Juliano
Juliano
Juliano
Esta página cita fontes, mas estas não cobrem todo o conteúdo. Ajude a
inserir referências. Conteúdo não verificável poderá ser
removido.—Encontre fontes: Google (notícias, livros e acadêmico)
(Setembro de 2020)
O calendário juliano foi organizado pelo sábio Sosígenes de Alexandria, no ano 46 a.C.. O
nome é uma homenagem a Julio César, na altura pontífice máximo da República Romana, a
quem competia a tarefa de decidir quando se introduziam os meses intercalares no
calendário romano tradicional, um calendário lunissolar. A reforma do calendário juliano
entrou em vigor no dia 1 de janeiro do ano 45 a.C., tornando o calendário romano num
calendário solar, alinhado pelas estações do ano, à semelhança do calendário egípcio já
então em vigor. As principais características desta foram:
● Fixar o calendário anual em 365 dias que se designa ano comum, herança dos
astrônomos sacerdotes egípcios, que estabeleceram um ano de 365 dias, por volta
do ano 2 800 a.C.;
● Fixar o calendário anual em 12 meses, abandonando completamente o sistema de
meses intercalares, e distribuindo os dias de diferença entre o valor médio do
calendário tradicional e o novo pelos vários meses do ano, acrescentando-os em 1
ou 2 dias;
● Acrescentar 1 dia de 4 em 4 anos (4 x 6 horas = 24 horas, 1 dia), resultante da
diferença de aproximadamente 6 horas entre os 365 dias do novo calendário e o
valor médio do ano trópico de 365 dias e 6 horas, ou 365 dias e 1/4 ou 365,25 dias.
O dia a intercalar ocorria no 6º (sexto) dia (VI) antes das calendas de março ou 24
de fevereiro no nosso calendário. O dia repetido dizia-se o dia bissexto antes das
calendas de março, o que passou a identificar quer o dia assim acrescentado (dia
bissexto) quer o ano em que se fazia essa intercalação (ano bissexto). Quando se
abandonou a forma de contagem regressiva típica do calendário romano e se
passou a usar a contagem contínua dos dias do mês, do primeiro ao último dia, o dia
a acrescentar passou a ser intercalado depois do último dia do mês de fevereiro,
antes do mês de março, como ainda hoje usamos;
● O primeiro dia do ano passa a ser o dia das calendas de janeiro ou 1 de janeiro no
nosso calendário, 8 dias depois do solstício de inverno, calculado para coincidir com
o 8º dia (VIII) antes das calendas de janeiro ou 25 de dezembro no nosso calendário,
tal como as outras estações deveriam igualmente ocorrer por volta do oitavo dia
antes dos meses de abril, julho e outubro.
O calendário juliano, com as modificações feitas por Augusto, continua sendo utilizado pelos
cristãos ortodoxos em vários países. Nele, os anos bissextos ocorrem sempre de quatro em
quatro anos, enquanto no calendário gregoriano não são bissextos os anos seculares
exceto os múltiplos de 400, o que hoje acumula uma diferença para o calendário gregoriano
de 13 dias. Assim, o dia 21 de setembro de 2021 no calendário gregoriano, é dia 8 de
setembro de 2021 no calendário juliano.
Índice
● 1 Calendário Romano
● 2 Calendário juliano
○ 2.1 Ano da confusão
● 3 Nome dos meses
○ 3.1 Homenagem a Júlio César
○ 3.2 Como ficaram os meses a partir do ano 45 a.C.
○ 3.3 As mudanças de Augusto
○ 3.4 Homenagem a Augusto
● 4 Medida do ano juliano
● 5 Calendário cristão
● 6 Uso ortodoxo
● 7 Ver também
● 8 Referências
Calendário Romano
Tradicionalmente se diz que o calendário romano foi estabelecido por Rómulo à época da
criação de Roma,[carece de fontes] em 753 a.C. tinha 10 meses e totalizavam 304 dias. Foi
modificado por Numa Pompílio[carece de fontes] que o transformou para lunissolar, com doze
meses totalizando 355 dias que para manter o calendário alinhado com o ano solar se
adicionava um mês extra, mensis intercalaris, de dois em dois anos, fazendo dos anos uma
sequência irregular de 355, 377, 355, 378 dias e que ainda dependia de ajustes. A decisão
de inserir o mês extra era de responsabilidade do pontífice máximo (pontifex maximus), que
buscava manter o calendário em sincronia com os eventos sazonais de translação da Terra,
o que nem sempre era preciso.
Calendário juliano
Em 46 a.C., Júlio César, percebendo que as festas romanas marcadas para março (que era
então o primeiro mês do ano), estavam a ocorrer em pleno inverno, também pela falta da
introdução de meses intercalares nos últimos 10 anos, preparou uma profunda reforma do
calendário, seguindo de forma prática o modelo do calendário egípcio com o conselho do
astrônomo alexandrino Sosígenes.