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Afecções Podais em Bovinos PDF

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Sistema Locomotor

Afecções Podais em Bovinos


Importância da podologia bovina:
Contexto Produtivo
Introdução
• A claudicação tem-se tornado uma das mais prevalentes e dispendiosas doenças
• Afecções de origem multifatorial
Introdução
Perdas econômicas das afecções de casco

Estimativa das perdas econômicas de algumas doenças em bovinos leiteiros


Doença Custo por caso USD $
Cetose 145,00
Mastite clinica 190,00
Retenção de placenta 285,00
Febre do leite 334,00
Deslocamento do abomaso 340,00
Afecções de casco 346,00
Perdas econômicas
Perdas econômicas advindas das afecções de
 2% mortalidade
casco
 20% descarte

 Carcaça 40% inferior

 Baixo desempenho reprodutivo


 Fraca demonstração de estro
 Anestro
 Menor taxa concepção no primeiro serviço
 Maior número de serviços por concepção
descarte involuntário atraso na concepção

 Cistos ovarianos diminuição prod.leite Custo de tratamento


Perdas econômicas Diferença entre a percepção da prevalência
estimada na fazenda e a prevalência
encontrada no levantamento
25

Índices reprodutivos de vacas acometidas


com afecções no casco e vacas não 20
acometidas
Índice (%) Vacas com Vacas sem
afecção de afecção de 15
casco casco

Concepção no 17,5 42,6 10


primeiro serviço
Cistos ovarianos 25 11,1
5

0
Estimativa da Prevalência
fazenda apontada pelo
levantamento
Vídeo – slide 9
Fatores Predisponentes
Nível de Produção
Nutrição

Fase da Lactação
Homem

AFECÇÕES Instalações

Genética
PODAIS

Higiene / Umidade

Casqueamento

Traumatismos
Superlotação
Fatores Predisponentes – Nível de Produção
Fatores Predisponentes – Genética
Fatores Predisponentes – Genética
Fatores Predisponentes – Genética

Ideal

Curva Reta
Fatores Predisponentes – Genética
Biomecânica da locomoção
As claudicações ocorrem com frequência diferente
700 kg
entre os dígitos
300 kg 400 kg
 Unha lateral do membro posterior é a mais
acometida.

 Membros Torácicos  Membros Pélvicos

 Absorve 60% do peso do animal  Suportam 40% do peso do animal

 Se inserem ao corpo através de ligamentos e  Inserem ao corpo através da articulação coxo –

tendões femoral

 Capacidade em amortecer o impacto de peso  Incapacidade em diminuir os impactos do peso,

sobre os pés principalmente nas unhas laterais


Biomecânica da locomoção
700 kg
Escore de Locomoção
Vídeo – slide 19
Escore de Locomoção
Abordagem e Conduta Profissional
Aspectos anatômicos
Aspectos anatômicos
Aspectos anatômicos
Aspectos anatômicos
Contenção de Animais
Contenção de Animais
 Método Italiano

 Animal deve permitir aproximação pessoal

 Evita traumatismo no úbere e nas genitálias dos


machos
Contenção de Animais
 Método Rueff

 Animal deve permitir aproximação pessoal

 Há compressão de pênis e úberes, podendo


causar lesões
Afecções Podais
Problemas locomotores Distribuição dos problemas de casco
1%

8%

92%
99%

cascos dos membros posteriores Cascos dos membros anteriores


casco outros
Afecções Podais
Casco do membro posterior

20%

12%

68%

Unha lateral Unha medial Espaço interdigital e região periférica do casco


Afecções Podais
Afecções Podais
 Dermatite Digital  Doença da linha branca

 Dermatite Interdigital  Hiperplasia Interdigital

 Flegmão Interdigital  Erosão do Talão

 Hematoma de Sola  Verruga de Casco

 Úlcera de Sola  Laminite


Dermatite Digital
 Ferida superficial circunscrita
 Na pele plantar da quartela entre os
talões ou na pele plantar dorsal
 Provocada por bactérias e é contagiosa
 Falta de higiene e umidade favorecem
o seu aparecimento
 Provoca hemorragias, dor e manqueira
 Tratamento: corte curativo e limpeza da
ferida
Dermatite Interdigital
 Inflamação superficial da pele do espaço
interdigital

 Provocada por bactérias

 Falta de higiene e umidade favorecem o seu


aparecimento

 As lesões estão limitadas à pele que fica


espessa, ligeiramente inchada e com crostas

 Tratamento: corte curativo e limpeza da


ferida
Flegmão Interdigital
 Inflamação profunda da pele e do espaço
interdigital
 Aparece principalmente em animais em
pastoreio e em animais estabulados com
camas de palha
 Provocado por bactérias e traumatismos
 Início com manqueira leve, inflamação da
coroa, dos talões e quartela, com posterior
afastamento das unhas
 Tratamento: administração de antibióticos,
corte curativo e limpeza geral do casco
Hematoma de Sola
 Derrame sanguíneo ocorrido no córium, logo
acima da sola do casco
 Resultante de laminite subclínica nas maioria
das situações
 Animal não manca, porém movimenta-se
lentamente devido ao incômodo causado pela
lesão
 Não recomenda-se casqueamento e
perfuração da área, de modo a evitar úlcera de
sola
 Manter animal em observação, fortalecendo o
tecido da sola através de pedilúvio com formol
(5%)
 Em casos mais graves, a sola torna-se muito
macia, coloca-se um taco de madeira na unha
oposta
Úlcera de Sola
 Geralmente ocorre nas unhas laterais dos
membros posteriores
 Acomete animais confinados em piso de
concreto
 A lesão localiza-se na porção medial da sola
 Organismo animal tenta reparar a área lesada
com invasão da mesma por tecido de
granulação
 Lesão caracterizada como um botão
vermelho, ferida circunscrita na sola do casco
 Apresenta período de recuperação demorado
 Tratamento baseado no alívio da dor, evitar
contato da sola lesada com o piso e a abrasão
 Casos mais graves recomenda-se
antibioticoterapia
Doença da Linha Branca

 Distensão da área da linha branca, predispondo


a ocorrência de uma pequena rachadura,
tornando os tecidos interno da unha infeccionados

 Casqueamento torna-se um tratamento paliativo,


evitando a evolução para o abscesso de sola

 Recomenda-se controle da umidade do ambiente

 Prevenção através de casqueamento corretivo


Hiperplasia Interdigital
 Caracteriza-se por uma reação proliferativa da pele e
subcutâneo da região interdigital

 Neoformação de tecido com consistência firme,


ocupando todo o espaço entre os dígitos

 Etiologia associada a defeito de aprumos, maior


abertura do espaço interdigital, excesso de gordura
interdigital

 Acomete frequentemente membros posteriores,


animais adultos e pesados

 Claudicação associada a infecções secundárias

 Umidade contribui para evolução do quadro

 Retirada da massa através de procedimento cirúrgico


Erosão de Talão
 Caracteriza-se pelo desgaste na
região do talão, com perda de tecido,
presença de exsudato fétido e
coloração escura

 Lesão associada a ambientes sujos e


úmidos, favorecendo o
desenvolvimento da Bacteroides
Nodosus

 Casqueamento e tratamento tópico


com sulfato de cobre
Verruga de Casco
 Doença contagiosa, causando extremo desconforto
aos animais acometidos

 Caracteriza-se por uma ferida na região do talão, na


região periférica do casco e nas sobre – unhas

 O grau de severidade varia de acordo com o


ambiente e com a imunidade do animal

 Etiologia associada a presença de lama, umidade,


pouca higiene das instalações, alta densidade

 Pedilúvio auxilia no controle da infecção

 Tratamento local com antibióticos – oxitetraciclina e


lincomicina
Laminite
 Comprometimento das arteríolas responsáveis pela irrigação do tecido queratogênico (tecido córneo)
 Tecido que dá origem ao casco apresenta-se macio e predisposto a um dado físico ou a uma desintegração
 Classificação da laminite
 Laminite aguda
 Provoca dores fortes
 Relativamente incomum em vacas leiteiras, a não ser que ocorre uma ingestão acidental de quantidade
excessiva de grãos ou concentrado

 Laminite crônica
 Conhecido também como casco achinelado
 Resultando de episódios prolongados de uma laminite subclínica

 Laminite subclínica
 Forma de manifestação mais comum
 Severidade varia de acordo com a influência dos fatores de risco “NUTRIÇÃO”
 Várias lesões estão associadas , como: úlcera de sola, abscesso e hematoma de sola
Laminite
 Remoção do animal para um piquete macio
 Forragem e água de boa qualidade e SEM oferta de CONCENTRADO
 Analgésicos e Antiiflamatórios para alívio do problema
 Uso de alcalinizantes (bicarbonato de sódio) de modo a evitar quadros de acidose
Protocolo mais utilizado:
 Limpeza e desinfecção das lesões
 Colocação de taco na unha preservada
 Anestesia do membro acometido (veia digital)
 Limpeza e remoção de tecidos necróticos com rineta
 Desinfecção com solução de iodo 2%
 Colocação de bandagem com antibiótico
 Impermeabilização da bandagem a base de alcatrão
 Troca de curativo a cada 72 horas até a formação do tecido córneo na área removida
 Permanência do taco no digito não envolvido por 30 – 40 dias para o crescimento do tecido córneo
Laminite
Laminite
Preventivo – Pedilúvio
 Essencial no controle das afecções podais
 Melhoria dos tecidos córneos
 Utiliza-se 3 vezes por semana
 Construído próximo a sala de ordenha,
especialmente na saída
 Animal deve passar por um lava – pés
anteriormente
 Formol 3% a 5%
 Sulfato de Cobre 3 a 5%
 Sulfato de Zinco 10%
 Antibióticos: Tetracilina 0,1%
Preventivo – Casqueamento
 Taxa de crescimento córneo de aproximadamente

5mm mensais

 Correção dos apoios e restabelecimento da

morfologia

 Modificações do aprumo favorecem a ocorrência

de lesões podais

 Procedimento realizado de 6 em 6 meses

 Técnica baseada em corte da pinça, aparo da

muralha, aparo da sola, retirada de pequenas

lesões, acabamento
Preventivo – Casqueamento
Preventivo – Casqueamento

Vídeo – slide 51
Preventivo – Casqueamento

Vídeo – slide 52
Preventivo
Preventivo
Preceptor Clínica de Bovinos: Lívio Mascarenhas
(71) 9 9969 - 9691
livio.freitas@unifacs.br

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