Reatores Enzimáticos - Aula 9

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Reatores Enzimáticos

Engenharia Enzimática
Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia – 8º período
2018
Profª. Dra Karina G. Fiametti Colombo
REATORES ENZIMÁTICOS

• Biorreatores são equipamentos utilizados para transformar matéria-


prima em produtos utilizando, como meio de produção
microrganismos, células animais, vegetais ou Enzimas.

• O biorreator ideal para produção depende do tipo de célula ou


enzima que será empregado no processo.
REATORES ENZIMÁTICOS

O reator enzimático é um
recipiente onde se procede
uma reação catalisada por
uma enzima.
TIPOS DE REATORES USADOS COM ENZIMAS
• Os processos que utilizam enzimas imobilizadas podem ser conduzidos de forma
contínua ou em batelada. O sistema mais comum é o de tanque agitado em batelada
(STR).

• Em alguns casos, estes reatores vêm sendo


operados de forma semi-contínua através da
retirada intermitente de parte do meio reacional e
adição de nova solução de substrato.

• Quando a enzima encontra-se na forma livre e solúvel o


único reator utilizável é o reator em Batelada.
• CSTR –tanque mecanicamente agitado (com ou sem ultrafiltração)
• Batelada – enzima pode ser separada da mistura final com facilidade
• Contínuo – entrada e saída do fluído.
Como certa quantidade de enzima pode ser arrastada, sistemas de
recuperação de enzimas devem ser usados.
• Fluxo Pistonado –PFR (Plug-FlowReactor)
• Leito Fixo (Coluna empacotada –módulo fibrilar)
-Enzima empacotada – estacionária.
- Consiste em um tubo cilíndrico preenchido de forma
compacta e imóvel por partículas de catalisador e o
reagente em fase gasosa escoa através deste meio
poroso.
- Vantagens únicas e valorizáveis.
- Simplicidade -> baixo custo de construção e manutenção
- Pouca necessidade de equipamentos auxiliares -> fixação das
partículas no leito, o que não exige unidades custosas de
separação a jusante
- Larga flexibilidade de operação.
• Leito Fixo (Coluna empacotada –módulo fibrilar)

- Indicado para reações em condições de alta temperatura e/ou pressões e empregando


catalisadores sólidos.
- As dificuldades principalmente à transferência de calor.
- A taxa de liberação de energia ao longo do comprimento do reator não é uniforme e a
maior parte da reação normalmente ocorre nas proximidades da entrada do reator.
- Em reações exotérmicas a taxa de reação pode ser relativamente maior à entrada do
reator devido a maior concentração dos reagentes, logo a temperatura do reator tende
a elevar-se repentinamente em direção a um máximo ou "hot spot".
- Em reatores não adiabáticos com reações exotérmicas a temperatura no eixo do leito
pode ser muito diferente do que ocorre na parede, o que tende a aumentar a taxa de
reação local e reforçar cada vez mais esta diferença até o esgotamento local dos
reagentes.
• Leito Fluidizado - Velocidade do fluído promove
movimentação das partículas de enzima imobilizadas dentro
do reator.
- É um reator agitado pneumaticamente.
- É um sistema no qual as bolhas são direcionadas por um
movimento específico, criando um movimento de arraste para
que o líquido circule de forma ordenada.
- O ar é introduzido em uma chaminé no interior do reator,
através de um metal ou material cerâmico sintetizado de
pequenos poros, o que provoca uma intensa agitação no
líquido, dependendo da vazão do ar empregada.
- Indicado para o cultivo de células que apresentem grande
sensibilidade ao cisalhamento.
- Vantagens -> facilidade de operação, baixa
possibilidade de contaminação, consumo
de energia e altas taxas de transferência de
massa e calor.
Exemplo:
Produção de
biodiesel em
reator de leito
fluidizado

Diagrama esquemático do aparato experimental: (C1) cilindro de CO2, (CV) “check valve”, (BS1 e BS2) bombas de alta
pressão, (BR1 e BR2) banhos termostáticos, (VA1 e VA2) válvulas de alimentação do reator, (RE) reator
expandido, (AM) agitador mecânico, (BL) bomba de líquidos, (MM) micromisturador, (IT) indicador de
temperatura, (IP) indicador de pressão, (TP) sensor de pressão, (VA3) válvula de amostragem.
SELEÇÃO DOS REATORES ENZIMÁTICOS
Quanto à condução do processo
• Batelada: mais indicados para processos de pequena escala.

• Contínuo:
• Elevado custo do investimento.
• Custo de mão-de-obra reduzido
• Possibilita automação.
• Apresentam maior produtividade.
• Constância na Qualidade dos Produtos
Quanto ao tipo de reator a ser utilizado -Requisitos operacionais e
custo

Requisitos operacionais podem limitar a escolha do reator.

• Reator CSTR – quando controles de pH e temperatura são


necessários - homogeneidade
• Reator Tubular – substrato fornecido de modo intermitente
-casos em que substratos em elevada concentração inibem a
enzima.
• Reatores de Leito Fixo – não usados para fluidos de
alimentação que contenha sólidos insolúveis.
Quanto à Reutilização da Enzima
Maior parte das enzimas são instáveis para uso prolongado em
reatores, podendo a imobilização ser atrativa (exceto enzimas
extracelulares - amilases e proteases).

Economicidade do processo dependerá:


• custo do catalisador (enzima)
• custo do processo.
 Quanto à Característica da corrente de alimentação

 Meios Viscosos ou com material particulado - Tanque de


agitação e Leito fluidizado
 Meios de Baixa Viscosidade ou sem material particulado –
Leito fixo
 Processo com Enzimas Imobilizadas - as características
físicas do suporte.
 Suportes frágeis - não devem ser usados em reatores
CSTR e leito fluidizado.
 Suportes Compressíveis ou pequenos – não devem ser
usados em leito fixo
 Quanto às Características Cinéticas

 Reações que obedecem a cinética de MM – maior


rendimento nos reatores de leito fixo e fluidizado.
 Reações em ocorre inibição pelo substrato - mais adequado
CSTR – [S] no reator =[S] saída-baixa
 Reatores Contínuos - Enzima é retirada - necessário a
adição de enzima nova, devido a perda na atividade durante
uma operação prolongada.
 Facilmente realizado em reator CSTR, a qualquer instante
sem interrupções.
Tipos de reator e características
• Leitura obrigatória:
Cap. 8 – Reatores Multifásicos Enzimáticos. Livro: Engenharia
Enzimática, Joaquim M.S. Cabral; Maria Raquel Aires-Barros e Miguel
Gama
Cinética de reatores
Da mesma forma, para um CSTR e um PFR, a equação de Michaelis-
Menten pode ser integrada resultando em equações idênticas a
conversão enzimática em um reator batelada, usando Q como a
alimentação volumétrica de substrato ao reator (em [L/s]).

• Contribuições relativas do primeiro termo (reação de 1a ordem) e do


segundo termo (reação de ordem zero) em t , para atingir dado valor
de Y, dependem dos valores de So e Km.
Relação entre a conversão (Y) e a vazão volumétrica(Q) em ambos
reatores enzimáticos para diferentes razões So/Km.
As referidas equações demonstram que:

• Quantidade de enzima: no reator é um importante parâmetro -


determina a velocidade de reação.
*Reator em Batelada –quantidade enzima maior que o contínuo

• Processo Reacional: teoricamente é independente do tamanho do


reator e estes devem ser comparados com base na quantidade de
enzima requerida.
OUTROS EFEITOS QUE AFETAM A CINÉTICA DOS RETORES ENZIMÁTICOS
Conversão enzimática com Inibição pelo Substrato
Efeito da inibição pelo substrato na conversão (X) em
função da vazão volumétrica(Q) para um PFR(___) e
um CSTR(----) em diferentes razões So/Km.
Inibição pelo Produto
Inibição pelo Produto

Efeito da inibição
competitiva e não-
competitiva na conversão
(X) em função do tempo de
reação (t) para razão So/Km
= 10 e diferentes relações
de Kip/Km.
Exercício
A reação p-nitrofenolfosfato p-nitrofeno, é catalisada pela enzima
fosfatase. Para determinadas condições verificou-se que esta reação
obedece a cinética de Michaelis-Menten onde km=8,6mmol/L e vm=
2,5mmol/L min. Calcule:
a) O volume de um reator batelada que produza 100 mol/h de p-
nitrofenol, com conversão de 80%, a partir de uma solução de p-
nitrofenolfosfato 1 M, sabendo-se que o tempo entre uma batelada
e outra é de 2,5 horas.
b) Qual seria o volume de reator de mistura para a mesma conversão
acima, a fim de obter a mesma produção de p-nitrofenol?

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