Libras (Língua Brasileira de Sinais) : Faculdade Corporativa Cespi - Facespi Pós-Graduação Lato Sensu Libras
Libras (Língua Brasileira de Sinais) : Faculdade Corporativa Cespi - Facespi Pós-Graduação Lato Sensu Libras
Libras (Língua Brasileira de Sinais) : Faculdade Corporativa Cespi - Facespi Pós-Graduação Lato Sensu Libras
Flávia Finoti
Monografia apresentada à
Faculdade Corporativa FACESPI,
como requisito parcial para a
obtenção do título de Especialista
em Libras.
APROVADA EM _____/_____/_______
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________________
ORIENTADOR (A)
___________________________________________________________________
PROFESSOR (A)
___________________________________________________________________
PROFESSOR (A)
A minha família, a quem devo
tudo o que sou pelo incentivo
em todos os momentos, e a
Deus, por estar sempre comigo.
AGRADECIMENTOS
Introdução .................................................................................................................. 11
Capítulo I
1 - O que é ser surdo? ....................................................................................12
Capítulo II
2 - História da Educação do Surdo..................................................................16
2.1 Métodos educacionais utilizados na educação dos surdos............19
2.2 A Educação do surdo no Brasil.......................................................23
Capítulo III
3 - LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais
3.1 – Conceito e Informações técnicas............................................................25
3.2 – Legislação e Histórico.............................................................................29
Considerações finais..................................................................................................32
BIbibliografia...............................................................................................................33
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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
1. O QUE É SER SURDO?
“Não é a fala ou a língua de sinais; a pessoa surda que “se deu bem”
é aquela que pôde preservar a sua autenticidade, aceitou a surdez
como uma parte diferente e não doente de si; que pôde fazer uma
escolha que lhe permita ser natural em sua comunicação,
independentemente de ser oralizada ou sinalizada.” (Bergmann,
2000).
CAPÍTULO II
2 - HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DO SURDO
de sinais; ali, começou uma longa batalha dos surdos para defender o seu direito
linguístico cultural.
Nem sempre foi assim, mesmo nesse ano de 1880, houve momentos antes
do congresso em que a língua de sinais era valorizada, por exemplo: existiam
professores que se agrupavam para demonstrar a veracidade da aprendizagem dos
sujeitos surdos ao usar a língua de sinais e o alfabeto manual e em muitos lugares
havia professores surdos.
Na época os povos surdos não tinham problemas com a educação, a maioria
das pessoas da comunidade surda dominava na área da arte da escrita e há
evidência de que haviam muitos escritores surdos, artistas surdos, professores
surdos e outros membros da comunidade surda que foram bem sucedidos.
O francês Ferdinand Berthier era surdo, intelectual, foi professor de surdos e
o seu método de ensino tinha por base a identidade surda. Foi o fundador da
primeira Associação de Surdos da qual se originaram outras no mundo todo.
Recebeu o prêmio French Legion of Honor.
Logo após o Congresso os professores surdos perderam seus empregos, a
língua dos sinais foi substituída pela oralidade, em decorrência disso, a qualidade da
educação dos surdos diminuiu e as crianças surdas saíam das escolas com
qualificações inferiores e as habilidades limitadas.
Isso tudo não significou o banimento total dos métodos oralistas que
continuam sendo utilizados atualmente, mas a língua de sinais, a cultura e a
identidade dos surdos ganharam mais potência e vêm sendo mais valorizadas.
A proibição da língua de sinais por mais de cem anos sempre esteve viva na
mente da comunidade surda, no entanto, ainda hoje, o desafio do povo surdo é
construir uma nova história cultural, com o reconhecimento e o respeito das
diferenças, a valorização da sua língua, a emancipação dos surdos de todas as
formas de opressão ouvintista e seu desenvolvimento espontâneo e livre de
identidade e cultura.
No início da educação dos surdos, eles eram considerados portadores de
inteligência inferior ao dos demais, e por isso, ficavam isolados em internatos ou
asilos. Quando se percebeu que a capacidade intelectual dos surdos era igual a dos
outros, iniciaram pesquisas e experimentos com diferentes metodologias e formas
adaptadas de ensino.
O Oralismo defende, desde o século XVIII, que a fala e a escrita são vias
legítimas de comunicação para o surdo. Os defensores dessa abordagem combatem
a língua gestual, por considerar seu uso um obstáculo para a aquisição da língua
oral pelo surdo. Esta abordagem educacional requer do surdo uma adaptação ao
mundo ouvinte, então, há a necessidade de que o surdo se comporte como se não
fosse surdo, que absorva sua cultura, que fale e que rejeite a surdez. O oralismo tem
como objetivo capacitar o surdo a utilizar a língua do ouvinte na modalidade oral
como única possibilidade linguística, de modo que seja possível o uso da voz e da
leitura labial tanto nas relações sociais como em todo o processo educacional. A
língua na modalidade oral é, portanto, meio e fim dos processos educativos e de
integração social. O oralismo concebe a surdez como um déficit que deve ser
minoria do meio da estimulação dos resquícios auditivos. Esse estímulo viabiliza,
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Nesta modalidade há uma questão em debate que está sempre presente nas
discussões na área da surdez quando o assunto em foco é o bilinguismo para
surdos, o conceito da aquisição de duas línguas pelo surdo: a língua gestual como
língua materna e a língua oficial do seu país como segunda língua. Outra questão é
apontada: não há clareza quanto ao conceito de língua materna que está sendo
utilizado para se referir à língua de sinais como sendo a primeira língua do surdo.
Tem-se como base que língua materna é a primeira língua aprendida por uma
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No Brasil a inclusão escolar do surdo tem sido defendida pelo poder oficial. O
foco é nas concessões e ajustes que as escolas e instituições devem fazer para
receber alunos com necessidades educacionais especiais.
Incluir surdos em salas de aula regulares não é viável ao desejo dos surdos
de construir saberes, identidades e culturas a partir das duas línguas (a de sinais e a
língua oficial do país) e impossibilita a consolidação linguística dos alunos surdos.
Não se trata de apenas da aceitação da língua de sinais, mas de torná-la viável, pois
todo trabalho pedagógico que considere o desenvolvimento cognitivo tem que
considerar a aquisição de uma primeira língua natural. Caso a criança surda tenha
uma língua natural, ela contará com a base para a aquisição de uma segunda
língua, pois terá as condições ótimas para o desenvolvimento de sua cognição, de
sua autoestima e de sua identidade.
As políticas educativas criam modalidades de escolarização para o surdo: ou
são integrados às classes regulares ou são encaminhados às escolas especiais para
surdos. Em qualquer destas situações, quem atinge bons resultados são os filhos
surdos de pais surdos, que têm a oportunidade de adquirir de forma natural a Língua
de Sinais transmitida e utilizada por seus pais e de assimilar informações sociais e
ambientais simultaneamente ao da criança ouvinte que geram sentimentos de
pertença, autoestima e autovalorização.
CAPÍTULO III
3 - LIBRAS – LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
Juntamente com esta legislação surge um contra ponto que contrasta com
alguns conflitos que estão em diferentes aspectos teóricos como a educação
especial que acompanha a teoria moderna; o bilinguismo, consequência da teoria
crítica e o uso da Língua de Sinais e cultura surda fruto da teoria cultural em
educação de surdos. Não obstante as diferentes concepções que levam a avanços
ou recuos, os surdos brasileiros estão bem protegidos por leis que lhe servem de
base para a educação.
Ainda existem algumas leis contrárias à cultura surda, por exemplo: educar a
audição, esta refutada prática de responsabilidade da área da saúde e não da
educação, mesmo que esteja distante de atender ao legado cultural surdo, e que
mais serve para o intercultural surdo também é protegida legalmente.
A importância da educação de surdos foi sentida antes de 1961, um ano
depois que Stokoe defendeu a Língua de Sinais como status de Língua através de
sua extensa pesquisa. Naquele ano, a primeira Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional já trazia leis sobre o assunto com dois artigos (88 e 89)
referentes à educação dos excepcionais, garantindo assim, o direito à educação.
Esta lei, no artigo 89, registrava que o governo se compromete na ajuda as ONGS -
organizações não - governamentais a prestarem serviços educacionais aos
deficientes e entre eles os surdos.
Na Constituição de 1967 existem artigos que asseguram aos surdos o direito
de receber educação. Assim como a atual Constituição (1988), abre espaço para
direitos à educação diferenciada uma vez que assegura o direito à diferença cultural.
Como se prova com o texto da Constituição atual (1998) onde um de seus artigos
refere sobre a cultura: “Art. 215: o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos
direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a
valorização e a difusão das manifestações culturais”. § 1º - o Estado protegerá as
manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros
grupos participantes do processo civilizatório nacional. § 2º - a lei disporá sobre a
fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos
étnicos nacionais.
No ano de 1973, com a criação do CENESP - Centro Nacional de Educação
Especial o governo deu mais atenção à educação de surdos, trabalho antes
delegado as ONGS.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
BIBLIOGRAFIA
BESS, F.; HUMES, L.- Fundamentos de Audiologia. Porto Alegre: Artmed, 1998
MOURA, Maria Cecília de; VERGAMINI, Sabine A. A.; CAMPOS, Sandra R. L. de.
Educação para surdos: práticas e perspectivas. São Paulo: Santos, 2008.
_______ .Um olhar sobre nosso olhar acerca da surdez e as diferenças. In:
Skliar,C.B.
(Org.). A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, p.5-6, 1998.
_______. Os Estudos Surdos em Educação: problematizando a normalidade. In:
Skliar,C.B. (Org.). A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação,
p.7-32, 1998.