Exercicios de Aneis Páginas 68 85
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A1) Sejam A = × , (a, b) ⊕ (c, d) = (a + c, b + d), (a, b) ⊗ (c, d) = (ac − bd, ad + bc),
onde a, b, c, d ∈ . Mostre que (A, ⊕, ⊗) é um anel, verifique se é comutativo e se
tem unidade.
Solução: Sejam (a, b), (c, d), (e, f ) três elementos genéricos de A. Temos que:
• (a, b)⊕(c, d) = (a+c, b+d) = (c+a, d +b) = (c, d)⊕(a, b); logo, ⊕ é comutativa.
• [(a, b) ⊕ (c, d)] ⊕ (e, f ) = (a + c, b + d) ⊕ (e, f ) = ((a + c) + e, (b + d) + f ) =
(a + (c + e), b + (d + f )) = (a, b) ⊕ (c + e, d + f ) = (a, b) ⊕ [(c, d) ⊕ (e, f )]; logo,
⊕ é associativa.
• (a, b) ⊕ (0, 0) = (a + 0, b + 0) = (a, b); logo, ⊕ tem elemento neutro (0, 0).
• (a, b)⊕(−a, −b) = (a+(−a), b+(−b)) = (0, 0); logo, todo elemento (a, b) possui
um inverso aditivo (−a, −b).
• [(a, b) ⊗ (c, d)] ⊗ (e, f ) = (ac − bd, ad + bc) ⊗ (e, f ) = ((ac − bd)e − (ad +
bc) f, (ac − bd) f + (ad + bc)e) = (ace - bde - adf - bcf, acf - bdf + ade + bce)
e
(a, b) ⊗ [(c, d) ⊗ (e, f )] = (a, b) ⊗ (ce − d f, c f + ed) = (a(ce − d f ) − b(c f +
ed), a(c f + ed) + b(ce − d f )) = (ace-adf- bcf - bed, acf+aed + bce - bdf ) Logo,
[(a, b)⊗(c, d)]⊗(e, f ) = (a, b)⊗[(c, d)⊗(e, f )] o que significa que ⊗ é associativa.
• (a, b) ⊗ (c, d) = (ac − bd, ad + bc) = (ca − db, cb + da) = (c, d) ⊗ (a, b); logo, ⊗
é comutativa.
• (a, b) ⊗ [(c, d) ⊕ (e, f )] = (a, b) ⊗ (c + e, d + f ) = (a(c + e) − b(d + f ), a(d + f ) +
b(c + e)) = (ac + ae − bd − b f, ad + a f + bc + be)
e
(a, b) ⊗ (c, d) ⊕ (a, b) ⊗ (e, f ) = (ac − bd, ad + bc) ⊕ (ae − b f, a f + be) =
(ac − bd + ae − b f, ad + bc + a f + be). Logo, (a, b) ⊗ [(c, d) ⊕ (e, f )] =
64
(a, b) ⊗ (c, d) ⊕ (a, b) ⊗ (e, f ). Como ⊗ é comutativa, temos também que
[(c, d) ⊕ (e, f )] ⊗ (a, b) = (a, b) ⊗ [(c, d) ⊕ (e, f )] = (a, b) ⊗ (c, d) ⊕ (a, b) ⊗ (e, f ) =
(c, d) ⊗ (a, b) ⊕ (e, f ) ⊗ (a, b). Portanto, ⊗ é distributiva com relação a ⊕.
• (a, b) ⊗ (1, 0) = (a · 1 − b · 0, a · 0 + b · 1) = (a − 0, 0 + b) = (a, b). Logo, ⊗ tem
elemento neutro (unidade) que é o (1, 0).
Todos os itens anteriores juntos mostram que (A, ⊕, ⊗) é um anel comutativo com
unidade.
Observação. As operações ⊕ e ⊗ definidas entre (a, b) e (c, d) neste exercı́cio são
semelhantes às que são definidas nos números complexos a + bi e c + di. Veja os
seguintes exemplos:
• Em A temos:
◦ (1, 2) ⊕ (3, 4) = (1 + 3, 2 + 4) = (4, 6)
◦ (1, 2) ⊗ (3, 4) = (1 · 3 − 2 · 4, 1 · 4 + 2 · 3) = (−5, 10)
• Em temos:
◦ (1 + 2i) + (3 + 4i) = (1 + 3) + (2 + 4)i = 4 + 6i
◦ (1 + 2i)(3 + 4i) = 1 · 3 + 1 · 4i + 3 · 2i + 8i2 = 3 + 4i + 6i − 8 = −5 + 10i.
Solução:
65
◦ f (x) + (− f (x)) = O(x), ∀x ∈
◦ ( f (x) · g(x)) · h(x) = f (x) · (g(x) · h(x)), ∀x ∈
◦ f (x) · (g(x) + h(x)) = f (x) · g(x) + f (x) · h(x) e ( f (x) + g(x)) · h(x) =
f (x) · h(x) + g(x) · h(x), ∀x ∈
◦ f (x) · g(x) = g(x) · f (x), ∀x ∈
◦ f (x) · I(x) = f (x), ∀x ∈ , onde I(x) é a função constante 1: I(x) = 1.
Logo, (F , +, ·) é um anel comutativo com unidade. Para mostrar que F não é
anel de integridade, devemos mostrar exemplos de duas funções contı́nuas não
nulas cujo produto é nulo. Por exemplo, sejam f, g : −→ definidas por
f (x) = |x| + x e g(x) = |x| − x. Veja gráficos a seguir.
Temos que f e g não são funções nulas, mas ( f · g)(x) = f (x) · g(x) = (|x| +
x)(|x| − x) = |x|2 − x2 = x2 − x2 = 0, ∀x ∈ .
b) Para mostrar que (F , +, ◦) não é um anel, basta encontrar exemplos de funções
em que falhe alguma das propriedades de anel. Por exemplo, consideremos
f : −→ , g : −→ e h : −→ definidas por f (x) = x2 , g(x) = 3x e
h(x) = x + 1. Temos que:
1 ( f ◦ (g + h))(x) = ( f (g + h))(x) = f (3x + x + 1) = f (4x + 1) = (4x + 1)2 =
16x2 + 8x + 1,
2 ( f ◦g+ f ◦h)(x) = ( f ◦g)(x)+( f ◦h)(x) = f (g(x))+ f (h(x)) = f (3x)+ f (x+1) =
(3x)2 + (x + 1)2 = 10x2 + 2x + 1.
Logo, f ◦ (g + h) , f ◦ g + f ◦ h. Isso significa que a “multiplicação” ◦ não
é distributiva com relação à adição + definidas no conjunto F , e, consequente,
ele não é um anel.
66
a) 3
b) −
c) {m + 15 n | m, n ∈ }
d) {−1, 0, 1}
Solução:
67
temos que α2 + 2αβ + β2 = α2 + αβ + βα + β2 . Somando-se (−α2 ), (−β2 ) e (−αβ)
a ambos os membros e simplificando, obtemos: αβ = βα, de onde podemos
concluir que o anel é comutativo.
b) Basta escolher dois elementos que não comutem em um[ anel A]que não seja
1 2
comutativo. Por exemplo, sejam A = M2×2 (), α = ∈ Aeβ =
0 −1
[ ] [ ] [ ] [ ]
0 1 1 0 2 7 1 3
∈ A. Temos α2 = , αβ = , β2 = ,α+β =
1 3 0 1 −1 −3 3 10
[ ] [ ] [ ]
1 3 4 9 6 17
o que implica em (α + β)2 = e α2 + 2αβ + β2 = , de
1 2 3 7 1 5
onde podemos observar que (α + β)2 , α2 + 2αβ + β2 .
Solução:
b) Para o conjunto ser um subcorpo, entre outras propriedades, ele precisa ser
fechado para a multiplicação.
√ Escolhendo-se
√ a = 1, b = 0 e depois a = 2,
b = 0, √obtemos
√ que x = 2 e y = 2 2 são dois elementos de S . Como
x · y = 2 · 2 2 = 4 < S , temos que S não é subcorpo de .
√3 √
3 2 √
3
c) Seja x = 3 ∈ S . Temos que x−1 = √31 = √3 √33 2 = 39 < S . Logo, S não é um
3 3 3
subcorpo de .
68
Solução:
√ √ √
a) Escolhendo
√ a = b = 1 temos
√ que 1 + 2 ∈ [ 2] ⇒ √ 2] , ∅. Sejam
[
x = a + b 2 e y = c + d 2 dois elementos genéricos de [ 2]. Temos que:
√ √ √ √
◦ x − y = (a + b 2) − (c + d 2) = (a
| {z } + (b
− c) − d)
| {z } 2 ∈ [ 2]
∈ ∈
√ √ √ √
◦ x · y = (a + b 2)(c + d 2) = (ac + 2bd) +
| {z } | {z }(ad + bc) 2 ∈ [ 2]
∈ ∈
√
Fica mostrado dessa forma que [ 2] é um subanel de . Para ser subcorpo,
faltam ainda outras propriedades:
√ √ √
◦ Escolhendo a = 1 e b = 0 temos que 1 = 1 + 0 2 ∈ [ 2] ⇒ [ 2] tem
unidade
√ √ √
◦ x · y = (a √+ b 2)(c√ + d 2) = (ac + 2bd) +√ (ad + bc) 2 e
y · x =√(c + d 2)(a + b 2) = (ca + 2db) + (da + cb) 2 ⇒ x · y = y · x
⇒ [ 2] é comutativo
√ √
◦ Seja x = m + n 2 um elemento não nulo de [ 2]. O inverso multiplica-
√ m −n √
tivo x−1 é igual a m+n1 √2 = (m+n m−n
√ 2 √
= 2 − 2n2
+ 2 − 2n2
2 que é
2)(m−n 2) m
| {z } | {z }m
∈ ∈
√
um elemento de [ 2].
b) De modo semelhante ao que foi feito no item (a), podemos mostrar que se
√ √
p for um primo positivo, [ p] = {a + b p | a, b ∈ } é um subcorpo de
√ √ √
. √Obtemos, dessa forma, uma infinidade de corpos [ 2], [ 3], [ 5],
[ 7], · · · todos contidos em e contendo o conjunto .
Solução:
{[ ] }
a 0
a) Consideremos A = M2×2 e B = |a ∈ . Temos que B é um subanel
0 0
[ ] [ ]
1 0 1 0
de A, 1A = , 1B = e 1A , 1 B .
0 1 0 0
69
b) Sejam B = 2 = inteiros pares e A = com as operações de adição e
multiplicação usuais. Temos que B é subanel de A, existe 1A = 1 ∈ , mas
não existe 1B.
A8) Mostre detalhadamente que se A for um anel de integridade e a ∈ A for tal que
a2 = 1, então a = 1 ou a = −1.
A9) Mostre detalhadamente que se A for um anel de integridade e a ∈ A for tal que
a2 = a, então a = 0 ou a = 1.
70
quantidade de k fatores, com k > 1: se xi ∈ A, com i ∈ {1, 2, · · · , k} são tais que
x1 · x2 · · · · · xk = 0, então existe j ∈ {1, 2, · · · , k} tal que x j = 0.
Solução:
Solução: ā e b̄ são divisores de zero de 15 se eles forem não nulos e ā· b̄ = 0̄, ou
seja, a · b = 0̄ ⇒ a · b é um múltiplo de 15 ⇒ a, b ∈ {3, 5, 6, 9, 10, 12}, um conjunto
formado por divisores de 15 e seus múltiplos maiores do que 1 e menores do que 15.
Portanto, os divisores de zero de 15 são 3̄, 5̄, 6̄, 9̄, 10, 12.
B1) Seja A um anel no qual x2 = x para todo x ∈ A. Mostre que x = −x para todo
x ∈ A. (Sugestão: calcule (x + x)2 .)
71
x2 +x2 +x2 +x2 = x+x+x+x. Por outro lado, (x+x)2 = x+x. Logo, x+x = x+x+x+x.
Somando-se (−x) + (−x) + (−x) aos dois membros dessa última igualdade, obtemos:
(−x) + x + (−x) + x + (−x) = (−x) + x + (−x) + x + (−x) + x + x ⇒ −x = x para todo
x ∈ A.
Observação. Note que utilizamos as propriedades associativa da adição e distribu-
tiva da multiplicação com relação à adição no desenvolvimento acima.
B2) Seja A um anel no qual x2 = x para todo x ∈ A. Mostre que A é um anel comu-
tativo. (Sugestão: calcule (x + y)2 .)
72
B4) No corpo 101 , determine o inverso multiplicativo do elemento 43.
73
Capı́tulo 7
Alguns exemplos de adição entre seus elementos são (2+I)+(1+I) = (2+1)+I = 3+I
e (2 + I) + (4 + I) = (2 + 4) + I = 6 + I = 2 + I e todas as possı́veis adições entre seus
elementos podem ser observadas na seguinte tábua:
+ I 1+I 2+I 3+I
I I 1+I 2+I 3+I
1+I 1+I 2+I 3+I I
2+I 2+I 3+I I 1+I
3+I 3+I I 1+I 2+I
74
Alguns exemplos de multiplicação entre seus elementos são (2+I)·I = (2+1)·(0+I) =
2 · 0 + I = 0 + I = I e (3 + I) + (2 + I) = (3 · 2) + I = 6 + I = 2 + I e todas as possı́veis
multiplicações entre seus elementos podem ser observadas na seguinte tábua:
· I 1+I 2+I 3+I
I I I I I
1+I I 1+I 2+I 3+I
2+I I 2+I I 2+I
3+I I 3+I 2+I 1+I
Solução:
a) Sejam x, y ∈ A. Então:
◦ f (x+y) = x+y−1 e f (x)⊕ f (y) = f (x)+ f (y)+1 = (x−1)+(y−1)+1 = x+y−1.
Logo, f (x + y) = f (x) ⊕ f (y).
◦ f (x · y) = xy − 1 e f (x) ⊙ f (y) = f (x) + f (y) + f (x) f (y) = (x − 1) + (y − 1) +
(x−1)(y−1) = x+y−2+ xy− x−y+1 = xy−1. Logo, f (x·y) = f (x)⊙ f (y).
Portanto, f é um homomorfismo de anéis.
◦ Suponhamos f (x) = f (y). Então, x − 1 = y − 1 ⇒ x = y. Logo, f é injetora.
◦ Dado y ∈ B = , considerando x = y + 1 ∈ A = , temos: f (x) = x − 1 =
(y + 1) − 1 = y. Logo, f é sobrejetora.
75
Ficou mostrado nos itens anteriores que f é um isomorfismo de anéis.
b) Com as operações usuais, o elemento neutro da adição de A é o 0. Como f (0) =
−1 , 0 temos que f não é isomorfismo de anéis.
A4) Verifique se (I, +, ·) é um ideal do anel (A, +, ·) em cada um dos seguintes casos:
a) I = , A = ;
b) I = 3, A = ;
c) I = 2, A = com as operações de adição usual de inteiros e multiplicação
definida por x · y = 0 para quaisquer x, y ∈ .
d) I = elementos de que são divisores de 100 e A = .
e) I = 3 ∪ 7, A =
f) I = { f : −→ | f (−1) = 0}, A = .
g) I = { f : −→ | f (3) = f (4) = 0}, A = .
h) I = { f : −→ | f (1) + f (2) = 0}, A =
Solução:
a) Sejam x = 1 ∈ I e a = 1
3 ∈ A. Como a · x = 1
3 < I, temos que I não é ideal de A.
b) É claro que I , ∅ porque, por exemplo, 3 ∈ I. Sejam x, y ∈ I. Então, x = 3m e
y = 3n com m, n ∈ . Daı́, temos x − y = 3m − 3n = 3(m − n) ∈ I. Se a ∈ ,
temos a · x = 3(am) ∈ I. Logo, I é um ideal de A.
c) É claro que I , ∅ porque, por exemplo, 2 ∈ I. Sejam x, y ∈ I. Então, x = 2m e
y = 2n com m, n ∈ . Daı́, temos x − y = 2m − 2n = 2(m − n) ∈ I. Se a ∈ ,
temos a · x = 0 ∈ I. Logo, I é um ideal de A.
d) Dois divisores de 100 são x = 5 e y = 10. Como x + y = 15 não é divisor de
100, temos que I não é ideal de A.
e) I é formado pelos inteiros que são múltiplos de 3 ou múltiplos de 7. Dois
elementos de I são x = 3 e y = 14. Como x + y = 17 < I temos que I não é
ideal de A.
f) A função nula pertence a I; logo, I , ∅. Se f, g ∈ I, então f (−1) = 0 e
g(−1) = 0. Daı́, ( f − g)(−1) = f (−1) − g(−1) = 0 − 0 = 0; logo, f − g ∈ I.
Se h ∈ A, então ( f · h)(−1) = f (−1) · h(−1) = 0 · h(−1) = 0. Logo, f · h ∈ I.
Portanto, I é um ideal de A.
76
g) A função nula pertence a I; logo, I , ∅. Se f, g ∈ I, então f (3) = f (4) = g(3) =
g(4) = 0. Daı́, ( f − g)(3) = f (3) − g(3) = 0 − 0 = 0 e ( f − g)(4) = f (4) − g(4) =
0 − 0 = 0; logo, f − g ∈ I. Se h ∈ A, então ( f · h)(3) = f (3) · h(3) = 0 · h(3) = 0
e ( f · h)(4) = f (4) · h(4) = 0 · h(4) = 0.. Logo, f · h ∈ I. Portanto, I é um ideal
de A.
h) Sejam f (x) = −2x + 3 e h(x) = x. Então, f (1) + f (2) = 1 + (−1) = 0 ⇒ f ∈ I e
g(x) = h(x) · f (x) = x(−2x + 3) = −2x2 + 3x ⇒ g(1) + g(2) = 1 + (−2) = −1 ,
0 ⇒ g = h · f < I. Logo, I não é ideal de A.
√
A5) Seja A = {a +√b 2 | √ a, b ∈ }.√Mostre √que se f : A −→ A for um isomorfismo
de anéis, então f ( 2) = 2 ou f ( 2) = − 2.
77
b) Se b for outro elemento de , então calcule a composta fa ◦ fb .
Solução:
a) Sejam x, y ∈ . Temos:
◦ fa (x + y) = a(x + y)a−1 = (ax + ay)a−1 = axa−1 + aya−1 = fa (x) + fa (y)
◦ fa (x · y) = a(x · y)a−1 = ax(a−1 a)ya−1 = (axa−1 )(aya−1 ) = fa (x) · fa (y).
Assim, este item, juntamente com o item anterior, mostra que fa é um
homomorfismo de anéis.
◦ Se fa (x) = fa (y), então axa−1 = aya−1 . Multiplicando-se à esquerda por
a−1 e à direita por a, obtemos a−1 axa−1 a = a−1 aya−1 a ⇒ 1· x·1 = 1·y·1 ⇒
x = y. Logo, fa é injetora.
◦ Dado s ∈ (contradomı́nio de f ), seja r = a−1 sa pertencente a (domı́nio
de f ) temos que fa (r) = ara−1 = a(a−1sa)a−1 = 1 · s · 1 = s. Logo, fa é
sobrejetora.
Fica mostrado dessa forma que fa é um isomorfismo de em .
b) Se a, b, x ∈ , então ( fa ◦ fb )(x) = fa ( fb (x)) = fa (bxb−1 ) = a(bxb−1 )a−1 =
(ab)x(b−1 a−1 ) = (ab)x(ab)−1 = fab (x). Portanto, fa ◦ fb = fab .
78
Concluı́mos então que f (x) = x, ∀x ∈ , ou seja, f é a função identidade em .
√ √ √ √
B4) Verifique se [ 5] = {a + b 5 | a, b ∈ } e [ 7] = {a + b 7 | a, b ∈ } são
anéis isomorfos (com as operações de adição e multiplicação usuais).
√ √
Solução: Suponhamos que exista um isomorfismo f : [ 5] −→ [ 7].
79
Como f é um homomorfismo sobrejetor, temos f (1) = 1 o que implica em f (5)√=
f (1+1+1+1+1) = f (1)+ f (1)+ f (1)+ f (1)+
√ f (1) = 1+1+1+1+1 = 5.√O elemento √ 5
é levado pela f para um elemento a + b √7 com a, b ∈ ,√isto é, f ( √5) = a +√b 7.
Elevando-se
√ ao quadrado,
√ obtemos:
√ √ [ f ( 5)]2 =√(a + b 7)2 ⇒ f ( 5) · f (√ 5) =
a2 + 2ab 7 + ( √7)2 ⇒ f ( 5 · 5) = a2 + 2ab 7 + 7 ⇒ f (5) = a2 + 2ab 7 + 7
⇒ 5 = a2 + 2ab 7 + 7
• Não podemos ter a = 0 porque isso implicaria 5 = 0 + 0 + 7 que é absurdo.
• Não podemos ter b = 0 porque isso implicaria 5 = a2 + 7 ⇒ a2 = −2 que é
absurdo porque não existe número racional cujo quadrado seja igual a −2.
• Assim, a , 0 e b , 0 o que implica ab , 0.
√ √ √
Como 2ab 7 = −a2 − 2, temos 7 = −a2ab−2 o que é absurdo porque 7 é irracional,
2
√
enquanto que −a2ab−2 é racional. Portanto, não pode existir isomorfismo f de [ 5]
2
√
em [ 7]
80
◦ Se m for um inteiro negativo, então −m é positivo e f (0, −m) = (0, −m).
Como f (0, 0) = (0, 0), temos que f [(0, m) + (0, −m)] = f (0, 0) = (0, 0) ⇒
f (0, m) + f (0, −m) = (0, 0) ⇒ f (0, m) + (0, −m) = (0, 0) ⇒ f (0, m) =
−(0, −m) ⇒ f (0, m) = (0, m). Portanto, f (0, y) = (0, y), ∀y ∈ .
◦ A partir de f (1, 0) = (1, 0), usando um cálculo semelhante ao item anterior,
obtemos f (2, 0) = (2, 0), f (3, 0) = (3, 0), etc. e chegamos a f (x, 0) = (x, 0),
∀x ∈ .
◦ Portanto, f (x, y) = f [(x, 0) + (0, y)] = f (x, 0) + f (0, y) = (x, 0) + (0, y) ⇒
f (x, y) = (x, y).
Caso 2: f (0, 1) = (1, 0) e f (1, 0) = (0, 1)
◦ Este caso é semelhante ao anterior: a partir de f (0, 1) = (1, 0), calculamos
f (0, 2) = (2, 0), f (0, 3) = (3, 0), etc. e chegamos a f (0, y) = (y, 0), ∀y ∈ .
◦ A partir de f (1, 0) = (0, 1), chegamos a f (2, 0) = (0, 2), f (3, 0) = (0, 3),
etc. e chegamos a f (x, 0) = (0, x), ∀x ∈ .
◦ Daı́, f (x, y) = f (x, 0) + f (0, y) = (0, x) + (y, 0) ⇒ f (x, y) = (y, x).
Portanto, as funções f (x, y) = (y, x) e g(x, y) = (x, y), sendo homomorfismos de
× em × e bijetoras, são os únicos isomorfismos de × em × .
81