Práticas Integrativas Complementares

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PRÁTICAS

INTEGRATIVAS
COMPLEMENTARES

2019
TERAPIAS
INTEGRATIVAS

As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde


(PICS) tratam-se de terapias baseadas em métodos
naturais e em conhecimentos tradicionais que são
utilizadas para o tratamento e prevenção de doenças. É
importante mencionar que essas terapias, como já diz o
nome, são complementares! Ou seja, não substituem o
tratamento médico tradicional ocidental, elas são um
adicional, um complemento no tratamento e são
indicadas por profissionais específicos em cada área
para cada situação.

Em 1972, com o objetivo de garantir a melhor qualidade


de saúde possível para todos os seres humanos, a
Organização Mundial de Saúde (OMS) criou o
Departamento de Medicina Tradicional a fim de
encorajar os países a utilizarem fundamentos mais
naturais, seguros e com o custo mais acessível. Esse
fato se deu graças aos resultados positivos que foram
observados nos indicadores de saúde dos países que
utilizavam as Medicinas Tradicionais, Complementares
e Integrativas, como a China e outros países,
sobretudo, orientais.

Dessa forma, no Brasil, tais abordagens foram


institucionalizadas no SUS com o nome de Práticas
Integrativas e Complementares em Saúde (PICS).
TERAPIAS
COMPLEMENTARES
De acordo com o Conselho Federal e Conselhos
Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, as
PICS promovem uma nova cultura de cuidado,
fortalecendo o vínculo terapeuta-paciente, o
empoderamento do indivíduo e seu protagonismo no
processo de cura, possuindo grande potencial
desmedicalizador – ou seja, sem a necessidade
obrigatória do uso de drogas medicamentosas, o qual é
de praxe na medicina comum ocidental. Entretanto,
sempre vale ressaltar que as PICS não concorrem com
os tratamentos convencionais, apenas complementam e
possibilitam um olhar integrativo na saúde, de forma
com que o tratamento seja aprimorado.
Tendo isso em vista, é claramente perceptível a
presença do tratamento humanizado – assunto do
Curso Terapeuta Naturista - Agente de Prevenção e
Humanização à Saúde – como prioridade das PICS. Isso
se dá, principalmente, devido à focalização do
indivíduo como um todo, ou seja, os cuidados não são
focados apenas nos sintomas de quaisquer
complicações, mas sim, no bem estar total do
indivíduo, já incluindo, também, formas de prevenção
para a mesma ou diversos tipos de fragilidades. Além
disso, há o estreitamento das relações do praticante e
do terapeuta, onde existe o diálogo bilinear (ambos
escutam e falam) levando em conta os interesses e
reais necessidades do cliente, e as recomendações do
terapeuta responsável. É importante lembrar que nas
PICS o indivíduo participa ativamente do processo de 
cura, ou seja, ele deixa de ser um “paciente” (no sentido
de passivo), enquanto que na medicina comum,
normalmente, sua participação é passiva já que os
medicamentos fazem o trabalho.
Segundo o Ministério da Saúde (2018), “evidências
científicas têm mostrado os benefícios do tratamento
integrado entre medicina convencional e práticas
integrativas e complementares”. Temos como exemplo
a Auriculoterapia – um tipo de acupuntura em pontos
da orelha –, uma das PICS mais conhecida, que
apresentou resultados positivos em relação à
chikungunya, melhorando dores em pacientes que
possuíam essa febre.
Ciente dos benefícios das terapias alternativas, as PICS
foram incluídas no Sistema Único de Saúde (SUS) em
2006. No início haviam apenas 5 terapias (acupuntura,
homeopatia, termalismo, plantas medicinais e
fitoterapia), das quais a que mais se destacava era a
acupuntura. Em 2017 houve um aumento para o total de
19 práticas integrativas e, finalmente, em 2018 foram
atingidas 29 práticas ofertadas pela instituição. Aqui
estão algumas delas:

1.     Apiterapia: é um método natural que acompanhará


e fortalecerá o equilíbrio do sistema imunológico, além
de ser utilizada para o tratamento de disfunções
orgânicas e emocionais. Sua base são produtos
colhidos, transformados e segregados pelas abelhas,
incluindo o veneno.

2.        Aromaterapia: é uma técnica natural que utiliza o


aroma e as partículas liberadas por diferentes óleos
essenciais ajudando a aliviar os sintomas de ansiedade, 
SSINTONIZE

insônia, depressão, asma ou resfriado. Além de


promover o bem-estar e fortalecer as defesas do corpo.

3.        Arteterapia: utiliza as artes plásticas como meio


para recuperar ou melhorar a saúde mental, o bem-
estar emocional e social do indivíduo. Os objetivos da
arteterapia são similares com os da psicoterapia. Essa
terapia utiliza a arte como forma de comunicação,
assim, ajuda a expressar e comunicar sentimentos,
facilitando a reflexão e fazendo com que o praticante
em processo perceba as mudanças necessárias em seu
comportamento.

4.        Ayurveda: também conhecida como “Ciência da


Vida Longa” ou “Medicina Indiana”, é muito comum na
Índia e Ásia. É, ao mesmo tempo, uma ciência curativa e
educativa, pois, além de tratar doenças, concentra-se
na prevenção e manutenção da saúde, garantindo uma
melhor qualidade de vida. Ou seja, não adianta apenas
curar; a Ayurveda educa o indivíduo para lidar com a
própria saúde. Dessa forma aprende-se, pratica-se,
questiona-se e usam-se os métodos terapêuticos,
interagindo com eles. O praticante torna-se ativo, já
que é a parte fundamental e atuante do processo
curativo, aprendendo, por fim, a cuidar de si mesmo.
PREVENÇÃO À SAÚDE

5.        Bioenergética: teoria criada por Alexander Lowen


segundo a qual a personalidade deve ser compreendida
como função do corpo e seus processos energéticos
(produção da energia através da respiração e do
metabolismo, e descarga de energia pelo movimento).
Tudo que envolve a energia corporal se reflete na
mente, da mesma maneira que mobiliza os eventos que
ocorrem no organismo físico. Então a bioenergética é
uma terapia baseada nessa teoria que trabalha em
conjunto o corpo e a mente a fim de solucionar
problemas emocionais.

6.        Biodança: é uma técnica que integra música,


dança, movimento, encontro e comunicação com o
outro a fim de fortalecer a identidade de cada um, ou
seja, é um modo de integração afetiva. As práticas são
baseadas em segmentos ou linhas de vivência:
vitalidade, sexualidade, criatividade, afetividade e
transcendência.

7.        Reiki: é uma terapia natural de origem japonesa


para redução do estresse e promoção do relaxamento
que acarreta na cura. Prática terapêutica que utiliza a
imposição das mãos para canalização da energia vital
visando promover o equilíbrio energético, necessário
ao bem-estar físico e mental. Busca fortalecer os locais
onde se encontram bloqueios – “nós energéticos” –
eliminando as toxinas, equilibrando o pleno
funcionamento celular, e restabelecendo o fluxo de
energia vital. Se o nível de energia vital está baixo,
ficamos mais propensos às doenças ou mais
estressados. Se estiver alta, somos mais capazes de nos
sentirmos felizes e saudáveis.

Além dessas 7 práticas integrativas e complementares


em saúde, também estão sendo ofertadas pelo SUS:
Constelação familiar, cromoterapia, Dança circular,
Geoterapia, Hipnoterapia, Homeopatia, Imposição de
mãos, Medicina antroposófica, Medicina tradicional
chinesa, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia,
Osteopatia, Ozonioterapia, Plantas
medicinais/fitoterapia, Quiropraxia, Reflexoterapia,
Shantala, Terapia comunitária integrativa, Terapia dos
florais, Termalismo social/crenoterapia e Yoga.[1]

Diante de todos os casos que relataram e comprovaram


melhora a partir do tratamento acompanhado pelas
PICS, houve um aumento significante na procura por
essas terapias alternativas. 

[1] Saiba mais em: <http://www.saude.gov.br/saude-


de-a-z/praticas-integrativas-e-
complementares#referencia>.
PROCEDIMENTOS AUMENTO SIGNIFICATIVO PESQUISA

400

300

200

100

0
2017 2018 aumento de 126%

Segundo o Ministério da Saúde (2019), apenas dentro do SUS o


ÍNDICE DE índice das buscas pelas PICS aumentou 46% entre 2017 e 2018,
BUSCAS +46% por isso houve o aumento das ofertas de praticas
complementares. De acordo com Carolina Valadares (2019),
profissional da Agencia Saúde,

"A quantidade de procedimentos relacionados a essas práticas, como uma sessão


individual de auriculoterapia ou uma sessão de atividade coletiva, registrada nos
sistemas do SUS entre 2017 e 2018, mais que dobrou, passando de 157 mil para
355 mil, aumento de mais de 126%. O reflexo desse aumento também pode ser
visto no quantitativo de participantes nessas atividades, que cresceu 36%, de 4,9
milhões de participantes para 6,67 milhões no período".

Diante desse índice crescente da procura


pelas Práticas Integrativas e Complementares
em Saúde, a área comercial,
consequentemente, também aumenta.
Entretanto, apesar de todo o reconhecimento
científico e institucionalização das terapias,
muitos profissionais da medicina tradicional
ocidental – incluindo o próprio CFM
(Conselho Federal de Medicina) – ainda não
as adere. Dificultando ainda mais a aceitação
das PICS.
VISÃO HOLÍSTICA

De acordo com CFM (resolução n° 1499/98),


profissionais em medicina não podem ministrar
práticas alternativas, com isso o governo estabeleceu
que, em unidades do SUS, apenas os seguintes
profissionais exercer a prática das terapias:
enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e
biomédicos. Lembrando que a regra é válida apenas
para as unidades do Sistema Único de Saúde, ou seja,
não interfere em consultórios particulares, onde,
finalmente, os profissionais com formação na própria
terapia holística (por exemplo: aromaterapeutas,
terapeutas florais, reikianos, etc.) podem atuar.
Infelizmente, ainda a profissão de terapeuta holístico
não é regulamentada, entretanto, futuramente, com
uma maior busca por essas terapias, o governo
proponha uma regulamentação na profissão e, também,
em cursos profissionalizantes dessa área – pois os já
existentes ainda não são reconhecidos e
regulamentados.
REFERÊNCIAS

TEIXEIRA, S. Apiterapia: benefícios e indicações desse método da


medicina natural. Centro de Produções Técnicas, 2019. Disponível em:
<https://www.cpt.com.br/cursos-
criacaodeabelhas/artigos/apiterapia-beneficios-e-indicacoes-desse-
metodo-da-medicina-natural>. Acesso em: 12 jun. 2019.

Arteterapia: definição e benefícios. A mente é maravilhosa, 2017.


Disponível em: <https://amenteemaravilhosa.com.br/arteterapia-
definicao-beneficios/>. Acesso em: 12 jun. 2019.

O que é ayurveda? Personare, 2015. Disponível em:


<https://www.personare.com.br/o-que-e-ayurveda-2-m6585>.
Acesso em: 12 jun. 2019.

Biodança: o caminho para a alegria. Personare, 2010. Disponível em:


<https://www.personare.com.br/biodanza-o-caminho-para-a-
alegria-2-m726>. Acesso em: 12 jun. 2019.

Constelação familiar: a terapia da reconciliação. Personare, 2016.


Disponível em: <https://www.personare.com.br/constelacao-
familiar-a-terapia-da-reconciliacao-2-m816>. Acesso em: 12 jun. 2019.

O que é Reiki? Desvende tudo sobre a energia do Reiki. Astrocentro,


2013. Disponível em:
<https://www.astrocentro.com.br/blog/reiki/o-que-e-reiki/>.
Acesso em: 12 jun. 2019.

SANTANA, A. L. Bioenergética. InfoEscola, 2019. Disponível em:


<https://www.infoescola.com/medicina-
alternativa/bioenergetica/>. Acesso em: 12 jun. 2019.

Práticas Integrativas e Complementares (PICS): quais são e para que


servem. Ministério da Saúde, 2019. Disponível em:
<http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/praticas-integrativas-e-
complementares#referencia>. Acesso em 11 jun. 2019.
SUS já oferece dezenas de terapias alternativas, veja a lista. Personare, 2018.
REFERÊNCIAS Disponível em: <https://www.personare.com.br/sus-ja-oferece-dezenas-de-
terapias-alternativas-veja-a-lista-m8306>. Acesso em: 12 jun. 2019.

VALADARES, C. Cresce 46% procura por Práticas Integrativas Complementares


no SUS. Ministério da Saúde, 2019. Disponível em:
<http://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45294-cresce-46-procura-
por-praticas-integrativas-no-sus-2>. Acesso em: 12 jun. 2019.

SSINTONIZE

Eliana Alves
Terapeuta Holística
CRTH-BR 3227

https://lialvesth.wixsite.com/ssintonize
Instagram:@lialves.th
Facebook: @lialvesterapeutaholistica

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