Gálatas (Moody)
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Introdução
Esboço
Capítulo 1 Capítulo 3 Capítulo 5
Capítulo 2 Capítulo 4 Capítulo 6
INTRODUÇÃO
ESBOÇO
I. Introdução. 1:1-9.
A. Saudação. 1:1-5.
B. O tema da epístola. 1:6-9.
II. O apostolado de Paulo defendido. 1:10 - 2:21.
A. Um apostolado especial confirmado. 1:10-17.
B. Falta de contato precoce com os apóstolos em Jerusalém.
1:18-24.
C. Ausência de contato posterior para inquirir seu apostolado
ou acrescentar algo ao seu evangelho. 2:1-10.
D. Sua autoridade independente vindicada no encontro com
Pedro em Antioquia. 2:11-21.
III. O evangelho de Paulo exposto. 3:1 – 4:31.
A. O argumento da experiência (dos gaiatas). 3:1-5.
B. O argumento das Escrituras (o caso de Abraão). 3:6-9.
C. O argumento da Lei. 3:10 – 4:11.
1. A maldição da Lei, da qual Cristo deve libertar. 3:10-14.
2. A inviolabilidade da aliança da promessa e sua prioridade
sobre a Lei. 3:15-18.
3. O propósito da Lei - temporário em sua permanência e
negativo em sua operação. 3:19-22.
Gálatas (Comentário Bíblico Moody) 5
4. Filiação não é através da Lei mas através da fé. 3:23 – 4:7.
5. Um apelo a que não retomem à escravidão. 4:8-11.
D. O argumento da recepção pessoal pelos gálatas. 4:12-20.
E. O argumento da aliança da promessa. 4:21-31.
IV. O evangelho de Paulo praticado. 5:1 – 6:15.
A. O Evangelho praticado em liberdade. 5:1-12.
B. O Evangelho praticado em amor. 5:13-15.
C. O Evangelho praticado em Espírito. 5:16-26.
D. O Evangelho praticado em serviço. 6:1-10.
E. O Evangelho praticado em separação do mundo. 6:11-15.
V. Conclusão. 6:16-18.
A. Oração final. 6:16.
B. Testemunho final. 6:17.
C. Bênção. 6:18.
COMENTÁRIO
Gálatas 1
I. Introdução. 1:1-9.
A. Saudação. 1:1-5.
A estrutura convencional da arte de escrever cartas foi aqui
utilizada, mas acima do vulgar, pois o autor era um apóstolo com
autoridade recebida da Deidade, e ele se dirigia àqueles que pela graça
foram libertos deste século presente. Eles, também, não eram homens
comuns, pois eram cristãos.
1. Apóstolo. O significado de enviado não será suficiente aqui.
Todos os crentes têm tal encargo. Paulo prossegue defendendo sua
autoridade especial de mestre cristão, organizador de igrejas,
disciplinador e retificador de falsas doutrinas. Não da parte de homens,
nem por intermédio de homem algum. O não negativo estabelece o
Gálatas (Comentário Bíblico Moody) 6
tom da epístola; é uma polêmica, uma denúncia do erro a fim de colocar
a verdade em posição mais vantajosa. Se os judaizantes tinham algum
apostolado, era humano. O de Paulo não era. Tinha fonte mais elevada.
Não era também por algum homem. Nenhuma pessoa, apóstolo ou outro,
fora mediador na autoridade de Paulo (cons. 1:12). Em vez disso veio
pela intervenção de Jesus Cristo em sua vida. O contraste torna Cristo
mais do que um homem. Por trás dEle e em igualdade com Ele está Deus
Pai, apresentado aqui como Aquele que ressuscitou a Cristo dentre os
mortos. O Cristo ressurreto foi quem apareceu a Paulo, e o fez um
apóstolo.
2. A identidade dos irmãos que estavam com Paulo é desconhecida.
Para localização das igrejas da Galácia, veja Introdução.
3. Graça... e paz são dons gêmeos concedidos por Deus, nunca
invertidos em sua ordem. O favor divino recebido torna possível uma
vida de plenitude e harmonia com Deus e os crentes em geral. Essas
bênçãos vêm do Senhor Jesus Cristo como também de Deus Pai.
4,5. O qual se entregou a si mesmo. Um ato com finalidade,
puramente voluntário. Pelos nossos pecados. Pelos (hyper) é geralmente
usado em relação às pessoas beneficiadas pela obra de Cristo (cons.
3:13). O pecado pessoal não é a única barreira entre Deus e o homem. O
homem precisa ser libertado de toda sua posição neste mundo perverso.
O Evangelho não é uma mensagem de melhoramentos mas de libertação.
Mundo é uma palavra temporal e não se refere à natureza ou ao homem
como tais, mas às circunstâncias da vida humana, corrompidas como
estão pelo pecado e dominadas por Satanás, o deus deste século (II Co.
4:4). Cristo, em Sua obra redentora, agiu. em conjunto com Deus, de
acordo com Sua vontade (cons. II Co. 5:19). A Deus pertence a glória, o
louvor dos santos, para todo o sempre. Sem afirmar a divindade do Filho,
o apóstolo apresenta a verdade dela ligando Cristo com o Pai na vocação
apostólica, no dom da graça e paz e na consecução da salvação.
Gálatas (Comentário Bíblico Moody) 7
B. O Tema da Epístola. 1:6-9.
Em vez de dar graças a Deus por seus leitores, Paulo expressa seu
espanto diante da deserção deles. Não enuncia nenhuma bênção, mas em
lugar disso prefere com veemência um anátema de advertência.
6. Estejais passando. Eles mudaram de posição, negando assim os
próprios termos da vocação divina para a filiação, a qual é na graça de
Cristo. Tão depressa. Provavelmente não uma referência à conversão
recente, pois os convertidos há pouco tempo são os mais propensos a
serem influenciados por falsas doutrinas. Se isto for interpretado
temporariamente, significa tão logo depois que os falsos mestres
começaram a sua obra, ou tão logo após o apóstolo deixar os gálatas.
Talvez esteja-se falando aqui da maneira – tão prontamente, com tal
submissão e sem resistência. O afastamento ainda estava se processando,
e portanto não tinha se completado. Havia ainda esperanças de inverter a
maré. Mas a seriedade da deserção está indicada. Estavam se afastando
de Deus, que os chamou à graça, para um outro, isto é, um evangelho
diferente. Paulo usa evangelho a título de concessão. Na verdade não há
um outro, um segundo evangelho que alguém possa escolher e ainda
manter a mensagem divina da salvação eterna.
7. Enquanto a responsabilidade da deserção pertencia aos gaiatas
(estejais passando), a explicação para isso encontra-se em outra parte,
naqueles que os perturbavam (cons. Atos 15:24), isto é, os mestres
judaizantes que desejavam perverter o Evangelho mudando-o em algo
bem diferente. Mas não lhes pertencia para que o alterassem, pois era o
evangelho de Cristo. O privilégio de proclamá-lo não inclui o direito de
mudá-lo.
8. Mas, diz Paulo, ainda que nós (o plural editorial aqui se refere a
Paulo, o menos provável na terra de mudá-lo, por causa das
circunstâncias de sua chamada) ou um anjo vindo do céu (que ainda
menos provavelmente alteraria qualquer mensagem divina; cons. Mt.
6:10), proclamasse ser o Evangelho algo contrário à palavra entregue por
Gálatas (Comentário Bíblico Moody) 8
nós na Galácia, devia se tornar anátema, amaldiçoado por Deus (cons. I
Co. 16:22).
9. Paulo já pronunciara essa advertência quando estivera entre as
igrejas da Galácia. Nesta carta ele o faz de novo. Ele era um zeloso
guardião da dureza do Evangelho. Ao reiterar sua forte declaração, o
apóstolo muda do modo subjuntivo da possibilidade para o modo
indicativo da realidade - se algum homem está pregando um evangelho
diferente (como os judaizantes estão), que seja anátema.
Gálatas 3
A. O Argumento da Experiência (dos Gálatas). 3:1-5.
Aqui o apóstolo declara que a experiência dos seus leitores,
começando com a fé em Cristo crucificado e confirmado pelo dom do
Espírito Santo, fica inteiramente fora da esfera da Lei. Iriam eles agora
Gálatas (Comentário Bíblico Moody) 19
renunciar à perfeição da provisão divina, ele pergunta, pela loucura de
seus próprios esforços?
1. Eles deviam estar fascinados, vítimas de alguma feitiçaria (cons.
1:7). À vista de sua dramática pregação do Cristo crucificado quando
estivera entre eles (cons. I Co. 1: 23; 2:2), sua mudança de atitude
parecia estranha. Teriam eles se esquecido de sua primeira e viva
impressão?
2,3. Depois de aceitar a Cristo viera o dom do Espírito (cons. Gl.
4:4-6; Ef. 1:13), de modo nenhum baseado na guarda da lei como um
esforço da carne (cons. Gl. 5:18, 19).
4. Sofrestes provavelmente não se refere à perseguição ou ao peso
da guarda da lei, mas foi usado no bom sentido – experimentado. Esta
interpretação está favorecida pela subseqüente menção do Espírito no
versículo seguinte.
5. A obra ativa do Espírito que opera milagres, tal como a sua
vinda aos corações dos gaiatas, não dependia de obras mas da pregação
da fé, isto é, da aceitação pela fé da mensagem do Evangelho pregada
entre eles.
Gálatas 4
4:1-7. A tensão aqui está entre as palavras escravo e filho.
1. Digo, isto é, explico. O sujeito não mudou. O herdeiro, até que
atinja a maturidade, é tratado como um escravo.
2. Existem aqueles que o dirigem e controlam os tutores
(guardiões) e os curadores (administradores) - até que esteja livre para
possuir sua herança no tempo determinado pelo testamento de seu pai.
Gálatas (Comentário Bíblico Moody) 25
3. A aplicação começa aqui. Os dias da infância foram o período do
controle da Lei, quando estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos
do mundo. Ele aqui não se refere aos elementos físicos, como em II Pe.
3:10,12, nem aos corpos celestes, nem aos espíritos elementares que os
antigos consideravam associados a esses corpos (jamais Paulo teria
concordado que serviria tais espíritos quando vivera sob a Lei). São os
elementos rudimentares, porque pertencem à religião legalista do
Judaísmo, e não ao Cristianismo, a fé mais adulta e mais espiritual. Esta
maneira de encarar o assunto está confirmada pelo uso da palavra
rudimentos em Gl. 4:9.
4,5. A plenitude do tempo corresponde ao "tempo determinado
pelo pai" (4:2). Dá a entender que a obra disciplinar e preparatória da Lei
exigia um longo período. Seu Filho. A maneira apropriada de trazer
muitos filhos à glória. Verdadeira filiação é impossível até que o Filho
por excelência apareça. Aqui se sugere a pré-existência. Nascido de
mulher. Isto não é menção ao nascimento virginal (Mt. 11:11). A
argumentação de Paulo exige um destaque à semelhança de Cristo
conosco, não à dessemelhança. Através do Seu nascimento Ele penetrou
em nossa humanidade.
Nascido sob a lei. Circuncidado, apresentado, criado nos termos
exigidos pela Lei, cumprindo toda a justiça. Foi necessário que Ele
guardasse a Lei perfeitamente a fim de resgatar Seu povo da escravidão
e maldição da Lei e para Lhe assegurar a adoção de filhos. O privilégio
lhes veio como um dom da graça e não como um resultado de um longo
período de tutela sob a Lei.
6,7. Esta aceitação foi confirmada pelo testemunho do Espírito,
chamado aqui de Espírito de seu Filho, uma vez que sua missão é
completar e aplicar a obra do Filho. Ele gera no crente a certeza da
aceitação divina pelo Seu testemunho no coração. Paulo usa Aba, a
palavra aramaica para pai, seguida pelo equivalente grego (cons. Mt.
14:36; Rm. 8:15, 16). A filiação exclui a servilidade e inclui a posição de
Gálatas (Comentário Bíblico Moody) 26
herdeiro. O Espírito Santo é a garantia dessas bênçãos futuras (cons. Ef.
1:13, 14).
Gálatas 5
A. O Evangelho Praticado em Liberdade. 5:1-12.
A recusa de se submeter à circuncisão foi o primeiro sinal do gozo
desta liberdade.
1. Para a liberdade foi que Cristo nos libertou é a declaração do
fato pelo apóstolo, acompanhado do apelo a que permaneçam nessa
liberdade e que não se envolvam novamente com a escravidão. Sob um
certo aspecto é mais fácil viver tomo escravo do que fazer uso adequado
la liberdade (por exemplo, Israel no deserto desejando retornar ao Egito).
2-4. É preciso escolher, diz Paulo, entre Cristo e a circuncisão. Ele
não diz isso dos judeus (cons. Atos 21:21), mas dos gentios, que não têm
antecedentes relacionados com a circuncisão. O caso destes o rito só
poderia significar uma tentativa deliberada de alcançar um mérito pela
adoção de uma posição legalista, buscando a justificação pelas obras. No
Gálatas (Comentário Bíblico Moody) 30
começo, a circuncisão não tinha tal implicação, pois com Abraão foi um
sinal e selo da justificação que ele já tinha obtido pela fé (Rm. 4:11).
Mas no decorrer do tempo, ela se transformou em um símbolo de mérito.
Sendo assim, Cristo não poderia beneficiar-se do recipiente da
circuncisão, que na verdade se colocou sob a obrigação de guardar toda a
lei, tendo em vista a justificação como resultado. Aceitar a circuncisão
significava abandonar o terreno da graça em Cristo (da graça decaístes)
em favor da autojustificação que é inferior e impossível. O verdadeiro
crente permanece na graça (Rm. 5:2).
5. Enquanto o legalista se atola na insegurança – pois ele não sabe
quando fez o suficiente para satisfazer o padrão da justiça divina –
aqueles que estão justificados pela fé, que têm o Espírito como penhor
de sua aceitação para com Deus, esperam confiantemente pela fé a
consumação (a esperança da justiça) na glória (cons. Rm. 8:10, 11).
6. Tendo demonstrado o longo alcance da fé na esperança, o
apóstolo indica seu alcance no amor. Em Cristo ninguém tem vantagem
por possuir a circuncisão; nem falta alguma coisa a quem não a tem. Cl
que conta é o amor, que resume em si tudo o que a Lei exige (Rm. 13:9,
10). Justificar a fé não exclui esta consideração importante sobre o amor.
Pelo contrário, a fé, operando através do amor, é apenas o meio viável
pelo qual as exigências da Lei podem ser cumpridas.
7-10. O progresso espiritual dos gálatas fora impedido. Alguém
perturbara esses convertidos afastando-os da verdade. Em outro lugar
(1:7; 5:12) fala-se de um grupo de agitadores legalistas; aqui, entretanto,
fala-se de um indivíduo, presumivelmente o líder. Esta propaganda não
emanara dAquele que os chamara e lhes dera o impulso para a corrida
(cons. 1:6). Os leitores tinham sido enganados dando ouvidos a uma
falsa doutrina. E que nenhum deles alegasse que Paulo estava
exagerando, que estava fazendo muito alarde com os problemas na
Galácia. Um provérbio serviria para enfatizar a loucura deles. Um pouco
de fermento leveda toda a massa. Talvez os que realmente se
converteram ao legalismo fossem poucos até o presente momento. Não
Gálatas (Comentário Bíblico Moody) 31
obstante, os crentes deviam estar em guarda para que o erro não se
espalhasse. Se fosse honestamente enfrentado, poderia ser impedido.
Paulo tinha confiança em uma resolução feliz da dificuldade, não com
base nos seus convertidos ou em seu próprio ministério, mas no Senhor.
Não obstante, uma reviravolta favorável nos acontecimentos não
aliviaria a responsabilidade daquele que estava desviando o rebanho.
Sofrerá a condenação.
11,12. "Alguns poderão argumentar," diz Paulo, "que eu sou
inconsistente em falar contra a circuncisão". Era sabido, por exemplo,
que ele circuncidara Timóteo (Atos 16:3). Mas esse foi um caso especial,
pois o jovem era meio judeu, a quem o pai, um grego, não circuncidara.
Se Timóteo andasse com Paulo por aí nessas condições, teria despertado
uma oposição desnecessária entre os judeus. Nenhum princípio fora
violado nessa circuncisão particular. A prova de que Paulo não pregava a
circuncisão estava no fato de que continuava perseguido (pelos judeus).
Se ele circuncidasse os gentios, esses mesmos judeus olhariam para ele
de maneira mais amigável. Mas se ele pregasse a circuncisão, o
escândalo da cruz estaria desfeito até onde o seu ministério estava
envolvido. A graça envolve a incapacidade do homem de participar na
sua própria salvação. Esta verdade se opõe ao orgulho humano. Paulo
não se escandaliza com a cruz mas com aqueles que vos incitam à
rebeldia (E.R.A.) – que vos andam inquietando (E.R.C.). Sua
indignação levou-o a fazer uma forte declaração: Eu quereria que
fossem cortados (E.R.C.), ou melhor, que se mutilassem. Como um
homem emasculado perde o poder de propagação, assim esses agitadores
seriam reduzidos à impotência de propagar sua falsa doutrina. Esse é o
fervente desejo ao qual o apóstolo Paulo dá vazão aqui.
Gálatas 6
D. O Evangelho Praticado no Serviço. 6:1-10.
Gálatas (Comentário Bíblico Moody) 36
Os cristãos têm ainda uma lei a cumprir, a lei de Cristo. Só podem
cumpri-la no poder do Espírito, quando se servem mutuamente na
comunhão da Igreja.
1-5. Alguém. Algum homem com paixões como as de vocês e
portanto sujeito à queda. For surpreendido, apanhado em flagrante.
Falta deveria ser uma palavra mais forte (cons. Rm. 5:15). Um santo que
cometeu pecado necessita de restauração como também de perdão
divino. Aquele que está qualificado a ajudá-lo é o espiritual, isto é, que
possui em um notável grau o fruto do Espírito, especialmente o amor
(5:22) pelo irmão em dificuldade e também mansidão (5:23), uma vez
que ele também pode um dia cair no mesmo pecado e necessitar da
mesma disposição amorosa. Um verdadeiro espírito de ajuda também
deveria ser predominante em outros assuntos – levai as cargas uns dos
outros (contraste com Lc. 11:46). A lei de Moisés foi descrita como
sendo uma carga (Atos 15:10), mas a lei de Cristo não é assim (I Co.
5:3). Seu fardo é leve (Mt. 11:30). Isso deixa livre o discípulo para
ministrar ao seu próximo (Mc. 10:43-45). A advertência no final de Gl.
6:1 vai até 6:3. A superavaliação do ego leva ao logro. Que um homem
examine suas próprias obras. Se encontrar nelas alguma satisfação, então
terá motivo de gloriar-se unicamente em si. Seus sentimentos serão de
gratificação e satisfação e não de orgulho e superioridade sobre seus
irmãos. Melhor que cada um se avalie imediatamente, preparando-se
para o julgamento que o Senhor fará naquele dia quando cada um
levará o seu próprio fardo. Ele será tido responsável pela sua própria
vida e obra (Rm. 14:12).
6-10. Aqui o pensamento retorta ao levar das cargas uns dos outros,
mas no setor específico da contribuição para o sustento da obra cristã
(cons. lI Co. 11:9; lI Ts. 3:8).
6. Faça participante, isto é, divida com outrem. Aquele que é
instruído na palavra reparte os seus bens materiais com aquele que o
ensina. Desse modo ele participa da obra do Senhor. Esse é o plano
divino. Que se tenha o cuidado de não deixá-lo de lado.
Gálatas (Comentário Bíblico Moody) 37
7. De Deus não se zomba. A palavra que foi traduzida para zomba
é levantar o nariz, assumir ares importantes. Nenhum homem pode com
sucesso fazer pouco caso de Deus ou fugir dos seus decretos, pois "tudo
o que o homem semear, isso também ceifará" – é a imutável lei da vida
(cons. II Co. 9:6 numa associação semelhante).
8. Um cristão egoísta semeia para a sua própria carne, gastando
seus recursos para gratificação de seus próprios desejos pessoais. Ele só
pode esperar ceifar a corrupção. Aquilo que poderia ter produzido
recompensa pelo investimento no trabalho do Senhor não resultará em
nada más que uma massa deteriorada, uma perda completa em termos de
eternidade. Por outro lado, correspondendo ao Espírito em amor e
bondade, e participando alegremente na expansão do Evangelho com o
sustento de obreiros cristãos, os crentes estarão aumentando os lucros ao
capital da vida eterna. Esta passagem dá margem a uma aplicação mais
ampla, de acordo com o caráter proverbial da declaração do versículo 7.
Mas carne e Espírito são era primeiro lugar aplicados ao crente (cons.
5:17, 24, 25), de acordo com o contexto imediato.
9. O assunto específico da contribuição leva naturalmente ao exame
do tema mais generalizado da prática do bem, o que por implicação é
uma sementeira. A pessoa pode esmorecer se espera ver a colheita
imediatamente.
10. Duas esferas da beneficência cristã foram sugeridas – a todos e
aos da família da fé. O último grupo é obrigação especial
(principalmente) dos filhos de Deus. Se alguém negligenciar o cuidado
dos seus (e os crentes são a família de Deus), ele é pior do que um
incrédulo (I Tm. 5:8).
C. A Bênção. 6:18.
Esta palavra final, com a ênfase sobre a graça, resume a mensagem
da epístola como um todo. Nada poderia ser mais apropriado.