História
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SUMÁRIO
1. CONCEITO ..........................................................................................................................3
3. EXEMPLO ............................................................................................................................5
5. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................... 15
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1. CONCEITO
como uma “narração crítica e pormenorizada de factos sociais, políticos, económicos, militares,
culturais ou religiosos, que fazem parte do passado de um ou mais países ou povos”. No sentido
da arquitectura pode abranger as várias áreas mencionadas, como também questões ambientais
e urbanas. Actualmente, as cidades reflectem esta diversidade histórica, sendo bastante comum
cultura urbana dos cidadãos, proporcionando uma vivência distinta dos espaços, consoante a
época em que se desenvolve. Ou seja, o mesmo espaço pode ser utilizado de formas distintas
período e o começo de outro. Os cinco períodos mais importantes, passam pela pré-historia,
idade antiga, idade média, idade moderna e idade contemporânea. Neste sentido, todas as fases
descritas, foram cruciais para o desenvolvimento do presente, assim como outros campos de
evolução no tempo, isto significa que actualmente as referências e estudos do passado, servem
de exemplo e inspiração para a época actual. Durante o período arcaico, a arquitectura passou
por experiências, incertezas e através destas, foi possível melhorar métodos construtivos e utilizar
novas materialidades. Por exemplo quando surgiu a revolução industrial, com a introdução do
vidro, do ferro, das novas técnicas de produção e construção foi possível evoluir na cultura
arquitectónica.
Em suma, este conceito torna-se essencial para a evolução dos vários campos da ciência,
que permite a evolução da espécie humana e influência a nossa forma de estar, pensar e viver.
Sem registos históricos teríamos estagnado, pois não existiriam dados de estudos para o nosso
progresso.
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2. ANÁLISE BIBLIOGRÁFICA
A história apresenta-se como uma reflexão do passado nas cidades actuais, sendo
impossível analisar as cidades sem ter em conta a base histórica. Isto é evidente no livro de Aldo
Rossi “A arquitectura da cidade”, quando o autor afirma “As cidades são o texto dessa história;
ninguém pode imaginar seriamente estudar os fenómenos urbanos sem se colocar esse
problema, e talvez este seja o único método positivo, porque as cidades se oferecerem a nós
através dos factos urbanos determinantes, em que é preeminente o elemento histórico.”1
Quando falamos de questões ligadas ao urbanismo, este conceito desempenha uma
função estrutural, nomeadamente na tipologia da malha urbana, por exemplo os espaços urbanos
desenvolvem-se entre espaços cheios e vazios e é nesta dicotomia que a história assume um
papel relevante. No entanto isto é mais evidente nas cidades europeias, “(…) estabelecer uma
relação entre o seu passado e a fisionomia das principais capitais europeias.”2
Ao longo da história da arquitectura, cidades com uma grande dimensão, são as que
reúnem um maior estudo, não só pelo edificado como também pela forma como se organizam.
Muitas vezes a forma é mais importante que a função, Aldo Rossi afirma que “Ao descrever uma
cidade, ocupamo-nos predominantemente da sua forma; essa forma é um dado concreto que se
refere a uma experiência concreta (…)“3 Neste sentido, cidades como Atenas, Berlim, Paris, Roma
e Florença apresentam um centro histórico como um palimpsesto. Exemplo disto, é a cidade de
Florença, a grande percursora no desenvolvimento do renascimento, onde existem “funções
fundamentais que podem ser expressas pelas formas de uma cidade: circulação, aproveitamento
dos espaços mais importantes, pontos-chave focais. (…) sem dúvida a cidade tem uma história
económica, cultural e política de grandes proporções e a evidência visual deste passado é
responsável por grande parte da forte expressão florentina.”4
Muitos dos edifícios históricos, representam muitas vezes a imagem de uma cidade ou até
mesmo uma área de menor dimensão, quase como se tratasse de um símbolo. Monumentos,
como a Acrópole de Atenas, o Panteão, a Torre Eiffel, a Catedral Duomo de Florença, entre
outros são ícones que identificam o espaço urbano onde se inserem e simultaneamente fazem
parte da cultura arquitectónica. Esta importância pela conservação histórica está patente ao longo
dos vários capítulos do livro de Rossi, sintetizando na seguinte frase, “(…) carácter essencial de
elemento conservador dos monumentos e, para nós, do valor da fundação da cidade e da
transmissão das ideias na realidade urbana. De facto, neste meu esboço de teoria urbana dou
grande valor aos monumentos (…)”5
1 Rossi Aldo (2001), A arquitectura da cidade, Martins Fontes, São Paulo. p.193
2 Ibid., p.197
3 Ibid., p.13
4 Lynch Kevin (1960), A imagem da cidade. Edições 70, Lisboa p.103/104
5 Rossi Aldo (2001), A arquitectura da cidade, Martins Fontes, São Paulo. p.7
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3. EXEMPLO
3.1. Interpretação da Igreja Santa Justa
6 Campos, Maria Amélia e Botelho, Maria Leonor (2017). A cidade Palimpsesto - Criar e recriar o
desaparecido. O sitio e a igreja românica de Santa Justa de Coimbra na cidade de hoje. p1
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Após análise e levantamento da zona de intervenção e a sua envolvente, concluo que este
lugar apresenta diversas falhas com características muito distintas no planeamento urbano, no
que diz respeito ao desenho da cidade e à fisionomia urbana. Começo por destacar a rua da
Sofia, por se tratar de uma zona que foi classificada como património mundial da humanidade e
por ser a rua principal da baixa, esta é predominantemente de uso rodoviário, sendo de difícil
circulação nas horas de maior tráfego, causando perigo para os próprios peões, excesso de ruído
e poluição para o edificado e degradando sobretudo os edifícios históricos. Esta problemática
comporta algumas consequências também às ruas secundárias, localizadas nas suas imediações,
que vêem a dinâmica da sua utilização limitada pelas dificuldades descritas anteriormente. Deste
modo, a rua direita, apresenta-se como uma via de reduzida procura pelos cidadãos, o que
provoca o aumento da insegurança. Uma vez que se trata de um lugar onde reside uma
população mais envelhecida e é frequentado por população toxicopendente, foi nos proposto
projetar um centro de apoio à comunidade.
A estratégia proposta debruça-se sobre dois pontos principais, o primeiro tem como
objetivo atrair uma maior população e o segundo refere-se à gestão do espaço urbano,
propondo uma interação entre o existente e o desenho pretendido. Neste sentido, reduzi a
circulação do número de veículos da rua da Sofia, propondo que esta via se torne num único
sentido, aproveitando o espaço libertado, para maior fluxo pedonal, através da ampliação do
passeio, desta forma pretendo valorizar mais esta avenida e proteger os edifícios mais históricos.
Além disto, na zona prevista para o metro, actualmente a rua é usada por veículos, apresenta-se
como um espaço amplo, vazio e degradado, pretendendo, deste modo, alterar a metodologia
desde lugar de forma a transformar num local para peões e facilitando a sua articulação entre a
zona histórica e a rua direita. Ainda com este objectivo, com o intuito de reordenar o espaço
urbano, desenvolve-se neste local, um jogo de rampas e escadas a fim de solucionar a empena
existente entre a rua da moeda e a rua João Cabreira. Paralelamente a esta solução sugiro uma
nova construção com a finalidade de proporcionar residências para o estudantes universitários,
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desta forma cria maior movimento e vivacidade por parte dos jovens, na baixa da cidade. Com
estas duas formas de experienciar o mesmo local, uma parte mais pública, contrastando com uma
parte mais privada, resolvo a diferença de cotas existente, assim como a falta de organização
entre os locais de circulação nas traseiras da rua da moeda.
No terreiro da Erva, o reordenamento urbano é desenhado, tendo por base a cartografia
referente à figura 2, deste modo tirei partido do gesto circular, já existente na Igreja Santa Justa,
o que originou uma praça com uma forma em “V”. Com o intuito de adquirir uma unidade neste
espaço, demoli os edifícios da entrada para a rua direita, aumentando o edifício da cerâmica,
para que possa inserir uma parte do equipamento neste espaço, nomeadamente as oficinas, a fim
de desenvolverem-se actividades nesse âmbito. Também neste espaço desenhei um pátio semi
privado, o que originou um local de “receção”, tanto para o terreiro, como para a rua direita. Para
reforçar esta ideia de entrada, criei uma Loggia com colunas, contendo uma plataforma a 1 metro
de altura, onde se desenvolve uma zona de convivo/apoio ao comércio, entre a rua Simões de
Castro e a rua do Carmo, com objetivo de tirar proveito da luz natural em ambos os alçados e
assim permite um dinamismo entre estas ruas e o terreiro.
De uma escala maior para uma escala mais reduzida, insere-se o programa, tendo como
gesto central a comunicação do edifício com a igreja. A construção é dividida em dois blocos
principais que se unem através da cobertura da Igreja Santa Justa. Sendo o elemento central a
igreja, tirei proveito da entrada principal desta, assim permito a circulação entre a distintas áreas
do edifício. À esquerda, temos acesso à piscina e ginásio e do lado direito o volume que se
encontra agarrado à envolvente, é composto por três andares, no rés do chão, espaço de receção
e zonas de refeição, onde é possível ter acesso a um pátio exterior. No 1º andar encontram-se as
salas e a biblioteca e por fim no 2º andar é destinado à área administrativa.
Desta forma concluo que a historia, o património e urbanismo são elementos que
“comunicam” entre si e nos ajudam a perceber como é que a arquitectura de desenvolve ao
longo dos períodos. A interpretação e evolução de um espaço, tendo em conta a memória e a
história do edificado tornam-se essenciais para a leitura de um lugar.
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5. BIBLIOGRAFIA
5.1 - Webgrafia
A’ c e r c a d e C o i m b r a , a c e d i d o a 2 6 d e D e z e m b r o d e 2 0 2 0 e m : h t t p s : / /
acercadecoimbra.blogs.sapo.pt/coimbra-do-adro-de-santa-justa-ao-19434
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