Etapas Da Concretagem

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 8

LUCCA NOGUEIRA DAPPER ARAUJO

Etapas da concretagem

JOÃO PESSOA

14/05/2021
Concretagem: é a etapa final de um processo de execução da estrutura, só é liberada a
concretagem quando o engenheiro ou técnico responsável pela obra, faz toda a fiscalização e
aprova todos os serviços anteriores realizados. Como: limpeza das formas, conferência da
armadura e se as instalações que deverão ser embutidas, como tubos elétricos e hidráulicos,
estão devidamente posicionadas.

O engenheiro deve acompanhar todas as etapas como: etapa de lançamento, adensamento e


cura do concreto. Somente pessoas especializadas e com conhecimento técnico em
engenharia podem definir o que fazer e o que não fazer durante uma concretagem. Qualquer
erro durante os processos ou mal execução pode acarretar problemas como fissuras, trincas e
nos casos mais graves, as patologias podem causar até o desabamento da estrutura.

Materiais utilizados:

 Concreto
 Régua de alumínio
 Pá e enxada
 Girica, balde, carrinho de mão
 Vibrador de imersão
 Régua vibratória e metálica
 EPI’s
 Moldes para corpos de prova
 Teste de slump

Método executivo

Concretagem de pilar:

 Lavar as formas antes da concretagem.


 Para pilares acima de 3,50 metros, devem ser abertas janelas nas formas para executar
a concretagem em etapas de 2,50 metros. Se o diâmetro do pilar permitir a descida do
vibrador dentro da forma, o mesmo poderá ser executado.
 Concretar em camadas com espessura aproximada de 3/4 do comprimento da agulha

do vibrador. Essa recomendação é válida também para cortinas e muros de arrimo.


 Para garantir a aderência entre o aço e o concreto, nunca vibre a armadura. Da mesma
forma, deve-se evitar vibrar as formas, para garantir sua integridade e
reaproveitamento.
 Após a conclusão dos pilares, conferir novamente o prumo.
Concretagem de vigas e lajes:

 Lavar as formas da laje antes da concretagem.

 Lançar o concreto o mais próximo de sua posição final para evitar acúmulo de concreto
em um único ponto, o que sobrecarregará o escoramento.

 Verificar, no momento do lançamento, se não ocorrem deslocamento da ferragem e


outros elementos.

 Espalhar o concreto com auxílio de pás e enxadas.

 Para garantir a aderência entre o aço e o concreto, nunca vibre a armadura. Da mesma
forma, deve-se evitar vibrar as formas, para garantir sua integridade e
reaproveitamento.

 Sarrafear o concreto entre as mestras definidas com auxílio do nível a laser e, em


seguida vibrar com a régua vibratória.

 Executar o acabamento final de acordo com o especificado em projeto.

 Realizar a cura úmida tão logo a superfície permita (secagem ao tato), molhando as
peças por um período mínimo de três dias consecutivos, para que a superfície das
peças permaneça sempre úmida.

Controle tecnológico: toda concretagem deve coletar amostras para o controle tecnológico ,
para calcular a resistência do concreto, caso o valor seja abaixo do especificado no projeto o
engenheiro deve ser consultado para determinar o que pode ser feito.
TIPOS DE CONCRETAGEM

 Concreto de cimento Portland: Material formado pela mistura homogênea de


cimento, agregados miúdo e graúdo e água, com ou sem a incorporação de
componentes minoritários (aditivos químicos, pigmentos, metacaulim, sílica ativa e
outros materiais pozolânicos), que desenvolve suas propriedades pelo endurecimento
da pasta de cimento (cimento e água).
 Concreto convencional: é o concreto mais utilizado em obras. Pode ser utilizado
diretamente no solo, para fundações, ou ser lançado em fôrmas, para lajes e pisos. A
mistura deve ser feita com vibrador, para garantir o adensamento correto da mistura.
A resistência pode variar de 10 a 40 Mpa.

 Concreto bombeável:  bem parecido com o concreto convencional, só que mais fluido.
Por ser mais fluido, é possível realizar sua colocação via bombeadoras. A tubulação
pode variar de 3 a 5,5 polegadas de diâmetro, indo do caminhão betoneira ao local da
aplicação final. Para chegar na fluidez necessária, aumenta-se o fator água, diminuindo
a granulometria do agregado. Um aditivo pode ser aplicado para chegar às
características necessárias.

 Concreto armado: o concreto armado é o mais comum em nosso dia a dia. A


diferença do convencional é a presença de armaduras de barras de aço, responsáveis
por garantir ao concreto resistência a flexão e tração.
 Concreto protendido: A técnica consiste em inserir cabos de aço de alta resistência
no concreto – processo chamado ancoramento – com aplicações de tensões de
compressão nas partes tracionadas pelas solicitações dos carregamentos. A
compreensão prévia realizada na peça que venha a ser concretada permite um melhor
desempenho da estrutura. Oferece boa capacidade para a estrutura resistir aos
esforços de flexão. Assim, o concreto protendido possibilita a construção de vãos livres
um pouco maiores que os do concreto armado convencional. Os vãos podem ser ainda
muito maiores se a técnica for utilizada em conjunto com uma a estrutura em laje
nervurada ao invés de maciça.

 Concreto leve: concreto leve possui maior porosidade em seus agregados, que gera
um maior uso de água e riscos de segregação. A mistura é mais utilizada em peças pré-
moldadas, fabricação de blocos, regularização de superfícies e enchimento de lajes.
Este tipo de concreto oferece baixo custo, baixa permeabilidade e redução de peso das
estruturas, o objetivo deste concreto é diminuir a massa específica, não a resistência.
 Concreto celular:  concreto celular tem massa específica entre 300 kg/m³ a 1.850
kg/m³. A diferença para os outros concretos leves é que o celular é obtido por um
aditivo especial de espuma. Esse produto é muito usado em paredes, divisórias e
nivelamento de pisos.

 Concreto pré-fabricado: são produzidos industrialmente, fora da obra. Assim, as peças


são apenas encaixadas no local de execução da laje. A estrutura torna a obra mais ágil,
já que as peças podem ir sendo fabricadas na medida em que surge a necessidade de
uso.

 Concreto de alta resistência inicial: essa qualidade por meio do uso de aditivos
especiais que garantem grande resistência em pouco tempo, agilizando obras e
atendendo a situações de emergência. O material é usado em indústrias de pré-
fabricados, estruturas protendidas, entre outras situações.
 Concreto pesado: utiliza agregados de maior massa específica para atingir valores
superiores a 2.800 kg/m³. Esses materiais podem incluir hematita, magnetita e a
barita. Esse concreto é muito utilizado na construção de câmaras de raios-x ou gama e
ambientes que lidam com energia atômica, como usinas, por exemplo. Os agregados
ajudam na proteção contra a radiação.

 Concreto projetado ( jateado ): conta com aditivos que geram maior aderência,
geralmente utilizados em encostas para evitar deslizamentos, é aplicado via
mangueiras de ar comprimido.

 Concreto auto adensável: é utilizado quando há necessidade de alta fluidez, como


concretagem de peças armadas, estruturas pré-moldadas, fôrmas em alto relevo e
acabamentos em concreto aparente. Seu aspecto físico é obtido pela ação de aditivos
super plastificantes que facilitam o bombeamento. Ele ainda conta com a vantagem de
se auto nivelar, eliminando a necessidade de vibradores e equipe envolvida na
concretagem. Contudo, suas propriedades são de menor homogeneidade, resistência
e durabilidade.

 Concreto de Alto Desempenho: é utilizado em obras que demandam elevada


resistência e durabilidade. Ele se usa de aditivos especiais para diminuis os índices e
porosidade e permeabilidade. Assim, as estruturas se tornam mais resistentes a ação
de cloretos, sulfatos, gás carbônico e maresia.

 Concreto rolado: é usado principalmente como base inferior em obras como pisos de
estacionamento e barragens. Como o nome indica, a aplicação é realizada com a
compactação via rolos compressores, devido aos baixos consumos de cimento e
trabalhabilidade.

Você também pode gostar