Mercado de Ações

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 13

MERCADO DE AÇÕES

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................................1

1 MERCADO DE AÇÕES.........................................................................................2

1.1 AÇÕES...............................................................................................................2

2 SEGMENTOS DO MERCADO.............................................................................4

2.1 MERCADO PRIMÁRIO.......................................................................................4

2.2 MERCADO SECUNDÁRIO.................................................................................5

3 AGENTES DO MERCADO...................................................................................6

4 DINÂMICA DO INVESTIDOR...............................................................................8

4.1 NEGOCIAÇÃO....................................................................................................8

CONCLUSÃO.........................................................................................................10
1

INTRODUÇÃO

O mercado de ações, como é chamado, trata-se de um ambiente público, com


estrutura organizada onde negociam-se alguns títulos mobiliários, tais como:
ações e opções de ações de empresas de capital aberto, cujas transações são
intermediadas por Sociedades Corretoras, Distribuidoras e Bancos de
Investimento e são realizadas dentro da Bolsa de Valores ou Mercado de Balcão
Organizado (SOMA). A principal função da estrutura organizada é proporcionar
liquidez aos títulos emitidos pelas companhias abertas.

Os papéis listados na bolsa são provenientes de grandes empresas, na sua


maioria denominadas de ‘Sociedades Anônimas – S.A.’, tendo em algum momento
da sua existência, aberto o seu capital na bolsa de valores, sob alguns critérios
estabelecidos, ao contrário, por exemplo, de uma limitada (Ltda), que não tem o
capital listado em bolsas (capital fechado), sendo estas em sua maioria,
consideradas pequenas empresas, devido o seu porte, faturamento, dentre outros.

Via de regra, com o fenômeno das economias globalizadas e toda a estrutura


organizacional necessária, por questões de segurança, credibilidade,
confiabilidade e liquidez, as operações no mercado acionário, em sua maioria,
ocorrem por intermédio das bolsas de valores, sendo necessária da parte do
investidor, operar no mercado – comprar e vender papéis de seu interesse – por
meio de sociedades corretoras credenciadas, que fazem o elo de ligação entre o
investidor com o mercado organizado, na intermediação de suas demandas
acionárias no chamado mercado secundário (ações das Sociedades Anônimas de
capital aberto adquiridas pelo público no Mercado Primário, em negociação na
bolsa de valores, em poder de investidores).

Com a finalidade de facilitar o entendimento, possibilitando a compreensão do


tema, devido aos inúmeros termos utilizados, optou-se no presente trabalho pela
exposição dos assuntos em formato conceitual. Para tanto serão elencados os
termos em formato de tópicos, tendo em seguida o seu desenvolvimento.
2

1 MERCADO DE AÇÕES

Mercado de Ações é o segmento do mercado de capitais em que ocorre a compra


e a venda de ações das sociedades anônimas, e que tem como principal função
proporcionar liquidez aos títulos emitidos pelas companhias abertas.

1.1 AÇÕES

Ações são títulos de renda variável que representam a menor parcela do capital
social de uma empresa, emitidas por Sociedades Anônimas. Os papéis/títulos
oferecem resultados (ganhos ou perdas) ao investidor, de acordo com o
comportamento de seus preços de mercado, as condições do setor em que se
insere a empresa e a conjuntura econômica nacional e internacional.
Para fazer parte do mercado organizado, as empresas precisam abrir o seu
capital, ou seja, deixam de ser ‘limitadas’ – poucos sócios, por meio de capital
subscrito, tendo cada um a sua participação na empresa, conforme os percentuais
determinados em contrato social, que tomam decisões em conjunto ou não,
podendo ser através de procuradores ou pelo dirigente indicado, não tendo
qualquer participação externa nos negócios – e passam a empresa de capital
aberto, sob critérios estabelecidos e exigidos.

Estando a empresa listada na bolsa de valores, o investidor ao comprar uma ação,


passa a ser sócio da empresa, tendo uma participação no capital da mesma. Se a
empresa for bem, o preço da ação possivelmente subirá, se as coisas não forem
tão bem assim, o preço possivelmente cairá.

Desta forma, através do lançamento de ações, uma empresa aumenta


substancialmente o número de acionistas (sócios), obtendo recursos que talvez
não estivessem disponíveis de outra forma para investir na empresa. Do ponto de
vista do investidor, comprar ações dá a possibilidade dele se tornar um "sócio" da
empresa, investindo um valor de acordo com as suas disponibilidades.

As ações emitidas por sociedades anônimas são de dois tipos básicos:

 Ações Preferenciais – são assim chamadas porque dão preferência aos


acionistas no pagamento de dividendos e também em caso de liquidação
da empresa em relação às ações ordinárias. Isto significa que, no caso de
falência, ou outro evento que leve a empresa a ser liquidada, os
possuidores de ações preferenciais têm maiores chances de recuperar
parte de seus investimentos do que os possuidores de ações ordinárias.

 Ações Ordinárias – são aquelas que dão direito de voto ao acionista, algo
que não ocorre no caso das ações preferenciais. É importante ressaltar
que, apesar de ser um acionista e ter direito a voto, o possuidor de ações
ordinárias não é responsável pelas dívidas da empresa (algo que
normalmente ocorre em empresas de capital fechado). Assim, o pior
3

cenário que ele pode enfrentar é perder todo o capital investido, ou seja, as
perdas são limitadas.

 Além destas duas categorias básicas, empresas podem emitir outras


classes de ações. Se você analisar com cuidado as ações listadas na
Bovespa você encontrará não somente as classes ON (Ordinárias) e PN
(Preferenciais), mas também PNA, PNB, PNC, etc. Isto ocorre porque além
da distinção básica entre ON e PN, as empresas podem diferenciar as
classes de ações de acordo com critérios de distribuição de dividendos,
restrição quanto à posse de ações, etc.

Quanto à forma de emissão, as ações podem ser:

 Escriturais - Dispensam a emissão de títulos de propriedade. Circulam e


são transferidas mediante extratos dos Bancos Depositários;

 Cautelas - São títulos de propriedade unitários ou múltiplos. Na cautela tem-


se a identificação do nome da companhia, o nome do proprietário, o tipo de
ação, a forma de emissão e os direitos já exercidos. A cautela não
caracteriza a propriedade, esta só se define após a averbação no Livro de
Registro de Ações Nominativas.

Quanto à forma de negociação:

 Ações "Com" (cheias) - são ações que conferem a seu titular o direito aos
proventos distribuídos pelas empresas.

 Ações "Ex" (vazias) - são ações cujo direito já foi exercido pelo titular.

Eventos Societários:

 Bonificação - Distribuição gratuita, aos acionistas, de novas ações


decorrentes de aumento de capital por incorporação de reservas, lucros em
suspenso ou reavaliação do ativo. Excepcionalmente pode ocorrer a
distribuição de bonificação em dinheiro.

 Direito de Subscrição - É distribuído pela empresa emissora gratuitamente


ou adquirido por um preço unitário em determinada data, dando ao seu
portador o direito de subscrever (comprar) uma nova ação, dentro de um
prazo determinado, por um preço complementar, corrigido monetariamente
ou não. O acionista que não efetuar a subscrição no período estipulado
perderá seu direito e não terá restituição do valor pago antecipadamente
pelos direitos/bônus de subscrição, já que estes papéis deixam de existir,
perdendo seu valor, após o período de subscrição.

 Dividendo - Valor distribuído ao acionista como participação nos resultados


da companhia na proporção da quantidade de ações detida, apurado ao fim
4

de cada exercício social. O estatuto social de uma companhia pode


estabelecer o dividendo mínimo a ser distribuído, desde que não seja
inferior a 25% de seu lucro líquido ajustado. Caso não haja previsão no
estatuto social, o dividendo obrigatório deve corresponder, no mínimo, à
metade do lucro líquido ajustado.

 Juro sobre Capital Próprio - Forma de remuneração ao acionista da


empresa, calculado sobre o Patrimônio Líquido da empresa e limitado à
variação da TJLP - Taxa de Juros de Longo Prazo.

 Subscrição - Direito que o acionista tem de adquirir novas ações por


aumento de capital com preço e prazo predeterminados pela empresa
emissora e aprovado pela Assembléia de Acionistas.

 Grupamento (inplit) - É a redução da quantidade de ações em circulação,


sem alterar o Capital Social da Empresa, elevando o valor unitário da ação.

 Desdobramento (split) - Ocorre quando a empresa aumenta a quantidade


de ações em circulação, sem alterar o Capital Social da Empresa,
reduzindo o valor unitário para aumentar a liquidez da ação no mercado.

 Bônus de Subscrição - São títulos negociáveis emitidos pelas empresas,


dentro do limite de aumento do capital. Os bônus de subscrição conferirão
aos seus titulares direito de subscrever ações do capital social, nas
condições constantes do certificado, mediante apresentação do título. Uma
observação que se faz, é que os bônus de subscrição têm as mesmas
características dos direitos de subscrição, descritos acima, ou seja,
possuem validade e deixam de existir, perdendo seu valor, após o período
delimitado para a subscrição.

 Recibo de Subscrição - É o documento que comprova o direito de exercício


de subscrição de ações ou debêntures. São negociáveis em bolsas de
valores.

2 SEGMENTOS DO MERCADO

2.1 MERCADO PRIMÁRIO

Neste segmento de mercado ocorre a primeira colocação pública dos títulos de


uma Sociedade Anônima (S/A). Esta operação primária, chamada de
"Underwriting", é conduzida por Instituições especializadas no mercado acionário,
tais como Bancos de Investimento, Sociedades Corretoras e Sociedades
Distribuidoras, que conduzem todo o processo de lançamento das ações no
mercado. A finalidade das empresas ao recorrerem ao mercado primário, objetiva
completar os recursos de que necessitam, visando ao financiamento de seus
projetos de expansão ou seu emprego em outras atividades, já que o produto da
5

venda reverte a favor da entidade emitente. Trata-se, portanto, de um meio de


captação de recursos financeiros, cuja beneficiada é a empresa ofertante de
ações.

2.2 MERCADO SECUNDÁRIO

No chamado ‘Mercado Secundário’ são negociadas as ações das Sociedades


Anônimas de capital aberto adquiridas pelo público no Mercado Primário. Em
geral, essas negociações são intermediadas por Sociedades Corretoras,
Distribuidoras e Bancos de Investimento e são realizadas dentro da Bolsa de
Valores ou Mercado de Balcão Organizado (SOMA).

O acionista investidor também pode negociar suas ações fora das bolsas, todavia,
neste caso, haverá a exposição a vários tipos de riscos: falta de liquidez,
transparência, deságio no preço e ausência de legislação que regulamente as
transações.

Outra característica deste segmento que exige atenção do investidor, é que o


aumento ou a queda de preço das ações depende, basicamente, da reação do
mercado a fatos que estão diretamente relacionados aos negócios da empresa ou
a mudanças no cenário político e econômico.

Visto que os negócios realizados nas bolsas de valores podem ser acordados em
diferentes prazos, decorre a partir desta condição algumas peculiaridades que
caracterizam-se nos seguintes mercados:

 Mercado à Vista – Trata-se da compra ou venda, em pregão, de


determinada quantidade de ações para liquidação imediata. Os prazos para
liquidação das operações à vista são estabelecidos pela BM&FBovespa
(Bolsa de Valores Brasileira), Sociedade Operadora do Mercado de Ativos
- SOMA e pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia - CBLC.

O mercado à vista ainda divide-se em mercado de lote padrão e mercado de lote


fracionário. Naquele – lote padrão – as ações são negociadas em lotes padrão de
negociação e seus múltiplos. O lote padrão de negociação é estabelecido pela
bolsa de valores e diverge para cada empresa. Neste último – lote fracionário –
são negociadas quantidades de ações inferiores ao lote padrão de negociação, ou
seja, as ações são negociadas unitariamente. Os dois mercados possuem liquidez
e preços diferenciados, conforme a demanda dos investidores pelos papéis.

 Mercado a Termo - Nesta modalidade, as partes negociantes firmam um


contrato de compra e venda de ações para liquidação futura a um preço
pré-fixado.

 Mercado de Opções – Este mercado caracteriza-se pela negociação dos


direitos de comprar ou vender uma determinada quantidade de ações por
6

um preço preestabelecido. O exercício desse direito ocorre em data


previamente fixada pela Bolsa de Valores.

 Mercado Futuro – compreende-se nesta modalidade de mercado que as


operações de compra e venda realizada em pregão, de contratos
autorizados pela bolsa de futuros, para liquidação em data futura pré-fixada.
No mercado futuro são realizadas operações envolvendo lotes
padronizados de commodities ou ativos financeiros.

3 AGENTES DO MERCADO

O presente tópico elencará os agentes responsáveis pela dinâmica do mercado de


ações, necessários à credibilidade, transparência, confiabilidade e liquidez, visto
tratar-se de operações complexas, envolvendo companhias privadas, investidores
e acionistas locais e externos, que visam negócios confiáveis a partir das
transações de papéis acionários. Pelo fato das economias abertas estarem
globalizadas, ou seja, movimentos em determinado setor econômico em algum
país ter reflexos no mundo todo, o sistema necessita de segurança e
regulamentação, visando à segurança e a continuidade dos negócios entre os
agentes.

 Comissão de Valores Mobiliários (CVM) - Autarquia criada pela Lei nº


6.385/76 com poderes para disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação dos
diversos integrantes do mercado.

 Bolsas de Valores - Foi criada em 2008 com a integração entre Bolsa de


Mercadorias & Futuros (BM&F) e Bolsa de Valores de São Paulo
(BOVESPA). A nova Bolsa oferece para negociação ações, títulos e
contratos referenciados em ativos financeiros, índices, taxas, mercadorias e
moedas nas modalidades a vista e de liquidação futura. O Mercado de
Bolsa é um segmento de negociação de ativos administrado pela BVSP,
com regras específicas, onde os negócios e os participantes diretos são
supervisionados pela Bolsa de Valores de São Paulo-BVSP. O pregão da
Bolsa é um sistema de negociação por meio eletrônico (telepregão) onde o
fechamento dos negócios é realizado automaticamente pelos computadores
da Bolsa de Valores, sendo as ofertas inseridas por meio de terminais de
computador das corretoras ou, através do Home Broker, disponibilizado
pela BOVESPA desde março de 1999, meio pelo qual investidores podem
registrar suas ofertas através da Internet.O pregão em viva voz deixou de
ser realizado na Bovespa a partir de 01/10/2005.

 Sociedade Operadora do Mercado de Ativos (SOMA) ou Mercado de


Balcão Organizado: é onde são realizados os negócios com ativos de
empresas que não fazem parte do ambiente de negociação da Bovespa.
7

 Sociedades Corretoras - Instituições financeiras que têm como principal


função promover a unificação do mercado, aproximando compradores e
vendedores por meio das operações realizadas na Bolsa de Valores e
Mercado de Balcão Organizado (SOMA).

 Sociedades Distribuidoras - O funcionamento dessas instituições é


autorizado e regulamentado pelo Banco Central. As funções básicas que
elas desenvolvem no mercado de ações são: participar do mercado
primário, encarregar-se da compra e venda de títulos e valores mobiliários
por conta de terceiros, administrar carteiras de valores e custódia de títulos,
operar no mercado aberto e administrar fundos e clubes de investimento.

 Bancos de Investimento - O funcionamento dessas instituições é autorizado


e regulamentado pelo Banco Central. As funções básicas que elas
desenvolvem no mercado de ações são:

I - praticar operações de compra e venda, por conta própria ou de terceiros,


de metais preciosos, no mercado físico, e de quaisquer títulos e valores
mobiliários, nos mercados financeiros e de capitais;

II - operar em bolsas de mercadorias e de futuros, bem como em mercados


de balcão organizados, por conta própria e de terceiros;

III - operar em todas as modalidades de concessão de credito para


financiamento de capital fixo e de giro;

IV - participar do processo de emissão, subscrição para revenda e


distribuição de títulos e valores mobiliários;

V - operar em câmbio, mediante autorização específica do Banco Central


do Brasil;

VI - coordenar processos de reorganização e reestruturação de sociedades


e conglomerados, financeiros ou não, mediante prestação de serviços de
consultoria, participação societária e/ou concessão de financiamentos ou
empréstimos;

VII - realizar outras operações autorizadas pelo Banco Central do Brasil.

 Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) - Criada em 1997,


pela Bovespa, a CBLC é a responsável pelos serviços de custódia,
compensação e liquidação das operações no mercado. As ações
depositadas na CBLC estão disponíveis para serem negociadas a qualquer
momento, já que se encontram no ambiente da Bolsa.

 Instituições Depositárias - São bancos comerciais, responsáveis pela


administração das ações de uma empresa emissora. A instituição
8

depositária, ou banco depositário, atende aos interesses da empresa em


relação aos seus acionistas. As ações depositadas na instituição
depositária não estão disponíveis para venda imediata, já que não se
encontram no ambiente de Bolsa, ou seja, na CBLC.

4 DINÂMICA DO INVESTIDOR

O investidor pode participar do mercado acionário individualmente comprando e


vendendo diretamente ações nas bolsas onde o próprio investidor administra sua
carteira de títulos ou coletivamente adquirindo cotas de clubes de investimentos
ou fundos mútuos de ações. No segundo caso é importante que se conheça e
acompanhe as estratégias de investimentos do administrador da carteira.

Todo investidor busca a otimização de três aspectos básicos: retorno, prazo e


proteção, ou seja, ao avaliar um investimento deve-se estimar sua rentabilidade,
liquidez e grau de risco. A rentabilidade está sempre relacionada ao risco. Ao
investidor cabe definir o nível de risco que está disposto a correr, em função de
obter uma maior ou menor lucratividade.

O investidor que adquire ações pode obter ganhos ao receber


dividendos/bonificações/direitos de subscrição e também pela valorização do
preço das ações na Bolsa. Estes fatores, por sua vez, dependerão do
desempenho da empresa e de suas perspectivas futuras. O investidor que vende
ações deseja obter liquidez, ou seja, convertê-las em dinheiro.

Embora se destaquem casos de investidores que auferiram grandes ganhos de


curto prazo na Bolsa, não deve ser esta a expectativa de quem decide investir em
ações.

4.1 NEGOCIAÇÃO

Como citado anteriormente, a negociação poderá ser individual. Havendo prévio


conhecimento , a dinâmica da negociação ocorre da seguinte maneira:

 Investidor credenciado em alguma instituição financeira e ou sociedade


corretora apta à intermediação na Bolsa de Valores;

 Pode-se operar através dos canais disponíveis, oferecidos pela instituição


(corretora), tais como: plataforma homebroker pelo computador, com
utilização de senha pessoal, aparelho celular ou ainda entrando em contato
com a corretora, solicitando o registro de ordens de compras ou vendas;

 Realizado o acesso por meio dos canais disponíveis, conforme a empresa


que presta o serviço de intermediação (corretora), registra-se as chamadas
ordens de compras ou vendas, de acordo com o interesse do investidor;
9

 A corretora encarrega-se de enviar a ordem do investidor à bolsa.

 Cabe ao investidor acompanhar o andamento da sua ordem, pelo sistema


próprio disponível a ele, no horário de funcionamento da bolsa, verificando
inclusive as cotações em determinado momento.

 Tão logo o valor registrado na ordem, seja ela de compra ou venda, esteja
no patamar de negociação entre ofertantes e demandantes, ela passa a ser
executada, sinalizando ao investidor que sua compra ou a sua venda foi
efetivada, conforme a quantidade. Conforme o interesse do mercado, as
ordens podem ser efetivadas em partes no mesmo dia e não
necessariamente o total desejado pelo investidor.

 As ações negociadas na bolsa apresentam, tanto para compra ou vendas,


custos ao investidor, tais como: taxa de corretagem, taxa de registro e tarifa
de custódia. O primeiro varia de acordo com a corretora, incidindo sobre
cada ordem demandada pelo investidor. O segundo trata-se de um
percentual estabelecido pela bolsa sobre o valor de cada operação no
pregão. O terceiro refere-se à manutenção e a guarda dos ativos pela
instituição custodiante. A tarifa é cobrada mensalmente.

 De antemão, recomenda-se ao investidor a prévia informação dos custos,


para que o mesmo tome a decisão correta de comprar ou vender
determinado ativo, na quantidade desejada, no momento certo, de forma a
auferir o ganho desejado, se possível, deduzido os custos.

 O crédito ou o débito da negociação ocorre na conta do investidor, variando


de D+0 a D+3, conforme a instituição com a qual mantém relacionamento.

 O investidor deve ficar atento quanto à tributação sobre as transações


acionárias (assunto específico que não será mencionado neste estudo).
Todavia, ganhos líquidos auferidos por pessoa física em operações no
mercado à vista, realizados no mês, até o montante de R$ 20.000,00 na
BMF & BOVESPA, estão isentos do imposto de renda.
10

CONCLUSÃO

Ser um investidor no mercado de ações parece fácil. É o que muitos “marinheiros


de primeira viagem” pensam ao vislumbrar pequenos ganhos, num breve espaço
de tempo.

Todavia para que as operações sejam bem sucedidas, não basta apenas tomar
conhecimento das facilidades de se operar via “homebroker”, a partir do próprio
computador pessoal ou tão somente se inteirar da corretagem cobrada pela
operação. É necessário muito estudo e atenção, não só do mercado setorial –
empresas de interesse – como também a análise e a otimização de fatores
essenciais, como grau de riscos, retornos, rentabilidades, liquidez dos ativos, para
que a decisão de investir em determinado papel (ação) aconteça no momento
apropriado e com segurança, que possibilite pelo menos gerenciar o capital
investido sem perdas.

Não há fórmulas mágicas para o sucesso. Há sim necessidade de atenção ao


mercado e dedicação no estudo às áreas de interesse. A experiência pessoal é
válida e de grande valia, porém é importante embasá-la com ferramentas que
resultem em ganhos para o investidor, na tomada de decisão.

Deve-se ter em mente que operações com renda variável, quando se tem
horizontes de longo prazo, a minimização de perdas se diluem com o tempo e a
possibilidade de maiores ganhos com a valorização do ativo também aumenta,
uma vez que as oscilações temporais são minimizadas. Ao contrário, por exemplo
de uma análise diária ou um período semanal, em que há picos agressivos entre
baixa e alta dos ativos.

Portanto é fundamental a disciplina e atenção do investidor no conhecimento das


empresas que a ele interessam, bem como, diversificar papéis de vários setores
na carteira, visando a maximização do retorno com o mínimo de risco. Lembrar
ainda que renda variável não é para curto prazo. Outro detalhe é reinvestir lucros
e rendimentos, ter atenção ao mercado no que diz respeito à conjuntura micro e
macroeconômica e tomar decisões conscientes e nunca por impulso.
11

BIBLIOGRAFIA

ADVFN. Disponível em:


<http://br.advfn.com/>. Acesso em 04/04/2011.

ADVFN. BM&F BOVESPA: Mercado Bovespa. Disponível em:


<http://wiki.advfn.com/pt/BM%26FBOVESPA:Mercado_Bovespa>. Acesso em
04/04/2011.

BANCO DO BRASIL S.A. Compra e Venda de Ações. Disponível em:


<http://www.bb.com.br/portalbb/page3,129,9123,0,1,1,9.bb?codigoMenu=7118&co
digoNoticia=9736&codigoRet=7119&bread=1>. Acesso em 05/04/2011.

BMF & BOVESPA. CIM – Centro de Informação do Mercado. Disponível em:


<http://www2.bmf.com.br/cim/Consulta_Geral_ResultadoEncontrados.asp>.
Acesso em 05/04/2011.

BMF & BOVESPA. Dicionário de Finanças. Disponível em:


<http://www.enfin.com.br/bolsa/main.php>. Acesso em 05/04/2011.

BMF & BOVESPA. Compensação e Liquidação. Disponível em:


<http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/servicos/servicos-de-posnegociacao/compe
nsacao-e-liquidacao/compensacao-e-liquidacao.aspx?idioma=pt-br>. Acesso em
08/04/2011.

INFOMONEY. Como Funciona o Mercado de Ações. Disponível em:


<http://web.infomoney.com.br/templates/news/view.asp?codigo=527576>. Acesso
em 05/04/2011.

Você também pode gostar