MERCOSUL
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23 de março de 2019
https://saberes.senado.leg.br/mod/quiz/review.php?attempt=5165674&cmid=41953
Resposta: 2 - acertei
A resposta correta é: a Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul..
Questão 2
Inicialmente, foram excluídos do regime de concorrência à tarifa externa comum, as seguintes
mercadorias:
Escolha uma:
1. setor de movelaria, setor de farmacêuticos e setor de brinquedos.
2. setor de movelaria, bens de capital e de informática e telecomunicações.
3. setor automotriz, setor açucareiro e setor de bens de capital e de informática e telecomunicações.
4. setor de calçados, setor de têxteis e setor de produtos de higiene.
5. Nenhuma das alternativas está correta.
Resposta: 3 Acertei
A resposta correta é: setor automotriz, setor açucareiro e setor de bens de capital e de informática e
telecomunicações..
Questão 3
Ao Grupo Mercado Comum compete:
Escolha uma:
1. reunir-se dez vezes por ano para emitir suas Orientações.
2. implementar os objetivos do Mercosul, além de supervisionar o seu funcionamento, e examinar as
questões de grande complexidade que lhe sejam encaminhadas em maior nível de detalhe que o
Conselho Mercado Comum.
3. Nenhuma das alternativas está correta.
4. reunir-se oito vezes por ano para emitir suas Decisões.
5. reunir-se seis vezes por ano para emitir suas Diretrizes.
Gabarito: 2
Questão 5
De acordo com o Tratado de Assunção:
Escolha uma:
1. a redução das atuais dimensões de seus mercados nacionais, através da integração, constitui
condição fundamental para acelerar seus processos de desenvolvimento social com justiça
econômica.
2. a equalização das condições de seus mercados nacionais, através da integração, constitui condição
fundamental para acelerar seus processos de desenvolvimento econômico e educacional com
distribuição de justiça social.
3. Nenhuma das alternativas está correta.
4. a ampliação das atuais dimensões de seus mercados nacionais, através de integração, constitui
condição fundamental para acelerar seus processos de desenvolvimento econômico com justiça
social.
5. a divisão das atuais condições de seus mercados nacionais, através da integração, constitui
condição fundamental para acelerar seus processos de desenvolvimento educacional com justiça
nacional.
gabarito: 4 errei coloquei 1
A resposta correta é: a ampliação das atuais dimensões de seus mercados nacionais, através de
integração, constitui condição fundamental para acelerar seus processos de desenvolvimento
econômico com justiça social..
Questão 6
O Mercosul adota também listas de exceções setoriais que tratam de:
Escolha uma:
1. Nenhuma das alternativas está correta.
2. bens produzidos por alguns dos Estados Partes, a quem interessa importá-los de terceiros países
que são, por sua vez, capazes de comercializá-los a preço mais alto do que se fossem importados de
Estados membros do Mercosul.
3. bens comercializados por alguns dos Estados Partes, a quem interessa importá-los de terceiros
países, que são por sua vez, capazes de produzi-los a preço mais baixo do que se fossem importados
de Estados membros do Mercosul.
4. bens não produzidos por alguns dos Estados Partes, a quem interessa importá-los de terceiros
países, que são capazes de comercializá-los a preço mais baixo do que se fossem importados de
Estados membros do Mercosul.
5. bens produzidos por alguns dos Estados Partes, a quem interessa exportá-los para terceiros países,
que são, a sua vez, capazes de comercializá-los a preço mais baixo do que se fossem importados de
Estados membros do Mercosul.
gabarito: 4 certei
A resposta correta é: bens não produzidos por alguns dos Estados Partes, a quem interessa importá-
los de terceiros países, que são capazes de comercializá-los a preço mais baixo do que se fossem
importados de Estados membros do Mercosul..
Questão 7
A Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) surgiu da transformação da:
Escolha uma:
1. ACE nº 33.
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2. CAN.
3. Todas as alternativas estão corretas.
4. ALALC.
5. ACE nº 18.
Gabarito:4 Acertei
A resposta correta é: ALALC..
Questão 8
Compete ao Foro Consultivo Econômico e Social:
Escolha uma:
1. congregar representantes das Marinhas, Forças Aéreas e Exércitos dos Países Membros do
Mercosul para a discussão de temas vinculados ao Mercosul e à formulação de propostas específicas
desses segmentos mediante Recomendações ao Grupo Mercado Comum.
2. Nenhuma das alternativas está correta.
3. congregar representantes dos setores empresariais, sindicatos e entidades sociais da sociedade civil
para a discussão de temas vinculados ao Mercosul e a formulação de propostas específicas de cada
um desses segmentos mediante Recomendações ao Grupo Mercado Comum.
4. congregar representantes dos setores parlamentar, judicial e executivo dos Países Membros para a
discussão de temas vinculados ao Mercosul e a formulação de propostas de cada um desses
segmentos por meio de Recomendações ao Grupo Mercado Comum.
5. congregar representantes das Igrejas, dos partidos políticos e dos servidores públicos para a
discussão de temas vinculados ao Mercosul e a formulação de propostas específicas de cada um
desses segmentos por intermédio de Recomendações ao Grupo do Mercado Comum
Gabarito: 3 Acertei
A resposta correta é: congregar representantes dos setores empresariais, sindicatos e entidades
sociais da sociedade civil para a discussão de temas vinculados ao Mercosul e a formulação de
propostas específicas de cada um desses segmentos mediante Recomendações ao Grupo Mercado
Comum..
Questão 9
O primeiro dos instrumentos estabelecidos pelo Tratado de Assunção foi:
Escolha uma:
1. um programa de liberalização comercial, consistindo em reduções tarifárias progressivas, lineares
e automáticas com o objetivo de chegar-se à tarifa zero em 31/12/1994, e eliminação de restrições
não tarifárias ou de quaisquer medidas de efeito equivalente.
2. um programa de liberalização econômica, consistindo em reduções fiscais progressivas, lineares e
automáticas com o objetivo de chegar-se à tarifa zero em 31/12/1994.
3. um programa de liberalização industrial, consistindo na integração de cadeias produtivas, com o
objetivo de chegar-se à tarifa zero por meio de reduções tarifárias progressivas até 31/12/1994.
4. nenhuma das alternativas está correta.
5. um programa de liberalização de exportações, consistindo de reduções cambiais progressivas,
lineares e automáticas com o objetivo de chegar-se à tarifa zero em 31/12/1994.
Gabarito:1 acertei
A resposta correta é: um programa de liberalização comercial, consistindo em reduções tarifárias
progressivas, lineares e automáticas com o objetivo de chegar-se à tarifa zero em 31/12/1994, e
eliminação de restrições não tarifárias ou de quaisquer medidas de efeito equivalente.
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Questão 10
A estrutura do Parlamento do Mercosul tem por modelo a estrutura:
Escolha uma:
1. dos parlamentos nacionais dos Estados membros.
2. do Parlamento da Unasul.
3. da Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul.
4. todas as alternativas estão incorretas.
5. do Parlamento Centro-Americano.
Gabarito: 3 errei
RESPOSTAS
–
CURSO FUNDAMENTOS DA INTEGRAÇÃO REGIONAL: O MERCOSUL QUESTÃO: Com a
concretização da revisão do Protocolo de Ouro Preto, o aprofundamento institucional do Mercosul
fez com que o bloco: RESPOSTA: Nenhuma das alternativas está correta.
QUESTÃO: Até meados de 2006, a normativa Mercosul havia sido incorporada aos respectivos
ordenamentos jurídicos dos Estados-Partes em: RESPOSTA: 30% das normas encaminhadas pelo
GMC.
QUESTÃO: Entre as principais constatações do Grupo de Reflexão Prospectiva sobre o Mercosul,
criado ao final do governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso, está: RESPOSTA: a questão
do déficit de incorporação das normas do Mercosul aos ordenamentos jurídicos internos.
QUESTÃO: O processo de integração do Mercosul: RESPOSTA: é muito distante do modelo
europeu, no qual as partes reconhecem que, ao assumir os compromissos, aceitam limitar sua
capacidade de agir unilateralmente.
QUESTÃO: A fim de acelerar a incorporação da normativa dos órgãos de integração pelo Estado
brasileiro, as seguintes iniciativas podem ser tomadas: RESPOSTA: outorgar, por meio de emenda
constitucional, um tratamento diferenciado e mais ágil às normas emanadas dos órgãos do Mercosul
e submetidas à aprovação congressual.
QUESTÃO: Ainda figuram como exceções no cronograma de reduções tarifárias do Mercosul:
RESPOSTA: bens de capital e bens de informática e telecomunicações. QUESTÃO: A Secretaria do
Mercosul, no início, cumpriu papel unicamente administrativo e burocrático, e hoje tem também a
função de: RESPOSTA: avaliar continuamente o desenvolvimento da integração, de prestar apoio
técnico e de contribuir para a construção de uma visão comum efetiva do Mercosul.
QUESTÃO: O Parlamento do Mercosul poderá sanar duas grandes debilidades do bloco:
RESPOSTA: permitindo o debate prévio das normas do Mercosul e legitimando aquelas adotadas
pelos órgãos decisórios do bloco
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Modulo 3 -A Dimensão Parlamentar Do MERCOSUL
Enviado por barreiro
apostila explicativa do curso Fundamentos da Integração Regional: O MercosulDescrição completa
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uma hierarquia superior às leis nacionais e autoriza a celebração de tratados de integração que
deleguemcompetências a organizações supra-estatais
.(
arts. 75 incisos 22 e 24
)[
N6].
Artigo 75: Corresponde al Congreso (...)Inciso 22: Aprobar o desechar tratados concluidos con las
demás naciones y con lasorganizaciones internacionales y los concordatos con la Santa Sede. Los
tratados yconcordatos tienen jerarquía superior a las leyes.Inciso 24: Aprobar tratados de integración
que deleguen competencias y jurisdición aorganizaciones supraestatales em condiciones de
reciprocidad e igualdad, y querespeten al ordem democrático y los derechos humanos. Las normas
dictadas em suconsecuencia tienen jeraquía superior a las leyes.
Pág. 3
No caso do Paraguai, sua Carta Magna, de 1992, também outorga supremacia aos tratados
internacionais e estabelecegenericamente a admissão de uma ordem jurídica supranacional:(arts.
137,141 e 145)[N7]
Artigo 137. De la Supremacia de la Constitución
La ley suprema de la República es la Constitución. Ésta, los tratados, convenios y
acuerdosinternacionales aprobados y ratificados, las leyes dictadas por el Congreso y
otrasdisposiciones jurídicas de inferior jerarquía, sancionadas en consecuencia, integran elderecho
positivo nacional en el orden de prelación enunciado.Artígo 141. De los tratados InternacionalesLos
tratados intenacionales validamente celebrados, aprobados por ley del Congreso, ycuyos
instrumentos de ratificación fueran canjeados o depositados, forman parte delordenamiento legal
interno com la jerarquía que determina el Artículo 137.Artigo 145. Del Orden Jurídico
SupranacionalLa República del Paraguay, en condiciones de igualdad con otros Estados, admite un
orden jurídico supranacional que garantice la vigencia de los derechos humanos, de la paz, de la
justicia, de la cooperación y del desarrollo, en lo político, económico, social y cultural.Dichas
decisiones sólo podrán adoptarse por mayoría absoluta de cada Cámara delCongreso.
A Constituição da Venezuela determina que a preferência de acordos regionais sobre a legislação
interna (arts. 153 a 155)[N8
].
coordinen esfuerzos para promover el desarrollo comúnde nuestras naciones, y que garanticen el
bienestar de los pueblos y la seguridad colectiva de sushabitantes. Para estos fines, la República
podrá atribuir a organizaciones supranacionales,mediante tratados, el ejercicio de las competencias
necesarias para llevar a cabo estos procesosde integración. Dentro de las políticas de integración y
unión con Latinoamérica y el Caribe, laRepública privilegiará relaciones con Iberoamérica,
procurando sea una política común de todanuestra América Latina. Las normas que se adopten en el
marco de los acuerdos de integraciónserán consideradas parte integrante del ordenamiento legal
vigente y de aplicación directa ypreferente a la legislación interna.Artículo 154. Los tratados
celebrados por la República deben ser aprobados por la AsambleaNacional antes de su ratificación
por el Presidente o Presidenta de la República, a excepción deaquellos mediante los cuales se trate de
ejecutar o perfeccionar obligaciones preexistentes de laRepública, aplicar principios expresamente
reconocidos por ella, ejecutar actos ordinarios en lasrelaciones internacionales o ejercer facultades
que la ley atribuya expresamente al EjecutivoNacional.Artículo 155. En los tratados, convenios y
acuerdos internacionales que la República celebre, se
insertará una cláusula por la cual las partes se obliguen a resolver por las vías pacíficasreconocidas
en el derecho internacional o previamente convenidas por ellas, si tal fuere el caso,las controversias
que pudieren suscitarse entre las mismas con motivo de su interpretación oejecución si no fuere
improcedente y así lo permita el procedimiento que deba seguirse para sucelebración.
Pág. 4
O Uruguai e o Brasil, por sua vez, não contam com previsão constitucional que conceda hierarquia
superior dos tratadosinternacionais
sobre as leis nacionais, o que significa que as Cartas Magnas brasileira e uruguaia não aportam
solução para potenciaisconflitos entre
uma norma internacional e uma norma interna, o que produz uma trava jurídica ao avanço do
processo de
integração.
Há porém, que se fazer ressalva, o caso brasileiro, aos tratados de direitos humanos, os quais
aprovados na forma do § 3º do art. 5º daConstituição Federal, introduzido pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004, equiparam-se a emendas constitucionais. Desse modo,
apenaseventuais acordos de integração que versem sobre direitos humanos poderão ter status
superior à legislação ordinária.
Em verdade, tanto no caso brasileiro quanto no uruguaio, existe apenas uma referência programática,
em suas Constituições,relacionada com a integração latino-americana (parágrafo único do art. 4º da
Constituição Federal brasileira e inciso 2 do art. 6º daConstituição uruguaia)[N9].
O direito brasileiro não dispõe, pois, de instrumentos que confiram especificidade às normas
emanadas dos órgãos da integração, aocontrário do que acontece com a Constituição argentina.
Tentativa neste sentido foi rechaçada quando da revisão constitucional de1993.
A Constituição de 1988 atribui ao Poder Executivo competência privativa para manter relações com
Estados estrangeiros e acreditar seusrepresentantes diplomáticos, bem como celebrar tratados,
convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional (art.84, incisos VII e
VIII).
.
Pág. 5
Ao Parlamento cabe aprovar os atos internacionais firmados pelo Presidente da República ou seu
Plenipotenciário, cabendo-lhetambém autorizar o Presidente da República a declarar guerra e
celebrar a paz, conforme segue:Art. 49
. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:I - resolver definitivamente sobre tratados,
acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravososao patrimônio
nacional;II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que
forças estrangeiras transitem peloterritório nacional ou nele permaneçam temporariamente,
ressalvados os casos previstos em lei complementar; (...)
No que tange à aprovação de tratados e demais atos internacionais, o procedimento parlamentar,
como regra, tem-se limitado à suaaprovação ou rejeição
in totum
.
A doutrina diverge no que diz respeito à possibilidade de alteração do tratado quando de sua
tramitação no Congresso Nacional.Isto porque, tendo em vista óbvias razões de ordem prática, não
seria possível a um país, segundo alguns juristas, aprovar emendasa um tratado internacional
negociado em âmbito multilateral. Sustentam eles que tal prática, se adotada por todos os
Estadoscontratantes, haveria de gerar um completo caos na convivência internacional, tornando
impossível, do ponto de vista prático,qualquer previsibilidade quanto à ratificação ou modificação de
textos acordados ao longo de inúmeras reuniões e, muitas vezes,difíceis negociações.Contudo, outra
corrente sustenta que, caso o tratado admita
reservas
, poderá o Congresso Nacional aprová-lo com restrições, asquais o Poder Executivo traduzirá em
reservas no momento da ratificação. Do mesmo modo, poderá aprová-lo com declaração dedesabono
às reservas acaso feitas na assinatura, e que deixarão de ser confirmadas, portanto, na ratificação. Foi
neste sentido oparecer de 1962 do eminente jurista Haroldo Valladão, quando consultor jurídico do
Itamaraty.
.
Pág. 6
Assim, terminada a negociação de um tratado, tem o Presidente da República, que a iniciou, a
faculdade de dar ou nãoprosseguimento ao processo de sua incorporação ao ordenamento jurídico
interno. Com exceção das convenções internacionais dotrabalho, que por sua natureza obrigam a sua
submissão à aprovação do Parlamento, nos demais casos tanto pode o chefedo Poder Executivo
mandar arquivar o produto, se o julgar insatisfatório, de uma negociação bilateral ou coletiva,
quantodeterminar estudos mais aprofundados na área do Executivo, e submeter o texto, quando
melhor lhe pareça, à aprovaçãocongressual.
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Pág. 8
Pretendeu-se com este dispositivo, atender o art. 25 do Protocolo de Ouro Preto, segundo o qual "A
Comissão Parlamentar Conjuntaprocurará acelerar os procedimentos internos correspondentes nos
Estados Partes para a pronta entrada em vigor das normasemanadas dos órgãos do Mercosul
previstos no Artigo 2 deste Protocolo". Embora impedida de atuar no sentido propriamente
deacelerar os procedimentos de aprovação das normas Mercosul pelo Congresso Nacional, como
quer o Protocolo, o que equivaleria atransformá-la em um grupo de pressão no seio do Parlamento, a
Comissão busca, mediante o seu parecer preliminar, fornecersubsídios às demais Comissões
temáticas quanto à importância e aos impactos, sobre o processo de integração, da normativa
emexame.Mais uma vez faz-se necessário distinguir, neste contexto, os atos internacionais advindos
do processo de integração e os atos deoutra natureza. Concordam os teóricos da integração quanto ao
status
especialíssimo que assumem os Estados participantes de talprocesso, em relação a terceiros
países.Vários estudiosos vêm chamando a atenção para o fato de que, no processo de negociações do
Mercosul, vem ocorrendo um curiosofato no que diz respeito a determinadas matérias de âmbito
interno: decisões vêm sendo tomadas pelos negociadores do Mercosul einternalizadas por via de
portarias ministeriais, de tal forma que o centro de decisões é transferido, por vezes, para um
forointergovernamental, com prejuízo da competência legislativa do Congresso Nacional, que sequer
tem a possibilidade de acompanhartodos estes processos decisórios que se desenrolam nos múltiplos
foros negociadores do Mercosul. Trata-se aqui de uma situação
sui generis
, porém própria dos processos de integração. É interessante ressaltar, nesse cenário, que a existência
de uma ComissãoParlamentar Conjunta do Mercosul no seio do Congresso Nacional, prevista pelos
Tratados de Assunção e pelo Protocolo de OuroPreto, nunca chegou a sanar esta falha, uma vez que
a CPC não dispunha de real poder de controle sobre o processo negociador.A criação do Parlamento
do Mercosul, constituído em 14 de dezembro de 2006, poderá contribuir decisivamente para
maiortransparência e visibilidade do processo de integração regional. Cumpre, nesse ponto,
esclarecer que a citada Resolução nº1, de1996, do Congresso Nacional, foi revogada pela resolução
nº 1 de 2007, que dispõe sobre a Representação Brasileira noParlamento do Mercosul e cujo art.4º
prevê procedimento preferencial às matérias emanadas dos órgãos decisórios mercosulinos,desde que
a norma tenha sido adotada de acordo com os termos do parecer do Parlamento do Mercosul. Com
isso, taisnormas após a apreciação da Representação quanto aos aspectos da constitucionalidade,
juridicidade, adequação financeira eorçamentária e, ainda, quanto ao mérito, serão remetidas aos
plenários da Câmara dos Deputados e do Senado, salvo se aRepresentação julgar necessário, em
razão da especificidade e complexidade da matéria, o pronunciamento de outras Comissões. Nota-se,
portanto, que a Resolução de 2007 veio atender o disposto no inciso 12 do art. 4º do Protocolo
Constitutivo doParlamento do Mercosul, que estabeleçe o seguinte: "os Parlamentos nacionais,
segundo os procedimentosinternos correspondentes, deverão adotar as medidas necessárias para a
instrumentalização ou criação de um procedimentopreferencial para a consideração das normas do
Mercosul que tenham sido adotadas de acordo com os termos do parecer doParlamento".
.
Pág. 9
.A Consulta Parlamentar
Desde a assinatura do Tratado de Assunção, que criou o Mercosul, verifica-se que a maior debilidade
do bloco reside no déficit dincorporação das normas, acordadas pelos seus órgãos decisórios, aos
ordenamentos jurídicos internos dos Estados Partes. Essdeficiência vem debilitando a credibilidade
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do bloco, tanto frente a terceiros países e agrupamentos de países, como em face doagentes
econômicos privados. Ao traduzir um modelo de integração muito mais orientado por realidades de
poder do que por nor jurídicas livremente acordadas pelos Estados Partes no foro regional, o
Mercosul revela-se ao agente econômico como um espaço patraente para seus investimentos,
caracterizado pela insegurança jurídica e pela falta de previsibilidade e de efetividade normativ
Com efeito, a experiência europeia demonstrou, ao longo do tempo, a importância de que se reveste
a atitude de respeito àsnormas da integração, manifestada pelos Estados Partes. Esse respeito,
refletindo o grau de compromisso político dos PaísesMembros para com o processo integracionista,
muito contribuiu para o fortalecimento do bloco europeu.A Secretaria da então Comissão
Parlamentar Conjunta do Mercosul, sediada em Montevidéu, realizou levantamento sistemático
doestado da incorporação das normas do Mercosul já negociadas e assinadas e que exigem aprovação
congressual para a suaincorporação ao direito interno dos Estados Partes e verificou que um alto
percentual jamais ingressou nos respectivos Parlamentos.
.
Pág. 10
Não se imaginava, efetivamente, que alguns instrumentos ficassem retidos por tanto tempo antes de
serem enviados aosrespectivos Parlamentos nacionais.
Esse fato, logicamente, também contribui para a fragilidade institucional do Mercosul e para a
insegurança jurídica existente nomomento.Em outubro de 2003, firmou-se o primeiro acordo
interinstitucional entre dois órgãos do Mercosul: o Conselho do Mercado Comum ea Comissão
Parlamentar Conjunta do Mercosul. Essas duas entidades celebraram acordo, com apenas dois
artigos, de grandesignificado no que diz respeito à democratização do processo decisório do
Mercosul.O art. 1º diz basicamente que o Conselho se compromete a enviar à consulta da Comissão
Parlamentar Conjunta do Mercosul, nomomento da sua negociação, todas as normas que requeiram
aprovação congressual.Já o art. 2º contém a contrapartida da Comissão: ela se compromete a dar uma
tramitação mais ágil e mais rápida a toda a matériaque tenha merecido o seu parecer favorável.Em
outras palavras, todo instrumento Mercosul que, no momento de sua negociação, houvesse ido à
Comissão e recebido o seuparecer favorável, quando firmado pelos Estados Partes e enviado à
aprovação congressual, receberia tratamento legislativo maisrápido. Esse engenhoso mecanismo,
vislumbrado no acordo interinstitucional e mais comumente chamado de "consulta parlamentar",
seria,posteriormente, incluído entre as competências do Parlamento do Mercosul. Como vimos, o
Congresso Nacional brasileiro já aprovoudispositivo destinado à implementação da consulta
parlamentar por meio da edição da citada Resolução n° 1, de 2007, à qual aindarecorreremos ao
tratarmos das competências do Parlamento do Mercosul.
Em dezembro de 2004, em Belo Horizonte, o Conselho do Mercado Comum aprova a Decisão 49/04,
que confere à ComissãoParlamentar Conjunta a condição de C
omissão Preparatória do Parlamento do Mercosul
, e estabelece a data limite de 31 dedezembro de 2006 para a instalação do novo órgão.A Comissão
atendeu a esse mandato, e produziu um Projeto de Protocolo Constitutivo do Mercosul, que seria
aprovado pelo Conselhodo Mercado Comum por meio da Decisão n° 23/05, em Montevidéu, em 9
de dezembro de 2005.
.
Pág. 2
O Parlamento do Mercosul
O Protocolo estabelece que o Parlamento do Mercosul substituirá a Comissão Parlamentar Conjunta
como órgão integrante daestrutura institucional do Mercosul. Seu art. 2 elenca os propósitos do
Parlamento, entre os quais cabe mencionar:- a representação dos povos do Mercosul, respeitando sua
pluralidade ideológica e política;- a promoção e a defesa da democracia, da liberdade, da paz e do
desenvolvimento sustentável, com justiça social;
dias corridos para que os Congressos Nacionais dos Estados Partes do Mercosul se manifestem sobre
aquelas normas quetenham sido adotadas pelo Conselho do Mercado Comum, consoante o parecer
emitido pelo Parlamento regional no momento desua negociação. O mesmo inciso ressalva que, se
dentro do prazo desse procedimento preferencial o Parlamento do Estado Partenão aprovar a norma,
esta deverá ser reenviada ao Poder Executivo, que a encaminhará à reconsideração do
órgãocorrespondente do Mercosul.Por sua vez, os Parlamentos nacionais deverão adotar as medidas
necessárias para a instrumentalização desse procedimento, emconformidade com as suas respectivas
normas regimentais. Nesse sentido, nunca é demais ressaltar a edição da Resolução Nº 1,de 2007, do
Congresso Nacional, que prevê tramitação mais ágil e simplificada para aquelas normas Mercosul
que tenham sidoadotadas pelo órgão decisório do bloco, de acordo com o parecer emitido pelo
Parlamento regional, dando, assim, cumprimentoao disposto no art. 4, inciso 12 do Protocolo.Por
meio da consulta parlamentar, o Parlamento do Mercosul poderá contribuir para solucionar a grave
fragilidade de que padeceo bloco, que se traduz no baixo índice de normas da integração
efetivamente incorporada aos ordenamentos jurídicos nacionais. OParlamento poderá, além disso,
contribuir para melhorar a qualidade técnica das normas do Mercosul, cuja debilidade já
foiamplamente identificada por técnicos e acadêmicos. HA falta de consulta e debate com os setores
sociais afetados e com outrasinstâncias governamentais interessadas, precisamente pela falta de um
espaço designado para esse déficit de qualidadenormativa no Mercosul.
Pág. 4
Nesse contexto, vale lembrar que o Parlamento constituirá o espaço público, por excelência, onde
deverão ocorrer os debatesconcernentes às normas em negociação. A visibilidade e a transparência
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cidadã no Parlamento do Mercosul somente teve seustermos definidos no final de 2010 (Decisão n°
28/10, do CMC), sendo que, já a partir de 2011, o Brasil passou a contar com 37representantes, a
Argentina com 26, e o Uruguai e o Par
ag
uai, cada um, com 18. Evidentemente, não houve tempo hábil para que oProjeto de Lei n° 5.279, de
2009, de autoria do Deputado Carlos Zarattini – que define as regras para as eleições de
parlamentaresbrasileiros no Parlamento do Mercosul – fosse apreciado, uma vez que o art. 16 da
Constituição Federal determina que a lei quealterar o processo eleitoral não será aplicada às eleições
que ocorrerem até um ano da data da sua vigência.
.
Pág. 6
Como sabemos, a delegação paraguaia do Parlamento do Mercosul já é formada por representantes
eleitos direta e exclusivamentepara o exercício de mandato no órgão de integração regional. Espera-
se que o Parlamento do Mercosul venha a ser, sobretudo, um espaço para debates, seminários e
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audiências públicas sobre ostemas da integração. E, ainda, que sirva de "caixa de ressonância" para
os anseios e preocupações dos diversos setores dasociedade civil, e ao mesmo tempo constitua o
canal de comunicação entre as populações e as instâncias negociadoras daintegração. A participação
da sociedade civil assegurará a transparência do processo de construção do bloco e contribuirá para
queas normas do Mercosul passem por amplo debate, antes de sua adoção pelo órgão decisório, o
que ensejará o seu aperfeiçoamentoe facilitará a sua posterior incorporação aos ordenamentos
jurídicos internos dos Estados Partes.
Da estrutura intergovernamental inicial ao Parlamento do Mercosul em funcionamento
A estrutura institucional do Mercosul teve como modelo inspirador o paradigma da união aduaneira
europeia, iniciada nos primórdiosdos anos cinquenta, e que transformou-se, ao longo do tempo, no
bem-sucedido bloco regional da União Europeia.Conduzido, pelo lado brasileiro, pelo experiente
corpo diplomático do Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, associado àsua contraparte
Argentina desde o Programa de Integração entre o Brasil e a Argentina, de 1985, o processo de
integração do ConeSul buscou desafiar alguns princípios de organização e de tomada de decisões
adotado pelos europeus para a construção de umbloco regional, adaptando-os às condições políticas e
características próprias de uma associação inédita entre países consideradosem desenvolvimento,
tanto em seus objetivos quanto nas ambições postuladas inicialmente.Assim, desde o inicio do
processo de integração, a configuração institucional do bloco do Mercosul se desenhou segundo um
modelode caráter intergovernamental, em que os negociadores e os que se enfrentavam nas mesas de
negociação eram os Estados,enquanto os representantes dos interesses particulares e da sociedade
civil em geral tinham uma função marginal.
.
Pág. 7
O modelo se desenvolveu de forma gradualista, ou seja, com tendência a criar novos organismos, a
partir de uma base mínima quelhe daria a institucionalidade inicial, de acordo com as exigências que
o processo em movimento demandasse. Pretendia-se, assim, garantir que os primeiros acordos
pudessem ser levados à prática de imediato, emcada um dos espaços geográficos dos sócios, ao
mesmo tempo em se apresentava o processo de integraçãoregional a cada uma das respectivas
administrações governamentais em seus mais variados setores, o que,a sua vez, contribuiria para
facilitar a tarefa de consolidar a regionalização junto aosquadros funcionais dos Estados Partes do
Mercosul. O próprio Tratado de Assunção, em seu art. 9º, estabeleceu que a administração eexecução
do projeto pelo Conselho do Mercado Comum e Grupo Mercado Comum,teriam um "período de
transição", e, mais tarde, o Protocolo de Ouro Preto, em seutexto de abertura, confirmou o caráter de
transitoriedade planejado pelosidealizadores do Mercosul, e deixou transparente a afirmação da
consciência dosresponsáveis políticos pela proposta de integração, certos de que, para fugir
dosmodelos adotados por outros esquemas de integração latino-americanos, nessa fasepreliminar não
era adequado pensar-se em esquemas institucionais do tipo supranacional, que
poderiamcomprometer os objetivos nacionais de estabilização macroeconômica ou mesmo alterar o
equilíbrio entreas competências nacionais e as atribuições decisórias que deveriam ser tomadas
coletivamente. O esquema intergovernamental adotado pelos formuladores do Mercosul emergiu
como o mais apropriado, apoiado em fatores denatureza histórica e estrutural que permearam, nos
últimos quatro séculos, o relacionamento entre os países que conformam obloco, em especial no
chamado espaço geográfico do Cone Sul, e que podem explicar, de alguma forma, as dificuldades do
blocopara avançar em um maior grau de institucionalização.
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Nesse sentido, podemos destacar alguns fatores.
Primeiro
MERCOSUL
23 de março de 2019
, a própria história da formação da Região do Cone Sul, cujas riquezasminerais eram disputadas
pelos colonizadores europeus, com destaque para portugueses e espanhóis.
Em
segundo
lugar, a história das relações políticas e econômicas entre Brasil e Argentina. Como vimos, somente
a partir de 1985,com o Programa de Integração entre os dois países, nos governos de Raul Alfonsín e
de José Sarney, rompeu-se o antagonismohistórico e avançou-se na busca de novas formas de
cooperação política e estratégica bilateral para a região.
Em
terceiro
, identificamos a assimetria de tamanho entre as diferentes economias que constituem o bloco, o que
gerou, ao longo do tempo,visões estruturalmente diferentes no que diz respeito ao grau de
institucionalização exigido pelo projeto de integração, e também quanto àconveniência de se criar
órgãos supranacionais.A posição brasileira, nos primeiros quatorze anos de existência do Mercosul,
privilegiava a manutenção de um esquema de negociação entregovernos, sobrepondo-se mesmo à
vigência formal da adotada regra de consenso.Os países menores, Uruguai e Paraguai, sempre
defenderam a idéia de se diminuir esse grau de discricionaridade dos sócios maiores (Brasil
eArgentina) nas negociações internas do bloco, o que lhes oferece uma pequena margem de ação
unilateral efetiva. Daí haverem setores dassociedades uruguaia e paraguaia, nos dias de hoje,
desejosos de firmarem acordos bilaterais, fora do marco mercosulino, com os EstadosUnidos da
América.
.
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A Argentina, por sua vez, situa-se num meio termo, defendendo a criação de instituições
intergovernamentais e comunitárias, tendosugerido a criação de um tribunal permanente como opção
para iniciar-se o caminho em direção à supranacionalidade, em especiallevando-se em consideração
a sucessão de conflitos setoriais e outros tipos de tensões ocasionadas em suas relações com o
Brasil.Em
quarto
lugar, as experiências de integração regional - ALALC, ALADI e Grupo Andino - apenas
confirmaram que a existência deuma organização institucional forte não poderia substituir a falta de
vontade política dos países participantes para avançar em umaampla abertura comercial e outras
frentes do processo.Já a nova experiência de integração latino-americana, que começou com o
Programa de Integração Argentina-Brasil e ampliou-secom o Mercosul, vem dando forma a um
modo de integração mais pragmática e realista, no sentido de se enfrentar os cenáriosinternos e
externos que se lhe apresentam, negociando e avançando com o objetivo de ampliar, fortalecer e
consolidar o bloco nosplanos regional e internacional.Acrescente-se a este rol de fatores que podem
dificultar o processo de integração
a adesão da Venezuela
, que vem trazendo outrotipo de discussão ao plenário das reuniões do Mercosul, com marcado viés
ideológico, ou seja, o da luta contra o imperialismocapitalista norte-americano, pois este é,
declaradamente, o principal argumento de política externa defendido pelo então PresidenteHugo
Chávez.Desse modo, a criação do Parlamento do Mercosul, com sua constituição em 14 de dezembro
de 2006, na presença dosrepresentantes de Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai e Venezuela, no
plenário do Congresso Nacional brasileiro, atendendo ao quedeterminava a Decisão nº49/04, do
MERCOSUL
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CMC, foi de fundamental importância para o aprofundamento das discussões em torno das
maisgraves questões que impedem o avanço do processo de integração do Mercosul.
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Passados quinze anos da assinatura do Tratado de Assunção, a criação do Parlamento do Mercosul
apresenta um significativo avançopolítico e institucional, marco definitivo de um modelo de
integração democrático, representativo e estratégico, verdadeiraconcepção de uma nova visão
política regional.O processo de conformação definitiva do Parlamento do Mercosul representa um
desafio de proporções históricas, que dará forma econteúdo ao Mercosul no século XXI.A
construção do espaço político regional será um elemento de fundamental importância para fortalecer
e melhorar a qualidade dasdemocracias nos países do bloco, em especial no que se refere ao
princípio da representatividade e legitimidade democráticas,componente imprescindível do processo
de coesão social. Será centro de decisões políticas por meio da participação responsável,decidida e
sustentável dos partidos políticos e seus atores, depositários fieis do poder e da soberania que
emanam de seus maislegítimos possuidores, os cidadãos.
.
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Com o mecanismo institucional eficaz, o Parlamento do Mercosul deverá se converter em promotor
de políticas regionais quepossibilitem uma integração fronteiriça sem barreiras, a livre circulação de
pessoas, bens e serviços, e um desenvolvimentointegral, complementar e solidário das suas variadas
regiões, num esforço que permita a correção gradual das assimetrias, queobjetive a parceria nas
políticas públicas em saúde, educação, agropecuária, trabalho, cultura e outros campos que levem em
contao cidadão na sua condição de sujeito final de todas as ações do processo integracionista. A
criação do Parlamento do Mercosul consagra e reafirma os seguintes princípios estratégicos do
projeto
Mercosul:Em primeiro lugar, define com clareza a vontade regional deintegração política, superando
o projeto restritivo de uma integraçãofundamentalmente comercial. O Parlamento materializa a
vontade daintegração como projeto político estratégico, com perspectiva históricae com modelo de
desenvolvimento integral, acima das necessidadesconjunturais dos atores da integração.Define um
modelo de integração no qual alcançar um mercado comumé um componente fundamental do
processo, porém esta não écondição suficiente para que a integração aconteça. O perfil daintegração
no século XXI inclui uma verdadeira integração econômica, complementar e solidária,
oaprofundamento da integração social e cultural e a adoção em áreas estratégicas de
diretrizespolíticas comuns num cenário internacional complexo e assimétrico.Estabelece um espaço
de análise e reelaboração do conceito de soberania, não no sentido desubtraí-la aos Estados, mas sim
de introduzir um novo plano de soberania compartilhada que,atuando num só bloco, coopere para
influenciar com maior peso nos centros de poder internacional.
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Retoma e dá conteúdo concreto ao componente democrático no Mercosul, dando legitimidade e
transparência aos atospúblicos regionais de maneira a aperfeiçoar e dar maior clareza às
regras do jogo
do bloco.Consolida o princípio da representatividade e participação cidadã no processo de
integração, componente fundamental naconstrução de uma identidade e consciência regionais. O
feito substancialmente democrático de que o Parlamento expressa opluralismo social, político e
econômico das nações nele representadas, a diversidade de etnias e regiões, como também
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umaadequada participação por gênero, o converterá em uma verdadeira "caixa de ressonância" dos
cidadãos do Mercosul.Conforma um espaço permanente da política e da cidadania na estrutura
institucional do Mercosul, dotando-a do necessárioequilíbrio que todo sistema democrático requer e
possibilitando a incorporação da vasta pluralidade ideológica dos países.Aperfeiçoa o sistema de
tomada de decisões e o processo normativo do Mercosul, ao converter-se em promotor e arquitetoda
vontade normativa regional e da harmonização das legislações nacionais, elementos essenciais de
segurança jurídica doespaço integrado, tanto para o desenvolvimento intrazona como frente a outros
blocos regionais ou internacionais.
Síntese
Neste módulo, estudamos a dimensão parlamentar do Mercosul, começando pelo art. 24 do Tratado
de Assunção, que estabele Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul, e, na seqüência, o
Protocolo de Ouro Preto, nos arts. 22 a 27, bem como o RegiInterno da Comissão, que define as suas
funções, competências e atuação interna e externa, além do processo de produção danormativa
Mercosul e os mecanismos para seu aperfeiçoamento. Vimos também o sistema de incorporação das
normas Mercopelo aparato jurídico dos Estados Partes, e, em especial, as limitações constitucionais
que travam sua vigência imediata.Por último, estudamos a estrutura intergovernamental que
dinamizou o processo integracionista do bloco, bem como os primeipassos da criação e constituição
do Parlamento do Mercosul.
Escolha uma:
1. um espaço permanente da política e da cidadania, na estrutura institucional de um processo de
integração, equilibra o sistema democrático e possibilita a incorporação da vasta pluralidade
ideológica dos Países Membros
2. um espaço permanente da política e da cidadania, na estrutura institucional de um processo de
integração, equilibra o sistema democrático e impede a incorporação da vasta pluralidade ideológica
dos Países Membros.
3. todo processo de integração regional se consolida pelo planejamento econômico e financeiro, base
para o sucesso do projeto
4. todo processo de integração regional se consolida graças à existência em seu território de empresas
transnacionais que lhe sustentarão.
5. Nenhuma das alternativas está correta.
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Escolha uma:
1. os Executivos dos Estados Partes se manifestem sobre aquelas normas que tenham sido adotadas
pelo Conselho do Mercado Comum de acordo com o parecer emitido pelo Parlamento regional, no
momento de sua negociação
2. as agências governamentais dos Estados Partes do Mercosul se manifestem favoravelmente sobre
aquelas normas que tenham sido adotadas pelo Grupo Mercado Comum de acordo com o parecer
emitido pelo Parlamento regional, no momento de sua negociação.
3. os Congressos Nacionais dos Estados Partes do Mercosul se manifestem sobre aquelas normas que
tenham sido adotadas pelo Conselho do Mercado Comum de acordo com o parecer emitido pelo
Parlamento regional, no momento de sua negociação
4. Nenhuma das alternativas está correta.
5. a Comissão de Comércio da CPC se manifeste favoravelmente sobre aquelas normas que tenham
sido adotadas pelo Conselho do Mercado comum de conformidade com o parecer emitido pelo
Parlamento regional, no momento de sua negociação
Feedback- acertei
A resposta correta é: os Congressos Nacionais dos Estados Partes do Mercosul se manifestem sobre
aquelas normas que tenham sido adotadas pelo Conselho do Mercado Comum de acordo com o
parecer emitido pelo Parlamento regional, no momento de sua negociação.
Questão 3
Sobre a incorporação das normas Mercosul ao ordenamento jurídico brasileiro, pode-se afirmar:
Escolha uma:
1. o Protocolo Constitutivo do Parlamento do Mercosul estabelece um procedimento preferencial
para a consideração das normas Mercosul que versem sobre tratados de direitos humanos.
2. o funcionamento de uma Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul no seio do Congresso
Nacional constituiu garantia de que o Congresso Nacional se pronunciasse sobre todas as normas
Mercosul negociadas no âmbito do Poder Executivo
3. independentemente de sua natureza, todas as normas Mercosul devem ser submetidas ao crivo do
Congresso Nacional.
4. todas as alternativas estão corretas.
5. as normas Mercosul de natureza meramente regulamentar, de competência do Poder Executivo,
são introduzidas na normativa brasileira por meio de decretos e portarias.
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A resposta correta é: as normas Mercosul de natureza meramente regulamentar, de competência do
Poder Executivo, são introduzidas na normativa brasileira por meio de decretos e portarias..
Questão 4
O mecanismo da consulta parlamentar contribuirá para solucionar a grave fragilidade que acomete o
bloco do Mercosul, que consiste no:
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Escolha uma:
1. Nenhuma das alternativas está correta.
2. alto índice de normas de integração efetivamente incorporadas aos ordenamentos jurídicos dos
municípios fronteiriços.
3. alto índice de normas de integração efetivamente incorporadas aos ordenamentos jurídicos
internacionais
4. baixo índice de normas de integração efetivamente incorporadas aos ordenamentos jurídicos
estaduais.
5. baixo índice de normas da integração efetivamente incorporadas aos ordenamentos jurídicos
nacionais.
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A resposta correta é: baixo índice de normas da integração efetivamente incorporadas aos
ordenamentos jurídicos nacionais..
Questão 5
Desde o início do processo de integração, a configuração institucional do Mercosul obedeceu a um
modelo de caráter intergovernamental, desenvolvendo-se de forma gradualista, ou seja:
Escolha uma:
1. criando novos organismos, inspirado no paradigma do Nafta, apesar da base mínima que lhe daria
a efetividade jurídica inicial.
2. criando novos organismos, inspirado no paradigma da Comunidade Andina, apesar da base
mínima que lhe daria a segurança jurídica inicial.
3. criando novos organismos, de acordo com as exigências que o dinamismo do processo
demandasse, mas partindo de uma base mínima que lhe daria a segurança institucional inicial.
4. criando novos organismos, inspirado no paradigma da união aduaneira europeia, apesar da base
mínima que lhe daria a segurança jurídica inicial.
5. Nenhuma das alternativas está correta.
Feedback- acertei
A resposta correta é: criando novos organismos, de acordo com as exigências que o dinamismo do
processo demandasse, mas partindo de uma base mínima que lhe daria a segurança institucional
inicial..
Questão 6
A harmonização da legislações nas áreas pertinentes é um dos mais importantes instrumentos
previstos pelo:
Escolha uma:
1. Tratado de Montevidéu.
2. Tratado de Assunção.
3. Protocolo de Assunção.
4. Nenhuma das alternativas está correta.
5. Tratado de Ouro Preto.
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A resposta correta é: Tratado de Assunção..
Questão 7
MERCOSUL
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O Mercosul caracteriza-se, na qualidade de agente econômico, como um espaço pouco atraente para
investimentos em decorrência de:
Escolha uma:
1. enquadramento jurídico legal e leve previsibilidade de efetividade normativa.
2. absoluta segurança jurídica e total previsibilidade e efetividade normativa.
3. insegurança jurídica e falta de previsibilidade de efetividade normativa.
4. Nenhuma das alternativas está correta.
5. ausência de insegurança jurídica e perfeita previsibilidade de efetividade normativa.
Feedback
A resposta correta é: insegurança jurídica e falta de previsibilidade de efetividade normativa..
Questão 8
As Constituições dos Estados Parte do Mercosul evidenciam limitações ao processo de integração, o
que exige:
Escolha uma:
1. um elenco de ajustes em paralelo para evitar que as mesmas transformem-se em travas ao processo
integracionista.
2. um conjunto de ajustes coordenados para evitar que as mesmas conduzam o processo
integracionista.
3. Duas alternativas estão corretas.
4. uma série de ajustes coordenados para evitar que as mesmas operem como um freio ao processo
integracionista
5. uma série de ajustamentos hierárquicos para evitar que as mesmas acionem o processo
integracionista.
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A resposta correta é: uma série de ajustes coordenados para evitar que as mesmas operem como um
freio ao processo integracionista.
Questão 9
No caso do Brasil, uma lei posterior tem o poder de:
Escolha uma:
1. revogar um acordo regional se suas disposições conflitarem com a lei orgânica estadual.
2. revogar um tratado internacional se suas disposições conflitam com aquela.
3. revogar um acordo regional se suas disposições não conflitarem com aquela.
4. revogar um acordo internacional se suas disposições não forem aprovadas pelo Congresso
Nacional.
5. Nenhuma das alternativas está correta.
Feedback - errei
A resposta correta é: revogar um tratado internacional se suas disposições conflitam com aquela..
Questão 10
O surgimento e desenvolvimento de um direito comunitário no Mercosul depende, entre outras
causas:
Escolha uma:
1. da multiplicação de limitações constitucionais que impeça o surgimento de um sistema que
bloqueie a superioridade hierárquica das normas Mercosul sobre as nacionais.
MERCOSUL
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2. da criação de limitações constitucionais que garantam a hierarquia das normas Mercosul sobre as
nacionais.
3. da divisão das limitações constitucionais entre os Estados Parte para garantir a superioridade
hierárquica das normas Mercosul sobre as nacionais.
4. da eliminação das limitações constitucionais que impedem a criação de um sistema, aprovado por
todos os Estados Parte, que garanta a superioridade hierárquica das normas Mercosul sobre as
nacionais.
5. Nenhuma das alternativas está correta.
Feedback- errei
A resposta correta é: da eliminação das limitações constitucionais que impedem a criação de um
sistema, aprovado por todos os Estados Parte, que garanta a superioridade hierárquica das normas
Mercosul sobre as nacionais..