perfil de degradação”), apresenta detalhes sobre o
procedimento do estudo de degradação forçada e estabelece os limites previstos no Art.
9°. Assim, o fato da RDC 53/2015 não se aplicar a uma classe de medicamento, não
isenta a empresa de realizar estudo de degradação forçada, considerando que este é
necessário para comprovar a seletividade do método. O que não se aplica aos produtos
descritos no Art. 2, parágrafo 1° da RDC 53/2015 são os limites descritos no Art. 9° e a
análise crítica profunda do estudo de degradação forçada, nos termos da Resolução.
Isso não significa dizer que estes produtos estejam isentos de fazer os testes de
degradação forçada para fins de comprovação da seletividade do método, conforme RE
899/2003, ou de quantificar produtos de degradação na estabilidade, conforme RE
1/2005.
No caso de medicamentos que possuem vários ativos, alguns dos quais são isentos de
cumprimento da Resolução, os conceitos da Resolução devem ser seguidos para todos
os IFA aos quais ela se aplicaria. Por exemplo, considerando um medicamento à base
de diclofenaco sódico associado a vitaminas e minerais, devem ser aplicados os
procedimentos de degradação forçada para todos os IFA, e a avaliação crítica e os
limites do Art. 9° devem ser adotados para o diclofenaco. Para as vitaminas e minerais
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devem ser adotados os conceitos que seriam adotados para outros medicamentos
específicos, conforme exposto anteriormente.
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vários lotes de produção, por isso, os resultados dos três lotes submetidos ao registro,
por exemplo, não são suficientes.
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Guidance for Industry – ANDAs: Impurities in Drug Products. Food And Drugs
Administration, novembro de 2010.
WHO Technical Report Series 929. WHO Expert Commitee on Specifications for
Pharmaceutical Preparations – Thirty-ninth Report. Genebra, 2005. Página 139.
6. HISTÓRICO DE EDIÇÕES
Edição Data Alteração
1ª 01/07/2016 Emissão inicial
2ª 14/09/2017 Inclusão das perguntas: 4.5.32, 4.5.33, 4.5.34, 4.5.35, 4.5.36,
4.5.37, 4.5.38, 4.5.39, 4.5.40, 4.5.41, 4.7.48, 4.7.49 e 4.7.51, com
renumeração das perguntas posteriores.
Alteração nas perguntas: 4.1.10, 4.3.23, 4.3.24, 4.3.25, 4.3.26,
4.7.50, 4.7.53, 4.7.54, 4.7.55, 4.7.56, 4.7.57, 4.7.58, 4.7.59 e 4.7.60.
2.1 04/10/2017 Correções editoriais nas perguntas: 4.1.1, 4.1.5, 4.1.8, 4.1.9, 4.1.10,
4.1.11. 4.1.12, 4.1.13, 4.1.14, 4.2.16, 4.2.17, 4.2.18, 4.2.19, 4.2.21,
4.2.22, 4.3.23, 4.3.24, 4.3.25, .4.4.28, 4.4.29, 4.5.30, 4.5.32, 4.5.37,
4.5.38, 4.5.39, 4.5.41, 4.6.43, 4.6.44, 4.6.45, 4.7.56 e 4.7.59.
Inclusão da pergunta 4.7.57
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