Esboços de Sermão
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Autor Revisão
Milton Monte Maria Stela Lopes Bonfim
Capa
Monik Santana
SERMÃO 1 – NOSSOS FILHOS SÃO HERANÇA DO SENHOR
Texto bíblico
Salmos 127
Ideia central
Precisamos agir, sim, mas se Deus não agir, todo o nosso esforço será em vão.
Introdução
É interessante que um salmo sobre filhos comece falando sobre trabalho, preocupação
e ansiedade, e, principalmente, sobre o cuidado de Deus. Todos os que são pais já descobriram
que poucas coisas na vida dão tanto trabalho, preocupação e ansiedade quanto a criação de
filhos. Então, não é coincidência que o salmista tenha conectado todos esses assuntos.
1. A base de tudo
Usando três imagens ligadas à sobrevivência nos tempos antigos (cidades, segurança e
trabalho), portanto muito importantes, o salmista faz declarações bem contundentes: de nada
adiantará construir uma cidade se o Senhor não foi o construtor dela; de nada adiantará
protegê-la se o Senhor mesmo não for o seu protetor; e de nada adiantará se matar de
trabalhar porque é o Senhor mesmo quem provê aquilo de que precisamos.
Precisamos encarar os fatos: o convencimento espiritual é isso mesmo... espiritual. Não
serão argumentos, programações diferentes, mudanças de liderança da igreja ou pedidos de
perdão que convencerão pessoas. É o Senhor mesmo, é o seu Espírito (João 16.8-11) quem faz
essa obra no coração humano. Por isso, estamos separando um mês para orar, clamar mesmo.
O foco dessa campanha será a oração e nossa esperança na ação de Deus.
2. Nossa responsabilidade
Depois de esclarecer que a questão da criação de filhos é espiritual, é ação de Deus, o
salmista utiliza um quarto elemento de grande importância na antiguidade: a herança. Ao
contrário do que acontece em nossos dias, em que os filhos têm grandes possibilidades de
construírem riquezas independentemente de seus pais, na antiguidade os filhos trabalhavam
para construir riquezas para seus pais. Daí a importância de ter muitos filhos, prática comum
até poucas décadas atrás. Assim, a herança era a forma mais garantida de sucesso patrimonial
e a recompensa mais justa do trabalho de um filho em prol de seus pais. Tanto que, na lei
judaica, havia regras bem restritas quanto à transferência de heranças, a fim de se evitar a
perda, pela família, da principal oportunidade de prosperidade da época.
Por fim, o salmista utiliza uma quinta figura, também de extrema relevância nos tempos
bíblicos: as flechas. Estas eram armas úteis tanto nas caçadas quanto, às vezes, nas guerras.
Então, se os filhos são herança do Senhor, são um bem que precisa ser protegido, zelado
mesmo, como uma questão de sobrevivência.
Embora, como vimos, o convencimento seja espiritual, há muitas ações que são
responsabilidade nossa. Se os filhos são como flechas, têm um valor muitíssimo elevado para
nós. O salmo, portanto, nos chama a nos empenharmos na criação dos filhos como se tudo
dependesse de nós, mas, também, a orar como se tudo dependesse de Deus. (Teresa de Ávila,
uma freira do século XVI, cunhou uma expressão que se tornou famosa: “Ajo como se tudo
dependesse de mim, e oro como se tudo dependesse de Deus”.)
Conclusão
Vamos ficar com duas lições preciosas, as quais nos acompanharão durante toda essa
campanha.
A primeira: devemos educar os filhos, cuidar deles, protegê-los, trabalhar muito para que
sejam bem-encaminhados na vida, mas jamais podemos nos esquecer de uma coisa: é Deus
quem, na verdade, faz tudo isso por eles. Se Deus não agir, todo o nosso esforço será em vão.
Esse princípio não está aí para nos afrouxar quanto ao nosso dever como pais, mas para
acalmar o nosso coração no sentido de que, enquanto agimos, precisamos depender de Deus
a todo instante. Até porque, no fim das contas, se Ele não abençoar nossos filhos, nada do que
fizermos surtirá efeito algum.
A segunda lição é que, depois de trabalharmos, podemos descansar no Senhor. Sei que
é difícil falar em dormir enquanto um filho está sofrendo ou afastado dos caminhos de Deus.
Mas, de que adiantará perder o sono? Querido pai, querida mãe, você pode dormir em paz. Se
já fez tudo o que estava ao seu alcance, agora é com Deus. Ele vai trabalhar esta noite. Espere
boas notícias amanhã.
Concluir com um apelo aos pais para dedicarem novamente a Deus os filhos que serão alvo
do clamor desses 31 dias. Desafiar os filhos a também clamarem por seus pais ou irmãos
que estejam longe de Deus.
SERMÃO 2 - NÃO DESISTA DE CLAMAR
Introdução
Estamos em uma campanha de oração pelos filhos (e filhos estão orando pelos pais).
Vimos que há uma parte nossa a ser feita, mas, embora não possamos desprezar a
responsabilidade humana, a questão é principalmente espiritual, de convencimento do
Espírito Santo. É no clamor, na oração, que vamos investir nosso tempo e nossos esforços,
intencionalmente, nessa campanha.
Hoje meditaremos sobre a história de uma mãe que não desistiu de clamar. Ela não era
uma israelita. Geralmente nos referimos a ela como a mulher siro-fenícia, dada a sua origem
da Fenícia, parte da Síria. Seu país tinha seus próprios deuses e religião. Era uma nação pagã,
de onde a rainha Jezabel viera, a maquiavélica esposa de Acabe, que levou o povo de Israel à
idolatria. É justamente isso que torna a história mais impressionante. Ela sabia que nada
daquilo que os religiosos de seu próprio país ensinavam iria adiantar. Essa mulher queria ver
Jesus, falar com Ele, clamar por socorro diretamente a Ele. Imagino-a pensando: “Se Jesus está
ao meu alcance, por que eu recorreria a outra pessoa?”.
Ideia central
Mais que para nos dar respostas, o Senhor está trabalhando em nós para aprimorar nossa fé.
1. Uma migalha da mesa do Senhor vale mais do que o banquete de um rei (15.26-27)
Tudo o que Jesus dá é bom, ainda que seja o mínimo. No Salmo 84.10, o salmista faz uma
comparação inacreditável: prefere um único dia na presença de Deus a mil em outro lugar.
Imagine mil dias de férias num hotel luxuoso à beira de uma praia particular. Não parece
atraente? Mas o salmista não trocaria isso pela chance de estar com Deus, mesmo que fosse
um dia só. A diferença é de um para mil, um exagero poético que explica bem nossa história
de hoje.
A mulher siro-fenícia passava por um grave problema: sua filha estava sofrendo nas mãos
do diabo. Ela sabia que o problema era de ordem espiritual. Só Jesus poderia ajudá-la. Mas a
resposta não veio a contento. “Eu não vou deixar de nesse primeiro momento, atender ao meu
povo, Israel, para atender a estrangeiros”, foi o que Ele quis dizer ao usar a analogia dos
cachorrinhos de uma família.
Jesus não estava sendo rude ou insensível. Ele apenas queria extrair daquela mulher a
declaração de fé que veio em seguida: “Até os cachorrinhos comem das migalhas que caem
da mesa do dono”. É como se ela dissesse: “Eu não estou pedindo para sentar-me à mesa. Só
alguns farelos da tua bênção já me bastarão”. Que declaração linda! Os fariseus não
conseguiam alcançar o nível de fé daquela mulher.
Seu pensamento foi rápido e sagaz, e, ao mesmo tempo, humilde e cheio de fé! Por isso,
Jesus lhe deu muito mais do que farelos. Ele curou a filha dela. Porque o farelo da mesa de
Jesus vale muito mais do que mil banquetes de rei em qualquer outro lugar.
Conclusão
No dia de hoje, por que você não clama a Deus pedindo que o abençoe, abençoe sua
família, seus filhos, ainda que seja uma mínima coisa? Por que você não declara para Ele que
o pouco que vem dele já fará uma grande diferença? Que tal pedir-lhe que coloque em seu
coração uma fé igual à daquela mulher?
Vamos orar para que Deus nos faça enxergar as mínimas coisas com as quais Ele tem
nos abençoado.
Vamos orar para que Deus renove nossa confiança em seu agir, ainda que Ele pareça
demorar.
SERMÃO 3 – QUANDO OS PROBLEMAS PARECEM NÃO TER
SOLUÇÃO
Introdução
Estamos em uma campanha de clamor pelos filhos (e filhos pelos pais). Temos enfatizado
isso mesmo: a necessidade de clamar, de não desistir, de ser perseverante em oração.
A Bíblia nos conta histórias de muitos pais, mas a história que comentaremos hoje
chama muito a atenção. É a história de um clamor desesperado de um pai que, depois de
tanto tempo vendo seu filho em sofrimento, já devia estar pensando que o seu caso não tinha
mais solução. Isso é comum, infelizmente. Às vezes lidamos com problemas que parecem se
arrastar durante anos, e até nos “acostumamos” com eles. No entanto, com a história desse
pai, do qual nem sabemos o nome, podemos aprender preciosas lições sobre clamor e
perseverança.
Ideia central
Em Jesus, sempre haverá esperança, por mais desafiador que seja o problema.
Conclusão
Transforme sua dor em clamor a Jesus. O que quer que esteja afligindo o seu coração
neste dia, faça como esse pai: clame a Jesus. Mesmo que a multidão tente sufocar você,
mesmo que as tentativas anteriores não tenham dado certo e ainda que pareça demorado
demais, simplesmente clame a Jesus.
Vamos orar para que Deus salve, cure e liberte os nossos filhos que estão sofrendo.
Creia na vontade soberana de Deus, que sempre será boa, perfeita e agradável. Ore:
“Senhor Jesus, ensina-me a compreender que as coisas nem sempre acontecem no meu
tempo, mas confio que a tua vontade sempre será boa, perfeita e agradável. Ensina-me apenas
a descansar, a esperar em ti. Em nome de Jesus, amém”.
SERMÃO 4 – A ALEGRIA VOLTOU
Introdução
Estamos em uma campanha de clamor por nossos filhos (e filhos pelos pais). Temos
estudado casos de pais desesperados por causa de problemas com os filhos, até encontrarem
a solução em Jesus.
Hoje vamos refletir sobre uma mãe que não foi procurar Jesus por causa de seu filho,
mas que foi por Ele encontrada. Enquanto os pais sobre os quais estudamos aqui ainda tinham
um fio de esperança, a viúva de Naim – cujo nome também não conhecemos – já não tinha
mais qualquer esperança.
O encontro de Jesus com ela, na verdade, foi um encontro de duas multidões. Essas duas
multidões se encontraram à porta da cidade de Naim, porém com uma diferença: a primeira
estava eufórica, caminhando com Jesus, ouvindo seus ensinos e testemunhando seus
milagres; a outra, triste, em pranto, cena típica de um cortejo fúnebre.
Imagino que essa mulher teria sonhado que seria mãe de vários filhos, mas, infelizmente,
seu marido falecera, deixando-a só com um menino. A vida de uma viúva não era nada fácil,
naquela época, e o filho daquela viúva se tornara tudo quanto tinha. Ela o criava para ser um
homem digno, trabalhador, provedor de sua casa e, arrisco-me a dizer, um homem de Deus.
Porém, o pior aconteceu: aquele filho único morreu. Que desalento! Faltou-lhe o chão.
Nenhuma mãe cria filhos para a morte. Aquele seria, sem dúvida, o dia mais triste de sua vida.
Apesar da disposição espiritual daqueles que alegremente seguiam Jesus, e também da
solidariedade fraterna daqueles que acompanhavam a mulher, parece que ninguém
conseguia compreender a dor que ela sentia, nem confortar o seu coração – ninguém, exceto
Jesus!
Ideia central
Em Jesus sempre há esperança.
Conclusão
Estamos próximos de concluir nossa campanha de oração por nossos filhos (e pais), que
focou a necessidade de orarmos sempre, sem nunca esmorecer.
Hoje vimos que, mesmo quando a esperança estiver morta, ainda é possível ver o milagre
da volta da alegria. É com essa convicção que vamos encerrar, hoje, a campanha: Deus vai nos
ouvir, nossos filhos serão salvos e restaurados para a glória Deus e para nossa alegria.
Concluir com apelo no sentido de se continuar orando e clamando. Se houver alguma ação
pós-campanha, informar sobre os detalhes.
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