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DE DIREITO
Resumos 1º teste
Tema I- O conceito de Direito
1- Aproximações
O estudo do direito é um estudo de livros, não de coisas. Estes que dão propostas de
resolução a conflitos.
O objeto de estudo do direito está associado à palavra causa, já que cada conflito é
uma causa, no sentido de razão que justifica um ato.
Em latim direito é “ius”, que pode estar relacionado com outros vocábulos da língua
latina como: jurídico, justiça e jurisprudência.
Direito positivo
Direito natural
Tópicos jusnaturalistas:
POSITIVISMO FRANCÊS
POSITIVISMO BRITANICO
Bentham associou o direito a uma sanção. Todavia não identificava o direito positivo
apenas com a lei, mas também com todos os comandos emanados pelas estruturas
do estado, pois as relações políticas são relações de poder.
POSITIVISMO ALEMÃO
Filosofia racionalista e idealista, que na sua base está Savigny e a Escola Histórica.
A “teoria pura” só é possível devido a 2 conceitos base: a norma que é sempre uma
entidade logica hipotética capaz de constituir juridicamente a experiência social (não
constitui comandos ou imperativos, mas enunciados lógicos situados no plano de
dever ser); e de que o direito é um sistema escalonado de normas (que se apoiam
umas nas outras em que cada uma recebe validade de uma norma fundamental-
Grundnorm- a que suporta em última instância a integridade do sistema).
A ciência jurídica é uma ciência do dever ser na medida que descreve normas que
preveem consequências. A norma não traduz um comando, mas liga a ocorrência de
um facto condicionante a uma consequência, sanção.
Realismo escandinavo
A legitimidade do direito, da sua criação deixa de ser um assunto que diga respeito
ao seu conteúdo, reside exclusivamente em espetos formais e extrínsecos.
Nota:
O direito necessita da moral para obter a mais perfeita adesão dos cidadãos às suas
diretrizes (ser suportado pela consciência ética da comunidade)
Praticas sociais normativas e praticas sociais não normativas tem como principal
distinção o facto de nem todos os usos sociais serem percebidos como vinculativos
pelos membros da comunidade.
As normas morais são similares às normas jurídicas pela sua natureza impositiva,
existência de uma coação (juízo de reprovação social ou em casos extremos de
marginalização do individuo)
O plano interno ou da consciência que apenas o homem pode atuar como juiz da
bondade dos pensamentos, diz respeito ao campo da moral.
b) Coercibilidade
Tudo o que é jurídico é moral, mas nem tudo o que é moral é jurídico.
O Direito coincidia com o núcleo duro da moral e um nível mínimo de
exigência ética
7- A ética no Direito e o conceito de fim
A categoria de princípio não se pode confundir com valor, nem com norma.
PRINCÍPIO:
NORMAS:
⎯ Mandatos de determinação
⎯ Contem uma instrução ou preceito ou imediatamente aplicáveis
VALORES:
Existe uma clara relação entre as diferentes conceções filosóficas sobre o Direito e o
reconhecimento da sua vinculação a certas finalidades. A maneira como a sociedade
espera ver cumpridas essas finalidades depende do espaço e tempo. O
reconhecimento das mesmas permite conhecer melhor a especificidade da
normatividade jurídica face a outras normatividades sociais.
O direito é uma ordem com sentido, este que lhe é dado pelas “intenções
axiológicas” a cumprir. Que vai de encontro com a ideia, que o Direito é uma escolha
humana realizada que visa cumprir, mediante o ordenamento jurídico, certas e
determinadas expectativas.
⎯ Justiça
⎯ Paz social
⎯ Bem comum
⎯ Segurança Jurídica
⎯ Liberdade e igualdade
Justiça
Segurança jurídica
Bem comum
Liberdade e Igualdade
Atualmente considera-se que existem outras entidades no direito além das normas,
como os princípios (a que outros acrescentarão também os valores).
Normas Princípios
- Rígidas -Flexível
-Não se aplicam segundo um critério de - Permanecem validos mesmo quando
concordância não prevalecem
-Não lhes é inerente a ideia de peso
relativo
Princípios:
Toda a norma jurídica, tem uma dimensão linguista, é uma proposição normativa.
• Se é “X” deve ser “Y” – cada norma faz decorrer da ocorrência de um certo
facto, a produção de dada consequência que prevê
• Encontra-se uma condição cuja verificação determina a produção das
consequências jurídicas previstas
• O pressuposto fáctico e a consequência jurídica não têm uma relação causa e
efeito
• Se a norma não for cumprida o direito prevê a existência de sanções
• A estrutura da norma tem de obedecer aos seguintes elementos:
o Previsão/ hipótese: descrição da situação de
facto carecida de regulamentação jurídica,
formulada de modo hipotético
o Estatuição: estabelecimento de uma conduta a
ser observada.
o Sanção: recai sobre a prática violadora da
estatuição; é a consequência jurídica que decorre
da verificação da violação
Sanções Negativas:
Codificação
Partes gerais
Definições
Remissões
Ficções legais
• Remissões implícitas
• Dizem que o caso que a norma visa regular é igual a outro
Presunções legais
Conceitos indeterminados
• Essencial para a adaptação de certas normas às particularidades dos casos, à
mudança do tempo, individualizar as soluções ou ajustamento do direito aos
princípios éticos dominantes
Clausulas gerais
Validade
Eficácia
3- A ineficácia do direito
Porque é que o direito é ineficaz:
O direito à resistência pode se argumentar que tem uma natureza suprapositivo, tal
como o direito natural.
• Costume
• Lei
• Jurisprudência
• Doutrina
• Princípios fundamentais ou gerais
• Equidade
O USO TEM RELEVANCIA JURIDICA, MAS NÃO É FONTE DE DIREITO. O USO É UMA
PRÁTICA SOCIAL (POSSUI CORPUS) MAS NÃO DECORRE DE UMA OBRIGAÇÃO
JURIDICA (NÃO POSSUI ANIMUS).
Lei
Jurisprudência
• expressão que designa o conjunto das decisões dos tribunais, já que constitui
um meio de explicitação do sentido e alcance do direito e até do seu
desenvolvimento
doutrina
equidade
Para Paulo Ferreira da cunha os usos também não é fonte de direito porque não parecem
ter caracter intrinsecamente jurídico.
Se a lei não estiver conforme os princípios, a via para a resolução do problema era a
interpretação, falando-se na “interpretação por resistência”, um recurso a ser
mantido nos limites da razoabilidade e usado excecionalmente.
TIPOS DE LIVROS JURIDICOS (agora tem origem publica e oficial, mas houve tempos
que tinham origem privada reconhecimento público)
A lei é uma fonte voluntaria de direito, para Cabral de Moncada assenta sobre:
• a existência de uma norma jurídica geral e abstrata
• definição por modo solene e escrito
• proveniência de quem investido do poder legal para a decretar
• leis constitucionais
• leis de valor reforçado
• leis da AR e decretos-lei do Governo
• decretos legislativos regionais
• regulamentos
Contrário a favor
3- A lei e os regulamentos
Regulamentos
O encargo de conhecer a lei cai sobre todos nós, tendo esta a obrigatoriedade de ser
publicada.
Revogação:
• Quanto à forma:
▪ Revogação expressa-declara quais as disposições anteriores
que revoga
▪ Revogação tácita – incompatibilidade entre o disposto da lei
antiga de valor hierárquico igual ou inferior e da lei nova
▪ Revogação de sistema – declaração expressa do legislador
regular no novo ato de modo esgotante certa matéria jurídica
• Quanto à extensão
▪ Abrogação – lei antiga é revogada na integra
▪ Derrogação – apenas partes das disposições previstas da lei
antiga é que são revogada
Notas importantes:
A lei geral não revoga a lei especial a não ser se o legislador assim o manifestar
Para recolocar em vigor uma lei que foi anteriormente revogada, o legislador tem
de declará-lo expressamente através da consagração de uma disposição
repristinatória