02 Filosofias Juridicas e As Controversias Atuais
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Livro Eletrônico
FILOSOFIA DO DIREITO
Filosofias Jurídicas e as Controvérsias Atuais
Prof. Pedro Henrique Costandrade
Questões de Concurso..................................................................................4
Gabarito................................................................................................... 43
Gabarito Comentado.................................................................................. 44
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Apresentação
Meu nome é Pedro Henrique e estarei com você neste curso preparatório na
para fazer uma prova como a do Exame de Ordem, é preciso mais que isso. É pre-
A partir disso, nesta segunda aula, trago todas as questões de Filosofia do Di-
de Filosofia do Direito. Isso porque todas as questões já elaboradas pela FGV nesta
disciplina já constam deste material e parte da matéria ainda que tinha sido possí-
vel abordar em questões. Assim, optei por trazer, também, essas outras questões.
Espero que o estudo seja proveitoso e que, muito em breve, nos encontremos
Abraços,
Pedro Henrique
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (2020/FGV/XIII EXAME DE ORDEM) É preciso sair do estado natural,
no qual cada um age em função dos seus próprios caprichos, e convencionar com
e, por conseguinte, entrar num estado em que tudo que deve ser reconhecido como
egoisticamente, para um estado civil, em que a vida em comum seja regulada pela
lei, como forma de justiça pública. Isso implica interferir na liberdade das pessoas.
a) O homem deixou sua liberdade selvagem e sem freio para encontrar toda a sua
liberdade na dependência legal, isto é, num estado jurídico, porque essa dependên-
berana de cada indivíduo de fazer aquilo que deseja, pois somente nesse estado o
pode ser considerado liberdade aquilo que decorre de uma afirmação de vontade
do soberano. No estado civil, a liberdade não pode ser considerada uma vontade
pessoal.
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injusto. Após distingui-los assim um do outro, é evidente que a ação justa é inter-
mediária entre o agir injustamente e o ser vítima da injustiça; pois um deles é ter
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
Em seu livro Ética a Nicômaco, Aristóteles apresenta a justiça como uma virtude e
Assinale a opção que define aquilo que, nos termos do livro citado, deve ser enten-
a) Uma espécie de meio-termo, porém não no mesmo sentido que as outras virtu-
des, e sim porque se relaciona com uma quantia intermediária, enquanto a injusti-
b) Uma maneira de proteger aquilo que é o mais conveniente para o mais forte,
uma vez que a justiça como produto do governo dos homens expressa sempre as
como pacto que vincula todos os cidadãos da cidade, seja dos contratos que funcio-
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máxima de tua ação devesse tornar-se, por meio da tua vontade, uma lei univer-
sal”.
Sério, Ronald Dworkin cita o caso Riggs contra Palmer, em que um jovem matou o
próprio avô para ficar com a herança. O Tribunal de Nova Iorque (em 1889) julga o
caso considerando que a legislação do local e da época não previa o homicídio como
não legislado, do direito que diz que ninguém pode se beneficiar de sua própria
Com esse exemplo podemos concluir que a jusfilosofia de Ronald Dworkin, dentre
b) mostrar como as cortes podem ser ativistas quando decidem com base em prin-
cípios e não com base na lei e que decidir assim fere o estado de direito.
c) defender que regras e princípios são normas jurídicas que possuem as mesmas
características e, por isso, ambos podem ser aplicados livremente pelos tribunais.
Questão 4 (2015/FGV/XVI EXAME DE ORDEM) Rudolf Von Ihering, em A Luta pelo
Direito, afirma que “O fim do direito é a paz, o meio de atingi-lo, a luta.” Assinale a
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e ele resulta de uma luta de pessoas e grupos pelos seus próprios direitos subjeti-
vos. Por isso, o Direito é uma força viva e não uma ideia.
Por isso, quando se fala em Direito, é preciso sempre olhar para a história e as lutas
luta de classes, em que a classe dominante o usa para manter o controle sobre os
dominados.
Questão 5 (2015/FGV/XVII EXAME DE ORDEM) “Mister é não olvidar que a com-
estamos perante uma realidade essencialmente dialética, isto é, que não é conce-
bível senão como ‘processus’, cujos elementos ou momentos constitutivos são fato,
valor e norma (…)”
a) A relação entre os polos opostos que são o fato, a norma e o valor, produz uma
cia da contradição, sem que, com esse desocultamento, os termos cessem de ser
contrários.
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d) A estrutura estática que resulta da lógica de subsunção entre os três termos que
Herbert L. A. Hart:
to, em que o jurista não consegue dar uma resposta com base no próprio direito
conduta, que deve ganhar um sentido específico dado pela autoridade competente,
recorrer aos princípios gerais do direito, a fim de promover uma integração do di-
reito positivo.
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derna que conquistou muitos adeptos nos séculos XIX e XX, inclusive no pensa-
é chamada de
dade à interpretação.
seus objetivos.
constante do texto:
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das outras coisas que são divididas entre aqueles que têm parte na constituição
a) Justiça Natural.
b) Justiça Comutativa.
c) Justiça Corretiva.
d) Justiça Distributiva.
não regulamentado.
d) Decisão, por meio de recurso, às práticas sociais que sejam uniformes e conti-
comum…
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Jean-Jacques Rousseau
A ideia de vontade geral, apresentada por Rousseau em seu livro Do Contrato So-
mocracia.
Assinale a opção que melhor expressa essa ideia conforme concebida por Rousseau
no livro citado.
b) A vontade de todos.
John Stuart Mill
individual e o governo das leis. No livro A Liberdade. Utilitarismo, John Stuart Mill
sustenta que um dos maiores problemas da vida civil é a tirania das maiorias.
como esse autor entende o que seja tirania e a forma de proteção necessária.
a) A tirania resulta do poder do povo como autogoverno porque o povo não é escla-
recido para fazer suas escolhas. A proteção contra essa tirania é delegar o governo
as causas que julgam, produz a mais poderosa tirania, pois subjuga a vontade
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daqueles que estão sob a jurisdição desses magistrados. Apenas o duplo grau de
d) A sociedade, quando faz as vezes do tirano, pratica uma tirania mais temível
do que muitas espécies de opressão política, pois penetra nos detalhes da vida e
sentimento dominantes.
a liberdade e a justiça, que são os direitos dos cidadãos, está em jogo quando deixa
(ARENDT, Hannah. As origens do Totalitarismo. São Paulo: Cia das Letras, 2012.)
sentido do que já havia pensado Hannah Arendt, logo após a II Guerra Mundial,
em sua obra As Origens do Totalitarismo. Nela, a autora sustenta que o mais fun-
damental de todos os direitos humanos é o direito a ter direitos, o que não ocorre
com os apátridas.
Segundo a obra em referência, assinale a opção que apresenta a razão pela qual o
pátrio.
b) Viver sob um regime de tirania que viola a liberdade de crença e limita a liber-
dade de expressão.
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condições desumanas.
quaisquer direitos.
Assinale a opção que explica como o jusfilósofo define tais conceitos na obra em
referência.
pios gerais do Direito, uma vez que estes não estão necessariamente incutidos nas
como meio adequado de solucionar as lacunas sem gerar controvérsias; por outro
lado, o segundo método implica buscar a solução da lacuna por meio de interpre-
tação extensiva.
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d) A heterointegração exige que o intérprete busque a solução das lacunas nos tra-
tados e nas convenções internacionais de que o país seja signatário; por seu turno,
Questão 15 (2018/FGV/XXV EXAME DE ORDEM) Uma punição só pode ser admiti-
Jeremy Bentham
Assinale a opção que corresponde a um desses casos citados pelo autor na obra em
referência.
b) Quando o prejuízo produzido pela punição for maior do que o prejuízo que se
quer evitar.
penal.
a) estabelece que a moral e a lei devem ser obedecidas porque são úteis à coexis-
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d) afirma que a liberdade humana é o bem maior a ser protegido tanto pela moral
quanto pelo direito, pois são a liberdade de pensamento e a ação que permitem às
questões para a Filosofia do Direito diz respeito ao procedimento que define uma
norma jurídica como sendo válida. Para o jusfilósofo Herbert Hart, em O Conceito
mentos jurídicos.
b) Regra que estabelece critérios segundo os quais uma sociedade considera válida
c) Regra que impõe deveres a todos aqueles que são reconhecidos como cidadãos
direitos fundamentais.
tal Escola foi marcada por uma concepção rigidamente estatal de direito. Como
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a) a lei não deve ser interpretada segundo a razão e os critérios valorativos daque-
c) uma vez promulgada a lei pelo legislador, o estado-juiz é competente para in-
terpretá-la buscando aproximar a letra da lei dos valores sociais e das demandas
populares legítimas.
portanto, o legislador é soberano tomar suas decisões, desde que não violem os
dbruch, após a II Guerra Mundial, escreve, como circular dirigida aos seus alunos
“Esta concepção da lei e sua validade, a que chamamos Positivismo, foi a que dei-
xou sem defesa o povo e os juristas contra as leis mais arbitrárias, mais cruéis e
mais criminosas.”
a) embora as leis injustas sejam válidas e devam ser obedecidas, as leis extrema-
b) apenas a lei justa pode ser considerada jurídica, pois a lei injusta não será di-
reito.
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c) o direito é o mínimo ético de uma sociedade, de forma que qualquer lei injusta
de humana é entendida
a) como qualidade própria de todo ser vivo que é capaz de sentir dor e prazer, isto
b) quando membros de uma mesma espécie podem ser considerados como equi-
c) como valor jurídico que se atribui às pessoas como característica de sua condi-
d) como algo que está acima de todo o preço, pois quando uma coisa tem um preço
pode-se pôr em vez dela qualquer outra como equivalente; mas quando uma coisa
está acima de todo o preço, e portanto não permite equivalência, então ela tem
dignidade.
válidas. Tal, porém, não é possível, se as duas normas estão em contradição, quer
dizer, entram em conflito uma com a outra. Nesse caso apenas uma pode ser con-
Hans Kelsen
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afirmar que
norma de justiça.
c) o valor de justiça do ato normativo define a validade formal da norma; por isso
o jurista alemão Rudolf Von Ihering afirma que o fim do Direito é a paz, mas o meio
geração. Por isso, quando se fala em Direito é preciso sempre olhar para a história.
de uma luta de pessoas e grupos pelos seus próprios direitos subjetivos. Por isso,
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to que são travadas as lutas políticas que definem os direitos subjetivos presentes
de classes, no qual a classe dominante usa o Direito para manter o controle sobre
os dominados.
lei. A questão das lacunas também é recorrente no âmbito dos estudos da Filosofia
namento Jurídico apresenta um estudo sobre essa questão. O autor denomina por
d) costumeira, que tenha surgido de práticas sociais inspiradas nos valores vigen-
tes.
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a) uma norma jurídica, uma vez emanada, sofre alterações semânticas pela super-
caso concreto.
rídica e, por isso, os costumes devem ter precedência sobre a letra fria da lei.
d) o ativismo judicial não pode ser confundido com o direito mesmo. Juízes não
não constitui dever de virtude, mas dever de direito, a cujo cumprimento pode-se
ser forçado. Mas prossegue sendo uma ação virtuosa (uma demonstração de vir-
tude) fazê-lo mesmo quando nenhuma coerção possa ser aplicada. A doutrina do
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seus diferentes deveres, como pela diferença em sua legislação, a qual relaciona
Pelo trecho acima podemos inferir que Kant estabelece uma relação entre o direito
Assim, toda ação contrária à moralidade das normas jurídicas é também uma vio-
imposto por uma ação exterior e se concretiza no seu cumprimento, ainda que as
Aristóteles:
é evidente que a ação justa é intermediária entre o agir injustamente e o ser vítima
De efeito, é correto concluir que para Aristóteles a justiça deve sempre ser enten-
dida como
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prática.
verdadeiro e o falso.
desejados.
manas.
John Locke
O Art. 1º, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988 afirma que “todo o po-
der emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamen-
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Assinale a opção que melhor expressa tal conceito, conforme desenvolvido por Lo-
dade do povo ou deixando-o miserável e exposto aos seus maus tratos, ele poderá
resistir.
guerra e rebelião.
política. Uma vez que o povo soberano produza as leis, diretamente ou por meio
o povo parece fazer o que quer, mas a liberdade política não consiste nisso.
Montesquieu
tido por inúmeros autores. Uma importante definição utilizada no mundo jurídico é
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b) A disposição de espírito pela qual a alma humana nunca pode ser aprisionada é
mente.
Ronald Dworkin
c) Igual partilha dos poderes políticos e dos direitos individuais em uma dada so-
ciedade.
a Sério, Ronald Dworkin cita o caso “Riggs contra Palmer” em que um jovem ma-
tou o próprio avô para ficar com a herança. O Tribunal de Nova Iorque (em 1889),
ao julgar o caso, deparou-se com o fato de que a legislação local de então não
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o Tribunal aplicou o princípio do direito, não legislado, que diz que ninguém pode
sua herança. Com base na obra citada, assinale a opção que melhor expressa uma
b) Mostrar como as Cortes podem ser ativistas quando decidem com base em prin-
cípios, não com base na lei, e que decidir assim fere o estado de Direito.
c) Defender que regras e princípios são normas jurídicas que possuem as mesmas
características, de forma que se equivalem; por isso, ambos podem ser aplicados
dois tipos de desigualdade: uma que chamo de natural ou física, por ser estabe-
lecida pela natureza e que consiste na diferença das idades, da saúde, das forças
que é estabelecida ou, pelo menos, autorizada pelo consentimento dos homens.
dade entre os homens. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.)
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a) As desigualdades naturais são a causa das desigualdades morais, uma vez que
da interpretação jurídica no seu livro Teoria Pura do Direito, fala em ato de vontade
assim, capaz de prover precisão técnica no âmbito de sua aplicação por agentes
competentes.
seu arbítrio, qualquer norma que entenda como válida e capaz de regular o caso
concreto.
aplicador efetua uma escolha entre as possibilidades reveladas por meio da mesma
interpretação cognoscitiva.
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Para o jusfilósofo Norberto Bobbio, uma antinomia real se caracteriza quando es-
tamos diante
b) de normas que colidem entre si, porém essa colisão é solúvel mediante a apli-
d) de duas ou mais normas que colidem entre si e que possuem diferentes âmbitos
Na sua mais importante obra, a Summa Theologica, Santo Tomás de Aquino trata
Assinale a opção que apresenta esses conceitos, conforme expostos na obra citada.
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Distributiva trata das relações entre diferentes povos, também chamadas de direito
das gentes.
Em seu texto “A Luta pelo Direito”, o jurista alemão Rudolf von Ihering apresenta o
Assinale a afirmativa que expressa o sentido que, no trecho citado, Ihering confere
ao direito.
a) Trabalho incessante e uma luta sem tréguas nos quais participam o Poder Públi-
b) Uma luta permanente que é travada por parlamentares no âmbito da arena le-
gislativa, que o fazem em nome da população a partir das eleições que configuram
d) O produto das relações industriais e comerciais que são livremente travadas por
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Karl Larenz, os textos jurídicos são problematizáveis porque estão redigidos em lin-
sentido, assinale a opção que exprime o pensamento desse autor acerca da ideia
de interpretação da lei.
d) A interpretação dada por uma autoridade judicial a uma lei é uma conclusão lo-
gicamente vinculante que, por isso mesmo, deve ser repetida sempre que a mesma
proposto por Thomas Hobbes em sua obra Leviatã, o contrato social só é possível
em função de uma lei da natureza que expresse, segundo o autor, a própria ideia
de justiça.
Assinale a opção que, segundo o autor na obra em referência, apresenta esta lei
da natureza.
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nação carismática.
da massa falida de uma empresa em débito com a fazenda pública, única credora
estadual com o objetivo de regularizar a ocupação, havia, por meio de sua asso-
priação indireta, que ainda não havia sido julgada. Quando do cumprimento da de-
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a) A remoção das famílias com o emprego da força policial tipifica o controle social
b) Embora seja possível contestar sua legitimidade, a ação policial em questão está
social.
que a virtude moral é um meio-termo entre dois vícios, um dos quais envolve ex-
cesso e o outro, deficiência, e isso porque a sua natureza é visar à mediania nas
paixões e nos atos.
Do que acabamos de dizer segue-se que não é fácil ser bom, pois em todas as coi-
(…)
A justiça corretiva será o intermediário entre a perda e o ganho. Eis aí por que as
a natureza do juiz é ser uma espécie de justiça animada; e procuram o juiz como
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justo. O justo, pois, é um meio-termo, já que o juiz o é. Ora, o juiz restabelece a
igualdade.
A partir das ideias constantes nesse fragmento de texto, julgue o item a seguir.
mula aristotélica da mediania propõe a rigorosa punição dos vícios pelos agentes
que, de acordo com a doutrina, são baseadas nas leis elaboradas pelos homens
com o intuito de reger o social, sendo vistas como reflexo das diversas formas do
a) religiosas.
b) legais.
c) sociais.
d) privadas.
e) facultativas.
do direito.
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c) rompe com a teoria estatalista, pois rejeita a redução do direito a uma forma
estatal de expressão.
dução jurídica.
das normas jurídicas proposta por Norberto Bobbio, em sua obra Teoria da Norma
Jurídica, encontra-se a distinção formal entre a norma “que estabelece que uma
determinada ação deve ser cumprida quando se verifica uma certa condição” e a
norma “que estabelece que uma determinada ação deve ser cumprida”. Estas nor-
em sua teoria pura do direito, define como elemento primordial para a análise cien-
a) os fatos sociais.
b) as normas.
c) os valores.
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d) os princípios e as regras.
e) o poder coercitivo.
ao problema
a) das antinomias.
b) da analogia.
d) das lacunas.
e) da incompletude.
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aplicador do direito, ou seja, tanto pelo Poder Judiciário quanto pelo Poder Legis-
lativo.
fundada
a) no dualismo entre “direito natural” e “direito positivo” que considera que a vali-
natural”.
c) em uma visão monista que sustenta que todo direito é necessariamente natural
e) no dualismo dentre “direito natural” e “direito positivo” que, por toda sua coe-
rência e rigor conceitual, é professada pelo autor em sua “teoria pura do direito”.
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que todos possam intervir, sem assumir a mesma o papel de legislador político”.
dade de regras, enquanto Ronald Dworkin entende ser o direito um conceito inter-
pretativo.
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tivo derivado da melhor justificação moral das regras e princípios de uma comuni-
dade política.
que a virtude moral é um meio-termo entre dois vícios, um dos quais envolve ex-
cesso e o outro, deficiência, e isso porque a sua natureza é visar à mediania nas
paixões e nos atos.
Do que acabamos de dizer segue-se que não é fácil ser bom, pois em todas as coisas é
difícil encontrar o meio-termo.
(…)
A justiça corretiva será o intermediário entre a perda e o ganho. Eis aí por que as pes-
soas em disputa recorrem ao juiz; e recorrer ao juiz é recorrer à justiça, pois a natureza
do juiz é ser uma espécie de justiça animada; e procuram o juiz como um intermediário,
e em alguns Estados os juízes são chamados mediadores, na convicção de que, se os
litigantes conseguirem o meio-termo, conseguirão o que é justo. O justo, pois, é um
meio-termo, já que o juiz o é. Ora, o juiz restabelece a igualdade.
A partir das ideias constantes nesse fragmento de texto, julgue o item a seguir.
representa o justo para os litigantes, pois um terá de perder e o outro, ganhar, para
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todo o conteúdo moral obrigatório para que a sociedade possa sobreviver minima-
mente.
ou intersubjetividade.
e) Max Scheler preconizava uma espécie de moral pura, condição para a existência
de um comportamento que, guiado pelo direito e pela ética, não muda segundo as
circunstâncias
pretação
a) histórica.
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b) sistemática.
c) sociológica.
d) analógica.
e) autêntica.
deve resguardar o sentido amplo da entidade familiar, abrangendo, além dos imó-
viúvas, ainda que estas não estejam citadas expressamente no texto legal, essa
a) sistemática.
b) histórica.
c) jurisprudencial.
d) teleológica.
e) lógica.
acordo com essa escola, o direito só pode ser considerado como fruto do trabalho
mente.
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seus conteúdos.
lógico de interpretação das normas jurídicas que dos princípios extraídos das nor-
se apresentam.
própria lei ou ato normativo, surgindo do próprio poder que interpreta seu ato nor-
mativo.
ser da lei.
cesso de investigação dos fatos, na ordem jurídica vigente, assegura maior satisfa-
a) lógico-dedutivo.
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b) hipotético-condicional.
c) lógica do razoável.
e) conflito normativo.
que existe um sentido correto das normas constitucionais, cuja interpretação deve
sem prejuízo a terceiros, ainda que vista como inadequada por um grupo social,
ta uma ação se ela colaborar para promover a felicidade, de modo que um indivíduo
egoísta, por exemplo, pode ser valorizado, com base nessa proposta.
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liberdade similar para todos, o que ele considera o primeiro princípio da justiça.
baseada na tributação redistributiva porque esta representa uma violação aos di-
reitos do povo.
A teoria comunitarista, que tem Charles Taylor como um dos seus principais teóri-
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GABARITO
1. a 25. b 49. e
2. a 26. b 50. E
3. d 27. b 51. C
4. a 28. d 52. b
5. b 29. b 53. c
6. b 30. c 54. C
7. a 31. a 55. C
8. d 32. d 56. E
9. d 33. c 57. C
23. b 47. b
24. a 48. a
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GABARITO COMENTADO
Questões da OAB
no qual cada um age em função dos seus próprios caprichos, e convencionar com
e, por conseguinte, entrar num estado em que tudo que deve ser reconhecido como
egoisticamente, para um estado civil, em que a vida em comum seja regulada pela
lei, como forma de justiça pública. Isso implica interferir na liberdade das pessoas.
a) O homem deixou sua liberdade selvagem e sem freio para encontrar toda a sua
liberdade na dependência legal, isto é, num estado jurídico, porque essa dependên-
berana de cada indivíduo de fazer aquilo que deseja, pois somente nesse estado o
pode ser considerado liberdade aquilo que decorre de uma afirmação de vontade
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do soberano. No estado civil, a liberdade não pode ser considerada uma vontade
pessoal.
Letra a.
natureza, pelo qual o indivíduo não sofre limitações que não aquelas decorrentes
ta, em que a vontade do monarca se sobrepõe à dos demais indivíduos. Kant faz
liberais que derem origem às revoluções do Século XVIII. A última alternativa tem
injusto. Após distingui-los assim um do outro, é evidente que a ação justa é inter-
mediária entre o agir injustamente e o ser vítima da injustiça; pois um deles é ter
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
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Em seu livro Ética a Nicômaco, Aristóteles apresenta a justiça como uma virtude e
Assinale a opção que define aquilo que, nos termos do livro citado, deve ser enten-
a) Uma espécie de meio-termo, porém não no mesmo sentido que as outras virtu-
des, e sim porque se relaciona com uma quantia intermediária, enquanto a injusti-
b) Uma maneira de proteger aquilo que é o mais conveniente para o mais forte,
uma vez que a justiça como produto do governo dos homens expressa sempre as
como pacto que vincula todos os cidadãos da cidade, seja dos contratos que funcio-
máxima de tua ação devesse tornar-se, por meio da tua vontade, uma lei univer-
sal”.
Letra a.
A alternativa B trata do estado de natureza, que, por seu estado de coisas, não
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Sério, Ronald Dworkin cita o caso Riggs contra Palmer, em que um jovem matou o
próprio avô para ficar com a herança. O Tribunal de Nova Iorque (em 1889) julga o
caso considerando que a legislação do local e da época não previa o homicídio como
não legislado, do direito que diz que ninguém pode se beneficiar de sua própria
Com esse exemplo podemos concluir que a jusfilosofia de Ronald Dworkin, dentre
b) mostrar como as cortes podem ser ativistas quando decidem com base em prin-
cípios e não com base na lei e que decidir assim fere o estado de direito.
c) defender que regras e princípios são normas jurídicas que possuem as mesmas
características e, por isso, ambos podem ser aplicados livremente pelos tribunais.
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Letra d.
No caso citado, Dworkin aponta que existe uma contraposição entre o comporta-
autor, não pode ser considerado adequado o estímulo a homicídios com a intenção
de receber um adiantamento de herança. Por tal motivo, não se deve permitir esse
O que torna o caso atípico, para Dworkin, é o fato de que o resultado da aplicação
das regras vigentes ao caso conduziria a um resultado que estimularia outros atos
o que significa que o ordenamento jurídico deve ser construído sobre bases coeren-
tes e que respeite os princípios liberais básicos. Dessa forma, o que se tem é que
jurídico.
b) Errada. Apresenta uma crítica ao ativismo judicial, o que retiraria, tal como a
c) Errada. Vai frontalmente contra a proposta de Dworkin. Para ele, as regras de-
vem ser consideradas para a solução da maioria dos casos. Apenas em situações
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Questão 4 (2015/FGV/XVI EXAME DE ORDEM) Rudolf Von Ihering, em A Luta pelo
Direito, afirma que “O fim do direito é a paz, o meio de atingi-lo, a luta.” Assinale a
e ele resulta de uma luta de pessoas e grupos pelos seus próprios direitos subjeti-
vos. Por isso, o Direito é uma força viva e não uma ideia.
Por isso, quando se fala em Direito, é preciso sempre olhar para a história e as lutas
luta de classes, em que a classe dominante o usa para manter o controle sobre os
dominados.
Letra a.
de Direito. De fato, foi essa obra que transformou o símbolo do Direito. Até então,
alcançar por meio do Direito. A partir de Ihering, como por ele proposto, a espada
passou a fazer parte desse símbolo, justamente para demonstrar que o Direito de-
Nesse contexto, o autor, nessa obra, tenta demonstrar a importância da luta para
a afirmação e manutenção dos direitos. Para ele, sempre que um direito é violado,
o indivíduo tem duas opções, lutar por ele ou desistir dele e, cada vez que desiste,
perde um pouco de sua condição de ser humano. Isso porque o que distingue o ser
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humano dos outros seres é justamente o fato de que temos direitos. Ao renunciar,
pois, a alguns desses direitos, abrimos mão também da condição de ser humano.
Nesse contexto, o direito apenas faz sentido quando violado, que é quando o in-
divíduo se vê entre essas duas opções. Como a única opção aceitável é a luta,
posto que a outra implica desistir daquele direito, a sociedade e os direitos de uma
escolheu lutar.
b) Errada. Apresenta uma perspectiva evolutiva do direito, uma vez que estabe-
lece uma relação entre luta dos antepassados e surgimento do direito e passagem
para as próximas gerações. Para Ihering, essa luta deve ser cotidiana.
c) Errada. Apresenta uma perspectiva marxista do direito como meio para domi-
nação das classes sociais. Ihering não trabalha com a noção de lutas de classes em
sua obra.
Questão 5 (2015/FGV/XVII EXAME DE ORDEM) “Mister é não olvidar que a com-
estamos perante uma realidade essencialmente dialética, isto é, que não é conce-
bível senão como ‘processus’, cujos elementos ou momentos constitutivos são fato,
valor e norma (…)”
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a) A relação entre os polos opostos que são o fato, a norma e o valor, produz uma
cia da contradição, sem que, com esse desocultamento, os termos cessem de ser
contrários.
d) A estrutura estática que resulta da lógica de subsunção entre os três termos que
Letra b.
partir de um enunciado axiomático, ou seja, uma frase que expressa um valor, cha-
chamado de antítese, e, finalmente, por uma terceira teoria, que seja capaz de
tese e a antítese não se unem para formar a síntese, mas estabelecem, entre si,
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ao fato, valor e norma. No entanto, se tem algo que a proposta de Reale não con-
Herbert L. A. Hart:
to, em que o jurista não consegue dar uma resposta com base no próprio direito
conduta, que deve ganhar um sentido específico dado pela autoridade competente,
recorrer aos princípios gerais do direito, a fim de promover uma integração do di-
reito positivo.
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Letra b.
co, seja da sociedade, ou, ainda, de considerar a importância dos princípios, Hart
desenvolve sua teoria a partir do estudo da linguagem. Para ele, uma das princi-
Essa questão que se está a analisar causou certa polêmica na época de sua aplica-
ção. Isso porque o autor trata da tessitura aberta da linguagem e, por consequên-
cia, da imprecisão que decorre de certas expressões. A partir disso, o que se tem
apresentam uma textura aberta, o que acaba por se comunicar à norma criada a
mento acabam por se comunicar ao ordenamento jurídico, o que indica não estar
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derna que conquistou muitos adeptos nos séculos XIX e XX, inclusive no pensa-
Letra a.
Para buscar responder a essa questão, deve-se analisar cada uma das correntes do
que reconhece que o conjunto das instituições, costumes e práticas humanas são
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O fatalismo é a corrente filosófica que defende que o que tiver que acontecer vai
resultado.
Para o utilitarismo, uma ação é justa se o resultado for o melhor possível para
o utilitarismo parte do pressuposto de que existe uma convenção social pela busca
bem-estar, que não se extrai apenas dos aspectos materiais de uma relação. Por
é chamada de
dade à interpretação.
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seus objetivos.
Letra d.
I Método gramatical ou filosófico: analisa cada palavra que compõe a lei, individu-
inserida, a relação dessa lei com as demais leis que integram esse mesmo ordena-
levaram à edição da norma e seus efeitos para que se mostre possível estender o
Por sua vez, tem-se que a interpretação autêntica decorre de um critério de classifi-
cação quanto à pessoa que interpreta e admite outros dois tipos, a não autêntica e
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não autêntica, por sua vez, se dá por aqueles que não têm a atribuição de editar e
aplicar a norma. Quanto à sociedade aberta dos intérpretes, trata-se de uma cor-
rente proposta por Peter Häberle pela qual todos os que devem se comportar de
declaratória.
constante do texto:
das outras coisas que são divididas entre aqueles que têm parte na constituição
a) Justiça Natural.
b) Justiça Comutativa.
c) Justiça Corretiva.
d) Justiça Distributiva.
Letra d.
positivo reflete o direito natural é que ele é justo. Assim, qualquer norma que não
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Por fim, a Justiça Distributiva é aquela que admite resultados desiguais, desde
não regulamentado.
d) Decisão, por meio de recurso, às práticas sociais que sejam uniformes e conti-
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Letra b.
tese à norma, ainda que por extensão do conteúdo ali presente. Difere da analogia
do-se a aplicar a caso que não está previsto na norma, mas que, por semelhança,
comum…
Jean-Jacques Rousseau
A ideia de vontade geral, apresentada por Rousseau em seu livro Do Contrato So-
mocracia.
Assinale a opção que melhor expressa essa ideia conforme concebida por Rousseau
no livro citado.
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b) A vontade de todos.
Letra d.
Rousseau apresenta a noção de contrato social pelo qual a sociedade delega par-
coletivo.
Para ele a nação não se confunde com a soma dos indivíduos que habitam um de-
Na verdade, essa nação, enquanto ficção jurídica, também possui vontade própria,
interesse comum. Esse interesse comum é representado pela base comum a todos
John Stuart Mill
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individual e o governo das leis. No livro A Liberdade. Utilitarismo, John Stuart Mill
sustenta que um dos maiores problemas da vida civil é a tirania das maiorias.
como esse autor entende o que seja tirania e a forma de proteção necessária.
a) A tirania resulta do poder do povo como autogoverno porque o povo não é escla-
recido para fazer suas escolhas. A proteção contra essa tirania é delegar o governo
as causas que julgam, produz a mais poderosa tirania, pois subjuga a vontade
daqueles que estão sob a jurisdição desses magistrados. Apenas o duplo grau de
d) A sociedade, quando faz as vezes do tirano, pratica uma tirania mais temível
do que muitas espécies de opressão política, pois penetra nos detalhes da vida e
sentimento dominantes.
Letra d.
por eliminação das alternativas. O enunciado da questão pede que se analise o que
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a) Errada. Sugere que o governo do povo forma uma tirania por falta de capaci-
dade do povo e que a defesa seria a formação de uma oligarquia. Parece estranha
uma elite intelectual. A questão pede para que se apresente hipótese de tirania da
maioria.
c) Errada. Trata da tirania dos governantes eleitos, que impõem sua vontade ao
povo. Para complicar, apresenta a menção a uma tirania da maioria. A defesa con-
d) Certa. Trata de uma tirania realizada pela sociedade, ou seja, da maioria contra
a minoria. Além disso, a proteção apresentada parece ter correlação com a temá-
tica da alternativa.
A despeito disso, deve-se tratar brevemente da teoria de John Stuart Mill sobre as
John Stuart Mill se apresenta como um teórico da liberdade. Suas obras se dedicam
justamente a essa temática e, como não podia deixar de ser, ele se propõe a anali-
sar as principais ameaças a essa liberdade, que, na sociedade atual, seriam duas: a
e para qualificar essa interferência como ilegítima, para o autor, deve haver uma
punição ao indivíduo, restringindo sua liberdade, mesmo quando sua conduta não
Estado, não vem apoiada por penalidades aplicadas pelo Estado e, de fato, pune
não no âmbito externo ao indivíduo, mas pela penalização da alma por meio de pe-
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a liberdade e a justiça, que são os direitos dos cidadãos, está em jogo quando deixa
(ARENDT, Hannah. As origens do Totalitarismo. São Paulo: Cia das Letras, 2012.)
sentido do que já havia pensado Hannah Arendt, logo após a II Guerra Mundial,
em sua obra As Origens do Totalitarismo. Nela, a autora sustenta que o mais fun-
damental de todos os direitos humanos é o direito a ter direitos, o que não ocorre
com os apátridas.
Segundo a obra em referência, assinale a opção que apresenta a razão pela qual o
pátrio.
b) Viver sob um regime de tirania que viola a liberdade de crença e limita a liber-
dade de expressão.
condições desumanas.
quaisquer direitos.
Letra d.
Hannah Arendt é uma filósofa política que dedica sua obra a tratar da violência.
Para ela, nenhuma forma de violência é legítima, nem mesmo a estatal. O Estado
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surge para garantir direitos, não para legitimar a violência sobre os indivíduos.
Nesse contexto, um dos aspectos que acaba por ser tratado na obra As Origens
considerado.
No caso dos apátridas, Hannah Arendt afirmou que o grande problema para eles
não era a igualdade perante as leis do Estado, uma vez que, para eles, sequer
existiam leis, posto que estavam à margem desse sistema. Nesse contexto, a au-
tora acaba por definir a cidadania como o direito a ter direitos. Em outras palavras,
vel por garantir aos indivíduos os direitos e o não pertencimento o relegava a uma
A partir disso, tem-se que a letra a trata apenas da privação de direitos especí-
ficos, enquanto que o debate proposto por Hannah Arendt parte da negativa de
de. Ainda que Hannah Arendt reconheça que a violência do Estado é ilegítima, não
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Assinale a opção que explica como o jusfilósofo define tais conceitos na obra em
referência.
pios gerais do Direito, uma vez que estes não estão necessariamente incutidos nas
como meio adequado de solucionar as lacunas sem gerar controvérsias; por outro
lado, o segundo método implica buscar a solução da lacuna por meio de interpre-
tação extensiva.
d) A heterointegração exige que o intérprete busque a solução das lacunas nos tra-
tados e nas convenções internacionais de que o país seja signatário; por seu turno,
Letra a.
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mento jurídico, ainda que por diferentes meios, a heterointegração encontra so-
a aplicação do Direito.
tegração está errada, bem como ao indicar as convicções do intérprete como fonte
Direito Internacional.
Questão 15 (2018/FGV/XXV EXAME DE ORDEM) Uma punição só pode ser admiti-
Jeremy Bentham
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Assinale a opção que corresponde a um desses casos citados pelo autor na obra em
referência.
b) Quando o prejuízo produzido pela punição for maior do que o prejuízo que se
quer evitar.
penal.
Letra b.
Espero que você, estudante, nesse ponto, já tenha conseguido perceber uma ten-
dência das questões do Exame de Ordem. Boa parte das questões pode ser resol-
vida por eliminação e essa não é diferente. O enunciado trata de hipóteses em que
não se deve punir. Além disso, o texto informativo traz a noção de a punição apenas
a) Errada. Afirma que não deve haver punição quando a lei não é clara sobre qual
a punição aplicável. Nesse caso, não se tem, por óbvio, a desnecessidade da puni-
b) Errada. Afirma que não deve haver punição quando o prejuízo causado pela
pena for superior ao prejuízo que se quer evitar, o que parece adequado.
se enquadra na escola utilitarista, o que significa dizer que ele busca o incremento
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III quando o prejuízo resultante dela for superior ao prejuízo que se pretende evi-
tar; e
Isso porque a punição gera um prejuízo não apenas ao indivíduo, mas também à
sociedade, o que afasta a sua necessidade quando for ineficaz, ineficiente, inútil ou
desnecessária.
d) Errada. Afirma que não é necessária a punição quando o processo penal já tiver
mo para assegurar as garantias do indivíduo e para isso podem ser criados certos
a) estabelece que a moral e a lei devem ser obedecidas porque são úteis à coexis-
d) afirma que a liberdade humana é o bem maior a ser protegido tanto pela moral
quanto pelo direito, pois são a liberdade de pensamento e a ação que permitem às
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Letra b.
O utilitarismo é uma corrente filosófica que tem por objeto o incremento do bem-
-estar geral da sociedade ainda que, para isso, seja necessário reduzir o bem-estar
causado ao indivíduo que precisou pagar o tributo e teve sua renda reduzida. Nesse
Nesse contexto, o que se tem é a letra b é a mais adequada para refletir o que
propõe o utilitarismo na medida em que afirma que o utilitarismo tem como conse-
a) Errada. Tenta utilizar a noção de utilidade para o senso comum, não a noção
filosófica.
ação e pensamento permite que as pessoas exerçam sua criatividade, o que, tam-
questões para a Filosofia do Direito diz respeito ao procedimento que define uma
norma jurídica como sendo válida. Para o jusfilósofo Herbert Hart, em O Conceito
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mentos jurídicos.
b) Regra que estabelece critérios segundo os quais uma sociedade considera válida
c) Regra que impõe deveres a todos aqueles que são reconhecidos como cidadãos
direitos fundamentais.
Letra b.
• Por sua vez, as regras secundárias dizem respeito às regras primárias e es-
regras primárias. Por sua vez, as regras secundárias podem ser de três tipos:
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ma primária.
tal Escola foi marcada por uma concepção rigidamente estatal de direito. Como
a) a lei não deve ser interpretada segundo a razão e os critérios valorativos daque-
c) uma vez promulgada a lei pelo legislador, o estado-juiz é competente para in-
terpretá-la buscando aproximar a letra da lei dos valores sociais e das demandas
populares legítimas.
portanto, o legislador é soberano tomar suas decisões, desde que não violem os
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Letra a.
A questão refere-se mais à Escola da Exegese do que ao proposto por Bobbio. Nes-
como a corrente jusfilosófica que deu origem ao positivismo jurídico. Para essa
vontade, estabeleceu aquela norma jurídica e que, por isso, deve essa norma ser
cumprida.
Nesse contexto, o Estado mostra-se como a única fonte legítima do direito. Por ou-
mas, em todas, o direito positivo está subordinado a outras normas, do que decorre
dbruch, após a II Guerra Mundial, escreve, como circular dirigida aos seus alunos
“Esta concepção da lei e sua validade, a que chamamos Positivismo, foi a que dei-
xou sem defesa o povo e os juristas contra as leis mais arbitrárias, mais cruéis e
mais criminosas.”
a) embora as leis injustas sejam válidas e devam ser obedecidas, as leis extrema-
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b) apenas a lei justa pode ser considerada jurídica, pois a lei injusta não será di-
reito.
c) o direito é o mínimo ético de uma sociedade, de forma que qualquer lei injusta
Letra a.
da Guerra Mundial.
naturalismo e ainda é utilizado como base para o estudo atual dessa concepção
teórica.
do nazismo.
• No quarto minuto, afirma que, ainda que não se possa retirar a juridicidade
das normas injustas, o bem como também se apresenta como uma finalidade
do direito.
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de humana é entendida
a) como qualidade própria de todo ser vivo que é capaz de sentir dor e prazer, isto
b) quando membros de uma mesma espécie podem ser considerados como equi-
c) como valor jurídico que se atribui às pessoas como característica de sua condi-
d) como algo que está acima de todo o preço, pois quando uma coisa tem um preço
pode-se pôr em vez dela qualquer outra como equivalente; mas quando uma coisa
está acima de todo o preço, e portanto não permite equivalência, então ela tem
dignidade.
Letra d.
o primeiro autor a trazer a ideia de que não é possível atribuir uma correspondência
Kant entendia que o ser humano tinha um fim em si mesmo que não estava su-
bordinado a outros elementos externos e, por ser um ente autônomo enquanto ser
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A partir disso, tem-se que o erro da letra a está em atribuir a dignidade a todo ser
válidas. Tal, porém, não é possível, se as duas normas estão em contradição, quer
dizer, entram em conflito uma com a outra. Nesse caso apenas uma pode ser con-
Hans Kelsen
afirmar que
norma de justiça.
c) o valor de justiça do ato normativo define a validade formal da norma; por isso
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Letra a.
separação do Direito da Moral, acaba por dar sustentação à Teoria Pura do Direito.
Ainda que Kelsen objetive com a obra discutir os conceitos de Justiça apresentados
Por outro lado, Kelsen não se dedica muito à análise da atividade interpretativa,
que estaria fora do escopo do estudo do Direito, o que, inclusive, é uma das princi-
o jurista alemão Rudolf Von Ihering afirma que o fim do Direito é a paz, mas o meio
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geração. Por isso, quando se fala em Direito é preciso sempre olhar para a história.
de uma luta de pessoas e grupos pelos seus próprios direitos subjetivos. Por isso,
to que são travadas as lutas políticas que definem os direitos subjetivos presentes
de classes, no qual a classe dominante usa o Direito para manter o controle sobre
os dominados.
Letra b.
lei. A questão das lacunas também é recorrente no âmbito dos estudos da Filosofia
namento Jurídico apresenta um estudo sobre essa questão. O autor denomina por
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d) costumeira, que tenha surgido de práticas sociais inspiradas nos valores vigen-
tes.
Letra b.
a) uma norma jurídica, uma vez emanada, sofre alterações semânticas pela super-
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caso concreto.
rídica e, por isso, os costumes devem ter precedência sobre a letra fria da lei.
d) o ativismo judicial não pode ser confundido com o direito mesmo. Juízes não
Letra a.
Filosofia que estuda como as coisas são. A partir disso, Reale desenvolveu a noção
dependente e relacionada ao mundo dos fatos e ao mundo dos valores, que se re-
entanto, não tem outra opção além de se deixar determinar pelas mudanças ocor-
ridas.
membros.
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Letra b.
cínio lógico, o que transforma a lógica da argumentação para uma lógica de valores
temática.
é ter adesão.
Nesse contexto, o juiz deve estabelecer uma relação entre o ordenamento jurídico
que fundamenta a sua decisão e os valores aceitos pela sociedade, o que faz com
A partir disso, tem-se que a decisão precisa ter a adesão das partes, dos juristas e
da opinião pública para ser considerada aceitável, o que está apresentado na alter-
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não constitui dever de virtude, mas dever de direito, a cujo cumprimento pode-se
ser forçado. Mas prossegue sendo uma ação virtuosa (uma demonstração de vir-
tude) fazê-lo mesmo quando nenhuma coerção possa ser aplicada. A doutrina do
seus diferentes deveres, como pela diferença em sua legislação, a qual relaciona
Pelo trecho acima podemos inferir que Kant estabelece uma relação entre o direito
Assim, toda ação contrária à moralidade das normas jurídicas é também uma vio-
imposto por uma ação exterior e se concretiza no seu cumprimento, ainda que as
Letra b.
com o cumprimento de um dever moral. O primeiro pode ser forçado, enquanto que
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a) Errada. Faz-se uma tentativa de igualar o direito e a moral, o que está em de-
e nega qualquer relação entre direito e moral, o que está em desacordo com o tre-
cho trazido.
Aristóteles:
é evidente que a ação justa é intermediária entre o agir injustamente e o ser vítima
De efeito, é correto concluir que para Aristóteles a justiça deve sempre ser enten-
dida como
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Letra b.
regra, Aristóteles observa que a virtude tem como extremo um vício. Assim, sem-
tema mais tormentoso. No caso da virtude moral, que é a justiça, o que se tem é
A justiça, portanto, residiria no alcance do meio termo. Diferente das demais virtu-
des, a justiça só poderia ser adquirida pela experiência e caberia ao justo se aproxi-
mar ao máximo do meio termo entre as injustiças constantes dos extremos. Nesse
contexto, uma conduta justa necessariamente seria ética, posto que atenderia às
prática.
verdadeiro e o falso.
desejados.
manas.
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Letra d.
conhecimento humano. Nesse sentido, tem-se que o conhecimento pode ser clas-
John Locke
O Art. 1º, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988 afirma que “todo o po-
der emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamen-
Assinale a opção que melhor expressa tal conceito, conforme desenvolvido por Lo-
dade do povo ou deixando-o miserável e exposto aos seus maus tratos, ele poderá
resistir.
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guerra e rebelião.
política. Uma vez que o povo soberano produza as leis, diretamente ou por meio
Letra b.
É preciso compreender que Locke é um autor que está situado no âmbito do Jus-
nal. Por conta dessa noção é que Locke também é considerado um contratualista.
No entanto, ainda que o povo ceda parcelas de sua liberdade para o Estado, tal
Ao revés, o único direito do qual abre mal ao criar o Estado é o direito de fazer jus-
tiça por seus próprios meios. No entanto, outros direitos, que já seriam perfeitos
Assim, sempre que o Estado se coloque em confronto com tais direitos naturais,
o que deve prevalecer é o direito natural, posto que perfeito em sua essência.
A partir disso, caso o Estado venha a violar esses direitos, abre-se, ao cidadão,
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a) Errada. Não tem nenhuma relação com a temática discutida por Locke.
o povo parece fazer o que quer, mas a liberdade política não consiste nisso.
Montesquieu
tido por inúmeros autores. Uma importante definição utilizada no mundo jurídico é
b) A disposição de espírito pela qual a alma humana nunca pode ser aprisionada é
Letra c.
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liberdade. Efetivamente Platão entende que a alma está aprisionada no corpo e sua
libertação apenas ocorrerá com a morte. No entanto, tal temática parece estar fora
do proposto no enunciado.
tiranos.
mente.
Ronald Dworkin
c) Igual partilha dos poderes políticos e dos direitos individuais em uma dada so-
ciedade.
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Letra a.
fundamentam o ordenamento jurídico liberal por ele proposto. Nesse contexto, es-
Por outro lado, explica a noção de igualdade distributiva, pela qual são adotadas
sos, no entanto o bem-estar gerado por tais recursos pode ser diferente para cada
a Sério, Ronald Dworkin cita o caso “Riggs contra Palmer” em que um jovem ma-
tou o próprio avô para ficar com a herança. O Tribunal de Nova Iorque (em 1889),
ao julgar o caso, deparou-se com o fato de que a legislação local de então não
o Tribunal aplicou o princípio do direito, não legislado, que diz que ninguém pode
sua herança. Com base na obra citada, assinale a opção que melhor expressa uma
b) Mostrar como as Cortes podem ser ativistas quando decidem com base em prin-
cípios, não com base na lei, e que decidir assim fere o estado de Direito.
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c) Defender que regras e princípios são normas jurídicas que possuem as mesmas
características, de forma que se equivalem; por isso, ambos podem ser aplicados
Letra d.
Apesar dessa questão fugir um pouco do cargo do concurso em questão, ela per-
deração, pelo qual se verifica o núcleo essencial de cada um dos princípios, o que
mento de outro, posto que, fora do âmbito do núcleo essencial, admite-se o sacrifí-
de outro.
gridade e previsibilidade, com a aplicação usual das normas jurídicas, salvo quando
solução, uma vez que o direito normal seria suficiente para a solução dos casos em
geral.
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Assim, pode ocorrer que, em determinado caso, a aplicação do direito viole frontal-
ma injustiça, quando, então, deve-se utilizar princípios para melhor decidir o caso
em análise.
dois tipos de desigualdade: uma que chamo de natural ou física, por ser estabe-
lecida pela natureza e que consiste na diferença das idades, da saúde, das forças
que é estabelecida ou, pelo menos, autorizada pelo consentimento dos homens.
dade entre os homens. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.)
a) As desigualdades naturais são a causa das desigualdades morais, uma vez que
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Letra c.
como algo bom e se deve buscar sempre um retorno a ele, então pode concluir
Não há muito a comentar nesta questão além disso, que já é uma síntese do que
da interpretação jurídica no seu livro Teoria Pura do Direito, fala em ato de vontade
assim, capaz de prover precisão técnica no âmbito de sua aplicação por agentes
competentes.
seu arbítrio, qualquer norma que entenda como válida e capaz de regular o caso
concreto.
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aplicador efetua uma escolha entre as possibilidades reveladas por meio da mesma
interpretação cognoscitiva.
Letra c.
interpretação das normas jurídicas. Kelsen dedica poucas páginas para tratar do
tema e, ao fim, acaba não apresentando uma proposta de como deve ser feito o
ato interpretativo.
apenas é feita pelos órgãos com poderes jurisdicionais. Por sua vez, a norma limita
Como deve, por sua vez, o intérprete fazer sua escolha? A partir de seus valores,
de sua formação, de suas crenças. Kelsen não detalha, apesar de reconhecer que
e fixa a interpretação.
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conhecimento.
Para o jusfilósofo Norberto Bobbio, uma antinomia real se caracteriza quando es-
tamos diante
b) de normas que colidem entre si, porém essa colisão é solúvel mediante a apli-
d) de duas ou mais normas que colidem entre si e que possuem diferentes âmbitos
Letra c.
jurídico, o que pressupõe que ele seria capaz de resolver qualquer questão a ele
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mas jurídicas.
Essas antinomias, por sua vez, podem ser apenas aparentes, se puderem ser re-
tares.
tinomia, posto que somente deve ser aplicada aquela pertencente ao ordenamento
Na sua mais importante obra, a Summa Theologica, Santo Tomás de Aquino trata
Assinale a opção que apresenta esses conceitos, conforme expostos na obra citada.
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Distributiva trata das relações entre diferentes povos, também chamadas de direito
das gentes.
Letra a.
Para o autor, as leis são mandamentos da boa razão que devem respeitar os dog-
mas da Igreja. Por outro lado, quem edita a norma é o príncipe que deve fazê-lo
considerado o ato bom. A partir disso, tem-se que justa para São Tomás de Aquino
Além disso, a justiça é uma virtude e para que algo seja virtuoso há necessidade
de que seja voluntário, estável e firme. Noutro ponto, o autor retoma a obra de
A Justiça Comutativa apresenta-se como uma Justiça corretiva, que está relacio-
nada aos atos dos indivíduos em relação uns aos outros e à correção que deve ser
Por sua vez, a Justiça Distributiva está relacionada com a atribuição de coisas
para diferentes indivíduos a partir de sua dignidade pessoal, a partir de suas ne-
cessidades.
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Em seu texto “A Luta pelo Direito”, o jurista alemão Rudolf von Ihering apresenta o
Assinale a afirmativa que expressa o sentido que, no trecho citado, Ihering confere
ao direito.
a) Trabalho incessante e uma luta sem tréguas nos quais participam o Poder Públi-
b) Uma luta permanente que é travada por parlamentares no âmbito da arena le-
gislativa, que o fazem em nome da população a partir das eleições que configuram
d) O produto das relações industriais e comerciais que são livremente travadas por
Letra a.
Karl Larenz, os textos jurídicos são problematizáveis porque estão redigidos em lin-
sentido, assinale a opção que exprime o pensamento desse autor acerca da ideia
de interpretação da lei.
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d) A interpretação dada por uma autoridade judicial a uma lei é uma conclusão lo-
gicamente vinculante que, por isso mesmo, deve ser repetida sempre que a mesma
Letra c.
a chave para resolver a questão. O enunciado afirma que os textos jurídicos têm
identificar a alternativa que, de acordo com o autor mencionado, deve ser a postura
a) Errada. Afirma que apenas quando o texto não for claro ou for obscuro ou
próprio enunciado.
b) Errada. Afirma existir um único sentido possível para a norma, o que está em
Essas duas últimas alternativas não podem ser de plano descartadas e se deve co-
nhecer um pouco do que afirma Karl Larenz. O autor afirma que o juiz, ao decidir
por uma interpretação, deve ter em mente a segurança jurídica e escolher aquela
que permita aplicação a casos futuros, no entanto, para o autor, essa interpretação
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não fixa interpretações futuras, que podem tomar novos rumos sempre que for
d) Errada. Sustenta que a interpretação representa uma vinculação que deve ser
proposto por Thomas Hobbes em sua obra Leviatã, o contrato social só é possível
em função de uma lei da natureza que expresse, segundo o autor, a própria ideia
de justiça.
Assinale a opção que, segundo o autor na obra em referência, apresenta esta lei
da natureza.
Letra c.
Para Hobbes, o estado de natureza é intrinsecamente mal, uma vez que, nele,
os indivíduos convivem num estado de guerra de todos contra todos. Nesse estado
Hobbes constrói a noção de que Justiça é o respeito aos acordos firmados, uma vez
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estado de guerra de todos contra todos. Superar, pois, esse estado, significa cum-
d) Errada. Apresenta a noção de Santo Agostinho para o que se deve buscar nas
interações humanas.
Errado.
do sentimento de justiça.
De fato, ao estudioso do Direito resta, não a análise sobre a justiça da norma, mas
a verificação de sua validade, o que, a seu turno, não impede que se faça qualquer
Na verdade, quando trata da interpretação das normas, Kelsen afirma que os tais
da norma, o que não se confunde com a postura do estudioso do Direito, que deve
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nação carismática.
Errado.
das normas legais, tem-se a dominação legal, se a obediência se deve pela crença
Por fim, nos casos em que a dominação surge dos costumes sociais, tem-se a do-
minação tradicional. Todas essas formas de dominação são legítimas, uma vez que
dominação, cada vez mais, a Sociologia tem se voltado para seu estudo.
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da massa falida de uma empresa em débito com a fazenda pública, única credora
estadual com o objetivo de regularizar a ocupação, havia, por meio de sua asso-
priação indireta, que ainda não havia sido julgada. Quando do cumprimento da de-
a) A remoção das famílias com o emprego da força policial tipifica o controle social
b) Embora seja possível contestar sua legitimidade, a ação policial em questão está
social.
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E, C, E, C
I positivo ou negativo;
II formal ou informal;
IV institucional ou de grupo.
seja por meio de ação que tenha a finalidade de orientação do comportamento com
prio indivíduo, trata-se de controle interno, mas se tem origem em outras institui-
Por fim, o controle pode ter origem em uma instituição ou no grupo, o que caracte-
riza a quarta classificação. A partir disso, tem-se que o ato de controle indicado
no item pode ser classificado como negativo (i), formal (ii), externo (iii) e institu-
b) Certa. A noção moderna de Estado e sua relação com o Direito pressupõe que
o monopólio do uso da força tenha sido concentrado nas mãos do Estado, o que
torna eventual violência cometida por particulares, salvo situações específicas pre-
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Por outro lado, ainda que tenha havido o uso desproporcional da força, o que se
c) Errada. Quanto ao terceiro item, tem-se que toda norma possui, efetivamente,
norma em questão.
A norma simbólica aparece com uma linguagem mais imprecisa e com sentido
possui um claro sentido simbólico, mas um efeito prático para resguardar efetiva-
sociais.
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que a virtude moral é um meio-termo entre dois vícios, um dos quais envolve ex-
cesso e o outro, deficiência, e isso porque a sua natureza é visar à mediania nas
paixões e nos atos.
Do que acabamos de dizer segue-se que não é fácil ser bom, pois em todas as coi-
(…)
A justiça corretiva será o intermediário entre a perda e o ganho. Eis aí por que as
a natureza do juiz é ser uma espécie de justiça animada; e procuram o juiz como
justo. O justo, pois, é um meio-termo, já que o juiz o é. Ora, o juiz restabelece a
igualdade.
A partir das ideias constantes nesse fragmento de texto, julgue o item a seguir.
mula aristotélica da mediania propõe a rigorosa punição dos vícios pelos agentes
C, E
A questão está, muito mais, para uma busca pela interpretação de texto, do que
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sobre a Justiça. Esse fato é indicado pelo próprio enunciado em que consta que, “A
partir das ideias constantes nesse fragmento de texto”, os itens devem ser julga-
dos.
Nesse contexto, quanto ao primeiro item, tem-se que o texto efetivamente des-
taca a posição do juiz como uma função cuja atuação deva ser ética e que corres-
Por outro lado, quanto ao segundo item, além de o fragmento de texto apresenta-
do não tratar de punição por desvios éticos, a teoria aristotélica também não o faz.
que, de acordo com a doutrina, são baseadas nas leis elaboradas pelos homens
com o intuito de reger o social, sendo vistas como reflexo das diversas formas do
a) religiosas.
b) legais.
c) sociais.
d) privadas.
e) facultativas.
Letra b.
A questão parece ter uma solução razoavelmente simples, mas ela tem algumas
implicações dignas de nota para você, candidato(a), que está a se preparando para
mas que “são baseadas nas leis elaboradas pelos homens com o intuito de reger o
social, sendo vistas como reflexo das diversas formas do comportamento humano”.
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a) Errada. Tem-se efetivamente que as normas religiosas são criadas pelos ho-
religiosas, outros fiéis e, mais importante, com a deidade porventura adorada por
aquela religião. A finalidade das normas religiosas não é reger as relações sociais,
c) Errada. Normas sociais, tem-se que elas não são produto do intelecto criativo
do ser humano, mas uma consequência de interações sociais reiteradas, que es-
tabelecem normas de trato social com certo grau de previsibilidade e, ainda, com
certo grau de controle, ainda que um controle estritamente social. Além disso, além
de não serem criadas pelos homens com a finalidade de reger as interações sociais,
d) Errada. Tem-se que as normas privadas são criadas para reger situações es-
interações sociais, o que não pode ser atingido por normas de observância faculta-
tiva. Nesse contexto, a alternativa que indica se tratar de normas legais é a certa,
do direito.
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c) rompe com a teoria estatalista, pois rejeita a redução do direito a uma forma
estatal de expressão.
dução jurídica.
Letra c.
É que, além de considerar uma teoria não tão difundida sobre o ordenamento ju-
rídico, exige que o candidato supere a compreensão em geral enraizada nos estu-
dantes de Direito desde o primeiro semestre de que o Estado é a única fonte legíti-
do grupo de pessoas.
Nesse contexto, além do Estado como fonte de produção normativa, outras insti-
A partir disso, tem-se que a letra a apresenta ambas as correntes como voltadas
para o reconhecimento apenas das normas estatais como jurídicas, o que também
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das normas jurídicas proposta por Norberto Bobbio, em sua obra Teoria da Norma
Jurídica, encontra-se a distinção formal entre a norma “que estabelece que uma
determinada ação deve ser cumprida quando se verifica uma certa condição” e a
norma “que estabelece que uma determinada ação deve ser cumprida”. Estas nor-
Letra c.
Em sua obra Teoria Geral do Direito, Bobbio propõe várias classificações possíveis
malização (i), quanto à abstração (ii), quanto ao tipo de proposição (iii) e quanto
voltadas para uma classe composta por vários membros; ou singulares, quando
Quanto à abstração (ii), as normas podem ser abstratas, que tratam de ações
indivíduos.
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Por fim, as normas, quanto ao tipo de ação previsto (iv) podem ser classificadas
As normas categóricas são aquelas que determinam que uma determinada ação
deve ser realizada, enquanto as normas hipotéticas estabelecem que, cumprida de-
terminada condição, uma determinada conduta deve ser realizada. Assim, a letra
c é a indicada.
em sua teoria pura do direito, define como elemento primordial para a análise cien-
a) os fatos sociais.
b) as normas.
c) os valores.
d) os princípios e as regras.
e) o poder coercitivo.
Letra b.
do tema.
O autor moderno que usualmente é utilizado para tratar dessa temática é Robert
Alexy, para quem o Direito está estritamente vinculado aos preceitos morais vigen-
tes em uma determinada sociedade. O autor faz a distinção entre regras e princí-
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Note-se que é possível afirmar que a grande distinção estrutural entre princípios
atuação do intérprete.
Em retorno à teoria kelseniana para o Direito, tem-se que os princípios, tal como
os valores, pelo seu conteúdo relacionado à moral, não pode ser objeto de estudo
do Direito enquanto ciência, que deve se ater às normas. Por outro lado, os fatos
sociais devem ser objeto de estudo da Sociologia, enquanto que o poder coercitivo
to.
ao problema
a) das antinomias.
b) da analogia.
d) das lacunas.
e) da incompletude.
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Letra a.
Bobbio, que tem a teoria sobre o conflito entre normas como uma de suas reali-
zações mais conhecidas, estabelece que, nesses casos de conflito, mostra-se pre-
Assim, a maior parte dos ordenamentos nega a existência de uma lacuna no orde-
namento jurídico, o que pressupõe que ele seria capaz de resolver qualquer ques-
tão a ele posta. A partir disso, surgem questões relacionadas a lacunas, que podem
tude, eventual lacuna reside apenas no campo aparente das normas e pode ser
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Letra e.
do Ordenamento Jurídico.
A partir do tipo de norma, Bobbio afirma existirem normas que regulam a produção
de conduta.
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Errado.
No final do século XIX, August Comte havia publicado sua obra em que defendia
ciência, tenha objeto de pesquisa próprio e único em relação aos demais ramos do
estudo da Sociologia, e que o método empregado por essas ciências era o método
sociológico.
Nesse contexto, para Comte, não fazia sentido ter tais ramos do conhecimento
da Sociologia.
são e adeptos e, como consequência de sua aplicação, o Direito não mais poderia
Para endereçar essa questão, Kelsen propõe a sua Teoria Pura do Direito, em que
jeto de estudo próprio e uma metodologia própria para o Direito enquanto ciência.
Como dito anteriormente, esse objeto e esse método não poderia aproveitar-se
da Sociologia, sob pena de ser considerado apenas parte dessa ciência, não uma
ciência autônoma.
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rior.
que seria superior ao texto constitucional. Para endereçar esse problema, Kelsen
afirmou que não havia necessidade de uma norma jurídica superior, mas apenas
Note-se que tal norma está fora do ordenamento jurídico e, portanto, o seu estudo
não caberia ao Direito e, além disso, ela não empresta validade jurídica à Consti-
tuição; mas, quando muito, legitimidade, que também não é objeto de pesquisa da
ciência jurídica.
aplicador do direito, ou seja, tanto pelo Poder Judiciário quanto pelo Poder Legis-
lativo.
Certo.
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sua vez, caberia aos particulares a interpretação não autêntica, incluído, aí, a in-
terpretação doutrinária.
A partir disso, pode-se afirmar que os órgãos responsáveis pela atividade legisla-
jurídica.
fundada
a) no dualismo entre “direito natural” e “direito positivo” que considera que a vali-
natural”.
c) em uma visão monista que sustenta que todo direito é necessariamente natural
e) no dualismo dentre “direito natural” e “direito positivo” que, por toda sua coe-
rência e rigor conceitual, é professada pelo autor em sua “teoria pura do direito”.
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Letra b.
A questão demanda que o candidato compreenda a crítica que Kelsen faz aos de-
Para a Teoria Pura de Kelsen, o estudo do Direito não pode estar subordinado a
questões que estariam fora do âmbito do ordenamento jurídico. Isso porque, como
de que o direito natural é, em sua essência, perfeito, mas o intelecto humano limi-
tado não conseguiria alcançar completamente esse direito natural. Para solucionar
No entanto, esse direito positivo, por ser fruto do intelecto humano limitado, seria
tural e, portanto, sempre que uma norma de direito positivo violar uma norma de
jurídica e de falta de previsibilidade das decisões muito grande, o que deve ser
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a) Errada. Para o jusnaturalismo, não seria possível uma norma positiva perfeita.
c) Errada. Tem-se que haveria uma absorção do direito positivo pelo natural,
e) Errada. Tem-se que Kelsen nega o dualismo proposto e, de qualquer forma, não
Natural.
que todos possam intervir, sem assumir a mesma o papel de legislador político”.
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Letra c.
va.
Dworkin se propõe a debater a forma como os juízes devem decidir nos chamados
hard cases, para os quais não existiria uma norma satisfatória aplicável ao caso
cules.
do Poder Judiciário quando, por vezes, parece existir um caso sem solução ou para
o qual as normas positivadas não parecem oferecer solução. Como se vê, o que
Dworkin propõe é um Judiciário com uma atuação mais efetiva na realização dos
Dworkin, no entanto, não é o único autor que trata do tema. Alexy, após apontar
tais e menos objetivos pela sua aplicação ser quase ilimitada, por ser considerada
busca por uma maior efetivação dos direitos fundamentais a partir de uma teoria
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tico, não representa a própria determinação do que seria esse Estado democrático.
A Democracia Procedimental, por sua vez, tem como base o cumprimento do prin-
sede adequada.
Jurídico, pelo qual o que importa é a adequação hierárquica das normas, tanto pela
o que permitiria que os indivíduos satisfizessem suas necessidades, sem uma tutela
do Estado.
Por sua vez, Rawls adota uma postura contratualista ao propor em sua obra o ex-
perimento mental do véu de ignorância como base para a construção dos princípios
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posição original.
Ainda que a proposta de uma posição original possa apresentar problemas de de-
titui pela noção de consenso significativo, pelo qual os princípios de justiça seriam
A Legitimidade das Instituições decorreria, pois, dos princípios de justiça que fun-
ficativo. O que se tem é que a Legitimidade proposta por Rawls estimula a coope-
por todos ou, pelo menos, que fosse esperada por todos, o que colaboraria para
convívio em sociedade.
Outro ponto digno de nota é que a proposta de Legitimidade estabelecida por Rawls
se fundamenta em uma noção liberal. Esse pretenso liberalismo não pode ser con-
Hart, por sua vez, esboça sua teoria sobre a Democracia Procedimental ao limitar
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tem-se que Dowrkin, Alexy e Rawls fazem uma abordagem Substantiva da Demo-
O erro da letra a reside na suposta proteção proposta por Dworkin para os direitos
dade de regras, enquanto Ronald Dworkin entende ser o direito um conceito inter-
pretativo.
Certo.
corrente da interpretação das normas, cuja justificação reside nas regras e princí-
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tivo derivado da melhor justificação moral das regras e princípios de uma comuni-
dade política.
Certo.
que a virtude moral é um meio-termo entre dois vícios, um dos quais envolve ex-
cesso e o outro, deficiência, e isso porque a sua natureza é visar à mediania nas
paixões e nos atos.
Do que acabamos de dizer segue-se que não é fácil ser bom, pois em todas as coisas é
difícil encontrar o meio-termo.
(…)
A justiça corretiva será o intermediário entre a perda e o ganho. Eis aí por que as pes-
soas em disputa recorrem ao juiz; e recorrer ao juiz é recorrer à justiça, pois a natureza
do juiz é ser uma espécie de justiça animada; e procuram o juiz como um intermediário,
e em alguns Estados os juízes são chamados mediadores, na convicção de que, se os
litigantes conseguirem o meio-termo, conseguirão o que é justo. O justo, pois, é um
meio-termo, já que o juiz o é. Ora, o juiz restabelece a igualdade.
A partir das ideias constantes nesse fragmento de texto, julgue o item a seguir.
representa o justo para os litigantes, pois um terá de perder e o outro, ganhar, para
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Errado.
Da mesma forma que uma questão anteriormente apresentada, o item está mais
A despeito disso, note-se que o texto nada fala de justiça corretiva ou de relativida-
de da justiça. Para Aristóteles, a justiça não se apresenta como algo relativo, o que
Certo.
das, aqui não há uma referência a uma teoria em específico, o que torna a tarefa
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estado de natureza, não tem esse tipo de preocupação, por ser naturalmente bom.
A segunda parte, a seu turno, qual seja, “se tornaram costumes aceitos que,
ponto, que tais costumes, apesar de não serem dotados de coercibilidade estatal,
são reforçadas a partir de outras fontes, principalmente a social. Além disso, tais
costumes são responsáveis por trazer certa previsibilidade para as relações sociais,
Por fim, deve-se tratar dos domínios da ética e da moral, conforme mencionado
Ou seja, a ética tem como objeto de estudo a moral, que, por sua vez, tem uma
ser formada por valores que sejam compartilhados pela comunidade. Nota-se, pois,
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todo o conteúdo moral obrigatório para que a sociedade possa sobreviver minima-
mente.
ou intersubjetividade.
e) Max Scheler preconizava uma espécie de moral pura, condição para a existência
de um comportamento que, guiado pelo direito e pela ética, não muda segundo as
circunstâncias
Letra c.
Kant foi responsável pela construção da noção de Imperativo Categórico, que im-
Por outro lado, quem propôs a teoria do mínimo ético foi Jeremy Bentham, mas
quem a desenvolveu foi Georg Jellinek, para quem o Direito seria um conjunto mí-
Por sua vez, a noção de bilateralidade atributiva aparece na obra de Miguel Reale,
outro sujeito.
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para ele, encontra limitações, uma vez que a moral também pode atuar no âmbito
externo.
derações subjetivas. Quanto a Hobbes, ele não faz uma relação direta entre Direito
e Moral. Para ele, o ser humano é um animal social que cria o Estado a partir de
um contrato, uma vez que precisa refrear seus instintos naturais, pelos quais cabe
ao indivíduo fazer tudo o que for necessário para preservar sua vida e liberdade.
por isso ele abre mão de parcelas de sua liberdade em troca de uma segurança
normativa que permitirá a convivência humana. A partir disso, justiça significa res-
Quanto a Max Scheler, em sua obra, ele se propõe justamente a criticar a forma
pura da ética kantiana e busca estabelecer um sistema ético próprio dos valores
materiais. A partir disso, Scheler propõe uma ética material estabelecida a partir
da experiência.
Por fim, tem-se que Thomasius, com outros autores, Grotius, Pufendorf e Wolf,
força de coação existente em cada um destes ramos. Para ele, o Direito estabelece
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Errado.
forma bastante elucidativa para os objetivos desta questão. Assim, opta-se por
Ocorre, neste tópico que a noção de Dignidade da Pessoa Humana tem aparecido em
diversos julgados e em trabalhos acadêmicos e doutrinários como um princípio que
permeia todos os demais direitos previstos, não apenas na Constituição, como também
no ordenamento jurídico como um todo, influenciando, inclusive, nas relações privadas.
A despeito disso, é muito difícil conceituar e explicitar qual seria o conteúdo da noção de
dignidade da pessoa humana, seja por ser uma noção razoavelmente nova no âmbito
jurídico brasileiro, seja pela sua própria posição no texto constitucional. O fato é, não
existe uma única possível abordagem para o tema dignidade da pessoa humana.
Por outro lado, não se mostra difícil para o estudioso do Direito considerar a necessi-
dade de observância da Dignidade da Pessoa Humana no âmbito jurídico. Resta, pois,
compreender o que seria essa tal Dignidade da Pessoa Humana. Em uma análise inicial,
pode-se, inclusive, afirmar que essa tal Dignidade extrapolaria os limites do Direito e
abrangeria as relações humanas como um todo, o que, sem dúvida, dá a ela uma certa
característica de preceito ético.
Entretanto, no âmbito jurídico, essa análise e construção não vem de forma tão sim-
ples. Em verdade, a noção de dignidade da pessoa humana, em questões jurídicas, tem
demandado do intérprete, por vezes, alguns malabarismos jurídicos com o objetivo de
consagrar uma ou outra visão sobre essa dignidade. De fato, a noção de dignidade da
pessoa humana pode ser utilizada, tanto para defender o direito ao aborto, como ma-
nifestação da dignidade da mulher, quanto a vedação ao aborto, como representação
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simbólica da dignidade do feto, que, por sua condição peculiar, não teria meios para se
defender.
Independentemente da posição que se tem em relação ao aborto, os debates, invaria-
velmente, tendem a alcançar esse ponto, em que um lado defende uma determinada
posição a partir da noção de dignidade da pessoa humana e o outro defende a posição
contrária também fundamentada na mesma noção. A partir disso, o que se tem é que a
noção de dignidade da pessoa humana vem para colaborar com o intérprete, mas, mais
do que isso, para estabelecer uma abordagem ética para o Direito. É o que se pode ex-
trair, inclusive, da topografia dessa noção no texto constitucional.
O art. 1º da Constituição Federal de 1988 estabelece que o Brasil é um Estado Demo-
crático de Direito e tem como fundamentos:
i) a soberania;
ii) a cidadania;
iii) a dignidade da pessoa humana;
iv) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; e
v) o pluralismo político. Em uma leitura apressada, no entanto, pode parecer que não
há uma relação ética entre esses itens apresentados no dispositivo.
Por outro lado, o art. 3º vem estabelecer objetivos para a República Federativa do Bra-
sil e o 4º trata de princípios que regem as relações do Brasil com outros países. Todos
esses dispositivos estão em um título inicial da Constituição que recebe a designação de
Princípios Fundamentais.
Partindo da noção de que não existem palavras vazias ou desprovidas de intencionalida-
de no texto constitucional, essa escolha do legislador em colocar a Dignidade da Pessoa
Humana, não como um direito ou garantia fundamental, mas como um fundamento do
próprio Estado brasileiro deve ter uma finalidade, um objetivo. Resta, pois, buscar com-
preender esse motivo.
Para tanto, ao analisar os demais itens do art. 1º da Constituição, deve-se buscar algo
que una estes diversos fundamentos, o que os torna coeso. Qual a relação entre sobe-
rania e pluralismo político, ou entre livre iniciativa e cidadania. Sem grandes dificulda-
des, é possível notar que o conteúdo de cada uma destas expressões se distingue uns
dos outros e, dessa forma, a escolha do constituinte originário de localizar esses temas
como fundamentos não decorre de um liame material, de uma motivação quanto ao
conteúdo.
Por outro lado, a leitura do inciso IV do art. 1º dá um indicativo do que se está tratan-
do. Nesse inciso consta a eleição dos “valores sociais do trabalho e da livre iniciativa”
como fundamento do Estado Democrático de Direito. Note-se, além disso, que não há
uma relação direta entre os valores sociais do trabalho e os valores da livre iniciativa,
no entanto, ambos são valores.
Ocorre, entretanto, que os valores se apresentam como a matéria prima da ética e,
dessa forma, o que se tem é que são os valores que permitem o estudo dos compor-
tamentos a partir de uma racionalidade. Essa análise dos comportamentos a partir de
valores é a tarefa da ética.
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A partir disso, pode-se afirmar que o que une os termos apresentados pelo constituinte
originário, no âmbito do art. 1º da Constituição, é o fato de que todos eles se apresen-
tam como valores morais. Essa ideia é reforçada pelo próprio preâmbulo constitucional,
pelo qual o constituinte estabeleceu que o Estado brasileiro teria o objetivo de “assegu-
rar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar,
o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade
fraterna, pluralista e sem preconceitos”.
Esse trecho do preâmbulo da Constituição indica que existe um valor que foi considera-
do quando da elaboração do texto constitucional que é a busca por assegurar o exercício
dos direitos previstos no texto constitucional, com a finalidade de formar uma sociedade
“fraterna, pluralista e sem preconceitos”.
A Dignidade da Pessoa Humana, nesse contexto, apresenta-se como um valor moral que
foi erigido pelo Constituinte Originário como um valor fundante da ordem constitucional
brasileira e, a partir desse, e dos demais valores ali estabelecidos, é que a ordem cons-
titucional deve ser interpretada.
Em outras palavras, não há que se falar em liberdade (art. 5º, IV, da Constituição), se
não for uma liberdade que garanta a Dignidade da Pessoa ou, ainda, que se falar em
atividade econômica (art. 170 da Constituição), sem que sejam respeitados os valores
sociais do trabalho, ou, ainda, de um sistema partidário (art. 17 da Constituição) que
desrespeite o valor do pluralismo político.
Nesse contexto, a Dignidade da Pessoa Humana não se apresenta no texto constitucio-
nal como um direito ou como um princípio, mas como um valor. E esse valor se consubs-
tancia em uma diretriz ética de interpretação dos direitos e garantias fundamentais. Não
há direito individual ou coletivo sem respeito à dignidade da pessoa humana.
Portanto, é justamente na ética que se fundamenta a interpretação do Direito na atua-
lidade, mais notadamente nos casos dos Direitos e Garantias Fundamentais e sua asso-
ciação com a noção de dignidade da pessoa humana. Entretanto, a Dignidade não pode
ser considerada isoladamente, mas o deve ser em conjunto com os demais conceitos
conformadores da ética.
Assim, em conjunto com a Dignidade da Pessoa Humana, surgem os valores da benefi-
cência, da autonomia, da justiça e da não maleficência. Entretanto, os valores previstos
pelo Constituinte no âmbito do texto constitucional não limitam a apenas esses. A soli-
dariedade, por exemplo, está estabelecida como diretriz no texto constitucional, entre
outros.
Esse tipo de previsão positiva de preceitos éticos vem como uma resposta ao que se
experimentou no mundo durante a ascensão e consolidação do nazismo como um mo-
delo político e de controle social. Não mais é suficiente a norma escrita, tampouco os
valores dos magistrados resolvem as questões a cargo do Direito, também, cada vez
mais, valores fundantes, valores éticos da sociedade aparecem para compor melhor o
quadro de direitos e estabelecer uma base para a interpretação e análise das normas
jurídicas postas.
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É nesse arcabouço que o mundo atual está. As questões éticas ultrapassam o mero de-
bate social ou o estabelecimento de códigos profissionais, mas acabam por ser a base
da própria estrutura social, cabendo a cada grupo ou sociedade estabelecer os seus
valores morais mais relevantes.
Além disso, a ética também tem influenciado outras disciplinas e relações sociais. Todo
o debate em torno das cotas raciais tem por trás, em verdade, uma questão ética, o de-
bate sobre igualde de gênero, o debate sobre a aceitação das pessoas com deficiência,
a busca pelo fim do racismo, entre outros. Todas estas questões são, de fato, questões
que perpassam debates éticos e que, em um segundo momento, acabam por ingressar
na agenda legislativa e, finalmente, inovam o ordenamento jurídico.
A partir disso, pode-se afirmar que a incorreção da assertiva está em inserir a dig-
pretação
a) histórica.
b) sistemática.
c) sociológica.
d) analógica.
e) autêntica.
Letra c.
I Método gramatical ou filosófico: analisa cada palavra que compõe a lei, indi-
inserida, a relação dessa lei com as demais leis que integram esse mesmo ordena-
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que levaram à edição da norma e seus efeitos para que se mostre possível estender
Quanto às letras d e e, tem-se que o que ali se pôs não se mostra métodos de
têntica é uma classificação feita a partir daquele que faz a interpretação. A partir
disso, letra c.
deve resguardar o sentido amplo da entidade familiar, abrangendo, além dos imó-
viúvas, ainda que estas não estejam citadas expressamente no texto legal, essa
a) sistemática.
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b) histórica.
c) jurisprudencial.
d) teleológica.
e) lógica.
Letra d.
nos precedentes jurisdicionais. Quando muito, poder-se-ia falar em uma busca por
respeito aos precedentes, mas, no Brasil, essa busca ainda é recente e remonta ao
acordo com essa escola, o direito só pode ser considerado como fruto do trabalho
mente.
Certo.
como a corrente jusfilosófica que deu origem ao positivismo jurídico. Para essa Es-
um argumento de autoridade, qual seja, que o legislador, pelo exercício de sua von-
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tade, estabeleceu aquela norma jurídico e que, por isso, deve essa norma ser cum-
prida. Nesse contexto, o Estado mostra-se como a única fonte legítima do direito.
seus conteúdos.
lógico de interpretação das normas jurídicas que dos princípios extraídos das nor-
se apresentam.
própria lei ou ato normativo, surgindo do próprio poder que interpreta seu ato nor-
mativo.
ser da lei.
Letra a.
A lógica do razoável foi proposta pelo autor mexicano Luís Recaséns Siches. Ele
propõe a superação da lógica formal por uma lógica do razoável. Pela lógica formal,
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dado um determinado fato, ocorre uma dada consequência. Trata-se de uma forma
-se o modelo da causa e consequência por uma lógica do deve ser uma consequ-
ência para uma dada conduta. Essa lógica formal foi o modelo utilizado por Kelsen
Por outro lado, a proposta da lógica do razoável, para o qual deve haver uma lógica
dos e, a seguir, verificar quais são os propósitos que são concretamente factíveis.
uma vez que, para ela, deve ser considerado o caso concreto, não apenas a norma
abstratamente considerada.
já analisada anteriormente.
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cesso de investigação dos fatos, na ordem jurídica vigente, assegura maior satisfa-
a) lógico-dedutivo.
b) hipotético-condicional.
c) lógica do razoável.
e) conflito normativo.
Letra c.
que existe um sentido correto das normas constitucionais, cuja interpretação deve
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Certo.
O originalismo entende que não cabe ao Poder Judiciário criar, emendar ou rejeitar
leis, uma vez que essa tarefa foi atribuída ao Poder Legislativo.
ção original do texto o que impede que se assegure qualquer direito não previsto
no texto constitucional.
sem prejuízo a terceiros, ainda que vista como inadequada por um grupo social,
Certo.
letivo, o que faz com que se estabeleça uma lógica de utilidade das ações. Se uma
sem que se prejudique o bem-estar coletivo, tal ação deve ser considerada certa.
Nesse contexto, tem-se que o utilitarismo se apresenta como uma lógica de resul-
tados. O que importa não é a ação em si, mas o bem-estar decorrente dessa ação.
Logo, quaisquer atos que levem ao prazer ou à felicidade são certas, em contrapo-
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ou, pelo menos, neutro em um dos casos. Em sendo positiva a conclusão, então
existe uma adequação da ação, ainda que, no aspecto da moral individual, essa
ta uma ação se ela colaborar para promover a felicidade, de modo que um indivíduo
egoísta, por exemplo, pode ser valorizado, com base nessa proposta.
Errado.
enquanto que o utilitarismo defende a busca por um bem-estar coletivo, o que in-
Ainda que, em algumas situações, o resultado alcançado pelo egoísmo e pelo uti-
litarismo sejam idênticos, não se deve confundir os dois. O utilitarismo está pre-
indivíduo.
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liberdade similar para todos, o que ele considera o primeiro princípio da justiça.
Certo.
acesso à qualquer classe social. A partir disso, tem-se que todos possuem direitos
iguais, o que faz com que negue a prevalência da posição original como meio para
o estabelecimento de arbitrariedades.
baseada na tributação redistributiva porque esta representa uma violação aos di-
reitos do povo.
Certo.
é uma violação dos direitos do indivíduo, que deve ser regido exclusivamente pelo
livre mercado.
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A teoria comunitarista, que tem Charles Taylor como um dos seus principais teóri-
Certo.
Ainda que, em sua essência, o comunitarismo não seja uma oposição ao liberalis-
mo, mas uma forma diferenciada de abordar as relações entre indivíduo e socieda-
de, Taylor estabelece como base de sua proposta teórica uma crítica ao liberalismo.
víduos.
comunidade. Por outro lado, ainda que o comunitarismo também se baseie na liber-
dade apresenta-se sobre uma perspectiva positiva, pela qual a ação só é legítima
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