Apostila Complementar - Questões

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QUESTÕES

EXERCÍCIO N.º: 06

1. Em ação trabalhista, a parte reclamante postulou a condenação da empresa reclamada ao pagamento de


horas extraordinárias e sua projeção nas parcelas contratuais e resilitórias especificadas na inicial. Ao pregão
da Vara Trabalhista respondeu o empregado-reclamante, assistido do seu advogado. Pela empresa,
compareceu o advogado, munido de procuração e defesa escrita, que explicou ao juiz que o preposto do
empregador-reclamado estaria retido no trânsito, conforme telefonema recebido. Em face dessa situação
hipotética, responda, de forma fundamentada, às indagações a seguir.

A) O juiz deve receber a defesa e os documentos apresentados pelo advogado da reclamada?


B) O preposto precisa ser empregado da empresa?

2. Um ex-empregado ajuíza reclamação trabalhista contra a ex-empregadora (a empresa “A”) e outra que,
segundo alega, integra o mesmo grupo econômico (a empresa “B”). Em defesa a empresa “A” afirma que
pagou tudo ao reclamante, nada mais lhe devendo, enquanto a empresa “B” sustenta sua ilegitimidade
passiva, negando a existência de grupo econômico. Considerando que: 1) as reclamadas possuem advogados
diferentes e estes pertencem a escritórios de advocacia diferentes; 2) não se trata de PJe; 3) que o pedido foi
julgado procedente condenando-se solidariamente as rés; 4) que a empresa “A” recorreu efetuando o
recolhimento das custas e do deposito recursal, responda às indagações a seguir.

A) O prazo para recurso das empresas é diferenciado, haja vista terem procuradores diferentes? Como é
contado o prazo?
B) A empresa “B” deverá efetuar depósito recursal para viabilizar o recurso, no qual insistirá na sua absolvição
por não integrar com a litisconsorte um grupo econômico?

3. Reginaldo ingressou com ação contra seu ex-empregador, e, por não comparecer, o feito foi arquivado.
Trinta dias depois, ajuizou nova ação com os mesmos pedidos, mas dela desistiu porque não nutria mais
confiança em seu patrono, o que foi homologado pelo magistrado. Contratou um novo profissional e, 60 dias
após, demandou novamente, mas, por não ter cumprido exigência determinada pelo juiz para emendar a
petição inicial, o feito foi extinto sem resolução do mérito. Com base no relatado, responda aos itens a seguir,
empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.

A) Para propor uma nova ação, Reginaldo deverá aguardar algum período? Em caso afirmativo, qual seria?
B) Quais são as hipóteses que ensejam a perempção no processo?

4. Determinado empregado ajuizou ação trabalhista em face de seu empregador (empresa de serviço
fornecedora de mão de obra na área de limpeza), logo após haver sido dispensado. Na ação aduziu que era
detentor de estabilidade decorrente de doença acidentária, supostamente causada pelo trabalho. Para tanto,
juntou aos autos carta de concessão de benefício previdenciário por doença comum, não produzindo
qualquer outra prova. A empregadora ré apenas negou que a doença era decorrente do trabalho
desempenhado.

A) Indique, sob o aspecto da distribuição do ônus da prova, a quem caberia comprovar se a doença do
empregado decorre ou não do trabalho.
B) Qual o outro meio de prova passível de utilização no caso em tela?

5. Sérgio moveu ação contra a empresa Delta, da qual foi empregado, pleiteando o pagamento de indenização
por dano moral de R$ 10.000,00 e horas extras. Na sentença foi deferido o pagamento de indenização por
dano moral de R$ 5.000,00 e as horas extras no quantitativo desejado na petição inicial. Somente a empresa
interpôs recurso ordinário, e o TRT da Região manteve a sentença em todos os seus aspectos. Então, o
reclamante interpôs recurso de revista pretendendo a majoração da indenização por dano moral para R$
10.000,00, tal qual desejado na exordial.

A) Analise a possibilidade de Sérgio interpor recurso de revista no caso apresentado, justificando.


B) Caso a empresa opusesse embargos declaratórios contra o acórdão proferido pelo TRT, informe em que
situação, à luz da jurisprudência consolidada, o autor teria de ser intimado para se manifestar.

6. Serafim ajuizou reclamação trabalhista contra o ex-empregador postulando o pagamento de horas extras
e verbas resilitórias. Em audiência, entabulou acordo com o reclamado, que foi homologado judicialmente,
no qual conferiu quitação geral quanto ao extinto contrato de trabalho. Tempos depois contratou novo
advogado e ajuizou nova demanda contra a mesma empresa, desta feita pedindo apenas diferença em razão
de equiparação salarial – verba não perseguida na primeira ação. Diante desse quadro, responda.

A) Analise a validade, ou não, de um acordo judicial no qual a parte concede quitação sobre objeto que não
foi postulado na petição inicial, justificando em qualquer hipótese.
B) Informe o fenômeno jurídico que inviabiliza o prosseguimento da segunda ação ajuizada, apresentando o
fundamento legal respectivo.

7. Em sede de ação trabalhista movida por Célio em face de Madeireira Ltda., transitada em julgado a decisão
de conhecimento, após a apresentação de cálculos pelas partes e homologado determinado valor, o juiz abriu
prazo para a manifestação específica das partes em relação à sua decisão. Ambas se quedaram inertes.
Posteriormente, em sede de embargos à execução, a parte ré quis impugnar os valores do débito. Na
qualidade de advogado, responda:

A) O que você deverá alegar em sede de resposta aos embargos à execução? Fundamente.
B) Qual o recurso cabível da decisão dos embargos á execução? Fundamente.

8. Em sede de reclamação trabalhista o empregado pleiteou o recolhimento das contribuições previdenciárias


não realizadas pelo empregador no curso do contrato de trabalho. Diante disso, responda:

A) Na qualidade de advogado (a) da empresa, o que você deverá alegar inicialmente, partindo do pressuposto
que seu cliente realmente não fez os recolhimentos pretendidos? Fundamente.
B) Caso o juiz rejeite se requerimento e julgue procedente o pedido, que medida você deverá adotar?

9. Os irmãos Pedro e Júlio Cesar foram contratados como empregados pela sociedade empresária Arco Doce
S/A e lá permaneceram por dois anos. Como foram aprovados em diferentes concursos públicos da
administração direta, eles pediram demissão e, agora, com a possibilidade concedida pelo Governo, dirigiram-
se à Caixa Econômica Federal (CEF) para sacar o FGTS. Na agência da CEF foram informados que só havia o
depósito de FGTS de 1 ano, motivo por que procuraram o contador da Arco Doce para uma explicação. O
contador informou que não havia o depósito porque, no último ano, Pedro afastara-se para prestar serviço
militar obrigatório e Júlio Cesar afastara-se pelo INSS, recebendo auxílio-doença comum (código B-31). Diante
desses fatos, confirmados pelos ex-empregados, o contador ponderou que não havia obrigação de a empresa
depositar o FGTS durante 1 ano para ambos.

A) Analise se a empresa acertou em não realizar o depósito para Pedro.


B) Analise se a empresa acertou em não realizar o depósito para Júlio Cesar.

10. João da Silva exercia o cargo de caixa executivo no Banco Estrela S.A., trabalhando 08 horas diárias, com
intervalo para repouso e alimentação de 01 (uma) hora, de segunda-feira a sexta-feira, e recebia gratificação
de função de 1/3 do salário do seu posto efetivo. Posteriormente, foi designado para a função de confiança
de gerente do departamento de pessoal, recebendo gratificação de 50% do salário do cargo efetivo. Nesse
período, a sua jornada era das 10h às 21h, de segunda-feira a sexta-feira, com 01 hora de intervalo
intrajornada. Diante dessa situação hipotética, e considerando que João da Silva, após 12 anos de exercício
na função de gerente, foi revertido, sem justo motivo, para o seu cargo efetivo, com a supressão de sua
gratificação de função, responda, de forma fundamentada, às seguintes indagações:

A) Na função de gerente do departamento de pessoal, João prestava horas extraordinárias?


B) Foi válida a reversão de João para o seu cargo efetivo? A gratificação de função poderia ter sido suprimida?

11. No curso da ação trabalhista, movida por Martina em face da empresa Sucesso Empreendimentos, foi
realizada audiência em que o Juiz apresentou proposta conciliatória, porém a proposta foi rejeitada pelas
partes. Entretanto, dois dias após a audiência, as partes apresentaram ao juízo petição
em que pediam a homologação de acordo, sendo que nele nada foi ajustado sobre custas. Conforme normas
contidas na Consolidação das Leis do Trabalho, responda:

A) As partes poderiam celebrar o acordo após a realização da audiência designada para a esse finalidade?
B) Como ficam as custas processuais nesse caso?

12. Marcelo foi empregado da empresa DGH Ltda., tendo sido dispensado por justa causa. Em razão disso,
ajuizou reclamação trabalhista cinco meses depois da dispensa, postulando as verbas resilitórias, pois não
reconheceu a prática de qualquer falta grave ensejadora de justa causa, bem como de um período de férias
não fruída. Em audiência, as partes conciliaram, estabeleceram cláusula de quitação geral, o acordo foi
homologado judicialmente e o valor pago na data acertada. Porém, poucos dias depois, Marcelo, conversa com
um amigo estudante de direito e resolve ajuizar nova demanda contra a ex-empregadora, desta feita
postulando adicional noturno e adicional de insalubridade. Consoante o entendimento do Tribunal Superior do
Trabalho:

A) Seria possível o ajuizamento da nova demanda?


B) Como poderia ser revisto o acordo celebrado pelas partes?

13. Em determinada de execução de sentença definitiva de reclamatória trabalhista, foi homologado o valor
da condenação em R$ 180.000,00, tendo sido devidamente citada a executada para pagamento.
No momento da citação, a executada demonstrou seu inconformismo com o valor cobrado perante o Oficial
de Justiça. Nesse caso, responda:

A) Qual a medida judicial a ser adotada pela executada e em que prazo deve agir, com a finalidade de
manifestar sua irresignação com o valor executado?
B) Se a executada se mantiver inerte, como prosseguirá a execução?

14. Maria tem uma reclamatória trabalhista que move em face de Empreendimentos SS, pelo rito ordinário.
Como houve designação de audiência de prosseguimento, foi orientada pelo advogado de que deveria convidar
testemunhas para comparecer no dia designado. No dia, a testemunha Leandro Junior compareceu a uma
audiência, mas foi contraditada pela empresa ao argumento de que possuía ação em curso contra a reclamada,
o que foi confirmado por ele. Já, a outra testemunha de Maria, Carlos, não compareceu, sem apresentar
qualquer justificativa. Diante do exposto, com base no que dispõe a CLT e o entendimento do TST, responda:

A) Como juiz, qual seria seu posicionamento quanto a oitiva de Leandro Junior?
B) Como advogado de Maria, qual seria seu procedimento diante da ausência da testemunha Carlos?

15. Josefino, servidor próprio da Justiça do Trabalho comparece ao domicílio de Pedro, devedor em uma
execução trabalhista, numa sexta-feira às 20:30 horas, pretendendo citá-lo para o pagamento da dívida.
Contudo, o executado se revolta porque entende que o mandado judicial não poderia ser cumprido naquele
horário, mesmo porque não existe determinação judicial informando até que horas o ato poderia ser realizado.
Nessa situação, responda:
A) Agiu corretamente o servidor?
B) Da citação, quando se tratar de obrigação de pagar, qual o prazo que terá o executado para pagamento?

16. Considere que em uma reclamação trabalhista movida pelo empregado Teo em face da empresa MIT Ltda.
houve procedência parcial em sentença. A reclamada interpôs recurso, mas por equívoco do Juízo não houve
intimação do reclamante para apresentar contrarrazões. O recurso teve seu provimento negado. No caso,
conforme previsão contida no texto consolidado, responda:

A) Há nulidade a ser declarada no caso apresentado?


B) Qual o prazo que teria a parte para apresentar contrarrazões?

17. Em determinada reclamação trabalhista, o reclamante postula o pagamento de horas extras e adicional de
insalubridade. Em contestação, a empresa afirma e prova que possui 8 empregados, juntando os controles de
ponto com horários invariáveis (uniformes), e alega que o reclamante não realizava atividades com contato
com agentes insalubres, e requer a realização de perícia. Quando de sua manifestação, o autor impugnou os
controles, afirmando que eles não são fidedignos, mas nada menciona sobre insalubridade. Com base nisso,
considerando as disposições da CLT e o entendimento
consolidado do TST, responda:

A) Como fica o ônus da prova, quanto às horas extras?


B) Como deve agir o juiz quanto à insalubridade?

18. Jeferson ingressou com reclamatória trabalhista pretendendo receber adicional de periculosidade e
equiparação salarial em face da empresa que trabalha – JJ Comércio e Serviços Ltda. Na audiência designada
foi requerida a prova técnica pericial e a oitiva de testemunhas. O juiz deferiu apenas a oitiva das testemunhas,
encerrando a instrução processual e designando julgamento. Diante a situação apresentada, responda:

A) Como advogado de Jeferson caso pretenda alegar eventual nulidade, quando deverá fazer tal alegação?
Fundamente sua resposta.
B) Desta decisão caberia recurso? Fundamente sua resposta.

19. A empresa Super Mais Ltda. ajuizou inquérito de apuração de falta grave na Justiça do Trabalho em face de
Anita, dirigente sindical, para apuração de falta grave cometida no curso do contrato de trabalho. Sobre a
situação apresentada, responda:

A) Quantas testemunhas, por parte, poderão ser ouvidas neste procedimento?


B) Se ao final do procedimento não for constatada a efetiva falta grave, como deve proceder o juiz?

20. No curso de um processo que tramita perante a justiça do trabalho, o juiz proferiu decisão deferindo a
tutela provisória em favor do reclamante. A reclamada, por sua, vez impetrou Mandado de Segurança,
alegando a violação de direito líquido e certo. Porém, o juiz ao analisar a petição inicial determinou a emenda
da inicial, para que a parte impetrante juntasse documentos indispensáveis. Diante dessa situação, responda:

A) Agiu de forma correta o juiz?


B) A presente ação poderia ser feita pessoalmente pela parte interessada, sem a necessidade de constituição
de advogado?

21. Foi proferida sentença de procedência de uma reclamatória trabalhista. Inconformada a reclamada
pretende recorrer. Diante dessa situação, responda:

A) Qual o recurso cabível? Em que prazo deve ser interposto?


B) Sendo o caso de fazer depósito recursal, como este deve ser feito?

22. O juiz do trabalho da 2ª vara do Trabalho de Tão Distante, analisando a petição inicial de Matheus,
constatou que sua pretensão era contrária ao enunciado de uma Súmula do TST, e analisando a petição inicial
de Madalena, constatou haver irregularidade de representação. Diante disso o juiz julgou liminarmente
improcedente ambos os pedidos. Sobre a situação descrita, resposta:

A) Agiu corretamente o juiz com relação ao indeferimento da ação de Matheus?


B) Agiu corretamente o juiz com relação ao indeferimento da ação de Madalena?

23. Em uma ação trabalhista, que tramita pelo rito sumaríssimo, foi designada perícia. Após isso, as partes
foram intimadas para se manifestar sobre laudo. Diante disso responda:

A) Qual o prazo que as partes possuem para manifestação quanto ao laudo?


B) A quem cabe o pagamento dos honorários periciais?

24. Julio celebrou contrato de trabalho com o Banco do Brasil S.A., que é uma sociedade de economia mista
cujo controle acionário é da União. Caso pretenda ajuizar uma ação contra o banco empregador, responda:

A) Qual a justiça competente para processar o litigio?


B) O Banco teria prazo em dobro para recorrer?

25. Em sede recursal o advogado da parte recorrente constatou que há divergência entre as turmas do TST
sobre o tema objeto do caso de sua cliente. Nesse caso, pretendendo recorrer, responda de forma
fundamentada:

A) Qual deve ser o recurso a ser utilizado pelo advogado? Qual seu prazo?
B) A quem é endereçado tal recurso?

26. Ricardo, funcionário da sociedade empresária Carnes Nobres Ltda., pediu demissão do emprego,
informando que cumpriria o aviso prévio com trabalho, o que de fato ocorreu. Findo o contrato, Ricardo
ajuizou reclamação trabalhista afirmando que durante o aviso prévio não teve a redução da sua jornada em
duas horas diárias nem faltou a sete dias corridos, razão pela qual requereu o pagamento de novo aviso prévio
e sua integração para todos os fins. Considerando essa situação, você, como advogado(a) contratado(a) pela
sociedade empresária, deve responder aos itens a seguir.

A) Qual a tese de mérito que você sustentaria na defesa?


B) Quais são os requisitos legais para que o aviso prévio possa ser reconsiderado?

27. Laerte da Fênix, 30 anos, filho de Maria José, empregado da empresa “Luxo Eletrodomésticos” Ltda., sofreu
acidente de trabalho em 13/12/2017, durante o exercício de suas funções, que consistiam
predominantemente na montagem dos eletrodomésticos, em linha de produção, da empresa. Por tal evento,
encontra-se afastado de suas funções, e passou a receber auxílio doença acidentário (Código B-91) que já
perdura por 2 meses, desde o ocorrido, face à gravidade do acidente e a sua lenta recuperação. A empresa
pretende substituir o empregado afastado, mas não tem a intenção de firmar um contrato de trabalho
diretamente com o empregado substituto, pois a contratação se dará em razão de necessidade transitória de
substituição de pessoal regular e permanente, e apenas pelo período de afastamento de Laerte. Diante da
situação hipotética supra, e nos termos da reforma trabalhista, responda:
A) Que tipo de contrato poderá ser firmado entre a empresa e o novo empregado substituto? Justifique.
B) Diante do artigo 443 da CLT, que estabelece as modalidades de contrato de trabalho, pode-se afirmar que
o substituto poderá ser contratado de forma verbal? Justifique.
C) Quando Laerte da Fênix retornar ao trabalho, ele fará jus aos direitos previstos em norma coletiva,
conferidos aos demais empregados no período de afastamento? Justifique.

28. José de Souza ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa Alfa Vigilância Ltda., postulando o
pagamento dos valores correspondentes aos intervalos intrajornada não gozados em sua integralidade,
acrescidos de adicional de 50%, bem como das diferenças decorrentes da integração dessas quantias nas
verbas contratuais e resilitórias. Na peça de defesa, a reclamada alegou que a supressão dos intervalos para
repouso e alimentação foi autorizada em acordo coletivo firmado com o sindicato representante da categoria
profissional do reclamante, colacionando cópia do referido instrumento normativo cuja vigência alcançava
todo o período contratual do autor. Aduziu, ainda, que a parcela acima prevista possui natureza indenizatória,
sendo descabidas as repercussões postuladas na inicial. Com base na situação hipotética, responda aos itens
a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.

A) Procede o pedido de pagamento dos valores correspondentes aos intervalos intrajornada não gozados
pelo reclamante?
B) A indenização referente ao intervalo intrajornada deve integrar ou não a base de cálculo das verbas
contratuais e resilitórias do empregado que não tenha gozado dos intervalos intrajornada?

29. Uma empresa possui no seu regulamento a proibição expressa de os empregados deixarem o local de
trabalho sem autorização do superior imediato, bem como o empregado que perder a sua qualificação
profissional será despedido por justa causa.

A) Analise em qual hipótese da justa causa se enquadra o empregado que sair da empresa sem autorização do
superior imediato?
B) É válida a clausula de demissão do empregado por justa causa em razão da perda da qualificação
profissional?

30. Éberton é trabalhador rural, está com dúvidas a respeito de seus direitos trabalhistas, pois o seu contrato
é superior a 6 horas diárias. Juniano que é seu colega de trabalho na lida da roça e também sente dúvidas sobre
como é definida a hora noturna do trabalhador rural. Ambos procuram você para consulta-lo e lhe questionam:

A) Como é devido o intervalo intrajornada dos trabalhadores rurais com jornada superior a 6 horas diárias?
B) Como é definida a hora noturna do trabalhador rural?

31. José trabalhou como despachante para a sociedade empresária Vinhos do Sul Ltda. Frequentemente ele
reparava que, nas notas de despacho, constava também a razão social da sociedade empresária Vinhos e Sucos
de Bento Gonçalves Ltda. Os CNPJs das sociedades empresárias eram distintos, assim como suas respectivas
personalidades jurídicas, porém, os sócios de ambas eram os mesmos, sendo certo que a sociedade empresária
Vinhos e Sucos de Bento Gonçalves Ltda. era sócia majoritária da sociedade empresária Vinhos do Sul Ltda.,
além dos sócios pessoas físicas.

A) Com base no caso narrado, assinale indique a figura jurídica existente entre as sociedades empresárias e o
efeito disso perante o contrato.
B) Havendo alteração do empregador no contrato de trabalho é necessária a rescisão do contrato de trabalho?

32. João era proprietário de uma padaria em uma rua movimentada do centro da cidade. Em razão de obras
municipais, a referida rua foi interditada para veículos e pedestres. Por conta disso, dada a ausência de
movimento, João foi obrigado a extinguir seu estabelecimento comercial, implicando a paralisação definitiva
do trabalho.

A) Indique quais verbas são devidas aos funcionários de João.


B) Informe quem será responsável pelo pagamento das verbas indenizatórios.
33. Em sede de reclamação trabalhista o empregado pleiteou o recolhimento das contribuições
previdenciárias não realizadas pelo empregador no curso do contrato de trabalho. Diante disso, responda:

A) Na qualidade de advogado (a) da empresa, o que você deverá alegar inicialmente, partindo do pressuposto
que seu cliente realmente não fez os recolhimentos pretendidos? Fundamente.
B) Caso o juiz rejeite se requerimento e julgue procedente o pedido, que medida você deverá adotar?

34. O sindicato dos empregados nas usinas de açúcar de Linhares (ES) entabulou convenção coletiva
contemplando diversos direitos para os trabalhadores, dentre os quais a entrega de uma cesta básica mensal.
Porém, logo após, iniciou-se divergência sobre a quantidade e a qualidade dos produtos que deveriam
integrar a referida cesta básica, tendo o sindicato dos empregados decidido ajuizar ação na Justiça do
Trabalho.

A) De acordo com a lei, é necessário, ou não, comum acordo para que seja instaurado dissídio coletivo de
natureza jurídica?
B) De acordo com a lei, qual é o prazo máximo de vigência de uma sentença normativa? Apresente o
fundamento legal que justifique sua resposta.

35. Demétrio ajuizou reclamação trabalhista pleiteando o pagamento de multas previstas no instrumento
normativo de sua categoria, cujo destinatário é empregado lesado, em virtude do descumprimento, pelo
empregador, da quitação do adicional de 50% sobre as horas extras e do acréscimo de 1/3 nas férias. Em
contestação, a reclamada sustentou que tais multas eram indevidas porque tratava de meras repetições de
dispositivo legal, sendo que a CLT não prevê multa para o empregador nessas hipóteses. Adiciona e comprova
que, no tocante à multa pelo descumprimento do terço de férias, isso já é objeto de ação anterior ajuizada
pelo mesmo reclamante e que tramita em outra Vara, atualmente em fase de Recurso. Responda,
justificadamente, aos itens a seguir.

A) Analise se são válidas as multas previstas no instrumento normativo.


B) Informe que fenômeno jurídico processual ocorreu em relação ao pedido de multa pela ausência de
pagamento do terço das férias.

36. O Juiz deferiu o pagamento de férias vencidas + 1/3 em reclamação trabalhista, sob o fundamento de
inexistência de comprovação de fruição ou pagamento destas, já que a empresa ré não produziu qualquer
prova da alegação de que o empregado gozara ou recebera as férias. Transitada em julgado a decisão, a ré
ajuizou ação rescisória juntando recibo da época da rescisão do contrato de trabalho do autor, no qual estava
comprovado o pagamento do período de férias objeto da condenação. Alegou tratar-se de documento novo,
mas que não foi juntado por esquecimento do patrono.

A) Qual o entendimento do TST acerca de documento novo para efeitos de ajuizamento de Ação Rescisória?
Fundamente.
B) Qual deverá ser a decisão sobre o cabimento ou não da Ação Rescisória nesta hipótese?

37. Jocimar é auxiliar de laboratório, ganha R$ 2.300,00 mensais e ajuizou reclamação trabalhista contra a
empresa Recuperação Fármacos Ltda., sua empregadora, requerendo o pagamento dos adicionais de
insalubridade e periculosidade. Designada perícia pelo juiz, foi constatado pelo expert que no local de
trabalho frio era excessivo, sem a entrega de equipamento de proteção individual adequado, além de
perigoso, pois Jocimar trabalhava ao lado de um tanque da empresa onde havia grande quantidade de
combustível armazenado. Contudo, a empresa impugnou expressamente o laudo pericial, afirmando que o
perito designado era um engenheiro de segurança do Trabalho, e não um médico do trabalho, como deveria
ser. Diante do caso, responda:
A) Analise, de acordo com a CLT, a possibilidade de condenação nos dois adicionais desejados, justificando.
B) Caso Jocimar postulasse o adicional de insalubridade, alegando que ruído era excessivo, analise se seria
possível o deferimento do adicional se a perícia constatou que o único elemento insalubre presente no local
era o frio. Justifique.

38. Uma instituição bancária construiu uma escola para que os filhos dos seus empregados pudessem estudar.
A escola tem a infraestrutura necessária, e o banco contratou as professoras que irão dar as aulas nos primeiros
anos do Ensino Fundamental. Não existe controvérsia entre empregador e empregadas acerca do
enquadramento sindical.

A) Analise se as professoras serão consideradas bancárias?


B) Caso faleça o cônjuge de uma das professoras, analise quantos dias de licença a mesma terá direito

39. A sociedade empresária Gardênia Azul Ltda. aprovou acordo coletivo junto ao sindicato de classe dos seus
empregados prevendo um plano de cargos e salários. Nele, as promoções seriam feitas no máximo a cada dois
anos, exclusivamente pelo critério de antiguidade. No período de vigência dessa norma, Walter ajuizou uma
ação requerendo equiparação salarial a Fernando, referente ao período do acordo coletivo. Diante da situação
concreta, analise os questionamentos.

A) Analise se é possível o pedido de equiparação salarial.


B) É possível no direito do trabalho a equiparação salarial com paradigma que está readaptado em uma função?

40. Um representante comercial ajuíza ação na Justiça do Trabalho pedindo a devolução de descontos. Ele
explica que sua comissão sobre as vendas é de 5%, mas que pode optar pelo percentual de 10%, desde que se
comprometa a pagar o valor da venda, caso o comprador fique inadimplente. Alega que sempre fez a opção
pelos 10%, e que, nos casos de inadimplência, teve de pagar o valor do negócio para depois tentar reaver a
quantia do comprador, o que caracterizaria transferência do risco da atividade econômica.

A) Diante do caso apresentado e da lei de regência, analise se a clausula é válida.


B) Informe em qual(is) hipótese(s) é possível o desconto salarial do empregado.

41. Grandes empresas estão cada vez mais investindo no aprimoramento e qualificação dos seus empregados.
Nesse sentido analise as afirmações abaixo:

A) No caso de afastamento do empregado para realização de cursos oferecidos pelo empregador, qual são as
consequências deste afastamento frente ao contrato de trabalho do empregado? Fundamente.
B) Poderá ocorrer o afastamento do empregado para realização de cursos de qualificação na quantia de uma
vez ao ano? Justifique e fundamente sua resposta

42. Um grupo econômico é formado pelas sociedades empresárias X e Z. Com a crise econômica que assolou
o país, todas as empresas do grupo procuraram formas de reduzir o custo de mão de obra. Para evitar
dispensas, a sociedade empresária X acertou a redução de 10% dos salários dos seus empregados por
convenção coletiva; e Z fez a mesma redução, por acordo individual escrito com os empregados.

A) É válido o acordo realizado pela empresa X?


B) É válido o acordo realizado pela empresa Z?

43. José trabalhou como despachante para a sociedade empresária Vinhos do Sul Ltda. Frequentemente ele
reparava que, nas notas de despacho, constava também a razão social da sociedade empresária Vinhos e Sucos
de Bento Gonçalves Ltda. Os CNPJs das sociedades empresárias eram distintos, assim como suas respectivas
personalidades jurídicas, porém, os sócios de ambas eram os mesmos, sendo certo que a sociedade empresária
Vinhos e Sucos de Bento Gonçalves Ltda. era sócia majoritária da sociedade empresária Vinhos do Sul Ltda.,
além dos sócios pessoas físicas.

A) Com base no caso narrado, assinale indique a figura jurídica existente entre as sociedades empresárias e o
efeito disso perante o contrato.
B) Havendo alteração do empregador no contrato de trabalho é necessária a rescisão do contrato de trabalho?

44. A 4ª Turma do TST, ao julgar Recurso de Revista interposto pela empresa Beta Ltda., em ação
trabalhista movida por Gabriel Garcia, manteve o acórdão regional, julgando improcedente o pedido de
FGTS sobre o aviso prévio indenizado. Ocorre que o TST já pacificou o entendimento acerca do depósito
do FGTS sobre o aviso prévio indenizado. Com base na hipótese descrita, responda aos itens a seguir:

A) Qual o recurso cabível da decisão do TST em sede de Recurso de Revista? Fundamente


B) De acordo com a CLT, em que hipóteses são cabíveis o referido recurso? Justifique.

45. Numa reclamação trabalhista movida em litisconsórcio passivo, o autor e a empresa reclamada
Moeda de Ouro (sociedade de economia mista) foram vencidos reciprocamente em alguns pedidos,
tendo ambos se quedado inertes no prazo recursal. Porém, a empresa reclamada Prata da Casa (pessoa
jurídica de direito privado), vencida também em relação a alguns pedidos na referida ação trabalhista,
interpôs recurso ordinário, com observância dos pressupostos legais de admissibilidade, tendo inclusive
efetuado o preparo. Em seguida, o Juiz do Trabalho notificou as partes para que oferecessem suas
contrarrazões, em igual prazo ao que teve o recorrente. Considerando os fatos narrados acima,
responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir.

A) Analise a possibilidade de o autor recorrer, ou não, dos pedidos em que foi vencido, e de que maneira
isso se daria, se possível for.
B) Caso ambas as empresas tivessem recorrido ordinariamente, e tendo a empresa Moeda de Ouro
requerido sua exclusão da lide, analise e justifique quanto à necessidade, ou não, de a reclamada Prata
da Casa efetuar o preparo.

46. Zuleidinha, assistente de recursos humanos, foi contratada pela empresa de bijuterias “Luxo e
Modernidade” Ltda. e realizava as seguintes atividades: pagamento dos empregados e fornecedores,
encomenda de novos produtos e verificação das necessidades recorrentes da empresa / empregados.
Contudo, após alguns anos de trabalho na empresa, Zuleidinha começou a se tornar uma pessoa de difícil
trato em relação aos funcionários, já que a todo tempo os tratava de forma ríspida e por vezes desrespeitosa.
Em decorrência de tais fatos e das constantes reclamações da empregada acerca do excesso de serviço e
salário, o empregador optou por dispensá-la. No entanto, aparentemente de forma coincidente, meses após
a rescisão contratual, a empresa verificou uma grade redução em suas vendas e cancelamento de contratos
com fornecedores, o que lhe causou grande estranheza e preocupação. A ex-empregada, inconformada com
sua dispensa, acreditando ser injusta diante de sua dedicação, ingressou com uma Reclamação Trabalhista
cinco meses após a ruptura do contrato de trabalho. Nesta época, ainda anteriormente à audiência já
agendada, o empregador acabou obtendo uma confissão da empregada Zoneide, informando que a clientela
da empresa foi reduzida, bem como os contratos com fornecedores encerrados, em razão de Zuleidinha ter
afirmado em redes sociais, especialmente, no “Facebook”, o seguinte: “Que apesar de não possuir provas, a
empresa vendia bijuterias de péssima qualidade que se oxidariam rapidamente com o tempo e que, por vezes,
estavam contaminadas com substâncias tóxicas. E não querendo ser responsabilizada por tais fatos, haveria
pedido demissão”. Ciente de tais fatos, o empregador criou uma conta no “Facebook” para averiguá-los,
constatando ser verdadeira a afirmação de Zoneide e não só, verificou, inclusive, que em cada comentário
degradante feito à empresa pela empregada, haviam diversas pessoas interligadas as mensagens, como ex-
funcionários, clientes e fornecedores, os quais afirmavam que não comprariam ou revenderiam mais os
objetos da marca para não se comprometerem. Diante do exposto, considerando como vigente a reforma
trabalhista à época dos fatos, e na condição de advogado da empresa, questiona-se:
A) No caso em tela, houve alguma lesão à empresa? Em caso afirmativo, explique o(s) instituto(s) envolvido(s),
e suas consequências materiais e processuais perante a legislação vigente. Fundamente.
B) Diante da ação trabalhista já intentada pela empregada, há algum meio apto para o empregador poder
reparar algum dano, caso comprovadamente sofrido? Justifique.

47. Rosalina Lima foi contratada como assistente de enfermagem no Hospital “Força Tarefa” Ltda. para
trabalhar das 09h00min horas às 13h00min horas, realizando o serviço de triagem de pacientes, antes do
atendimento pelo médico responsável. Durante todo o período laborado na empresa, um interregno de dois
anos, a empregada percebeu mensalmente o importe de R$ 600,00, quando o piso salarial da categoria
previsto em convenção coletiva de trabalho era de R$ 1.200,00. Inconformada com suas perspectivas
profissionais na empresa, a obreira ingressou com Reclamação Trabalhista pleiteando diferenças salariais do
que recebia em relação à convenção coletiva, bem como o adicional de insalubridade, em decorrência de sua
atividade laboral, que nunca antes fora percebido. Assim, ante a análise processual da lide, o magistrado
deferiu a realização de perícia técnica no local para averiguação da insalubridade alegada, mas exigiu
previamente a realização de depósito dos honorários periciais pelo reclamante. Diante do exposto, questiona-
se:

A) Rosalina faz jus às diferenças salariais, uma vez que o seu salário está incompatível com o piso salarial da
categoria? Justifique.
B) A atitude do magistrado, ao exigir do depósito dos honorários periciais, está de acordo com a legislação
vigente? Em caso negativo, indique o meio processual apto para a reclamante reverter a presente decisão,
de forma fundamentada.

48. José de Souza ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa Alfa Vigilância Ltda., postulando o
pagamento dos valores correspondentes aos intervalos intrajornada não gozados em sua integralidade,
acrescidos de adicional de 50%, bem como das diferenças decorrentes da integração dessas quantias nas
verbas contratuais e resilitórias. Na peça de defesa, a reclamada alegou que a supressão dos intervalos para
repouso e alimentação foi autorizada em acordo coletivo firmado com o sindicato representante da categoria
profissional do reclamante, colacionando cópia do referido instrumento normativo cuja vigência alcançava
todo o período contratual do autor. Aduziu, ainda, que a parcela acima prevista possui natureza indenizatória,
sendo descabidas as repercussões postuladas na inicial. Com base na situação hipotética, responda aos itens
a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.

A) Procede o pedido de pagamento dos valores correspondentes aos intervalos intrajornada não gozados
pelo reclamante?
B) A indenização referente ao intervalo intrajornada deve integrar ou não a base de cálculo das verbas
contratuais e resilitórias do empregado que não tenha gozado dos intervalos intrajornada?

49. Alfredinho Lima, trabalhou para a empresa Lua de Cristal Ltda., de 16/06/2010 a 28/07/2011,
quando teve seu contrato rescindido por justa causa, e sem receber qualquer verba trabalhista em seu
desligamento. Ajuizou reclamação trabalhista em 12/01/2013, pleiteando a reversão da justa causa, e
o consequente pagamento das verbas rescisórias. Por motivos pessoais, não justificados, Alfredinho não
pôde comparecer à audiência de conciliação, ocorrida onze meses após o ajuizamento da ação. O
processo foi arquivado, conforme informado por seu advogado, o que o fez ajuizar nova reclamação,
acrescendo à sua inicial o pedido de horas extras, e sua integração nas verbas rescisórias. A empresa,
em sua defesa, arguiu, preliminarmente, a ocorrência da prescrição, requerendo a extinção do processo
com julgamento do mérito. Considerando essa situação hipotética, e supondo já com a reforma
trabalhista estando em vigor nas datas apontadas, responda:

A) A prescrição trabalhista arguida, em sede de contestação, deverá ser acolhida pelo juiz do trabalho?
B) Caso, seja acolhida a prescrição, sobre quais verbas ela deverá incidir? Fundamente sua resposta.
50. Wilma Zaz foi contratada pela empresa “Vigilância” S.A, sociedade de economia mista, sob o regime
celetista, prestando o serviço de vigia de acordo com a escala determinada e a região estabelecida para
cada funcionário. No entanto, depois de dois anos de trabalho na empresa, tomou ciência que Hilda XP,
também vigia, há cinco anos, na mesma empresa, percebia salário muito maior que o seu, apesar de
exercerem as mesmas atividades e com igual perfeição técnica. Inconformada, com tal situação, Wilma
pede demissão do emprego e ingressa com Reclamação Trabalhista pleiteando equiparação salarial,
que é julgada improcedente pelo magistrado em razão da empregadora ser uma sociedade de economia
mista e a ela se aplicar a limitação constitucional prevista no art. 37, XIII da Constituição Federal. Por
todo o exposto e nos termos da reforma trabalhista, questiona-se:

A) O fundamento da decisão do magistrado, art. 37, XIII, CF, está em acordo ao atual ordenamento
jurídico trabalhistas? Justifique.
B) Wilma Zaz tem direito a equiparação salarial? Justifique.

51. João Pedro tinha como empregada doméstica em sua casa a Sra. Antonieta Cristina, a qual trabalhou
em sua residência pelo interstício de três anos. Apesar do alto grau de confiança que
depositava na funcionária, foi surpreendido ao vê-la furtando dinheiro de sua carteira. Inconformado
com tal situação e rompendo qualquer possibilidade de se manter esta relação trabalhista, a demitiu
por justa causa. A funcionária prontamente ingressou com reclamação trabalhista, requerendo, então,
a reversão da justa causa, bem como diversas verbas trabalhista. Em sentença, por ausência de provas,
reverteu-se a justa causa, bem como se condenou João Pedro ao pagamento dos haveres trabalhistas
pleiteados. No entanto, já em sede de execução, João Pedro conseguiu localizar documento probatório
do empréstimo feito à funcionária e por ela nunca pago, apresentando-o, a fim de compensar com o
valor arbitrado em sentença. Desta forma, nos termos da reforma trabalhista, questiona-se:

A) É legalmente cabível ao magistrado permitir o instituto da compensação de valores, ainda que em


sede de execução trabalhista? Justifique.

52. João Lima foi contratado por um Posto de Gasolina, em 16.12.2017, para exercer a função de auxiliar
de limpeza nas áreas internas e externas do estabelecimento, na cidade de Peruíbe/SP. No momento
de sua contratação, foi estipulado o pagamento de um salário mensal no valor de R$1.000,00, bem
como o pagamento de adicional de periculosidade e reflexos. No entanto, depois de um ano de trabalho
na empresa, esta resolveu suspender a concessão do adicional de periculosidade, situação que se
manteve por mais seis meses, quando o empregado foi dispensado em 16/06/2019, ocasião em que
recebeu o pagamento de todas as verbas rescisórias. Com relação à situação hipotética apresentada e
nos termos da reforma trabalhista, responda de forma fundamentada:

A) Em sede de Reclamação Trabalhista ingressada por João Lima, se fará necessária a realização de prova
técnica, para o reconhecimento de que ele faz jus ao adicional de periculosidade, por todo o período
trabalhado no Posto de Gasolina? Justifique.
B) Caso a função de João fosse enquadrada como bombeiro civil, a perícia seria necessária para o
empregado tivesse direito ao adicional de periculosidade? Justifique.

53. A convenção coletiva de trabalho firmada entre o Sindicato dos Empregados em Joalherias do
Município de São Luís/MA e o Sindicato das Joalherias do Município de São Luís/MA estabeleceu
cláusula permitindo a revista íntima de todos os empregados, tanto do sexo feminino quanto masculino,
para evitar os inúmeros furtos de mercadorias ocorridos nas lojas empregadoras. Na referida cláusula,
acordaram que a revista seria realizada todos os dias, antes do início das atividades e também ao final
do expediente. A revista seria feita sempre pelos gerentes das lojas, de preferência do sexo masculino,
para que assim se evitasse que algum empregado se recusasse ao procedimento que consistia em
ficarem os empregados absolutamente despidos numa sala previamente designada e observados pelos
respectivos gerentes. Diante da situação hipotética supra, responda de forma fundamentada:

A) Considerando o artigo 7º, inciso XXVI, da Constituição Federal e o artigo 611-A da CLT, que
reconhecem a força dos instrumentos normativos coletivos (acordos e convenções coletivas), pode-se
afirmar que a cláusula de revista íntima possui validade?

54. Em reclamação trabalhista, proposta por Flávia Pereira em face da empresa Beauty Cosméticos
LTDA, pleiteou a reclamante adicional de periculosidade e insalubridade por exposição a líquido
inflamável e umidade, respectivamente. Realizada perícia técnica, constatou-se que no ambiente de
trabalho, a empregada esteve esta exposta a ruído em nível acima do permitido pela legislação, bem
como, exposição a líquido inflamável. Em defesa, a reclamada pugnou pela improcedência dos pedidos,
argumentando que o ordenamento jurídico não permite o pagamento cumulado de dois adicionais, e
que a perícia judicial apontou agente diverso daquele pleiteado na inicial. Na sentença, o juiz condenou
a empresa reclamada ao pagamento de adicional de insalubridade, pela exposição aos ruídos
constatados no laudo, bem como, ao pagamento de adicional de periculosidade pela exposição ao
líquido inflamável. Por fim, condenou a reclamante ao pagamento de honorários periciais no importe
de R$ 1.000,00, pois esta quem deu causa à perícia, mesmo tendo lhe deferido os benefícios da justiça
gratuita. Diante da situação hipotética supra, e nos termos da reforma trabalhista, responda:

A) É correto afirmar que Antônia tem direito ao recebimento de adicional de insalubridade e


periculosidade, já que ambos foram realmente constatados no laudo pericial?
B) A sentença está correta em deferir adicional de insalubridade considerando agente diverso do
apontado na petição inicial?
C) Com relação à condenação da reclamante em honorários periciais, a sentença foi acertada?

55. Um Tribunal Regional do Trabalho, por maioria de votos, manteve a condenação de uma empresa
ao pagamento dos adicionais de insalubridade e periculosidade ao reclamante, tal qual requerido e
deferido em 1º grau. Diante dessa situação e considerando que você foi contratado para zelar, em
juízo, pelos interesses dessa empresa, responda aos itens a seguir.

A) Informe que medida judicial deveria ser interposta na hipótese.


B) Informe que tese jurídica você, como advogado(a) da empresa, sustentaria em defesa do seu cliente.

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