Gestão de Conteúdo Digital
Gestão de Conteúdo Digital
Gestão de Conteúdo Digital
PROPÓSITO
Compreender o papel do conteúdo como ferramenta primordial do desenvolvimento de um planejamento
estratégico de Marketing Digital e como forma de garantir a (boa) presença de marcas (e/ou pessoas) em canais
digitais em geral.
PREPARAÇÃO
Abordaremos o conceito de conteúdo, a importância do planejamento, a discussão sobre as diferenças de
abordagem do conteúdo “tradicional” para o conteúdo digital e como começar a pensar em posicionar uma marca
a partir do conteúdo criado e publicado por esta.
Antes de começar os estudos, tenha em mãos a bibliografia básica sugerida no módulo, assim como um
glossário básico de Marketing Digital, como o que pode ser encontrado nos livros indicados neste tema.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
Trabalhar com curadoria de conteúdo é selecionar o que há de melhor para contar ao público, ouvir histórias,
apurar, peneirar, tendo a certeza de que um material de qualidade já é um grande passo rumo à conquista de
seguidores, fãs e conversões.
Gerar conteúdo bom o tempo todo é tarefa hercúlea por vários motivos. Primeiro: É preciso uma equipe
organizada, com múltiplas formações, dotada de software de organização de fluxo e capacidade de entrega
capaz de cobrir as necessidades de presença em diversos canais. Não há uma fórmula mágica: Todos os
resultados sempre vão demandar frequência de publicação, acompanhamento de resultados, teste e aplicação
do aprendizado e muito conteúdo de qualidade.
Para começar a investir em conteúdo, uma empresa precisa começar de algum ponto. Neste tema, trataremos
dos passos necessários para desenvolver um Planejamento de Conteúdo, construir uma linha editorial, criar uma
Brand Persona (persona de marca), uma Buyer Persona (persona de público comprador) e mostrar os alicerces
necessários para manter publicações assertivas e constantes.
Veremos ainda como planejar, organizar, distribuir e preparar conteúdos digitais para plataformas diversas, tendo
como objetivos principais a atração, o engajamento e a conversão do público frequentador de canais digitais.
Mas como gerar conteúdo bom o tempo todo? Será que há alguma fórmula mágica para que o conteúdo digital
dê certo, ou seja, atraia o público certo, engaje e, no final das contas, venda produtos e serviços? No que é
preciso pensar antes de publicar posts em redes sociais, em blogs e sites?
Não há apenas uma resposta, mas várias. Para começar a investir em conteúdo uma empresa precisa começar
de algum lugar – criando as bases para a sua comunicação no universo “virtual”. Afinal, o que é preciso preparar,
como manter publicações constantes e assertivas? Neste tema, aprenderemos a planejar, organizar, distribuir e
preparar conteúdos digitais para plataformas diversas, tendo como objetivos principais a atração, o engajamento
e a conversão do público frequentador de canais digitais.
MÓDULO 1
Fonte: Shutterstock/metamorworks
É, ainda, toda informação criada como parte da estratégia de Marketing (vídeos, fotos, ebooks, podcasts,
webinars, blogs etc) visando a uma ação por parte do cliente.
Pode ser online ou offline.
Não é fácil gerar conteúdo de qualidade o tempo todo. Posts para sites de mídias sociais, como: Facebook,
Instagram, LinkedIn. TikTok, blogs, sites, e-mail marketing, anúncios para Google (links patrocinados), listas de
transmissão no WhatsApp etc.
A quantidade de canais digitais cresce em velocidade vertiginosa, assim como o interesse por parte de empresas
e empreendedores.
Os clientes querem cada vez mais presença, mas nem sempre estão preparados e organizados para produzir
conteúdo que dê conta de toda a presença que desejam.
O QUE FAZER?
ETAPA 01
Antes de mais nada, é preciso compreender a natureza dos canais, a linguagem, o público-alvo e a maturidade
digital do negócio.
ETAPA 02
Ainda há muita discordância a respeito do tipo de conteúdo que funciona nos canais digitais. Mas também há
outras tantas concordâncias. Já é de conhecimento público que é fundamental conhecer o público-alvo e, mais
do que isso, entender seu comportamento e seus interesses.
Da mesma forma, quem trabalha com conteúdo digital entende que, no dia a dia, são muitos os desafios
impostos.
COMENTÁRIO
Mais do que conhecer o público, é preciso entender os mecanismos das ferramentas digitais – Google,
Facebook, Instagram, LinkedIn, até mesmo a mais nova das ferramentas, o TikTok, têm especificidades que
precisam ser levadas em conta no desenvolvimento do Planejamento de Conteúdo, nas estratégias de
distribuição e no dia a dia das publicações.
Visando a dar o pontapé inicial na Gestão de Conteúdo, neste módulo falaremos sobre Planejamento de
Conteúdo.
O universo digital oferece muitas oportunidades para marcas que desejam se comunicar diretamente com seus
públicos de interesse.
Nunca foi tão vasto e promissor o cenário para quem trabalha com conteúdo digital. Porque o conteúdo pode e
deve ser visto como o centro de toda e qualquer estratégia de marketing e comunicação digitais – é ele que
passa a mensagem e é responsável por atrair, engajar e converter os clientes.
Pequenas, médias e grandes empresas já entenderam a importância do conteúdo de qualidade para a conexão
com o público-alvo. Bombardeado de conteúdo o tempo todo, o público não tem atenção suficiente para separar
o joio do trigo, não sendo mais possível dar conta de tantos posts, artigos, podcasts, webinars, lives, matérias,
anúncios e tantos outros formatos disponíveis hoje.
Por outro lado, é preciso pensar em empecilhos complexos hoje, como os algoritmos das ferramentas, que
impedem que o conteúdo chegue à timeline das pessoas.
Fonte: Shutterstock/metamorworks
Será que é possível, hoje, lançar mão apenas de conteúdo “orgânico” (sem publicidade envolvida)?
Para que uma empresa possa tirar o melhor proveito possível dos conteúdos digitais para alavancar suas vendas
ou gerar mais percepção de marca, ela precisa cumprir alguns requisitos iniciais.
Vamos a eles:
Font: Shutterstock/Rawpixel.com
Formatar uma equipe interna ou contar com um fornecedor – agência de Marketing Digital ou Assessoria de
Comunicação - que possa ser responsável pelo planejamento e publicação de conteúdo.
Font: Shutterstock/Rawpixel.com
Ter bem definidos os objetivos estratégicos corporativos – vendas, consciência de marca, geração de leads
(cadastros), ou seja, para que fins serão usados tais conteúdos? Para cada objetivo, usa-se um formato, um
canal, uma chamada para ação (call to action).
Font: Shutterstock/Rawpixel.com
Os canais pelos quais são distribuídos os conteúdos devem ser bem definidos, sejam eles blogs, sites, mídias
sociais, intranet, podcasts, webinars, usados de forma isolada ou combinados. É preciso deixar claro que a
escolha de canais é um passo inicial e se relaciona com a escolha de um público-alvo, que são os consumidores
dessa informação. Assim, a marca deve estar posicionada de forma que possa ser facilmente encontrada; os
canais devem ofertar melhores possibilidades comunicacionais de acordo com seu público.
Font: Shutterstock/13_Phunkod
Compreender o papel dos canais próprios, da mídia paga, da mídia ganha – em que momento deve-se lançar
mão da publicidade para alavancar a estratégia? Como é possível fortalecer o engajamento? Como usar
influenciadores em campanhas e na comunicação digital como um todo?
Entender as vocações de cada canal e o comportamento dos usuários em todos eles. Como funciona o Google?
Como os internautas se comportam nele? Como posso usar o conhecimento desse comportamento a favor do
meu planejamento? E em mídias sociais, o que as pessoas costumam fazer por lá? Que tipos de conteúdos
consomem mais? E o que rejeitam? Como medir isso?
O conteúdo digital pode, sim, ser considerado a “cereja do bolo”, o centro de qualquer estratégia de Marketing
Digital. É ele o responsável pela atração, engajamento e conversão dos clientes. Mais do que isso: Clientes
costumam ser mais fiéis a marcas que lhes ofereçam um conteúdo, que os convençam de que elas realmente se
importam com eles. De que são únicos. Em plena era do Branded Content (apostar na qualidade do conteúdo
faz todo sentido).
BRANDED CONTENT
É a comunicação pelo conteúdo, cuja estratégia se baseia na consolidação da imagem de uma marca por
meio do desenvolvimento e da publicação de conteúdo.
Vamos entender essa afirmação por meio de três pontos super importantes que têm tudo a ver com o novo
comportamento do consumidor – que é digital – e com a adaptação das marcas a esta nova realidade.
1. O conteúdo é o responsável pelo desenvolvimento da narrativa e por levar uma história até o cliente. É ele
que, na ponta, entrega a proposta de valor que a marca deseja passar para seus consumidores, e isso é feito,
hoje, pelo uso de técnicas de Marketing de Conteúdo.
3. Nesse momento, os canais de marca passam a ser fundamentais. As empresas buscam, elas mesmas, serem
as referências de seu segmento, produzindo e publicando conteúdo em seus canais, de forma a atrair, conquistar
e envolver o público-alvo.
Bons produtores de conteúdo interno devem atender a padrões elevados de jornalismo e integridade editorial.
Não devem ser tendenciosos em relação à marca para a qual trabalham e também precisam aprender com os
grandes produtores de Hollywood a construir histórias divertidas e instigantes.
Ainda de acordo com Philip Kotler, o processo de criação de conteúdo não tem começo, meio e fim. É tarefa
diária, processo contínuo que exige persistência.
Ele diz ainda que a criação do conteúdo pode realmente ser um negócio separado, mas aí temos uma questão
que precisa ser debatida pelos profissionais de Marketing: Eles precisam passar a ser multitarefas e atuar não
mais como mercadólogos, mas adquirir novas habilidades, como ser capazes de editar, ser bons redatores e
revisores.
Os profissionais de Marketing precisam ter certeza de que têm os recursos internos necessários para a
manutenção dos canais digitais, em longo prazo. O meio mais fácil é terceirizar esse trabalho, por meio da
contratação de uma agência ou empresa especializada no planejamento, produção e publicação do conteúdo.
Caso a empresa insista em manter profissionais dedicados dentro da empresa, deve-se pensar em uma estrutura
que privilegie, pelo menos, os seguintes postos:
1. Jornalista
2. Redator publicitário
3. Infografista/web designer
4. Coordenador/editor
5. Analista
JORNALISTA
Com talento para contar boas histórias e alinhavá-las com o conteúdo institucional, de forma a conquistar o
leitor/visitante pela identificação com a mensagem.
REDATOR PUBLICITÁRIO
INFOGRAFISTA/WEB DESIGNER
ANALISTA
Nem sempre a equipe dos sonhos é possível. Mas o alerta é importante: Mesmo com equipes pequenas, é
preciso levar em consideração o conteúdo, sua edição e sua formatação.
Outro recado importante: a presença de equipes multidisciplinares, formada por jornalistas e publicitários, pode
trazer mais criatividade e originalidade ao conteúdo.
Sobre fluxo de trabalho, sem ferramenta é quase impossível trabalhar, ainda mais quando falamos em grandes
volumes de conteúdo. Um dos segredos é adotar um software de gestão de fluxo, como o Trello, de forma a
organizar entrada de demandas, responsabilidades, prazos e status de entrega e aprovação.
Reuniões de definição de pautas são fundamentais para que as equipes possam pensar juntas nos
assuntos/temas que serão abordados pela marca.
Outro elemento importante é a adoção de ferramentas/canais que possam trazer insumos e pautas diferentes e
que sejam “fora da caixa”. Exemplo: O mapeamento de objeções.
Sabendo quais objeções a Persona teria ao “produto”, que medos, inseguranças e dúvidas ela tem sobre a
compra, fica muito mais fácil produzir conteúdos contendo contra-objeções e provas que dissolvam as mesmas.
EXEMPLO
Imagine uma pessoa que está pesquisando sobre um hostel (hospedagem coletiva), mas teme por sua
privacidade ou segurança. Cabe ao produtor de conteúdo criar conteúdos que eliminem esses “medos”
usando argumentações consistentes, tais como “Descubra como é seguro se hospedar em um hostel”.
Mapear objeções do público em relação ao que a empresa está tentando “vender” (seja um programa, um
conteúdo institucional etc) dá mais clareza às ações que podem ser realizadas para minimizá-las e prever crises
de reputação.
Uma boa O propósito é Onde encontrar as objeções? Entrevistas com seus times
estratégia criar conteúdos (marketing, vendas, suporte etc); entrevistas com o público;
de de contra- pesquisa junto ao público (Google Form, Survey Monkey etc);
conteúdo objeções que entrevistas com clientes da concorrência; pesquisa por dúvidas do
pode dissolvam as público nas redes sociais; pesquisa por dúvidas do público no
contribuir objeções, mas Google; pesquisas em plataformas onde consumidores se
para sem esquecer de agrupam (Reclame Aqui, Trip Advisor e outras).
dissolver
objeções adicionar provas
dos à argumentação.
clientes.
FREQUÊNCIA DE PUBLICAÇÕES
A calendarização das publicações varia muito conforme o cliente e suas necessidades. Não há uma fórmula que
abarque todos os casos.
CASO 01
Quando se trata de campanhas específicas, cria-se uma frequência maior – a sazonalidade é um elemento
importante a ser considerado na Gestão de Conteúdo.
CASO 02
Quando o interesse é manter os canais ativos apenas para marcar presença, provavelmente o fluxo de
publicações será menor.
CASO 03
Ideal é manter as plataformas o mais próximas possível do negócio e servindo de suporte em caso de
necessidade de acionamento.
É possível, ainda assim, prever alguma calendarização baseando-nos em três grandes classificações possíveis
de conteúdo.
Para mídias sociais, por exemplo, tal categorização pode ajudar a manter um canal atualizado e com conteúdos
diversos que atendam ao cliente por sua flexibilidade e interesses diferentes.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Conteúdo pago por uma empresa e publicado em canais de parceiros, visando a gerar maior consciência de
marca.
C) Conteúdo construído em colaboração com um influenciador, de forma que a empresa possa tirar partido da
audiência deste para gerar consciência de marca.
D) Estratégia de publicação de conteúdo em massa, com o interesse de alcançar a maior visibilidade possível
para a marca.
C) Uma mensagem bem elaborada que tem como objetivo converter um cliente.
GABARITO
Branded Content ou Comunicação por Conteúdo é uma estratégia cada vez mais adotada pelas marcas, que usa
conteúdo de qualidade para atrair o público. A marca passa, assim, a ser o centro da comunicação em seu
segmento, de forma a ganhar mais relevância devido ao conteúdo que publica.
No universo do Marketing, o conteúdo é visto como uma ferramenta comercial primordial para alcançar os
objetivos de marca.
MÓDULO 2
De nada adianta partir para os canais e para a criação de peças e textos, sem que se tenha pesquisado cenário,
analisado a concorrência e entendido o contexto das ferramentas.
Fonte: Shutterstock/Gorodenkoff
2. Caso seja empresa que está começando no mercado, avaliar o cenário do mercado (macro ambiente) e da
concorrência.
3. O público-alvo.
6. As linhas editoriais que serão usadas pela marca (tom de voz, universo semântico em geral, palavras-chave,
pilares de conteúdo, assuntos, temas recorrentes etc).
COMENTÁRIO
Uma boa análise de cenário é parte fundamental para compreender como a empresa/negócio está tanto para
dentro (cenários micro interno e externo) quanto para fora (cenário macro ambiente, relativo ao mercado).
Quais são os principais desafios daquele segmento hoje? Quem é o comprador típico daquele produto? Foi
realizada alguma pesquisa de mercado?
Para Tércio Strutzel (2015), os elementos principais de uma boa análise de cenário para um planejamento de
presença digital seriam:
1. Briefing
b. Histórico/tradição
c. Definição do negócio
d. Estágio de desenvolvimento
e. Capacidades e limitações
g. Infraestrutura
a. Recursos físicos
b. Recursos humanos
c. Recursos tecnológicos
a. Categoria
b. Características
c. Diferencial
d. Pontos positivos
e. Pontos negativos
1.3. Mercado
b. Sazonalidades
1.4. Concorrência
a. Concorrentes diretos
b. Concorrentes indiretos
c. Preços
1.5. Target
a. Sexo
b. Idade
c. Classe social
d. Região
e. Hábitos
Ainda sobre planejamento, vale lembrar que nem sempre é necessário cumprir todos os passos sugeridos por
Strutzel (2015).
Para clientes com maturidade digital menor (empresas/negócios que estão começando a usar o digital, ou seja,
criando sua presença), um bom planejamento semestral, com definição de objetivos, público-alvo, canais,
personas, temas e abordagens talvez seja o suficiente.
Para que o cliente faça parte do processo e se sinta mais próximo de seus canais e no controle da situação, o
prestador de serviço deve enviar um planejamento semanal de conteúdo, com textos e imagens para aprovação.
Lembrando que: medir, medir e medir – engajamento, alcance, sentimento, conversões etc ‒ é o segredo do
sucesso da gestão de canais digitais.
Usando como exemplo a presença em mídias sociais, podemos pensar em três variáveis em termos de grau de
maturidade do usuário:
NÍVEL INICIAL
Usa as mídias sociais exclusivamente como canais de promoção de conteúdo. Não tem grandes pretensões de
conversão, gestão de reputação nem posicionamento de marca. Quer apenas marcar presença. Sua
preocupação com resultados é rasa e, na maioria das vezes, quantitativa: Quer grandes volumes, tais como
número de compartilhamentos, curtidas, reposts, número de fãs, seguidores etc. Para clientes nesse estágio, o
desenvolvimento do planejamento completo, que contemple as linhas editoriais mais complexas, com conteúdos
que visem ao engajamento e às métricas de sentimento não são necessárias, já que ele está preocupado com
Presença.
NÍVEL INTERMEDIÁRIO
Usa as mídias sociais como plataformas de relacionamento e conversação. Nesse ponto, as preocupações são
um pouco mais complexas: As marcas buscam análises quantitativas e qualitativas – já entenderam, por
exemplo, que podem usar os canais não apenas para exposição, mas principalmente como meio de
comunicação, atendimento e relacionamento com o cliente. Os resultados esperados são comentários, aumento
de taxas de engajamento e envolvimento com as publicações em geral. Para este cliente, o desenvolvimento de
um planejamento completo, com linhas editoriais que envolvam criação de pilares de conteúdo e temas com foco
em atração e engajamento de público já é importante.
NÍVEL MADURO
Usa as mídias sociais não apenas para se conectar com seu público, mas como canais fundamentais para a
construção de marca, posicionamento e gestão de branding. Nesse estágio, os canais também são usados como
parte da estratégia de negócios (conversão, venda, geração de leads (cadastro) etc). As métricas de resultado,
aqui, são fruto do cruzamento de resultados quantitativos e qualitativos e resultados financeiros, inclusive. Para
clientes nesse estágio, é vital o desenvolvimento de um planejamento que inclua análise de cenário e, pensando
no conteúdo, desenvolvimento de linhas editoriais complexas focadas não só na atração de público, mas também
no engajamento, conversão e retenção dos clientes, já que o digital é o negócio dele.
Definido o nível de maturidade da marca, o caminho de tomada de decisão quanto aos objetivos a serem
alcançados pelo conteúdo se torna mais claro.
O que a marca deseja alcançar, primeiro, com aquele canal digital? Gestão de marca/Posicionamento? Apenas
marcar presença? Gerar engajamento com o público final? Gerar vendas? Conseguir leads?
BRAND AWARENESS
Consciência de marca. Esse objetivo vale tanto para marcas que estão começando no mercado (precisam
começar a ser conhecidas) quanto para marcas mais consolidadas, que utilizam os canais para não serem
esquecidas.
RELACIONAMENTO E PROXIMIDADE
Marcas buscam atender e se relacionar com o seu público por meio de canais digitais como mídias sociais, sites,
blogs e ferramentas de mensageria. Vale tanto para público interno (colaboradores e parceiros) quanto para
público externo.
INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE
Empresas buscam presença digital como diferencial competitivo. Querem mostrar ao público – e também à
concorrência – que são “antenadas”, modernas e criativas.
EFICIÊNCIA E EFETIVIDADE
o uso de conteúdo orgânico (não pago) , aliado à campanhas de marketing em canais digitais tem o potencial de
ser muito mais eficiente e com custo infinitamente menor que campanhas de publicidade em meios tradicionais
como rádio, televisão e jornal. O Custo de Aquisição por Cliente (CAC) é muito mais baixo quando o conteúdo é
direcionado via canais digitais à audiência correta.
CONVERSÃO EM VENDAS
Muitos empreendimentos adotam canais digitais para que estes se tornem pontos de venda de seus produtos. E
muitas ferramentas desempenham brilhantemente esse papel, tais como sites de e-commerce, social commerce
e aplicativos.
SOCIAL COMMERCE
Venda de produtos via Facebook ou Instagram, direto de “lojinhas” oferecidas por essas plataformas.]
Para a conversão em vendas, também é importante destacar o papel da publicidade como forma de atrair a
atenção do público.
Há formatos de anúncios digitais que servem para atrair a atenção do público e enviá-lo não só para outros
canais online – como e-commerce – mas também para o mundo offline. São ferramentas como Links
Patrocinados, anúncios em mídias sociais, anúncios em aplicativos e em sites em geral, por meio de banners.
LINKS PATROCINADOS
ATENÇÃO
Um dos aspectos mais importantes a ser considerado na definição dos objetivos é a não aceitação, por parte
do público, do velho “Marketing de Interrupção”, característica dos meios tradicionais, como a TV. Tais
anúncios interrompem a experiência de navegação e podem afastar o cliente da marca.
Um recurso muito usado hoje, oferecido por plataformas como Facebook, Instagram e Google, é o retargeting.
São os famosos “anúncios perseguidores”, mas que fazem parte do contexto de interesse e de busca dos
usuários. A experiência, assim, se torna menos invasiva e mais assertiva.
RETARGETING
Técnica capaz de exibir anúncios de empresas e ofertas que já foram acessadas ou vistas por usuários em
outros canais.
CONVERSÃO EM LEADS
Moeda muito cobiçada por empreendimentos, principalmente os que trabalham com públicos B2B (business to
business) , é o contato qualificado de clientes em potencial, os prospects.
Os leads – contatos, com nome, telefone, e-mail – são importantes para que se possa promover ações
posteriores de Marketing Direto, como e-mail marketing e WhatsApp.
A intenção é fazer com que os impactados por anúncios ou outros conteúdos - até mesmo orgânicos - interajam
com tais conteúdos e iniciem o processo de compra, que pode acontecer por meio de etapas pré-programadas
de acordo com o ciclo de vendas.
Quem trabalha com conversão de leads de forma profissional normalmente adota ferramentas de automação de
marketing, como Hubspot, Sales Force ou RD Station.
Para cada objetivo deve-se buscar audiência. Se temos conteúdo útil para oferecer, devemos partir para esta
busca fazendo com que o conteúdo alcance as pessoas e que seja encontrado e consumido.
Definida a audiência, vamos atrás dos canais e das estratégias a serem adotadas.
Uma vez tomada essa decisão, o conteúdo é distribuído de acordo com a vocação de cada canal, de forma a
cumprir sua função.
Planejamento de conteúdo
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Marcas em nível inicial de maturidade usam conteúdo em mídias sociais para estar mais próximas do público
e se relacionar com o cliente.
B) Marcas em nível avançado de maturidade não se importam mais com o relacionamento direto com o público
em mídias sociais, por isso automatizam os processos.
D) Marcas em estágio intermediário usam métricas quantitativas, se importando com volume – de seguidores, de
curtidas etc.
GABARITO
Marcas em estágio intermediário estão sempre pensando em como conversar/atender o público e já utilizam
métricas qualitativas e quantitativas. As marcas que estão em estágio inicial de maturidade costumam focar em
volume (de seguidores, curtidas, alcance etc).
Para uma marca que está começando no mercado e precisa ser conhecida, o primeiro objetivo precisa ser gerar
consciência de marca (Brand Awareness). Ao mesmo tempo, é importante focar em engajar o público. Para
conquistar parceiros, a geração de leads (cadastros) é essencial.
MÓDULO 3
DISTRIBUIÇÃO DE CONTEÚDO
Fonte: Shutterstock/0meer
Mídia paga: O cliente paga para alugar um espaço ou tempo em outro veículo que detém a audiência que ele
deseja impactar. Exemplo: TV, rádio, Google Adwords, Facebook Ads, Native Ads (publicidade nativa ou
contextual), anúncios no YouTube etc.
Fonte: Shutterstock/insta_photos
Mídia própria: Canais que pertencem ao cliente, onde ele detém o controle. Exemplo: Sites, blogs, aplicativos,
fanpages no Facebook, perfil no Instagram, LinkedIn Page.
Fonte: Shutterstock/Rawpixel.com
Mídia adquirida: Também conhecida como “mídia espontânea ou mídia ganha”, é decorrente de marketing boca
a boca, influenciadores, assessoria de imprensa etc.
Aplicando o Modelo Radial (Hub and Spoke), criado por Lee Odden, CEO da TopRank Marketing Online e editor
do Marketing Online Blog: o eixo do conteúdo digital torna-se o centro do universo de conteúdo.
Crie uma base (hub) social, de preferência um blog, para onde dirigir o tráfego social.
Passe algum tempo criando, otimizando e promovendo um grande conteúdo no eixo e aumentando as
redes nos raios da roda (spokes).
A exposição de conteúdo para comunidades autorizadas a publicar cria visibilidade editorial e links de volta
para o seu eixo.
Fonte: Elaborado pela Autora (2020), a partir de modelo radial (Hub and Spoke) – Lee Odden, CEO Top Rank.
A FUNÇÃO DO SITE/BLOG
Seguindo a linha defendida por Odden em seu Modelo Radial, o blog, como o site, pode se comportar como hub
do conteúdo digital e, ao redor dele, orbitarem os outros canais, dispostos a fortalecê-lo. De acordo com Tércio
Strutzel, há três pontos favoráveis para se adotar essa estratégia:
ETAPA 01
ETAPA 02
ETAPA 03
Blogs costumam ser amigáveis ao Google (blogs desenvolvidos na plataforma WordPress são mais amigáveis
ainda).
Mas por que as redes sociais não podem exercer o mesmo papel?
Embora sejam mais indicadas para compartilhamento, o grande volume de pessoas circulando por esses
ambientes justifica a publicação direta de conteúdo, pois o potencial de viralização é grande.
Fonte: Shutterstock/Undrey
Ainda há muita discussão se o blog continua sendo uma ferramenta eficaz, tal qual se mostrava no início da
década de 2000, quando o fenômeno explodiu. Dada a função de gerar credibilidade, seu uso como hub de
conteúdo e seu alto poder de indexação pelas ferramentas de busca, o blog continua se mostrando uma
ferramenta interessante, principalmente para projetos de Marketing de Conteúdo.
Assim como sites, blogs precisam ser construídos ‒ e nutridos ‒ com técnicas de SEO Um conteúdo de
qualidade, usando as palavras-chave ideais que “casem” com o comportamento de buscas dos usuários, pode
ajudar um pequeno empreendimento a ser bem ranqueado pelo Google (assumir as primeiras posições na busca
orgânica, ou seja, não paga, do buscador).
Por demandar muita produção de conteúdo (e de qualidade), o blog raramente é visto como prioridade pelos
empreendimentos, que acabam optando por mídias sociais e anúncios em buscadores. Mas é uma ferramenta
interessante, pois gera tráfego de longo prazo.
E os sites, não podem exercer o mesmo papel? Por natureza, sites são mais estáticos. Além disso, podem conter
a função blog dentro do mesmo domínio e se beneficiar da agilidade de publicação do blog e, ainda assim,
garantir uma presença mais “institucional”.
SEO
SAIBA MAIS
Para entender mais de comportamento de buscas, vale conhecer o Google Trends. Nele é possível ter
noção da evolução das buscas e do interesse sobre assuntos buscados. A ferramenta é intuitiva e de fácil
configuração, oferecendo filtros como período e região de interesse e comparação de palavras-chave.
Outra ferramenta útil é o Google Adwords, com o seu Planejador de Palavras-Chave, que indica o
comportamento de buscas, o volume de buscas por palavra e a competição por esta na ferramenta ‒ que é
usada pelo Google para a venda dos Links Patrocinados. A lógica do Adwords é a mesma do Google Trends:
A partir da inserção de termos de interesse, o Google retorna com resultados relevantes para a escolha de
palavras.
E-MAIL MARKETING
Muito se pergunta sobre a sobrevida do e-mail enquanto ferramenta de comunicação entre pessoas, o que faz
certo sentido, na medida em que serviços de mensageria em geral, como WhatsApp e Telegram, há tempos
substituíram o e-mail como canal de conexão entre pessoas. Mas o e-mail marketing ainda é muito utilizado no
marketing e costuma funcionar bem, desde que seja bem produzido e direcionado ao público certo.
Há quatro tipos de e-mail marketing e, muitas vezes, desenvolvem-se híbridos entre eles. Eles são divididos
conforme sua função e podem ser usados em estratégias cruzadas de canais, algumas vezes como peças de
entrada, outras vezes como peças intermediárias da oferta, direcionando-a para uma landing page.
TRANSACIONAIS
(modelo um para um) ‒ Notificações de ações ou atualizações de status, confirmação de cadastros realizados em
sites.
PROMOCIONAIS
VENDAS
São a vitrine que leva até a conclusão da venda. Na peça há preço exposto e o call to action é o que direciona
para a landing page da oferta.
NEWSLETTERS
É o e-mail de notícias, que informa e educa o público-alvo, enviado uma vez por semana ou de 15 em 15 dias.
MÍDIAS SOCIAIS
Mídia social pode ser entendida como um conjunto de plataformas digitais nas quais é possível trocar informação
de maneira multilateral, como em sites de redes sociais, blogs, chats, hospedagem de vídeos e fotos.
Assim como em outros conceitos relacionados ao universo digital, uma definição única para as mídias sociais não
existe, bem como uma taxonomia ideal de canais.
Conforme vemos no quadro a seguir, há diversas categorias de mídias sociais que podem ser adotadas com
objetivos diferentes, cada uma oferecendo uma vocação diferente.
CATEGORIA FUNÇÃO EXEMPLO
Facebook, LinkedIn,
Redes sociais Perfis, fanpages de empresas
Instagram
A afirmação faz ainda mais sentido quando avaliamos os dados de acesso às ferramentas no Brasil, que
apresenta média de utilização entre as maiores do mundo. Conforme pesquisa Digital in 2020, realizada pela
Hootsuite e We Are Social, o país tem hoje 150 milhões de internautas; destes, 140 milhões são usuários ativos
de mídias sociais.
Dentre as mídias sociais mais usadas no Brasil destacam-se o YouTube (96% de utilização pelos brasileiros com
idades entre 16 e 64 anos); Facebook (90%); WhatsApp (88%); Instagram (79%); Messenger (66%); Twitter
(48%); Pinterest (40%) e LinkedIn (37%).
Fonte: Pesquisa We Are Social 2020
Conhecendo as categorias de mídias sociais e entendendo seu potencial de penetração junto ao público, a
próxima decisão a ser tomada é: que mídia social é mais indicada para o meu negócio?
Tentando facilitar o processo, enumeremos os itens que devem ser avaliados na escolha de uma plataforma
desse tipo:
ETAPA 01
Em que mídias sociais há maior pertinência para dialogar com o meu público?
ETAPA 02
Faz sentido a marca estar presente em todas ou em mais de uma?
ETAPA 03
Que formatos de conteúdo devo adotar em cada uma dessas plataformas?
ETAPA 04
De que maneira posso mensurar minha performance em tais canais?
Também é preciso definir que mídias sociais são mais usadas pelo público-alvo e como ele se expressa nelas –
em relação às ferramentas internas e à linguagem, principalmente.
Conhecer a forma como o público se comunica nas redes é fundamental para garantir engajamento. Marcas são
“penetras” em uma rede na qual os atores principais são as pessoas.
Para Paulo Faustino (2019), das razões para trabalhar conteúdos nas redes sociais destacam-se:
a) São os locais onde o público está presente e no qual as pessoas passam mais tempo ao longo do dia.
b) Nas redes sociais, o conteúdo é amplificado. Partilhas de conteúdo geram amplificação das matérias (leia-se
conteúdo).
c) Redes sociais são o local correto para atender a potenciais clientes e esclarecer dúvidas.
d) Anúncios de Facebook, Instagram, LinkedIn são acessíveis e permitem que a mensagem chegue a milhares
de pessoas a um custo baixo.
f) Redes sociais são um complemento para todas as outras estratégias de conteúdo ‒ blog, vídeos, cursos etc.
GATILHOS MENTAIS
Para chegar o mais próximo do que sente o cliente e oferecer alívio sob o formato de produto, tem crescido a
adoção de técnicas de Copywriting, que lançam mão dos gatilhos mentais, recursos de texto usados para
desencadear uma série de princípios psicológicos inconscientes que influenciam diretamente a decisão das
pessoas.
De acordo com Paulo Maccedo (2019), os gatilhos funcionam com base na necessidade que o cérebro humano
tem de criar atalhos para tomar decisões sem ter que passar por um raciocínio crítico e gastar mais energia.
Hoje, usa-se gatilhos mentais em praticamente todas as plataformas digitais nas quais os negócios buscam a
conversão – em vendas ou em leads ‒ como objetivo estratégico.
A técnica funciona em links patrocinados, mídias sociais (posts pagos ou orgânicos), e-mail marketing, posts em
blogs, e-commerce e até mesmo em aplicativos.
Gatilhos mentais não são usados apenas para vender produtos e serviços, mas em discursos políticos,
programas de TV e noticiários. A ideia é encurtar a distância entre o emissor e o receptor da comunicação.
PRINCÍPIO DA RECIPROCIDADE
Determina que devemos retribuir com favores e concessões quando alguém nos faz uma cortesia ou favor.
Exemplo: Amostra grátis = experimentação + reciprocidade. O consumidor se sente compelido a adquirir o
produto que experimentou, para retribuir a cortesia.
PRINCÍPIO DA AFEIÇÃO
Temos uma tendência natural a dizer sim aos pedidos de quem conhecemos e gostamos. Esse é o gatilho mental
usado pela Tupperware, que se apoia nas relações de amizade e confiança entre pessoas para vender seus
produtos. As revendedoras, que são estimuladas a promover encontros domésticos sobre os produtos, são
conhecidas, que testaram o produto, têm em casa e amam. Essa técnica também é usada pelos influenciadores,
que são seguidos pelas pessoas, têm sua afeição e, no meio do caminho, vendem algo.
PRINCÍPIO DA AUTORIDADE
Não estamos habituados a checar a veracidade dos títulos que alguém diz ter. Basta anunciar a posse. Temos a
tendência em confiar em alguém que se vende melhor e, assim, adquirir produtos de quem julgamos que seja
“autoridade”.
PRINCÍPIO DA ESCASSEZ
São os famosos “últimas vagas”, “somente hoje”. Usa-se a disponibilidade de um produto ou serviço para decidir
sobre sua qualidade. Pessoas são mais motivadas pelo medo de perder algo que pela vantagem de ganhar algo
de mesmo valor.
Distribuição de conteúdo
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. MÍDIAS SOCIAIS SÃO IMPORTANTES CANAIS DE COMUNICAÇÃO DIRETA COM O
PÚBLICO DAS EMPRESAS. DE ACORDO COM O QUE VOCÊ ESTUDOU ATÉ AGORA,
QUAL SERIA A DEFINIÇÃO MAIS APROXIMADA DO CONCEITO DE MÍDIA SOCIAL?
A) Canais usados por empresas para conversar diretamente com o seu público de forma “orgânica” e paga,
usando-os como plataformas de mídia, substituindo em alguns casos, inclusive, as mídias tradicionais.
B) Sites, aplicativos, feeds agregadores ou quaisquer plataformas que permitam a comunicação direta de
pessoas com empresas.
C) Plataformas digitais que oferecem a possibilidade de empresas fazerem campanhas de publicidade visando a
atingir seu público-alvo.
D) Plataformas digitais nas quais os usuários podem trocar informação entre si, de maneira multilateral, e nas
quais as empresas entram para trocar e fornecer informações também.
B) Gerar maior valor para a mensagem, fazendo com que o cliente se engaje melhor com a publicação.
GABARITO
1. Mídias sociais são importantes canais de comunicação direta com o público das empresas. De acordo
com o que você estudou até agora, qual seria a definição mais aproximada do conceito de mídia social?
Mídias sociais são plataformas de conversação entre pessoas e de troca incessante de informações, de forma
multilateral, numa construção coletiva de conhecimento. Empresas apostam nas plataformas porque, além de
usá-las como forma de chegar ao público-alvo e vender produtos e serviços, são pontos de contato para
conhecer interesses e comportamentos do público.
2. De acordo com o que você aprendeu neste módulo, Gatilhos Mentais são estratégias de conteúdo
utilizadas pelas empresas para:
MÓDULO 4
A Linha Editorial servirá de guia para as postagens em mídias sociais, textos em sites, posts em blogs, e-mail
marketing e outros.
Em que momento o conteúdo será publicado, com que frequência, para qual público, com que objetivo?
O que é preciso definir no desenvolvimento de uma Linha Editorial:
Tom de voz da marca (baseado no universo semântico já existente, caso já tenha sido desenvolvido).
Definição de Persona.
Fluxo de publicação.
Calendarização.
ATENÇÃO
Sobre tom de voz e linguagem em geral, vale frisar que cada marca utiliza seu próprio repertório de universo
semântico. Em caso de marca nova, é preciso criar tal universo semântico e, a partir daí, entender qual será
seu tom de voz.
Definir tom de voz será pensar em leveza ou não, bom humor ou não. Falar a linguagem do cliente não significa,
é claro, manter diálogos em tom vulgar ou abusar da utilização de elementos como hashtags ou memes.
Vale a pena considerar o uso do humor nas postagens, justamente porque o humor é uma das formas mais
eficazes de engajamento. Mas usar o humor como elemento de engajamento é diferente de ser
“engraçadinho” e parecer moderno e “antenado”.
É preciso conhecer seu público, aquele com o qual deseja abrir canais de comunicação, conversar com ele e,
sobretudo, ouvi-lo. Mais do que isso, é necessário manter contato frequente e estar presente nas dinâmicas das
redes, aderindo aos seus contextos e às suas evoluções. Lembrando que a Publicidade já tira partido disso há
muito tempo, adotando bordões e outros estímulos fonéticos e visuais que promovem a fixação do conteúdo na
memória do público.
Como elementos muito próprios do universo cultural da web, os memes mostram que a empresa está “antenada”,
é criativa e faz parte do coletivo – se está todo mundo rindo de algo, ela entra na brincadeira também. Mas
sempre com bom senso, uma vez que sua imagem está exposta e reputação é a maior das moedas.
Ainda sobre tom de voz, é o que gera impacto no consumidor. De acordo com Rafael Rez (2016), o tom de voz é
o que fica registrado no subconsciente quando ele vai escolher sua empresa em vez do serviço concorrente.
Rez (2006) cita o exemplo da Harley Davidson, que prega uma mensagem de liberdade e seus principais clientes
são pessoas que passam a semana “presas” em escritórios, mas nos finais de semana podem pegar suas
motocicletas e partir rumo à liberdade. A Harley costuma ser ligeiramente provocativa, buscando despertar o
‘rebelde adormecido’ em cada um de seus clientes.
PROPOSTA DE VALOR
Há, ainda, um componente adicional: O que a marca tem a dizer? Que assuntos deve abordar? Qual é a história
da marca e o que ela pretende contar?
Neste ponto, vale destacar o importante papel na construção de uma Proposta de Valor que faça sentido para a
marca e para o público.
Como criar diferenciais competitivos para um empreendimento e destacá-lo junto aos competidores?
A proposta de valor é o elemento do marketing responsável por destacar um negócio, posicionando-o para seu
público como melhor que a concorrência.
O objetivo dessa promessa de valor é reforçar a capacidade da marca em resolver as dores do cliente,
garantindo mais vendas. Todo potencial cliente carrega dentro de si uma grande possibilidade de ser convertido.
Ao mesmo tempo, está munido de medos, inseguranças e dúvidas (MIDs).
O Marketing de Conteúdo trata esses sentimentos como objeções. Entender o consumidor, seus medos e
aflições, e oferecer produtos que colaborem para sanar seus problemas pode ser a maneira mais eficiente de
promover um negócio ou um produto.
As pessoas vão para a internet buscar informação e, descobrindo quais são suas pesquisas e dúvidas, é possível
criar conteúdo útil.
PERSONA
Ferramenta amplamente utilizada pelos profissionais de Marketing e de Marketing Digital, é diferente do público-
alvo. De acordo com Paulo Faustino, embora possam parecer conceitos semelhantes, na realidade são bem
distintos no nível de profundidade e, contrariamente àquilo que se pensa, não são sinônimos um do outro.
Persona
Anabela Faria tem 28 anos, é formada em Gestão. Adora viajar e praticar esportes com regularidade. É adepta
de uma alimentação saudável à base de alimentos biológicos. Trabalha 50 horas por semana e apresenta um
rendimento anual de R$100 mil reais. Tem o sonho de criar o seu próprio negócio de gestão de empresas.
Público-alvo
Homens e mulheres, entre os 22 e os 35 anos, formados em Gestão de Negócios, moradores da região X, com
interesse em Gestão de Empresas e Negócios.
No quadro a seguir, descrevemos alguns elementos comumente utilizados no desenvolvimento de uma Persona.
OBJETIVOS DORES
CARACTERÍSTICAS DESAFIOS E
FUNÇÃO/CARGO (PESSOAIS E (ASPECTOS
DEMOGRÁFICAS MOTIVAÇÕES
PROFISSIONAIS) PSICOLÓGICOS)
O que significa
Como o trabalho Como mostrar O que essa
ser bem-sucedido
Estado civil da persona é para ela que ela persona mais
para essa
medido? tem essa dor? valoriza?
persona?
Quais as
Como sua Que benefício
consequências
Que habilidades empresa, produto superar esse
Formação futuras de não
são necessárias? ou serviço resolve desafio trará à
resolver o
essa dor? persona?
problema logo?
Qual
O que essa
Nacionalidade/ conhecimento e
persona mais
naturalidade ferramentas essa
valoriza?
persona usa?
A resposta é: Depende!
Quanto mais personas, mais segmentada sua estratégia será. Ela pode ser mais assertiva, mas corre o enorme
risco de virar um pesadelo gerencial. Ter um número menor de personas possibilita ser razoavelmente assertivo e
dá agilidade para a gestão do conteúdo. Lembre-se de classificar personas por interesses, e não por produtos.
COMENTÁRIO
Lembrando que a Persona é uma ferramenta que visa a colaborar para o desenvolvimento do tom de voz e
da eleição dos conteúdos que serão produzidos e publicados. Se ela não está facilitando o trabalho de
gestão, é melhor ser abandonada ou reformulada.
Conteúdos em geral.
Pesquisas de mercado.
Fonte: Shutterstock/VectorMine
B) Persona e público-alvo são a mesma coisa, só que Persona é adotada em canais digitais em geral.
A) A afirmação está incorreta. A Persona não pode nem deve ser inventada, correndo-se o risco de toda a
estratégia de conteúdo ruir, uma vez que ela representa um grupo de consumidores com perfis semelhantes ao
dela.
B) A afirmação está correta, pois a estratégia é criada pelo dono da marca e ele decide o tom de voz que deseja
imprimir à marca e ao público que deseja alcançar.
C) A afirmação está correta, pois uma vez que se decide a Persona, todo o conteúdo é adaptado às suas
características e ao uso que aquele determinado público faz dos canais digitais.
D) A afirmação está incorreta, pois a Persona não pode ser inventada, mas ela não necessariamente precisa
representar as características de um grupo de clientes.
GABARITO
1. Pelo que estudamos sobre Persona, qual seria a definição mais aproximada dessa ferramenta de
gestão de conteúdo digital?
A Persona (buyer persona, aqui neste caso) é uma ferramenta que nos permite a criação e publicação de
conteúdo focado no público ideal e principalmente em suas dores e aflições. O ideal é casar o que o público
precisa com o que a marca tem a oferecer para esse público.
2. Considere a afirmação a seguir e verifique se está correta e o porquê. A Persona pode ser inventada, já
que é um elemento estratégico que pode colaborar com o desenvolvimento do tom de voz de uma marca
nos canais digitais e representa um grupo de clientes com características semelhantes às dela.
A Persona não pode nem deve ser inventada porque, caso contrário, toda a estratégia de conteúdo – tom de voz,
canais, temas a serem abordados ‒ pode estar em desacordo com todo um cluster (grupo) de clientes
representados por ele.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Digital já é uma realidade para todas as marcas e, ao mesmo tempo, um desafio. Os clientes estão online,
gastam muitas horas de seu dia navegando em mídias sociais, conversando com amigos e familiares,
pesquisando, aprendendo sobre produtos, comparando e comprando em canais digitais. O comportamento
mudou sensivelmente e não é mais possível ficar de fora dessa mudança.
Mas gerir conteúdo digital é mais do que escolher canais. Como vimos nessa apostila, é preciso investir
fortemente em planejamento, organização de equipe ou contratação de fornecedores, definir proposta de valor,
tom de voz da marca e, principalmente, os objetivos a serem alcançados.
O número de canais a serem explorados cresce exponencialmente. Hoje, além das mídias sociais, uma marca
pode explorar ferramentas de Google, e-mail marketing, aplicativos de mensageria como WhatsApp e Telegram,
além de canais tradicionais como blogs e sites. Para tudo isso, é preciso organização e definição de frequência.
É preciso, ainda, aprender a medir e qualificar os resultados, buscando compreender se os investimentos têm
surtido o efeito desejado.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
FAUSTINO, P. Marketing Digital na Prática. São Paulo: DVD Editora, 2019
MACCEDO, P. Copywriting – O método centenário de escrita mais cobiçado do mercado americano. São Paulo:
DVS, 2019.
MONTEIRO, D.; AZARITE, R. Monitoramento e Métricas de Mídias Sociais: Do Estagiário ao CEO. São Paulo:
DVS, 2012.
ODEN, L. Lee Odden Bio. In: TopRank Marketing. Consultado em meio eletrônico em: 21 out. 2020.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia:
CURRÍCULO LATTES