Ciclo 5 - Estudo de Caso - Família e Aprendizagem

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10/07/2020 Ciclo 5 – Estudo de Caso – Família e Aprendizagem

FAMÍLIA E APRENDIZAGEM

CICLO 5 – ESTUDO DE CASO

ESTUDO DE CASO
Revista Eletrônica - “O caso é o seguinte...” Coordenação Pedagógica: Coletânea de Estudos de
Casos

Coord. Ped., Belo Horizonte, v. 1, n. 2, p. 1-204, ago./dez. 2008 - Semestral 37

Resumo

O artigo Outros transtornos neurológicos comuns: dislexia retrata a realidade de uma aluna da 5ª
série do ensino fundamental com muitas dificuldades de aprendizagem e essas dificuldades são
devidas ao diagnóstico de dislexia.

CASO
A aluna Clara é estudante de uma escola pública, tem 13 anos, está na 5ª série do ensino
fundamental, e apresenta muita dificuldade em Língua Portuguesa. Essa dificuldade de
aprendizagem já é percebida desde as séries iniciais, de acordo com seus registros
escolares. Mas eram consideradas normais, devido a sua imaturidade escolar.

Sempre foi uma aluna agitada, dispersa e desinteressada, principalmente nessa matéria,
em que apresenta mais dificuldade. Como a aluna já se encontra na 5ª série e não tem
coerência na sua produção de texto, a professora informou a situação à supervisora, pois
estava preocupada, porque assim a aluna iniciaria mais uma série sem saber produzir um
texto, além do seu mau comportamento dentro da sala de aula. Decidiram, então,
investigar mais sobre as dificuldades de aprendizagem da aluna.

Verificaram que a aluna também apresentava dificuldades em Matemática e Inglês, e um


desempenho baixo nas outras matérias. A professora de Língua Portuguesa começou a
reparar mais na aluna, pediu para que lesse um texto e ela recusou, dizendo que não
gosta de ler, principalmente em público, e recusa fazer ditados. A professora percebeu que
a sua caligrafia é desorganizada, sem coordenação, com movimentos incompletos e
desiguais e apresenta alguma dificuldade de manter a escrita na linha do caderno. Diante
dessas percepções, a professora levantou.

Nome fictício, para preservar a identidade da aluna.

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A hipótese de que poderia ser um caso de dislexia, pois a dislexia2 é uma das mais
comuns deficiências de aprendizado. Pessoas disléxicas – e que nunca se trataram – leem
com dificuldade, pois é difícil para elas assimilarem palavras. Disléxicos também soletram
muito mal. Isto não quer dizer que crianças disléxicas são menos inteligentes; aliás, muitas
delas apresentam um grau de inteligência normal ou até superior ao da maioria da
população.

Com isso, a supervisora e a professora decidiram chamar os responsáveis pela aluna para
ver se ela apresenta essas dificuldades de leitura também em casa, se ela lê alguma
revista, gibis, jornais. E se em casa também ela é teimosa, insegura e agressiva. Quem
compareceu foi a mãe, e ela relatou que a filha não gosta de ler, informa que já faz leitura
demais na escola. Às vezes percebe que a filha troca muito as letras e pronuncia alguma
letra, mas quer dizer outra.

Ela já apresentava essa dificuldade quando estava na escola primária. Agora não tem
muito tempo para acompanhar a filha nas suas atividades de casa porque a filha já possui
autonomia e diz que não precisa da ajuda da mãe. Diante do relato da mãe, a supervisora
e a professora já estavam quase certas de que o caso da aluna fosse mesmo dislexia,
mas resolveram buscar um diagnóstico efetivo e encaminharam a aluna para um
fonoaudiólogo e um neurologista.

De acordo com o diagnóstico médico, Clara, realmente, possui dislexia. Segundo os


autores pesquisados, a dislexia pode. Dislexia: A significação intrínseca do termo: dys,
significando imperfeito, como disfunção, isto é, uma função anormal ou prejudicada; e lexia
que, do grego, dá significação mais ampla ao termo palavra, isto é, Linguagem em seu
sentido abrangente.

Ser neurobiológica ou genética. A dislexia é herdada e, portanto, uma criança disléxica


tem pai, avô, tio ou primo que também é disléxico. Diferentemente de outras pessoas que
não sofrem de dislexia, disléxicos processam informações em uma área diferente de seu
cérebro; não obstante, os cérebros de disléxicos são perfeitamente normais.

A dislexia parece resultar de falhas nas conexões cerebrais. Felizmente, existem


tratamentos que curam a dislexia. Esses tratamentos buscam estimular a capacidade do
cérebro de relacionar letras aos sons que as representam e, posteriormente, ao significado
das palavras que elas formam.

Com esse diagnóstico, foi preciso fazer intervenções pedagógicas com a aluna para que o
seu desempenho não fosse prejudicado pela dislexia. A aluna, a princípio, ficou arredia,
dizendo que era normal e que não precisava de nenhum acompanhamento médico ou
especializado pela escola. Disse que já tinha feito os exames e pronto, acabou.

Com essa rejeição, a escola promoveu para as turmas uma palestra sobre a dislexia e
explicou para a Clara que seria necessário um tratamento específico, senão ela poderia
encontrar muitas dificuldades na vida, tanto na área escolar como profissional. Na
palestra, a psicopedagoga explicou que a maioria dos tratamentos enfatiza a assimilação
de fonemas, o desenvolvimento do vocabulário, a melhoria da compreensão e a fluência
na leitura. Esses tratamentos ajudam o disléxico a reconhecer sons, sílabas, palavras e,
por fim, frases. É aconselhável que a criança disléxica leia em voz alta com um adulto para
que ele possa corrigi-la. É importante saber que ajudar disléxicos a melhorar sua leitura é
muito trabalhoso e exige muita atenção e repetição. Mas um bom tratamento certamente
rende bons resultados.

Alguns estudos sugerem que um tratamento adequado, administrado ainda cedo na vida
escolar de uma criança, pode corrigir as falhas nas conexões cerebrais ao ponto que elas
desapareçam por completo. Como Clara já está na adolescência, o trabalho deve ser
contínuo, o que não impede que ela também recupere por completo.

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Este estudo de caso da aluna Clara foi de aproximadamente 8 meses. Hoje ela está
fazendo um tratamento com um fonoaudiólogo e com uma psicopedagoga. E já fez alguns
progressos na sua aprendizagem. O ideal seria que toda criança fosse testada para
detectar se ela sofre de dislexia. Porém, o sistema educacional brasileiro é deficiente e há
uma falta de recursos na maioria das escolas do país. Portanto, é importante que pais e
professores fiquem atentos aos sinais de dislexia para que possam ajudar seus filhos e
alunos.

REFERÊNCIAS:
BAUER, J.J. Dislexia: Ultrapassando as barreiras do preconceito. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 1997.

LANHEZ, M. E.; NICO, M.A. Nem sempre é o que parece: Como enfrentar a dislexia e os
fracassos escolares. São Paulo: Alegro, 2002.

MORAES, A.M.P. Distúrbios da aprendizagem: Uma abordagem psicopedagógica. São


Paulo: EDICON, 1997.

NUNES, T.; COLS. Dificuldades na aprendizagem da leitura: Teoria e prática. 3. ed. São
Paulo: Cortez, 2000.

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Leia com atenção. O caso relatado apresenta uma aluna com comportamento agitado,
dispersa e desinteressada, principalmente em Língua Portuguesa. Está n0 5º ano e não tem
coerência na sua produção de texto, não sabia produzir um texto.
Esses dados encontrados no texto indicaram que era um caso de:

Surdez

Disartria

Discalculia

Dislexia

TDA-H

Correto
Meus parabéns, você acertou! Dislexia transtorno específico de aprendizagem de
origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou
fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração.

Leia com atenção. As características de pessoas disléxicas que nunca se trataram é:


I. Leem com dificuldade, pois é difícil para elas assimilarem palavras.
II. Soletram muito mal. Isto não quer dizer que crianças disléxicas são menos inteligentes.
III. Muitas dessas pessoas apresentam um grau de inteligência normal ou até superior ao da
maioria da população.

Marque a alternativa correta.

II e III, apenas.

I e III, apenas.

I, II e III.

I, apenas.

I e II, apenas.

Correto
Parabéns! Você acertou! Todas as afirmativas estão corretas

INTERATIVIDADE NO FÓRUM

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OBJETIVO
Refletir sobre características da criança, da família, e da escola, e sobre
os fatores de risco e de proteção identificados no caso clínico.

DESCRIÇÃO DA INTERATIVIDADE
Considerando os conteúdos estudados, discuta com seus colegas as seguintes questões,
apresentando suas considerações sobre elas no Fórum: Quais os fatores de risco
apresentados no caso clínico? Quais os fatores de proteção? O que você acrescentaria
como contribuição para o tratamento?

PONTUAÇÃO
A interatividade vale de 0 a 1,0 ponto.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Na avaliação desta interatividade serão utilizados como critérios:

Utilização da norma padrão Língua Portuguesa e das normas da ABNT.


Coerência, concisão e coesão.
Compreensão dos textos estudados.
Capacidade de análise do conteúdo e síntese de ideias.

Acesse o Fórum

QUESTÕES ON-LINE
Responda as Questões on-line disponibilizadas na Sala de Aula Virtual.

PONTUAÇÃO
De 0 a 0,5 ponto.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao finalizar esta disciplina, observamos a importância da família na participação no processo de
avaliação e tratamento da criança com dificuldades de aprendizagem.

Conhecer os aspectos históricos da família como núcleo familiar, passando pelo formato da família
moderna e chegando na família contemporânea contribui para o profissional melhor compreender o
funcionamento das famílias atuais. E dessa forma é possível identificar pontos que requerem
orientação e mudanças.

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Foi estudado também o suporte dado à criança pela família e sua importância para o
desenvolvimento infantil e à aprendizagem.

Por fim, busca-se o relato de um caso para contribuir com o pensamento clínico. De forma a
aumentar o pensamento reflexivo sobre fatores de risco e de proteção que atrapalham ou
contribuem para o desenvolvimento infantil.

© 2020 Família e Aprendizagem | Claretiano

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