Relatório 5
Relatório 5
Relatório 5
Físico-Química Experimental
Ribeirão Preto/SP
29/01/2021
1. Objetivo
2. Descrição do experimento
𝑊
𝜌= (Equação 1)
𝑉
𝑊0 −𝑊𝑒
0,997044 𝑔/𝑐𝑚3 = (Equação 1-A)
𝑉
Em seguida, preparou-se 100 mL de uma solução 3,000 mol/L de NaCl, e a partir de sua
diluição, obteve-se 100 mL de quatro outras soluções, a 1,500 mol/L, 0,7500 mol/L, 0,3750
mol/L e 0,1875 mol/L.
Para a determinação da densidade da solução aquosa de cloreto de sódio, preencheu-se o
picnômetro seco com cada uma das soluções preparadas e então registrou-se a massa do sistema
picnômetro + solução (W). Cada medida foi realizada em triplicata. Aplicando novamente a
equação 1, determina-se a densidade de cada solução:
𝑊𝑠𝑜𝑙𝑢 çã𝑜 𝑊− 𝑊𝑒
𝜌𝑠𝑜𝑙𝑢 çã𝑜 = = (Equação 1-B)
𝑉 𝑉
A partir desses valores é possível determinar o volume molar parcial do cloreto de sódio em
solução. Para isto, é necessário inicialmente converter a concentração das soluções para seus
valores de molalidade (m), a partir da equação 2:
1
𝑚= 𝑑 𝑀𝑀𝑁𝑎𝐶𝑙 (Equação 2)
𝑀
− 1000
0 𝑚 𝑚 𝑑ø
𝑉á𝑔𝑢𝑎 = 𝑉á𝑔𝑢𝑎 − (Equação 5)
55,51 2 𝑑 𝑚
Como o segundo termo é zero, pois não há variação do volume da mistura em condições
ideais, considera-se que o volume molar de excesso é igual a variação do volume da mistura.
∗
Portanto, o volume molar de excesso pode ser determinado pela equação 7. O termo 𝑉𝑁𝑎𝐶𝑙
corresponde a 15,40711 mL/mol.
∗
𝑚 𝑀𝐻 2 𝑂 ø𝑁𝑎𝐶𝑙 − 𝑉𝑁𝑎𝐶𝑙
𝑉𝐸 = 𝛥𝑉𝑚𝑥𝑔 = (Equação 7)
1000 + 𝑚 𝑀𝐻 2 𝑂
3. Resultados e Discussão
Aplicando a equação 1-A com o valor médio das massas obtidas, obtém-se o volume do
picnômetro:
(90,4296 𝑔 − 35,9806 𝑔)
(0,997044 g/cm³) = ⇒ V = 54,6104 cm³ = 54,6104 mL
𝑉
60,8152 𝑔
𝜌== = 1,11362 𝑔/𝑚𝐿
54,6104 𝑚𝐿
Como era esperado, as densidades das soluções são maiores do que a densidade da água
pura, devido à adição do sal.
1
m= 1,11362 𝑔/𝑚𝐿 58,44 𝑔/𝑚𝑜𝑙 = 3,197 mol/kg H2O
3,000 𝑚𝑜𝑙/𝐿
– 1000 𝑚𝐿/𝐿
A partir destes valores, aplica-se a equação 3 para a obtenção do volume molar aparente
(ø) do NaCl, conforme exemplificado abaixo para a solução de NaCl 3,000 mol/L. A tabela 3
também registra os volumes molares obtidos para cada solução.
A partir dos dados da tabela 3, construiu-se o gráfico da Figura 1, de volume molar aparente
(mL/mol) versus 𝑚 (mol/kg do solvente). Para a construção deste gráfico, foi necessário
desconsiderar os dados para a solução de 0,1875 mol/L, que se desviaram muito do
comportamento esperado.
Com a exclusão do primeiro ponto do gráfico, observa-se uma linearidade nestes dados,
uma vez que a equação 4 mostra que o volume molar parcial de NaCl aumenta de forma
proporcional à raiz da molalidade, obtendo-se uma equação da reta y = 1,929 x + 13,76.
Em comparação com a equação 4, o coeficiente linear (13,75) corresponde a ø0𝑁𝑎𝐶𝑙 e o
coeficiente angular (1,929) corresponde a 3 2 . 𝑑ø 𝑑 𝑚 . Portanto:
ø0𝑁𝑎𝐶𝑙 = 13,76
3 𝑑ø 𝑑ø
= 1,929 ⇒ = 1,286
2𝑑 𝑚 𝑑 𝑚
17,5
y = 1,929x + 13,76
17,0
R² = 0,980
16,5
ø (mL/mol)
16,0
15,5
15,0
14,5
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
𝒎 (mol1/2.kg1/2 de H2O)
Figura 1. Gráfico do volume molar aparente (ø) das soluções de NaCl versus 𝑚
3,197 3,197
𝑉á𝑔𝑢𝑎 = 18,069 𝑚𝐿/𝑚𝑜𝑙 − . 1,286 = 18,00 mL/mol
55,51 2
18,5
Volume Molar Parcial (mL/mol)
18,0
17,5
17,0
16,5
H2O
16,0
NaCl
15,5
15,0
14,5
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5
Molalidade (mol/kg H2O)
0,06
0,04
0,02
0,00
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5
-0,02
Molalidade (mol/kg H2O)
O gráfico acima mostra que quanto maior a molalidade da solução, maior é o volume de
excesso, ou seja, ocorre uma expansão do volume da mistura com o aumento da concentração
do soluto, o que indica um afastamento crescente da idealidade com o aumento da concentração,
uma vez que, em uma solução ideal, a variação molar da mistura é zero.
Esta tendência era esperada, pois conforme discussão realizada anteriormente, o volume
molar parcial da água mostrou-se praticamente constante, ou seja, a adição de soluto afeta pouco
as interações entre as moléculas do solvente e seu volume molar; enquanto o volume parcial do
NaCl aumenta com o aumento da concentração, pois cada vez menos os íons se acomodam nos
interstícios das moléculas de água.
Uma vez que o volume molar de excesso expressa a variação de volume molar da mistura,
se o volume molar do solvente permanece constante e o volume molar do soluto aumenta,
portanto espera-se que a variação de volume da mistura aumente com o aumento da
concentração.
O volume molar de excesso negativo para a solução de concentração 0,3750 mol/L indica
que a variação molar da mistura foi negativa, ou seja, que o volume total da mistura é menor
que o volume de seus componentes separadamente. Por se tratar de uma solução mais diluída, é
possível que este resultado ocorra devido à acomodação dos íons entre as moléculas de água de
maneira a reduzir o volume da solução, assim como em uma mistura de água e etanol.
Porém, como os dados da solução mais diluída apresentam um grande desvio em relação
aos dados das demais soluções, é incerto dizer apenas com este experimento que esta segunda
solução mais diluída apresenta de fato um volume de excesso negativo, podendo apenas ser
resultado de erros experimentais.
4. Conclusão
Measurement of Partial Molar Volumes. In: CHEM 331L, Physical Chemistry Laboratory
Revision 2.0, p. 1–11.
Experiment 9 – Partial Molar Volume. In: GARLAND, C. W.; NIBLER, J. W.; SHOEMAKER,
D. P. Experiments in physical chemistry, 8. ed. Boston: McGraw-Hill Higher Education,
2009, p. 172-178.
IMAI, T. Molecular theory of partial molar volume and its applications to biomolecular
systems. Condensed Matter Physics 2007, v. 10, n. 3 (51), p. 343–36.