25 Estudos Biblicos Basicos - in - A. Schaeffer, Francis
25 Estudos Biblicos Basicos - in - A. Schaeffer, Francis
25 Estudos Biblicos Basicos - in - A. Schaeffer, Francis
PREFÁ CIO
INTRODUÇÃ O
SEÇÃ O UM: DEUS
CAPÍTULO UM: O DEUS DA BÍBLIA
CAPÍTULO DOIS: CRIAÇÃ O
SEÇÃ O DOIS: COMO DEUS LIDA COM O HOMEM
CAPÍTULO TRÊ S: DEUS E O HOMEM
CAPÍTULO QUATRO: A GRAÇA DE DEUS (A)
CAPÍTULO CINCO: A GRAÇA DE DEUS (B)
CAPÍTULO SEIS: PROFECIAS DO ANTIGO TESTAMENTO SOBRE A VINDA DO MESSIAS
CAPÍTULO SETE: CRISTO, O MEDIADOR (SUA PESSOA)
CAPÍTULO OITO CRISTO, O MEDIADOR (SUA OBRA: PROFETA)
CAPÍTULO NOVE: CRISTO O MEDIADOR (SUA OBRA: SACERDOTE)
CAPÍTULO DEZ: CRISTO, O MEDIADOR (SUA OBRA: REI)
CAPÍTULO ONZE: A HUMILHAÇÃ O E EXALTAÇÃ O DE CRISTO
SEÇÃ O TRÊ S: SALVAÇÃ O
CAPÍTULO DOZE: SALVAÇÃ O (COMO?)
CAPÍTULO TREZE: JUSTIFICAÇÃ O
CAPÍTULO CATORZE: O NOVO RELACIONAMENTO (ADOÇÃ O)
CAPÍTULO QUINZE: O NOVO RELACIONAMENTO (IDENTIFICADO E UNIDO COM DEUS, O
FILHO)
CAPÍTULO DEZESSEIS: O NOVO RELACIONAMENTO (DEUS, O ESPÍRITO SANTO, HABITA
NO CRISTÃ O)
CAPÍTULO DEZESSETE: O NOVO RELACIONAMENTO (A IRMANDADE DOS CRENTES)
CAPÍTULO DEZOITO: NUNCA MAIS PERDIDO
CAPÍTULO DEZENOVE: SANTIFICAÇÃ O (A)
CAPÍTULO VINTE: SANTIFICAÇÃ O (B)
CAPÍTULO VINTE E UM: SANTIFICAÇÃ O (C)
CAPÍTULO VINTE E DOIS: GLORIFICAÇÃ O NA MORTE
CAPÍTULO VINTE E TRÊ S: GLORIFICAÇÃ O NA RESSURREIÇÃ O
SEÇÃ O QUATRO: AS COISAS DO FUTURO
CAPÍTULO VINTE E QUATRO: O MUNDO EXTERNO E O POVO DE DEUS
CAPÍTULO VINTE E CINCO: OS PERDIDOS
PARTE DOIS: DOIS CONTEÚ DOS, DUAS REALIDADES
PREFÁ CIO DO EDITOR AMERICANO
CAPÍTULO UM: SÃ DOUTRINA
CAPÍTULO DOIS: RESPOSTAS HONESTAS PARA PERGUNTAS HONESTAS
CAPÍTULO TRÊ S: VERDADEIRA ESPIRITUALIDADE
CAPÍTULO QUATRO: A BELEZA DOS RELACIONAMENTOS HUMANOS
SOBRE O LIVRO:
25 Estudos Bíblicos Básicos
Incluindo
Dois conteúdos,
Duas realidades
Francis A. Schaeffer
Prefá cio de Udo W. Middelmann
EDITORA MONERGISMO
1 a ediçã o, 2015
1000 exemplares
SUMÁRIO
PREFÁ CIO
INTRODUÇÃ O
SEÇÃ O UM: DEUS
CAPÍTULO UM: O DEUS DA BÍBLIA
CAPÍTULO DOIS: CRIAÇÃ O
SEÇÃ O DOIS: COMO DEUS LIDA COM O HOMEM
CAPÍTULO TRÊ S: DEUS E O HOMEM
CAPÍTULO QUATRO: A GRAÇA DE DEUS (A)
CAPÍTULO CINCO: A GRAÇA DE DEUS (B)
CAPÍTULO SEIS: PROFECIAS DO ANTIGO TESTAMENTO SOBRE A VINDA DO MESSIAS
CAPÍTULO SETE: CRISTO, O MEDIADOR (SUA PESSOA)
CAPÍTULO OITO CRISTO, O MEDIADOR (SUA OBRA: PROFETA)
CAPÍTULO NOVE: CRISTO O MEDIADOR (SUA OBRA: SACERDOTE)
CAPÍTULO DEZ: CRISTO, O MEDIADOR (SUA OBRA: REI)
CAPÍTULO ONZE: A HUMILHAÇÃ O E EXALTAÇÃ O DE CRISTO
SEÇÃ O TRÊ S: SALVAÇÃ O
CAPÍTULO DOZE: SALVAÇÃ O (COMO?)
CAPÍTULO TREZE: JUSTIFICAÇÃ O
CAPÍTULO CATORZE: O NOVO RELACIONAMENTO (ADOÇÃ O)
CAPÍTULO QUINZE: O NOVO RELACIONAMENTO (IDENTIFICADO E UNIDO COM DEUS, O FILHO)
CAPÍTULO DEZESSEIS: O NOVO RELACIONAMENTO (DEUS, O ESPÍRITO SANTO, HABITA NO CRISTÃ O)
CAPÍTULO DEZESSETE: O NOVO RELACIONAMENTO (A IRMANDADE DOS CRENTES)
CAPÍTULO DEZOITO: NUNCA MAIS PERDIDO
CAPÍTULO DEZENOVE: SANTIFICAÇÃ O (A)
CAPÍTULO VINTE: SANTIFICAÇÃ O (B)
CAPÍTULO VINTE E UM: SANTIFICAÇÃ O (C)
CAPÍTULO VINTE E DOIS: GLORIFICAÇÃ O NA MORTE
CAPÍTULO VINTE E TRÊ S: GLORIFICAÇÃ O NA RESSURREIÇÃ O
SEÇÃ O QUATRO: AS COISAS DO FUTURO
CAPÍTULO VINTE E QUATRO: O MUNDO EXTERNO E O POVO DE DEUS
CAPÍTULO VINTE E CINCO: OS PERDIDOS
PARTE DOIS: DOIS CONTEÚ DOS, DUAS REALIDADES
PREFÁ CIO DO EDITOR AMERICANO
CAPÍTULO UM: SÃ DOUTRINA
CAPÍTULO DOIS: RESPOSTAS HONESTAS PARA PERGUNTAS HONESTAS
CAPÍTULO TRÊ S: VERDADEIRA ESPIRITUALIDADE
CAPÍTULO QUATRO: A BELEZA DOS RELACIONAMENTOS HUMANOS
SOBRE O LIVRO:
PREFÁCIO
Você provavelmente conhece alguém como o dr. Otten ─ um médico de família com uma
vida muito ocupada devido a ligaçõ es telefô nicas para sua casa e visitas hospitalares. Sua
vida era interrompida por interrupçõ es. No verã o e no inverno ele dirigiria com bastante
velocidade, descendo os estreitos vales suíços, permeados de vilas e fazendas isoladas, em
resposta a emergências médicas. Algumas vezes ele permaneceria apó s atender à família,
para discutir questõ es sobre vida e morte. Ele era um homem com interesses mais do que
clínicos, um homem com uma educaçã o mais ampla do que a característica em um vale
montanhoso distante. Como muitas pessoas modernas, ele jamais havia sido exposto ao
cristianismo — exceto no nível religioso superficial, que raramente interessa uma pessoa
educada com perguntas a serem respondidas.
Os 25 estudos bíblicos básicos , de Francis Schaeffer, foram escritos inicialmente para o dr.
Otten no começo da década de 1950, para ajudá -lo a entender o ensino simples e ó bvio da
Bíblia. Mais tarde eles foram traduzidos para o alemã o, italiano e holandês, e copiados em
um velho mimeó grafo Gestetner . Em pouco tempo eles se tornaram um pequeno livreto
que poderia ser entregue a qualquer um que desejasse saber mais sobre os ensinos do
cristianismo.
Dr. Otten era ocupado demais para ler a Bíblia toda. Talvez também os relatos, a poesia e a
histó ria da Bíblia lhe fossem alheias. Todavia, ele queria saber o que a Bíblia ensinava.
Queria entender a cosmovisã o ou o sistema de pensamento apresentado nela.
Eu também entrei em contato com o cristianismo por meio desse livreto. Presumia que a fé
contrastasse com o entendimento, e que o cristianismo, portanto, era só para pessoas com
“necessidades religiosas”. Mas quando abri os 25 estudos bíblicos básicos , descobri para
minha surpresa uma apresentaçã o estruturada do ensinamento bíblico. Os estudos cobriam
os vá rios temas que eu havia associado ao cristianismo, mas sobre os quais nã o tinha
nenhuma noçã o clara. Debrucei-me sobre esses capítulos noite apó s noite, apenas para
descobrir que havia ordem, coerência e verificaçã o na Bíblia. Em vez de uma vaga busca
para encontrar a Deus, encontrei uma explicaçã o abrangente do tipo de universo que
vivemos como seres humanos.
Estes estudos nã o têm a intençã o de serem lidos em busca do “significado pessoal” que
possam ter para o leitor. Em vez disso, o dr. Schaeffer reuniu as passagens da Bíblia em
cada capítulo ao redor de um determinado tema, a fim de delinear a visã o bíblica do
mundo. Capítulos diferentes, por exemplo, apresentam o que a Bíblia diz sobre Deus e o
homem, a realidade e as falsas visõ es, sobre o pecado e a redençã o, a histó ria e as nossas
responsabilidades. À medida que as passagens de cada capítulo sã o estudadas, as questõ es
filosó ficas e pessoais bá sicas que homens e mulheres têm levantado por milênios sã o
respondidas a partir da Bíblia.
Os estudos sã o direcionados à s pessoas nã o interessadas simplesmente em “serem
religiosas”, mas que desejam saber o que a Bíblia ensina. Eles levam a Bíblia ao mercado
das ideias, de forma que qualquer um pode pesar a evidência e descobrir se o conteú do da
Bíblia fala sobre o mundo real, pessoas, problemas e soluçõ es reais, e se ela é, portanto,
acurada e crível.
Essa forma de apresentar o cristianismo reflete a pró pria mente do dr. Schaeffer. Mas esse
tem sido também a parte central da obra de L’Abri — um lugar onde as pessoas sabem que
podem receber respostas à s perguntas que levantam de forma aberta, sem medo e com
integridade. Para o dr. Schaeffer, a verdade do cristianismo nã o era uma “suposiçã o”, nem
uma questã o de “fé” cega. “Há só uma razã o para ser cristã o”, ele dizia com frequência aos
milhares que vieram até ele ao longo dos anos, “e ela é o fato de o cristianismo ser
verdadeiro à realidade. Ele é a Verdade ‘verdadeira’”. Com esse jogo de palavras ele queria
contra-atacar a sugestã o existencialista e agora pó s-moderna de que toda verdade é apenas
uma “verdade pessoal” — nada além de uma jornada pessoal ou uma experiência pessoal
com a fé, em vez de algo absoluto e eterno.
Dr. Otten e dr. Schaeffer nã o se tornariam cristã os com esse conjunto de suposiçõ es. Eles
eram pessoas insistentes em algo diferente, em algo real. Eles queriam saber como
entender o mundo real das coisas e ideias, de seres pessoais e propó sito, como viver no
mundo sendo honestos com a beleza e a tragédia do mundo natural e da existência humana.
Quando iniciar seu estudo dos capítulos deste livro, você será levado de volta ao princípio
de todas as questõ es: O que é eterno? Vivemos em um universo com personalidade, ou é
tudo parte de uma má quina có smica? Deus é bom, mau ou indiferente? Como podemos
saber algo? Esses e outros temas seriam tratados mais tarde pelo dr. Schaeffer, e de forma
detida, em O Deus que se revela e em outros livros. De fato, o apanhado sistemá tico de
[1]
INTRODUÇÃO
Os 25 estudos bíblicos bá sicos pretendem fornecer o entendimento de todo o sistema de
ensino apresentado na Bíblia. Com muita frequência, quando as pessoas começam a
estudar as Escrituras, elas nã o veem a relaçã o de todas as suas partes. Contudo, uma das
coisas maravilhosas sobre a Bíblia é sua unidade: assim, o estudo bíblico que nã o mantém
essa unidade é uma perda real.
Portanto, cada liçã o deveria ser estudada com todo o sumá rio, de forma bem consciente,
para que cada liçã o seja avaliada em relaçã o ao ensino da Bíblia toda.
Os 25 estudos nã o têm o intuito de serem lidos como um livro. Se tivessem, um texto muito
mais detalhado teria sido apresentado. Em vez disso, eles devem ser usados como um
auxílio ao estudo da pró pria Bíblia. Quando alguém começar a percorrer os estudos, essa
pessoa deverá ter o Antigo e Novo Testamento em mã os.
A melhor forma de usar os estudos é pegar cada referência da Bíblia, ler o versículo com
cuidado, e entã o ler a declaraçã o feita nos estudos a respeito do versículo. As declaraçõ es
nã o pretendem ser explicaçõ es completas de nenhum versículo. Elas indicam um ponto
específico ensinado no texto — no que concerne a como esse ponto específico se relaciona
com o ensino dessa liçã o particular. Por exemplo, a primeira referência bíblica apresentada
(Ef 1.4) contém em si muitas informaçõ es que nã o sã o mencionadas na declaraçã o logo
abaixo. Chama-se a atençã o para apenas uma das coisas que Efésios 1.4 ensina: que Deus,
sendo o Deus pessoal, pensa. Dessa forma, cada versículo deve ser analisado e considerado
à luz da declaraçã o que imediatamente o segue — nã o só como declaraçã o isolada, mas à
luz de toda a liçã o, e à luz do fluxo da unidade do ensino bíblico apresentado nos 25 estudos
completos. A Bíblia nã o é um grupo de versículos desconexos. É uma unidade. E ela tem
conteú do que pode ser estudado como alguém estuda outros livros.
Estudada dessa forma, a Bíblia será vista contendo muitas coisas a dizer em resposta à s
perguntas que as pessoas da nossa geraçã o fazem sobre o significado e o propó sito da vida.
Ela nos diz quem é o homem, seu propó sito, a origem dos seus problemas e sua soluçã o.
Sem dú vida, este estudo é apenas o início para nos ajudar a começar a estudar a Bíblia. A
Bíblia é uma unidade, e mais tarde deveremos lê-la toda e perceber a relaçã o de cada parte
com o conjunto. A unidade da Bíblia começa no princípio, Gênesis, e prossegue até o fim, o
livro do Apocalipse.
O uso de versículos como eu fiz nos 25 estudos bíblicos básicos tem um lado perigoso que
deve ser reconhecido e do qual devemos fugir. O perigo é escolher certos “textos” isolados
do contexto, e forçar todo o restante do ensino da Bíblia de acordo com nosso
entendimento desse ú nico texto. Isso é um perigo. Nenhum versículo pode fornecer toda a
riqueza da Bíblia. Cada versículo deve ter tomado no contexto se quisermos entendê-lo com
correçã o. Cada versículo que estudamos conta com três contextos: 1) o contexto imediato;
2) todo o livro no qual o versículo está localizado, e isso inclui a consideraçã o cuidadosa do
propó sito do livro; 3) toda a Bíblia e seu ensino. O ensino da Bíblia inteira nos dá uma série
de balanços que nenhum versículo isolado pode dar. Isso requer o estudo cuidadoso da
vida toda.
Contudo, à medida que usei os versículos tentei usá -los justamente — usando meu estudo,
durante toda da vida, de toda a Bíblia, como o pano de fundo do uso de cada versículo como
o usei aqui.
Dessa forma, os 25 estudos bíblicos básicos sã o apenas isso: o ensino bá sico que abre a porta
para a vida inteira de estudo da Bíblia. Com o sumá rio em mente à medida que você estuda,
espera-se que os estudos lhe ofereçam a estrutura para entender a maravilha do fluxo da
Bíblia toda, de Gênesis a Apocalipse. Entã o, a vida inteira de estudo cuidadoso e oraçã o
mostrará que os 25 estudos sã o apenas o começo. Penso, no entanto, que você considerará
que levei em conta todo o ensino da Bíblia ao fazer uso dos versículos.
Ao realizar esses estudos, nã o é necessá rio fazer um estudo completo de uma vez só . Se
desejar, pode-se gastar uma quantidade específica de tempo cada dia. Quando esse tempo
for alcançado, simplesmente trace uma linha e comece naquele ponto no dia seguinte.
Meu conselho é que toda vez que fizer esses estudos, você fale com Deus e peça que ele lhe
dê entendimento por meio do uso da Bíblia juntamente com o estudo. Se alguém que nã o
crê na existência de Deus utilizar esses estudos, sugeriria a ele que dissesse audivelmente
na quietude do seu quarto: “Ó Deus, se existe um Deus, quero saber se tu existes. Peço-te
que eu esteja disposto a me prostrar diante de ti se tu existires”.
— Francis A. Schaeffer
Gênesis 1.1
Deus nã o pensa apenas. Ele age.
João 3.16
Deus nã o somente pensa e age, ele sente. O amor é uma emoçã o. Dessa forma, o Deus que
existe é pessoal. Ele pensa, age e sente, três marcas distintivas de personalidade. Ele nã o é
uma força impessoal, nem o tudo que inclui todas as coisas. Ele é pessoal. Quando fala
conosco, ele diz “eu”, e podemos lhe responder “tu”.
Deuteronômio 6.4
O Antigo Testamento ensina que há só um Deus.
Tiago 2.19
O Novo Testamento também ensina que há só um Deus.
No entanto, a Bíblia também ensina que esse Deus único existe em três pessoas distintas.
Gênesis 1.26
“Façamos”. Aqui é demonstrado que há mais de uma pessoa na Deidade.
Gênesis 11.7
Aqui novamente há uma ênfase sobre a existência de mais de uma pessoa na Deidade.
Neste versículo, como em 1.26, as pessoas da Trindade estã o em comunicaçã o entre si.
Isaías 6.8
Novamente se vê a existência de mais de uma pessoa na Deidade.
Mateus 3.16, 17
Cada uma das três pessoas aparece com clareza aqui. Leia também Mateus 28.19; Joã o
15.26 e 1 Pedro 1.2.
Mateus 9.2-7
Jesus Cristo reivindica o poder de perdoar pecados como direito natural, demonstrando
assim que ele alega ser Deus.
Mateus 18.20
Jesus afirmou estar em todos os lugares ao mesmo tempo, outra reivindicaçã o da
divindade.
Mateus 28.20
Jesus se encontra em todo o espaço, e também está em todo o tempo.
João 5.22
Jesus Cristo é o Juiz de toda a humanidade. Só Deus pode fazer isso.
João 8.58
Jesus alegou existir antes do tempo de Abraã o. Abraã o viveu por volta do ano 2000 a.C.
João 17.5, 24
Jesus disse que ele vivia com o Pai e que o Pai o amava antes da criaçã o do mundo.
2 Coríntios 5.10
Aqui mais uma vez somos informados de que Jesus julgará o mundo.
João 1.1-3
Os versículos afirmam que a pessoa chamada “o Verbo” [ou “a Palavra”] é Deus e fez todas
as coisas. Os versículos 14 e 15 desse mesmo capítulo mostram que “o Verbo” [ou “a
Palavra”] é Jesus Cristo.
João 20.28
Tomé afirma que Jesus é Deus.
Assim, a segunda pessoa da Trindade não é apenas distinta da primeira pessoa, mas é
igualmente Deus.
Lucas 12.10, 12
Pensemos agora sobre a terceira pessoa da Trindade. Os dois versículos mostram que ele é
Deus e uma pessoa tanto quanto a primeira e segunda pessoa da Deidade.
João 15.26
Novamente se diz que o Espírito faz algo que só uma pessoa pode fazer.
João 16.7-14
O Espírito, ou Consolador, é distinto da segunda pessoa e faz coisas que só uma pessoa
pode fazer. O Espírito é “uma pessoa”, nã o “um objeto”.
Atos 8.29
Só uma pessoa pode falar.
Atos 13.2; 15.28; 16.6, 7
O Espírito Santo é uma pessoa.
Efésios 4.30
As passagens acima mostram que o Espírito Santo pensa e age; este versículo mostra que
ele também sente.
2 Pedro 1.21
O Espírito Santo é a pessoa da Trindade que nos deu a Bíblia.
É central e importante para a fé cristã ter a mente esclarecidas a respeito dos
atos concernentes à Trindade.
Gênesis 1.26; João 17.24
Comunicaçã o e amor existiam entre as pessoas da Trindade antes da criaçã o.
2 Coríntios 13.14
A obra de cada uma das pessoas é importante para nó s. Jesus morreu para nos salvar, o Pai
nos atrai a si mesmo e nos ama, e o Espírito Santo habita conosco.
Romanos 8.11, 14, 26, 27
O Espírito Santo é uma pessoa, e ele habita no cristã o, o conduz e ora por ele quando o
cristã o nã o sabe o que orar sobre si mesmo.
CAPÍTULO DOIS: CRIAÇÃO
No estudo anterior, vimos que a Bíblia apresenta Deus como um, mas em três pessoas. Não se adora o Deus do cristianismo, a
menos que se adore este Deus que é um, mas três pessoas. Da mesma forma, uma pessoa não adora o Deus do cristianismo
como deveria a menos que reconheça o caráter soberano de Deus. Quando falamos da soberania divina, dois pensamentos
estão em mente — a obra de criação e da providência. Quando falamos sobre a providência, queremos dizer a forma como
Deus lida com o mundo agora. O estudo bíblico a seguir lida com o ensino da Bíblia sobre a criação.
Apocalipse 4.11
Deus criou todas as coisas por sua livre vontade. Ele nã o precisava criar. Antes da criaçã o, o
Deus trino permanecia completo, e havia amor e comunicaçã o entre as pessoas da
Trindade. Lê-se em Apocalipse 4.11: “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a gló ria,
a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a
existir e foram criadas”.
Colossenses 1.16, 17
Antes de Deus criar algo, ele habitava sozinho.
Salmo 33.9
Deus criou do nada. Criou mediante uma enunciaçã o: ele falou e aconteceu.
Gênesis 1.1
A palavra “criou” aqui usada significa criar do nada. Deus criou a matéria do nada. Ele nã o
modelou simplesmente a matéria pré-existente, ele a trouxe à existência. Nã o criou só o
mundo, mas os céus e a terra — tudo que existe. Deus criou todas as coisas do nada. Elas
agora têm existência objetiva; nã o sã o uma extensã o de si mesmo ou de sua essência.
Gênesis 1.31
Apó s Deus criar todas as coisas, ele declarou que tudo era “bom”. Todas as coisas eram
boas como foram originariamente feitas. Nã o eram boas só de acordo com a avaliaçã o
humana, mas segundo o juízo absoluto de Deus.
Se Deus nos fez, então temos a responsabilidade de obedecê-lo.
Romanos 6.23
Cada um de nó s merece apenas uma coisa da mã o divina: o juízo. No que concerne à
santidade e justiça de Deus, ele nã o nos deve nada além do juízo. Ele nos criou, e nó s
pecamos. Mas a ú ltima parte desse versículo nos diz que apesar disso, por causa do seu
amor, Deus nos concedeu uma forma de nos aproximarmos dele. Nã o é porque Deus nos
deva isso; trata-se de uma dá diva baseada no seu amor. Adã o e Eva receberam a orientaçã o
de como agir para agradar a Deus. No entanto, eles pecaram, e todos nó s também pecamos,
e assim essa nova forma que Deus nos dá nã o pode se basear na nossa açã o, mas na graça
de Deus.
João 3.15, 16
Aqui temos o Deus trino postado com os braços abertos, dizendo-nos que, ainda que
sejamos pecadores, ele proveu uma forma pela qual “todo o que” quiser poderá vir.
Filipenses 2.7, 8
Como pode o Deus santo dizer “todo o que” para pecadores? Deus nã o pode apenas ignorar
o nosso pecado, porque ele é santo. Se ele o fizesse, nã o existiria nenhum absoluto moral.
Nó s podemos nos aproximar de Deus por meio da graça porque Cristo agiu a nosso favor.
Essa obra consumada é sua morte na cruz.
Romanos 3.24-26
Pelo fato de Jesus ter morrido como substituto, Deus permanece justo, o absoluto moral
existe; todavia, nó s nã o precisamos incorrer em seu juízo.
João 3.15; 17.4
Essa é uma dá diva para nó s, mas apenas por causa da obra perfeita de Cristo.
1 Pedro 1.18, 19
Nó s fomos comprados por um preço infinito.
João 6.29
Jesus, em sua morte, precisou agir a nosso favor. Mas por causa de sua obra perfeita, agora
podemos nos aproximar de Deus apenas pela fé, sem obras.
João 3.15, 16
A promessa de Deus é clara. Se aceitarmos Jesus como nosso Salvador, entã o com base na
obra consumada de Cristo (apenas por meio da fé), temos de Deus a promessa da vida
eterna. A fé é a mã o vazia que aceita a dá diva.
João 3.18, 36
O castigo divino também é nítido. Pelo fato de sermos pecadores, já nos encontramos
condenados e julgados por Deus. Se recusarmos a dá diva divina, se nã o aceitarmos a obra
de Cristo a nosso favor, permaneceremos sob a condenaçã o e o juízo de Deus.
Hebreus 2.3
Adã o recebeu a ordem de obedecer a Deus, e pecou. Todos nó s pecamos. Assim, herdamos
a morte eterna em sentido espiritual e físico. Agora Deus, em seu amor, nos deu outra
oportunidade.
Ela nã o decorre das obras, mas da graça, da qual participaremos se aceitarmos sua dá diva.
Se recebermos Jesus como nosso Salvador e confiarmos nele para sermos salvos, se
crermos nele e aceitarmos sua morte por nó s, entã o teremos a vida eterna. Se nó s
recusarmos a graciosa provisã o divina, permaneceremos onde nos encontramos, sob a
condenaçã o e o juízo de Deus.
Gênesis 3.15, 21
Assim que o homem pecou, Deus prometeu a vinda do Salvador. Ele fez isso com as
palavras do versículo 15 e a ilustraçã o do versículo 21. Depois de o homem pecar, ele
tentou se cobrir com as obras das pró prias mã os (v. 7). Deus as retirou e providenciou
coberturas feitas com peles. Para tanto, um animal precisou ser morto. Essa foi uma figura
imediata da maneira pela qual o homem poderia se aproximar de Deus agora que havia
pecado, mas nã o por meio das obras humanas de sua pró pria justiça, e sim pela forma
provida por Deus com a morte do Messias vindouro.
Gênesis 4.3-5
Aparentemente, Deus disse a Adã o e Eva como ele desejava ser adorado no futuro — por
meio da apresentaçã o de um cordeiro como figura do Messias vindouro. Abel cumpriu a
vontade divina, mas Caim tentou se aproximar de acordo com suas obras. Hebreus 11.4 nos
diz que Abel creu em Deus; Caim, nã o.
Gênesis 12.1-3
A promessa feita a Abraã o, dois mil anos antes da vinda de Cristo, contava com
características duplas: nacionais e também pessoais. As nacionais diziam respeito aos
judeus, e ainda dizem. As espirituais eram dirigidas (e ainda se dirigem) a todos os que
cressem em Deus e, assim, estivessem em um relacionamento correto com o Messias
vindouro. O Messias seria um dos descendentes de Abraã o (humanamente falando).
Gênesis 22.1-18
Aqui temos uma imagem nítida, no espaço e no tempo, da histó ria sobre o Messias
vindouro e sua obra substitutiva. Os santos do Antigo Testamento contavam com um
conceito muito mais claro da obra de Cristo do que nó s lhes atribuímos normalmente. O
versículo 14 liga os eventos desse capítulo, de dois mil anos antes de Cristo, à morte de
Jesus, dois milênios mais tarde. Esse ponto geográ fico seria identificado mais tarde com
Jerusalém, o local em que Jesus morreu. Compare o versículo 14 com 2 Crô nicas 3.1.
Êxodo 20.24, 25
Logo apó s a outorga dos Dez Mandamentos, Deus, prevendo a inabilidade do homem para
guardá -los, providenciou uma forma para que o homem se aproximasse dele. A edificaçã o
de um altar sem o trabalho do homem nele representava a futura promessa do Messias,
cuja obra nã o sofreria nenhum acréscimo humano. Nunca um ser humano foi capaz de
guardar os Dez Mandamentos com perfeiçã o.
Isaías 53
Cerca de setecentos anos antes de Cristo, vemos os judeus sendo informados de forma
explícita, mais uma vez, a respeito da obra do Messias vindouro.
De modo incidental, todo o sistema de sacrifícios do Antigo Testamento era uma antevisã o
da obra do Messias futuro. O Messias viria e morreria por nó s.
Lucas 2.25-32, 36-38
Quando o bebê Jesus foi levado ao templo, Simeã o o reconheceu por sua identidade: o
Messias profetizado no Antigo Testamento. Naquele dia havia um remanescente que
mantinha a fé fixa no Messias vindouro. Repare que Ana nã o só reconheceu Jesus como
Messias — a quem ela havia esperado a vida toda —, ela partiu de imediato e foi contar a
outros habitantes de Jerusalém que também mantinham a fé com firmeza no Messias.
Romanos 4.1-3
A passagem anuncia que Abraã o, dois mil anos antes de Cristo, foi salvo exatamente como
nó s somos salvos — por meio da fé, sem obras.
Romanos 4.6-8
Davi (mil anos antes de Cristo) foi salvo por meio da fé, da mesma forma que nó s somos
salvos. Os Dez Mandamentos haviam sido outorgados por intermédio de Moisés quinhentos
anos antes do tempo de Davi. Contudo, Davi afirmou de modo inequívoco nã o ter sido salvo
por meio das obras, mas pela fé. Jamais um ser humano foi salvo pelas pró prias obras.
Romanos 4.10, 11
Depois de Abraã o ter sido salvo pela fé, ele foi circuncidado. A circuncisã o nã o o salvou. Ela
era apenas um sinal exterior do fato de ele já ter sido aceito por Deus apenas pela fé.
Nenhum tipo de boa obra religiosa da nossa parte é capaz de nos ajudar diante do Deus
perfeito.
Romanos 4.20, 22-25
Abraã o foi aceito por Deus mediante a fé — a crença na promessa divina. O mesmo é
verdadeiro em relaçã o a nó s.
Gálatas 3.13, 14
Quando recebemos Cristo como nosso Salvador pela fé, recebemos a mesma bênçã o de
Deus que Abraã o recebeu pela fé.
Gálatas 3.24
Se tudo isso é verdade, que bem há na lei divina, os Dez Mandamentos, e nos outros
mandamentos eternos dados por Deus no Antigo e Novo Testamentos? Deus propô s a lei
para nos mostrar que somos pecadores, para percebermos a necessidade de aceitar Jesus
como nosso Salvador.
Hebreus 11.1-12.2
Apresenta-se aqui uma longa lista das pessoas que tinham fé em Deus no período do Antigo
Testamento. Nó s, que contamos com essas pessoas como exemplos, somos ordenados a ter
a mesma fé em Deus, por meio da aceitaçã o de Jesus como nosso Salvador.
Assim, ao longo de todas as eras, antes e depois de Cristo, existe uma forma de salvação.
Todos os homens pecaram. A salvação encontra-se disponível apenas por meio da fé na obra
do Messias consumada a nosso favor.
CAPÍTULO DEZESSETE: O NOVO RELACIONAMENTO (A IRMANDADE DOS
CRENTES)
Vimos que quando recebemos Jesus como Salvador somos justificados de imediato, e damos início a um novo relacionamento
com Deus, o Pai, Deus, o Filho, e Deus, o Espírito Santo.
Quando participamos desse novo relacionamento com o Deus trino, todos os indivíduos que confiaram em Cristo como seu
Salvador são nossos irmãos. Isso tem sido chamado de “a comunhão dos santos”.
Mateus 23.8
Nem todos os homens sã o irmã os, de acordo com a utilizaçã o bíblica do termo. Todos nó s
fomos criados por Deus. Todos descendemos de Adã o e Eva, todos os homens sã o o “meu
pró ximo” e devem ser tratados com cuidado (Lc 10.27-37). Mas nos termos da Bíblia,
somos irmã os de quem tem Cristo como seu Salvador e, portanto, tem em Deus seu Pai.
Gálatas 6.10
Devemos fazer o bem a todos os homens , mas existe uma linha divisó ria clara entre a
“família da fé” e as outras pessoas.
Efésios 2.19
Antes de recebermos Jesus como nosso Salvador, éramos estrangeiros e peregrinos. Mas
quando nos tornamos cristã os, fomos feitos concidadã os e membros da casa de Deus com
todos os outros que agiram da mesma forma.
1 Tessalonicenses 5.14, 15
Mais uma vez somos exortados a fazer o bem a todas as pessoas. Todavia, torna-se nítida
mais uma vez a existência da distinçã o entre os da “família da fé” e os outros.
1 Pedro 2.17
Temos um relacionamento especial com os irmã os em Cristo.
1 João 1.3
Uma pessoa nã o pode ter verdadeira comunhã o espiritual com os cristã os até ter ouvido as
verdades do evangelho e ter agido de acordo com essas informaçõ es ao aceitar Jesus como
Salvador.
Apocalipse 19.10
Os irmã os sã o definidos como os que se apegam ao testemunho de Jesus.
João 13.30, 34, 35
Judas, que nã o cria em Cristo, abandonou a mesa antes da outorga desse mandamento a
respeito do amor especial entre os cristã os.
João 21.23
É claro que o termo “irmã os”, usado aqui, se refere a crentes.
Atos 9.17
Saulo foi considerado “irmã o” só depois de ter aceitado Jesus como Salvador.
Atos 21.17
Apenas os outros crentes eram “os irmã os”.
1 Coríntios 7.12
Nessa passagem, o homem é crente, e, portanto, irmã o.
A mulher nã o é crente, por isso nã o lhe foi aplicado o termo.
Existem três aspectos práticos da irmandade dos crentes.
O primeiro aspecto prático é que os irmãos em Cristo devem ser um auxílio espiritual para os
demais.
Romanos 12.10
Os cristã os devem se amar e desejar o bem dos irmã os acima do pró prio bem.
1 Coríntios 12.26, 27
Os cristã os devem se entristecer quando outros cristã os sofrem, e devem se alegrar quando
outros cristã os se alegram.
Romanos 15.30; 2 Coríntios 1.11
Os irmã os cristã os devem orar uns pelos outros.
Efésios 4.15, 16
Quando os cristã os se tornam individualmente o que devem ser, também a igreja se torna o
que deve ser. Cada cristã o tem algo a contribuir no processo.
Efésios 5.21-6.9
A irmandade dos crentes deve ser o fator predominante entre os cristã os em todos os
relacionamentos da vida. Isso é verdade em relaçã o a maridos e mulheres, filhos e pais,
servos e mestres, empregados e patrõ es. Em todos esses relacionamentos também
devemos ser irmã os e irmã s. Veja Câ ntico dos Câ nticos 4.9, 10, 12: existe o relacionamento
duplo de irmã e noiva.
Efésios 6.18
Os cristã os devem orar uns pelos outros e por todos os cristã os. A irmandade dos crentes
perpassa nacionalidade, raça, língua, cultura, posiçã o social e localizaçã o geográ fica.
1 Tessalonicenses 5.11
Os dois grandes auxílios espirituais que os irmã os em Cristo devem ser uns para os outros
consiste no encorajamento e na edificaçã o mú tuos. O ú ltimo significa a capacidade para
ajudar os cristã os a serem o que devem em relaçã o à doutrina e vida.
O segundo aspecto prático é que os irmãos em Cristo também devem ajudar uns aos outros
em sentido material .
Atos 11.29
Desde os primeiros dias da igreja, os cristã os partilharam bens materiais para o auxílio dos
irmã os em Cristo com menos posses, mesmo aos encontrados em grande distâ ncia
geográ fica.
2 Coríntios 8.4
Esse é um de vá rios exemplos apresentados no Novo Testamento de cristã os contribuindo
financeiramente para ajudar outros cristã os que passavam por necessidades materiais.
Romanos 12.13; Tito 1.8; Filemom 5, 7, 22
Uma forma de ajuda prá tica é ser hospitaleiro.
1 João 3.17, 18
Nã o há utilidade em se falar a respeito do amor cristã o se nó s nã o ajudamos nossos irmã os
em Cristo quando eles passam por necessidades materiais.
Atos 5.4
Os cristã os ajudavam uns aos outros em sentido material, mas o faziam em cará ter
voluntá rio.
Cada pessoa mantinha os direitos sobre a propriedade e a posse de seus bens.
O terceiro aspecto é que os irmãos em Cristo devem usufruir da comunhão e da companhia
uns dos outros.
Atos 2.42, 46
Desde os primeiros dias da igreja, os cristã os mantinham comunhã o diá ria entre si.
Efésios 4.1-3; Colossenses 2.1, 2
Os verdadeiros cristã os devem tentar exercer a comunhã o em amor e paz.
Hebreus 10.25
É um mandamento direto de nosso Senhor que, depois de nos tornarmos cristã os, devemos
nos reunir para adorar com outros cristã os. Nã o se trata de algo pró prio do período inicial
da igreja; isso deve perdurar até a volta de Cristo. O versículo diz que devemos ser
cuidadosos em especial com a guarda desse mandamento quando nos aproximamos do
tempo da segunda vinda de Cristo. Se aceitamos Jesus como nosso Salvador, somos
responsá veis pela procura de um grupo de crentes na Bíblia dentre o povo de Deus, onde
exista a doutrina correta e verdadeira comunhã o em amor. Nã o devemos nos unir a
qualquer grupo que se diga cristã o, mas sim onde haja ensinos bíblicos, onde a disciplina
seja mantida em relaçã o à vida e doutrina, e onde exista uma comunidade verdadeira. Caso
nã o exista um grupo assim em sua á rea geográ fica (como acontece em alguns lugares),
entã o orando ao Senhor devemos nos encontrar mesmo em pequeno nú mero a fim de nos
reunirmos para adorar, orar, estudar e encorajar uns aos outros a fim de sermos uma
comunidade.
Vimos que a irmandade dos crentes cruza todas as linhas do espaço. Ela também cruza todas
as linhas do tempo.
Hebreus 12.22, 23
Essa irmandade nã o inclui apenas os cristã os na terra hoje, mas também os cristã os que se
encontram no céu.
CAPÍTULO DEZOITO: NUNCA MAIS PERDIDO
Vimos que a salvação inclui de imediato a justificação e o novo relacionamento. Agora chegamos à terceira consideração: tão
logo tenhamos aceitado Jesus como Salvador, jamais nos perderemos de novo.
Romanos 8.31-34
Jamais nos perderemos de novo, por causa da perfeiçã o da obra sacerdotal de Cristo por
nó s. A base da salvaçã o nã o está nas boas obras do passado, presente ou futuro, mas na
obra perfeita de Cristo. A obra sacerdotal de Cristo inclui dois aspectos: sua morte perfeita
e sua intercessã o perfeita a nosso favor agora.
Hebreus 7.25
Essa passagem nos faz lembrar de tudo que estudamos sob o tó pico da obra de Cristo como
sacerdote, incluindo-se a intercessã o presente por nó s.
Você se lembrará de que esse versículo ensina que o Senhor nos salva de modo completo e
para sempre. Os cristã os poderiam se perder de novo se Jesus falhasse como sacerdote.
Romanos 8.28-30; Efésios 1.3-7
Depois de nos tornarmos cristã os ao aceitarmos Jesus, aprendemos que Deus, o Pai, nos
escolheu. Os cristã os poderiam se perder de novo só se a primeira pessoa da Trindade, o
Pai, falhasse.
Efésios 1.13, 14
Antigamente, quando um homem comprava uma terra, era-lhe dado um punhado de terra
(uma garantia ou selo) que significava que toda a terra lhe pertencia. O fato de o Espírito
Santo agora viver em nó s é o depó sito que garante que um dia obteremos todos os
benefícios da salvaçã o.
Nó s nã o nos perderemos de novo.
Efésios 4.30
Nos séculos passados, o rei selava o documento com cera e, em seguida, marcava a cera
com seu anel. Nenhum homem se atreveria a romper o selo, exceto sob a autoridade do rei.
A passagem diz que o pró prio Deus nos selou com o Espírito Santo que habita em nó s até o
dia da redençã o — isto é, até o dia da volta de Jesus e da nossa recepçã o de todos os
benefícios da redençã o. Um rebelde pode quebrar o selo de um rei humano, mas nada que
Deus criou pode romper seu selo.
Romanos 8.26
Quando nó s nã o sabemos orar por nó s mesmos como deveríamos, o Espírito que habita em
nó s ora a nosso favor. Os cristã os podem se perder de novo só se o Espírito Santo falhar.
João 10.27-29
Cristo diz que quando o aceitamos como nosso Salvador, temos a vida eterna. A vida eterna
nã o pode ser mais curta que a eternidade. Cristo diz que jamais pereceremos; “nunca” só
pode significar “jamais”. Jesus afirma que nada pode nos arrancar da mã o de seu Pai.
Nã o fomos nó s que nos apegamos a Deus; ele se apegou a nó s.
Romanos 8.35-39
Aqui Deus diz de forma específica que nenhuma criatura pode nos separar de si mesmo
depois de termos nos achegado a ele mediante Jesus Cristo.
Filipenses 1.6
“O dia de Jesus Cristo” é a segunda vinda de Cristo, quando receberemos os benefícios
plenos da salvaçã o.
1 João 4.13; 5.13
Repare no uso da palavra “conhecer”. Deus deseja que tenhamos certeza de que lhe
pertencemos para sempre.
2 Timóteo 4.7, 8
Paulo tinha essa segurança.
Romanos 8.15, 16
A segurança de que nó s somos filhos de Deus e de que seremos seus para sempre é uma das
melhores coisas que Deus nos deixa entender depois da aceitaçã o de Jesus como Salvador.
Nem todos os verdadeiros cristã os sentem essa segurança; mas caso nã o o façam, nã o
usufruem de uma das vantagens das riquezas de Cristo Jesus que consiste agora em um de
seus privilégios.
João 3.36
“Quem crê no Filho tem a vida eterna”. Se você tem consciência de ter crido em Jesus para a
sua salvaçã o e nã o confia em suas obras morais ou religiosas, entã o você conta com a
promessa expressa de Deus de que você possui a vida eterna, agora e para sempre .
Atos 1.10, 11; Marcos 13.26; 1 Coríntios 15.23; Filipenses 3.20, 21;
1 Tessalonicenses 1.10; 2.19; 3.13; 4.14, 16, 17; 2 Tessalonicenses 1.7;
1 Timóteo 6.14; Tito 2.12, 13; 2 Pedro 3.3-14; Apocalipse 1.7, 8
A segunda vinda de Cristo é anunciada com clareza. A histó ria caminhando para
determinado lugar!
Atos 1.6-9; Mateus 24.36; 25.13; Marcos 13.32, 33; Lucas 12.35-40
O tempo do retorno de Cristo nã o nos é informado. Esses versículos nã o nos ensinam a
estabelecer datas, afirmando sabermos quando ele voltará . No entanto, os textos nos dizem
que Cristo pode voltar a qualquer momento. O cristã o deveria esperar por ele de modo
constante. O mandamento diz para “vigiar”.
1 Tessalonicenses 3.13; 4.13-17
Os verdadeiros cristã os, que colocam fé em Cristo como Salvador, serã o arrebatados para o
encontro com Jesus no ar e entã o descerã o com ele. Nesse momento o corpo de cada cristã o
morto será ressuscitado e os cristã os vivos serã o glorificados em um abrir e fechar de
olhos.
Mateus 24.36-44; Lucas 17.26-30, 34-36; 21.36; Isaías 26.19-21
Noé estava fora de perigo na arca antes do Dilú vio chegar. Ló estava seguro antes da
destruiçã o de Sodoma começar. Parece que, da mesma forma, os cristã os verdadeiros serã o
retirados do perigo antes da ira de Deus ser derramada sobre a terra. Alguns cristã os
estarã o dormindo quando forem arrebatados, alguns serã o ressuscitados. Mas todos os
verdadeiros cristã os serã o arrebatados. Os perdidos serã o deixados.
Mateus 25.1-13
Nessa pará bola o Senhor mostra que nem todos os membros das igrejas serã o arrebatados.
Os membros das igrejas que nã o colocam fé pessoal em Cristo como Salvador serã o
deixados.
2 Tessalonicenses 2.1-12; Apocalipse 13.1-18
Antes de Cristo voltar de forma visível e em gló ria com seus santos, haverá um período de
grande apostasia com um ditador, chamado “o Anticristo”, governando o mundo. Ele é o
oposto completo de Cristo e se lhe opõ e, sendo completamente subserviente a Sataná s, o
“dragã o”. Ele controlará o governo e a vida econô mica, e será adorado como Deus.
Apocalipse 6.1-17; 8.7—9.21; 11.13, 14; 15.1
A ira de Deus é derramada sobre a terra durante esse período.
Apocalipse 16.13-16; 19.11-21
Aqui Cristo vem de maneira observá vel e em gló ria. Ele destró i o poder reunido do mundo
organizado contra ele pelo Anticristo e Sataná s. Trata-se da batalha do Armagedom. Nã o é
apenas uma grande guerra entre naçõ es; ela significa o confronto final entre o poder do
mundo sob o Anticristo e Sataná s, e Cristo e os cristã os glorificados. O Armagedom é a
planície de Megido em Israel.
Apocalipse 20.1-6; Romanos 8.18-23; Isaías 11.1-10
O Diabo está preso, e Cristo governa a terra por mil anos. O corpo de cada cristã o
verdadeiro terá sido redimido e glorificado. Entã o a maldiçã o que Deus colocou sobre a
terra (Gn 3.17,18) por causa do pecado do homem será removida. O mundo será , durante
esse período, normal outra vez — isto é, como Deus o fez.
Apocalipse 20.6; Lucas 19.11-27
Os cristã os (servos) reinarã o com Cristo durante esse período. Aparentemente nosso lugar
de serviço nesse período será condicionado pela fidelidade no tempo presente.
Romanos 11.25-19; Isaías 11.10—12.6; Jeremias 30.7-11; Zacarias 12.8-10; 13.6;
14.16-21
Quando Cristo retornar em gló ria, os judeus o verã o como o verdadeiro Messias a quem
eles, como naçã o, rejeitaram; e crerã o nele.
Apocalipse 20.7-15
Ao final dos mil anos, Sataná s será solto. Haverá a revolta final contra Cristo, e o juízo dos
perdidos acontecerá .
Apocalipse 21.1—22.5
Haverá novo céu, nova terra e a cidade celestial. É algo definitivo, de forma que essa
passagem pode declarar o tamanho da cidade celestial, do que ela é construída, do que sã o
feitos seus fundamentos, portõ es e ruas. É uma realidade objetiva. É eterna — para sempre
e sempre, sem fim.
Quando estivermos ali por dez mil anos, brilhando resplandecentes como o sol, não teremos
menos dias para cantar o louvor de Deus,
do que quando pela primeira vez começamos.
[5]
SOBRE O LIVRO:
A Bíblia fala aos problemas reais de pessoas reais no mundo real? Ela oferece soluçõ es
viá veis a esses problemas? Você pode pesar a evidência e decidir por si mesmo com a ajuda
desses 25 estudos bíblicos, que mostram o que a Bíblia de fato ensina a respeito das
questõ es mais fundamentais sobre Deus.
Compilados e escritos por um dos maiores pensadores modernos do cristianismo, este livro
dá ênfase à s passagens bíblicas sobre as doutrinas centrais do cristianismo — como a
Criaçã o, o pecado do homem e a graça divina, a pessoa e obra de Cristo, os acontecimentos
futuros — e explica com brevidade como cada passagem apoia o ensino bíblico sobre cada
tema. Todas as informaçõ es se encontram ali. Estabelecidas de forma simples. Assim você
pode ver por si mesmo o que a Bíblia diz — nas palavras do pró prio Deus.
Este livro também inclui “Dois conteú dos, duas realidades”, o ensaio de Schaeffer sobre as
quatro coisas que o cristã o precisa fazer para causar impacto na geraçã o atual. Juntas, essas
duas obras servem para mostrar a coerência e credibilidade das Escrituras e sua relevâ ncia
para as questõ es críticas da vida.
Dr. Francis A. Schaeffer foi um dos pensadores mais influentes dos nossos dias. Seus 23
livros foram traduzidos para diversos idiomas e distribuídos aos milhõ es em todo o mundo.
Antes de sua morte em 1984, Schaeffer fazia palestras com frequência em importantes
universidades, expondo sem concessõ es a verdade do cristianismo histó rico e bíblico e sua
relevâ ncia para a totalidade da vida.
Udo W. Middelmann continua a obra de Schaeffer como diretor da Fundaçã o Francis A.
Schaeffer [Francis A. Schaeffer Foundation].
[1]
Sã o Paulo: Cultura Cristã , 2002. [N. do T.]
[2]
O dr. Schaeffer expressa neste livro, e em especial no presente capítulo, certas opiniõ es peculiares à sua visã o
escatoló gica: pré-milenarismo histó rico. O leitor desejoso de consultar a visã o pó s-milenarista sobre essas questõ es deve
consultar, entre outros, os seguintes livros: Teu é o reino , Pós-milenarismo para leigos e Será que Jesus virá em breve? ,
todos publicados pela Editora Monergismo. [N. do E.]
[3]
Publicado em português com o título: O Deus que intervém (Sã o Paulo: Cultura Cristã , 2002).
[4]
Publicado em português com o título: A morte da razão (Viçosa, MG: Editora Ultimato, 2014).
[5]
Publicado em português com o título: O Deus que se revela (Sã o Paulo: Cultura Cristã , 2002).
[6]
Publicado em português com o título: Verdadeira espiritualidade (São Paulo: Cultura Cristã , 2008).
[4]
A necessidade de um uso compassivo da riqueza acumulada é abordada em How Should We Then Live? ( Como
viveremos? ).
[7]
O Indo é um dos maiores rios do mundo, cortando o coraçã o das mais altas cordilheiras da Terra: o Himalaia, o
Caracó rum e o Hindu Kush. [N. do E.]