Armamento e Tiro Policial
Armamento e Tiro Policial
Armamento e Tiro Policial
Apresentação
Este manual foi elaborado com objetivo principal, mostrar que o conhecimento e o
domínio de uma arma de fogo, suas limitações e potencialidades e, principalmente,
seu uso correto, são de vital importância para o profissional de segurança pública.
Fornecer conteúdos sobre conceitos de armas de fogo e normas de segurança. A
finalidade do manual é torna o manuseio dos armamentos o mais prático possível,
padronizando a linguagem, de modo que todos possam falar a m esma linguagem,
além de servir para consultas permanentes etc..... Devem ser, obrigatoriamente, de
conhecimento e domínio de qualquer um que se digne a bem desempenhar a missão
nobre da atividade Policial Militar.
Sumário
Capítulo 1: História e Evolução das armas de fogo...
Capítulo 2: Classificação das armas de Fogo
Capítulo 3: Munição
Capítulo 4: Balística
Capítulo 5: Considerações Gerais (observação, proteção e condições de tiro, quando
atirar, como atirar, onde acertar)
Capítulo 6: Regras de segurança
A referida área temática tem por base a Matriz curricular Nacional e estar alinhada
ao conjunto de competências cognitivas, operativas e atitudinais do policial aluno
do Curso de Formação de Praças (CFP).
O Conteúdo foi orientado a partir de eixos articulados buscando capacidades gerais
e competências específicas, também levou em consideração as dimensões
organizacionais (institucional, profissional e pessoal) e de habilidades (técnicas,
administrativas, interpessoais, políticas e cognitivas).
Ementa da Disciplina
Inicialmente, vamos definir o que chamamos de arma e sua diferença daquilo que
chamamos de arma de fogo. ARMA é todo objeto que pode aumentar a
capacidade de ataque ou defesa de um homem.
Certos objetos são concebidos e feitos pelo homem com o fim específico de serem
usados como armas (armas próprias). Outros, como um martelo, um machado, uma
foice, por exemplo, eventualmente podem ser usados por indivíduos para matar ou
ferir seus semelhantes.
Não foram feitos pelo homem visando aumentar seu potencial de ataque, sendo, por
este motivo, denominados de armas impróprias. As armas próprias compreendem
duas categorias fundamentais: armas manuais e armas de arremesso. As armas
manuais são aquelas que funcionam como prolongamento do braço, tais como, a
espada, o punhal e a maioria das armas brancas. As armas de arremesso são as que
produzem seus efeitos à distância de quem as utiliza, expelindo projéteis ou
funcionando elas próprias como projéteis.
ARMA DE FOGO é aquela arma de arremesso que utiliza a força expansiva
dos gases resultante da combustão da pólvora para expelir seus projéteis.
Os elementos essenciais de uma arma de fogo são o aparelho arremessador (ou arma
propriamente dita), a carga de projeção e o projétil, sendo que os dois últimos
integram, na maioria dos casos o cartucho. A inflamação a carga de projeção dará
origem aos gases que, expandindo-se, produzirão pressão contra a base do projétil,
expelindo-se através do cano e projetando-se no espaço, produzindo seus efeitos à
distância. Não existe um a unidade de critério quanto à data em que as armas de fogo
foram utilizadas pela primeira vez. O seu uso foi fruto da evolução natural pela qual
passou o homem. Porém, não podemos falar em arma de fogo sem mencionar o
componente principal base de seu funcionamento: a pólvora. Sua descoberta é
creditada aos Chineses, que já a utilizavam desde o século XIII, principalmente para
fins religiosos, na forma de fogos de artifício. As primeiras armas a utilizarem do
princípio da queima da pólvora para a expulsão dos projéteis (estes, inicialmente,
pedras ou qualquer coisa que pudesse ser arremessada), eram artefatos toscos
chamados de tronos de pólvora, que eram canhões primitivos que produziam efeitos
mais psicológicos que destrutivos, visto que a pólvora negra produzia enorme
quantidade de fumaça e um terrível estrondo (para a época).
O pânico era muito grande nas tropas, que ainda desconheciam o seu uso. Com
referência a armas curtas, o primeiro documento autêntico, datado de 1313, cita o
emprego de canhões de mão na Alemanha. Em 1350, menciona -se graficamente o
uso de uma arma de fogo que podia ser manejada e disparada por um só homem. As
armas curtas, inicialmente, constituíam -se de tubos metálicos fechados em uma das
extremidades, denominada culatra, e possuindo em sua parte superior um orifício,
chamado de fogão, que era uma comunicação com o cano da arma. Este por sua vez,
era preso por tiras de metal ou couro a um cabo ou coronha rudimentar. O atirador
introduzia a pólvora pela boca do cano, um ou mais projéteis e um chumaço de
estopa ou papel, comprimidos a golpes de vareta. Depois de carregado o cano,
despejava-se um pouco de pólvora no fogão, encostava-se uma mecha acesa ou
pedaço de brasa e produzia-se o disparo. Com o passar dos anos, e pelas dificuldades
que este sistema apresentava, uma mecha ou pavio foi introduzido no fogão criando
assim o primeiro sistema de ignição da pólvora localizado na própria arma. Este
sistema foi chamado de sistema de mecha (matchlock).
Um sistema de alavanca, com um primitivo martelo, era dotado da mecha e o
atirador, ao acionar a alavanca (uma espécie de gatilho), levava a mecha ao orifício
do cano e disparava a arma. Isto facilitou a pontaria, pois não era mais necessário
prestar atenção em dirigir a mecha ao fogão e retirar rapidamente para não queimar
a mão. Com a evolução natural das armas curtas, surge entre 1515 e 1517 o segundo
sistema de ignição, vindo a substituir o fecho de mecha.
Ironicamente, este sistema já era conhecido antes do matchlock, pois se valia das
propriedades pirogenética as do sílex uma pedra que produzia forte faísca quando
friccionada a uma superfície metálica graças a essa propriedade, foi possível a
criação de um sistema de detonação constituído de uma a roda de aço, de bordas
ásperas, acionada por uma mola que a fazia girar quando acionado o gatilho. Após
o início do movimento da roda, uma peça (o martelo) dotada de um pedaço de pirita,
encostava-se à roda que, girando, produzia uma faísca iniciadora a qual se
comunicava com o interior do cano através do ouvido (nova denominação para o
fogão). Este sistema ficou conhecido como fecho de roda (whheel lock).
Continuando a evolução, e devido à complexidade do fecho de mola, surge o terceiro
tipo de mecanismo de ignição, o fecho de pedra (fllint lock), em substituição aquele.
De funcionamento mais simples, o fecho de pedra também utilizava o sílex,
golpeado de encontro a um batente fixo para a produção da faísca iniciadora. Houve
diversos sistemas de fechos de pedra, destacando-se o Shaphaunce (Holanda) e o
Chenapan (França e Itália).
O que ficou mais popular foi o Miquelete da Espanha, tanto que seu nome é utilizado
para denominar os fechos de pedra (também conhecidos como fechos de Miquelete).
No início do séc. XIX, o escocês Alexander Forsyth, caçador e aficionado pela
Química, revolucionou o mundo das armas de fogo ao patentear, em 1807, um
mecanismo de ignição por percussão, baseado nas experiências nas químicas de
Bayen (França) e Howard (Inglaterra) que havia criado um composto químico que
detonava por percussão.
O composto químico era colocado em um pequeno copo metálico que, por sua vez,
era colocado sobre a chaminé. Um cão metálico era armado e, ao ser acionado pelo
gatilho, chocava-se sobre a espoleta. A mistura se inflamava e a chama era
transmitida para o interior do cano, onde se encontravam a carga de projeção e o
projétil. Todas a s armas até aqui eram operadas por antecarga, isto é, os elementos
de munição (pólvora, projéteis, etc.) eram colocados pela boca do cano, num
processo que, além de demorado, deveria ser repetido a cada novo disparo,
representando uma grande desvantagem.
O maior desafio dos projetistas da época era eliminar essa desvantagem e fazer com
que a arma de fogo realizasse o maior número de disparos possível, antes de ter que
recarregá-la de novo. A primeira arma de retrocarga que se tem notícia surgiu em
1776, por um oficial do exército inglês, Maj. Patrick Fergusson. Vários sistemas
foram apresentados até o advento das modernas soluções de retrocarga, mas o passo
definitivo foi a invenção do cartucho metálico, que proporcionou a criação das armas
de fogo tal qual conhecemos hoje.
O cartucho metálico podia conter todos os elementos de munição, agilizando a
recarga e permitindo armas com grande capacidade de tiro. Esta evolução ainda não
terminou. Novos conceitos em armas e munições surgem quase que diariamente,
com cada vez melhores soluções e maiores efeitos.
As armas calibres magnum, as fabricadas com polímeros plásticos, os canos de
cerâmica e as munições sem estojo são exemplo de que as armas de fogo o ainda
continuarão a ser aperfeiçoadas.
Capítulo 2
2. Conceito
Um conceito clássico é “Arma é todo engenho criado pelo homem para causar
um ataque ou proporcionar uma defesa”.
Nota-se nessa definição que arma, para o estudo do armamento leve é todo engenho
criado pelo homem, observando-se também sua utilização: ataque ou defesa,
características prementes a toda arma que iremos estudar.
4. AÇÕES:
O fato fundamental que distingue uma arma da outra é, além do aspecto externo, que
não costuma ter demasiada importância, seu mecanismo de ação. Vejamos
sucintamente algumas diferenças:
✓ AÇÃO BASCULANTE: é a mais empregada em espingardas;
✓ AÇÃO DE FERROLHO: é a utilizada pelos sistemas Mauser (FO),
Mannlicher etc.
✓ AÇÃO DE BLOCO DESCENTE: utilizada pelo sistemas Martini;
✓ AÇÃO DE ALAVANCA: "Lever action", entre as quais encontra-se a clássica
Winchester e a Carabina Rossi Puma.
✓ AÇÃO DE BOMBA: "slide action" - também chamada de trombone ou
deslizante, muito empregada em espingarda de repetição (CBC e Browning);
✓ AÇÃO DE GASES DE RECUO DIRETO SIMPLES: utilizada em pistolas
conhecido como “blowback" que significa ferrolho livre, onde a expansão dos
gases proveniente da queima da carga de projeção empurra o cartucho vazio de
encontro ao ferrolho, fazendo com que a arma cicle.
✓ AÇÃO DE GASES DE RECUO INDIRETO: é realizada por meio de método
baseados na "tomada de gases" com recuo do bloco da culatra por meio de embolo,
muito empregada em armas de fogo longas como o FAL e M16.
ABREVIATURAS
1. Fz. - Fuzil
2. Mtr. - Metralhadora
3. Fz. Mtr - Fuzil Metralhadora
4. Md. - Modelo
5. Mtr. M - Metralhadora de Mão
6. Mq. - Mosquetão
7. Pt. - Pistola
8. Rv. - Revólver
Classificação
Convencionais: são aquelas criadas com a intenção de serem usadas como arma.
Ex.: Revólver, faca de trincheira, cassetete, pistola, canhão...
Ocasionais: são aquelas que tornam-se armas devido ao seu emprego no momento.
Ex.: Faca de cozinha, chave-de-fenda, tranca de madeira, caneta, garrafa de vidro...
Há ainda a classificação quanto ao sistema utilizado:
Brancas: dotadas de lâmina ou cabo e que fazem o contato direto do agressor com
a vítima.
Impulsivas: arremessam um objeto perfurante à distância, com uso de meios
mecânicos.
Químicas: agem através das propriedades que possuem os produtos químicos, sem
uso de projéteis.
De Fogo: capazes de lançar projéteis à distância através do uso de propelentes.
Armas de Fogo
Após essas definições iniciais podemos conceituar Armamento Leve: “São as
armas, classificadas como convencionais e de fogo, que possuem peso e volume
relativamente reduzidos, podendo ser transportadas, geralmente por um
homem, possuindo calibre até .50”
Verificamos nesse conceito mais específico, e o que nos interessa, que as armas
leves são armas convencionais e de fogo, especificando também seu peso e
volume, sua transportabilidade e seu calibre máximo .50
6. Conceitos Técnicos
RAIA: É a parte baixa da ranhura interna de canos que disparam projéteis simples,
visando o movimento de rotação do projétil em torno do seu eixo, dando, desta
forma, estabilidade ao mesmo.
CHEIO: É a parte alta da ranhura interna de canos que disparam projéteis simples.
CALIBRE: É a medida do diâmetro entre dois cheios.
VELOCIDADE TEÓRICA DE TIRO: É o número de disparos que pode ser
feito por uma arma em 1 (um) minuto, não se levando em conta o tempo gasto na
pontaria, alimentação, solução de panes, etc., ou seja, supõe -se que a arma tenha
um carregador com capacidade infinita.
VELOCIDADE PRÁTICA DE TIRO: É o número de disparos que pode ser
feito por uma arma em 1 (um) minuto, levando-se em conta o tempo gasto na
pontaria, alimentação, solução de panes, etc., isto é, todos os procedimentos
realizados realmente quando se utiliza a arma.
ALCANCE MÁXIMO: É o alcance de um projétil lançado com o cano da arma a
45º em relação ao solo.
ALCANCE ÚTIL (OU DE UTILIZAÇÃO): É aquele em que se utiliza a arma
aproveitando-se o início da trajetória de um projétil (parte tensa)
CADÊNCIA DE TIRO: É o tipo de tiro que a arma pode fazer, seja intermitente,
seja rajada leve (limitada) ou rajada total.
Capítulo 3
MUNIÇÕES:
Definição: São corpos carregados com explosivos, agentes químicos, radiológicos,
biológicos, ou uma combinação destes, que podem ser arremessados por uma arma,
por intermédio da mão, lançados de avião, instalado no solo ou dirigido, destinado
a produzir danos contra pessoal, material ou objetivos militares.
CLASSIFICAÇÃO:
A munição é dividida, para efeito de estudo, em dois grupos:
1. Munição especial – mísseis completos, armas nucleares, ogivas convencionais e
cargas de projeção para granadas nucleares de artilharia;
2. Munição convencional – munição de armamento leve (>0.50”), munição de
arremesso, munição de artilharia, munição para morteiros, minas terrestres, rojões e
bombas.
Generalidades:
Introdução:
A munição do armamento leve compreende a munição usada nas armas cujo calibre
seja igual ou menor que 0.50”, como fuzis, carabinas, pistolas, revólveres,
metralhadoras e metralhadoras de mão.
Terminologia:
O cartucho compreende todos os elementos necessários à execução do tiro pela
arma, isto é, o projétil, o estojo, a carga de projeção e a espoleta.
Classificação:
1. Com base no tipo de estojo, os cartuchos de armamento leve são classificados
como de:
1.1. Fogo central;
1.2. Fogo circular.
2. De acordo com a finalidade, a munição do armamento leve é classificada em:
2.1. Munição de guerra: comum; perfurante; incendiária; traçante; perfurante-
incendiária; perfurante-incendiária-traçante; auto-explosivo-incendiária;
2.2. Munição de emprego especial: festim; manejo; pressão majorada; subcalibre;
estilhaçável; lançamento.
3. Munição: conjunto completo de estojo, projétil, propelente e espoleta (nos de
caça acrescenta-se a bucha), tudo devidamente montado em um só corpo. O mesmo
que cartucho;
4. Munição de festim: cartucho inerte, carregado com pólvora negra ou branca,
utilizada normalmente para sinalizar partidas de corridas, produções teatrais,
cinema, exercícios militares e treinamento de cães
5. Munição de manejo: é destinada exclusivamente ao manejo de mecanismo de
repetição, em instrução, de carregar e descarregar o depósito e câmara, possuindo
em seu estojo sulcos estriados ou até mesmo orifício, inerte.
6. Munição + P: carregada com maior carga, gerando maior pressão que a munição
normal visando aumentar a velocidade e a energia do projétil.
7. Munição + P +: primeiramente foi desenvolvida exclusivamente para o uso
policial. Nela se verifica nível de pressão, velocidade e energia maior que a + P.
8. Munição subsônica: desenvolvidas para operarem a velocidades abaixo da do
som e com especial adequação para uso em silenciadores (supressores).
A munição se divide em quatro partes, exceto as munições de caça que se divide
em cinco partes.
A munição normal, se divide em:
1. Estojo;
2. Espoleta;
3. Propelente (carga de projeção);
4. Projétil.
A munição de caça se divide em:
1. Estojo;
2. Espoleta;
3. Propelente (carga de projeção);
4. Projétil;
5. Bucha.
1. Estojo:
Os estojos além de reunir os demais componentes (projétil, espoleta, carga de
projeção) tem a função de proteger a carga de projeção das intempéries.
1.1. O estojo pode ser de:
1.1.1. Papel;
1.1.2. Papelão;
1.1.3. Plástico;
1.1.4. Metálico;
1.1.5. Composto:
1.1.6. Papelão / metálico;
1.1.7. Plástico / metálico.
1.2. Quanto ao formato, pode ser:
1.2.1. Paralelo;
1.2.2. Cônico e garrafa;
1.2.3. De fogo central;
1.2.4. Fogo circular.
1.3. Quanto ao calibre, pode ser:
1.3.1. Fogo central: quando a percussão ocorre em uma espoleta (depósito de
mistura iniciadora) localizada no centro do culote do estojo;
1.3.2. Fogo circular: quando a mistura iniciadora está contida na circunferência
interna do culote do cartucho, constituindo um verdadeiro anel.
2. ESPOLETA:
Destina-se a iniciar a queima da carga de projeção e se divide em:
2.1. Berdan: possui a massa iniciadora no interior do copo, sendo que a bigorna e o
evento (orifício de passagem dos gases) encontram -se no estojo;
2.2. Boxer: possui a massa iniciadora e a bigorna no interior do copo e o evento
(orifício de passagem dos gases) encontra-se no estojo;
2.2. Bateria: Possui a massa iniciadora, a bigorna, o evento (orifício de passagem
dos gases) e o copo formando um mesmo conjunto.
Geralmente utilizado em cartuchos de caça;
2.3. Fogo circular: Nos estojos de fogo circular, a massa iniciadora encontra-se no
interior do estojo, formando um anel interno na borda do culote.
3. CARGA DE PROJEÇÃO:
Quantidade de pólvora destinada a dar ao projétil a velocidade e pressão dentro dos
limites prescritos para a arma, no qual será empregado. Pode ser:
3.1. Negra: a primeira desenvolvida à base de nitrato de potássio, carvão vegetal e
enxofre que, em condições e quantidade adequadas, tornam -se uma massa instável
impossível de se manusear fora de laboratório próprio;
3.2. Branca: semi sem fumaça. A partir da descoberta da nitroglicerina, criaram-se
novos tipos de propelentes, quase sem fumaça. Também pode ser subdividida,
quanto à queima em:
3.2.1. Rápida;
3.2.2. Lenta;
3.2.3. Média
3.2.4. Composta (rápida / lenta), (rápida / lenta / média) estas especificamente para
uso em armas longas.
3.2.5. Base simples (constituída à base de nitrocelulose);
3.2.6. Base dupla (constituída de nitrocelulose e nitroglicerina).
4. PROJÉTIL:
4.1. O projétil quanto a sua configuração pode ser:
4.1.1. Encamisado;
4.1.2. Semi-encamisado;
4.1.3. De borracha;
4.1.4. De chumbo;
4.1.5. Metálico;
4.1.6. Composto (chumbo / metal), (chumbo / borracha), (metal / chumbo / aço),
etc.;
4.1.7. Perfurante: possui núcleo de aço endurecido, pontiagudo com função de
perfurar obstáculos;
4.1.8. Expansivo: com função de expandir ao contato com o alvo;
4.1.9. Projéteis de uso militar;
4.1.10. Traçante: deixa em seu percurso um rastro luminoso;
4.1.11. Incendiário: com função de incendiar ao atingir o alvo;
4.1.12. Explosivo: explode em contato com o alvo.
5. BUCHA: Destina -se a separar a carga de projeção do projétil ou dos projéteis.
CALIBRES EXISTENTES EM USO NA CORPORAÇÃO:
Cal 12; .22; .32; .38; 9 mm curto (.380); 9 mm para; 357 Mag.; 38.1; .30; 7 mm
Mauser; 223 ou 5.56; 308 o u 7.62 e, o mais atual, .40
PRESSÃO DESCONHECIDA:
Munições recarregadas, quando não se sabe a quantidade e a qualidade do propelente
empregado, não devem ser utilizadas, pois podem causar danos ao atirador e à arma.
Quando o projétil encontra-se afundado no estojo, também não deve ser utilizado,
pois o espaço interno (capacidade cúbica) do estojo diminui, ficando menor que o
estabelecido, podendo gerar maior ou menor pressão.
ARMAZENAMENTO DE MUNIÇÕES:
Devem ser armazenadas em local próprio, isento de calor e umidade, sobre um
tablado de madeira ou borracha, para isolar o contato direto com o solo, porque, além
de umidade, existe a possibilidade de ocorrência de descargas elétricas.
MUNIÇÕES ÚMIDAS:
Ao detectar umidade nas munições, estas devem ser substituídas e utilizadas apenas
em instrução. Em hipótese algum a, levá-las a o forno ou estufa para retirar a
umidade, pois há alto risco de detonação.
Capítulo 4
NOÇÕES DE BALÍSTICA
1. CONCEITO DE BALÍSTICA
“É a ciência e arte que estuda integralmente as armas de fogo, o alcance e a direção
dos projéteis por elas expelidos e os efeitos que produzem” (Roberto Albarracin).
Pode ser dividida em:
a) Balística Interna: ou balística do interior, é a parte que estuda a estrutura, os
mecanismos, o funcionamento das armas de fogo e a técnica de tiro, bem como os
efeitos da detonação da espoleta e deflagração da pólvora dos cartuchos, até que o
projétil saia da boca do cano da arma. A mecânica do disparo pode ser dividida em:
➢ Percussão
➢ Iniciação da espoleta
➢ Queima da carga de projeção
➢ Voo livre e tomada do raiamento do projétil
➢ Aceleração do projétil no interior do cano
➢ Saída do projétil
b) Balística Externa: estuda a trajetória do projétil desde que abandona a boca do
cano da arma até a sua parada final. Analisa as condições do movimento, velocidade
inicial do projétil, sua forma, massa, superfície, resistência do ar, a ação da gravidade
e os movimentos do projétil. No estudo da trajetória do projétil, vamos nos ater aos
Elementos da Trajetória e ao Alcance do Tiro.
c) Elementos da Trajetória:
➢ Linha de Tiro: reta determinada pelo prolongamento do eixo do cano da arma;
➢ Ângulo de Tiro: ângulo formado entre a linha de tiro e a horizontal do terreno;
➢ Linha de Mira: reta que une o meio do entalhe da alça de mira ao vértice da
massa de mira;
➢ Linha de Visada: linha de mira prolongada até o ponto de impacto no alvo;
➢ Ângulo de Mira: é o ângulo formado entre a linha de mira e a linha de tiro;
➢ Ponto de Chegada: ponto em que o projétil encontra o solo.
d) Alcance do Tiro
• Alcance Útil: nas armas de alma lisa é à distância além da qual os balins não
possuem mais energia capaz de atravessar o corpo ou quebrar os grandes ossos do
animal contra o qual foi produzido o tiro, energia essa que varia em função do tipo
de munição usada e do animal a ser abatido. Nas armas de alma raiada, o alcance
útil é definido como sendo a distância em que o projétil causará ferimentos graves
em alvos humanos ou, ainda, possua energia equivalente a 13,6 Kgm
(quilogrâmetros), segundo o“Hatcher´s Notebook”.
• Alcance Máximo: (ou Real): é a distância compreendida entre a boca do cano da
arma e o ponto de chegada do projétil (trajetória). É calculado através de fórmulas
balísticas que consideram a velocidade inicial, o ângulo de projeção e o coeficiente
de resistência (balístico).
• Alcance com Precisão: é a distância em que um atirador experimentado é capaz
de atingir, com razoável grau de certeza, um quadrado com 30 cm de lado.
Considera-se que esta área em que se situam os principais órgãos vitais do corpo
humano. A experiência do atirador irá influenciar decisivamente neste alcance.
e) Balística dos Efeitos: também chamada de balística terminal ou do ferimento,
estuda os efeitos produzidos pelo projétil desde que abandona a boca do cano da
arma até atingir o alvo. Incluem-se neste estudo possíveis ricochetes, impactos,
perfurações e lesões externas ou internas, nos corpos atingidos.
Diversos são os efeitos dos projéteis em seu ponto de impacto, dependendo de sua
trajetória, das influências do ar atmosférico, bem como do tipo de alvo. Porém,
devido a aplicabilidade desse assunto iremos discorrer sobre os efeitos no corpo
humano.
➢ Efeitos Primários dos Projéteis: O Projétil ao atravessar um corpo humano,
provoca dois tipos de ferimentos:
➢ Canal de Ferida Permanente: que é o efeito lesivo que o projétil realiza ao
romper os tecidos, é observável após o disparo.
➢ Cavidade Temporária: produzida pelo intenso choque do projétil com a massa
líquida do corpo. Mais difícil de ser observado, consiste em uma grande cavidade
aberta com o choque hidrostático, devido à elasticidade dos tecidos humanos e que
permanece aberta apenas por frações de segundo.
• Efeitos Secundários dos Projéteis: Existem a inda algumas consequências no
corpo humano com o impacto dos projéteis das armas leves que devem ser
conhecidas e estudadas:
• Orla de Contusão: é a lesão perfuro contusa causada pelo projétil que ao perfurar
a pele, rompe vasos deixando bordos invertidos e contundidos, de forma circular ou
elíptica, dependendo do ângulo de impacto com o corpo.
• Orla de enxugo: é a limpeza que a pele realiza no projétil durante sua entrada no
corpo humano, depositando nela impurezas como graxas, óleos e outras substâncias,
independente da distância do disparo.
Zona de Chamuscamento: é provocada pela ação da fumaça do propelente sobre a
pele, em tiros à curta distância (à queima roupa).
Zona de Tatuagem: são as múltiplas queimaduras em formas de pontos, causadas
pelos resíduos do propelente em combustão que atingem a pele, também em tiros
dados à queima roupa.
Capítulo 5
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
São também fontes de risco os locais onde um agressor pode estar alojado ou de
onde possa surgir agredindo subitamente. É o que chamamos de CONE DA
MORTE.
➢ Portas – abertas ou fechadas;
➢ Janelas – abertas ou fechadas;
➢ Corredores;
➢ Esquinas.
SÃO FONTES DE RISCO GERADOS PELO POLICIAL:
a. O ATO INSEGURO
➢ A observação negligente;
➢ O descuido com a retaguarda;
➢ A subestimação do risco;
➢ O erro de avaliação na prioridade do risco.
b. A CONDIÇÃO INSEGURA
➢ Não estar protegido;
➢ Não estar em condições de tiro;
➢ Estar exposto à ambiente não observado;
➢ Estar exposto à fontes de risco não observadas.
Quando sob tensão, nossa capacidade de percepção torna -se limitada. É como
quando dirigimos em alta velocidade: a visão se concentra em um único ponto à
frente na estrada. Nada observamos da paisagem à volta. A tensão da ocorrência
produz o mesmo efeito, nossa visão fica limitada e devemos treinar a superação.
Normalmente temos a percepção em ângulo de 180º a nossa frente direita e esquerda
mesmo com o olhar fixo à frente.
Mesmo olhando para frente podemos perceber simultaneamente nossas duas mãos
se movendo uma de cada lado de nosso corpo. Com essa mesma técnica, sem
focarmos um detalhe em especial, poderemos perceber muitos outros movimentos
ou fontes de risco durante a observação. Chamamos isto de VISÃO PERIFÉRICA.
Entretanto de nada adianta apenas uma OBSERVAÇÃO correta se não estivermos
PROTEGIDOS e EM CONDIÇÕES DE TIRO.
PROTEÇÃO
Estar protegido é defender o corpo das possíveis ou reais agressões, principalmente
da agressão com arma de fogo. Para isso, trataremos do uso de equipamentos e das
proteções disponíveis no ambiente da ocorrência.
➢ Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s)
Hoje o policial já dispõe, quase sempre, do colete balístico para o serviço, disponível
em Níveis de Segurança e tamanhos diferentes. É indispensável à proteção do
policial. Tão importante quanto a decisão de usar o colete, é necessário ajustá-lo ao
TÓRAX.
➢ Colocação do colete balístico. Deve ser ajustado ao corpo, sem ficar frouxo.
O colete deve proteger p referencialmente o tórax que o abdômen. Caso não haja
coletes suficientes para cada policial na sua OPM, procure fazer uma capa sob
medida a fim de que quando você pegar um colete em revezamento, o faça com
higiene e ajuste adequado. Apesar de o colete balístico ser o EPI mais conhecido,
ele não é o único. Existem capacetes e escudos balísticos para grupos de operações
especiais. O uso de óculos, também usados por grupos especiais, é muito eficiente
para proteger os olhos de quaisquer objetos jogados contra o policial,
principalmente, substâncias como areia e líquidos irritantes.
O EPI protege o Policial dos assustadores índices estatísticos: 82% dos policiais
feridos por disparos de arma de fogo foram atingidos no tórax. (Pesquisa realizada
pela Brigada Militar).
Proteções no Ambiente da Ocorrência
Sabemos que boa parte das situações de confronto ocorre em zona urbana e
edificada. Portanto, sempre haverá alguma forma natural ou construída de proteção
ou barricada, como chamávamos anteriormente. Fica difícil imaginarmos uma
situação de confronto em que a uma distância de até 10 m (dez metros) não haja
nenhuma forma de Proteção: árvore, muro, veículo, poste, prédio, barranco, buraco,
etc. Conscientes da existência constante de proteção no ambiente da ocorrência
devemos sempre estar preparados para usá-la. Diferente de estar encostado no que
chamávamos de barricada, estamos propondo que o policial adote a LINHA DE
PROTEÇÃO com o padrão de procedimento. Para isto basta estar em condições de
tiro e em segurança: arma na linha dos pés do abordado ou na mesma linha do local
de onde o agressor possa vir. Deveremos, então, formar um a linha, passando pelos
olhos, arma e o ponto observado, passando esta linha próxima à proteção e,
obviamente, mantendo o corpo do lado da proteção. Apenas olhos e arma deverão
aparecer. O policial não fica encostado na proteção e não altera a empunhadura. A
penas posiciona o corpo PROTEGIDO enquanto OBSERVA, EM CONDIÇÕES
DE TIRO. O uso desta técnica permitirá ao policial muito maior segurança ao agir
e muito mais facilidade para decidir.
Estar Em Condições De Tiro
Com base no que já foi visto no tocante aos Fundamentos do Tiro, estar em
condições de tiro será manter a posição de segurança (pronto-emprego) durante uma
abordagem. Nada mais é do que acompanhar com a arma a linha entre a proteção os
olhos e o a bordado ou fonte d e risco. Estar com a arma completamente empunhada
e alinhada, aproximadamente na altura dos pés do a bordado ou fonte de risco,
determinará grande antecipação para o policial em caso de necessitar atirar. Além
disso, tal procedimento é muito menos arriscado e até “agressivo” que apontar
diretamente para o a bordado. A partir da posição de segurança, se necessário, o
Policial apenas elevará a linha de visada, movimento de 5 ou 10 cm de elevação dos
braços até a altura do abordado. É indispensável que os três aspectos (PROTEÇÃO,
OBSERVAÇÃO e ESTAR EM CONDIÇÕES DE TIRO) sejam executados ao
mesmo tempo. No uso da linha de proteção conseguiremos fazê-lo.
➢ QUANDO ATIRAR:
Normalmente, a decisão de quando atirar é tomada em frações de segundos. Sua
demora pode representar a morte de alguém ou até mesmo do próprio policial.
Em contrapartida, se for tomada de maneira incorreta pode causar sérios transtornos
jurídicos e até mesma a morte de um inocente.
Para ajudar a decidir com rapidez e acerto estruturamos um retângulo composto de
três partes. O policial só poderá atirar quando o TRIÂNGULO estiver completo.
Dessa forma, todo empenho deverá ser realizado no sentido de retirar uma das partes
para não fazer uso da arma de fogo.
PERIGO MEIO
OPORTUNIDADE
VER ACERTAR
Capítulo 6
REGRAS DE SEGURANÇA
CONCEITO
O homem deve conhecer as regras indispensáveis à segurança com armas de fogo.
As normas seguintes devem ser incutidas pela repetição constante na instrução, até
que sua observância se torne um ato reflexo no manuseio com armas de fogo.
1. Escolher local seguro para o manuseio de uma arma de fogo;
2. A arma de fogo, carregada ou não JAMAIS deverá ser apontada para alguém;
3. A arma NUNCA deverá ser apontada em direção que não ofereça segurança;
4. Trate a arma de fogo como se ela SEMPRE estivesse carregada;
5. Antes de utilizar uma arma, obtenha informações sobre como manuseá-la;
6. Guarde a arma sempre em local seguro;
7. Ao manusear uma arma, faça-o SEMPRE com o dedo estendido ao longo da
arma;
8. SEMPRE se certifique de que a arma esteja descarregada antes de qualquer
manuseio;
9. NUNCA deixe uma arma de forma descuidada;
10. Guarde armas e munições separadamente e em locais fora do alcance de curiosos;
11. NUNCA teste as travas de segurança da arma, acionando a tecla do gatilho;
12. A s travas de segurança da arma são apenas dispositivos mecânicos e não
substitutos do bom senso;
13. NUNCA atire em superfícies planas e duras ou em água, porque os projéteis
podem ricochetear;
14. NUNCA pegue ou receba uma arma, com o cano apontado em sua direção;
15. Ao mostrar uma arma para alguém, faça -o com o FERROLHO ABERTO e a
arma SEM o carregador e com a câmara VAZIA;
DESENVOLVIMENTO
1 - FINALIDADE:
Esta apostila tem por finalidade de dotar o aluno de técnicas de habilidade no
manuseio dos diversos tipos de armamentos e as munições, existentes dentro do
Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças – CFAP, observando as regras de
segurança. Conhecer as condições exatas para o uso da arma em situações variadas,
sanar possíveis panes dentro de escalão permitido e manutenção de 1º escalão.
2 - OBJETIVO:
Objetivos: Habilitar o Policial Militar ao uso de armas de porte e portáteis
(Revolveres, Pistolas, Submetralhadoras, Carabinas e Fuzis), através da aplicação
das técnicas que envolvem o aprendizado de fundamentos para execução do tiro,
quais sejam: Empunhadura, Postura, Respiração, Visada e
Acionamento do gatilho.
3 - Histórico do Calibre .40
O calibre (.40) SW foi desenvolvido especialmente para polícia Federal Americana,
FBI, e é o calibre preferido das Polícias Brasileiras. A primeira força de segurança
Pública a vencer essa barreira junto ao EB, que controla armas e munições no Brasil,
foi o departamento de Polícia Rodoviária federal, que em 1998 foi equipada com
pistolas calibre .40 SW.
O Calibre surgiu nos EUA por reivindicação do FBI. O calibre usual daquela força
policial era o 9mm que se tornou famosa com a segunda guerra mundial, com o uso
maciço das forças armadas dos diversos países, por acreditarem no seu grande poder
de penetração.
Em uma perseguição Policial, o FBI usava a pistola 9mm em um confronto com dois
marginais e os mesmos foram transfixados diversas vezes, contudo não foram postos
fora de combate. A munição de alguns policiais do FBI teria acabado, outros
policiais, feridos, estavam fora de combate, mais não os marginais que mesmo
baleados antes de morrerem conseguiram pôr toda equipe do FBI fora de combate,
e dois policiais vieram a óbito. Percebeu - se nesse evento a forte necessidade de
uma arma Policial”.
Assim, a Smith Wesson ficou imbuída, por contato do FBI, de encontrar esse calibre
policial. O Objetivo da Smith & Wesson era criar um calibre que tivesse o melhor
“Stop Power” (poder de Parada), sem contudo haver muito recuo da pistola que
atrapalhasse a “visada para o segundo tiro. O que isso queria dizer? O calibre deveria
parar o oponente se possível com um único disparo. E se precisasse de um segundo
disparo, a arma não poderia sofrer muito “balanço” na mão do policial, para que ele
acertasse o oponente no mesmo local onde mirava anteriormente. O calibre 10mm
auto tinha essa característica policial de Stop Power, contudo havia muito recuo após
o disparo, assim o segundo tiro policial não garantia a precisão policial necessária.
Assim a Smith Wesson criou uma variação da 10mm auto, com menor recuo e que
conseguia os mesmos índices de perfuração: 12 polegadas de gelatina balística. A
peculiaridade acrescentada a .40 SW foi que antes de alcançar as 12polegadas de
perfuração da gelatina balística, o projétil teria que perfurar uma superfície de vidro
fino, que costuma provocar desvios e atrapalhar a trajetória dos projéteis. Assim foi
criada a pistola .40 SW.
A pistola semiautomática da marca TAURUS, modelos .100, 940 e 24/7, em calibre
(.40), que significa 40 centésimos de polegada (10,16mm), de dupla ação. Foi
adotada pela PMPA, em um processo de substituição ao revolver cal. 38; Uma arma
que apesar de ser de simples manuseio, já não a tendia mais as necessidades das
Policias frente ao alto índice de criminalidade, onde meliantes adquirem no mercado
negro armamento de primeira geração e nos mais diversificados sistemas de
funcionamento e calibres cada vez mais possantes, em termos de poder de perfuração
e poder de parada, tornando assim uma luta desigual entre as forças legais e a
criminalidade cada vez mais organizada.
Por que adotamos o calibre .40, um calibre desconhecido, e não adotamos o calibre
9mm, onde a munição é mais barata e fácil de se adquirir, uma vez que já a utilizamos
na sub metralhadora Taurus Mod.MT12 9mm?
A resposta é simples, o calibre 9mm foi desenvolvido para ser utilizada em
armamento estritamente militar, onde em um combate não se leva em consideração
o poder de parada mas sim o efeito traumático que o projétil causa no inimigo,
tirando-o fora de combate, assim, além do ferido, tira -se também no mínimo mais
dois combatentes que terão de carregá-lo causando ainda a quebra da moral da tropa
ao ver um companheiro gravemente ferido, outro fator relevante é a padronização
de armas e calibres em termos logísticos.
O calibre .40, é um calibre moderno, onde estudou-se os efeitos balísticos do poder
de penetração aliado ao poder de parada. Pelas dimensões e configuração da ponta,
ante a possibilidade de transfixamento, que é bem baixa em termos de porcentagem,
toda a energia do projétil é absorvida pelo corpo.
É o projétil com maior poder de parada, entre as pistolas, portanto é o mais
apropriado para o uso policial.
No trabalho policial, onde o objetivo não é matar, mas sim parar uma injusta
agressão contra si ou a terceiros: Essa paralisação imediata é o que chamamos de
"Poder de Parada". Com raras exceções, o calibre .38, não tem essa qualidade, sendo
necessário para tal, atingir com rapidez, o indivíduo mais de uma vez e com tiros
próximos um do outro a fim de aumentar o choque traumático, o que nem sempre é
possível e, sendo assim, invariavelmente o meliante mesmo ferido em áreas letais
ainda tem condições de continuar sua ação criminosa.
4. AS ARMAS EM ESTUDO APRESENTAM AS SEGUINTES
CARACTERÍSTICAS:
CLASSIFICAÇÃO:
a) Quanto a natureza: Arma de fogo;
b) Quanto ao tipo: Porte;
c) Quanto ao emprego: Individual;
d) Quanto ao funcionamento: Semiautomática;
e) Quanto ao princípio de funcionamento: Ação dos gases sobre o ferrolho;
f) Espécie de tiro: Direto.
1. DESMONTAGEM E MONTAGEM EM 1º ESCALÃO
CONCEITO:
A desmontagem de 1º escalão das pistolas .40. Carabina Magal .30, MTR Taurus
Cal. .40 e do fuzil Imbel cal.556 IA2 é de responsabilidade do OPERADOR da
Arma e deve ser realizada segundo operações limitadas. O Operador que não tenha
conhecimento técnico e ferramentas apropriadas não poderá executar nenhuma
operação privativa dos escalões de número de ordem mais elevado, ou seja, o 1º
escalão não deve, nem pode, realizar operações prevista pelo 2º escalão, este não
excetuará qualquer das previstas para o 3º escalão e assim por diante.
A desmontagem de 2º e 3º devem ser realizadas, somente, em casos de necessidade
e por pessoal especializado (mecânicos de armamentos leves) e com ferramentas
apropriadas.
As peças retiradas devem ser colocadas sempre em uma superfície plana e limpa, e
na mesma ordem em que vão saindo, a fim de facilitar a montagem, a qual se
efetuaria na ordem inversa.
Embora a desmontagem total da arma não apresente dificuldades acentuadas, é
conveniente não ultrapassar o escalão de manutenção em que atua o operador, a fim
de que se evitem desgastes ou outros danos em certas peças, além do fato de algumas
operações exigirem ferramentas especiais.
3. MEDIDAS PRELIMINARES
CONCEITO:
É conjunto de operações necessárias ao emprego da arma dentro de suas melhores
condições de funcionamento e perfeitas segurança.
Obs. Antes do início da desmontagem de uma arma, o policial deve retirar o
carregador e dar dois golpes de segurança e verificar a câmara para constar que a
arma está descarregada.
Estando a arma inspecionada, inicia -se a desmontagem d a seguinte forma:
1º - Retirar o ferrolho: Com a mão direita empunhar a arma, com a mão esquerda,
segurar a parte superior do ferrolho, e a inda, com o dedo indicador da mão direita,
comprimir o retém da alavanca de desmontagem e simultaneamente, com o dedo
polegar da mão esquerda, gire a alavanca de desmontagem de 90º; no sentido
horário, deslizar o ferrolho para frente, até separá-lo da armação;
2º - Retirar haste-guia e mola recuperadora: Comprimir a haste-guia da mola
recuperadora levantando o conjunto e retirando-o cuidadosamente;
3º - Retirar o cano:
Comprimir o mergulhador do bloco de trancamento para frente, até que os ressaltos
de trancamento sejam retirados dos seus alojamentos existentes no ferrolho, retirar
do interior do ferrolho, o conjunto cano e o bloco de trancamento, levantando a sua
parte posterior;
4º - DIVISÃO PADRÃO: A Pistola PT – 940 Cal. .40 . S&W PT 100 é constituído
de seis (06) partes principais:
3. DESMONTAGEM E MONTAGEM
3.1 MEDIDAS PRELIMINARES
3.2 Retirar o Carregador: comprimir o retém do carregador, localizado na parte
média esquerda do punho da arma.
3.3 Verificar a Câmara: Dar dois golpes de segurança, trazendo o ferrolho
totalmente à retaguarda e soltando-o.
3.4 -Retirar o ferrolho: puxe o ferrolho até o final do curso e empurre a tecla do
retém do ferrolho para cima. Com o polegar esquerdo, gire a alavanca de
desmontagem do ferrolho no sentido horário, até que pare.
a. Com a mão esquerda, puxe a ALAVANCA DE DESMONTAGEM para fora da
armação. Como maneira alternativa, libere o FERROLHO acione o RETÉM DO
FERROLHO e puxe o FERROLHO para trás. Este movimento liberará a
ALAVANCA DE DESMONTAGEM
3.7 - Cuidadosamente, pressione para baixo o RETÉM DO FERROLHO e deslize
o FERROLHO para frente, sobre controle. Puxe o GATILHO, mantendo-o
acionado. Empurre o FERROLHO um pouco para frente até ouvir um click, solte
o GATILHO e empurre o FERROLHO totalmente para frente até sair da
ARMAÇÃO.
b. - Retirar o Conjunto Mola Recuperadora: Comprimir a haste-guia da mola
recuperadora levantando o conjunto e retirando-o cuidadosamente de sua posição na
parte inferior do Cano.
3.8 - Remova o CANO do FERROLHO puxando-o para frente e para cima.
3.9 DIVISÃO PADRÃO:
A Pistola PT - 24/7 Cal. .40 é constituído de seis (06) partes principais:
5. INSPEÇÃO DE 1° ESCALÃO:
1. A Inspeção de 1º escalão deverá proporcionar desde que seja realizada
integralmente, maior segurança ao operador quando receber o armamento para seu
uso diário, pois os mecanismos inspecionados, quando danificados ou mal
manutenidos, interferem diretamente no funcionamento da arma.
Tais procedimentos podem salvar a vida do operador, evitando que o mesmo utilize
uma arma que esteja danificada ou precisando de manutenção e/ou poderá evitar
que, ao operador, seja atribuída culpa por dano no armamento
2.1 CARREGADORES E RETÉM DO CARREGADOR:
a - Inspecionar se o carregador vazio deixa o ferrolho aberto no momento em que
ele se movimenta.
b - Inspecionar o retém do carregador, que ao ser acionado deve liberar o carregador
sem dificuldade.
2.2 FERROLHOS E RETÉM DO FERROLHO:
Inspecionar se o retém do ferrolho realmente o deixa aberto, bem como verificar
se o ferrolho está sendo completamente trancado.
2.3 REGISTROS DE SEGURANÇA:
Inspecionar se o acionamento do registro de segurança faz o travamento do gatilho.
2.4 - DESARMADOR DO CÃO:
Ins pecionar o desarmador do cão, atentando para o espaço que deve existir entre
o ferrolho e o cão.
FUNCIONAMENTO
FUNCIONAMENTO DO REVÓLVER Cal .38
1 . AÇÃO SIMPLES
Corresponde na verdade a DUAS AÇÕES: ENGATILHAR e DISPARAR.
O atirador agirá sobre o cão até que o mecanismo fique preso à retaguarda. Com
acionamento da tecla do gatilho, o mecanismo é liberado, ocasionando o disparo.
2 . AÇÃO DUPL A
Corresponde a uma ÚNICA AÇÃO: PRESSIONAR O GATILHO.
O atirador deve pressionar a tecla do gatilho continuamente até que ocorra o disparo.
Incidentes de tiro (Pane)–Técnicas de ação imediata (TAI)
Incidente de Tiro: São falhas dos MECANISMOS, das MUNIÇÕES ou dos
OPERADORES que causam incidentes, e são procedimentos que resolvem e
salvam vidas.
O revólver pelo seu mecanismo simplificado, dificilmente apresenta alguma pane,
porém, poderá acontecer do usuário não conseguir abrir a arma para realimentação
e recarregamento, mesmo após a pressão no dedal serrilhado e a ação no tambor.
Nesse caso, recomenda -se – após dizer “PANE! COBERTURA!” e se abrigar – que
o usuário pressione completamente o dedal serrilhado para a f rente e com a parte
tenar da palma da mão, dê uma pancada no tambor pelo lado direito da arma,
deixando livre seu trajeto, para que solte o objeto que esteja dificultando sua abertura
e possa reiniciar o manejo visando reiniciar o tiro.
1 . AÇÃO SIMPLES
Corresponde na verdade a DUAS AÇÕES: ENGATILHAR e DISPARAR. O
engatilhamento dar-se-á quando ação muscular do atirador levar o ferrolho à
retaguarda, armando o cão. Ao se largar o ferrolho, este segue a frente impulsionado
pela mola recuperadora, empurrando à frente o cartucho que está apresentado no
carregador, levando-o em direção à rampa de acesso, sendo introduzido na câmara.
O ferrolho avança até seu trancamento, deixando a arma em condições de executar
o disparo. Ocorrendo o disparo, o ferrolho é lançado a retaguarda pela ação direta
dos gases, ejetando o estojo deflagrado e repetindo todo o funcionamento
anteriormente descrito.
Caso a arma já se encontre carregada, com o cão desarmado, bastará que a ação
muscular do atirador, atuando sobre o cão, leve -o à retaguarda até que este fique
armado. Com o acionamento da tecla do gatilho, o mecanismo é liberado,
ocasionando o disparo.
2 . AÇÃO DUPLA
Corresponde a uma ÚNICA AÇÃO: PRESSIONAR O GATILHO. Caso a arma se
encontre carregada, com o cão desarmado, o atirador deve pressionar a tecla do
gatilho continuamente até que ocorra o disparo, dando início ao funcionamento
idêntico da ação simples.
Incidentes de tiro (Pane)–Técnicas de ação imediata (TAI)
Incidente de Tiro: São f alhas dos MECANISMOS, das MUNIÇÕES ou dos
OPERADORES que causam incidentes, e são procedimentos que resolvem e
salvam vidas
1. NEGA OU SECA: Falha no carregamento ou falhar de percussão
Como ocorre? O tiro não sai devido a problemas com a munição, espoleta picotada
ou carregador solto. Ou seja, o operador não se atenta a verificação se a arma foi
carregado, podendo, inclusive, ser provocado pelo mau encaixe do carregador no
armamento.
Resolução: bater na base do carregador, puxar.
2. Falha no Carregamento:
Como ocorre? Ocorre quando o armamento está com excesso de resíduos em seu
interior, portanto precisando ser manutenido, ou algo está obstruindo o cano,
impedindo que o cartucho possa acessar por completo a câmara.
Resolução: bater na base do carregador ou na p arte traseira do ferrolho no caso da
24/7, para que este se movimente e tranque corretamente sobre a armação.
3. Chaminé na horizontal ou vertical
Como ocorre? por um problema qualquer a ação dos gases não teve força suficiente
para expelir a cápsula ou apresentar o cartucho completamente, ficando voltado
horizontal ou verticalmente na janela de ejeção.
Resolução: coloca-se a arma na horizontal e traz o ferrolho a retaguarda deixando a
ação da gravidade agir fazendo com que a cápsula ou cartucho caia naturalmente.
4. Dupla alimentação ou duplo carregamento
Como ocorre ? Um cartucho ou estojo fica na câmara e sem ter sido extraído a
tempo, o outro vindo logo atrás faz com que se dê a dupla alimentação
Resolução:
1º) Abrir o armamento
2º) Retira -se o carregador
3º) Manejar-se a arma duas ou três vezes para limpá-la
4º) Deixá-la aberta, insere o carregador, fecha-a e vai para o combate.
5. Travamento de ferrolho (embucha mento)
Como ocorre? Em função da dilatação do estojo na câmara, devido ao aquecimento
provocado pela explosão da mistura iniciadora (pólvora). O ferrolho não se
movimenta e é necessário retirar o estojo que ali está preso.
Resolução: Se pega com a mão fraca firmemente a arma por cima na parte serrilhada
e com a mão forte dá-se uma pancada no punho da arma fazendo com que o ferrolho
venha a retaguarda liberando a cápsula que estava estufada.
RECARGAS
RECARGAS: Existem três tipos de recargas: recarga emergencial, recarga Tática e
recarga Administrativa.
1) RECARGA ADMINISTRATIVA
✓ Com a arma no Coldre é retirado o Carregador da arma;
✓ Retira-se o outro Carregador do Porta-carregador colocando-o na arma;
✓ O Carregador retirado da arma é colocado no Porta-carregador.
2) Recarga Tática
✓ A munição não acabou, mais é necessário fazer a troca de carregador. Pega-se o
cheio e faz-se a troca de carregadores, colocando o carregador que estava na arma
no porta carregador ou no bolso
3) De Emergência ou Emergencial
Acabou a munição (a arma parou aberta), libera-se o carregador vazio, pega-se o
cheio e o introduza na arma com ela aberta, fecha a arma e continua o combate
8 – FUNDAMENTOS DO TIRO
Os fundamentos do Tiro são elementos que colaboram para que o resultado seja o
esperado. São cinco os principais fundamentos do tiro:
- POSTURA;
- EMPUNHADURA;
- VISADA;
- RESPIRAÇÃO;
- ACIONAMENTO DO GATILHO.
1- POSTURA: Refere-se ao posicionamento do corpo enquanto se utiliza o
armamento, tendo como prioridades os aspectos: Proteção Balística, Equilíbrio e
Conforto. Vale ressaltar que nos treinamentos atuais a posição do corpo deve ficar
de frente para a ameaça, uma vez que o colete balístico deve proteger o tórax e os
deslocamentos são mais comuns para frente e pra trás.
No tiro prático não existe posição matemática para sua execução, por princípio
didático os primeiros tiros serão executados na posição em pé, onde os braços ao
juntar -se às mãos à frente do corpo segurando a arma, formarão um triângulo
isóscele.
POSIÇÃO: Também deve sofrer variações de correntes do tipo de Terreno e da
Seleção de abrigos, para garantir uma melhor proteção balística: Comuns em Pé , de
Joelho e Deitado; e Incomuns.
Tiro ao nível dos quadris: É o tiro executado pelo policial quando a distância entre
o alvo e o tempo, não permite que ele faça pontaria;
Tiro com duas mãos, de pé: A posição do corpo e a empunhadura são idênticos à
posição do tiro a altura dos quadris, variando a penas a altura da arma e posição dos
braços, pois os braços ficam alinhados na direção dos ombros:
Tiro ajoelhado: Tiro ajoelhado pode ser feito com 1 ou 2 joelhos no chão. Reduz a
silhueta 50%. Em situações de combate, conforme a distância, não há de se apoiar o
cotovelo na perna flexionada;
Tiro de barricada (Encoberta e Cobertura): É tudo aquilo que coloque o policial
a salvo dos tiros do oponente e proteja contra observação e que resista à penetração
de projéteis de menor calibre. Pode ser natural ou artificial. A barricada pode ser um
muro, a parede de um edifício, um balcão, um automóvel ou outros anteparos.
1) Tiro de barricada com empunhadura dupla (em diversas posições);
2) Tiro de barricada em pé com empunhadura simples;
3) Tiro de barricada em pé com a mão auxiliar.
Tiro deitado: esta é a posição que dá mais estabilidade e garante mais precisão para
a arma, além de tomar o policial, alvo pequeno para o oponente. Deitado de frente o
atirador estende os dois braços à frente apoiando a lateral da mão esquerda no solo,
auxiliando com esta a empunhadura da mão direita (atirador destro). Não é indicada
para combate em recintos fechados (você pode ser pisado ou obstruir a passagem de
outros policiais). Você pode ser atingido por disparos feitos em ângulos no solo;
Tiro assentado: Os dedos dos pés devem estar voltados para o alvo, os braços à
frente do corpo, apoio sobre os joelhos.
1) Tiro assentado de frente;
2) Tiro assentado Lado direito;
3) Tiro assentado Lado esquerdo;
4) Tiro assentado a retaguarda;
OBS: Os fundamentos devem ser aplicados sem muita preocupação em se utilizar
esta ou aquela posição de tiro. O resultado é que tem que ser privilegiado. O policial
deve procurar praticar nas diversas posições de tiro imagináveis.
2- EMPUNHADURA: Refere-se à maneira de segurar a arma, neste caso uma
PISTOLA, afim de melhorar o controle do armamento, diminuindo o efeito do recuo
da arma e garantindo um disparo menos problemático. Vale ressaltar que nos
treinamentos atuais as empunhaduras são adaptadas para disparos sequenciados,
para tanto se prioriza a Empunhadura Dupla.
Ao empunharmos urna arma devemos levar em conta quatro fatores:
2.1 ALTURA da mão que atira, que deve obedecer a ergonometria da armação,
fixando-se o mais alto possível nesta.
2.2 ENVOLVIMENTO da mão que atira ao fixar-se nas placas de punho, de tal
maneira que o dedo indicador forme uma alavanca perfeita para o acionamento da
tecla do gatilho. A posição do dedo indicador na tecla do gatilho, fica por conta do
atirador que deverá escolher a melhor forma de encaixá-lo, de maneira que sinta
firmeza ao aciona-lo. Devemos tornar por base a linha que separa falanginha da
falangeta do dedo indicador.
2.3 PRESSÃO da mão que atira ao envolver as placas do punho, deverá apresentar
justeza e não força, pois ao se empunhar urna arma é corno segurar um pássaro, se
apertar sufoca, se afrouxar liberta.
2.4 ENVOLVIMENTO E PRESSÃO da mão que auxilia os dedos desta, deverão
envolver os dedos da mão que atira logo abaixo do guarda mato e a palma deverá
fixar-se na placa da coronha na parte não alcançada pelos dedos da mão que tira: o
dedo indicador, médio, anular e mínimo deverá envolver, o dedo médio, anular e
mínimo da mão que atira, polegar esquerdo deverá fixar-se por baixo do polegar da
mão que atira. A pressão exercida pela mão que auxilia, deverá ser suficiente apenas
para ajustar a mão que atira.
3- VISADA: É o fundamento que consiste no alinhamento do olho do atirador, com
os aparelhos de pontaria (alça e maça de mira) e o alvo.
O enquadramento do aparelho de pontaria, ALÇA e MASSA, dividido em dois
momentos distintos e subsequentes quais sejam:
LINHA DE MIRA, sendo a linha imaginária que parte do olho aberto do atirador
enquadrando alça e massa;
LINHA DE VISADA, sendo a linha imaginária que se estende do aparelho de
pontaria enquadrado (linha de mira) até o centro do alvo.
VISADA: No tiro de combate deve o policial atirar com os dois olhos abertos. Assim
terá ele maior ângulo de visão sobre o que se passa ao redor, permitindo-o perceber
outro ato de agressão além do que já visualiza.
TIPOS DE VISADAS
REFERÊNCIAS
• Instruções programadas da Academia Militar das Agulhas Negras.
• Instruções programadas da Escola de Instrução Especializadas do Exército.
• Manual de Armamento Convencional MTP. Belo Horizonte, 1991.
• Manual de Instrução da Pistola PT – 100 AF – D. S&W.
• Manual de Instrução da Pistola PT – 940 – D. S&W
• Manual de Instrução da Carabina – .30 MAGAL – Micro Galil.
• Apostila para Instrutores do “Método Giraldi”
• MANUAL DE INSTRUÇÃO DE TIRO MTP 6 – 1 PM Policial Militar de Minas
Gerais-1991
• Apostila do Curso tático para Oficiais – PMERJ
• Apostila do Curso de Operações Especiais - PMERJ
• Apostila do Curso tático para Oficiais - PMERJ
• Apostila do Curso de Rádio Patrulhamento – PMESP
• Apostila de Armamento Munição e Tiro policia Civil - PMPA
• Apostila do Curso de Direitos Humanos - PMPA
• Apostila do Curso Self Defense Emprego Tático de Arma de Fogo.
• Manual de POG da PMMG – 2000.
• Manual de POG e Técnica Policial da PMDF – MP-1-PM – 1998.
• Livro de Técnicas Policiais “Uma questão de Segurança” PMRS – 2003.
• Tiro policial. Técnicas sem fronteiras PMRS - 2006