Administração Da Informação 2
Administração Da Informação 2
Administração Da Informação 2
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Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 45
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
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O que é administração? Para iniciar nossa reflexão, vamos ao dicionário
Aurélio: administração “é um conjunto de princípios, normas e funções que tem por
fim ordenar os fatores de produção e controlar a sua produtividade e eficiência, para
se obter determinado resultado”. Observe, ainda, a definição de outro autor 1: “a
administração como processo de planejar para organizar, dirigir e controlar recursos
humanos, materiais, financeiros e informacionais visando à realização de objetivos”.
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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
• Primeiro período a (TI) era um requisito burocrático necessário, que tinha como
meta, contribuir na redução dos processos burocráticos organizacionais;
• Segundo período, via-se a (TI), com outra visão, como um apoio aos propósitos
gerais de uma organização, que auxiliava no gerenciamento de diversas
atividades;
• Mas foi a partir da década de 90 até os dias atuais, que a (TI), passou a ser vista,
e composta como um recurso estratégico, uma fonte de vantagem competitiva
para garantir a sobrevivência e a permanência das organizações e sua
aplicabilidade constante nos processos administrativos.
As mudanças ocorrem muito rápidas, numa política global que transforma seus
mercados e fontes de serviços, do comercio físico ao virtual (e-commerce), da
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terceirização de serviços (outsourcing) entre outros fatores. Diante dessa
problemática, surgem as necessidades das organizações se planejarem e criarem
estratégias voltadas para o futuro, tomando como base a Tecnologia da Informação,
constantes em todos os negócios empresariais.
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Para que uma organização atinja seus objetivos na economia atual, dentro de um
enlace tecnológico e digital, os líderes, ou seja, os antigos gerentes e os especialistas
funcionais em cada área de atuação, como por exemplo: marketing, finanças,
logísticas, gerenciamento de pessoal e etc., precisam efetuar suas atividades de forma
objetivas dentro de uma perspectiva eficiente e eficaz. A Tecnologia da Informação
pode solucionar problemas cada vez mais complexos e suas contribuições para o
sucesso e a sobrevivência das organizações é primordial.
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de apoio e gestão de organizações modernas preocupadas com a concorrência
acirrada, ou seja, com a competitividade que esses novos componentes acarretam. A
tecnologia da informação tem um importante papel no progresso em todas as áreas
as quais ela é empregada.
Nesse contexto, a Tecnologia de Informação (TI), terá que identificar encontrar e/ou
desenvolver, técnicas e sistemas de informação que apoiem a comunicação
empresarial e a troca de ideias e experiências. Para Rezende e Abreu (2000), as
empresas devem evoluir da empresa chamada tradicional para empresa baseada na
informação, que se diferem principalmente nos requisitos apresentados abaixo:
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Nas ultimas décadas, o conhecimento tem se tornado um recurso cada vez mais
estratégico para as organizações buscarem sua competitividade e sobrevivência:
surgem assim as “organizações baseadas no conhecimento”. Desta forma o
conhecimento organizacional pode se manifestar de várias formas, geralmente
através de práticas estruturadas ou não.
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conhecimentos. Lastres e Albagli (1999).
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originando, em especial nos meios organizacionais, confusão de entendimento.
Também pode gerar outro sentindo quando empregada dentro de um software.
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Um dos principais objetivos dos sistemas de informações é transformar
economicamente os dados em informações ou conhecimento, Vejamos mais de perto
esses conceitos, conforme comenta Turban, Rainer e Potter, (2007, p.3).
De acordo com O’ Brien (2004) os dados são formados pelos fatos ou observações
como imagens ou sons, que podem ou não serem usados. Por sua vez, a Informação
é formada pelos dados que foram organizados de modo que adquirissem significado
e valor para quem os recebe denominado de recebedor. Por exemplo, quando um
professor lança uma média de notas, sem nenhuma observação, essa média constitui
um dado. Quando ele acrescenta o nome do aluno ao lado da nota, o dado adquire o
valor de informação. Como existem diferentes níveis em uma organização é natural
que também existam diferentes tipos de Sistemas de Informação com diferentes
especializações.
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As grandes transformações ocorridas nos últimos anos, impulsionadas,
principalmente, pelo avanço da tecnologia, provocaram a passagem da antiga
sociedade industrial para uma nova sociedade baseada na informação e no
conhecimento. Drucker (1998 apud Albertin, 2009) ressalta que estamos entrando na
sociedade do conhecimento, onde não mais o capital, os recursos naturais ou a mão-
de-obra podem ser considerados como recurso econômico básico, mas, sim, o
conhecimento, sendo que serão os trabalhadores do conhecimento os que
desempenharão o papel central. Considera, ainda, a Gestão do Conhecimento o
passo seguinte à Gestão da Informação. O conhecimento é a chave para a conquista
de vantagens competitivas no atual ambiente empresarial.
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"Informação e conhecimento estão correlacionados, mas não
são sinônimos. Também é necessário distinguir dois tipos de
conhecimentos: os conhecimentos codificáveis - que,
transformados em informações, podem ser reproduzidos,
estocados, transferidos, adquiridos, comercializados etc. - e os
conhecimentos tácitos. Para estes a transformação em sinais ou
códigos é extremamente difícil já que sua natureza está
associada a processos de aprendizado, totalmente dependentes
de contextos e formas de interação sociais específicas" (1999,
p.30).
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A externalização é o processo de organização do conhecimento tácito em
conhecimento explícito através de metáforas, analogias, conceitos, hipóteses ou
modelos. Quando escrevemos um relatório para ser apresentado em um seminário,
estamos codificando e registrando nosso conhecimento tácito.
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A relação entre os três conceitos existe e é natural, uma vez que dados, informação
e conhecimento são insumos básicos para os três modelos. O que muda é a
complexidade das ações despendidas.
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Ilustração da arquitetura de TI de uma agência de viagens.
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A utilização da TI pelas organizações passou por diferentes modelos ao longo
dos anos, o que levou a ter diferentes objetivos e aplicações.
Uma das questões apareceu como relevante referia-se ao fato do que seria
mais adequado: a tecnologia adaptar-se à organização ou a organização a tecnologia.
A resposta, sem duvida, é que as duas concepções estão corretas e não são
excludentes.
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Na visão de Rezende e Abreu (2000), um sistema de informação eficiente pode
ter um grande impacto na estratégia corporativa e no sucesso da empresa. Entre os
benefícios que as empresas buscam estão: suporte a tomada de decisão, valor
agregado ao produto, melhor serviço e vantagem competitiva, produtos de melhor
qualidade entre outros.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO BASEADOS EM COMPUTADOR
COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO
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Nos dias atuais, não se admite que uma organização queira fazer frente no
mercado global com vantagem, sem a utilização dessas ferramentas. Estes fatos
abrem lacunas para que os novos gestores, com novas visões busquem o
aperfeiçoamento contínuo para suas organizações. O desenvolvimento e a crescente
evolução das organizações é fruto da evolução do conhecimento e da informação, por
isso as transformações decorrentes do desenvolvimento tecnológico nas áreas de
informação e comunicação afetam significativamente a sociedade.
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- Se a organização percebe a TI como fator de negócio estratégico, seu
planejamento torna-se muito mais que um conjunto de técnicas de fórmulas
estratégicas;
- Se a TI é percebida por uma organização como estratégica, ela não pode mais
ser gerenciada como atividade de suporte ou serviço, e não pode também ser
considerada uma atividade especialista;
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Partindo das proposições descritas, observa-se que a Administração de
Informática, assim como outras modalidades de gestão, deve considerar os princípios
e teorias da gestão geral, não sendo aceita que ela tenha uma forma totalmente
distinta ou particular de ser realizada.
Albertin (2009, p.60) cita Ein-Dor e Segev (1978) argumentando que o objetivo
principal de um processo formal de Planejamento Estratégico de SI é a produção de
Sistemas de Informação Gerenciais consistentes com a política geral da organização.
A constante evolução dos negócios, mercado e economia que temos vivido tem
acarretado uma turbulência acentuada, graças às ferramentas de tecnologia.
É nessa postura que a Informática pode ser decisiva para o sucesso ou fracasso
de uma empresa. A administração de Informática deve contribuir para que a
organização seja ágil, flexível e forte, e não para que ela fique á espera de suas
realizações ou insegura quanto a seu apoio.
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informações para aquelas que delas necessitam, assim como devem poder acessar
as informações de que precisam de forma rápida, livre e fácil.
As Forças de Negócios:
- Globalização;
- Competitividade em nível mundial;
- Requerimentos de produtividade;
- Ambientes voláteis;
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A maioria dos modelos usados nas pesquisas assume a relação direta entre
tecnologia e algumas medidas de desempenho, e essa visão é denominada modelo
básico e inclui investimento e desempenho organizacional.
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Conforme Porter, (1985), uma estratégica competitiva é uma formula ampla
para saber como uma empresa irá competir, mais devem ser suas metas e quais
planos e políticas serão exigidos para cumprir essas metas. Por meio de sua estratégia
competitiva, uma organização busca vantagens competitivas em um setor – uma
vantagem sobre os concorrentes em alguma medida como custo, qualidade
velocidade.
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• O poder de negociação dos fornecedores. O impacto da internet sobre os
fornecedores é misturado. Por um lado, os compradores podem encontrar
fornecedores alternativos e comparar preços com mais facilidade, reduzindo o
poder e negociação do fornecedor. Por outro lado, enquanto as empresas
utilizam a internet para integrar sua cadeia de fornecimento e juntar centrais
digitais de trocas, os fornecedores participantes prosperarão aprisionando aos
clientes e aumentando os custos de trocas.
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O CONHECIMENTO TECNOLÓGICO NA ADMINISTRAÇÃO
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Atualmente, a gestão estratégica da informação tornou-se uma parte crítica e
integrada de qualquer estrutura gerencial de sucesso.
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como as atividades são executadas e a natureza das interligações entre elas. Ela afeta
também o escopo competitivo e reformula a maneira como os produtos e serviços
atendem às necessidades dos clientes. Os seus efeitos básicos explicam porque a
Tecnologia da Informação adquiriu um significado estratégico e diferenciase de outras
tecnologias utilizadas nos negócios.
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e os eventuais imprevistos que possam surgir durante o projeto. O componente
humano de uma companhia corresponde ao conhecimento, experiência e habilidades
tanto dos profissionais de TI quanto dos usuários que formam a memória da
organização. Para que a tecnologia possa ser bem empregada e ofereça um retorno
satisfatório é preciso congregar os conhecimentos dos profissionais, combinando as
habilidades técnicas com os conhecimentos das diversas áreas das organizações.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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experimentados, permitindo uma interpretação particular de cada pessoa e de
gestores envolvidos no enlace Tecnológico das corporações globais. A análise dos
dados será realizada a partir dos dados coletados em referências bibliográficas,
confrontada com os conceitos levantados no referencial teórico, caracterizando desta
forma a pesquisa como qualitativa.
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O planejamento, a organização o direcionamento e controle são as ferramentas
bases para atingir as metas e os objetivos a ser seguido, gerando eficiência eficácia e
efetividade. Ressaltando, que a TI segmenta os PODC, buscando os três EEE, esses
segmentos se não forem feito de modo sistemático a geração de resultado pode ser
negativa.
Você pode observar que os conceitos acima estão carregados de termos como
controle, produtividade e eficiência, característicos do modo de produção capitalista.
No entanto, a administração enquanto atividade essencialmente humana nasceu
antes de a sociedade se organizar a partir do ideal capitalista. Nesse sentido, outro
autor, Vitor Paro, em seu livro Administração Escolar: introdução crítica, ao discutir o
conceito de administração como fenômeno universal, define o termo como “a utilização
racional de recursos para a realização de fins determinados”. Assim, tanto os
princípios, quanto as funções da administração estão diretamente relacionados aos
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fins e à natureza da organização social em qualquer realidade e, ao mesmo tempo,
determinados por uma dada sociedade. Por exemplo, na empresa capitalista, que tem
como objetivo a acumulação do capital, a função da administração é organizar os
trabalhadores no processo de produção, com a finalidade de ter o controle das forças
produtivas, do planejamento à execução das operações, visando à maximização da
produção e dos lucros. Já numa sociedade indígena, a comunidade organiza seus
recursos de caça não para obter lucro, mas com o objetivo de garantir sua
sobrevivência com a abundância de carnes. Então, vamos refletir sobre as maneiras
de organização construídas pelos homens ao longo de sua história mais recente. Para
desenvolvermos esse exercício, apresentamos as escolas de administração que
traduzem concepções, políticas e formas de organização e gestão. Quais são as
escolas de administração?
IMPORTANTE
c) Escola behaviorista;
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Escola clássica ou de administração científica
a) Quanto mais dividido for o trabalho em uma organização, mais eficiente será a
empresa;
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b) Quanto mais o agrupamento de tarefas em departamentos obedecer ao critério
da semelhança de objetivos, mais eficiente será a empresa;
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Escola behaviorista
Essa escola não vê a organização em sua estrutura formal, mas foca toda sua
atenção para a organização informal, ou seja, para as relações sociais não previstas
em regulamentos ou organogramas. Segundo a Escola behaviorista, os princípios
administrativos adotados nas empresas podem ser empregados em qualquer tipo de
organização e os problemas administrativos devem ser tratados com objetividade.
Entre 1927 e 1932, o psicólogo industrial australiano George Elton Mayo prestou sua
contribuição à Escola das Relações Humanas através de uma pesquisa na Western
Eletric Co., na cidade de Hawtorne, onde as mulheres que lá trabalhavam,
executando tarefas rotineiras, eram submetidas a diferentes condições de trabalho.
Ele concluiu que o fato delas se sentirem “observadas” fazia com que aumentasse sua
motivação para o trabalho.
Escola estruturalista
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realização pessoal. Diferente das escolas clássica e de relações humanas, que
defendiam a harmonia natural de interesses, e da escola behavorista, que admitia
Relativismo é a teoria filosófica que se baseia na relatividade do conhecimento e
repudia qualquer verdade ou valor absoluto. Ela parte do pressuposto de que todo
ponto de vista é válido. Subjetivismo Segundo a filosofia é o sistema que não admite
outra realidade senão a do sujeito pensante ou que acentua o caráter subjetivo do
conhecimento. Max Weber foi um intelectual alemão e um dos fundadores da
Sociologia. A existência do conflito, mas acreditava na sua superação por meio da
integração das necessidades individuais às organizacionais, os estruturalistas
apontam que o conflito, além de necessário, é inerente a determinados aspectos da
vida social, tendo em vista as tensões e os dilemas presentes nas organizações. Os
incentivos para o bom desenvolvimento do trabalho não podem ser apenas de
natureza econômica ou de natureza psicossocial, mas de ambas, pois elas se
influenciam mutuamente. O enfoque cultural: uma tentativa de contextualização da
administração A análise dessas escolas, que retratam a história das diferentes
concepções de administração, revela o norte político que as caracteriza. Como o eixo
de nossa análise é a administração escolar, falta uma concepção que considere as
particularidades da escola.
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educação o processo político-administrativo contextualizado, por meio do qual a
prática social da educação é organizada, orientada e viabilizada. (BORDIGNON;
GRACINDO, 2001, p. 147). Tendo em vista a análise feita pelos professores Genuíno
Bordignon e Regina Gracindo, vamos optar pelo uso do termo gestão como
substitutivo para o de administração, quando descrevemos os conceitos de gestão de
sistemas e de gestão escolar. Você sabia que as escolas vinculam-se a um sistema
de ensino? Para compreendermos melhor esse processo vamos apresentar alguns
conceitos fundamentais.
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da administração em geral, e, particularmente, da administração empresarial. De
acordo com a legislação vigente, é competência dos municípios atuar prioritariamente
na educação infantil e ensino fundamental; dos Estados assegurar o ensino
fundamental e oferecer, prioritariamente, o ensino médio. No caso do Distrito Federal,
oferecer toda a educação básica. A União se incumbe de manter sua rede de
educação superior e profissional e de dar apoio técnico e financeiro aos demais entes
federados Analise a seguir o quadro com o número de matrículas da educação básica
no Brasil no ano de 2005.
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Os dados do Censo Escolar de 2005 demonstram que as matrículas na
educação básica estão concentradas nas redes públicas municipais, que respondem
por 25.286.243 alunos, e nas estaduais, responsáveis por 23.571.777. A rede privada
possui 7.431.103 matrículas e a rede federal tem atuação predominante na educação
superior. Os indicadores de matrículas para esse nível de ensino mostram que as
políticas públicas se pautam pelo regime de colaboração entre os sistemas e, no caso
da União, limita-se à assistência técnica e financeira aos sistemas de ensino estadual,
distrital e municipal. No que se refere ao quantitativo de estabelecimentos de ensino,
os dados do Censo Escolar de 2004 apontam que há, no Brasil, 211.933 escolas de
educação básica, sendo 176.880 públicas e 35.053 privadas. Entre as públicas, 206
da rede federal de ensino; 35.778 das redes estaduais e 140.896 das municipais.
Esses dados mostram que 83.46% das escolas de educação básica do país são
públicas e 16.46% privadas. Por que a grande maioria das escolas públicas é
municipal? Reflita sobre sua realidade. No que tange aos processos avaliativos, o
Brasil desenvolve desde a década de 1990 diversos mecanismos de avaliação em
todos os níveis educacionais. No caso específico da educação básica, estão em vigor
dois instrumentos: o Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM), que avalia os alunos
concluintes do O Censo Escolar coleta anualmente informações sobre a educação
básica, abrangendo todas as suas etapas/níveis (educação infantil, ensino
fundamental e médio) e modalidades (ensino regular, educação especial, educação
de jovens e adultos e educação profissional de nível técnico). É uma pesquisa
declaratória respondida pelo (a) diretor(a) ou responsável de cada estabelecimento
escolar.
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nacionalmente e seus desdobramentos nas instituições educacionais. Considerando
as dimensões, particularidades e a diversidade dos sistemas educativos, os resultados
dessas avaliações tornam-se fundamentais para que os governos e comunidade
discutam, no âmbito de suas secretarias, as medidas relativas aos problemas locais.
Todavia, tais informações têm sido apenas parcialmente utilizadas na proposição e na
avaliação de políticas que objetivem a melhoria da qualidade, eficiência e igualdade
da educação brasileira. Incrementar esse cenário avaliativo, buscando retratar, mais
pormenorizadamente, as especificidades de municípios e escolas e, desse modo,
contribuir para a melhor compreensão dos fatores condicionantes do processo de
ensino e aprendizagem, é um dos desafios com os quais se deparam o Ministério da
Educação, as secretarias estaduais e municipais e as escolas públicas. Nos estudos
desenvolvidos, tem assumido grande centralidade a criação de uma rede nacional de
avaliação da educação básica, envolvendo os esforços da União, dos Estados, dos
municípios e do Distrito Federal. Essa rede propiciaria uma maior articulação entre as
diretrizes gerais da educação nacional, as especificidades e o acompanhamento do
processo ensino-aprendizagem dos entes federativos. A construção da
democratização da escola pública: os paradoxos da gestão escolar As políticas de
gestão para a educação no Brasil, na última década, efetivaram-se a partir de ações
de cunho gerencial, para garantir otimização dos recursos e racionalização das ações
administrativas.
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Na área educacional, além de vários dispositivos legais na esfera federal, nos
Estados e municípios se multiplicaram decretos e portarias inspiradas em conceitos e
práticas importadas da gerência empresarial. Entre elas, o processo de terceirização
de serviços julgados “atividades-meio” ou “atividades de apoio”, não componentes do
processo educativo da escola pública. Milhares de trabalhadores foram contratados
em regime de trabalho precário, inclusive por meio de firmas de serviços de
alimentação escolar e de limpeza. Nesse processo, até as associações de pais e
mestres foram envolvidas como “parceiras da terceirização”. As consequências para
a categoria dos educadores foram muito sérias, mas motivaram uma sadia reação dos
sindicatos e das forças políticas que lutam pela qualidade dos serviços públicos, na
ótica dos direitos. Ao mesmo tempo, com o discurso de descentralização
administrativa e pedagógica, efetivava-se um processo de desconcentração
administrativa que, em muitos casos, resultou em desobrigação executiva do poder
público, paradoxalmente articulada a novas formas de centralização e controle por
parte do poder central. Estamos, a nosso ver, no limiar de mais um processo de
privatização do ensino, que exige uma reflexão sobre novas formas de transferência
de verbas públicas para instituições privadas, que complementariam a ação do
Estado. Esse contexto torna-se ainda mais complexo quando, força - das pela LDB
que preconiza a gestão democrática, várias secretarias a assumem no discurso, mas
criam mecanismos de participação para não funcionarem. Essa questão nos faz
compreender que os processos de gestão escolar não se desvinculam dos processos
de gestão das instituições sociais. Esse movimento de gestão democrática deve
ultrapassar os muros da escola. É preciso, também, democratizar as instituições
sociais, pois a escola pública faz parte dessa categoria. As escolas públicas
experimentam paradoxos porque se dizem democráticas, mas têm dificuldades para
vivenciar a gestão democrática e decidir seus projetos. Em alguns casos, permanecem
as bases centralizadas do exercício e personalização do poder, em que a chamada à
participação converte-se em mais uma estratégia de controle. Ainda que esse cenário
continue existindo, é possível encontrar algumas escolas que fazem alterações
pontuais no seu cotidiano, sem, contudo alterar a lógica cultural vigente; outras que
permanecem na concepção tradicional e autoritária; outras ainda que buscam ser
inovadoras e inclusivas, relacionando-se com a comunidade, fazendo suas escolhas
e definindo coletivamente os seus projetos.
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Como dizia Rubem Alves, há escolas que são asas feitas para estimular o voo
e há escolas que são gaiolas que aprisionam a criatividade, os inventos, as inovações
e os sonhos daqueles que nela convivem. Compreender a lógica dos processos de
gestão em curso implica, portanto, redesenhar o horizonte político da gestão
democrática como princípio de luta em prol da efetiva autonomia, compreendida como
capacidade de cada povo de autogovernar-se. A efetivação desse processo de
democratização da gestão da escola pública implica, portanto, a partilha do poder, a
sensibilidade para conduzir a escola, a partir das demandas da comunidade escolar,
e a tomada de decisões e escolhas responsáveis e coletivas. Tal perspectiva supõe
um processo de luta política no sentido de alterar as relações sociais mais amplas e,
no caso das políticas educacionais, romper com a cultura autoritária vigente, por meio
da criação de canais de efetiva participação e aprendizado democrático. Outro dado
importante frente a esse processo de construção de outro projeto de gestão refere-se
à necessidade de rediscussão dos marcos de formação e profissionalização dos
profissionais da educação docentes e não docentes, fortalecendo-os para atuarem
como profissionais e educadores sociais, em todos os espaços no interior da escola e
na comunidade local. Vamos discutir o papel dos profissionais da educação na
construção da gestão escolar democrática? O papel dos profissionais da educação
frente à gestão escolar Os profissionais da educação têm sido apontados como os
responsáveis pela ineficiência escolar. Por outro lado, a situação objetiva de trabalho
desses profissionais, professores e funcionários tem sido de precarização das suas
condições de trabalho e fragmentação das suas atividades.
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REFERÊNCIAS
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane Price. Sistemas de Informação com Internet.
4.ed. Rio de Janeiro: ltc,1999.
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REZENDE, Denis Alcides; ABREU, Aline França de. Tecnologia da informação
aplicada a sistemas de informação nas empresas. 2. ed. – São Paulo: Atlas, 2001.
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