Administração Da Informação 2

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 47

ADMINISTRAÇÃO DA INFORMAÇÃO

1
Sumário

NOSSA HISTÓRIA ..................................................................................................... 2

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ............................................................................ 5

CONCEITOS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI).......................................... 7

SISTEMA DE INFORMAÇÃO (SI) E GESTÃO DO CONHECIMENTO .................... 10

ARQUITETURA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E O AMBIENTE


COMPUTACIONAL .................................................................................................. 16

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO BASEADOS EM COMPUTADOR COMO


INSTRUMENTO DE GESTÃO .................................................................................. 20

O PODER DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) E A FORÇA DOS


NEGÓCIOS ............................................................................................................... 23

A (TI) NAS ORGANIZAÇÕES COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA ................. 25

O CONHECIMENTO TECNOLÓGICO NA ADMINISTRAÇÃO ................................ 28

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................................. 31

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS ................................................ 32

A ADMINISTRAÇÃO OU GESTÃO DA ESCOLA: CONCEPÇÕES E ..................... 33

ESCOLAS TEÓRICAS ............................................................................................. 33

GESTÃO DA ESCOLA PÚBLICA ............................................................................ 39

MATRÍCULAS EDUCAÇÃO BÁSICA ...................................................................... 40

REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 45

1
NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços
educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além
de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo
no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no
atendimento e valor do serviço oferecido.

2
INTRODUÇÃO

Neste início do século XXI, a aceleração dos avanços tecnológicos, a


globalização do capital e as transformações nas relações de trabalho, como a perda
de direitos sociais, trouxeram mudanças para as políticas de gestão e de regulação
da educação no Brasil. Tais mudanças interferem na organização da escola e nos
papéis dos diversos atores sociais que constroem seu cotidiano. Compreender esse
processo e a legislação dele decorrente, bem como fortalecer a discussão e as
deliberações coletivas na escola, é um desafio que se coloca para toda a comunidade
escolar, para todos os trabalhadores que atuam na escola pública. Nesse cenário
adverso, é forçoso agir em outra direção. Democratização da escola implica repensar
em sua organização e gestão, por meio do redimensionamento das formas de escolha
do diretor e da articulação e consolidação de outros mecanismos de participação.

Nesse sentido, é fundamental garantir, no processo de democratização, a


construção coletiva do projeto pedagógico, a consolidação dos conselhos escolares e
dos grêmios estudantis, entre outros mecanismos. Isso quer dizer que a cultura e a
lógica organizacional da escola só se democratizarão se todos que vivenciam seu
cotidiano contribuírem para esse processo de mudança. Ao longo do módulo, vamos
refletir sobre a importância da participação de todos para a efetivação de uma gestão
democrática e participativa, que busque cotidianamente a construção da autonomia
da unidade escolar. Nessa direção, é fundamental a compreensão de que a
construção da gestão escolar democrática é sempre processual. Sendo, então, uma
luta política e pedagógica, para se impor, é necessário envolver a todos: pais,
funcionários, estudantes, professores, equipe gestora e comunidade local. Tal
processo resulta em, pelo menos, duas outras frentes articuladas: a primeira, de
conhecer e intervir, propositivamente, na legislação educacional. Ou seja, é preciso
conhecer a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, as leis que regulamentam os
sistemas estaduais e municipais de ensino. Buscar a compreensão desses aparatos
jurídicos como instrumentos vivos das políticas educacionais, tornando-os aliados na
luta pela democratização da escola. A segunda frente implica articular professores,
funcionários, pais, estudantes, coordenadores, supervisores, orientadores
educacionais e a comunidade local na construção de mecanismos de participação,
visando consolidar um novo processo de gestão, onde o exercício democrático seja o
motor de um novo poder e de uma nova cultura escolar.

3
O que é administração? Para iniciar nossa reflexão, vamos ao dicionário
Aurélio: administração “é um conjunto de princípios, normas e funções que tem por
fim ordenar os fatores de produção e controlar a sua produtividade e eficiência, para
se obter determinado resultado”. Observe, ainda, a definição de outro autor 1: “a
administração como processo de planejar para organizar, dirigir e controlar recursos
humanos, materiais, financeiros e informacionais visando à realização de objetivos”.

4
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

A evolução da importância da Tecnologia da Informação nas organizações pode ser


mencionada por meio dos seguintes períodos:

• Primeiro período a (TI) era um requisito burocrático necessário, que tinha como
meta, contribuir na redução dos processos burocráticos organizacionais;

• Segundo período, via-se a (TI), com outra visão, como um apoio aos propósitos
gerais de uma organização, que auxiliava no gerenciamento de diversas
atividades;

• Terceiro período passou-se a compreender a (TI) como um fator de controle e


gerenciamento de toda a organização, que ajudava e acelerava os processos de
tomada de decisão;

• Mas foi a partir da década de 90 até os dias atuais, que a (TI), passou a ser vista,
e composta como um recurso estratégico, uma fonte de vantagem competitiva
para garantir a sobrevivência e a permanência das organizações e sua
aplicabilidade constante nos processos administrativos.

Observando esses tópicos de evolução da TI, pode-se dizer que a Tecnologia


da Informação TI se tornou o esteio aos processos empresariais, permitindo
operações digitais e ações adequadas às mudanças no cenário mercadológico, que
ocorrem constantemente. No ambiente dos negócios, a revolução digital é
ferramenta transformadora dentro desse panorama, pois administrar a Tecnologia
da Informação é dar apoio sustentável aos indivíduos das organizações,
independentemente de cada área de atuação.

Para os gestores atuais, proatividade são segmentos inteligíveis na condução da


Tecnologia da Informação, pois, essa ferramenta pode alterar radicalmente a
perspectiva de competitividade organizacional. Empresas de todos os níveis devem
sustentar seus lucros num mercado cada vez mais competitivo, onde a lei do mais
eficiente e eficaz é prevalecente.

As mudanças ocorrem muito rápidas, numa política global que transforma seus
mercados e fontes de serviços, do comercio físico ao virtual (e-commerce), da

5
terceirização de serviços (outsourcing) entre outros fatores. Diante dessa
problemática, surgem as necessidades das organizações se planejarem e criarem
estratégias voltadas para o futuro, tomando como base a Tecnologia da Informação,
constantes em todos os negócios empresariais.

Verifica-se que as preocupações técnicas e sociais da TI estão incluídas no setor


de administração dos negócios. Como apresentado por Bostrom e Heinen (1977)
citado por Albertin (2009, p. 2), com a justificativa da aplicação da Teoria Sociotécnica,
ou seja, um sistema técnico voltado para processos, tarefas e tecnologia necessária
para transformar entradas, (Input) como matéria-prima, e saída (Output) como
produtos. O sistema social volta-se para o relacionamento entre pessoas e seus
atributos, tais como atitudes, competências e valores, sendo que as saídas de um
sistema de trabalho são o resultado da interação conjunta entre esses sistemas.

Vários autores têm apontado as multidisciplinaridades dos Sistemas de Informações.


Floyd (1988) citado por Albertin (2009, p. 2), propôs a mudança de paradigma como algo
urgente, considerando que os sistemas baseados em computador (hardware e software),
têm afetado cada vez mais um número maior de áreas do mundo e que a disciplina de
“engenharia de software” existe não tem como lidar com esta situação de maneira
sistemática. Para Earl (1987 apud ALBERTIN, 2009, p. 2) uma nova área de pesquisa
está aparecendo, combinando potencialmente os campos de conhecimento sobre
Sistema de Informações, estratégias de negócios, comportamento organizacional,
gerência de tecnologia e economia industrial.

6
Para que uma organização atinja seus objetivos na economia atual, dentro de um
enlace tecnológico e digital, os líderes, ou seja, os antigos gerentes e os especialistas
funcionais em cada área de atuação, como por exemplo: marketing, finanças,
logísticas, gerenciamento de pessoal e etc., precisam efetuar suas atividades de forma
objetivas dentro de uma perspectiva eficiente e eficaz. A Tecnologia da Informação
pode solucionar problemas cada vez mais complexos e suas contribuições para o
sucesso e a sobrevivência das organizações é primordial.

CONCEITOS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI)

A Tecnologia da Informação pode ser definida como a relação de recursos de


informação de uma organização, seus usuários e a gerência que os supervisiona. Ela
inclui a infraestrutura de informação e todos os sistemas de informação em um
ambiente organizacional, ou pode ser compreendida como o conjunto dos recursos
tecnológicos e computacionais para a geração e uso da informação.

A Tecnologia da Informação têm sido considerada um dos componentes mais


importantes do ambiente empresarial, sendo que as organizações brasileiras têm
utilizado ampla e intensamente esta tecnologia tanto em nível estratégico como
operacional.

Este nível de utilização oferece grandes oportunidades para as empresas que


têm sucesso no aproveitamento dos benefícios oferecidos por este uso. Ao mesmo
tempo, ele também oferece o desafio de identificar o nível de contribuição que esta
tecnologia oferece aos resultados das empresas.

Neste cenário, torna-se imprescindível o conhecimento dos vínculos dos


benefícios oferecidos pelo uso de Tecnologia da Informação, por meio de seus
projetos e infraestrutura, que representam gastos e investimentos com o desempenho
empresarial.
A caracterização da Tecnologia da Informação segundo Marcovitch (1997) é
um complexo tecnológico que envolve não só computadores e softwares, mas também
redes de comunicação digital, protocolos e serviços informatizados como instrumento

7
de apoio e gestão de organizações modernas preocupadas com a concorrência
acirrada, ou seja, com a competitividade que esses novos componentes acarretam. A
tecnologia da informação tem um importante papel no progresso em todas as áreas
as quais ela é empregada.

Nas organizações se tornou obrigatória na obtenção de eficiência e eficácia


(Furlan, 1993) o planejamento do seu uso deve fazer parte das estratégias
organizacionais. As Tecnologias da Informação (TI) proporcionam a infraestrutura e
as mudanças, necessárias para vencer os desafios de uma competição globalizada.
Apesar da evolução tecnológica empresarial, os sistemas de TI estão sempre
precisando de adaptações.

Apesar do conceito de TI ser amplo, o foco nas suas atividades


principais, isto é, olhar diferenciado em um ramo que se
desenvolve a partir das necessidades de mesclar, ou ainda
melhor, de agregar a administração de diversas especialidades
das engenharias juntamente com o dinamismo da informática
não pode sair do planejado (Chiavenato, 1999).

Pressupõe-se que os gestores têm procurado ampliar seus conhecimentos


sobre a relação que existe entre o uso de Tecnologia de Informação e a sua efetiva
contribuição nos resultados organizacionais, buscando garantir o aproveitamento dos
benefícios oferecidos pela Tecnologia da Informação.

A Tecnologia da Informação, segundo Rezende e Abreu (2000), pode ser


configurada da seguinte forma: veio para atender à complexidade e as necessidades
empresariais. Dada às características do atual ambiente de negócios e de gestão a
necessidade das organizações serem cada vez mais adaptáveis flexíveis e ágeis, suas
estruturas e processos precisam estar permanentemente sendo reavaliados,
reestruturados e revitalizados.

Nesse contexto, a Tecnologia de Informação (TI), terá que identificar encontrar e/ou
desenvolver, técnicas e sistemas de informação que apoiem a comunicação
empresarial e a troca de ideias e experiências. Para Rezende e Abreu (2000), as
empresas devem evoluir da empresa chamada tradicional para empresa baseada na
informação, que se diferem principalmente nos requisitos apresentados abaixo:

8
Nas ultimas décadas, o conhecimento tem se tornado um recurso cada vez mais
estratégico para as organizações buscarem sua competitividade e sobrevivência:
surgem assim as “organizações baseadas no conhecimento”. Desta forma o
conhecimento organizacional pode se manifestar de várias formas, geralmente
através de práticas estruturadas ou não.

Fonte: (SILVA, 2002).

No ambiente dinâmico dos dias atuais, o sucesso de uma organização depende


principalmente dos recursos de informação e da forma como são utilizados. Os
sistemas de informação devem ser implantados para melhorar as atividades de
negócios e não somente para produzir a estrutura organizacional. Quando as
informações são aglutinadas e compartilhadas pelos indivíduos, elas geram

9
conhecimentos. Lastres e Albagli (1999).

Em um mercado cada vez mais competitivo e globalizado as Tecnologias da


Informação revelam-se como uma ferramenta útil e estratégica na gestão empresarial.

Segundo Turban, Rainer e Potter, o termo Tecnologia da Informação pode ser


definido como:

[...] a coleção de recursos de informação da organização, seus


usuários e a gerência que os supervisiona inclui a infraestrutura
da TI e todos os outros sistemas de informação em uma
organização. [...] a infraestrutura da tecnologia de informação
refere-se às instalações físicas, componentes de TI, serviços de
TI e gerência que fornecem suporte à organização inteira. [...] os
componentes da TI são o hardware de computador, software e
tecnologias de comunicações que são usados pelo pessoal da
TI para produzir serviços da TI. [...] Os serviços de tecnologia
incluem gerenciamento de segurança. As infraestruturas da TI
incluem esses serviços, além de sua integração, operação,
documentação, manutenção e gerenciamento (2005, p.40).

SISTEMA DE INFORMAÇÃO (SI) E GESTÃO DO CONHECIMENTO

Os sistemas de informação estão em toda parte dentro de uma organização,


bem como nos departamentos administrativos, financeiros, logísticos, marketing e etc.
O termo Tecnologia da Informação pode ser em alguns casos confundido com o
conceito de Sistema de Informação (SI).

Quanto ao conceito de Sistema de Informação (SI), o primeiro passo é entender


os fundamentos dos seus termos. A Palavra “sistema” é geralmente mal
contextualizada, usada muitas vezes de forma indiscriminada e sem qualquer critério,

10
originando, em especial nos meios organizacionais, confusão de entendimento.
Também pode gerar outro sentindo quando empregada dentro de um software.

O uso do termo “sistema” deve-se ao biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy


(1975), quando explicou o seu significado e o seu processo de funcionamento. Mas
tarde com o advento do computador, emergiu e consolidou o termo Sistema da
Informação (SI).

Rezende e Abreu (2001, p. 31) também definem os sistemas por


meio de sua composição técnica e social, tais como: “[...]
hardware, software, dados e pessoas”. O desenvolvimento da
tecnologia contribuiu significativamente para o avanço desses
sistemas. A computação, que antes era considerada apenas
como um mecanismo que tornava possível automatizar
determinadas tarefas em grandes empresas e nos meios
governamentais, passou a ser vista como uma ferramenta
poderosa em qualquer organização.

Com a evolução das telecomunicações, ocorreu a necessidade de estabelecer


uma comunicação entre os diversos computadores, facilitando dessa forma os
processos comunicativos, o armazenamento de dados, a busca de informações, entre
outros procedimentos.

O foco da teoria de Bertalanffy é mostrar que os sistemas não podem ser


totalmente compreendidos apenas analisando separadamente suas partes. Sua
compreensão só é possível por meio da análise da dependência recíproca e da
integração existente entre elas.

Costuma-se dizer que a finalidade dos sistemas de informação é obter as


informações certas para as pessoas certas, no momento certo, na quantidade certa e
no formato certo. Como os sistemas de informação devem fornecer informações úteis,
começamos definindo informações e dois termos intimamente relacionados: dados e
conhecimento.

11
Um dos principais objetivos dos sistemas de informações é transformar
economicamente os dados em informações ou conhecimento, Vejamos mais de perto
esses conceitos, conforme comenta Turban, Rainer e Potter, (2007, p.3).

• Os Itens de Dados: Referem-se a uma descrição elementar de coisas, eventos,


atividades e transações que são registrados, classificados e armazenados, mas
não são organizados para transmitir qualquer significado específico. Os itens de
dados podem ser números, letras, figuras, sons ou imagens. Exemplos de itens
de dados são as notas de um aluno em uma disciplina e o número de horas que
um empregado trabalhou em determinada semana.

• A Informação: Refere-se a dados que foram organizados de modo a terem


significado específico e valor para o receptor. Por exemplo, a nota é um dado,
mas o nome de um aluno associado a sua nota é uma informação. O receptor
interpreta o significado e elabora conclusões e implicações da informação.

• O Conhecimento: Consiste em dados e/ou informações que foram organizados


e processa dados para transmitir entendimento, experiência, aprendizagem
acumulada à prática aplicada a um problema ou atividade empresarial atual. Por
exemplo, uma empresa recrutando em uma universidade descobriu, ao longo do
tempo, que alunos com médias acima de 6,00 foram mais bem-sucedidos em
seu programa de gerenciamento. Com base nessa experiência, a empresa pode
decidir entrevistar apenas alunos com média acima de 6,00. O conhecimento
organizacional, que reflete a experiência e a pratica de muitas pessoas, tem
grande valor para todos os empregados.

De acordo com O’ Brien (2004) os dados são formados pelos fatos ou observações
como imagens ou sons, que podem ou não serem usados. Por sua vez, a Informação
é formada pelos dados que foram organizados de modo que adquirissem significado
e valor para quem os recebe denominado de recebedor. Por exemplo, quando um
professor lança uma média de notas, sem nenhuma observação, essa média constitui
um dado. Quando ele acrescenta o nome do aluno ao lado da nota, o dado adquire o
valor de informação. Como existem diferentes níveis em uma organização é natural
que também existam diferentes tipos de Sistemas de Informação com diferentes
especializações.

12
As grandes transformações ocorridas nos últimos anos, impulsionadas,
principalmente, pelo avanço da tecnologia, provocaram a passagem da antiga
sociedade industrial para uma nova sociedade baseada na informação e no
conhecimento. Drucker (1998 apud Albertin, 2009) ressalta que estamos entrando na
sociedade do conhecimento, onde não mais o capital, os recursos naturais ou a mão-
de-obra podem ser considerados como recurso econômico básico, mas, sim, o
conhecimento, sendo que serão os trabalhadores do conhecimento os que
desempenharão o papel central. Considera, ainda, a Gestão do Conhecimento o
passo seguinte à Gestão da Informação. O conhecimento é a chave para a conquista
de vantagens competitivas no atual ambiente empresarial.

Entretanto, o conhecimento não possui, exatamente, as mesmas características da


informação. A importância da informação, geralmente, está relacionada com o tempo.
Diferentemente, o conhecimento deve ser distribuído através da organização, e sua
essência está em ser compartilhado, adquirido e trocado para gerar novos
conhecimentos. Authier (1995 apud Albertin, 2009) ressalta que o conhecimento, de
modo geral, é aquilo graças ao qual elaboramos respostas e soluções para problemas
novos. O conhecimento pode ter dois significados aparentemente diferentes:

• É, primeiramente, aquilo que nos torna capazes de interpretar uma informação,


de dar um sentido a um saber;

• É, também, um ser humano – um conhecido – que pode ser um aliado em uma


situação problemática. Quer seja a capacidade de dar um sentido, quer seja a
capacidade de fazer alianças, o conhecimento é possuído por uma ou mais
pessoas, mas só pode ser algo humano. Competências ou conhecimentos,
intrinsecamente ligados uns aos outros, caracterizam as riquezas humanas que
a empresa detém.

Consultores podem ajudar no projeto e na construção de grandes sistemas do


conhecimento, no mapeamento do conhecimento com algum nível de detalhe, no
levantamento do estado atual do conhecimento e na educação de gerentes e
funcionários sobre os fundamentos do conhecimento. Consideramos que essas
informações devem construir um único parágrafo, melhor escrito e relacionado um
com o outro. Explicam as autoras Lastres e Albagli que:

13
"Informação e conhecimento estão correlacionados, mas não
são sinônimos. Também é necessário distinguir dois tipos de
conhecimentos: os conhecimentos codificáveis - que,
transformados em informações, podem ser reproduzidos,
estocados, transferidos, adquiridos, comercializados etc. - e os
conhecimentos tácitos. Para estes a transformação em sinais ou
códigos é extremamente difícil já que sua natureza está
associada a processos de aprendizado, totalmente dependentes
de contextos e formas de interação sociais específicas" (1999,
p.30).

Miranda também distingue três diferentes tipos de conhecimentos:

• Conhecimento explícito é o conjunto de informações já elicitadas em algum


suporte (livros, documento etc.) e que caracteriza o saber disponível sobre tema
específico;

• Conhecimento tácito é o acúmulo de saber prático sobre um determinado


assunto, que agrega convicções, crenças, sentimentos, emoções e outros
fatores ligados à experiência e à personalidade de quem detém;

• Conhecimento estratégico é a combinação de conhecimento explícito e tácito


formado a partir das informações de acompanhamento, agregando-se o
conhecimento de especialistas. (1999, p.287).

Conteúdo do Conhecimento criado pelos quatro modos de conversão do


conhecimento (Nonaka e Takeuchi, 1997). Adaptado pelo autor.

A socialização é o processo de compartilhamento de experiências entre os


indivíduos de um grupo, desenvolvendo-se, frequentemente, através da observação,
imitação e prática. Sob o ponto de vista empresarial, o treinamento prático é um
exemplo que utiliza, basicamente, os mesmos princípios.

14
A externalização é o processo de organização do conhecimento tácito em
conhecimento explícito através de metáforas, analogias, conceitos, hipóteses ou
modelos. Quando escrevemos um relatório para ser apresentado em um seminário,
estamos codificando e registrando nosso conhecimento tácito.

A internalização é o processo de incorporação do conhecimento explícito ao


conhecimento tácito. Quando analisamos relatórios e documentos apresentados em
um seminário, mentalmente agregamos esses novos conhecimentos às nossas
percepções e experiências anteriores, criando novos conhecimentos tácitos.

A combinação é o processo de sistematização de conceitos em um sistema de


conhecimento. Esse modo de conversão do conhecimento envolve a combinação de
conjuntos diferentes de conhecimento explícito – por exemplo, classificação,
sumarização, pesquisa e categorização das informações - com a utilização da
tecnologia de banco de dados, o que pode levar à criação de novos conhecimentos.

Silva (2002) visualiza a gestão do conhecimento em três níveis diferentes, porém


fortemente inter-relacionados:

1. Estratégico: trata da ligação entre competitividade da empresa e o trabalho com


os conhecimentos para a criação de competências organizacionais.

2. Tático: destaca a importância de se considerar a gestão de conhecimentos na


organização como sendo parte relevante de seus processos de negócio e não
somente de suas áreas departamentais.

3. Operacional: ligado à aprendizagem, aos formatos que o conhecimento assume


e ao papel desempenhado pela tecnologia da informação.

Davenport e Prusak conceituam dado, informação e conhecimento. Contudo, dão


maior ênfase ao termo informação: “Informação, além do mais, é um termo que
envolve todos os três, além de servir como conexão entre os dados brutos e o
conhecimento que se pode eventualmente obter" (1998, p.18).

15
A relação entre os três conceitos existe e é natural, uma vez que dados, informação
e conhecimento são insumos básicos para os três modelos. O que muda é a
complexidade das ações despendidas.

A gestão da informação trabalha no âmbito do conhecimento explícito, ou seja, são


dados e informações que já estão consolidados em algum tipo de veículo de
comunicação, como exemplo pode-se citar desde o livro impresso até a rede Internet.
No caso da gestão do conhecimento, a complexidade está na inserção do
conhecimento tácito nesse universo, ou seja, um ou mais indivíduos da organização
fornecem suas experiências, crenças, sentimentos, vivências, valores etc.

Por conseguinte, a inteligência está ligada ao conceito de processo contínuo, sua


maior complexidade está no fato de estabelecer relações e conexões de forma a gerar
inteligência para a organização, na medida em que cria estratégias para cenários
futuros e possibilitam tomadas de decisão de maneira mais segura e assertiva.

ARQUITETURA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E O AMBIENTE


COMPUTACIONAL

A arquitetura de tecnologia da informação (TI) é um mapa ou plano de alto nível


dos recursos de informação em uma organização. É tanto um guia para operações
atuais, quanto um esquema para decisões futuras. A arquitetura de TI integra todas
as aplicações, pois a mesma é análoga à arquitetura de uma casa. Uma planta
arquitetônica descreve como a casa vai ser construída, incluindo como os vários
componentes, como os sistemas hidráulicos e elétricos, serão integrados. Da mesma
forma, a arquitetura de TI mostra como todos os aspectos da tecnologia da informação
se integram em uma organização.

16
Ilustração da arquitetura de TI de uma agência de viagens.

Fonte: (Turban, 2007).

Com o intuito do melhor posicionamento acerca do papel do ambiente


computacional nas organizações, criou-se uma visão, onde está demonstrada a
posição do ambiente computacional como parte integrante do ambiente
organizacional, as tecnologias de informação que integram o Ambiente Computacional
e, como essa ferramenta tecnológica interage com os usuários possibilitando a
criação, a disseminação, a utilização e a proteção do conhecimento, conforme a
seguir:

17
A utilização da TI pelas organizações passou por diferentes modelos ao longo
dos anos, o que levou a ter diferentes objetivos e aplicações.

Se na perspectiva organizacional havia o risco de utilizar a TI simplesmente


como ferramenta de produtividade e controle, sem aproveitar seu potencial
revolucionário e de novas oportunidades, na perspectiva tecnológica, o risco passou
a ser a utilização intensa da TI e seu retorno adequado, a utilização da TI pela TI, o
surgimento de impactos negativos pela falta de tratamento adequado dos aspectos de
assimilação e implementação da tecnologia, falta de alinhamento estratégico coerente
etc.

Uma das questões apareceu como relevante referia-se ao fato do que seria
mais adequado: a tecnologia adaptar-se à organização ou a organização a tecnologia.
A resposta, sem duvida, é que as duas concepções estão corretas e não são
excludentes.

18
Na visão de Rezende e Abreu (2000), um sistema de informação eficiente pode
ter um grande impacto na estratégia corporativa e no sucesso da empresa. Entre os
benefícios que as empresas buscam estão: suporte a tomada de decisão, valor
agregado ao produto, melhor serviço e vantagem competitiva, produtos de melhor
qualidade entre outros.

Assim surge a perspectiva atual, na qual as diretrizes organizacionais fornecem


sustentabilidade suficiente e imprescindível para a elaboração da estratégia e a
utilização bem sucedida de TI, ao mesmo tempo em que é influenciada e alterada pela
TI, que oferece novas oportunidades de atuação interna e externa, muitas vezes de
forma revolucionaria.

Podemos observar nessa análise de evolução da TI pelas empresas, que é


possível identificar mudanças significativas na visão que as empresas passaram a ter
dessa tecnologia.

Earl (1998) define que parte central das estratégias de TI é a


filosofia que a organização tem em relação a essa tecnologia, na
qual estão incluídos a visão e o valor de TI para a organização,
que permitem e se completam com a definição de temas e a
carteira de serviços e projetos, bem como sua postura em
relação aos recursos internos e externos.

Hoje as organizações utilizam a TI para mudanças de processos, visando a


eficácia das metas organizacionais ou o aproveitamento de novas oportunidades. Pois
esta filosofia é a base para definição do posicionamento da TI em relação às
organizações.

19
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO BASEADOS EM COMPUTADOR
COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO

A arquitetura e a infraestrutura de TI fornecem a base para todos os sistemas


de informação na organização. Um sistema de informação (SI) coleta, processa,
armazena, analisa e dissemina informações que usa a tecnologia de computador para
realizar algumas ou todas as tarefas pretendidas. Embora nem todos os sistemas de
informação sejam computadorizados, a maioria é. Por essa razão, o termo “sistema
de informação” normalmente é usado como sinônimo de “sistema de informação
baseado em computador”.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Como preposto anteriormente à finalidade do sistema da informação é obter as


informações certas no momento certo, para as pessoas certas. A informação deve
proceder a informações que sejam úteis e aproveitáveis num sistema bem definido.

Para a verificação de que maneira os sistemas poderiam ser chamados de


estratégicos, os autores buscaram eventuais conexões entre os sistemas e a estrutura
das forças competitivas de Porter (1996).

Dentro de uma visão de negócios, sobre o Sistema da Informação (SI), podese


dizer que na atualidade o mundo vive a era da informação, exigindo das organizações
uma gestão estratégica eficiente, eficaz e de poder controlador, a qual pode ser
pluralizada pela utilização de recursos inteligentes, oferecidos pela tecnologia de
informação e sistemas de informação de modo geral.

A tecnologia de informação ligada ao sistema de informação oferece recursos


tecnológicos e computacionais para a geração de informações, e os sistemas de
informação gestacional estão cada vez mais alargados, ou seja, sofisticados e
segmentados, propondo mudanças nos processos organizacionais, estrutura e
estratégia de negócios.

20
Nos dias atuais, não se admite que uma organização queira fazer frente no
mercado global com vantagem, sem a utilização dessas ferramentas. Estes fatos
abrem lacunas para que os novos gestores, com novas visões busquem o
aperfeiçoamento contínuo para suas organizações. O desenvolvimento e a crescente
evolução das organizações é fruto da evolução do conhecimento e da informação, por
isso as transformações decorrentes do desenvolvimento tecnológico nas áreas de
informação e comunicação afetam significativamente a sociedade.

Para acompanhar essa metamorfose, ou seja, a transformação, tanto as


pessoas/gestor quanto as organizações têm procurado formas mais rápidas para se
inserir nesse modelo atual de mercado. Esse modelo conhecido como ‘Era da
informação’, a qual é necessário ter em mente a tecnologia de informação e os
sistemas de informação como grandes precursores e responsáveis pelo valor
adicional às tomadas de decisões no ambiente social e organizacional.

À medida que a revolução digital continua a sofre mudanças, o panorama dos


negócios, corporações bem sucedidas, devem suster seus capitais em mercado global
altamente competitivo e em rápidas mudanças. Pois todas essas mudanças podem
contribuir de forma positiva ou negativa para o sucesso, ou mesmo para a
sobrevivência das organizações. A Administração da (TI), se baseia na premissa
fundamental de que o papel da mesma é dar apoio necessário aos indivíduos e
organização.

A definição que considera os conceitos já mencionados de forma abrangente,


é que a (TI) é tudo aquilo com que podemos obter de informação, armazenar, tratar,
comunicar e disponibilizar a informação. Tal abrangência se mostra amplamente
coerente com a intensa utilização no novo ambiente empresarial, permitindo a
realização dos negócios.

Albertin (2009, p.58) comenta as setes proposições, de Earl (1987:173-174)


para desenvolver a noção e a necessidade da gerência estratégica da TI, isto é,
ajudam a esclarecer o conceito de administração de informática:

21
- Se a organização percebe a TI como fator de negócio estratégico, seu
planejamento torna-se muito mais que um conjunto de técnicas de fórmulas
estratégicas;

- Se a TI é percebida por uma organização como estratégica, ela não pode mais
ser gerenciada como atividade de suporte ou serviço, e não pode também ser
considerada uma atividade especialista;

- Se a TI é para ser um mecanismo para criar vantagem competitiva, então o


foco externo, as características de desenvolvimento de produto e serviço e a
orientação de marketing do “Sistema de Informação” resultante serão mais
reminiscentes da inovação do negócio que das aplicações tradicionais;

- Se uma empresa opera um setor em que a infraestrutura é fundada na TI,


considera que suas estratégias de negócios dependem da TI.

- Se a empresa é baseada fortemente em tecnologia, ou está provendo


informação e serviço de processamento, ela provavelmente requer algumas das
práticas de gerencias encontradas nas companhias de alta tecnologia de sucesso;

- Se a TI é aceita como sendo estratégica, afetando o futuro da empresa e


requerendo considerações de matérias ambientais tanto quanto funcionalidade
interna, os executivos de TI e de outras áreas de linha operacionais e os gerentes
gerais precisam integrar entre si e gerenciar seus ambientes;

- Se as proposições são verdadeiras então as gerencias tem muito que aprender;

22
Partindo das proposições descritas, observa-se que a Administração de
Informática, assim como outras modalidades de gestão, deve considerar os princípios
e teorias da gestão geral, não sendo aceita que ela tenha uma forma totalmente
distinta ou particular de ser realizada.

Albertin (2009, p.60) cita Ein-Dor e Segev (1978) argumentando que o objetivo
principal de um processo formal de Planejamento Estratégico de SI é a produção de
Sistemas de Informação Gerenciais consistentes com a política geral da organização.

Pressupomos então que toda ligação da Informação Administrativa dentro dos


Sistemas de TI, assegura o cumprimento do desenvolvimento dos negócios num
ambiente organizacional.

O PODER DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) E A FORÇA DOS


NEGÓCIOS

A constante evolução dos negócios, mercado e economia que temos vivido tem
acarretado uma turbulência acentuada, graças às ferramentas de tecnologia.

“Em tempos turbulentos uma empresa deve manter-se ágil,


forte e sem gordura, capaz de suportar esforços e tensões, e
capaz também de se movimentar rapidamente para aproveitar
as oportunidades”. Drucker (1980:33).

É nessa postura que a Informática pode ser decisiva para o sucesso ou fracasso
de uma empresa. A administração de Informática deve contribuir para que a
organização seja ágil, flexível e forte, e não para que ela fique á espera de suas
realizações ou insegura quanto a seu apoio.

Segundo Drucker (1988), a nova organização depende fundamentalmente da


TI, uma vez que se fundamenta na completa disponibilidade de informações. Os
participantes da nova organização devem ter a possibilidade de disponibilizar as suas

23
informações para aquelas que delas necessitam, assim como devem poder acessar
as informações de que precisam de forma rápida, livre e fácil.

Madnick (1991:27-30 apud Albertin, 2009) no capitulo sobre Plataforma de TI,


argumenta que as oportunidades de TI e as forças de negócios levarão a uma elevada
conectividade, possibilitando as formas de relacionamentos entre organizações, e
aumentarão a produtividade dos grupos. As oportunidades da TI para:

- Continua vantagem e melhoria de custo e desempenho de capacidade; - Novas

arquiteturas de TI, que incluem:

- Redes extensas de comunicação;

- Banco de dados distribuídos e acessíveis;

- Melhora nas estações de trabalho de interface humana;

As Forças de Negócios:

- Globalização;
- Competitividade em nível mundial;

- Requerimentos de produtividade;

- Ambientes voláteis;

Os estudos sobre o uso de TI não apresentam consenso sobre o melhor


enfoque, medidas ou nível de análise a serem utilizados para medir o valor de negócio
e estratégico dos investimentos em TI nas organizações. A maioria dos estudos
sempre foi baseada em muitas disciplinas, por exemplo, nos aspectos
microeconômicos, econômicos e financeiros; foram usadas várias teorias, como a
teoria da firma, valor da informação e valor do tempo do dinheiro; e o emprego de
muitas variáveis dependentes desde índices financeiros até a satisfação.

24
A maioria dos modelos usados nas pesquisas assume a relação direta entre
tecnologia e algumas medidas de desempenho, e essa visão é denominada modelo
básico e inclui investimento e desempenho organizacional.

A (TI) NAS ORGANIZAÇÕES COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA

Segundo Vasconcelos e Ozaki (2005), atualmente uma gama de empresas


veem os negócios eletrônicos (E-commerce) como sendo apenas a implementação de
um site para vendas através da Internet. Não é incomum vermos empresas solicitar
os desenvolvedores de software um sistema para fazer pedidos pela Internet, ou
mesmo para coordenar sua linha de produção acreditando que isto é suficiente para
aproveitar os benefícios desta nova modalidade de negócios. Outras empresas
preferem a passividade, optando por não investir em TI baseadas na intuição de seus
executivos, que não visualizam os benefícios das ferramentas digitais.

Depois, queixam-se que não alcançaram os resultados esperados, justificando


que o emprego dessas novas tecnologias não é adequado ao seu setor de atuação,
ou que os clientes não possuem cultura para utilizar a nova ferramenta. De acordo
com Mendes (2002), podem perceber tardiamente que, por miopia empresarial, não
viram oportunidades, vislumbradas por concorrentes ou novos entrantes que passam
a desbancar antigos líderes e abalam toda a estrutura de um setor.

Portanto, não se pode perder o enfoque que para se obter um resultado


eficiente em seu ramo de segmentação, há necessidade de uma integração eficaz de
ferramentas de TI com modelos de gerenciamento apropriados. Trata-se de um
esforço integrado envolvendo as áreas de TI, estratégia, comercial, logística,
financeira, além do próprio cliente, e fornecedores promovendo uma mudança cultural.
Alterando a forma como as pessoas trabalham inclusive o próprio setor técnico
operacional da empresa em prol de uma gestão eficaz com vistas às metas traçadas
com a implantação das Tecnologias de Informação, caso contrário o resultado final
pode se tornar catastrófico conduzindo muitas vezes à organização a falência.

25
Conforme Porter, (1985), uma estratégica competitiva é uma formula ampla
para saber como uma empresa irá competir, mais devem ser suas metas e quais
planos e políticas serão exigidos para cumprir essas metas. Por meio de sua estratégia
competitiva, uma organização busca vantagens competitivas em um setor – uma
vantagem sobre os concorrentes em alguma medida como custo, qualidade
velocidade.

Segundo Turban, Rainer e Potter (2005, p.17), a vantagem competitiva na


economia digital do que na velha economia. Na maioria dos casos, a economia digital
não mudou o negócio principal das empresas. Ou seja, as tecnologias de internet
simplesmente oferecessem as fontes tradicionais de vantagem competitiva - como
baixo custo, excelente atendimento ao cliente ou gerenciamento superior de cadeia
de fornecimento. Para a maioria das organizações, o primeiro passo para a vantagem
competitiva na economia digital é responder a seguinte questão: “Como a TI,
especialmente a internet pode me ajudar nos negócios?”. A resposta normalmente
envolve Sistemas de Informações Estratégicos.

A estrutura mais conhecida para analisar a competitividade é o modelo de forças


competitiva de (Porter, 1986). Ele é usado para desenvolver estratégias para as
empresas aumentarem sua margem competitiva. O modelo reconhece cinco forças
principais que poderiam colocar em risco a posição de uma organização em um
determinado setor, conforme descrição:
• A ameaça de novos entrantes. Para a maioria das firmas, a internet aumenta a
ameaça de novos entrantes. Primeiro, a internet afiadamente reduz as barreiras
tradicionais a entrada, como a necessidade de uma força de vendas ou uma
vitrine física para vender bens e serviços. Os concorrentes só precisam
configurar um web site. Essa ameaça particularmente aguda nos setores que
realizam um papel de intermediação. Por exemplo: (corretores da bolsa agente
de viagem), bem como setores em que o produto ou serviço principal é digital.
Por exemplo: (setor musical). Segundo, o alcance geográfico da internet permite
que concorrentes distantes compitam mais diretamente com firma existem.

26
• O poder de negociação dos fornecedores. O impacto da internet sobre os
fornecedores é misturado. Por um lado, os compradores podem encontrar
fornecedores alternativos e comparar preços com mais facilidade, reduzindo o
poder e negociação do fornecedor. Por outro lado, enquanto as empresas
utilizam a internet para integrar sua cadeia de fornecimento e juntar centrais
digitais de trocas, os fornecedores participantes prosperarão aprisionando aos
clientes e aumentando os custos de trocas.

• O poder de negociação dos clientes (compradores). A web aumenta bastante o


acesso de um comprador às informações sobre produtos e fornecedores. As
tecnologias da internet podem reduzir os custos de troca de cliente (os custos,
em dinheiro e tempo, de uma decisão para comprar em outro lugar) e os
compradores podem comprar com mais facilidade de outros fornecedores.
Esses fatores significam que a internet aumenta bastante o poder de negociação
dos clientes.

• A ameaça de substituir produtos ou serviços. Os setores baseados em


informação estão no maior perigo de substituições. Qualquer setor em que a
informação digitalizada pode substituir bens materiais. Por exemplo: (musica,
livros, software) precisa ver a internet como uma ameaça.

• A rivalidade entre firmas existentes no setor. A visibilidade das aplicações da


internet torna os sistemas proprietários mais difíceis de manter em segredo,
reduzindo as diferenças entre os concorrentes. Ou seja, quando eu vejo um
excelente sistema on-line novo do meu concorrente, provavelmente preciso
acompanhar seus recursos para permanecer competitivo. Na maioria dos
setores, a tendência para internet de reduzir os custos variáveis em relação aos
custos fixos encoraja o desconto no preço. Essas duas forças encorajam a
concorrência de preços destrutivos em um setor.

De muitas outras maneiras, os sistemas baseado na web estão mudando a natureza


da concorrência das empresas e até mesmo a estrutura dos seus setores.

27
O CONHECIMENTO TECNOLÓGICO NA ADMINISTRAÇÃO

A Administração é a ciência responsável pelo estudo das organizações e pelas


formas como são gerenciadas. No mundo competitivo de hoje, o que diferencia o
gestor de um simples executor de tarefas é exatamente o conhecimento de como
administrar bem uma organização: enquanto o primeiro sabe analisar e resolver
situações problemáticas e complexas, pois aprendeu a pensar, a avaliar e a ponderar
em termos conceituais, teóricos e estratégicos, o segundo é um mero agente de
execução e operação, que aprendeu a fazer, na prática, planos, organogramas,
mapas, registros, lançamentos, etc. O administrador é, também, um agente de
mudança e inovação, pois estuda e adquire conhecimentos para entender e
diagnosticar situações relacionadas ao processo de gerenciamento.

O conhecimento tecnológico da Administração é importantíssimo, fundamental


e indispensável para o modo de agir do administrador. O seu desempenho depende,
sobretudo, de sua personalidade e de suas habilidades. O ambiente empresarial está
mudando continuamente, tornando-se mais complexo e menos previsível. Cada vez
mais ele depende de informação e de toda a infraestrutura tecnológica, o que permite
o gerenciamento de enormes quantidades de dados. A tecnologia gera grandes
transformações no comportamento social. As mudanças que ocorrem de forma ágil e
sutil influenciam também o comportamento nas corporações.

Para o mundo empresarial, essas variações geram consequências fundamentais,


causando preocupação diária aos empresários e executivos. Uma delas se refere ao
estágio de desenvolvimento tecnológico das empresas e/ou de seus processos
internos. O gerenciamento dos Sistemas de Informação (SI) é uma das funções
fundamentais dentro de uma organização, podendo atuar como um subsistema no
sistema organizacional. As influências externas na organização podem ocorrer por
meio das novas regulamentações governamentais, mudanças de tecnologia, e/ou
competições etc. O acompanhamento dessas mudanças necessita de mobilização
de todos os recursos, além o pessoal de informática. Frota (2010, p. 124).

Ainda na visão de Frota (2010) os modernos sistemas de informação oferecem


às empresas oportunidades sem precedentes, que melhoram os processos internos e
os serviços prestados ao consumidor final. Qualquer forma de limitação à atuação da
Tecnologia da Informação (TI) acarreta dificuldades ao bom funcionamento das
empresas. Por isso, as empresas precisam realizar estudos prévios para conhecer as
tendências e os comportamentos que podem aumentar sua competitividade.

28
Atualmente, a gestão estratégica da informação tornou-se uma parte crítica e
integrada de qualquer estrutura gerencial de sucesso.

O uso da reengenharia de processos para direcionar os novos sistemas de


informação pode proporcionar um aumento significativo da satisfação dos clientes
e/ou a redução de custos. Algumas empresas utilizam a tecnologia apenas para fazer
mais rápido o mesmo trabalho. A análise de aquisição dos produtos e serviços de
tecnologia está vinculada à avaliação dos valores internos da empresa. Essa análise
ocorre desde a sua cultura, o nível dos seus gestores e colaboradores, até a análise
dos seus negócios, sem desconsiderar o planejamento estratégico para o futuro. Os
novos desafios dos gestores com a implantação de processos baseados em TI estão
ao alcance de metas e objetivos organizacionais específicos, que combinam
habilidades de liderança e comunicação com conhecimentos técnicos sobre o
negócio.

Esses processos exercem um papel decisivo em todas as questões de gestão


da informação e de aprimoramento da organização. A Tecnologia da Informação
permeia a cadeia de valor em cada um de seus pontos, transformando a maneira

29
como as atividades são executadas e a natureza das interligações entre elas. Ela afeta
também o escopo competitivo e reformula a maneira como os produtos e serviços
atendem às necessidades dos clientes. Os seus efeitos básicos explicam porque a
Tecnologia da Informação adquiriu um significado estratégico e diferenciase de outras
tecnologias utilizadas nos negócios.

Conforme Frota (2010, p.125), ao iniciar um projeto de implantação de TI nos


processos organizacionais é recomendável ao gestor e sua equipe a atenção em uma
série de questionamentos importantes, a saber:

• Quais os processos mais importantes no momento e por que implantá-los?


• O sistema de TI atenderá as necessidades?
• Quem serão os mais afetados pelas mudanças?
• Quem serão os líderes das equipes?
• Qual a cultura da companhia e quais serão as resistências?
• Quais as subculturas e as resistências?
• Como essas resistências poderão ser aplicadas na mudança dos processos?
• Quais os atributos culturais que interferirão nas mudanças?
• Quais as mudanças consideradas mais difíceis e como lidar com elas?
• Quem será o responsável pelo gerenciamento das mudanças?

A implantação de um projeto de TI exige suporte físico e técnico compatível com as


necessidades do processo organizacional. Para que a TI atenda às necessidades da
organização é preciso criar cargos adequados a cada função, com profissionais
preparados e comprometidos com as metas e objetivos da corporação. É importante
que os melhores profissionais façam parte do time de implantação e funcionamento
da TI na organização. Para que as mudanças sejam implantadas no tempo previsto
do projeto de TI é necessário que os gerentes de cada unidade de negócio conheçam
e entendam claramente as razões que estão por traz das mudanças.

Para que isso ocorra é importante a elaboração de um documento institucional,


especificando claramente a estratégia de comunicação e os princípios organizacionais
da companhia. Um projeto de TI não pode ser implantado de forma brusca, ele deve
ser gradativo e com um sistema que atenda as necessidades funcionais da empresa.
Para isso, é preciso considerar o montante de trabalho que será exigido em cada fase

30
e os eventuais imprevistos que possam surgir durante o projeto. O componente
humano de uma companhia corresponde ao conhecimento, experiência e habilidades
tanto dos profissionais de TI quanto dos usuários que formam a memória da
organização. Para que a tecnologia possa ser bem empregada e ofereça um retorno
satisfatório é preciso congregar os conhecimentos dos profissionais, combinando as
habilidades técnicas com os conhecimentos das diversas áreas das organizações.

Assim como os recursos físicos, o conhecimento técnico também pode estar


facilmente ao alcance dos concorrentes, uma vez que os profissionais de TI, de
maneira generalizada, possuem formação técnica semelhante. Dessa forma, além do
conhecimento técnico, o pessoal de TI deve conhecer bem os processos
organizacionais que envolvem os negócios, as estratégias da organização e a cultura
das pessoas e da empresa. Somente assim, a empresa terá condições de empregar,
da melhor forma possível, a sua. Quando a empresa adapta a tecnologia às suas
particularidades – estratégias, cultura e estrutura organizacional -, ela protege o seu
sistema de possíveis cópias pelos concorrentes.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Tomando como base a fundamentação teórica apresentada sobre a


Administração da Tecnologia da Informação no ambiente dos negócios e com
objetivos de alcançar as metas propostas neste trabalho, será apresentada a seguir,
a metodologia que será utilizada na investigação do problema de pesquisa deste
estudo.

Este trabalho será segmentado por uma minuciosa pesquisa bibliográfica,


dando ênfase a Tecnologia da Informação no meio organizacional. Neste pressuposto,
a leitura e a observação de dados, será o fator primordial para a desenvoltura deste
trabalho. Vamos procurar indicar e acessar as fontes de consultas fichá-las, lê-las,
construir seu texto dentro das normas preestabelecidas dos padrões didáticos.
Este trabalho consistirá numa pesquisa qualitativa através de levantamentos
bibliográficos, conforme Oliveira (2002, p.117), tem a facilidade de descrever
determinado problema, analisando as variáveis e classificando os processos

31
experimentados, permitindo uma interpretação particular de cada pessoa e de
gestores envolvidos no enlace Tecnológico das corporações globais. A análise dos
dados será realizada a partir dos dados coletados em referências bibliográficas,
confrontada com os conceitos levantados no referencial teórico, caracterizando desta
forma a pesquisa como qualitativa.

Na análise e demonstrações de resultado, formalizaremos o objetivo para


demonstrar como a tecnologia organizacional tem crescido no ambiente corporativo,
nos ramos mercadológicos, dando uma visão da ferramenta (TI) e sua primordial
importância para solucionar problemas cada vez mais complexos que exigem uma
sistemática adequada de gestão tecnológica.

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS

Analisando o contexto global da tecnologia da informação, conforme reforçado


pelo referencial teórico, percebe-se que a mesma sofreu algumas alterações no
decorrer de sua existência, tanto no contexto organizacional como na vida pessoal.
Passando por transformações dentro do panorama dos negócios, sendo peça
estratégica de fundamental importância no ambiente organizacional. Conforme
reforçado por Rezende e Abreu (2000), um sistema de informação eficiente pode ter
um grande impacto na estratégia corporativa ou a organização a tecnologia, gerando
expectativas positivas ou negativas.

As tecnologias de informações estão presentes em diversos contextos,


principalmente nas resoluções de grandes problemas. Hoje os sistemas em geral
baseados em tecnologia, favorecem a amplitude de solucionar problemas cada vez
mais complexos. A figura a seguir exemplifica a interação organizacional em busca do
equacionamento dos problemas usando as ferramentas de TI.

Dentro da regra das tramitações organizacionais a TI pode assumir um papel


positivo ou negativo se fases da administração não forem respeitadas, conforme
descrito: PODC = EEE

32
O planejamento, a organização o direcionamento e controle são as ferramentas
bases para atingir as metas e os objetivos a ser seguido, gerando eficiência eficácia e
efetividade. Ressaltando, que a TI segmenta os PODC, buscando os três EEE, esses
segmentos se não forem feito de modo sistemático a geração de resultado pode ser
negativa.

A Tecnologia da Informação (TI) os Sistemas de Informações (SI) são fatores


presentes e reais implantados nas bases organizacionais, isto é, bases formadas
pelos contextos de pessoas utilizando a tecnologia para atingirem resultados dentro
de uma perspectiva que engloba aperfeiçoamento constante, eficiência e eficácia. A
TI desde o seu surgimento até os dias atuais sofreu grandes inovações: do uso
burocrático, a ferramenta administrativa de negócios, passando então a ser
consultada como ferramenta de base de apoio nas tomadas de decisões e processos
organizacionais.

Verifica-se que as preocupações técnicas e sociais da (TI) estão incluídas no


setor de administração dos negócios, gerando uma interpretação definidas como
relação de recursos de informação, recursos que oferecem grandes oportunidades
para as organizações que tem sucesso no seu aproveitamento dos benefícios por este
uso e aperfeiçoamento constante. O conhecimento é peça fundamental para se
contextualizar as aplicações dessas ferramentas, pois englobam um enlace de
técnicas operacionais, hardware, software, pessoas que são apenas implementos
para a funcionalidade da tecnologia presente.

A ADMINISTRAÇÃO OU GESTÃO DA ESCOLA: CONCEPÇÕES E


ESCOLAS TEÓRICAS

Você pode observar que os conceitos acima estão carregados de termos como
controle, produtividade e eficiência, característicos do modo de produção capitalista.
No entanto, a administração enquanto atividade essencialmente humana nasceu
antes de a sociedade se organizar a partir do ideal capitalista. Nesse sentido, outro
autor, Vitor Paro, em seu livro Administração Escolar: introdução crítica, ao discutir o
conceito de administração como fenômeno universal, define o termo como “a utilização
racional de recursos para a realização de fins determinados”. Assim, tanto os
princípios, quanto as funções da administração estão diretamente relacionados aos

33
fins e à natureza da organização social em qualquer realidade e, ao mesmo tempo,
determinados por uma dada sociedade. Por exemplo, na empresa capitalista, que tem
como objetivo a acumulação do capital, a função da administração é organizar os
trabalhadores no processo de produção, com a finalidade de ter o controle das forças
produtivas, do planejamento à execução das operações, visando à maximização da
produção e dos lucros. Já numa sociedade indígena, a comunidade organiza seus
recursos de caça não para obter lucro, mas com o objetivo de garantir sua
sobrevivência com a abundância de carnes. Então, vamos refletir sobre as maneiras
de organização construídas pelos homens ao longo de sua história mais recente. Para
desenvolvermos esse exercício, apresentamos as escolas de administração que
traduzem concepções, políticas e formas de organização e gestão. Quais são as
escolas de administração?

Os estudiosos apontam várias abordagens para o entendimento do termo


administração. Para auxiliar a compreensão, usamos a seguinte classificação:

IMPORTANTE

Capitalismo é um regime econômico e social, caracterizado pela propriedade


privada dos meios de produção e de distribuição, pela liberdade dos capitalistas para
gerir os seus bens no sentido da obtenção de lucro e pela influência dos detentores
do capital sobre o poder político.

a) Escola clássica ou de administração científica;

b) Escola de relações humanas;

c) Escola behaviorista;

d) Escola estruturalista. Discutiremos, também, o enfoque cultural como uma


alternativa mais abrangente para a análise da administração.

34
Escola clássica ou de administração científica

A Escola de administração científica tem como principais representantes Henry


Fayol e Frederick W. Taylor. Este último é seu principal protagonista, pois foi quem
desenvolveu novos métodos de organização racional do trabalho. Taylor criou as
linhas de montagem, adaptadas à produção em massa, para o aproveitamento
máximo do tempo, dos recursos humanos e materiais. Com isso, minimizou gastos e
aumentou os lucros. O princípio que norteia o pensamento dessa escola pode-se
resumir, segundo o professor Fernando Prestes Mota , na afirmação de que: alguém
será um bom administrador à medida que planejar cuidadosamente seus passos, que
organizar e coordenar racionalmente as atividades de seus subordinados e que souber
comandar e controlar tais atividades. Desse modo, descreveremos a seguir as ideias
centrais dessa abordagem. Sendo o homem um ser racional, ao tomar uma decisão,
busca conhecer todos os cursos de ação disponíveis e as consequências da sua
opção. Pode, assim, escolher sempre a melhor alternativa e, com ela, melhorar os
resultados de sua decisão. Segundo essa escola, os valores do homem são tidos, a
princípio, como econômicos.

Para essa escola de administração, a perspectiva dos resultados é


determinante da maneira correta e eficiente de execução do trabalho, o que implica
análise e estudos detalhados de todo o processo produtivo, para adequá-lo ao máximo
de produção. Para tanto, a gestão deve intervir desde a seleção e treinamento do
pessoal até a fixação de um sistema de incentivos econômicos, passando por
controles da supervisão. A organização é uma forma de se estruturar a empresa,
visando ao máximo de produtividade e de lucros, não sendo considerada nos seus
aspectos sociais.

Assim, a função do administrador é, fundamentalmente, determinar a maneira


certa de executar o trabalho.

No que se refere à organização propriamente dita, esta escola fundamenta-se nas


seguintes ideias:

a) Quanto mais dividido for o trabalho em uma organização, mais eficiente será a
empresa;

35
b) Quanto mais o agrupamento de tarefas em departamentos obedecer ao critério
da semelhança de objetivos, mais eficiente será a empresa;

c) Um pequeno número de subordinados para cada chefe e um alto grau de


centralização das decisões, de forma que o controle possa ser cerrado e completo,
tenderá a tornar as organizações mais eficientes;

d) O objetivo da organização é centrar-se mais nas tarefas do que nos homens.


Dessa forma, ao organizar, o administrador não de - verá levar em consideração
problemas de ordem pessoal daqueles que vão ocupar a função.

Escola de relações humanas

As relações sociais no modo de produção capitalista são, sobremaneira,


relações antagônicas. De um lado, estão os proprietários dos meios de produção e de
outro, a classe trabalhadora, detentora da força de trabalho. Essas relações
apresentam-se conflitantes e algumas vezes irreconciliáveis. A Escola de relações
humanas, que tem George Elton Mayo como seu representante maior, desloca o foco
de interesse da administração, da organização formal, para os grupos informais.
Assim, os problemas sociais, políticos e econômicos, passam para a esfera dos
problemas psicológicos, ocasionados “pelo relacionamento no grupo, pela
necessidade de participação e auto realização”. Nessa ótica, os princípios norteadores
dessa escola estão centrados em outras ideias. O homem, além de racional, é
essencialmente social. Seu comportamento é dificilmente reduzível a esquemas,
sofrendo, portando, influência de condicionamentos sociais e diferenças individuais. A
constatação do grupo informal dentro da organização, como uma realidade própria,
diferente da organização formal, exige conhecimentos e tratamentos especiais. Além
do incentivo monetário, para que o homem se integre de forma eficiente aos objetivos
da organização formal, fazem-se necessárias outras motivações, como por exemplo,
a participação nas tomadas de decisão.

36
Escola behaviorista

Essa escola não vê a organização em sua estrutura formal, mas foca toda sua
atenção para a organização informal, ou seja, para as relações sociais não previstas
em regulamentos ou organogramas. Segundo a Escola behaviorista, os princípios
administrativos adotados nas empresas podem ser empregados em qualquer tipo de
organização e os problemas administrativos devem ser tratados com objetividade.
Entre 1927 e 1932, o psicólogo industrial australiano George Elton Mayo prestou sua
contribuição à Escola das Relações Humanas através de uma pesquisa na Western
Eletric Co., na cidade de Hawtorne, onde as mulheres que lá trabalhavam,
executando tarefas rotineiras, eram submetidas a diferentes condições de trabalho.
Ele concluiu que o fato delas se sentirem “observadas” fazia com que aumentasse sua
motivação para o trabalho.

O Behaviorismo, teoria comportamental ou comportamentalismo, é um ramo da


psicologia que estuda o comportamento.

Os principais representantes desta escola são Herbert Simon, Chester Bernard,


Elliot Jacques e Chris Argyris, que se pautam nas ideias mostradas a seguir. O
comportamento do homem é racional “apenas em relação a um conjunto de dados
característicos de determinada situação”; esses dados, variáveis e resultantes do
subjetivismo e do relativismo da própria racionalidade, devem ser não só explicados,
mas determinados e previstos pela teoria. O processo de tomada de decisão, para
essa abordagem, exige um tratamento metodológico especial, tendo em vista a sua
importância no processo administrativo. Os problemas relacionados à autoridade
exigem estudos especiais, pois é necessário um tratamento que leve à aceitação das
normas e ordens. Assim, a autoridade, deve ser encarada como fenômeno psicológico
e não apenas legal. A organização deve ser percebida como

“um instrumento cooperativo racional”. A realização e satisfação dos objetivos


pessoais se obtêm pela vivência da cooperação nas organizações informais.

Escola estruturalista

A Escola estruturalista tem entre seus representantes Max Weber, Robert K.


Merton, Alvin Gouldner e Amitai Etzioni. Segundo o ponto de vista dessa escola, a
organização do mundo moderno exige do homem uma personalidade flexível,
resistente a frustrações, com capacidade de adiar a recompensa e com desejo de

37
realização pessoal. Diferente das escolas clássica e de relações humanas, que
defendiam a harmonia natural de interesses, e da escola behavorista, que admitia
Relativismo é a teoria filosófica que se baseia na relatividade do conhecimento e
repudia qualquer verdade ou valor absoluto. Ela parte do pressuposto de que todo
ponto de vista é válido. Subjetivismo Segundo a filosofia é o sistema que não admite
outra realidade senão a do sujeito pensante ou que acentua o caráter subjetivo do
conhecimento. Max Weber foi um intelectual alemão e um dos fundadores da
Sociologia. A existência do conflito, mas acreditava na sua superação por meio da
integração das necessidades individuais às organizacionais, os estruturalistas
apontam que o conflito, além de necessário, é inerente a determinados aspectos da
vida social, tendo em vista as tensões e os dilemas presentes nas organizações. Os
incentivos para o bom desenvolvimento do trabalho não podem ser apenas de
natureza econômica ou de natureza psicossocial, mas de ambas, pois elas se
influenciam mutuamente. O enfoque cultural: uma tentativa de contextualização da
administração A análise dessas escolas, que retratam a história das diferentes
concepções de administração, revela o norte político que as caracteriza. Como o eixo
de nossa análise é a administração escolar, falta uma concepção que considere as
particularidades da escola.

Assim, Benno Sander , ao situar a trajetória da administração escolar, destaca


o caráter assumido por esta desde o enfoque essencial - mente normativo (que prioriza
as normas e a orientação jurídica), passando pelas abordagens tecnocráticas e
comportamentalistas, até as abordagens contemporâneas que possibilitam, em alguns
casos, a centralidade da dimensão humana, favorecendo os processos de
participação dos diferentes atores no cotidiano escolar. Nesse sentido, destaca a
importância do enfoque cultural, centrado na dimensão humana, como concepção que
contribui para repensar a cultura escolar e, desse modo, para a construção da gestão
democrática das escolas.

Os termos “gestão da educação” e “administração da educação” são utilizados


na literatura educacional ora como sinônimos, ora como termos distintos. Algumas
vezes, gestão é apresentada como um processo dentro da ação administrativa, outras
vezes apresenta-se como sinônimo de gerência numa conotação neotecnicista dessa
prática e, em muitos outros momentos, gestão aparece como uma “nova” alternativa
para o processo político-administrativo da educação. Entende-se por gestão da

38
educação o processo político-administrativo contextualizado, por meio do qual a
prática social da educação é organizada, orientada e viabilizada. (BORDIGNON;
GRACINDO, 2001, p. 147). Tendo em vista a análise feita pelos professores Genuíno
Bordignon e Regina Gracindo, vamos optar pelo uso do termo gestão como
substitutivo para o de administração, quando descrevemos os conceitos de gestão de
sistemas e de gestão escolar. Você sabia que as escolas vinculam-se a um sistema
de ensino? Para compreendermos melhor esse processo vamos apresentar alguns
conceitos fundamentais.

Nas escolas e nos cursos de formação, abordam-se conceitos como: gestão da


educação, gestão da escola, gestão educacional, gestão de sistemas e administração
escolar. Convém entender esses conceitos para, depois, utilizá-los nas escolas.
Gestão de Sistema Educacional A gestão de sistema implica ordenamento normativo
e jurídico e a vinculação de instituições sociais por meio de diretrizes comuns. “A
democratização dos sistemas de ensino e da escola implica aprendizado e vivência
do exercício de participação e de tomadas de decisão. Tratase de um processo a ser
construído coletivamente, que considera a especificidade e a possibilidade histórica e
cultural de cada sistema de ensino: municipal, distrital, estadual ou federal de cada
escola.” Programa Nacional de Fortalecimento dos conselhos escolares.

GESTÃO DA ESCOLA PÚBLICA

Trata-se de uma maneira de organizar o funcionamento da escola pública


quanto aos aspectos políticos, administrativos, financeiros, tecnológicos, culturais,
artísticos e pedagógicos, com a finalidade de dar transparência às suas ações e atos
e possibilitar à comunidade escolar e local a aquisição de conhecimentos, saberes,
ideias e sonhos num processo de aprender, inventar, criar, dialogar, construir,
transformar e ensinar. (Abádia, autora do módulo 2 - Educadores e Educandos:
tempos históricos) A partir desses conceitos, vamos compreender melhor a escola e
sua função social, destacar as suas especificidades ao diferenciar a gestão escolar da
administração empresarial. A escola como instituição social, deve ser administrada a
partir de suas especificidades, ou seja, a escola é uma organização social dotada de
responsabilidades e particularidades que dizem respeito à formação humana por meio
de práticas políticas, sociais e pedagógicas. Assim, sua gestão deve ser diferenciada

39
da administração em geral, e, particularmente, da administração empresarial. De
acordo com a legislação vigente, é competência dos municípios atuar prioritariamente
na educação infantil e ensino fundamental; dos Estados assegurar o ensino
fundamental e oferecer, prioritariamente, o ensino médio. No caso do Distrito Federal,
oferecer toda a educação básica. A União se incumbe de manter sua rede de
educação superior e profissional e de dar apoio técnico e financeiro aos demais entes
federados Analise a seguir o quadro com o número de matrículas da educação básica
no Brasil no ano de 2005.

MATRÍCULAS EDUCAÇÃO BÁSICA

Número de matrículas de educação básica, por etapas e modalidade, segundo


a região geográfica e a unidade da federação, em 30/3/2005.

Unidade da Federação Total Matrículas de Educação Básica Ed. Infantil Ensino


Fundamental Ensino Médio Ed. Especial Ed. de Jovens e Adultos Ed.

Profissional Brasil 56.471.622 7.205.013 33.534.561 9.031.302 378.074 5.615.409


707.263 Fonte: INEP, 2005.

As matrículas no ano de 2005, se comparadas à população que demanda


educação nas diferentes idades, revelam que o Sistema Educacional Brasileiro
avançou no processo de uni versalização do ensino fundamental e médio. Mas,
mostram o enorme desafio nas demais etapas e modalidades da educação básica.
Em relação a 30 milhões de crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, existiam
33.534.562 estudantes no ensino fundamental em 2005. Por que será? No ensino
médio eram 9.031.302 matrículas, enquanto a população entre 15 e 17 anos somava
10 milhões. Isso significa que menos de 1 milhão não está atendido pelo ensino
médio? Já a educação infantil, compreendia por 7.205.013 de matrículas, de um total
de 21 milhões de crianças até 5 anos. Elas não teriam também direito a creches e pré-
escolas? Leia o artigo 7 o e 208 da Constituição de 1998. Imagine agora os milhões
de jovens e adultos analfabetos ou que não concluíram o ensino fundamental. Eles
não têm direito a estudar? Esses dados revelam o grande esforço a ser feito pela
União, Estados, Distrito Federal e municípios para universalizar toda a educação
básica.

40
Os dados do Censo Escolar de 2005 demonstram que as matrículas na
educação básica estão concentradas nas redes públicas municipais, que respondem
por 25.286.243 alunos, e nas estaduais, responsáveis por 23.571.777. A rede privada
possui 7.431.103 matrículas e a rede federal tem atuação predominante na educação
superior. Os indicadores de matrículas para esse nível de ensino mostram que as
políticas públicas se pautam pelo regime de colaboração entre os sistemas e, no caso
da União, limita-se à assistência técnica e financeira aos sistemas de ensino estadual,
distrital e municipal. No que se refere ao quantitativo de estabelecimentos de ensino,
os dados do Censo Escolar de 2004 apontam que há, no Brasil, 211.933 escolas de
educação básica, sendo 176.880 públicas e 35.053 privadas. Entre as públicas, 206
da rede federal de ensino; 35.778 das redes estaduais e 140.896 das municipais.
Esses dados mostram que 83.46% das escolas de educação básica do país são
públicas e 16.46% privadas. Por que a grande maioria das escolas públicas é
municipal? Reflita sobre sua realidade. No que tange aos processos avaliativos, o
Brasil desenvolve desde a década de 1990 diversos mecanismos de avaliação em
todos os níveis educacionais. No caso específico da educação básica, estão em vigor
dois instrumentos: o Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM), que avalia os alunos
concluintes do O Censo Escolar coleta anualmente informações sobre a educação
básica, abrangendo todas as suas etapas/níveis (educação infantil, ensino
fundamental e médio) e modalidades (ensino regular, educação especial, educação
de jovens e adultos e educação profissional de nível técnico). É uma pesquisa
declaratória respondida pelo (a) diretor(a) ou responsável de cada estabelecimento
escolar.

Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), cujo objetivo é levantar


indicadores para o monitoramento do processo ensino-aprendizagem e, nesse
sentido, contribuir para a formulação de políticas, por parte dos entes federados,
visando à melhoria da qualidade do ensino. Os participantes do SAEB são alunos da
4a e 8a séries do ensino fundamental e da 3a série do ensino médio, que fazem provas
de língua portuguesa e de matemática. Segundo dados do INEP, participaram do
SAEB, em 2003, cerca de 300 mil alunos, 17 mil professores e 6 mil diretores de 6.270
escolas das 27 unidades da federação. As informações coletadas nesse processo de
avaliação, feito por amostragem, permitem montar um diagnóstico sobre o sistema
educacional no país, possibilitando assim aos governos e gestores identificar
potencialidades e fragilidades das políticas educacionais delineadas local e

41
nacionalmente e seus desdobramentos nas instituições educacionais. Considerando
as dimensões, particularidades e a diversidade dos sistemas educativos, os resultados
dessas avaliações tornam-se fundamentais para que os governos e comunidade
discutam, no âmbito de suas secretarias, as medidas relativas aos problemas locais.
Todavia, tais informações têm sido apenas parcialmente utilizadas na proposição e na
avaliação de políticas que objetivem a melhoria da qualidade, eficiência e igualdade
da educação brasileira. Incrementar esse cenário avaliativo, buscando retratar, mais
pormenorizadamente, as especificidades de municípios e escolas e, desse modo,
contribuir para a melhor compreensão dos fatores condicionantes do processo de
ensino e aprendizagem, é um dos desafios com os quais se deparam o Ministério da
Educação, as secretarias estaduais e municipais e as escolas públicas. Nos estudos
desenvolvidos, tem assumido grande centralidade a criação de uma rede nacional de
avaliação da educação básica, envolvendo os esforços da União, dos Estados, dos
municípios e do Distrito Federal. Essa rede propiciaria uma maior articulação entre as
diretrizes gerais da educação nacional, as especificidades e o acompanhamento do
processo ensino-aprendizagem dos entes federativos. A construção da
democratização da escola pública: os paradoxos da gestão escolar As políticas de
gestão para a educação no Brasil, na última década, efetivaram-se a partir de ações
de cunho gerencial, para garantir otimização dos recursos e racionalização das ações
administrativas.

Segundo o diagnóstico do governo, os problemas educacionais não resultavam


da escassez e sim da má administração dos recursos financeiros, cujas causas, entre
outras, eram o corporativismo dos professores, sua baixa qualificação e a ineficiência
do aparelho administrativo e burocrático das escolas. Frente a essa radiografia, a
saída apontada pelos governos nacionais, em consonância com os interesses dos
diretores e técnicos executivos de organismos internacionais, foi redesenhar a escola
pública e, particularmente, os processos de gestão implementados no seu cotidiano.
Questões como descentralização, autonomia e participação foram ressignificadas por
meio de uma visão restrita e funcional de cidadania. Ocorreram processos de
transferência de ações sem a partilha efetiva das decisões e dos recursos. A partir dos
anos de 1990 ocorreu, como já analisamos a consolidação de um processo de reforma
do Estado e da gestão, centrado na minimização do papel do Estado no tocante às
políticas públicas.

42
Na área educacional, além de vários dispositivos legais na esfera federal, nos
Estados e municípios se multiplicaram decretos e portarias inspiradas em conceitos e
práticas importadas da gerência empresarial. Entre elas, o processo de terceirização
de serviços julgados “atividades-meio” ou “atividades de apoio”, não componentes do
processo educativo da escola pública. Milhares de trabalhadores foram contratados
em regime de trabalho precário, inclusive por meio de firmas de serviços de
alimentação escolar e de limpeza. Nesse processo, até as associações de pais e
mestres foram envolvidas como “parceiras da terceirização”. As consequências para
a categoria dos educadores foram muito sérias, mas motivaram uma sadia reação dos
sindicatos e das forças políticas que lutam pela qualidade dos serviços públicos, na
ótica dos direitos. Ao mesmo tempo, com o discurso de descentralização
administrativa e pedagógica, efetivava-se um processo de desconcentração
administrativa que, em muitos casos, resultou em desobrigação executiva do poder
público, paradoxalmente articulada a novas formas de centralização e controle por
parte do poder central. Estamos, a nosso ver, no limiar de mais um processo de
privatização do ensino, que exige uma reflexão sobre novas formas de transferência
de verbas públicas para instituições privadas, que complementariam a ação do
Estado. Esse contexto torna-se ainda mais complexo quando, força - das pela LDB
que preconiza a gestão democrática, várias secretarias a assumem no discurso, mas
criam mecanismos de participação para não funcionarem. Essa questão nos faz
compreender que os processos de gestão escolar não se desvinculam dos processos
de gestão das instituições sociais. Esse movimento de gestão democrática deve
ultrapassar os muros da escola. É preciso, também, democratizar as instituições
sociais, pois a escola pública faz parte dessa categoria. As escolas públicas
experimentam paradoxos porque se dizem democráticas, mas têm dificuldades para
vivenciar a gestão democrática e decidir seus projetos. Em alguns casos, permanecem
as bases centralizadas do exercício e personalização do poder, em que a chamada à
participação converte-se em mais uma estratégia de controle. Ainda que esse cenário
continue existindo, é possível encontrar algumas escolas que fazem alterações
pontuais no seu cotidiano, sem, contudo alterar a lógica cultural vigente; outras que
permanecem na concepção tradicional e autoritária; outras ainda que buscam ser
inovadoras e inclusivas, relacionando-se com a comunidade, fazendo suas escolhas
e definindo coletivamente os seus projetos.

43
Como dizia Rubem Alves, há escolas que são asas feitas para estimular o voo
e há escolas que são gaiolas que aprisionam a criatividade, os inventos, as inovações
e os sonhos daqueles que nela convivem. Compreender a lógica dos processos de
gestão em curso implica, portanto, redesenhar o horizonte político da gestão
democrática como princípio de luta em prol da efetiva autonomia, compreendida como
capacidade de cada povo de autogovernar-se. A efetivação desse processo de
democratização da gestão da escola pública implica, portanto, a partilha do poder, a
sensibilidade para conduzir a escola, a partir das demandas da comunidade escolar,
e a tomada de decisões e escolhas responsáveis e coletivas. Tal perspectiva supõe
um processo de luta política no sentido de alterar as relações sociais mais amplas e,
no caso das políticas educacionais, romper com a cultura autoritária vigente, por meio
da criação de canais de efetiva participação e aprendizado democrático. Outro dado
importante frente a esse processo de construção de outro projeto de gestão refere-se
à necessidade de rediscussão dos marcos de formação e profissionalização dos
profissionais da educação docentes e não docentes, fortalecendo-os para atuarem
como profissionais e educadores sociais, em todos os espaços no interior da escola e
na comunidade local. Vamos discutir o papel dos profissionais da educação na
construção da gestão escolar democrática? O papel dos profissionais da educação
frente à gestão escolar Os profissionais da educação têm sido apontados como os
responsáveis pela ineficiência escolar. Por outro lado, a situação objetiva de trabalho
desses profissionais, professores e funcionários tem sido de precarização das suas
condições de trabalho e fragmentação das suas atividades.

44
REFERÊNCIAS

ALBERTIN, Alberto Luiz. Administração de Informática. Funções e fatores de sucesso.


-6. ed. – 2. reimpr. – Sao Paulo: Atlas, 2009.

AUTHIER, Michel. As Árvores de Conhecimentos. São Paulo 1995.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. Rio de Janeiro: Campus,


1999.

DAVENPORT, T., PRUSAK, L. Conhecimento empresarial. Rio de Janeiro: Campus,


1999. 237p.

Disponível em: <http://www.proxxima.com.br/proxxima/negocios/noticia/2011/10/20/


empresas brasileiras-conectadas.html>. Acesso em: 13 julho 2012.

FROTA, Cláudio Dantas. Apostila. Processos Organizacionais. Manaus: Edua, 2010.

FURLAN, José D. & Motta, Ivonildo I. Megatendencias da Tecnologia da Informação.


São Paulo: Makron Books do Brasil, 1993.

LASTRE, H. M. M., ALBAGLI, S. (Org.). Informação e globalização na era do


conhecimento. Rio de Janeiro: Campus, 1999. 318p.

LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane Price. Sistemas de Informação com Internet.
4.ed. Rio de Janeiro: ltc,1999.

MARCOVITCH, J. Tecnologia de informação e estratégia empresarial. São Paulo:


Futura, 1997.

MENDES, Judas T. G. Economia empresarial / Fae Business School. Curitiba:


Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, 2002.

MIRANDA, R. C. da R. "O uso da informação na formulação de ações estratégicas


pelas empresas". Ciência da Informação, Brasília, v.28, n.3, p.284-290, set./dez. 1999.

NONAKA, Ikujiro, TAKEUCHI, Hirotaca. Criação de Conhecimento na Empresa. Rio


de Janeiro 1997.

O´BRIEN, James A. Sistemas de Informação e as decisões gerenciais na era da


Internet. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.

PORTER, M.E.: Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da


concorrência. Rio de Janeiro, Campus, 1996.

REZENDE, D. A. ABREU, França Aline. Tecnologia da informação aplicada a sistemas


de informação empresariais. São Paulo: Atlas, 2000.

45
REZENDE, Denis Alcides; ABREU, Aline França de. Tecnologia da informação
aplicada a sistemas de informação nas empresas. 2. ed. – São Paulo: Atlas, 2001.

SILVA, S. L. Informação e competitividade: a contextualização da gestão do


conhecimento nos processos organizacionais. Ci. Inf., Brasília, v. 31, n. 2, p. 142151,
maio/ago. 2002.

TURBAN, Efraim. RAINER, R. Kelly. POTTER, Richard E. Introdução a Sistemas de


Informação. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. – 2º reimpressão.

VASCONCELOS, E. & Ozaki, Adalton. E-Commerce nas Empresas Brasileiras. São


Paulo: Atlas, 2005.

46

Você também pode gostar