2 - Manual de Apoio 11 INF

Resumo do Conteúdo de Física 11ª Classe
CONTEÚDO
Iª PARTE
Capítulo I – MECÂNICA DOS FLUIDOS .............................................................. 1
1.1 Hidrostática ......................................................................................................... 2
1.1.1 Equilíbrio Hidrostático ..................................................................................... 3
1.1.2 Pressão e Força de Pressão .............................................................................. 3
1.1.3 Lei Fundamental da Hidrostática ...................................................................... 3
1.1.4 Massa Volúmica de Algumas Substância ........................................................... 3
1.1.5 Lei de Pascal Prensa Hidráulica ........................................................................ 2
1.1.6 Lei de Arquimedes ........................................................................................... 2
1.2 Hidrodinâmica ..................................................................................................... 2
1.2.1 Movimento dos Fluidos em Regime Estacionário ............................................. 3
1.2.2 Lei da Conservação da Massa e a Equação de Continuidade ............................. 3
1.2.3 Lei da Conservação da Energia Mecânica e a Equação de Bernoulli .................. 3
1.2.4 Aplicações Práticas da Equação de Bernoulli .................................................... 3
1.2.5 Escoamento de um Fluido Viscoso ................................................................... 2
II & IIIª PARTE
Capítulo II – LUZ E FONTES DE LUZ .................................................................... 4
2.1 Óptica Geométrica ............................................................................................... 2
2.2 Óptica Ondulatório ............................................................................................. 2
2.3 Óptica Quântica .................................................................................................. 3
Eng.º Florêncio Quizonge Lundemba Página 1

CAPÍTULO I – MECÂNICA DOS FLUIDOS
INTRODUÇÃO
A mecânica dos fluidos assenta-se em dois grandes ramos que os destacamos:

Hidrostática e Hidrodinâmica.
1.1 Hidrostática
Definição: é a parte da mecânica dos fluidos que estuda os fluidos em repouso.
Um fluido é uma substancia ou mistura de substância que se escoa, isto é, que

se escoa com maior ou menor facilidade.
Os líquidos e os gases, consideram-se fluidos, por obedecerem a sua definição.
No estado líquidos, as forças intermoleculares são fortes, mas não são suficien-
temente fortes para que as partículas mantenham as suas posições relativas.
No estado gasoso, as forças intermoleculares são muito fracas; a distância mé-

dia entre as partículas é muito grande, comparativamente com as suas dimensões. Os
gases são comprimidos com facilidade.
Os líquidos e os gases diferem essencialmente na sua compressibilidade: um

gás pode ser comprimido com facilidade, enquanto que um líquido é praticamente
incompressível.
Característica dos Fluidos
Os fluidos caracterizam-se por:
 Poderem escoar-se ou fluir com maior ou menor facilidade;

 Mudarem-se de forma sob acção de pequenas forças;
 Adaptarem-se sempre à forma dos vasos que os contêm.

Viscosidade
É a propriedade que define o atrito interno de um fluido, ou seja, a força de atrito en-
tre camadas diferentes do fluido que se movem com velocidade relativas diferentes.
Os líquidos reais apresentam sempre uma certa viscosidade, o que torna mais
complexo o estudo do seu comportamento.
Nos gases a viscosidade é praticamente nula, devido aos grandes espaços intermolecu-
lares.
1.1.1 Equilíbrio Hidroetático
Um fluido encontra-se em equilíbrio hidroestático quando está em repouso (à escala

macroscópica) relativamente ao recipiente onde está contido, ou seja, quando a sua velocida-
de de escoamento é nula.
Num fluido em equilíbrio hidroestático, as forças que o fluido exerce sobre as paredes
do recipiente onde está contido são perpendicular a estas.
1.1.2 Pressão e Forças de Pressão
As forças de pressão são perpendiculares a superfície que os contém, actuam em todas

as direcções e aumentam com a prefundidade. Ou seja, em qualquer ponto do interior de um
fluido, em equilíbrio hidrostático, em vasos abertos, as forças de pressão exercem-se perpen-
dicularmente em todas as direcções e sentido e aumentam com a distância à superfície livre,
isto é, aumentam com a profundidade.
A pressão media exercida pelo fluido na superfície, é dada pelo quociente entre a
intensidade da força de pressão , e a área da superfície .

Pressão num ponto é o limite da pressão média quando a área de superfície

tende a zero.
Quando a pressão é igual a todos os pontos será:
Outras unidades da pressão:
Onde:
atm = Atmosfera
mm Hg = milímetro de mercúrio
lbf in = libra por polegada quadrada
1.1.3 Lei Fundamental da Hidrostática
A lei fundamental da hidrostática ou lei de Stevin: Num dado local, o aumento

da pressão de um fluido, quando se passa de um ponto para o outro de maior profun-
didade, no interior do fluido em equilíbrio hidrostático, depende da densidade do flui-
do e é proporcional ao desnível entre os pontos referidos.

Onde:
p = pressão num ponto no interior do líquido em equilíbrio hidrostático
po = pressão exercida na superfície livre do líquido ou pressão atmosfera
h = profundidade a que se encontra o ponto no interior do líquido
1.1.4 Massa Volúmica de Algumas Substâncias
Densidade ou Massa Volúmica de Algumas Substâncias

Substância Substância
Gelo Água
Alumínio Glicerina
Ferro Álcool etílico
Cobre Benzeno
Prata Mercúrio
Chumbo Ar
Ouro Oxigénio
Platina Hidrogénio
1.1.5 Lei de Pascal. Prensa Hidráulica
A lei de pascal diz que qualquer variação de pressão exercida sobre um fluido
em equilíbrio hidrostático transmite-se integralmente a todos os pontos do fluido e as
paredes do recipiente que o contém.

Se a pressão atmosfera aumentar para , a pressão em A passará a ser

, tal que:
Prensa Hidráulica
É constituída por um sistema de vasos comunicantes, secções cilíndricas muito

diferentes, um líquido, normalmente óleo, e um êmbolo, em cada um dos vasos.
1.1.6 Lei de Arquimedes ou Lei da Impulsão dos Líquidos.
Todo corpo que mergulhado totalmente ou parcialmente num fluido em equilí-

brio hidrostático, fica sujeita a uma força de impulsão vertical de baixo para cima e de
módulo igual ao valor do peso do volume do fluido deslocado pelo corpo.
A lei de Arquimedes é outra consequência da Lei Fundamental da Hidrostática.
1 2 3
FA F
P
IF
FB
⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗
⃗ ⃗⃗ ⃗⃗
⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ ⃗⃗

Assim para os três casos teremos:
1º - Quando , a resultante das forças aplicada no cubo é vertical, de cima

para baixo, e o cubo desce com movimento acelerado.
2º - Quando , a resultante das forças aplicada no cubo é nula, o cubo fica-

rá em equilíbrio no seio da água.
3º - Quando , a resultante das forças aplicada no cubo é vertical, de baixo

para cima, e o cubo sobe, com movimento acelerado, até atingir a superfície do líquido
onde fica a flutuar em equilíbrio.
Neste ultimo caso, o cubo de volume V, sobe até que uma parte do seu volume
fica imersa ( ) e outra fica emersa ( ).

1.2 Hidrodinâmica
1.2.1 Movimento dos Fluidos em Regimes Estacionário
O ramo da mecânica dos fluidos que estuda o movimento dos fluidos em fun-
ção do tempo denomina-se Hidrodinâmica.
Neste ponto vamos não só o movimento mas também descrever as proprieda-

des do fluido, em cada ponto, num instante de tempo.
Características do Escoamento
Quando um fluido se encontra em movimento o seu escoamento pode ser:
 Estacionário ou laminar;
 Não estacionário ou Turbulento.
Escoamento laminar: o escoamento é laminar quando o vector velocidade do

fluido não varia, em cada ponto ao longo do tempo, isto é, permanece constante.
Escoamento turbulento: é quando a velocidade do fluido, em cada ponto, varia

no decorrer do tempo
É um escoamento irregular, caracterizado pela presença de região com peque-

nos vórtices.
1.2.2 Conservação da massa e a equação de continuidade
Consideremos o escoamento estacionário de um fluido incompressível através

de uma conduta de secção recta variável.
As partículas do fluido deslocam-se, segundo as linhas de correntes. Em todos

os pontos, a velocidade é tangente à linha de corrente, correspondente a sua trajectó-
ria.

O volume da conduta será:
Igualando o valor da massa teremos:
O produto entre a velocidade e a secção , designado por caudal, vazão ou

fluxo volumar, representado por:
[ ⁄ ]
Ex. O líquido que escoa numa artéria raio 0,3cm com velocidade de 10cm/s, en-
tra em seguida numa zona onde o raio reduz em virtude do espaçamento das paredes
artérias para 0,2cm. Qual será a velocidade na zona estreita.
1.2.3 Conservação da energia mecânica e a equação de Bernoulli
A equação de Bernoulli relaciona a pressão, o desnível e a velocidade de um flu-

ido incompressível num escoamento permanente, através de um tubo com área de
secção recta variável. Esta equação deduz-se a partir do princípio da conservação da
energia.
Consideremos um fluido incompressível, com escoamento estacionário, através

de um tubo de secção recta variável e com altura, como mostra a figura abaixo.
⃗

Seja dada , da parcela do fluido que se desloca. Durante o intervalo

de tempo , a massa do fluido é elevada de uma altura para uma altura eo
valor da velocidade passou de ⃗ para ⃗ . Então a variação de energia do fluido de
massa será:
O fluido zona A, exerce uma força ⃗ , sobre o elemento de volume, cujo valor é:
O trabalho W, realizado por esta força é:
O fluido na zona B, o trabalho realizado pela força , é negativa, pois opõe-se

ao movimento.
O Trabalho total será:

Nota: Num fluido em equilíbrio hidrostático, a e, portanto na

equação de Bernoulli, a energia cinética ficando:
1.2.4 Aplicação pratica da equação de Bernoulli

1.2.4.1 Efeito Venturi
A pressão de um fluido é maior nos pontos de maior secção de um tubo hori-

zontal e mais reduzido nos estrangulamento, ou seja, num tubo horizontal, com um
estrangulamento, quando a velocidade do fluido aumenta, a pressão diminui.
Quando o fluido se move e entra na região estrangulada a área torna-se menor

e a velocidade aumenta de uma forma que o caudal permaneça constante.
A expressão fica:
Relações:

( )
Este é o principio do funcionamento do medidor de venturi que permite medir

a velocidade do escoamento de um fluido a partir da medição de pressões.
1.2.4.2 Tubo de Pitot
A figura ao lado exemplifica um tubo de

Pitot, este é constituído por dois ramos abertos
de um manómetros nas laterais. Aplicando a
equação de Bernoulli às estremidades 1 e 2
dos ramos do manómetros, teremos:
Com este dispositivo é possível medir o valor do movimento das águas do rio,
da velocidade do vento, da velocidade de um avião (pois esta é igual em módulo, a
velocidade do ar que passa por ele).
1.2.5 escoamento de um fluido viscoso
De acordo a equação de Bernoulli, no escoamento estacionário de um fluido in-

compressível e não viscoso, ao longo de um tubo comprido, horizontal e de secção
recta constante, a pressão ao longo do tubo matem-se constante.
Na realidade, porem, observa-se uma queda pressão quando se avança no sen-

tido do escoamento do fluido.
Efectivamente um fluido só escoa através de um tubo horizontal se houver uma

diferença de pressão .

Esta diferença de pressão é necessária para vencer as forças de arraste (forças

de viscosidade) entre:
 A superfície interna do tubo e a camada do fluido que esta directamen-

te em contacto com ele.
 As camadas vizinhas do fluido que se movem a velocidades diferentes.
Devido as forças de viscosidade, a velocidade do fluido numa secção recta do

tubo não é constante; é máxima junto do eixo do tubo, e é mínima nas proximidade
da parede. Nas paredes do tubo, o fluido permanece praticamente estacionário.
Sendo a pressão no ponto 1, e a pressão no ponto 2, verifica-se que a

queda de pressão é proporcional ao caudal .
Quando um corpo cai, com baixa velocidade no interior de um fluido, a força de

resistência ao movimento é proporcional e oposta a velocidade.
⃗⃗ ⃗
Onde:
Constante de viscosidade
Coeficiente de viscosidade (N.s/m2) ou (Pa.s)

Força de resistência de viscosidade (N)

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Resumo do Conteúdo de Física 11ª Classe

Eng.º Florêncio Quizonge Lundemba Página 1

CAPÍTULO I – MECÂNICA DOS FLUIDOS

A mecânica dos fluidos assenta-se em dois grandes ramos que os destacamos:

Definição: é a parte da mecânica dos fluidos que estuda os fluidos em repouso.

Um fluido é uma substancia ou mistura de substância que se escoa, isto é, que

Os líquidos e os gases, consideram-se fluidos, por obedecerem a sua definição.

No estado gasoso, as forças intermoleculares são muito fracas; a distância mé-

Os líquidos e os gases diferem essencialmente na sua compressibilidade: um

Característica dos Fluidos

Os fluidos caracterizam-se por:

 Poderem escoar-se ou fluir com maior ou menor facilidade;

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1.1.1 Equilíbrio Hidroetático

Um fluido encontra-se em equilíbrio hidroestático quando está em repouso (à escala

1.1.2 Pressão e Forças de Pressão

As forças de pressão são perpendiculares a superfície que os contém, actuam em todas

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Pressão num ponto é o limite da pressão média quando a área de superfície

Quando a pressão é igual a todos os pontos será:

Outras unidades da pressão:

lbf in = libra por polegada quadrada

1.1.3 Lei Fundamental da Hidrostática

A lei fundamental da hidrostática ou lei de Stevin: Num dado local, o aumento

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p = pressão num ponto no interior do líquido em equilíbrio hidrostático

po = pressão exercida na superfície livre do líquido ou pressão atmosfera

h = profundidade a que se encontra o ponto no interior do líquido

1.1.4 Massa Volúmica de Algumas Substâncias

Densidade ou Massa Volúmica de Algumas Substâncias

1.1.5 Lei de Pascal. Prensa Hidráulica

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Se a pressão atmosfera aumentar para , a pressão em A passará a ser

É constituída por um sistema de vasos comunicantes, secções cilíndricas muito

1.1.6 Lei de Arquimedes ou Lei da Impulsão dos Líquidos.

Todo corpo que mergulhado totalmente ou parcialmente num fluido em equilí-

A lei de Arquimedes é outra consequência da Lei Fundamental da Hidrostática.

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Assim para os três casos teremos:

1º - Quando , a resultante das forças aplicada no cubo é vertical, de cima

2º - Quando , a resultante das forças aplicada no cubo é nula, o cubo fica-

3º - Quando , a resultante das forças aplicada no cubo é vertical, de baixo

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Neste ponto vamos não só o movimento mas também descrever as proprieda-

Quando um fluido se encontra em movimento o seu escoamento pode ser:

Escoamento laminar: o escoamento é laminar quando o vector velocidade do

Escoamento turbulento: é quando a velocidade do fluido, em cada ponto, varia

É um escoamento irregular, caracterizado pela presença de região com peque-

1.2.2 Conservação da massa e a equação de continuidade

Consideremos o escoamento estacionário de um fluido incompressível através

As partículas do fluido deslocam-se, segundo as linhas de correntes. Em todos

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O volume da conduta será:

Igualando o valor da massa teremos:

O produto entre a velocidade e a secção , designado por caudal, vazão ou

1.2.3 Conservação da energia mecânica e a equação de Bernoulli

A equação de Bernoulli relaciona a pressão, o desnível e a velocidade de um flu-

Consideremos um fluido incompressível, com escoamento estacionário, através

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