Desigualdades Sociais Texto Resumo
Desigualdades Sociais Texto Resumo
Desigualdades Sociais Texto Resumo
Texto resumo
“Algumas pessoas conseguem mais do que outras nas sociedades – mais dinheiro, mais
prestígio, mais poder, mais vida, e tudo aquilo que os homens valorizam. Tais desigualdades
criam divisões na sociedade – divisões com respeito a idade, sexo, riqueza, poder e outros
recursos. Aqueles no topo dessas divisões querem manter sua vantagem e seu privilégio;
aqueles no nível inferior querem mais e devem viver em um estado constante de raiva e
frustração [...]. Assim, a desigualdade é uma máquina que produz tensão nas sociedades
humanas. É a fonte de energia por trás dos movimentos sociais, protestos, tumultos e
revoluções. As sociedades podem, por um período de tempo, abafar essas forças separatistas,
mas, se as severas desigualdades persistem, a tensão e o conflito pontuarão e, às vezes,
dominarão a vida social.
TURNER, Jonathan H. Sociologia: Conceitos e aplicações. São Paulo: Pearson, 2000. p. 111. (Adaptado).”
A pobreza e a desigualdade são construções sociais que se desenvolvem e consolidam a partir
de estruturas, agentes e processos que lhes dão forma histórica concreta. Os países e regiões
da América Latina moldaram, desde os tempos coloniais até nossos dias, expressões desses
fenômenos sociais que, embora apresentem as peculiaridades próprias de cada contexto
histórico e geográfico, compartilham um traço em comum: altíssimos níveis de pobreza e
desigualdade que condicionam a vida política, econômica, social e cultural. O conceito de
construção é praticamente similar ao de produção, sendo utilizado aqui para enfatizar que a
pobreza é o resultado da ação concreta de agentes e processos que atuam em contextos
estruturais históricos de longo prazo.”
(Produção de pobreza e desigualdade na América Latina. Antonio David Cattani, Alberto D. Cimadamore (orgs.) ;
tradução: Ernani Ssó. — Porto Alegre : Tomo Editorial/Clacso, 2007, p. 07.)
O ambiente humano e o ambiente natural degradam-se em conjunto; e não podemos
enfrentar adequadamente a degradação ambiental, se não prestarmos atenção às causas que
têm a ver com a degradação humana e social. De fato, a deterioração do meio ambiente e a da
sociedade afetam de modo especial os mais frágeis do planeta: “Tanto a experiência comum
da vida quotidiana como a investigação científica demonstram que os efeitos mais graves de
todas as agressões ambientais recaem sobre as pessoas mais pobres”. Por exemplo (...), a
poluição da água afeta particularmente os mais pobres que não têm possibilidades de comprar
água engarrafada, e a elevação do nível do mar afeta principalmente as populações costeiras
mais pobres que não têm para onde se transferir. O impacto dos desequilíbrios atuais
manifesta-se também na morte prematura de muitos pobres, nos conflitos gerados pela falta
de recursos e em muitos outros problemas que não têm espaço suficiente nas agendas
mundiais. (Enciclica Laudato)
Apud http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-
laudato-si.html