Geometria Desenho
Geometria Desenho
Geometria Desenho
Distribuição e vendas:
Sociedade Brasileira de Matemática
e-mail: vendalivros@sbm.org.br
Te!.: (21) 2529-5073, 2529-5095
www.sbm.org.br
ISBN: 85-85818-02-6
GeoITietria
Euclidiana Plana
João Lucas Marques Barbosa
Nona Edição
A meus filhos
Henrique, Lucas e Davi
que só me têm dado alegrias.
Introdução
Desde sua publicação em 1985 este livro foi revisto apenas na edição
ele 1994, para eliminar pequenos erros tipográficos, e, exceto pela
inclusão ele um prefácio elo Professor Manfredo P. elo Carmo na
edição ele 1999, não sofreu qualquer alteração relevante.
Apesar elos inúmeros apelos, sempre me esquivei ele rever o seu
texto; como desculpa a falta ele tempo. Foi somente depois que
recebi um exemplar contendo a indicação ele um grande número de
erros tipográficos e sugestões, que me convenci a fazê-lo. O exem-
plar me chegou às mãos, pelo correio, sem qualquer outra mensagem
que uma nota manuscrita na página de rosto, logo abaixo elo título
e do nome do autor, que dizia " ... com anotações de Vanclik Estevam
Barbosa ... ". Fiquei encantado com o detalhamento de suas anota-
ções, com as quais concordei na quase totalidade. Foi o incentivo
que estava faltando para me fazer colocar mãos à obra, trabalho cio
qual resultou a presente edição. Quero, neste momento, agradecer
ao Vanclik por sua contribuição.
A permanência elo livro entre os mais vendidos ela Sociedade
Brasileira de Matemática a cada ano, desde 1985, o que tem exigido
constantes reimpressões, me convenceu ele que o texto não deveria
ser modificado, apenas corrigido. Atendendo ao apelo ele grande
número ele colegas que utilizam ou utilizaram o livro, inclui novos
exercícios em todos os capítulos e criei um novo, no final, apenas
com exercícios, pensando naqueles alunos que precisam fazer uma
revisão da Geometria Euclidiana. Neste mister fui auxiliado dire-
tamente por três alunos de iniciação científica do Departamento de
Matemática da UFC: a Valdenize Lopes do Nascimento, o Antonio
Marcelo Barbosa da Silva e o Gláucio Cordeiro Alencar, que se dis-
puseram a encontrar, selecionar e resolver uma enorme quantidade
de exercícios de geometria. Se por um lado eles me auxiliaram bas-
tante, por outro, aprofundaram seus conhecimentos matemáticos.
Agradeço-lhes elo excelente trabalho que fizeram
Devo também agradecer a contribuição do meu filho mais novo,
Davi, que no presente ano cursa o terceiro científico e se prepara
para o vestibular. Os problemas de Matemática, que me trouxe,
vez por outra, sem que soubesse, serviram de inspiração para a
proposta de novos exercícios.
Infelizmente todas as figuras do texto original foram perdidas e
tiveram de ser refeitas. Para isto contei com o talento e dedicação
do Márcio Pereira da Silva, o qual investiu tempo e esforço para
reconstituí-las e para produzir outras, que acompanham os novos
exercícios.
Agradeço a todos os que direta ou indiretamente, colaboraram
com esta edição do livro, particularmente a Professora Suely Driick,
atual presidente da Sociedade Brasileira de Matemática e a todos
os professores que, ao longo dos anos, me enviaram indicações de
erros tipográficos no texto das edições anteriores deste livro.
ii
Prefácio da 4~ Edição
iii
apareceu o livro cio Professor Lucas Barbosa. Utilizando uma mo-
dificação ela axiomática ele Euclides, devida ao matemático russo
A.V. Pogorelov, o Professor Lucas produziu um texto em português
apresentando os elementos fundamentais ela Geometria Plana ele
modo accessível, eficiente e correto. Que o livro foi bem recebido
é comprovado pelo fato que ele foi reimpresso diversas vezes e que
continua a demanda por novas edições. O livro, como diz o co-
nhecido chavão, preencheu uma lacuna. Ele é uma boa referência
em português para aqueles que queiram ir mais adiante no estudo
ela Geometria. Por exemplo, o excelente ((Medida e Forma em
Geometria"clo Professor Elon Lima cita o livro cio professor Lu-
cas como referência para Geometria Plana. Em verclacle, O livro cio
Professor Elon e um curso ele Geometria Hiperbólica dado no XX
Colóquio Brasileiro ele Matemática pelo Professor Lucas constituem
uma ótima continuação para os estudos aqui iniciados. Com isto,
começo a me afastar cio meu tema inicial e creio conveniente con-
cluir aqui este Prefácio. Antes, porém, quero parabenizar o Profes-
sor Lucas pelo ótimo trabalho realizado.
iv
Introdução da 3~ edição
Esta é uma edição revista elo livro ele mesmo título que escrevi há
cerca ele vinte anos e que foi publicado, em sucessivas impressões,
na coleção Fundamentos ele Matemática Elementar ela Sociedade
Brasileira ele Matemática.
A revisão consistiu essencialmente na alteração cio enunciado ele
alguns elos exercícios e problemas propostos, a correção de alguns
erros ele datilografia e a possível inclusão ele alguns novos ...
Agradeço a todos aqueles que me indicaram erros e enganos
no texto original e fizeram sugestões para modificações do mesmo.
Foram mais ele uma centena ele cartas, algumas apresentando a
contribuição ele turmas inteiras ele cursos ele geometria em que ele.
foi adotado. Por ser impossivel aqui registrar todos os seus nomes,
quero representa-los na pessoa cio mais ilustre destes leitores, o
Professor Manfreclo Perdigão cio Carmo, que me enviou em 1986
uma cópia cio livro com suas observações e sugestões, a qual utilizei
como repositório ele todas as que me foram enviadas posteriormente,
o que simplificou sobremaneira a preparação desta nova edição.
V
Introdução da 1~ edição
Este livro foi escrito para servir de texto a uma disciplina de Geo-
metria para alunos ele cursos de licenciatura em Matemática. Ele
contém o material padrão de um curso ele Geometria Euclidiana
Plana, excetuando-se os tópicos relativos a movimentos e a cons-
trução de figuras com régua e compasso. Este material será incluído
numa versão futura deste texto.
Os axiomas adotados são aqueles selecionados por A.V. Pogo-
rélov no seu livro "Geometria Elemental". Estes axiomas têm a
vantagem de levarem o aluno rapidamente aos teoremas mais impor-
tantes da Geometria Plana. Em alguns casos eles estão enunciados
ele forma mais ampla do que seria necessário. Por exemplo, um de-
les afirma que, dada uma reta existem pontos sobre ela e pontos fora
dela. De fato seria suficiente postular apenas a existência ele dois
pontos sobre a reta e um ponto fora dela. Os axiomas sobre medição
ele segmentos e medição de ângulos são extremamente vantajosos elo
ponto ele vista metodológico. Primeiramente eles evitam o traba:ho
ele estabelecer os conceitos ele medida ele segmentos e ele medida ele
ângulos. É sabido que a introdução destes conceitos, quando se faz
uso de uma axiomática clássica, constitui-se num problema nada
simples e que requer a utilização ele meios inacessíveis ao aluno,
por sua profundidade. Segundo, através dos a.xiomas de medição,
incorpora-se a aritmética e a álgebra elementar ao arsenal de meios
utilizáveis para as demonstrações cios teoremas ela Geometria.
vii
A introdução cio quinto postulado, característico ela Geometria
Euclidiana, é retardada até o capítulo 6. Assim, os teoremas obti-
dos até o capítulo 5 são válidos em uma geometria não Euclidiana
em que sejam verdadeiros os quatro primeiros axiomas. Neste as-
pecto este livro poderia ser considerado como um texto preliminar
a um curso ele Geometria não Euclidiana ou servir como fonte ele
referência para alunos daqueles cursos.
O livro está organizado em 10 capítulos. Cada um deles contém,
além ela parte ele conteúdo, uma relação ele exercícios, uma ele
problemas e um texto denominado "Comentário". A separação
elas questões propostas aos alunos, em problemas e exercícios, foi
feita, em princípio, considerando-se que os problemas complemen-
tam a teoria e têm um caráter mais conceituai, enquanto que os
exercícios destinam-se mais à fixação cio conteúdo apresentado. Os
comentários constituem-se numa seleção ele pequenos tópicos, que
não fazem parte cio conteúdo cio livro, mas que têm sido ele muita
utiliclacle na formação cios alunos cios cursos ele Geometria que tenho
lecionado. Incentivado por eles fui levado a incluir alguns destes pe-
quenos tópicos neste livro.
Ao finalizar esta introdução gostaria de agradecer ao professor
José Euny Moreira, que leu criticamente a versão manuscrita deste
texto, e a minha esposa Cira que me incentivou a escrevê-lo.
viii
Sumário
Introdução
4. Congruência 45
8. O Círculo 127
ix
10. Área 175
X
CAPÍTULO 1
Axioma 12 Dados dois pontos distintos existe uma única reta que
os contém.
1
2 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
Figura 1.1
Figura 1.2
A e B
Figura 1.3
Figura 1.4
4 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
A B
Figura 1.5
A B
Figura 1.6
1) C está entre A e B,
2) A está entre B e C,
1. AXIOMAS DE INCIDÊNCIA E ORDEM 5
3) B está entre A e C.
Figura 1.7
6 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
EXERCÍCIOS
12. Prove que a união de todas as retas que passam por um ponto
A é o plano.
16. Denomina-se uma malha tipo 2-3 ao par ('P, 'R-) onde Pé um
conjunto de pontos e Ré uma coleção ele subconjuntos de P,
denominados retas, satisfazendo aos seguintes axiomas:
Ml. Cada reta contém exatamente três pontos.
M2. Por cada ponto passam exatamente duas retas.
M3. Por dois pontos passa no máximo uma reta.
M4. Existe pelo menos um ponto no plano.
PROBLEMAS
13. Seja (P, n) uma malha do tipo 2-3. Mostre que o número de
elementos de Pé divisível por 3, e que o número de elementos
de n é divisível por 2.
COMENTÁRIO
A B e
111111111111111q1111p111111111111q11111p111111111111111111p111111111111q1111p11111111p111
O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 \
\
Figura 2.1
13
14 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
AB = lb-al.
Axioma III3 Se o ponto C encontra-se entre A e B então
lc - ai + lb - cl = la - bl .
Vamos supor inicialmente que a < b. Neste caso, da igualdade
acima, obtém-se
lc - ai + lb - cl = la - bl .
Segue-se daí que AC + C B = AB. Em particular
e CB < AB.
16 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
C B = 1e - bl = 1 a ; b - b1 = 1 ~ - t1
( Unicidade)
Seja C como obtido na prova ela existência e seja
C' um outro ponto cio segmento AB tal que AC' = BC'. Sejam a, b
e e' as coordenadas cios pontos A, B e C' respectivam1:;nte. Então
teremos,
, a+ b
e=--.
2
o
•
A e
e
Figura 2.2
EXERCÍCIOS
15. Mostre que, se a < b então a< (a+ b)/2 e b > (a+ b)/2.
16. Um segmento ligando dois pontos de um círculo e passando
pelo seu centro é chamado de diâmetro. Mostre que todos os
diâmetros têm a mesma medida.
2. AXIOMAS SOBRE MEDIÇÃO DE SEGMENTOS 21
27. Uma emissora ele rádio transmite com potência suficiente para
alcançar qualquer receptor situado a menos de 100 Km de
sua antena. Justifique a veracidade da seguinte afirmação:
sabendo-se que é possível viajar da cidade A para a cidade B
ouvindo no rádio continuamente a transmissão daquela emis-
sora conclui-se que a distância entre A e B é de, no máximo,
de 200 Km.
29. Dado qualquer número real positivo a -=I= 1 mostre que existe
um único ponto M na reta determinada por A e B, que não
pertence a AB e que divide AB na razão a. Porque o caso
a = 1 teve ele ser excluído?
MA NA
====a.
MB NB
Quando a > 1, determine as posições relativas dos quatro
pontos. Repita o exercício para o caso em que O < a < 1.
PROBLEMAS
10. Considere uma semi-reta SAB· Mostre que, para cada ponto
C de S AB existe um círculo centrado em C passando pelo
ponto A. Para cada C, seja B(C) o disco limitado por C.
Mostre que a união dos B(C) é um conjunto convexo.
11. Sejam uma reta e Pum ponto que não pertence a m. Seja
1i a união das semi-retas de origem P que cortam m.
15. A superfície ela terra é uma esfera ele raio muito grande.
Tão grande que, localmente, tem-se a sensação ele que estar
vivendo sobre uma superfície plana. De fato, esta sensação é
tão forte que a história registra um período em que tal crença
era lugar comum. Discuta a seguinte questão: o que são retas
sobre uma esfera.
2. AXIOMAS SOBRE MEDIÇÃO DE SEGMENTOS 27
18. Considere como plano a parte ela planta de uma cidade ocu-
pada pelas ruas e avenidas. Considere como segmento de reta
qualquer caminho que possa ser seguido por um ta.xi para ir
de um ponto a outro ela cidade. Verifique se cada um dos
axiomas que já enunciamos vale ou não nesta "geometria".
19. Tome uma folha de papel. Suponha que o plano seja cons-
tituído apenas elos pontos desta folha ele papel. Dados dois
pontos neste plano, usando uma régua e um lapis pode-se
traçar um segmento ligando os dois pontos. Defina as reta
como a extensão ele um segmento até a borda ela folha ele
papel. Discuta a validade ou não, nesta "geometria", de todos
os a.xiomas já apresentados até aqui.
COMENTÁRIO
Figura 3.1
Figura 3.2
29
30 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
Figura 3.3
Figura 3.5
Axioma III 4 Todo ângulo tem uma medida maior ou igual a zero.
A medida ele um ângulo é zero se e somente se ele é constituído por
duas semi-retas coincidentes.
60
125
B A
180 o
o
Figura ~-6
Figura 3.7
D
A
B
e
Fig.ura 3.8
34 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
n' n
y m
Figura 3.9
EXERCÍCIOS
18. Uma poligonal é uma figura formada por uma seqüência ele
pontos A1 , A2, ... , An e pelos segmentos A1A2, A2A3, A3A4,
... , An_ 1 A 11 • Os pontos são os vértices ela poligonal e os
segmentos são os seus lados. Desenhe a poligonal ABCD
sabendo que: AB = BC = CD = 2cm,, ABC = 120º e
BÔD = 100º.
D A D
E
A e e
e E B
B
A B
\
B
c~c
A E
E D
(a) (b)
PROBLEMAS
COMENTÁRIO
CONGRUÊNCIA
45
46 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
A - E
B -----.t F
C - G
é a correspondência que define a congruência, então valem, simul-
taneamente, as seis relações seguintes:
AB EF BC FC AC EG
Â Ê Ê p ê ê
Se, nos triângulos abaixo, considerarmos a correspondência C - F,
B - D e A - E, verificaremos que ê = P, Ê = ÍJ, Â = Ê,
CB = FD, BA = DE e AC= EF. Portanto os triângulos CBA
e F D E são congruentes.
G
e
6
F
30
,____,__ _ _4
_ _ _.___--"" A
Figura 4.1
Observe que, ele acordo com a definição (4. 2), para verificarmos
se dois triângulos são congruentes temos que verificar seis relações:
congruência elos três pares de lados e congruência dos três pares de
ângulos correspondentes. O axioma acima afirma que é suficiente
verificar apenas três delas, ou seja:
AB = EF}
AC=EG ==> { A-f! = E}F, BC= FC, AC= EG
A= E, Ê = F, ê= ê
Â=Ê
A~----------~B E~----------~F
Figura 4.2
A
Por hipótese, AB = AC e
AC = AB. Como  =
Â, segue-se (pelo axioma IV)
que esta correspondência de-
fine uma congruência. Como
conseqüência tem-se Ê = ê. B e
P.igura 4.3
A C
I
I
I
I
I
I
I
BL...---0.___ _,
A
(a) (b) (e)
Figura 4.4
50 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
A D e
Figura 4.5
A1------,-------➔ B
Figura 4.6
EXERCÍCIOS
e A
D A ~ E
~ B
e B
A
PROBLEMAS
6. Na ao lado, ABD
e são triângulos
isósceles com base BD.
Prove que AÊC = AÍJC
e que AC é bissetriz do
ângulo BêD. e
A M B
COMENTÁRIO
e ~ D
A
Figura 5.1
61
62 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
B __ ,F
- - I
- - I
e~,'/ A D
Figura 5.2
Prova: Seja ABC um triângulo. Vamos mostrar que Ê+ê < 180º.
Seja 0 o ângulo externo deste triângulo com vértice em C. Pela
proposição anterior temos que
Corolário 5.4 Todo triângulo possui pelo menos dois ângulos in-
ternos agudos.
m
Prova: Se rn e n se inter-
ceptassem formar-se-ia um
triângulo com dois ângulos
retos, o que é absurdo pelo n
corolário anterior.
Figura 5.3
Definição 5.6 Duas retas que não se interceptam são ditas para-
lelas.
m
n', . . e
'
'A'
Figura 5.4
Figura 5.5
m
Q p
Figura 5.6
e
Figura 5.7
Figura 5.8
A~---------~
13
------~D
Figura 5.9
Prova: Se A, B e C não estão sobre uma mesma reta, então eles de-
terminam um triângulo e a desigualdade é conseqüência do teorema
anterior. Se estão sobre uma mesma reta, sejam a, b e e, respecti-
vamente, as suas coordenadas. Neste caso é simples verificar que
la - cl :'.S la - bl + lb - cl
e que igualdade ocorre se e somente se b está entre a e e. O resultado
é agora uma conseqüência do teorema (2.2).
Figura .5.10
Figura 5.11
B'
... ...
... 1
'B
Figura 5.12
B hipotenusa e
Figura 5.13
Por causa disto, além dos três casos de congruência que já conhe-
cemos, existem outros três específicos para triângulos retângulos.
Estes são apresentados no teorema seguinte.
3. AB = A'B' e Â=Â'.
2. (h • c) hipotenusa e cateto, e
Figura 5.14
CÍJB = CÂB.
EXERCÍCIOS
a) Os triângulos ABC e
DCB são congruen- e
tes?
b) Qual o lado do
triângulo ABC qu-3 é
A
mais longo?
c) ·Qual o lado do
tr,1,ângulo DC B que é B
mais curto?
e
8. Se, no problema anterior, os
ângulos tivessem _sido indica-
dos como na figura ao lado,
A
quais seriam as respostas às
perguntas a, b e e acima?
B
B
9. Na figura ao lado tem-se
BD > BC e  > AÊC. Prove D
A
que BD> AC.
e
5. O TEOREMA DO ÂNGULO EXTERNO 75
F
10. Na figura ao lado H foi esco-
lhido no segmento FG de sorte
1H
que EH = EG. Mostre que
2
i > 2.
B
17. Na figura ao lado os triângulos
ABC e EDC são congruentes E
e os pontos A, C e D são coli-
neares. Mostre que AD> AB.
A e D
m
18. Na figura ao lado tem-se i = 2 n
A B
i
B
21. Na figura ao lado AD e BC são A
se a+ 1 = 180º então 1n e n
não se interceptam.
 e Ê são congruentes. D C
PROBLEMAS
A
EFD é também eqüilátero.
B e A B
~l
3. Na figura ao lado AD = BC,
A M B
AÍJC e Bê.D são ângulos re-
tos, e M. E; N são pontos
médios dos segmentos AB e
DC respectivamente. Mostre
que M N é perpendicular a AB D
1
N
]
e
e a CD.
6. Mostre que, por um ponto fora de uma reta sempre passa uma
outra reta que não intercepta a reta dada.
COMENTÁRIO
P - Q (leia: P implica Q)
Uma maneira de reescrevê-la no formato "se ... , então ... " é o se-
guinte:
P-+Q
5. O TEOREMA DO ÂNGULO EXTERNO 83
Q- p
l.ii) Se duas retas são paralelas, então elas possuem uma perpen-
dicular comum.
P- Q (Pé equivalente a Q)
No enunciado de teoremas estabelecendo que as duas afirmações são
equivalentes é comum que se use o formato " ... se e somente se ... ".
Por exemplo:
Outros formatos comuns são "... se e só se ... ", "... é condição neces-
sária e suficiente para ... " e "... é equivalente a ... ".
Considere agora as duas seguintes proposições:
I) p-+ Q
II) Ç'J -+1/
Axioma V Por um ponto fora ele uma reta m pode-se traçar uma
única reta paralela a reta m.
85
86 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
Figura 6.1
Figura 6.2
i
-- 2
3
.5
7 -- 4
6
8
Figura 6.3
88 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
Proposição 6.4 Se duas retas paralelas são cortadas por uma trans-
versal, então os ângulos correspondentes são congruentes.
m"
m
m'
Figura 6.4
Prova: Sejam m e m' duas retas paralelas e seja n uma reta que
corta m e m' nos pontos A e B, respectivamente. Considere uma
reta m" passando pelo ponto A e formando com a transversal qua-
tro ângulos congruentes aos ângulos correspondentes formados pela
reta m' com a mesma transversal. De acordo com a proposição an-
terior m' em" são paralelas. De acordo com a proposição (6.1) e
6. O AXIOMA DAS PARALELAS 89
Figura 6.5
Corolário 6.6
a) A soma das medidas dos ângulos agudos de um triângulo
retângulo é 90º.
b) Cada ângulo de um triângulo eqüilátero mede 60º.
90 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
Figura 6.6
Observe que AÂ' B = A' ÊB' e que A' ÂB = 90º. isto é uma
decorrência de que m e n são paralelas e da aplicação da proposição
(6.4) ao considerar-se A' B e AB como transversais. Portanto os
triângulos AA' B e B' B A' são triângulos retângulos com um ângulo
agudo e hipotenusa (comum) congruentes. Segue-se do teorema
(5.14) que eles são congruentes. A congruência é a que leva A
em B', A' em B e B em A'. Logo AB = A' B', como queríamos
demonstrar.
A inversa deste teorema é também verdadeira e sua demonstra-
ção é proposta como um exercício deste capítulo.
6. O AXIOMA DAS PARALELAS 91
A B
e
Figura 6.7
A B
e
Figura 6.8
B e
Figura 6.9
(AD/AB) = (AE/AC).
Para isto, tome um pequeno segmento APi na semi-reta SAB de
modo que as razões AB/AP 1 e AD/AP 1 não sejam números in-
teiros. Consideremos na semi-reta SAB os pontos A, Pa, ... , A,
... tais que
D está entre e
B está entre e
B~-------------~c
Figura 6.11
96 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
Tem-se portanto:
ni · AP 1 < AD < (m + 1) · AP 1 e
n · AP 1 < AB < (n + 1) · AP 1 .
1n + 1
c) AD- AE
- -1 < - - - -m-
1
AB AC n n + 1.
Observe que, corno 1n ~ n, então
1n + l m m+ n + 1 2n + 2 2
-----=----<---
n n+l n(n+l) -n(n+l) n
ou seja, as razões AD/ AB e AE / AC diferem por não mais elo que
2/n. Quanto menor for o segmento APi tanto maior será o número
n e tanto menor será o quociente 2/n. Corno o lado esquerdo ela
desigualdade (c) não depende ele n, só podemos concluir que os quo-
cientes AD/ AB e AE / AC são iguais, como queríamos demonstrar.
6. O AXIOMA DAS PARALELAS 97
EXERCÍCIOS
24. Um triângulo têm dois ângulos que medem 20º e 80º. Deter-
mine a medida de todos os seus ângulos externos.
29. Porque um triângulo não pode ter dois ângulos externos agu-
dos?
30. Pode um ângulo externo ele um triângulo ser menor elo que o
ângulo interno que lhe é adjacente?
100 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
31. Seja ABC um triângulo isósceles ele base BC. Mostre que a
bissetriz elo seu ângulo externo no vértice A é paralela a sua
sua base.
A
34. Na figura ao lado AB é con-
gruente a AC, AE é congru-
ente a AD, e BÂD = 48".
Calcule a medida elo ângulo
B e CÍJE.
D
6. O AXIOMA DAS PARALELAS 101
E
35. Na figura ao lado tem- A
se que CE é bissetriz elo
ângulo AÔD e BE é bis-
setriz elo ângulo AÊC. De-
termine a medida elo ângulo
 sabendo que BÊC mede B e D
50°.
PROBLEMAS
B B'
\
\
\
\
\
\
\
\
4. Na figura ao lado A, B e
C são pontos de um círculo
de centro O. Mostre que A
BÔC=2-BÂC.
104 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
CorvIENTÁRIO
1. Coisas que são iguais a uma mesma coisa são também iguais
entre si.
2. Se iguais são adicionados a iguais, os resultados são iguais.
3. Se iguais são subtraídos de iguais, os restos são iguais.
4. Coisas que coincidem com outras coisas são iguais uma a
outra.
5. O todo é maior do que qualquer ele suas partes.
Os postulados eram:
SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
Figura 7.1
109
110 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
Figura 7.2
'~G
1 ',
1 \
e 1 \
\
Figura 7.3
A~BE..__._-----+----~FH..__._---+------'"~
Pígura 7.4
AB BC CA
EF FC CE'
então os dois triângulos séi,o semelhantes.
(AB/HI) = (AC/HJ).
G J
A ~ B E~-----+---~F H~----+----~J
Figura 7.5
(AB/HI) = (BC/IJ).
BÂD = ê.
Como também D ÂC + ê = 90° então
DÂC= Ê.
Figura 7.6
c m h
b h n
Da última igualdade deduz-se que
h2 = mn
Assim provamos a seguinte proposição;
EXERCÍCIOS
8. Na figura ao lado D e
é ponto médio ele AB
e E é ponto médio ele E
AC. Mostre que os
triângulos AD E e ABC
A~--~0- - - ~ B
são semelhantes.
7. SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS 117
B e
18. Encontre mais três triplas pitagóricas que não sejam obtidas
uma ela outra por multiplicação por inteiro.
7. SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
19. Mostre que uma tripla pitagórica não pode ser formada ape-
nas de números ímpares.
25. A legenda ele um mapa elo Brasil indica que o mesmo foi feito
ele forma que as distâncias lineares ele 600km correspondem
no mapa a apenas 4cm. No mapa, com uma régua medimos a
distância de Fortaleza a Caninclé e encontramos 0,5 cm. Qual
a distância real de Fortaleza a Canindé? Observe que o valor
encontrado representa a distância entre as duas cidades em
linha reta.
·PROBLEMAS
COMENTÁRIO
Pitágoras, que morreu em 490 a.C., foi conhecido por seus con-
temporâneos como o fundador ele um movimento ele cunho reli-
gioso que veio a ser conhecido como Pitagorismo. Os pitagóricos
interessavam-se pela ciência ele um modo geral e particularmente
pela Filosofia e pela Matemática. No que concerne à Matemática a
maior contribuição elos pitagóricos foi o desenvolvimento ela teoria
elos números, e a descoberta elos números irracionais. Foram eles
que provaram, pela primeira vez, que o número v'2 é irracional. A
prova deste fato apresentada no 10º livro ele Euclides é a seguinte:
0 CÍRCULO
AB e CD são cordas
D CD é um diâmetro
Figura 8.1
127
128 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
''
M ' o
e /
/
/
/
/
/
/
/
Figura 8.2
Figura 8.3
\
v
o
Figura 8.4
8. O CÍRCULO 131
9 A
1
' ' ,,, ,
A e ,o
1
1
1
D
D
Figura 8.6
Figura 8.7
e
I
I
I
Figura 8.8
1
1
- - ~o
I
I
I
I
Figura 8.9
D
Figura 8.11
8. O CÍRCULO 137
AÊC=AÊB+BÊC>ADB+BDC=ADC
e
Figura 8.12
Figura 8.13
EXERCÍCIOS
11. Três círculos são dois a dois tangentes exteriores. Seus cen-
tros formam um triângulo eqüilátero. Qual a medida ele seus
raios?
15. Mostre que a mediatriz de uma corda passa pelo centro elo
círculo.
z
27. Na figura acima à direita, sabe-se que Y é o centro do círculo
e que BL = ER. Mostre que BE é paralelo a LR.
28. Na figura seguinte à esquerda, o quadrilátero DI AN é um
paralelogramo e I, A e Jvf são colineares. Mostre que DI =
DM.
40. Dado um quadrado ele lado 5cm, qual o raio elo círculo no qual
ele está inscrito? Qual o raio elo círculo que ele circunscreve?
41. Dado um triângulo eqüilátero ele lado 4cm, qual o raio elo
círculo no qual ele está inscrito? E qual o raio elo círculo que
ele circunscreve?
42. Dados dois círculos e duas retas, cada uma elas quais tangentes
aos dois círculos. Mostre que os segmentos delas determinados
pelos pontos ele tangencia são congruentes.
PROBLEMAS
3. Prove que dois círculos distintos não podem ter mais do que
dois pontos em comum.
COMENTÁRIO
Figura 8.14
154 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
1) (s2n) 2 = 2R · m,
2) (R-m)2 = R2 - (8~')2
onde m = AD. Eliminando-sem destas equações resulta:
Ss R✓2- /2
R✓2-J2+ v'2
RJ2-J2+ j2+ /2
E poderá facilmente estabelecer uma expressão geral para s2n, (n 2::
8). Com base nas fórmulas acima, calculamos, em termos aproxi-
mados, corretos até a quarta casa decimal, os valores constantes
ela tabela 8.1. Assim, segundo nossa intuição, o comprimento de
8. O CÍRCULO 155
n Sn Pn
4 1, 41421 ·R 5,6568 ·R
8 O, 76537 ·R 6, 1229 ·R
16 O, 39018 ·R 6,2428 ·R
32 O, 19603 ·R 6,2730 ·R
64 O, 09814 ·R 6,2806 ·R
128 0,04908 ·R 6, 2825 ·R
256 0,02454 ·R 6, 2830 ·R
512 0,01227 -R 6, 2831 -R
7r = 3.141593
o que nos dá um perímetro de aproximadamente 6, 283186 • R.
CAPÍTULO 9
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
ex.
A'-----~o__._ _ _D_~B A'--=-n-----'=-'-------'B
Figura 9.l
157
158 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
CD C'D' OD O'D'
sena==== e cosa====
CO C'O' CO C'D'
Isto prova a nossa afirmação.
oc 2 - oc 2 -
e) tg(90º - a) = 1/ tga
Figura 9.2
C'D' OD
sen(90º - a)= OC' = OC = cosa
OD' CD
cos(90º - a)= OC' = OC = sena
a) sen(180º - a) = sena
b} cos(180º - a)= - cosa
Figura 9.3
9. FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS 161
C'D' CD
sen(180º-a) = = == = sena
C'O CO
D'O DO
e I cos(180º - a)I = C'O = CO = 1 cosa!
Como a =I= 90° então a ou 180° - a é obtuso e o outro é agudo. Por
isto, cosa e cos ( 180º - a) têm sinais opostos. Logo
Proposição 9. 6
AB/v2
sen45º = ___,,,,,=- = 1/V2
AB
Da mesma forma obtém-se o valor ele cos45º. O valor ela tangente
é obtido pela simples divisão elos valores elo seno e co-seno.
(b) Construa um tri-
ângulo eqüilátero ABC. Todos A
os seus ângulos medem 60º e to-
dos os seus lados têm o mesmo
comprimento a. Considere a al- B
tura baixada elo vértice B ao
lado AC e seja D o pé desta
altura. Os dois triângulos for- e
mados são congruentes e DA= Pig-ura 9.4
DC = a/2. Aplicando o teo-
rema ele Pitágoras ao triângulo ABD concluímos que BD= a/3/2.
Observe que o ângulo AÊ D mede 30º. Logo
0 a/2
sen30 = - = 1/2 (9.4)
a
a/3/2
cos30º = - - = v'3/2 (9.5)
a
1/2 r,:;
tg30º = - - = 1/v3 (9.6)
/3/2
9. FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS 163
AB 2 = AD 2 + BD 2
AC 2 = AD 2 + DC 2
A A A
~A~
L___j) ~~B ~-----,L-'---____,,__
e BD e D BDC
Figura 9.5
AB 2 - AC 2 = BD 2 - DC 2
164 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
a) C está entre B e D
AB 2 = AC 2 + BC 2 + 2 · BC · DC.
b) D está entre C e B
c) B está entre C e D
Teorema 9.8 (Lei dos senos) Qualquer que seja o triângulo ABC,
tem-se:
sen  sen Ê3 sen ê
BC AC AB
9. FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS 165
,
,,
, ,o
, ,
,,
Figura 9.6
senÍJ = senÂ.
Conseqüentemente
BC= 2R senÂ.
AB = 2R • sen ê e AC = 2R • sen Ê .
Comparando-se as três fórmulas obtidas conclui-se que
166 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
m2 a 2 - ab cosa cos(3
n2 b2 - ab cosa cos(3.
9. FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS 167
Figura 9.7
EXERCÍCIOS
a) 1 + tg 2 Â = sec2 Â
b) 1 + cot2 Â = csc2 Â
o
A --------'----;
e
172 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
PROBLEMAS
) ( tga + tg/3
ª tg ª + /3) = 1 - tg a tg /3
cot a cot /3 - 1
b) cot (a+ /3) = - ----
cota+ cot/3
4. Ache fórmulas para tg(a-/3) e cot(a-/3) em termos de tga,
tg/3, cota e cot /3.
5. Mostre que tg(180º - a)= - tga.
__ 1- cose
8. M ostre que tg(0/ 2)
sen0
9. Exprimir sen3a em função de sena.
10. Mostre que cos 20 = cos4 0 - sen 4 0
COMENTÁRIO
ÁREA
(a) (b)
Figura 10.1
175
176 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
Figura 10.2
Figura 10.3
----------------------D
I
I
A ' - - - - - - - - - - - - ~1B
Figura 10.4
E B
Figura 10.5
n An
16 3,06147
32 3,12145
64 3,13655
128 3,14033
256 3,14128
512 3,14151
1024 3,14157
2048 3,14158
4096 3,14159
1048546 3,14159
Tabela 10.l
a) L(P) < a
b) A-A(P) <a•R
c) p - p(P) < a
Figura 10.7
EXERCÍCIOS
9. Prove que a razão entre as áreas ele d'..'is discos é igual a razão
entre os quadrados elos seus raios.
i
E
oN
Cll
-~
iii
Cll
"O
Cll
::,
a::
◄ 48,98 m - -- --
16. Quanto seria necessário de papel para cobrir toda a face ex-
terna de uma lata cilíndrica cuja altura é 15 cm e cujo raio
de base é 5 cm?
186 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
25. Construa uma estrela ele seis pontas usando dois triângulo
eqüiláteros congruentes concêntricos. Determine sua área em
função elo lado elos triângulos.
D e
N B
PROBLEMAS
stração.
COMENTÁRIO
Área(ABC) = L · AB · h ( 10.13)
iniciar com o caso mais simples em que a subdivisão foi feita como
na figura seguinte. Observe que, neste caso, há uma altura que é
comum a todos os triângulos! Para o caso geral, se PQ R for um
triângulo da subdivisão, tente determinar uma fórmula para sua
área em termos elas áreas dos triângulos APQ, AQ R e ARP.
O valor L que figura na fórmula (10.13) é ali colocado para
permitir a adaptação daquela fórmula às diversas unidades de área.
Dada uma região po-
A ligonal, a coisa mais na-
tural a fazer é definir sua
área como a soma elas
áreas dos triângulos que
a compõem. Observemos
que uma mesma região
c~-~-~-~-~B poligonal pode ser subdi-
vidida em regiões triangu-
lares de muitas maneiras diferentes. Assim, temos uma questão
de consistência a ser resolvida. Para que possamos usar esta
definição devemos verificar se o valor final ela área ele uma região
poligonal é independente da particular subdivisão da mesma em
triângulos. Suponhamos que uma região poligonal P tenha sido
subdividida em triângulos T1 , T2 , ... , T,.,, e depois em triângulos
T{, T~, ... , T~.,,. Precisamos demonstrar que a soma elas áreas elos
triângulos, em ambos os casos, é a mesma. Os triângulos elas duas
subdivisões, considerados em conjunto, realizam uma subdivisão ela
região poligonal P em polígonos convexos, a saber: em triângulos,
quadriláteros, pentágonos e hexágonos. Subdividimos, cada um de-
les, em triângulos. Teremos agora uma subdivisão T{1, T~', ... , r;'
da região poligonal P com a propriedade de que qualquer triângulo,
da primeira subdivisão ou da segunda subdivisão, é composto de
triângulos da nova subdivisão. Como já vimos, a área de todo
triângulo da primeira subdivisão de P é a soma das áreas dos
triângulos que o compõem. Igualmente a área de todo triângulo
ela segunda subdivisão é a soma elas áreas dos triângulos que o
194 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
LÁrea(T;) LÁrea(T;')
LÁrea(TD LÁrea(T;')
REVISÃO E APROFUNDAMENTO
EXERCÍCIOS
195
196 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
D e
30. Mostre que, se duas retas são paralelas a uma terceira, então
são paralelas.
A
11. REVISÃO E APROFUNDAMENTO 199
M N p
e
M
B D A
11. REVISÃO E APROFUNDAMENTO 203
PROBLEMAS
X
B e
s
a
B e e
o
210 GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA
e D A
Figura 11.1
Referências Bibliográficas
213
214 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
215
216 ÍNDICE REMISSIVO
limitados, 25 perpendicular, 34
Lobachewsky, 108 existência, 34
losango, 98 unicidade, 35
diagonais, 98 construção da, 205
lugar geométrico, 152 pi (7r), 156
Pitágoras
malha, 8
teorema ele, 114
ele tipo 2-3, 8
teorema inverso, 115
do tipo 2-n, 10
plano, 1
medição
planos ele incidência, 7, 8, 10
de ângulos, 29, 30
polígono, 38
ele segmentos, 14
ângulos de um, 41
mediana, 49
circunscrito a um círculo,
mediatriz, 135
137
medida, 14, 28
convexo, 40
ele um ângulo, 32
diagonal, 39
ele um segmento, 14
unidade, 14 inscrito em um círculo, 134
lados, 38
Nasiradin, 107 regular, 179
nonánogo, 41 vértices, 38
polígonos semelhantes, 119
octógono, 41
poligonal, 38
ordem elos pontos ele uma reta,
lados, 38
15
vértices, 38
origem ele uma semi-reta, 4
ponto
ortocentro, 206
de contacto, 128, 141
paralelas, 63 de tangencia, 128
paralelogramo, 91 médio, 16, 57, 204
área, 177 pontos, 1
diagonais, 91 ordem, 3
lados, 91 colineares, 7
pentágono, 41 coordenadas, 14
perímetro, 39 distância entre dois, 14
ele um polígono, 39 elo mesmo lado ele uma reta,
220 ÍNDICE REMISSIVO
5 de um ponto, 64
entre dois, 3 região
não colineares, 7 exterior de uma elipse, 25
separados por um ponto, 3 angular, 146
Proclus, 107 interior de uma, 175
projeção interior de uma elipse, 25
de um segmento sôbre uma limitada por um polígono,
reta, 65 39
proposições poligonal, 175, 176
equivalentes, 83 triangular, 175
hipótese de uma, 81 retângulo, 98
inversas, 83 área de um, 177
negativa de, 84 diagonais de um, 98
tese ele uma, 81 reta
Ptolomeu, 174 dos centros, 149
de Euler, 210
quadrado, 98
secante, 145
diagonais, 98
tangente a um círculo, 128
inscrito em um triângulo,
retas, 1
124
interseção, 1
quadrilátero, 41
correspondência com os número~
régua, 2, 13 reais, 14
radiano, 35 determinam semi-planos, 5
raio eqüidistantes, 90, 198
ele um círculo, 18 ordem dos pontos, 15
extremidade do, 129 paralelas, 63
razão perpendiculares, 34
ele proporcionalidade, 110 se cortam, 1
ele semelhança, 119 retas paralelas
reflexão, 65, 70, 76 axioma das, 85
propriedades, 65 Riemann, 108
relativamente a uma reta,
65 Sacheri, 107
reflexo, 64 secante a um círculo, 145
ÍNDICE REMISSIVO 221
figura rígida, 55
isósceles, 20, 48-50, 56, 57
isósceles, ângulos da base,
48
isósceles, ângulos externos,
73
isósceles, base, 48
isósceles, laterais, 48
lados, 3
lados e ângulos opostos, 65
mediana, 49
retângulo, 70, 73
soma dos ângulos, 62, 79,
89
vértices, 3
triângulos
retângulos, casos de con-
gruência, 71
congruência, 53, 56, 58
congruência, primeiro caso,
47
congruência, segundo caso,
47
congruência, terceiro caso,
50
congruentes, 45, 46
semelhança de, 109
trigonometria, 174
tripla pitagórica, 118
vértices
de um triângulo, 3
de uma poligonal, 38
Wallis, 107