No Laboratório e Na Clínica
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No Laboratório e Na Clínica
NO LABORATÓRIO E NA CLÍNICA
a odontologia digital
Coordenadores
Joubert Magalhães de Pádua e Ricardo França Teles
01
018
Preparos Protéticos em Dentes Posteriores
para Sistemas CAD/CAM
José Carlos Garófalo / Stephanie Assimakopoulos Garófalo
Gustavo Escudeiro da Silva / Roberto Salles Zangirolami
02
052
Materiais para Sistemas CAD/CAM
Eduardo Mota
03
062
Cimentação Adesiva de Restaurações
Produzidas por Sistemas CAD/CAM
Leandro Augusto Hilgert / João Christovão Palmieri Filho
04
082
Reabilitação Oclusal Chairside:
A Biocópia da Plástica Oclusal
João Christovão Palmieri Filho / Ricardo França Teles / Roberto Wagner Miake
Paula de Carvalho Cardoso / Rafael de Almeida Decurcio
05
102
RVG – Reabilitação Virtual Guiada
Alex Antônio Maciel de Oliveira
06
132
Alta Performance em Odontologia: A Importância do
Sistema CAD/CAM para a Previsibilidade Estética
José Olavo Mendes / José Vitor Quinelli Mazaro / Claudio Leonardo Andrade / Valdir Ferreira Gonçalves
Fernanda Almeida de Azevedo / Cristiano Xavier / Telmo Rodrigues dos Santos
07
174
Facetas Laminadas e Lentes de Contato pelo
Sistema CEREC
Vinicius Brigagão / Sérgio Meiga
08
216
Reabilitação em Área Estética com Tecnologia CAD/CAM
e Fluxo de Trabalho Totalmente Digital
Fabricio Daniel Finotti Guarnieri / Paulo Eduardo Ferraz Bottura Filho / Patrícia F. J. S. da Cunha
Ronaldo Figueira / Auyber Piovezam
Restauração de Implantes com Sistemas
CAD/CAM: Opções Terapêuticas 09
236
Fernando Peixoto Soares / Ariana Soares Rodrigues
Ricardo França Teles / Joubert Magalhães de Pádua
SUMÁRIO
AUTORES
Vinicius Brigagão / Sérgio Meiga
B C
02 A-C | Seleção do tipo de restauração e modo de desenho (A). Marcação dos elementos 14 a 24 (B). Marcação como inlay/onlay nas facetas do 15 ao 25 (C).
aodontologiadigital
O MODO DE DESENHO DA RESTAURAÇÃO
CÓPIA BIOGENÉRICA
Apesar de necessitar de uma fase laboratorial adicio-
nal, este modo de desenho é nossa preferência para
este tipo de restauração por apresentar resultados
mais previsíveis e necessitar de menos tempo para
edição da forma das restaurações, principalmente em
se tratando de confecção de restaurações chairside,
onde a economia de tempo é fundamental. Todos os A
casos que serão apresentados ao longo deste capítulo
foram realizados a partir deste modo de desenho.
BIOGENÉRICO INDIVIDUAL
Neste processo de construção, é analisada a captura
de imagens e, com base nesta informação, é calcula-
da uma sugestão de restauração. A edição da restau-
ração, como em qualquer modo de desenho, é livre.
Além disso, é possível realizar a variação do biogené-
rico, onde o banco de dados de anatomias presente
no software possibilita a mudança para até 100 dese- B
nhos diferentes da restauração. Cabe salientar que a
proposta dada pelo software sempre vai ser a propos-
ta 020 e esta pode variar de 0 a 100 (Figuras 03A,B).
A B
C D
CAD/CAM NO LABORATÓRIO E NA CLÍNICA
E F G
04 A-G | Forma ovoide (A). Forma quadrada (B). Um dos modelos da Candulor (C). Um dos modelos da Merz (D). Um dos modelos da Vita (E). Ferramenta de
posicionamento (F,G).
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MATERIAIS PARA CONFECÇÃO DE após a fresagem, podendo ser apenas polidos e
FACETAS LAMINADAS cimentados; no entanto, caracterizações exter-
nas podem ser realizadas com a aplicação de
A seguir serão mostradas, resumidamente, as
pigmentos na superfície da restauração e, em
possibilidades de blocos e materiais para as fa-
seguida, deve ser realizado o glazeamento.
cetas laminadas.
Tamanho dos blocos para restaurações uni-
tárias cerâmicas.
I8 Inlays/Onlays 8 x 8 x 15 Não
I 10 Inlays/Onlays 8 x 10 x 15 Não
I 12 Inlays/Onlays 12 x 12 x 15 Sim A
C 14 Coroas 12 x 14 x 18 Sim
C 14 L Coroas 14 x 14 x 18 Sim
PORCELANA FELDSPÁTICA
O mais antigo material cerâmico utilizado em
Odontologia também é o material mais utiliza-
do no sistema CEREC3, totalizando mais de 14
milhões de restaurações produzidas. A apresen-
tação em forma de blocos para fresagem possui
alta densidade devido ao tamanho reduzido das
partículas, consequentemente com resistência B
significativamente superior (aproximadamente
150Mpa) à apresentação tradicional em pó-líqui-
do aglutinante (cerca de 80Mpa), que é usada
para a técnica tradicional de estratificação so-
bre uma substrutura, ou aplicação sobre troquel
refratário.. Disponível em blocos monocromáti-
cos com diferentes graus de translucidez (alto,
baixo e opaco) ou policromáticos, com variações
de translucidez no mesmo bloco, são simples de
C
usar e não requerem processamento térmico
05 A-C | CEREC Blocs. Porcelana feldspática policromática (A). Restauração
virtualmente posicionada no bloco policromático (B). Restauração fresada (C).
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007
A
CAD/CAM NO LABORATÓRIO E NA CLÍNICA
06 A,B | Empress CAD Multi (A). Preparos. Observe a diferença na quantidade de desgaste de uma faceta preexistente e os preparos atuais para
lentes de contato (B).
aodontologiadigital
A B
07 A-D | Escaneamento (A). Desenho das restaurações (B). Restaurações finalizadas (C,D).
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B C
CAD/CAM NO LABORATÓRIO E NA CLÍNICA
D E
08 A-E | Espessura de 0,2 mm (A). Restaurações cimentadas (B). Textura superficial obtida (C). Aspecto extraoral direito (D). Aspecto extraoral esquerdo (E).
aodontologiadigital
DISSILICATO DE LÍTIO (LS2) os blocos deste material são disponibilizados
em uma fase pré-cristalizada, com coloração
A presença de 70% de fase cristalina desta
lilás, que permitem o desgaste na fresadora
cerâmica vítrea promove boas características
ópticas associadas a uma boa resistência fle- de maneira mais rápida sem forçar os moto-
xural (360 a 400MPa), tornando este material res e diminuir a vida útil das brocas. Após o
extremamente versátil5,6. Comercialmente processo de fresagem, é necessário um ciclo
disponível pelos nomes E-Max Cad (Ivoclar) térmico de cristalização a 840°C que dura cer-
e Rosetta SM (Hass), apresentam diferentes ca de 25 a 30 minutos para que os cristais de
graus de translucidez: HT – Alta translucidez, dissilicato de lítio se formem e o material ad-
LT – Baixa translucidez e MO – Opacidade quira as propriedades mecânicas e a cor des-
média. Para facilitar o processo de fresagem, critas pelo fabricante.
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A B
10 A,B | Silicato de lítio reforçado por zircônia. Suprinity (A), Celtra Duo (B).
Porcelana CEREC blocs PC 154 Não Padrão Vita Classical Sim - 4 Não se aplica
feldspática Padrão Vita Classical /
Triluxe 154 Não Sim - 3 Não se aplica
3D Master
Padrão Vita Classical /
Triluxe forte 154 Não Sim - 4 Não se aplica
3D Master
Padrão Vita Classical / HT (Alta translucidez)
Empress Cad 160 Não Não
Bleach LT (Baixa translucidez)
Leucita
Empress Cad Padrão Vita Classical /
160 Não Sim Não se aplica
Multi Bleach
HT (Alta translucidez)
Padrão Vita Classical /
E-Max Cad 360 Sim Não LT (Baixa translucidez)
Bleach
MO (Média opacidade)**
Dissilicato de lítio
HT (Alta translucidez)
Padrão Vita Classical /
Rosetta* 440 Sim Não LT (Baixa translucidez)
Bleach
MO (Média opacidade)**
Padrão Vita Classical / HT (Alta translucidez)
Silicato de lítio Suprinity 420 Sim Não
3D Master T (Média translucidez)
reforçado por
zircônia 210 (polido) HT (Alta translucidez)
Celtra Duo Opcional Padrão Vita Classical Não
370 (cristalizado) LT (Baixa translucidez)
TAB. 01 | Quadro comparativo dos materiais disponíveis para restaurações cerâmicas unitárias.
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B C
CAD/CAM NO LABORATÓRIO E NA CLÍNICA
11 A-D | Caso inicial (A). Enceramento diagnóstico (B). Escaneamento do modelo encerado para biocópia (C). Mock-up (D).
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A B
C D
E F
12 A-G | Avaliação da quantidade de desgaste de acordo com o index do enceramento (A,B). Modelo híbrido (C). Proposta de restaurações pela cópia do
enceramento (D). Condicionamento ácido (E). Restaurações cimentadas (F). Vista intraoral do caso finalizado (G).
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A B C D
CAD/CAM NO LABORATÓRIO E NA CLÍNICA
13 A-D | Esquemas de desenhos de preparos para facetas laminadas: Janela (A), Cobertura em topo (B,C) e Chanfro palatino (Envelopamento incisal) (D). Os
exemplos C e D devem ser evitados.
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ENVOLVIMENTO DAS FACES PROXIMAIS Além das questões relativas ao desenho,
as ferramentas utilizadas para a redução do
A indicação do envolvimento das faces proxi-
elemento dental colaboram significativamente
mais se justifica em casos de fechamentos de
para obtenção de preparos bem feitos. Torna-se
diastemas, triângulos negros e modificações
importante salientar que nenhuma ferramen-
morfológicas maiores. Devido às característi-
ta irá se refletir em um bom trabalho se não
cas atuais do sistema, nestas situações, quan-
houver treinamento suficiente daquele que a
do o preparo estende-se palatinamente em
opera. A seguir, serão apresentadas algumas
relação à região de contato proximal, criando
opções que visam facilitar a vida do operador.
assim a necessidade de um eixo de inserção
por incisal, recomendamos modificar o tipo de
MAGNIFICAÇÃO
restauração na fase “administração” marcando
coroa em vez de faceta. Esta opção nos dá mais A utilização de instrumentos para aumento das
parâmetros de desenho e fresagem e produz imagens facilita a visualização de detalhes e au-
restaurações com melhor adaptação. xilia a ergonomia. Existem, basicamente, duas
formas de se conseguir a magnificação: através
EXTENSÃO INTRASSULCULAR de lupas, que podem ter os mais variados graus
de aumento, ou de microscópios clínicos. Apesar
Interfaces localizadas dentro do sulco gengival
da maior magnificação ser conseguida pelo mi-
estão indicadas para facetas que visam modifi-
croscópio, a necessidade de um período menor
car o contorno do elemento dental, para casos
de adaptação, o menor valor de investimento e
de alteração de cor e em casos de fechamento
a portabilidade tornam as lupas as ferramentas
de grandes diastemas. Excetuando estas situa-
preferidas da maioria.
ções, o término pode ser localizado ao nível ou
levemente supragengival.
A B
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CONTRA-ÂNGULOS
MULTIPLICADORES
A B C
Este dispositivo, como o pró-
prio nome diz, multiplica em
cerca de 5 vezes (de acordo
com o fabricante) a rotação do
motor ao qual ele está conec-
tado, garantindo um controle
maior da quantidade de des-
gaste. Podem ser utilizados na
fase de acabamento ou para
realizar todo o preparo. Diver-
sas marcas comerciais estão
disponíveis e oferecem como-
didades como botão de engate
rápido das brocas e ilumina-
ção (Figuras 15A-E).
D E
CONTRA-ÂNGULOS
OSCILATÓRIOS
Esta peça de mão, em vez de um
movimento rotativo, faz com
que ponta se mova para trás e
para frente. Foi concebida para
polir e moldar restaurações em
locais difíceis de alcançar, po-
rém, em preparos para facetas,
podem ser bastante úteis para
rompimento de contato proxi-
mal, para realizar pequenas
CAD/CAM NO LABORATÓRIO E NA CLÍNICA
16 A,B | Unidade de controle do motor elétrico Bien-Air (A). Unidade de controle do motor elétrico W&H (B).
018
ISBN 978-85-480-0014-0
www.napoleaoeditora.com.br