Teoria de Blondel - Wattimetro

MEDIÇÃO DE POTÊNCIA EM SISTEMAS TRIFÁSICOS
Prof: Romildo Paradelo
A medição de potência média em um circuito de corrente alternada no regime

permanente senoidal é efetuada pelo wattímetro.
Os wattímetros podem ser analógicos e digitais. Os instrumentos analógicos

contemplam uma bobina de potencial (P), ligada em derivação e uma de corrente (C),
ligada em série com o elemento no qual irá efetuar a medição, conforme pode ser
observado na figura 1. Cada uma das bobinas apresenta dois terminais, onde um deles é
indicado como sendo o terminal ponto representado na figura 1 por . Na ligação do
wattímetro analógico, os terminais ponto de cada uma das bobinas são curto circuitados
de tal maneira que a corrente sempre entre através deles.
Figura 1 – Wattímetro analógico
Na ligação do instrumento deve-se tomar um cuidado adicional para não conectar a

bobina de corrente no lugar da de tensão, pois como a sua resistência interna é baixa,
haverá o sério risco de a corrente exceder os limites nominais do instrumento causando
danos irreversíveis. Para a bobina de tensão deve-se tomar o cuidado de ajustar a escala
da tensão em um valor compatível a tensão aplicada no circuito no qual se deseja medir
a potência ativa.
Em regime permanente senoidal, o wattímetro fará a leitura da parte real (Re) do

número complexo, resultante do produto do fasor tensão pelo fasor corrente complexo
conjugado. A equação 1 apresenta como este cálculo é feito.
A figura 2 ilustra a ligação de um wattímetro para medir a potência média de uma carga
monofásica, bem como o sentido da corrente em cada uma das suas bobinas.
Figura 2 – Conexão do wattímetro em um circuito monofásico
Para a medição de potência ativa em circuitos trifásicos utiliza-se a aplicação do

Teorema de Blondel, em que para um sistema de m fases com n fios, podem ser
utilizados (n-1) wattímetros com as bobinas de corrente ligadas nos (n-1) fios e as
bobinas de tensão com um terminal conectado no fio (n-1) e o outro sobre o enésimo fio
(fio no qual o wattímetro não tem a sua bobina de corrente conectada). A potência
média da carga trifásica será dada pela soma das leituras do (n-1) wattímetros,
independente se a carga é equilibrada ou desequilibrada, ou se está conectada em estrela
ou em triângulo. A sequência de fases influi somente nos valores lidos em cada um dos
wattímetros, mas não na leitura da potência média trifásica.
O circuito da figura 3 representa uma aplicação do Teorema de Blondel em um sistema

trifásico com carga conectada em estrela isolada. A soma das leituras dos wattímetros
W1 e W2 corresponde a potência ativa trifásica da carga.
Figura 3 – Conexão do wattímetro em um circuito trifásico

A Figura 4 ilustra como podem ser calculadas as leituras nos Wattímetros W1 e W2,
indicadas nas equações 2 e 3.
Figura 4 – Cálculo das leituras nos wattímetros
Atividade complementar
1. Dado o Sistema Elétrico de Potência abaixo composto por um gerador, uma linha de
transmissão e um sistema composto por cargas desequilibradas conectadas em estrela
isolada, conforme ilustrado na Figura 5. Sabendo-se que a tensão entre as fases A e B
deste gerador, cuja sequência de fases é CBA, vale 220 V com ângulo de fase igual a -
30 graus, pede-se:
a) Encontrar as leituras dos wattímetros W1 e W2, bem como a potência (P, Q e S)

fornecida pelo gerador;
b) Encontrar as potências: P, Q e S absorvidas pelo sistema composto pelas cargas

desequilibradas;
c) Repetir o exercício considerando sequência de fases ABC;
d) Comparar e discutir os resultados obtidos.

Figura 5 – Sistema Elétrico de Potência a ser analisado
Considerar: ZP = j0,1 Ω; ZA = 2,0 Ω; ; ZB = j2,0 Ω; ; ZC = -j2,0 Ω
2. Para o sistema apresentado, considerando que entre os pontos N e N’ há um condutor

neutro de impedância (ZN) igual a j0,1 Ω, mostrar que a soma de W1 com W2 não será
igual à potência ativa trifásica fornecida pelo gerador. Identificar e justificar o motivo.
Grupos com no máximo 5 alunos. Somente um aluno deve postar no Classroom a

solução, com o nome e RA legível de todos os demais integrantes.
Data de entrega de toda a atividade: Até 24/03/2021 às 23h59m.

Teoria de Blondel - Wattimetro

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Teoria de Blondel - Wattimetro

Enviado por

Dados do documento

Descrição original:

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Teoria de Blondel - Wattimetro

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

MEDIÇÃO DE POTÊNCIA EM SISTEMAS TRIFÁSICOS

Prof: Romildo Paradelo

A medição de potência média em um circuito de corrente alternada no regime

Os wattímetros podem ser analógicos e digitais. Os instrumentos analógicos

Figura 1 – Wattímetro analógico

Na ligação do instrumento deve-se tomar um cuidado adicional para não conectar a

Em regime permanente senoidal, o wattímetro fará a leitura da parte real (Re) do

Para a medição de potência ativa em circuitos trifásicos utiliza-se a aplicação do

O circuito da figura 3 representa uma aplicação do Teorema de Blondel em um sistema

Figura 3 – Conexão do wattímetro em um circuito trifásico

Figura 4 – Cálculo das leituras nos wattímetros

a) Encontrar as leituras dos wattímetros W1 e W2, bem como a potência (P, Q e S)

b) Encontrar as potências: P, Q e S absorvidas pelo sistema composto pelas cargas

c) Repetir o exercício considerando sequência de fases ABC;

d) Comparar e discutir os resultados obtidos.

Considerar: ZP = j0,1 Ω; ZA = 2,0 Ω; ; ZB = j2,0 Ω; ; ZC = -j2,0 Ω

2. Para o sistema apresentado, considerando que entre os pontos N e N’ há um condutor

Grupos com no máximo 5 alunos. Somente um aluno deve postar no Classroom a

Data de entrega de toda a atividade: Até 24/03/2021 às 23h59m.

Você também pode gostar