Esboços de Sermão

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JUNTA DE MISSÕES NACIONAIS

Rua José Higino, 416 Prédio 18 – Tijuca – Rio de Janeiro – RJ


Caixa Postal 18.933 | CEP: 20.510-412

Direção Executiva - Fernando Brandão


Gerência de Comunicação - Jeremias Nunes
Gerência de Mobilização - Milton Monte
Gerência Executiva de Missões - Samuel Moutta
Gerência Executiva de Evangelismo - Fabrício Freitas
Gerência de Administração e Suporte - Juarez Solino
Gerência Executiva de Assistência Social - Renato Antunes

Autor Revisão
Milton Monte Maria Stela Lopes Bonfim

Projeto gráfico Diagramação


RM Comunicação Ben Rholdan

Capa
Monik Santana
SERMÃO 1 – NOSSOS FILHOS SÃO HERANÇA DO SENHOR

Introdução à campanha e ao sermão


Estamos começando uma campanha de oração (e ação), como costumamos fazer
anualmente, em maio, em favor das famílias. Desta vez, nosso foco será bem específico: vamos
orar por nossos filhos não convertidos, afastados do Evangelho ou que estejam atravessando
momentos difíceis.
Uma das maiores dores que um pai ou uma mãe cristãos podem experimentar é a de
verem os filhos caminhando para longe do Senhor. Queremos a mesma bênção que
experimentou o carcereiro de Filipos: toda a nossa casa salva por Jesus (Atos 16.31). Então,
precisamos entender o propósito desta campanha, que é nos levar a não remoer dores nem
discutir culpas, mas a clamar juntos, agir juntos e renovar a esperança de que haverá solução.
Assim, não poderíamos iniciar de modo diferente; vamos fazê-lo meditando no Salmo 127.

Texto bíblico
Salmos 127

Ideia central
Precisamos agir, sim, mas se Deus não agir, todo o nosso esforço será em vão.

Introdução
É interessante que um salmo sobre filhos comece falando sobre trabalho, preocupação
e ansiedade, e, principalmente, sobre o cuidado de Deus. Todos os que são pais já descobriram
que poucas coisas na vida dão tanto trabalho, preocupação e ansiedade quanto a criação de
filhos. Então, não é coincidência que o salmista tenha conectado todos esses assuntos.

1. A base de tudo
Usando três imagens ligadas à sobrevivência nos tempos antigos (cidades, segurança e
trabalho), portanto muito importantes, o salmista faz declarações bem contundentes: de nada
adiantará construir uma cidade se o Senhor não foi o construtor dela; de nada adiantará
protegê-la se o Senhor mesmo não for o seu protetor; e de nada adiantará se matar de
trabalhar porque é o Senhor mesmo quem provê aquilo de que precisamos.
Precisamos encarar os fatos: o convencimento espiritual é isso mesmo... espiritual. Não
serão argumentos, programações diferentes, mudanças de liderança da igreja ou pedidos de
perdão que convencerão pessoas. É o Senhor mesmo, é o seu Espírito (João 16.8-11) quem faz
essa obra no coração humano. Por isso, estamos separando um mês para orar, clamar mesmo.
O foco dessa campanha será a oração e nossa esperança na ação de Deus.

2. Nossa responsabilidade
Depois de esclarecer que a questão da criação de filhos é espiritual, é ação de Deus, o
salmista utiliza um quarto elemento de grande importância na antiguidade: a herança. Ao
contrário do que acontece em nossos dias, em que os filhos têm grandes possibilidades de
construírem riquezas independentemente de seus pais, na antiguidade os filhos trabalhavam
para construir riquezas para seus pais. Daí a importância de ter muitos filhos, prática comum
até poucas décadas atrás. Assim, a herança era a forma mais garantida de sucesso patrimonial
e a recompensa mais justa do trabalho de um filho em prol de seus pais. Tanto que, na lei
judaica, havia regras bem restritas quanto à transferência de heranças, a fim de se evitar a
perda, pela família, da principal oportunidade de prosperidade da época.
Por fim, o salmista utiliza uma quinta figura, também de extrema relevância nos tempos
bíblicos: as flechas. Estas eram armas úteis tanto nas caçadas quanto, às vezes, nas guerras.
Então, se os filhos são herança do Senhor, são um bem que precisa ser protegido, zelado
mesmo, como uma questão de sobrevivência.
Embora, como vimos, o convencimento seja espiritual, há muitas ações que são
responsabilidade nossa. Se os filhos são como flechas, têm um valor muitíssimo elevado para
nós. O salmo, portanto, nos chama a nos empenharmos na criação dos filhos como se tudo
dependesse de nós, mas, também, a orar como se tudo dependesse de Deus. (Teresa de Ávila,
uma freira do século XVI, cunhou uma expressão que se tornou famosa: “Ajo como se tudo
dependesse de mim, e oro como se tudo dependesse de Deus”.)

3. Onde Deus errou com Adão?


Antes de aplicar tudo isso à nossa vida, é preciso incluir um terceiro elemento, que não é
citado no Salmo 127: a responsabilidade humana (Deuteronômio 30.19, Gênesis 2.16-17). Sim,
podemos agir em favor de nossos filhos, podemos orar por eles, podemos ver a ação de Deus
na vida deles, mas, ainda assim, é possível que eles, por sua própria responsabilidade, escolham
caminhos errados.
Certa vez ouvi de um pastor, cujo filho estava afastado do Senhor, a seguinte história. Um
dia, enquanto remoía a sua culpa, alguém lhe perguntou: “Onde Deus errou com Adão?”.
Como isso foi libertador para ele! A partir desse questionamento ele pôde perceber que, acima
de seus erros e acertos como pai, o fator determinante para que esse filho escolhesse o mau
caminho foi a própria decisão pessoal dele. Com esse novo elemento em nossa discussão,
vamos à nossa conclusão.

Conclusão
Vamos ficar com duas lições preciosas, as quais nos acompanharão durante toda essa
campanha.
A primeira: devemos educar os filhos, cuidar deles, protegê-los, trabalhar muito para que
sejam bem-encaminhados na vida, mas jamais podemos nos esquecer de uma coisa: é Deus
quem, na verdade, faz tudo isso por eles. Se Deus não agir, todo o nosso esforço será em vão.
Esse princípio não está aí para nos afrouxar quanto ao nosso dever como pais, mas para
acalmar o nosso coração no sentido de que, enquanto agimos, precisamos depender de Deus
a todo instante. Até porque, no fim das contas, se Ele não abençoar nossos filhos, nada do que
fizermos surtirá efeito algum.
A segunda lição é que, depois de trabalharmos, podemos descansar no Senhor. Sei que
é difícil falar em dormir enquanto um filho está sofrendo ou afastado dos caminhos de Deus.
Mas, de que adiantará perder o sono? Querido pai, querida mãe, você pode dormir em paz. Se
já fez tudo o que estava ao seu alcance, agora é com Deus. Ele vai trabalhar esta noite. Espere
boas notícias amanhã.

Concluir com um apelo aos pais para dedicarem novamente a Deus os filhos que serão alvo
do clamor desses 31 dias. Desafiar os filhos a também clamarem por seus pais ou irmãos
que estejam longe de Deus.
SERMÃO 2 - NÃO DESISTA DE CLAMAR

Introdução
Estamos em uma campanha de oração pelos filhos (e filhos estão orando pelos pais).
Vimos que há uma parte nossa a ser feita, mas, embora não possamos desprezar a
responsabilidade humana, a questão é principalmente espiritual, de convencimento do
Espírito Santo. É no clamor, na oração, que vamos investir nosso tempo e nossos esforços,
intencionalmente, nessa campanha.
Hoje meditaremos sobre a história de uma mãe que não desistiu de clamar. Ela não era
uma israelita. Geralmente nos referimos a ela como a mulher siro-fenícia, dada a sua origem
da Fenícia, parte da Síria. Seu país tinha seus próprios deuses e religião. Era uma nação pagã,
de onde a rainha Jezabel viera, a maquiavélica esposa de Acabe, que levou o povo de Israel à
idolatria. É justamente isso que torna a história mais impressionante. Ela sabia que nada
daquilo que os religiosos de seu próprio país ensinavam iria adiantar. Essa mulher queria ver
Jesus, falar com Ele, clamar por socorro diretamente a Ele. Imagino-a pensando: “Se Jesus está
ao meu alcance, por que eu recorreria a outra pessoa?”.

Texto bíblico: Mateus 15.21-28

Ideia central
Mais que para nos dar respostas, o Senhor está trabalhando em nós para aprimorar nossa fé.

1. Uma migalha da mesa do Senhor vale mais do que o banquete de um rei (15.26-27)
Tudo o que Jesus dá é bom, ainda que seja o mínimo. No Salmo 84.10, o salmista faz uma
comparação inacreditável: prefere um único dia na presença de Deus a mil em outro lugar.
Imagine mil dias de férias num hotel luxuoso à beira de uma praia particular. Não parece
atraente? Mas o salmista não trocaria isso pela chance de estar com Deus, mesmo que fosse
um dia só. A diferença é de um para mil, um exagero poético que explica bem nossa história
de hoje.
A mulher siro-fenícia passava por um grave problema: sua filha estava sofrendo nas mãos
do diabo. Ela sabia que o problema era de ordem espiritual. Só Jesus poderia ajudá-la. Mas a
resposta não veio a contento. “Eu não vou deixar de nesse primeiro momento, atender ao meu
povo, Israel, para atender a estrangeiros”, foi o que Ele quis dizer ao usar a analogia dos
cachorrinhos de uma família.
Jesus não estava sendo rude ou insensível. Ele apenas queria extrair daquela mulher a
declaração de fé que veio em seguida: “Até os cachorrinhos comem das migalhas que caem
da mesa do dono”. É como se ela dissesse: “Eu não estou pedindo para sentar-me à mesa. Só
alguns farelos da tua bênção já me bastarão”. Que declaração linda! Os fariseus não
conseguiam alcançar o nível de fé daquela mulher.
Seu pensamento foi rápido e sagaz, e, ao mesmo tempo, humilde e cheio de fé! Por isso,
Jesus lhe deu muito mais do que farelos. Ele curou a filha dela. Porque o farelo da mesa de
Jesus vale muito mais do que mil banquetes de rei em qualquer outro lugar.

2. Quando tudo parece nos desanimar (15.23)


Uma das grandes confusões teológicas que há, quando o assunto é a oração, diz respeito
à diferença entre as vãs repetições de que Jesus fala no Sermão do Monte e a constância na
oração. O que Jesus está criticando, em Mateus 6.7-15, não é a oração perseverante, mas a mera
reprodução mecânica de palavras que os povos pagãos faziam, como se essas palavras fossem
mágicas e, por si só, pudessem fazer algo acontecer. Se Jesus tivesse, ali, censurado a oração
constante, Ele jamais poderia ter emendado essas palavras imediatamente com a oração do
“Pai nosso”, que pede pelo pão de cada dia e, portanto, serve de modelo para um pedido que
deveria se repetir diariamente.
No texto em questão, quem pediu que aquela mulher parasse de clamar foram os
discípulos. Eles que estavam incomodados, não Jesus. Não conseguindo “enxotá-la”, eles se
dirigiram ao Mestre como que dizendo: “Faça-a parar. Dê-lhe logo um ‘não’ bem grande, senão
ela vai continuar nos seguindo e nos perturbando’”.
Mas Jesus não os atende. Como interromper o clamor de uma mãe desesperada?
Apesar das pressões das circunstâncias para que a mulher desistisse, ela não o fez. Talvez
esse seja o seu caso hoje. Você já intercedeu tanto pelos filhos que tem dúvidas se deve
continuar fazendo isso. Quem sabe você já esteja com medo de repetir a mesma oração
sempre e acabe cansando Jesus com suas palavras?
Não, meu irmão. Não, minha irmã. Suas orações não são “vãs repetições”. Jesus mesmo
nos encoraja a orar sempre. Em Lucas 18 Ele até contou uma parábola para nos ensinar a não
desanimar de orar. Você se lembra? Havia uma viúva com uma causa na Justiça que estava
demorando a ser julgada. O juiz, um homem mau, procrastinava sua sentença, apesar dos
clamores constantes daquela mulher, que precisava muito da decisão dele. De tanto ela
importuná-lo, ele a acabou atendendo. A lição aqui é: se até um juiz mau atende a quem não
para de pedir, quanto mais um Deus bom responderá ao pedido insistente de seus filhos.
Persevere em oração. Você nunca incomoda Deus com seu clamor.

3. Não desista de clamar


Uma das circunstâncias mais difíceis na vida é passar pelo “silêncio” de Deus, que é
quando Ele parece não ouvir o nosso clamor. No texto de hoje vemos uma mulher sofrendo
terrivelmente por ver sua filha nas mãos do diabo, e Jesus parece nem se importar com seus
gritos de socorro. Que situação desesperadora! O único que podia socorrê-la, Jesus, não lhe
dava ouvidos! Imagine o sentimento de desalento e frustração daquela mãe. Era para cair no
chão chorando e entregar os pontos, não é mesmo?
Pense na cena, por um instante. Jesus rodeado pelos discípulos, afastando-se. De longe,
talvez com pouco ou nenhum contato visual, a mulher grita: “Jesus, tem compaixão de mim!”.
Ele cochicha algo aos discípulos, algo que ela possivelmente não conseguiu entender. Era Ele
lhes falando que não havia sido enviado aos pagãos que moravam naquela região. Em seguida,
sem olhar para trás, segue sua caminhada para longe, sem lhe dar a mínima atenção.
O que você faria no lugar daquela mãe? Desistiria? Jogaria a toalha?
Olha, meu querido irmão ou irmã, pai ou mãe, avô ou avó, não sei qual é a sua situação
hoje, mas creio que essa história foi registrada na Bíblia com um objetivo: para que você saiba
que, por mais que tudo indique que Jesus não está se importando com a sua dor por ver seu
filho ou filha sofrendo, uma hora Ele vai se virar para você a atender ao que você necessita.
Não desista. O silêncio de Deus não durará para sempre. Uma hora Ele ouvirá você e
atenderá ao seu clamor.

Conclusão
No dia de hoje, por que você não clama a Deus pedindo que o abençoe, abençoe sua
família, seus filhos, ainda que seja uma mínima coisa? Por que você não declara para Ele que
o pouco que vem dele já fará uma grande diferença? Que tal pedir-lhe que coloque em seu
coração uma fé igual à daquela mulher?
Vamos orar para que Deus nos faça enxergar as mínimas coisas com as quais Ele tem
nos abençoado.
Vamos orar para que Deus renove nossa confiança em seu agir, ainda que Ele pareça
demorar.
SERMÃO 3 – QUANDO OS PROBLEMAS PARECEM NÃO TER
SOLUÇÃO

Introdução
Estamos em uma campanha de clamor pelos filhos (e filhos pelos pais). Temos enfatizado
isso mesmo: a necessidade de clamar, de não desistir, de ser perseverante em oração.
A Bíblia nos conta histórias de muitos pais, mas a história que comentaremos hoje
chama muito a atenção. É a história de um clamor desesperado de um pai que, depois de
tanto tempo vendo seu filho em sofrimento, já devia estar pensando que o seu caso não tinha
mais solução. Isso é comum, infelizmente. Às vezes lidamos com problemas que parecem se
arrastar durante anos, e até nos “acostumamos” com eles. No entanto, com a história desse
pai, do qual nem sabemos o nome, podemos aprender preciosas lições sobre clamor e
perseverança.

Texto: Marcos 9.17-27

Ideia central
Em Jesus, sempre haverá esperança, por mais desafiador que seja o problema.

1. Quando tudo parece demorado demais (9.17-18)


Pare um pouco e pense em como estava o coração desse pai. Havia anos que ele recebia
a mesma notícia sobre o seu filho: “Não podemos fazer nada por ele”. Mais uma vez, todas as
suas expectativas foram frustradas. Nem mesmo os discípulos de Jesus puderam expulsar
aquele demônio.
Não apenas os discípulos não tiveram respostas, mas a própria multidão. Marcos
descreve aquele pai como “um na multidão”. Normalmente, em uma multidão não há silêncio.
Imagine as pessoas falando, gritando, apontando o dedo, dando palpites, e aquele homem ali,
buscando socorro para o seu bem mais precioso – o seu filho. Marcos faz questão de
acrescentar um detalhe para indicar quão barulhento estava aquele dia: os escribas e os
discípulos discutiam acaloradamente. Eles gritavam uns com os outros, sem dúvida tentando
reunir pessoas para o seu lado. No meio de tudo isso, um pai com o coração despedaçado.
Fico a refletir na grande expectativa desse homem ao ver a chegada de Jesus. Ninguém
na multidão havia conseguido resolver o seu problema. Os discípulos tentaram, mas nada
aconteceu; eles colocaram as mãos sobre o menino, mas sem efeito nenhum. Às vezes, em
nossa caminhada, as situações parecem demorar demais a serem resolvidas. Mas precisamos
lembrar que nem sempre as coisas acontecem ao nosso tempo e ao nosso modo. Mas Deus
sempre age na hora certa.

2. Transformando a dor em clamor (9.22)


A Palavra de Deus motiva todo seguidor de Jesus a continuar insistindo em oração,
mesmo quando tudo parece perdido. Mesmo no meio de todo o barulho da multidão, e ainda
que a busca daquele pai não tenha dado certo na primeira tentativa, ele não desistiu de clamar
a Jesus: “Se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós, e ajuda-nos”, foi o que ele
disse.
A multidão não foi capaz de sufocar o clamor daquele pai. Ele rogou ao Senhor. Suas
palavras estavam cheias de desespero e dor, mas ele continuou a rogar. Fico a imaginar Jesus
percebendo aquela voz em meio a tantas outras. – O que ele quer? – pergunta Jesus, e um dos
discípulos responde: – Ele quer ajuda, ajuda para seu filho. Lucas acrescenta a palavra
reveladora: “Meu único filho”. – O que há de errado com o menino? – Jesus pergunta. – Os
sintomas parecem com epilepsia. Ele grita, convulsiona, espuma pela boca e se machuca –
descreve o pai angustiado.
Independentemente da causa que havia deixado o menino naquele estado terrível, o
fato é que ele estava muito mal. E seu pai também estava. Afinal, se o pai perdesse o menino,
a família morreria e um nome se perderia em Israel. Para um judeu, essa era uma perspectiva
avassaladora.
Mas a dor daquele homem transformou-se em clamor, e Jesus o atendeu.

3. “Eu creio, Senhor! Ajuda a minha incredulidade.” (9.23-24)


“Eu creio, Senhor! Ajuda a minha incredulidade” – essa foi a declaração daquele pai, e
Jesus atendeu ao seu clamor. Mas, sejamos bem honestos, quantas vezes nós estamos como
esse pai, quando passamos por algumas circunstâncias difíceis: “Senhor, me ajuda a crer neste
dia”!
Quantos pais não estão hoje como esse homem, em angústia por causa dos filhos!
Quantas famílias estão sofrendo hoje! Pais chorando noites adentro esperando seus filhos
chegarem e muitas vezes não sabem nem onde estão! Assim como nos dias de Jesus, hoje há
muitos pais na mesma situação desse pai da história. Chega uma hora que as forças se vão.
Hoje, Jesus convida cada pai a continuar crendo que o milagre é possível: “Se tu podes crer,
tudo é possível ao que crê”.
Certa vez li uma história que guardei no coração. Uma mãe pediu oração, em sua igreja,
por um filho que estava se envolvendo com pessoas erradas. Contudo, com o passar do tempo,
o rapaz não apresentava nenhuma melhora. Então, decidiu pedir oração em todas as igrejas
que ela conhecia, mas, para sua tristeza, seu filho piorava cada vez mais. Muito cansada de
sofrer e já sem esperança de mudança, tomou uma decisão radical: não vou orar mais pelo o
meu filho. Ela comunicou a decisão ao pastor: “Pastor, não ore mais pelo meu filho. Eu já perdi
a esperança. Ele não tem jeito”.
Certa vez, ela estava chegando da igreja, quando encontrou o filho na cozinha muito
assustado: – Mãe, tive um sonho muito estranho. Sonhei que estava em um poço muito fundo,
quase morrendo e pedindo ajuda desesperado, e ninguém me ajudava. Foi quando a senhora
apareceu e me jogou uma corda. Eu a segurei e comecei a subir aliviado. Quando estava quase
saindo do poço, não sei por que a senhora soltou a corda e eu caí novamente no poço. Eu não
sei o que significa isso. A senhora sabe? – Eu sei meu filho – ela respondeu. – Deus está me
dizendo que não posso perder a esperança, e que devo continuar orando pela sua libertação
e salvação.
Hoje é dia de continuar orando e confiando no Senhor. Se lhe faltam forças, faça como
aquele pai e clame: “Eu creio, Senhor! Ajuda a minha incredulidade”.
Vamos orar para que Deus nos ajude a ser perseverantes na oração sem desfalecer
jamais.

Conclusão
Transforme sua dor em clamor a Jesus. O que quer que esteja afligindo o seu coração
neste dia, faça como esse pai: clame a Jesus. Mesmo que a multidão tente sufocar você,
mesmo que as tentativas anteriores não tenham dado certo e ainda que pareça demorado
demais, simplesmente clame a Jesus.
Vamos orar para que Deus salve, cure e liberte os nossos filhos que estão sofrendo.
Creia na vontade soberana de Deus, que sempre será boa, perfeita e agradável. Ore:
“Senhor Jesus, ensina-me a compreender que as coisas nem sempre acontecem no meu
tempo, mas confio que a tua vontade sempre será boa, perfeita e agradável. Ensina-me apenas
a descansar, a esperar em ti. Em nome de Jesus, amém”.
SERMÃO 4 – A ALEGRIA VOLTOU

Introdução
Estamos em uma campanha de clamor por nossos filhos (e filhos pelos pais). Temos
estudado casos de pais desesperados por causa de problemas com os filhos, até encontrarem
a solução em Jesus.
Hoje vamos refletir sobre uma mãe que não foi procurar Jesus por causa de seu filho,
mas que foi por Ele encontrada. Enquanto os pais sobre os quais estudamos aqui ainda tinham
um fio de esperança, a viúva de Naim – cujo nome também não conhecemos – já não tinha
mais qualquer esperança.
O encontro de Jesus com ela, na verdade, foi um encontro de duas multidões. Essas duas
multidões se encontraram à porta da cidade de Naim, porém com uma diferença: a primeira
estava eufórica, caminhando com Jesus, ouvindo seus ensinos e testemunhando seus
milagres; a outra, triste, em pranto, cena típica de um cortejo fúnebre.
Imagino que essa mulher teria sonhado que seria mãe de vários filhos, mas, infelizmente,
seu marido falecera, deixando-a só com um menino. A vida de uma viúva não era nada fácil,
naquela época, e o filho daquela viúva se tornara tudo quanto tinha. Ela o criava para ser um
homem digno, trabalhador, provedor de sua casa e, arrisco-me a dizer, um homem de Deus.
Porém, o pior aconteceu: aquele filho único morreu. Que desalento! Faltou-lhe o chão.
Nenhuma mãe cria filhos para a morte. Aquele seria, sem dúvida, o dia mais triste de sua vida.
Apesar da disposição espiritual daqueles que alegremente seguiam Jesus, e também da
solidariedade fraterna daqueles que acompanhavam a mulher, parece que ninguém
conseguia compreender a dor que ela sentia, nem confortar o seu coração – ninguém, exceto
Jesus!

Texto: Lucas 7.11-15

Ideia central
Em Jesus sempre há esperança.

1. Clamando em lágrimas (7.13)


A dor do coração daquela mãe que perdera seu filho se expressava em lágrimas. Ela
clamava em pranto, o que chamou a atenção de Jesus e o encheu de compaixão, logo que a
viu. Ele se encheu de compaixão, e o milagre veio!
Se aquela mãe estivesse indiferente, conformada, nada aconteceria. As lágrimas de um
pai ou de uma mãe quando clamam por um filho perdido tocam o coração do Salvador. A
oração de um pai ou mãe movem as estruturas celestiais e desencadeiam ordens e ações do
trono de Deus. Ele se compadece profundamente, importa-se, genuinamente e age
certeiramente.
Se seus filhos, que são herança do Senhor, estão longe de Jesus, não se conforme com
isso. Não se iluda por serem bem-sucedidos materialmente. Chore por eles diante do Senhor,
em oração perseverante, crendo no poder do Salvador. Deus há de trazê-los à vida!
No final do verso 13, Jesus diz à mulher: “não chores”. Não era uma censura ao choro da
mãe que sofria. Ao contrário, foi uma palavra de grande esperança, como se estivesse dizendo:
“Eu ouvi a sua oração, vi as suas lágrimas, e agora a causa é minha. Deixa tudo comigo. Confie
e veja o que eu farei!”. Você crê que Ele faz assim também na sua vida?

2. O toque maravilhoso de Jesus (7.14)


Um judeu não poderia tocar em um corpo morto nem no objeto fúnebre onde o corpo
estava depositado, pois, assim fazendo, seria considerado imundo. O sacerdote não poderia
fazer isso, nem mesmo por um parente próximo, quanto ainda mais por um estranho. Era
natural e compreensível manter uma distância de segurança, mais ou menos como estamos
fazendo agora por conta da pandemia.
Jesus, quebrou os protocolos religiosos e sanitários de sua época e se aproximou do
menino morto. Ele estava tão profundamente sensibilizado com o choro daquela mãe, tão
cheio de compaixão por ela, que se aproximou do cortejo fúnebre, colocando-se ao lado do
caixão e tocando-o. E não foi Jesus que ficou imundo, mas foi o menino que voltou à vida!
Quando clamamos, Jesus se aproxima e toca bem no nosso problema. Ele não tem
medo, pois é maior que tudo. Não há nada difícil demais para Ele, nem situação alguma que
não possa transformar. Jesus não fica distante, insensível à nossa dor, mas está conosco, bem
pertinho de nós.
Vamos orar para que Jesus toque nossos filhos que porventura estejam mortos
espiritualmente, independentemente dos problemas que possam ter causado o seu
afastamento.

3. A alegria voltou (7.15)


Aquele era, sem dúvida alguma, o dia mais triste na vida daquela mãe. Mas aquela
caminhada rumo ao cemitério não seria, ainda, a mais triste: a volta do cemitério é sempre
pior. Na ida, a mãe ainda tinha o corpo do filho, mas na volta o vazio seria mais devastador.
Contudo, veja o que aconteceu: Jesus interveio e transformou toda a situação. O menino
foi restituído vivo para sua mãe, que o levou para casa são e salvo. Aquela caminhada de volta
do cemitério à casa transformou-se em uma hora feliz.
Mas observe que há uma sequência na ação de Jesus: Ele vê uma mãe chorando, se
importa com ela, se compadece daquela situação, se aproxima, toca no “problema” e fala ao
menino, trazendo-o de volta à vida. Então, o menino se sentou e começou a falar!
Como igreja de Jesus, devemos imitá-lo sempre. Há muitos que sofrem com seus filhos
em situações terríveis, em tantos sentidos. Não podemos ser indiferentes ao sofrimento, à dor
e às lágrimas de pais e mães por seus filhos. Precisamos não apenas olhar, mas ver com os
olhos de Jesus, que se importa, se compadece, se aproxima, toca e fala palavras de vida.
Quando Jesus intervém, ainda hoje, por meio de seu povo missionário, Ele traz vida a
tantas pessoas, abençoa tantas famílias, transforma tantas histórias. Ele devolve a alegria, a
esperança e o sentido da vida. E aqueles dias que eram só de tristeza tornam-se os dias mais
felizes de nossas vidas, na presença de Jesus. Creia nisso!

Conclusão
Estamos próximos de concluir nossa campanha de oração por nossos filhos (e pais), que
focou a necessidade de orarmos sempre, sem nunca esmorecer.
Hoje vimos que, mesmo quando a esperança estiver morta, ainda é possível ver o milagre
da volta da alegria. É com essa convicção que vamos encerrar, hoje, a campanha: Deus vai nos
ouvir, nossos filhos serão salvos e restaurados para a glória Deus e para nossa alegria.

Concluir com apelo no sentido de se continuar orando e clamando. Se houver alguma ação
pós-campanha, informar sobre os detalhes.
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