História C
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TESTES
01. Leia o texto e depois responda o que for correto:
Na cosmologia de Copérnico, os astros giram simplesmente devido à sua forma geométrica, não mais em razão
de sua natureza. A Terra perde seus privilégios. Para o autor:
I. Tudo se move por si mesmo, por razão geométrica. Compreender o mundo é medir e calcular.
II. A cosmologia não se opõe mais aos astros, como um mundo à parte. Ela tem o mesmo movimento circular
que os outros astros, regulada pelas mesmas leis. Forma com o universo um todo homogêneo.
III. O mundo não é mais o centro do universo e o universo não gira mais para ela. O universo não era mais que
uma imensa geometria, e as matemáticas eram sua chave.
a) Todas as afirmações estão corretas.
b) Estão corretas somente as afirmações I e II.
c) Estão corretas somente as afirmações II e III.
d) Estão corretas somente as afirmações I e III.
e) Todas as afirmações estão incorretas.
02. No seu conjunto, e vista no plano mundial e internacional, a colonização dos trópicos toma o aspecto de uma
vasta empresa comercial...destinada a explorar os recursos naturais de um território virgem em proveito do
comércio europeu. É este o verdadeiro sentido da colonização tropical, de que o Brasil é uma das resultantes;
e ele explicará os elementos fundamentais, tanto no social como no econômico, da formação e evolução dos
trópicos americanos.
(Caio Prado Júnior. História Econômica do Brasil).
Com base nesse texto, é correto afirmar que o autor:
I. Indica que as estruturas econômicas não condicionam a vontade soberana dos homens.
II. Propõe uma interpretação econômica sobre a colonização do Brasil, acentuando seu caráter mercantil.
III. Confere ao sentido da colonização uma relativa autonomia em relação ao mercado internacional.
IV. Dá ao Brasil uma especificidade dentro do contexto de colonização dos trópicos.
a) Está correta apenas a afirmação III.
b) Estão corretas somente as afirmações I, II e IV.
c) Estão corretas somente as afirmações I e III.
d) Estão corretas somente as afirmações III e IV.
e) É correta apenas a afirmação II.
03. No que diz respeito à combinação entre capital, tecnologia e organização, a lavoura açucareira implantada pelos
portugueses no Brasil seguiu um modelo empregado anteriormente:
a) Norte da África e Caribe.
b) Mediterrâneo e nas ilhas africanas do Atlântico.
c) no sul da Itália e em São Domingos.
d) em Chipre e em Cuba.
e) na Península Ibérica e nas colônias holandesas.
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AULA 01
04. Durante o período colonial, o Estado português deu suporte legal a guerras contra povos indígenas do Brasil,
sob diversas alegações; derivou daí a guerra justa, que fundamentou:
a) o genocídio dos povos indígenas, que era, no fundo, a verdadeira intenção da Igreja, do Estado e dos colo-
nizadores.
b) a criação de aldeamentos pelos jesuítas em toda a colônia, protegendo os indígenas dos portugueses.
c) o extermínio dos povos indígenas do sertão quando, no século XVII, a lavoura açucareira aí penetrou depois
de ter ocupado todas as áreas litorâneas.
d) a escravização dos índios, pois desde a Antiguidade, reconhecia-se o direito de matar o prisioneiro de guerra,
ou escravizá-lo.
e) uma espécie de “limpeza étnica”, como se diz hoje, para garantir o predomínio do homem branco na colônia.
05. Quatro grandes ciclos trazem sucessivamente para o Brasil os negros sudaneses, depois bantus: o primeiro
deles no tempo, o do século XVI ou ciclo da Guiné, tem seu ponto inicial na África ao norte do Equador e traz ao
Brasil negros uolofs, mandingas, sonrais, mossis, haússas e peuls (...) a metrópole portuguesa adotou sempre a
política de misturar as diferentes etnias africanas, para impedir a concentração de negros de uma mesma origem
numa só capitania ( Kátia Mattoso. Ser Escravo no Brasil)
O texto acima indica-nos:
I. Que mesmo pertencendo a diferentes etnias esses grupos formavam um conjunto biológico e culturalmente
homogêneo.
II. A acidentalidade da mistura étnica nas capitanias.
III. Uma ruptura com a forma usual de caracterização dessas diferentes etnias que aparecem na maioria das
vezes ocultas atrás das generalizações negros e/ou africanos.
IV. A diversidade cultural do universo escravo brasileiro.
06. Segundo as pesquisas mais recentes, pode-se afirmar, em relação aos quilombos coloniais brasileiros, que os
mesmos:
a) distinguiam-se pelo isolamento, pela marginalização, sem vínculos com os arredores que os cercavam.
b) era de caráter predominantemente agrícola, sobrevivendo do que plantavam e do que teciam.
c) eram habitados exclusivamente por escravos fugidos, constituindo-se em verdadeiros estados teocráticos.
d) dedicavam-se, alguns, à agricultura, outros, à mineração, outros ainda, ao pastoreio, articulando-se com os
núcleos vizinhos através do comércio.
e) existiram apenas durante o século XVI, tendo Palmares como eixo central.
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AULA 01
08. Frustração econômica, frustração social, frustração nacional: uma história de traições sucedeu à Independência.
( Eduardo Galeano.)
Nesta síntese, sobre a América Latina do século XIX, o autor refere-se:
a) às condições que levaram à Independência: o pacto colonial, o escravismo e a intervenção política europeia.
b) à independência como um marco importante na solução dos problemas econômicos, sociais e políticos.
c) à independência como resultado de um processo que superou as traições coloniais.
d) às condições que levaram à Independência: o monopólio, a servidão indígena e a não participação criolla nas
decisões de Estado.
e) à não formação de um mercado interno e externo autônomo, a manutenção das desigualdades sociais e a
não soberania do Estado Nacional após a Independência.
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AULA 01
GABARITO
01. a
02. e
03. b
04. d
05. d
06. d
07. Comentário e resposta: A mineração usou intensamente a mão de obra escrava. Por isso, a resposta é a letra B.
08. e
09. c
10. c
11. e
12. a
13. e
14. c
E ainda:
1720 – Revolta de Vila Rica
1820 – Revolução do Porto
1850 – fim do tráfico
1870 – fim da guerra do Paraguai; fundação do Partido republicano
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HISTÓRIA – DANIEL – AULA Nº 02
TESTES
01. Sobre a mão de obra no período colonial, assinale o que for correto:
I. A questão da mão de obra foi um problema constante durante todo o período colonial. O trabalho compulsório
mostrou-se o mais adequado ante as diretrizes mercantilistas que orientaram a ocupação e a exploração de
nossos territórios, conduzindo à escravização.
II. A necessidade de grandes contingentes de mão de obra compeliu os portugueses a recorrerem ao trabalho
indígena. A escravização do gentio constituiu-se, porém, numa questão polêmica, que frequentemente
contrapôs lavradores e a Metrópole portuguesa, fortemente contrária ao uso dessa mão de obra.
III. Muito mais que o apresamento do gentio, o tráfico de escravos negros harmonizava-se aos interesses
metropolitanos em função dos altos lucros que propiciava, ainda que a cobiça pelos rendimentos chegasse
muitas vezes a comprometer a própria empresa.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas a I e a II estão corretas.
c) Apenas a II está correta.
d) Apenas a I e a III estão corretas.
e) Apenas a II e a III estão corretas.
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AULA 02
03. Os brasileiros têm já os olhos bem abertos, eles sabem que o monopólio, como o despotismo, roda sem cessar
em torno das trincheiras da liberdade.
(Antônio Carlos de Andrade – 1821)
Sobre a conjuntura evocada por Antônio Carlos, assinale o que for correto:
I. Orientada pelos ditames mercantilistas, a exploração colonial brasileira estivera sempre estruturada em
função de uma atividade privilegiada que, por atender aos interesses comerciais portugueses, tornava-se
o sustentáculo de toda a economia. Portanto, quando tal atividade básica sofria reveses, fosse ao nível da
produção ou da comercialização, instaurava-se uma crise que não só abalava toda a Colônia mas também
arrastava consigo a cada vez mais dependente economia metropolitana.
II. A decadência da produção aurífera brasileira não fugiu a essa regra geral. A decadência das Minas assumiu
dimensões particularmente significativas na medida em que se articulou com uma crise muito mais ampla e
profunda: a do Antigo Regime.
III. O colapso do antigo sistema colonial só pode ser compreendido se separado do conjunto das transformações
então em curso na Europa, onde a burguesia, dando corpo ao movimento iluminista, passava a contestar
abertamente a sociedade estamental, o estado absolutista e a sua política econômica restritiva.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas a I e a II estão corretas.
c) Apenas a II está correta.
d) Apenas a I e a III estão corretas.
e) Apenas a II e a III estão corretas.
04. O artigo 179 da Constituição imperial de 1824 trazia 35 parágrafos relativos à questão da cidadania. Sobre eles
é correto afirmar, exceto:
a) Criava o sistema censitário, estipulando: que só poderia votar o eleitor paroquial que deveria ter uma renda de
100 contos de réis; estes elegiam o eleitor provincial, que deveria ter uma renda de 200 contos de réis; estes
por sua vez elegiam os deputados, que deveriam ter uma renda de 400 contos de réis e os senadores, que
deveriam ter uma renda de 800 contos de réis.
b) Os senadores eram apresentados numa lista tríplice para ser escolhido o vencedor pelo Poder Moderador.
c) Falava do direito da propriedade que de certa forma legalizava a escravidão.
d) A mulher não era citada porque não tinha direito à cidadania, assim como os empregados domésticos, os
religiosos e os menores de vinte e cinco anos.
e) Proibia o voto para o analfabeto, apesar de a maior parte da elite não saber ler e escrever. Eram assegurados aos
indivíduos certos direitos como: igualdade perante a lei e a liberdade de religião, de pensamento e de manifestação.
05. O período regencial é considerado um dos mais agitados da História política brasileira. Sobre este período,
assinale o que for correto:
I. Mesmo sendo transitória, a regência acabou sendo marcada por vários levantes e rebeliões que evidenciavam
a precária hegemonia do Estado brasileiro. No ano de 1834, tentando aplacar o grande volume de revoltas,
os liberais conseguiram aprovar o Ato Adicional de 1834, que concedia maiores liberdades às províncias.
II. Outra medida importante foi o estabelecimento da Guarda Nacional, nova denominação do Exército,
refundada durante o período. Sendo controlada e integrada por membros da elite, a Guarda Nacional acabou
tendo seu poder de fogo monitorado por grandes proprietários de terra que legitimavam o desmando e a
exclusão social, política e econômica que marcaram tal contexto.
III. Entre as maiores revoltas da regência podemos destacar a Cabanagem (PA), a Balaiada (MA), a Revolta
dos Malês e a Sabinada (BA), e a Guerra dos Farrapos (RS/SC). Na maioria dos casos, estes eventos
denunciavam a insatisfação geral para com o desmando e a miséria que tomavam a nação. Vale destacar
entre esses eventos a participação exclusiva dos escravos na Revolta dos Malês e o papel das elites locais
na organização da Guerra dos Farrapos.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas a I e a II estão corretas.
c) Apenas a II está correta.
d) Apenas a I e a III estão corretas.
e) Apenas a II e a III estão corretas.
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AULA 02
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AULA 02
08. As duas imagens abaixo se referem a revoltas que marcaram a República Velha. Tais revoltas foram, respecti-
vamente:
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AULA 02
10. Até meados da década de 70, o modelo historiográfico de compreensão da Revolução de 30 (através da análise
da República Velha) baseava-se na tese de um embate de forças entre a Aristocracia Cafeeira, o setor represen-
tante das heranças de um sistema agrário feudal, e a nova Elite Industrial. Esta, representante do capitalismo im-
perialista que começava a vigorar após a Primeira Guerra Mundial, possuia sua maior representação no estado
de São Paulo. Boris Fausto promove uma revisão de tais modelos, procurando demonstrar que a Historiografia
brasileira defendia até a década de 70 uma visão parcial e certamente deturpada dos fatos. Em seu livro, o autor
demonstra que a dualidade Latifúndio-burguesia não corresponde exatamente a uma oposição fundamental:
assim, o que assistimos é um rearranjo da política nacional sem o privilégio significativo desta ou de outra clas-
se, que pudesse tomar para si o rumo político e econômico do país e comprometesse a influência das demais.
Partindo do texto acima, sobre os desdobramentos da Revolução de 30 no Brasil, assinale o que for correto:
I. A Revolução de 30 não se caracterizou pela alteração das relações de produção na esfera econômica, nem
mesmo pela substituição imediata de uma classe ou fração de classe na instância política, porque estas não
se alteraram profundamente.
II. O colapso da hegemonia da elite cafeeira não conduz ao poder político outra classe ou fração de classe com
exclusividade. Neste quadro, a revolução de 30 somente pode ser entendida com um olhar crítico e histórico
sobre a década de 20, na qual o desequilíbrio que se revela no inconformismo das novas classes médias e
sobretudo nas revoltas tenentistas ficam evidentes.
III. O golpe da revolução foi tão forte que até o jogo de forças políticas mudou. Nos anos posteriores à adoção do
novo regime, as classes médias não possuíam autonomia frente aos interesses tradicionais em geral e nem
a elite cafeeira conseguia se reestruturar politicamente, devido à derrota de 32 em São Paulo e à depressão
econômica que se arrastava por vários anos. Aqueles que controlam o governo já não representam de
modo direto os grupos sociais que exerciam sua hegemonia sobre alguns setores básicos da economia e
sociedade, estabelecendo, o que se denomina um Estado de Compromisso.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas a I e a II estão corretas.
c) Apenas a II está correta.
d) Apenas a I e a III estão corretas.
e) Apenas a II e a III estão corretas.
11. Em plena Avenida Rio Branco, nas tardes de sábado, pegávamos à força alguns atrevidos que se apresentavam
fantasiados de camisa verde e os despojávamos das calças, largando-os depois, em plena via pública apenas
em fraldas de camisas. Não queriam eles andar de camisas verdes? Nós lhes fazíamos a vontade....
Agildo Barata
A cena acima descrita refere-se aos:
a) enfrentamentos durante os comícios entre os tenentistas e a Aliança Nacional Libertadora (ANL).
b) Confrontos de rua entre os integralistas e os militares de direita.
c) Enfrentamentos públicos entre os integralistas e os comunistas da ANL.
d) Confrontos entre os queremistas e os comunistas.
e) Enfrentamentos entre os prestistas e os lacerdistas.
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AULA 02
13. Juscelino Kubitschek se propôs a fazer o Brasil crescer “cinquenta anos em cinco”. Para tanto, fazia parte do
Plano de Metas do seu governo:
a) consolidar as atividades industriais no país, nacionalizando as companhias de energia e transporte.
b) construir Brasília para facilitar o acesso às plantações de algodão e novas áreas de mineração no Brasil
central.
c) investir no setor de energia, transporte e indústria de base, além de conceder vantagens aos investidores
estrangeiros.
d) ligar o Brasil central, através de ferrovias, às regiões norte e nordeste, para integrá-las ao mercado interno.
e) executar projetos que reforçassem a participação do setor agroexportador na economia brasileira.
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AULA 02
14. No que diz respeito ao governo do personagem retratado na charge abaixo, assinale o que for correto:
I. Com uma frágil sustentação política, sem o apoio da UDN, desconcertando os setores militares e a tradicional
submissão aos Estados Unidos, desagradando a direita e os setores conservadores com sua aproximação
em relação aos países socialistas, combatendo os partidos de esquerdas e declarando-se anticomunista,
e, não obstante, desagradando a população em geral com medidas factoides e com a desvalorização dos
salários, Jânio Quadros cada vez mais carecia de estabilidade e apoio que sustentassem suas peripécias e
ousadia política.
II. Contando apenas com o apoio de Lacerda, Jânio Quadros, no dia 25 de agosto de 1961, renuncia a presidência
da República, deixando uma carta para ser entregue ao Congresso; pedido esse que imediatamente foi
aceito.
III. Especula-se, por uma lado, que Quadros escreveu a carta em um momento de incerteza acreditando que
não seria entregue. Diz-se ainda que, na verdade, tentava utilizar o seu apoio popular para aumentar seus
poderes junto ao Congresso. Neste caso, acreditaria que assim que anunciasse sua renúncia, o povo sairia
às ruas exigindo sua volta ao poder. Neste caso, talvez se lembrasse da comoção que acompanhou a morte
de Vargas; seja como for, a população não saiu às ruas, e o Congresso aceitou a renúncia, e Jânio Quadros
iniciaria um longo período de ostracismo político.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas a I e a II estão corretas.
c) Apenas a III está correta.
d) Apenas a I e a III estão corretas.
e) Apenas a II está correta.
15. Em 1949 nós plantamos carvalhos. Não plantamos couve. A couve floresce rapidamente, mas uma vez só. Os
carvalhos demoram, mas são sólidos. Quando chegou a hora, nós tínhamos os homens, as ideias e os meios.
(Marechal Cordeiro de Farias/1976)
O texto acima remonta dois momentos importantes da história do Exército brasileiro. São respectivamente:
a) O processo de formação da Escola Superior de Guerra e o golpe militar de 64.
a) A vitória do general Dutra e a edição do AI-2, que criou a ARENA.
b) A queda da ditadura Vargas e o AI-5, que instalou a ditadura militar no Brasil.
c) O alinhamento político com os EUA e o fim da censura prévia, no governo Geisel
d) A vitória dos setores conservadores na constituinte e o golpe militar de 1964.
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AULA 02
GABARITO
01. d 06. a 11. c
02. c 07. c 12. c
03. b 08. b 13. c
04. a 09. c 14. d
05. d 10. a 15. a