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AVALIAÇÃO DE CONTROLE I

Artigo de Opinião

Proteção de Fronteira

Aluno: Pedro Henrique Ferreira da Costa (5464)

2021
As fronteiras brasileiras têm uma extensão de 16.886 quilômetros
fazendo divisa com dez países sendo 8 mil quilômetros apenas com os três únicos países
(Colômbia, Peru e Bolívia) produtores de cocaína do mundo. O Brasil possui alguns
programas para ajudar na vistoria dessa longa linha fronteiriça: Programa de Proteção
Integrada de Fronteiras e Plano Estratégico de Fronteiras. Além do monitoramento eles
tem a função de restringir a ocorrência de delitos transfronteiriços. Para isso a demanda
de recurso e de pessoal apresenta atualmente uma falha pois não há o suficiente para
cumprir essas missões.

Com o intuito de fortalecer a prevenção, o controle, a fiscalização e a repreensão


aos crimes transfronteiriços, o governo federal instituiu o Programa de Proteção
Integrada de Fronteiras. Para garantir que isso ocorra o PPIF realizará a atuação
integrada e coordenada dos órgãos de segurança pública, dos órgãos de inteligência, da
Secretaria da Receita Federal e do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e
promoverá a cooperação e integração com os países vizinhos. Para realizar isso o PPIF
possui algumas diretrizes:

A atuação integrada e coordenada dos órgãos de segurança pública, dos órgãos


de inteligência, da Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda e
do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, nos termos da legislação vigente; e

A cooperação e integração com os países vizinhos.

Objetivos:

Integrar e articular ações de segurança pública, de inteligência, de controle


aduaneiro e das Forças Armadas com as ações dos Estados e Municípios situados na
faixa de fronteira, incluídas suas águas interiores, e na costa marítima;

Integrar e articular com países vizinhos as ações previstas no inciso I;

Aprimorar a gestão dos recursos humanos e da estrutura destinada à prevenção,


ao controle, à fiscalização e à repressão a delitos transfronteiriços;

Missão:

Restringir a ocorrência de delitos transfronteiriços (Contrabando, narcotráfico,


mineração ilegal, tráfico de pessoas, de armas e de recursos naturais)

Em 2011 o Governo Federal lançou o Plano Estratégico de Fronteiras (PEF),


com a finalidade de reforçar a presença do Estado nas divisas com os 10 países
vizinhos. O PEF é formado por duas operações: Ágata e Sentinela.

A operação Ágata coordenada pelo Ministro de Defesa, por intermédio do


Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), coloca os militares das três
forças (Marinha, Exército e Aeronáutica) em pontos estratégicos da fronteira.

Já a operação Sentinela coordenada pelo Ministério da Justiça, atua em conjunto


com os órgãos de segurança (Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força
Nacional de Segurança) no trabalho de investigação e inteligência.

Na operação são realizadas ações táticas para impedir delitos transfronteiriços.


Para realizar isso é necessária a vigilância do espaço aéreo, as operações de patrulha e a
inspeção nos principais rios e estradas que dão acesso ao país. Também houve por parte
do Ministério da Defesa a criação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras
(SisFron) a fim de ajudar os militares brasileiros a monitorar toda extensão fronteiriça
(16,886 quilômetros)

Alguns representantes do PPIF alegam a falta de recursos como uma barreira ao


sucesso do programa. Em 2020 houve um pedido de R$ 65 milhões para manter fundos
para proteção de fronteiras, mas nada foi garantido.

As operações na fronteira englobam o combate ao contrabando, as infrações


ambientais e garantir atendimento de saúde a população de fronteira. Algumas
autoridades da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional alegam a falta de
pessoal e de recurso como problema.

O delegado Rafael França afirmou que quase 50% das unidades da Polícia
Federal estão em faixa de fronteiras. Mas o secretário de assuntos de defesa e segurança
nacional do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República,
brigadeiro Ari Mesquita, lembrou que uma das dificuldades para o patrulhamento das
áreas vizinhas a outros países é a falta de pessoal.

Dentre essas dificuldades, também há problemas com narcotráfico, extração


ilegal de madeira e tráfico de armas e de pessoas que a PF e as FFAA enfrentam nas
fronteiras da Amazônia.

O diretor do Departamento de Política e Estratégia do Ministério da Defesa


(2007), Vice- almirante Arnon Lima Barbosa, apontou a baixa população relativa,
devido à alta densidade da mata, na Amazônia como um fator facilitador da atuação
ilegal nas fronteiras.

A dificuldade sofrida na fronteira é um fator que assusta e expulsa as pessoas.


Com isso proporciona uma falta de pessoal que atua na região, pois muitos dos militares
que lá vão tem família e devido à falta de recurso existente, eles preferem o conforto
que outras cidades proporcionam. Um fator que dificulta a demanda de recursos
(financeiros ou material) é a não esperança do retorno financeiro para empresas. Outro
fator é o desvio de dinheiro que tanto ocorre atualmente, impedindo o envio de verba
para as fronteiras.

A manda de recursos para qualquer lugar é muito demorado, pois é necessário


um longo trabalho e conferência para que isso ocorra, há muita papelada que precisa ser
assinada, contando com isso e o desvio de dinheiro e até de material, todo esse processo
chega a demorar meses ou até anos.

Com isso percebe-se que a vida nas fronteiras é bastante complicada tendo
horário específico para ligar e desligar as luzes, falta de luz e de água e de alguns
alimentos. Todos esses fatores implicam para o afastamento de pessoas na região
resultando em uma vistoria nas fronteiras mais fraca e facilmente quebradiça devido a
longa extensão territorial, logo há uma grande necessidade de um aumento de pessoal
para melhor defender o nosso território.

REFERÊNCIAS:

GSI – Gabinete de Segurança Institucional. Programa de Proteção Integrada de


Fronteira. Governo Federal, 2019. Disponível em: <https://www.gov.br/gsi/pt-
br/assuntos/programa-de-protecao-integrada-de-fronteiras-ppif-1>. Acesso em: 11 de
jun. de 2021. 

EB – Exército Brasileiro. 1º Pelotão Especial de Fronteira: militares e índios


formam amálgama do povo brasileiro, na defesa do País. Exército Brasileiro, 2017.
Disponível em: < https://www.eb.mil.br/web/noticias/noticiario-do-
exercito/-/asset_publisher/MjaG93KcunQI/content/1-pelotao-especial-de-fronteira-
militares-e-indios-formam-amalgama-do-povo-brasileiro-na-defesa-do-pais- >. Acesso
em: 11 de jun. de 2021. 
MD - Ministério da Defesa. Proteção de fronteiras. Governo Federal, 2014.
Disponível em: < https://www.gov.br/defesa/pt-br/assuntos/exercicios-e-
operacoes/protecao-das-fronteiras >. Acesso em: 11 de jun. de 2021. 

Câmara dos Deputados. Governo expões dificuldades para fiscalizar


fronteiras. Câmara dos Deputados, 2007. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/noticias/106951-governo-expoe-dificuldade-para-fiscalizar-
fronteiras/ >. Acesso em: 12 de jun. de 202. 
________. Autoridades apontam falta de recursos para proteção de
fronteiras. Câmara dos Deputados, 2019. Disponível em: <
https://www.camara.leg.br/noticias/586475-autoridades-apontam-falta-de-recursos-
para-protecao-de-fronteiras/ >. Acesso em: 12 de jun. de 2021. 

Agência Brasil. Programa Proteção de Fronteiras bate recordes de apreensões.


Agência Brasil, 2019. Disponível em: <
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-11/programa-protecao-de-fronteiras-
bate-recorde-de-apreensoes >. Acesso em: 12 de jun. de 2021.  

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