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RESUMO: A NOVA RAZÃO DO


MUNDO. Ensaio sobre a
sociedade neoliberal
Raul May 25, 2019 · 12 min read
1- Crise do liberalismo e nascimento do neoliberalismo.

O neoliberalismo é um mundo de tensões. No meio do século XIX o


liberalismo apresenta sinais de crise, que se aprofundou no período entre
guerras. Mais especificamente o liberalismo mostra sua crise em 1880 até
1930. Dessa crise surge o neoliberalismo.

Para Foucault a crise do liberalismo é uma crise da governamentalidade


liberal, essa crise é de raiz política, econômica, social e da sua própria
doutrina. O liberalismo não incorporou adequadamente o fenômeno da
empresa em sua forma de agir.

Karl Polanyi afirmava que o Estado liberal por um lado criou mecanismos
de mercado no século XIX e por outro contribuiu para a sua limitação. Para
ele o desequilíbrio que o mercado impõe ameaça a sociedade e que o
laissez-faire não é algo natural, os mercados livres não nascem devido o
abandonamento das coisas a si mesmas. A partir daí se distingue laissez-
faire de liberalismo e se pode dizer que liberalismo não é o oposto de
intervencionismo

Com a crise do liberalismo o laissez-faire deixou de ser um dogma.


Decorrente disso, os neoliberais passaram a se opor a qualquer ação que
impediria a concorrência entre interesses privados.
2- O colóquio Walter Lippmann ou a reinvenção do liberalismo.

O colóquio de Walter Lippmann em 1938 foi o momento de fundação do


neoliberalismo.

Se para uns o liberalismo deveria ser inteiramente refundado e favorecer o


intervencionismo liberal. Já outros creditam a intervenção política à crise
do liberalismo.

O neoliberalismo visou a criação de uma ordem legal onde a iniciativa


privada, pela concorrência, pudesse se desenvolver com liberdade.

Para o neoliberalismo o Estado deve ser fonte de uma autoridade imparcial.


Essa autoridade deve ser de cunho essencialmente jurídico, para promover
a concorrência, devendo estabelecer equilíbrios naturais entre a poupança e
os investimentos, a produção e o consumo, as exportações e as importações.

Lippmann tinha a visão que o coletivismo era uma “contrarrevolução”. Para


ele a revolução verdadeira era a economia capitalista e comercial que devia
se estender por todo o planeta. O capitalismo transforma o mercado no
regulador soberano dos especialistas numa economia baseada na divisão do
trabalho especializada. Lippmann, então, vê o liberalismo como única
filosofia que conduz a adaptação da sociedade e dos homens que a
compõem à mutação industrial e comercial baseada na divisão do trabalho
e na diferenciação dos interesses. Ele defende a democracia, para que a
sociedade possa alcançar seus objetivos através de uma lei comum que
defina os direitos e deveres das pessoas. Portanto não se pode dissociar o
Direito da Economia. Cabe dizer que em sua visão de democracia cabe ao
povo eleger representantes e não cabe ao povo dizer a cada momento o que
deve ser feito.

3- O Ordoliberalismo entre “política econômica” e “política de sociedade”

O ordoliberalismo nasceu em Friburgo, ele é uma forma de liberalismo que


apela para a responsabilidade dos homens, porém se ampara muito na
criação do Estado de direito. Essa escola de pensamento estabelece que o
capitalismo depende de ações políticas e instituições jurídicas.

O maior problema do ordoliberalismo é fazer o Estado existir a partir do


espaço de preexistência da liberdade econômica. Eles acreditam que a
economia de mercado só pode funcionar apoiada numa sociedade que lhe
proporcione sua maneira de ser. Mas, observe-se que, só a lei não basta, são
necessários também que os costumes estejam de acordo com a ideologia
ordoliberal.

Dardot e Laval nos dizem que o ordoliberalismo acredita que a política deve
acabar com o fosso que separa os proletários dos capitalistas na sociedade
burguesa. Essa corrente, para que isso ocorra, prega em tornar os
proletários em produtores independentes, proprietários e poupadores.

O ordoliberalismo, portanto, busca promover uma economia competitiva


que impeça as falhas do mercado e abuso do poder econômico de forma que
emerja uma ordem econômica, para eles, socialmente justa.

4- O Homem Empresarial

Neste capítulo os autores buscam expor o pensamento de Hayek e Von


Misses sobre empreendedorismo, isto é, não só a economia e mercado, mas,
também, a vida e a conduta dos homens na sociedade, o homem
empreendedor.

A escola de pensamento destes dois economistas é chamada de a Escola


Austríaca e ela prega uma forte competição e rivalidade entre os
empreendedores e tem o Estado como entrave a elas.

Para eles a intervenção estatal poderia arruinar a economia de mercado,


alterando sua dinâmica, a ideia é que a intervenção estatal, de forma a
resolver os problemas de mercado, desencadearia no socialismo. A posição
destes autores é radical pois para eles não existe meio termo entre total
liberdade econômica e controle estatal desta.
Cabe notar que aparece uma nova concepção de mercado, ele é um objeto
da economia capaz de mudar os sujeitos, eles aprendem como se portar de
acordo com as mudanças. Sendo, o mercado, regulado pelas mudanças dos
sujeitos.

Nessa concepção de mercado de Von Misses o s princípios éticos e estéticos


devem ficar de lado. Misses e Hayek estabelecem o “homem
empreendedor”, um homem que se autorregula e se auto educa.

A capacidade de empreender é formada a partir das experiências, nota-se


que o trabalho dos economistas pode ensinar o homem a se portar. Aparece
a ideia de Say que traz a noção de que o economista é o produtor de
conhecimento e o empreendedor é quem põe esses conhecimentos em
prática, sendo este o integrante mais importante para a economia pois ele
se encarrega de mediar o saber e a execução.

5- Estado Forte, Guardião do Direito Privado

Neste capítulo Dardot e Laval confrontam o pensamento dos ordoliberais


com o de Hayek. Inicia-se a definição do termo “social”, que Hayek diz que
os ordoliberais confundem as condições da ordem do mercado e a
moralidade exigida pela justiça. Hayek divide três tipos de fenômenos, para
diferenciar os fenômenos que existem na sociedade e caracterizar a
intervenção do Estado. Ele coloca entre o natural e o artificial, um estado
espontâneo, que tem estruturas que não dependem de qualquer intenção,
mas ainda assim resultam da ação humana. Essa ideia faz se diferenciar a
ordem de mercado, que é espontânea, com a economia, que é uma
instituição configurada pelo ser humano. A ordem de mercado não é regida
por um fim específico, mas por uma reciprocidade, uma conciliação de
diferentes objetivos, em benefício mútuo dos participantes. Hayek propõe
que a sociedade seja vista como uma ordem espontânea porque a ordem de
mercado ao ocupar um papel fundamental na sociedade geraria a
“Sociedade Aberta”.

O economista observa o liberalismo como uma defesa de uma ordem de


direito privado, na medida em que as regras de conduta que levam a
construção de uma ordem de mercado advêm de um processo de seleção à
longo prazo, remetendo a teorias da evolução. Assim Hayek vê o Direito
como um produto da tradição liberal, produto das práticas humanas, um
resultado imprevisto que é fruto do crescimento e da evolução.

Há em Hayek um pensamento diferente do de Locke, esta repousa no


questionamento da democracia liberal. Locke acreditava que o fim da ação
governamental era trazer o bem para o povo. Hayek não considera o bem
comum como um fim, mas como uma parte do conjunto da sociedade.

É importante notar a diferença de Hayek com os anarco-capitalistas, já que


como ele prefere uma ditadura liberal ao invés de um governo democrático
em que não exista o liberalismo.

II- A Nova Racionalidade

6- A Grande Virada

Aqui nota-se como a política neoliberal apresentou um caráter fortemente


conservador. Essa guinada foi uma forma de resposta à crise do sistema
fordista, onde foram questionados os motivos principais que causaram uma
grande inflação na época.

Essa mudança atingiu os modos de governo, além do próprio sistema


capitalista; logo, a esfera social. Buscou-se, então, combater a inflação e
recuperar o lucro das empresas através de medidas como privatizações de
empresas públicas e a desregulamentação da economia. Assim, o sistema de
concorrência se tornou a principal regra do governo.

As implicações disto foram as fortes pressões dos assalariados pelas


vontades dos acionistas e um aumento no patrimônio das classes médias.

O neoliberalismo ganhou um maior espaço no mundo dando início a uma


espécie de “revolução neoliberal”, que se deu devido a uma subordinação a
esse tipo de racionalidade política e social articulada à globalização e
financeirização do capitalismo.
Mudou-se a ideia de se criticar o capitalismo para passar a se criticar o
Estado. Surgiram pesquisas afirmando que a intervenção estatal destrói as
partes boas da sociedade.

O Estado de assistência ao trabalhador resultava em ócio, enquanto a


política neoliberal incentivava as pessoas a conquistar seus objetivos de
forma autônoma.

Surge um novo sistema de disciplinas. O conceito de Foucault de


governamentalidade permite mostrar como as técnicas de governo agiram
nas sociedades de mercado. As disciplinas agiram nas sociedades de
mercado. Note-se que por disciplinas definimos: técnicas de distribuição
espacial, classificação e adestramento dos corpos individuais. O homem
então no neoliberalismo ao buscar seus objetivos independente do Estado
obtém a “liberdade de escolher”, porém, de fato, essa liberdade não é real
pois ele deve agir de acordo com a conduta maximizadora dentro desse
quadro.

Assim os indivíduos “livres” devem ser ativos e calculistas, sendo capaz de


aproveitar as melhores oportunidades que lhes são apresentadas.

Criou-se uma empresa neoliberal que interiorizou a concorrência,


intensificou o trabalho, diminuiu prazos e salários. O Estado passa a não ser
um regulador das práticas de mercado, mas um racionalizador das
empresas e da administração pública.

Até a própria esquerda acabou interiorizando essas ideias, passando a


prezar o pensamento de individualidade perdendo o foco na luta contra a
pobreza. A cidadania passa a ser nomeada como uma participação dos
indivíduos na colaboração com as empresas visando satisfazer os
consumidores. Surge a Terceira Via que ve no Estado social uma forma de
impedir o progresso.

7- As origens ordoliberais da Europa

Durante os anos 1980 e 1990 houve uma grande virada conservadora na


Grã-Bretanha (com Tatcher) e nos E.U.A. (com Reagan), esta virada seguiu
pelo mundo. Porém, a Europa ficou conhecida como oposição a esse
ultraliberalismo anglo-saxão.

Na Europa oordoliberalismo foi desenvolvendo um papel de


fundamentação da atual doutrina europeia. Na Holanda Frits Bolkestein
relembrou o papel fundamental na política monetária e econômica da
Alemanha. Para Bolkestein a liberdade deveria ser o tema central no futuro
da Europa. Para isso deveriam haver quatro liberdades de mercado: a livre
circulação de pessoas, bens, serviços e capitais.
A comissão europeia, por seu lado adotou um programa de flexibilização e
desregulamentação, gerando um progresso fantástico para o nascimento da
Europa ordoliberal. Além de elaborar um sistema que formou a base de
uma constituição econômica segundo a Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico.

Partidos liberais e democratas cristãos europeus tiveram um papel


fundamental na elaboração da constituição europeia. O Tratado de Roma
tinha uma série de princípios fundamentais em relação a natureza da
economia europeia. O objetivo era atingir uma economia social altamente
concorrêncialista.

Além disso, se estabeleceu que não deveriam existir monopólios, sejam


públicos ou privados. Buscou-se estabelecer a constitucionalização das
liberdades econômicas de acordo com os princípios fundamentais do
ordoliberalismo. O poder público recebia a autoridade de intervir
protegendo o mercado dos interesses privados e reduzir os desgastes sociais
da abertura dos mercados à concorrência.

Para que fique claro como esses princípios se espalharam pela Europa é
necessário analisar como eles foram impostos e como eles obtiveram êxito
na Alemanha pós Segunda Guerra Mundial.
A grande ideia do neoliberalismo era a de criar um Estado distante do
nacionalismo e autoritarismo. Ideia essa que contemplou o ordoliberalismo,
pois este combinava a rejeição do estadismo autárquico com a rejeição do
liberalismo puro. Quando os grandes partidos alemães se converteram a
economia social de mercado nota-se a primeira vitória do ordoliberalismo
puro, que ao passar dos anos tornou-se um credo nacional.
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Passado isto, observa-se como o ordoliberalismo se construiu na Europa a
partir dessas influências. Ele foi se afirmando, entre resistências e
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aceitações, durante 40 anos.

Os grandes princípios dos ordoliberais encontram-se em ação na lógica


europeia de constitucionalização da ordem liberal, numa aplicação estrita
da política de concorrência e na independência do Banco Central Europeu.
Essas ideias se estendem para limitar a ação orçamentária dos governos na
desqualificação da política conjuntural, flexibilização das leis trabalhistas e
responsabilização individual em matéria de educação, poupança e proteção
social.

8- O Governo Empresarial

Não pelas mesmas razões mas, liberais e antiliberais parecem sempre apoiar
que as esferas dos interesses privados e a do Estado são separadas, essa
ideia não é totalmente verdade. O mercado não é um sistema fechado e
anterior à sociedade política.

Na crítica ao neoliberalismo, mais a fundo, pode-se dizer que ele não busca
a retirada do Estado e a ampliação dos domínios de acumulação de capital,
mas busca a transformação da ação pública fazendo o Estado se tornar
numa esfera regida por regras de concorrência e submetida às exigências de
eficácia, como nas empresas privadas.

O Estado ao longo do tempo foi reestruturado em primeiro lugar, por fora,


com privatizações maciças de empresas públicas pondo fim ao “Estado
Protetor” e em segundo lugar, por dentro, instaurando um Estado avaliador
e regulador que mobiliza novos instrumentos de poder e com eles estrutura
novas relações de poder entre governos e sujeitos sociais.

Critica-se o Estado pela sua falta global de eficácia e produtividade diante


das exigências de globalização. Essas ideias vão surgir nos anos 1980 como
a ideia de “Estado Gerencial”. Ele deve prover aos cidadãos apenas os
serviços básicos já que a nova norma mundial da concorrência exige que os
dispositivos administrativos e sociais custem menos e se orientem para as
exigências da competição econômica.

Desde 1980 o Estado deve se tornar mais flexível, reativo, fundamentado


no mercado e orientado pelo consumidor. Subverte-se o reconhecimento de
direitos sociais ligados ao status de cidadão.

O Estado passa a ser visto como uma empresa.

A ideia de Estado como empresa permite que credores do país e investidores


externos possam julgar a qualidade da ação pública, notar se a ação estatal
está adequada aos interesses dos investidores.

A função pública foi dividida em agências independentes com objetivos


específicos, expostas à concorrência e submetidas às decisões soberanas dos
consumidores.

Esse governo empresarial obedece a 10 princípios fundamentais:

- Promoção de concorrência entre fornecedores de serviços

- Tirar o poder da burocracia e dá-los aos cidadãos

- Medir o desempenho de suas agências focando nos resultados

- Ser guiado pela busca de seus objetivos


- Considerar que os usuários são consumidores e oferece a eles
possibilidade de escolha

- Previnir problemas antes que surjam

- Evitar gastos

- Descentralizar a autoridade, favorecendo a administração participativa

- Preferir os mecanismos de mercado aos burocráticos

- Concentrar-se não só no fornecimento de serviços públicos, mas na


mobilização de todos os setores para resolver os problemas da comunidade.

No governo empresarial há uma sujeição dos comportamentos a restrições


impostas por instrumentos sofisticados que condena os atores a uma hiper-
objetivação da atividade. Confundem-se setores públicos e privados, isto é
consequência da racionalização burocrática.

9- A Fábrica do Sujeito Neoliberal

A esse ponto se analisa as características do sujeito formado dentro da


lógica neoliberal.
O capitalismo gerou uma mudança submetendo as relações humanas à
regra do lucro máximo. Tradições são deixadas de lado, junto com a
reciprocidade simbólica. As relações humanas passam a ser baseadas numa
contratualização, que parte da lógica individualista. Na sociedade liberal
cada um é responsável por si.

Esse homem empresarial busca incessantemente a realização pessoal pelo


sucesso perante a sociedade. As novas formas de gestão fazem com que o
ser humano e a empresa se unifiquem e isso culmina na ideia de um homem
que trabalha para a empresa como se ele mesmo fosse a empresa. Há aqui
uma auto exploração.

Adestrado para se comportar dessa forma, o


sujeito neoliberal é um eterno competidor que
deixa recair a culpa de todos os fracassos sobre si.
Esta postura gera um estado de insegurança e,
inseguro, torna-se cada vez mais dependente do
empregador, aceitando todas as exigências que
ele lhe faz.
Como o Estado se isenta da responsabilidade de
cuidar dos riscos, o sujeito neoliberal fica sujeito a
riscos dos quais não pode escapar.

Essa pressão que faz o homem se auto explorar e o


culpa por problemas que são inerentes, da
economia, e isto tende a acarretar em problemas
psicológicos como depressão, ansiedade, burnout
etc. Os japoneses adotaram um termo para
profissionais que morrem por excesso de trabalho:
Karoshi.
10- Conclusão

Dardot e Laval enumeram quatro pontos principais da razão neoliberal.

Primeiro, contradizendo o liberalismo clássico, assumem que o mercado


não é algo natural.

Segundo, a ordem de mercado não é a troca de mercadorias, mas é a


concorrência entre indivíduos, empresa de si mesmo, e entre empresas.
Terceiro, o próprio Estado é obrigado a se comportar como empresa, tanto
no funcionamento interno como em sua relação com outros Estados. Ele
deve construir o mercado e seguir as regras do mercado.

Quarto, a concorrência se manifesta até na relação pessoal do indivíduo


com seu interior. O Estado também tem a função de fazer com que os
sujeitos se comportem como empresas

Os autores falam também que a razão neoliberal gera um esgotamento da


democracia liberal, é notável o fortalecimento do executivo sobre o
legislativo.

A sociedade, por fim, esta entrando numa nova fase do neoliberalismo, esta
se caracteriza por uma governamentalidade que se opõe a democracia.
Cabe a esquerda contrapor essa governamentalidade neoliberal e criar uma
outra. Para isso deve-se tomar uma postura de “contra-conduta” que muda
a maneira de conduzir a si em relação aos outros. As pessoas devem resistir
a competitividade. “As praticas de “comunização” do saber, de assistência
mútua, de trabalho cooperativo podem indicar uma nova razão do mundo.
Uma razão do comum.”

DARDOT, P.; LAVAL, C. A Nova Razão do Mundo — Ensaio sobre a


Sociedade Neoliberal. São Paulo: Editora Boitempo, 2016. 402 p.
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