Teoria Da Contabilidade: Aline Alves Dos Santos
Teoria Da Contabilidade: Aline Alves Dos Santos
Teoria Da Contabilidade: Aline Alves Dos Santos
CONTABILIDADE
Introdução
Como surgiu a contabilidade? Você saberia dizer o motivo que a origi-
nou? Sabemos que a contabilidade começou pela necessidade de os
comerciantes realizarem os seus registros e efetuarem o controle do seu
patrimônio, pois eles possuíam grande fluxo de bens e recursos. Com o
processo de globalização, é possível analisar organizações que sofrem
efeitos considerados mais resistentes e, por esse motivo, buscam um
modelo descentralizado, objetivando tomar decisões de maneira mais
prática e aprimorando a qualidade das decisões.
Neste capítulo, você vai estudar a pesquisa contábil no Brasil, o de-
senvolvimento da contabilidade e os seus reflexos na sociedade.
2 A evolução do pensamento contábil
contista;
administrativa;
personalista;
controlista;
norte-americana;
matemática;
neocontista;
italiana;
patrimonialista.
Contabilidade pública
A origem da contabilidade pública esteve ligada ao controle do Rei, especialmente
com relação à arrecadação de impostos. Essa particularidade obteve destaque
com a vinda da família real ao Brasil, o que ocorreu em 1808, quando surgiram
os primeiros sinais de ordenação do orçamento e da contabilidade pública.
A administração pública vigente na época era de estrutura patrimonia-
lista, na qual o Estado misturava o seu patrimônio ao do Rei. Esse tipo de
administração se manteve até a metade do século XX no Brasil, tendo como
apoiadores os modelos burocrático e gerencial.
Entre as finalidades da contabilidade pública, está o auxílio na tomada de
decisão e nas necessidades dos seus usuários. No período do Brasil colonial,
o Rei era, de fato, o único usuário da contabilidade, e usava-a para monitorar
o seu patrimônio e a riqueza que o povo possuía, especialmente na época da
mineração. Fundamentado nessas informações, o Rei tomava as decisões.
A contabilidade pública corresponde a uma ramificação da ciência contábil
que visa estudar, direcionar, monitorar e demonstrar a ordenação e aplicação da
Fazenda Pública, ou seja, o patrimônio público e as suas mutações.
Na atualidade, a contabilidade aplicada ao setor público é regida pela
Norma Brasileira de Contabilidade, NBC TSP Estrutura Conceitual.
Contabilidade gerencial
Dentro da evolução contábil, consideramos a Revolução Industrial (1760–1840)
um fator relevante. E foi nesse período que surgiu a contabilidade gerencial,
agregada à contabilidade financeira. A contabilidade gerencial é relevante
para a tomada de decisões no curto prazo.
Após a Revolução Industrial, com o desenvolvimento dos negócios, foi
preciso determinar o valor do método e mutação da mão de obra e dos mate-
4 A evolução do pensamento contábil
Contabilidade financeira
Contabilidade financeira corresponde a um termo técnico que resume a exe-
cução do conteúdo contábil de acordo com a proposição teórica e prática de
origem anglo-americana que apareceu por volta do século XX. Esse ramo
orienta a contabilidade para a gestão financeira do capital investido na empresa
e atenta para o desenvolvimento das demonstrações financeiras por meio
de princípios contábeis.
A contabilidade financeira, da maneira como é adotada pelos americanos
atualmente, não está relacionada apenas à segmentação da contabilidade que
aborda o patrimônio financeiro, mas representa a contabilidade direcionada
aos usuários externos à empresa. Assim, a contabilidade, como um todo, é ri-
gorosamente controlada conforme a lei, no amparo dos interesses da sociedade.
Contabilidade de custos
A contabilidade de custos teve a sua origem no século XVIII, também durante
o período da Revolução Industrial, na Inglaterra. As empresas sofreram mu-
danças nos seus processos de produção, exigindo informações diferentes das
que já haviam sido utilizadas pelas empresas comerciais na era mercantilista.
A contabilidade de custos passou por melhorias no século XX, sendo
aperfeiçoada por meio de sistemas de fluxo de custos e maior aproveitamento
quanto à utilização das taxas de rateio. Por volta de 1915, o método do custeio
por absorção já era usado por grande parte das empresas. Na Alemanha,
nessa mesma época, o método de custeio pleno era aplicado com o objetivo
de estabelecer o preço de venda dos produtos.
Contabilidade internacional
Outro fator relevante, que trouxe grandes mudanças para a história da conta-
bilidade, foram as alterações nos métodos, a fim de aprimorar a interpretação
dos usuários diante dos relatórios financeiros apresentados. Os empresários
estavam expostos a riscos resultantes de aplicações dos seus recursos e, por esse
motivo, necessitavam entender a linguagem contábil, buscando interpretar as
informações transmitidas. Assim, os relatórios contábeis foram imprescindíveis
para mensurar a oportunidade nos negócios.
Os relatórios contábeis passaram a ter maior relevância, então, pois co-
meçaram a ser usados como base para a tomada de decisões a nível interna-
cional — ou seja, os investidores de fora do Brasil precisavam compreender
os relatórios contábeis das empresas nacionais para que estivessem seguros
quanto aos investimentos que tinham interesse em realizar.
Buscando padronizar as normas contábeis, para facilitar a linguagem para
vários países, foram elaboradas as normas contábeis internacionais (NICs).
O início dessa contabilidade internacional foi por volta de 1950 a 1960, após
a Segunda Guerra Mundial.
Os Estados Unidos são considerados um dos maiores países que abordaram a profissão
contábil. Isso se deve ao nível de exigência quanto às informações e à sua influência
nos padrões de reconhecimento, mensuração e evidenciação das informações.
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lidade, define as atribuições do Contador e do Guarda-livros, e dá outras providências.
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BRASIL. Lei nº. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por
Ações. Brasília, DF, 1976. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
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CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº. 530/81. Aprova Princípios
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CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº. 750/93. Dispõe sobre os
Princípios de Contabilidade (PC). Brasília, DF, 1993. Disponível em: <www.cfc.org.br/
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BRASIL. Lei nº. 11.941, de 27 de maio de 2009. Altera a legislação tributária federal
relativa ao parcelamento ordinário de débitos tributários; concede remissão nos
casos em que especifica; institui regime tributário de transição, alterando o Decreto
no 70.235, de 6 de março de 1972, as Leis nos 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.213,
de 24 de julho de 1991, 8.218, de 29 de agosto de 1991, 9.249, de 26 de dezembro
de 1995, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 9.469, de 10 de julho de 1997, 9.532,
de 10 de dezembro de 1997, 10.426, de 24 de abril de 2002, 10.480, de 2 de julho
de 2002, 10.522, de 19 de julho de 2002, 10.887, de 18 de junho de 2004, e 6.404, de
15 de dezembro de 1976, o Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, e as
Leis nos 8.981, de 20 de janeiro de 1995, 10.925, de 23 de julho de 2004, 10.637, de
30 de dezembro de 2002, 10.833, de 29 de dezembro de 2003, 11.116, de 18 de
maio de 2005, 11.732, de 30 de junho de 2008, 10.260, de 12 de julho de 2001,
9.873, de 23 de novembro de 1999, 11.171, de 2 de setembro de 2005, 11.345, de
14 de setembro de 2006; prorroga a vigência da Lei no 8.989, de 24 de fevereiro de
1995; revoga dispositivos das Leis nos 8.383, de 30 de dezembro de 1991, e 8.620,
de 5 de janeiro de 1993, do Decreto-Lei no 73, de 21 de novembro de 1966, das
Leis nos 10.190, de 14 de fevereiro de 2001, 9.718, de 27 de novembro de 1998, e
6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.964, de 10 de abril de 2000, e, a partir da
instalação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, os Decretos nos 83.304,
de 28 de março de 1979, e 89.892, de 2 de julho de 1984, e o art. 112 da Lei no
11.196, de 21 de novembro de 2005; e dá outras providências. Brasília, DF, 2009.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/
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A evolução do pensamento contábil 11
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nov. 2020.
Leituras recomendadas
BRASIL. Lei nº. 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei
nº. 6.44, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei nº. 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e
estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divul-
gação de demonstrações financeiras. Brasília, DF, 2007. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em: 26 out.
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