Técnicas Mamográficas Editores
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MANUAL DE
TÉCNICAS
MAMOGRÁFICAS
Manual de Técnicas
Mamográficas
AUTORES
Maria da Graça Magalhães - Laboratório de Ciências Radiológicas – LCR/UERJ
Josy Casicava,M.Sc – Laboratório de Ciências Radiológicas – LCR/UERJ
João Emílio Peixoto, D.Sc – Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
Ellyete Canella, M.Sc - Instituto Nacional do Câncer - INCA
EDITORES
Prof. Dr. Carlos Eduardo de Almeida – Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Prof. Dr. João Emílio Peixoto - Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ
COORDENAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
Laboratório de Ciências Radiológicas – LCR / DBB / IBRAG
Projeto de Capacitação Profissional para Detecção Precoce do Câncer de Mama, por Intermédio
da Mamografia
Rua São Francisco Xavier 524, Pavilhão Haroldo Lisboa da Cunha sala -136, térreo - Maracanã
Rio de Janeiro, CEP: 20550-900
Fone: (21) 2587-7793 / (21) 2587-7795
Fax: (21) 2234 9383
www.lcr.uerj.br
APOIO
Instituto AVON
Campanha:Um Beijo pela Vida
Projeto de Capacitação Profissional para Detecção
Precoce do Câncer de Mama, por Intermédio da Mamografia
Comissão Executiva:
Sheila Magalhães – Especialista em Treinamento
Laboratório de Ciências Radiológicas – LCR/UERJ
Estes fatores dependem, portanto, de variáveis associadas aos profissionais médico, técnico e físico,
incluindo o controle da qualidade dos processos, exigindo uma visão estratégica multidisciplinar
para os programas que visem a garantir a qualidade da imagem e do laudo.
Como parte deste programa e buscando a uniformização dos procedimentos, quatro manuais foram
desenvolvidos: o Manual de Câmara Escura, o Manual de Técnicas Mamográficas, o Manual Técnico
de Avaliação dos Serviços de Mamografia e o Manual para Capacitação Profissional no Diagnóstico
Precoce do Câncer de Mama, que estão sendo utilizados em um programa de treinamento.
ÍNDICE
2 RAIOS X ................................................................................................................. 21
2.1 PRODUÇÃO DE RAIOS X ..................................................................................... 21
2.1.1 Radiação Característica ......................................................................................... 23
2.1.2 Radiação de Freamento ......................................................................................... 23
2.1.3 Efeito do Material Anódico no Feixe ....................................................................... 23
2.1.4 Ajuste do Feixe de Raios X .................................................................................... 24
2.2 EFEITO DA FILTRAGEM ADICIONAL .................................................................. 25
2.3 INTERAÇÃO DOS RAIOS X COM O TECIDO MAMÁRIO .................................... 26
2.3.1 Nenhuma Interação ................................................................................................ 26
2.3.2 Efeito Fotoelétrico ................................................................................................... 26
2.3.3 Efeito Compton ....................................................................................................... 26
Projeto LCR/AVON
Manual de Técnicas Mamográficas
Projeto LCR/AVON
Manual de Técnicas Mamográficas
Projeto LCR/AVON
1
APARELHO DE
MAMOGRAFIA
EVOLUÇÃO
COMPONENTES BÁSICOS
TUBO DE RAIOS X
COMPRESSÃO
GRADES ANTIDIFUSORA
MODOS DE OPERAÇÃO
Manual de Técnicas Mamográficas
1.1 EVOLUÇÃO
Antes de 1969, os exames radiológicos da ção espalhada que atingia o filme radiográfi-
mama eram realizados em aparelhos pro- co. Estes aparelhos passaram a constituir a
jetados para os exames convencionais de segunda geração de mamógrafos (GABBAY
tórax, abdome, extremidades entre outros. – 1994).
Para facilitar a realização dos exames de
mama, alguns desses aparelhos possuí- Finalmente em 1992, segundo um projeto de
am dispositivos rudimentares de compres- Gabbay (GABBAY – 1994), foi apresentado
são de mama fabricados artesanalmente um aparelho que passou a ser considerado
nos próprios serviços de radiologia. Todas o precursor da terceira e mais atual geração
as características dos aparelhos conven- de mamógrafos. Estes equipamentos fão
cionais: falta de tela intensificadora, curtas utilizados até os dias de hoje (Figura 1.1).
distâncias foco-pele, etc.) produziam ima-
gens radiográficas da mama com pouco Os aparelhos de terceira geração possuem
contraste, sem grande definição geométrica alvos de diferentes materiais (Mo, Rh e W)
e, principalmente, altas doses de radiação e filtrações adicionais que ajudam a produ-
(GABBAY – 1994). zir um feixe mais homogêneo, diminuindo
a dose na paciente e produzindo uma ima-
A fabricação do primeiro aparelho dedica- gem com maior contraste. Os dispositivos
do exclusivamente à mamografia, em 1969, de controle automático encontrado nesses
modelo Senographe, pela companhia CGR, aparelhos ajudaram a diminuir os erros téc-
incentivou diversos outros fabricantes (Sie- nicos dos exames mamográficos.
mens, Philips, Picker e Generl Eletric) a pro-
duzirem modelos similares, surgindo, assim,
a primeira geração de mamógrafos.
Projeto LCR/AVON 13
Manual de Técnicas Mamográficas
f
g
Podemos identificar na Figura 1.2, pelas le- redução dos efeitos de borramento da radia-
tras indicadas, os seguintes componentes: ção espalhada na imagem radiográfica.
14 Projeto LCR/AVON
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câtodo ânodo
1.3.2 ANODO
rotor
Depois de liberados, os elétrons são ace-
lerados em direção ao ânodo por uma di-
ferença de potencial aplicada entre o cato-
do e ânodo. Estes elétrons, ao interagirem
com o anodo, que também é conhecido por
“alvo”, têm uma pequena parte de sua ener-
carapaça protetora gia convertida em raios X. A outra parte,
cerca de 99% da sua energia cinética são
Figura 1.3 - Tudo de raios X. transformadas em calor. Por isso os alvos
encontram-se em um disco giratório cujo o
Todos os tubos de raios X consistem em um movimento distribui o processo de interação
cátodo e um ânodo, colocados dentro de numa superfície maior e ajuda a dissipar o
uma ampola de vidro na qual é feito vácuo. calor (Figura 1.5).
1.3.1 CATODO
Projeto LCR/AVON 15
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1.3.3 POSICIONAMENTO DO
TUBO DE RAIOS X
16 Projeto LCR/AVON
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1.4 COMPRESSÃO
Uma boa mamografia requer o uso da com- ß Aumenta a resolução da imagem, por-
pressão, através de uma bandeja radio- que restringe os movimentos da paciente
transparente que possui uma transmissão (Figura 1.9).
dos raios X de aproximadamente 80% a 30
kVp (Figura 1.8). Uma compressão eficiente A B
encontra-se entre 13 e 15 kgf, para obten-
ção de um bom exame (na prática, em apa-
relhos que não indicam automaticamente
a força de compressão utilizada, podemos
comprimir até a pele ficar tensa e/ou até o
limite suportado pela paciente).
Projeto LCR/AVON 17
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A
Fótons Espalhados Alta Razão de Grade
h
Grade
Antidifusora d
B
Filme
Figura 1.11 – A função da grade antidifusora é retirar Baixa Razão de Grade
os fótons espalhados, diminuindo o borramento da
imagem. h
d
Feixe Primário Feixe Espalhado
Figura 1.13 - Diferença entre duas grades anti-difu-
sora. A) Grade com alta razão. B) Grade com razão
baixa.
18 Projeto LCR/AVON
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Projeto LCR/AVON 19
2 RAIOS X
PRODUÇÃO DE RAIOS-X
Manual de Técnicas Mamográficas
e-
O alvo de material Rh aumenta a ener-
expulso
gia dos raios X característicos em cerca
de 3KV (Figura 2.3)
Figura 2.1 – Geração de raios X característico
Projeto LCR/AVON 23
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EFEITO DO KV NO FEIXE
no de fótons
Mo Rh
Os raios característicos não são determina-
dos pelo KV, porém se o kV é muito baixo
haverá pouca ou nenhuma radiação carac-
terística.
0 5 10 15 20 25 30 35
Á medida do KV aumenta:
Figura 2.3 – Gráfico dos espectros de raios X de Mo
e Rh ß A porção de raios X de freamento au-
menta, juntamente com a energia media
Ródio X Molibdênio do feixe.
O anodo de ródio fornece uma energia mé- ß O contraste diminui, pois o feixe se tor-
dia maior do que o Mo, dessa forma permi- na mais mole (mais polienergético).
te:
24 Projeto LCR/AVON
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Intensidade de fótons
somente materiais seletivos como o Mo e
Rh, filtram fótons de alta energia
Projeto LCR/AVON 25
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O Fóton passa através do tecido ou intera- ß O fóton é desviado, mas não é total-
gem de forma elástica. mente absorvido (Figura 2.8);
Fóton de Raio X e-
Incidênte expulso
26 Projeto LCR/AVON
3 ANATOMIA DA
MAMA
MORFOLOGIA
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Projeto LCR/AVON 29
Manual de Técnicas Mamográficas
b) Ligamento de
Cooper (suspensor)
c) Glandulas
a) Músculo areolar
grande peitoral
d) Aréola
e) Mamilo
h) Gordura
subcutânea f) Ductos
g) Ampola
i) Lóbulos
Figura 3.1 – Vista Anterolateral. (Ref. Frank H. Netter - Atlas of Human Anatomy, 1999)
a) Clavícula
b) 2a Costela
c) Músculo grande
peitoral
d) Parede peitoral
e) Músculo intercostal
i) Ligamento de
f) Vasos e nervos Cooper (suspenso)
intercostais
g) Pulmão
j) Lóbulo
k) Gordura
a
h) 6 Costela subcutânea
Figura 3.2 – Vista Sagital da Mama (Ref. Frank H. Netter - Atlas of Human Anatomy, 1999)
30 Projeto LCR/AVON
Manual de Técnicas Mamográficas
3.2 MORFOLOGIA
3.2.1 CONFIGURAÇÃO INTERNA Cristas de Duret
São continuidades dos ligamentos de Co-
Abaixo da pele esta o músculo areolar, for-
oper, todavia, tem forma, direção e função
mado de fibras musculares lisas em formas
diferentes destes. As Cristas de Duret fixam
radiadas e circulares. As fibras circulares
as estruturas glandulares à subderme.Têm
estão fixadas a pele ao nível da aréola e
forma plana, simulando uma crista.
se estendem ao mamilo, fixando-se em sua
base.
Tecido Adiposo
No plano profundo posterior, a glândula ma- A glândula mamaria propriamente dita está
maria está fixada a parede torácica no fáscia no interior do panículo adiposo, separada
do músculo serrato anterior (Figura 3.1j). anteriormente pela lâmina adiposa anterior
ou pré-glandular, que é interrompida ao ní-
A glândula propriamente dita está separada vel da região retroareolar, onde as estrutu-
do plano muscular pela aponeurose, pelo ras glandulares estão separadas da derme,
fáscia superficial e por uma camada de teci- por tecido conjuntivo, pelo qual passam os
do adiposo denominada bolsa retromamária canais galactóforos.
ou bolsa adiposa de Schassaignac.
Há dois tipos de tecido adiposo na mama:
Estruturas Anatômicas Tecido fibroadiposo, que envolve os lobos e
A anatomia macroscópica não dissocia bem lóbulos. Tecido adiposo areolar frouxo, que
os elementos anatômicos da mama, pois a envolve as estruturas glandulares mais ex-
grande quantidade de tecido adiposo se su- ternamente, formando as chamadas lojas
perpõe ao tecido conjuntivo. Todavia, essas ou facetas de gordura.
estruturas são bem visualizadas na imagem
radiológica devido às diferenças de suas Radiologicamente, este último é mais lu-
densidades. cente que o primeiro. Ambos tem função de
sustentação.
Ligamentos de Cooper
A lâmina adiposa posterior ou retroglandular,
(Figuras 3.1b e 3.2i) também denominada bolsa Schassaignac,
São septos de tecido conjuntivo que se origi- é mais fina que a lâmina adiposa e separa a
nam na parte retroglandular e se dirigem em lâmina do plano na parede anterior do tórax.
sentido perpendicular à porção anterior da Essas estruturas são bem distintas na ima-
glândula. Separam os lobos, lóbulos e áci- gem radiológica devido às suas diferenças
nos glandulares. Têm função de sustenta- de densidade.
ção aos elementos glandulares propriamen-
te ditos. Junto à parte anterior da glândula, Artérias
que se separa da derme pelo tecido celular
A vascularização arterial é superficial e fei-
subcutâneo, os ligamentos de Cooper se di-
ta principalmente pelos ramos perfurantes
rigem obliquamente, em forma mais plana,
da artéria mamária interna que são as arté-
e se fixam à subderme, onde são denomi-
rias intercostais anteriores. As demais são
nados Cristas de Duret.
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32 Projeto LCR/AVON
Manual de Técnicas Mamográficas
a) CC b) MLO
QE
QS
QI QI
Mamilo e Aréola
Na parte anterior e mediana de cada mama
estão a aréola e o mamilo (complexo mamilo
areolar). O mamilo ou papila é uma eminên-
cia de forma cônica ou cilíndrica. Em sua
superfície estão o orifício principal, situado
na porção central, e os pequenos orifícios
secundários, distribuídos com os canais ga-
lactóforos, que geralmente são em número
de 15 a 20.
Projeto LCR/AVON 33
Manual de Técnicas Mamográficas
Em alguns textos um grupo de dúctulos cor- Os cistos originam-se nos lóbulos e seu ta-
responde ao Ácino. Os ductos terminais ex- manho pode atingir vários centímetros.
tra e intralobulares podem ser identificados
por duas características: Transformações apócrinas do epitélio lobu-
lar resultam em aumento de secreção.
ß O ducto terminal extralobular é revesti-
do por tecido elástico, enquanto o intralo- Bloqueio do ducto terminal extralobular por
bular e os dúctulos não. fibrose extrínseca ou processo intrínseco
(proliferação epitelial intraductal) determina
ß O ducto terminal extralobular é coberto dilatação do lóbulo com formação de um
por células colmares, enquanto o duc- cisto de alta tensão intraluminar.
to terminal intralobular contém células
culóides. Adenose: a estrutura glandular prolifera,
resultando na produção de novos ductos e
Os detalhes anatômicos são importantes, lóbulos já existentes.
uma vez que certas doenças mamárias de-
senvolvem-se em localizações anatômicas Hiperplasia Cística: doença fibrocística,
específicas. inclui cistos epiteliais, fibrose, metaplasia
aprócrina, várias formas de adenose e epi-
3.3.1 DUCTOS PRINCIPAIS E teliose.
SEUS RAMOS
34 Projeto LCR/AVON
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Manual de Técnicas Mamográficas
Distorção da arquitetura: é uma lesão es- Assimetria difusa: lesão com densidade
piculada de parênquima mamário, que ocupa um
quadrante da mama.
36 Projeto LCR/AVON
4 EXAME
MAMOGRÁFICO
COMEÇANDO O EXAME
Manual de Técnicas Mamográficas
Uma paciente tensa além de dificultar o bom Ao analisar uma mamografia, duas etapas
posicionamento, propiciará possível retor- devem ser seguidas:
no para complementação. Eesta volta será
mais complexa, pois o medo de que esteja
com câncer a deixará ainda mais tensa, e 1 Verificar se a radiografia tem qualidade
diagnóstica,com relação ao posiciona-
mento. Mamografias de má qualidade ou
este novo exame será ainda mais difícil.
com posicionamento incorreto, freqüente-
Quando a paciente chega à sala o primeiro mente conduzem a erros diagnósticos.
momento demonstra como será a pessoa a
ser atendida. É nesta hora que um sorriso
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Manual de Técnicas Mamográficas
42 Projeto LCR/AVON
5 POSIÇÕES
MAMOGRÁFICAS
INCIDÊNCIAS BÁSICAS
INCIDÊNCIAS COMPLEMENTARES
MANOBRAS
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
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5.1.1 CRÂNIO-CAUDAL – CC
Posicionamento
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Importante!
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a)
Importante!
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Posicionamento
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É uma incidência crânio-caudal, com ênfase Esta incidência deve incluir, obrigatoriamen-
na exposição dos quadrantes internos, no- te, parte do prolongamento axilar e é tam-
tadamente o quadrante inferior interno. bém chamada de perfil absoluto.
Indicação: Para melhor visibilização dos Indicação: Mamas tratadas com cirurgia
quadrantes internos, incluindo bem as le- conservadora e esvaziamento axilar, veri-
sões situadas no quadrante inferior interno. ficação do posicionamento do fio metálico,
após marcação pré-cirúrgica de lesões não
Posicionamento palpáveis e manobra angular.
Projeto LCR/AVON 49
Manual de Técnicas Mamográficas
Importante!
Importante!
5.2.4 LATEROMEDIAL OU PERFIL ß Manter o músculo peitoral relaxado;
INTERNO OU CONTACT – LM
ß Estender e levantar a mama enquanto
Esta incidência deve incluir, obrigatoriamen- se comprime;
te, parte do prolongamento axilar.
ß Comprimir uniformemente a mama;
Indicação: Estudo de lesões nos quadran- ß Não incluir o Latíssimus dorsi (dorsal)
tes internos, principalmente as localizadas na imagem.
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Posicionamento
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5.3 MANOBRAS
São recursos para estudar as alterações Posicionamento
detectadas na mamografia que podem ser
associados com qualquer incidência. As ß Usar o dispositivo para ampliação, de
manobras mais utilizadas são: compressão acordo com o aumento desejado (prefe-
localizada, ampliação, associação entre rência para fator de ampliação 1,8).
compressão e ampliação, manobra angular,
rotacional (roll) e tangencial. ß Colocar o compressor para ampliação
(Figura 5.13).
Posicionamento
Figura 5.13 – Manobra de ampliação
ß Localizar a lesão na mamografia e co-
locar o compressor adequado sobre a
área a ser estudada.
52 Projeto LCR/AVON
Manual de Técnicas Mamográficas
Importante! Importante!
a)
5.3.3 MANOBRA ANGULAR
Posicionamento
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Lesão 1
Lesão 2
Figura 5.18 – a) Exame de mamografia CC; b) Exa-
me de mamografia da mesma mama com manobra
rotacional.
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Posicionamento b)
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58 Projeto LCR/AVON
6 CONTROLE DA
QUALIDADE EM
MAMOGRAFIA
Os sistemas de imagem são, geralmente, descritos em termos dos parâmetros que ca-
racterizam vários aspectos do seu desempenho. Eles incluem as medidas tanto de con-
traste da imagem entre diversos tecidos ou materiais substitutos de tecidos como da
resolução espacial do sistema e da quantidade e natureza dos artefatos de imagem.
Material:
4 Realizar uma exposição com técnica
manual: 28 kV, 20 mAs
ß 3 chassis carregados (3 filmes);
Projeto LCR/AVON 61
Manual de Técnicas Mamográficas
ß 4 filmes.
Método:
4
campo de raios X e o filme radiográfico. Selecionar a técnica de 28kV e regis-
trar os valores do produto corrente x
tempo (mAs) para cada espessura. Caso
o equipamento possua o CAE totalmente
automático registrar a tensão e o mAs “es-
colhidos” pelo equipamento. Caso o equipa-
mento não possua o dispositivo para CAE,
solicitar ao técnico que realiza os exames
para selecionar a técnica para cada espes-
sura do simulador;
62 Projeto LCR/AVON
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ß 2 toalhas pequenas.
Método:
Avaliação:
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Material:
ß Régua pequena;
Figura 6.6 – Arranjo do teste de alinhamento da ban-
Método: deja de compressão.
4 Registrar as medidas.
Avaliação:
64 Projeto LCR/AVON
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Avaliação:
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1
I. Contraste
Grades metálicas = 4 (12 pl/mm)
8 9 10 11 12
Degrau
Figura 6.9 – Limites de aceitação para a visibilização dos objetos de teste no Phantom Mama utilizados para
a avaliação dos limiares de definição e contraste da imagem.
Projeto LCR/AVON 67
Manual de Técnicas Mamográficas
ß Chave de fenda;
2 Para medir o nível de luminância do ne-
gatoscópio usa-se um fotômetro sendo
a unidades recomendada: “cd/m2”.
ß Fotômetro, aparelho que mede a lumi-
nância do negatoscópio (Figura 6.10).
3 Colocar o fotômetro a 22 cm de distan-
cia do negatoscópio com as luzes da
sala apagada, ou nas condições de traba-
lho, fazer 3 medidas e tirar a média.
Avaliação:
68 Projeto LCR/AVON
Manual de Técnicas Mamográficas
Material:
Método:
Avaliação:
Projeto LCR/AVON 69
Manual de Técnicas Mamográficas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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M. The essential physics of medical imaging. Williams & Wilkins – Baltimore, Maryland
– 1994.
GABBAY, E. Mammography x-ray source. In: Haus,A.G., Yaffe, M.J. (eds) Syllabus. A ca-
tegorical course in physics – Technical aspects of Breast Imaging. 3rd ED. Oak Brook, II.
USA: RSNA Publication, 1994.
HAUS, A.G. Film processing in medical imaging, In Specifications, acceptance testing and
quality control. Edited by Seibert J.A., bareness G. T and Gould, R.G – 1993.
HAUS, A.G.; JASKULSKI, S.M. The basics of film processing in medical imaging. Medical
Physics Publishing – Madison - Wisconsin, 1997.
NETTER, Frank H.; Atlas de anatomía humana. USA: 2a ED.; Masson –Novartis, – 1999.
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quality assurance in mammography screening. Third Edition. European Commission, Euro-
pe Against Cancer, EUREF, Luxemburg, 2001.
Projeto LCR/AVON 71
Manual de Técnicas Mamográficas
Projeto LCR/AVON 73
Manual de Técnicas Mamográficas
Manual de Técnicas Mamográficas
Manobra Indicação
Dissociar estruturas, está em desuso (deve
Compressão localizada
ser associada com ampliação)
Ampliação Visibilizar detalhe, microcalcificações
Compressão + ampliação Dissociar e ampliar estruturas
Angular Dissociar estruturas
Rotacional – RL, RM Dissociar estruturas
Tangencial – TAN Provar que a lesão é de origem cutânea
Obs.: Nas incidências laterais, cuidado com o abdome, que se superpõe à mama após a
compressão, principalmente nas pacientes obesas.
Projeto LCR/AVON 75
Manual de Técnicas Mamográficas
Obs.: O detector (célula) deve ser posicionada na área mais densa (em geral utiliza-se a
primeira posição, que corresponde a base da mama e parede do tórax)
Projeto LCR/AVON 77