A Igreja Na Idade Média
A Igreja Na Idade Média
A Igreja Na Idade Média
O clero regular nasceu como uma reação de setores da Igreja à vida profana do clero
secular, que, segundo alguns, tinham se afastado da vida espiritual para apegar-se às
coisas materiais. Por isso, os monges viviam fechados em mosteiros e faziam votos de
isolamento, castidade, caridade e pobreza. Os abades tinham o comando sobre os
monges.
Havia os chamados monges copistas, responsáveis pela confecção dos poucos livros
existentes, que eram cópias, feitas à mão, de obras escritas na Antiguidade,
principalmente as filosóficas. Perceba que estas obras eram monopolizadas pelos
mosteiros. Até a invenção da imprensa com tipos móveis feita por Gutenberg no século
XV, os monges copistas foram os únicos a desenvolver a pequena produção de livros.
Por volta do século X, a Igreja já era uma instituição hegemônica dentro da Europa, só
encontrando resistência em Constantinopla, onde, por questões relativas aos interesses
do imperador bizantino, ocorreu, em 1054, o chamado Cisma do Oriente.
A Igreja de Roma esteve bastante ativa no trabalho de conversão dos povos bárbaros ao
cristianismo. Em decorrência disso, os elementos ligados ao clero secular passaram a
envolver-se com frequência em questões políticas e administrativas dos reinos
medievais. Dentre os vários problemas criados por esse envolvimento destaca-se
a Querela das Investiduras.
Inquisição
Desde o início da Idade Média, após a expansão do cristianismo, era frequente o
surgimento de heresias, ou seja, doutrinas que contrariavam os dogmas (verdades
inquestionáveis) estabelecidos pela Igreja Católica. Para coibir as heresias, o papa
Gregório IX criou, em 1231, os Tribunais de Inquisição, cuja função era descobrir e
julgar os casos de heresia.
Ainda sobre o tempo, há uma questão importante a ser ressaltada: a Igreja Católica
condenava a prática de cobrança de juros (usura), alegando justamente que o tempo a
Deus pertence. Portanto, o homem não poderia “cobrar” juros por um dinheiro ou
mercadoria emprestados a alguém, pois estaria cobrando pelo tempo, ou seja, por uma
coisa que não lhe pertence. É de se imaginarem os problemas acarretados por essa visão
da Igreja sobre a usura quando a burguesia começou a se desenvolver com o
Renascimento Comercial da Baixa Idade Média.
Setores das artes, como escultura, pintura, arquitetura e música, assim como a filosofia,
também estiveram a serviço da Igreja Católica durante praticamente toda a Idade Média.