Anestesiologia - Anestesia Equina A Campo
Anestesiologia - Anestesia Equina A Campo
Anestesiologia - Anestesia Equina A Campo
em Equinos a Campo
REALIZAÇÃO:
Professores:
VIÇOSA-MG
2010
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Índice
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1- Indicações de Anestesia Local e Geral
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solução estável, apresentar rápido equilíbrio entre o sangue e o cérebro, não
causar dor, flebite ou dano perivascular e causar mínima depressão
cardiorrespiratória.
Os métodos de administração das drogas injetáveis por via intravenosa
podem variar de acordo com a preferência do anestesista, a duração da
anestesia e os equipamentos disponíveis.
a) A administração intermitente ou em "bolus" é a mais simples e é
satisfatória para anestesias de curta duração, mas, o plano anestésico varia
muito pela impossibilidade de se manter uma concentração plasmática
constante.
b) Na infusão contínua (gotejamento) os agentes anestésicos são
adicionados a frascos comerciais de soluções isotônicas e a câmara de
gotejamento é ajustada para fornecer a velocidade de fluxo desejada. Nesta
forma de administração ocorre menor oscilação no plano anestésico, mas, há
tendência do plano ser cada vez mais profundo com o passar do tempo.
c) A aplicação de "bolus" seguido de infusão contínua é a forma
mais adequada pois, permite uma indução rápida pela dose inicial e após o
decúbito, inicia-se a infusão contínua que, na prática passa a ser uma infusão
variável, ou seja, a velocidade de infusão é reduzida com o passar do tempo
para se evitar planos mais profundos ao final da anestesia. A infusão contínua
é facilitada quando se usa uma bomba de infusão que pode ser programada
para administrar um volume específico de solução em certo período de tempo.
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consideração as características individuais do animal e do procedimento a ser
executado (peso, idade, tempo de cirurgia...). O valor do animal os
equipamentos disponíveis e o local onde a cirurgia vai ser executada podem
também influenciar na escolha.
1- Cetamina (quetamina)
Classificada como anestésico dissociativo, é largamente utilizada na
anestesia do cavalo. Seu uso como agente único pode causar convulsões e,
por isso, deve ser sempre associada com outras drogas ou usada após
sedativos. Promove boa analgesia e mínima depressão cardiorrespiratória. É
metabolizada no fígado e excretada pelos rins. Geralmente a cetamina é usada
após medicação pré-anestésica com α2 agonistas, éter gliceril guaiacol (EGG),
benzodiazepinas ou combinação de duas ou mais destas.
2- Tiopental
Pertence ao grupo dos barbitúricos e vem sendo usado na anestesia de
equinos há muitos anos. Quando usado em dose única (12 a 15 mg/kg)
promove anestesia por aproximadamente 10 minutos e na recuperação pode
ocorrer excitação. A medicação pré-anestésica permite uma recuperação mais
tranquila e a dose do barbitúrico pode ser reduzida em até 50%. O tiopental
deprime a respiração e a pressão arterial, sendo esse efeito de poucas
consequências no equino sadio, mas arriscado em casos de endotoxemia. O
tiopental é usado em solução a 5% e não deve ser injetado fora da veia, pois é
muito irritante para os tecidos.
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3- Propofol
É um anestésico intravenoso, não cumulativo, largamente usado na
medicina humana e em pequenos animais. Até o presente, devido ao seu custo
elevado, tem sido pouco usado em equinos, entretanto, apresenta
características farmacológicas adequadas para anestesia intravenosa nessa
espécie. Combinações do propofol com α2 agonistas e/ou cetamina são as
mais utilizadas na rotina clínica.
5- α2 agonistas
São de grande importância na anestesia de equinos em função de suas
propriedades sedativas e analgésicas. Atuam nos receptores α2 presentes em
diversos locais do sistema nervoso central e periférico. São indicados em
situações variadas como sedação em estação, sedação antes da anestesia
geral, manutenção da anestesia associados a agentes injetáveis, ou por via
epidural para obtenção de analgesia.
6- Fenotiazinas
Embora ainda utilizados na pré-anestesia de equinos vão sendo, aos
poucos, substituídos por α2 agonistas. A acepromazina é o fenotiazínico mais
utilizado, não é um tranquilizante potente, mas, é capaz de potencializar o
efeito de outros fármacos permitindo redução significativa na dose total da
droga anestésica.
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7- Benzodiazepinas
São utilizados na anestesia de equinos, geralmente em combinação com
cetamina para indução da anestesia, por possuírem acentuado efeito
miorrelaxante. São pouco utilizados para a sedação do equino adulto, devido à
ataxia. Os benzodiazepínicos mais utilizados na clínica de equinos são o
diazepam e o midazolam. O zolazepam é disponível apenas em combinação
com a tiletamina (associação tiletamina-zolazepam) que é mais utilizada na
clínica de pequenos animais e animais selvagens.
8- Tiletamina-zolazepam
A tiletamina pertence ao mesmo grupo da cetamina e é comercializada,
em muitos países, apenas em combinação fixa (1:1) com o zolazepam.
Geralmente é usada juntamente com α2 agonistas (xilazina ou detomidina)
para produzir anestesia de curta duração. Assim como a cetamina, a tiletamina
tem ampla margem de segurança, permitindo maior tempo anestésico quando
a dose é aumentada, entretanto, nessas condições, a recuperação tende a ser
mais agitada. A premedicação com acepromazina melhora a função
cardiopulmonar na anestesia pela associação tiletamina-zolazepam.
9- Opióides
São fármacos utilizados no pré, trans ou pós-operatório, principalmente
por seus efeitos analgésicos. Embora sozinhos não apresentem efeito sedativo
apreciável, associados aos sedattivos promovem profunda sedação nos
equinos. O butorfanol (0,01 a 0,02 mg/kg) é o mais utilizado em combinação
com a xilazina (1mg/kg) ou com acepromazina (0,05 a 0,1 mg/kg).
10- Lidocaína
Infusão de lidocaína tem sido usada para reduzir a CAM dos anestésicos
inalatórios e combinada com os agentes injetáveis, para aumentar a analgesia.
Dose inicial de 1 a 2 mg/kg seguida de infusão contínua de 0,05 mg/kg/min.
Paralelamente é indicada na prevenção e tratamento de íleo paralítico,
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principalmente no pós-operatório de cirurgias de cólica que envolvem
manipulação intensa de alças intestinais. Para este fim utiliza-se a dose inicial
de 1,3 mg/kg IV lenta seguida de 0,05 mg/kg/min. IV por até 24 horas.
3 – Protocolos Anestésicos
Ø Técnica 1
α2 agonistas + Cetamina
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Ø Técnica 2
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Ø Técnica 3
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Ø Técnica 4
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Ø Técnica 5
Ø Técnica 6
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Ø Técnica 7
Xilazina + Tiletamina/Zolazepam
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4 – Localização de Pontos para Anestesia Local
B
A
C
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Pelo forame supraorbitário emerge o nervo frontal e sua anestesia,
dentro ou na abertura do forâme, promove anestesia da pálpebra superior.
O bloqueio no forâme infraorbitário possibilita a anestesia da região
rostral da face, narinas, lábio superior e interior da cavidade oral incluindo
dentes pré-molares e incisivos superiores. O efeito corresponde ao lado da
aplicação, e pode ser realizado em ambos os lados.
O bloqueio do forâme mentoniano anestesia o lábio inferior e dentes
incisivos da mandíbula. O efeito também corresponde ao lado da aplicação, e
pode ser realizado em ambos os lados.
Nos membros há vários pontos de bloqueios perineurais de importância
clínica no diagnóstico de claudicação. Os principais pontos são: digital
palmar/plantar, abaxial do sesamóide, 4 pontos baixos (palmar/plantar e
metacarpiano/metatarsiano) e 4 pontos altos (idem ao anterior em região mais
proximal) (fig.2).
D’ D
C’ C
B
A
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Para anestesia epidural identifica-se o espaço entre a primeira e segunda
vértebras coccígeas, com movimentos para cima e para baixo, logo acima dos
primeiros pelos da cauda. Introduz-se a agulha (40x12) na pele e infiltra-se um
botão anestésico, em seguida a agulha é inclinada em ângulo de 45° a 60° e
aprofundada. O anestésico presente no canhão da agulha é succionado
quando alcança-se o local desejado, em torno da dura-máter.
5 – Complicações e Cuidados
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Hipoperfusão
Hiperventilação
Hipoventilação
Hiperperfusão
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6 – Referências Bibliográficas
LUMB, W.V., JONES, W.E. Veterinary anesthesia, Philadelphia, Lea & Febiger,
1984, 2ed.
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Anexo I - OUTRAS TÉCNICAS RECOMENDADAS PARA ANESTESIA A CAMPO
Tec. Como na Tec. Diazepam - 0,01 a 0,05 mg/kg 15 a 30 minutos Como na Tec. 1
2 1 junto com Cetamina - 2 mg/kg
Tec. Como na Tec. Butorfanol-0,02 mg/kg junto com 15 a 30 minutos Como na Tec. 1
3 1 Cetamina - 2 mg/kg
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