Documento I.1:: Dinâmica Da Apresentação. O "Novelo de Lã"

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Mediação de Conflitos em Instituições Educativas

Documento I.1: Dinâmica da apresentação.


O “novelo de lã”

Objectivo

Desenvolver um conhecimento inicial entre os participantes na oficina, partindo dos nomes


e de algum traço significativo de cada um.

Materiais

Um novelo de lã. Cadeiras dispostas em círculo.

Desenvolvimento

O grupo senta-se à roda, sem deixar espaços vazios. O formador segura o novelo na mão
e atira-o a outro elemento do grupo, segurando a ponta do fio. Imediatamente antes de atirar o
novelo, diz em voz alta: “chamo-me ............................. e quero oferecer-vos o meu ....................
(uma qualidade pessoal, um aspecto positivo da sua personalidade)”.
A pessoa que recebe o novelo diz o seu nome e uma qualidade positiva que queira oferecer
ao grupo. Ao terminar, atira o novelo a outro elemento do grupo, segurando o fio de forma a
que fique mais ou menos esticado (sem tocar no chão). Quando todos tiverem recebido o
novelo, formar-se-á uma estrela de tantas pontas quantos os participantes.
É importante ter em conta o seguinte:
a) não se pode atirar o novelo para os dois companheiros imediatamente à direita, nem
para os dois imediatamente à esquerda;
b) é conveniente que se proceda com alguma rapidez. Não se deve ficar parado, a pensar
profundamente qual das nossas numerosas qualidades havemos de oferecer ao grupo,
mas oferecer uma qualquer que acharmos que possa vir a ser útil aos outros e à oficina
que acaba de se iniciar;
c) se alguém ficar bloqueado no momento de indicar uma qualidade própria, pode
convidar-se outra pessoa do grupo que o conheça, a fazê-lo.

Avaliação

É conveniente realizar uma breve avaliação da actividade.


Antes de mais, há que convidar quem assim o desejar a expressar o que sentiu, ao ter de
dizer em voz alta uma qualidade pessoal, sabendo nós que as previsíveis dificuldades surgidas
podem ficar a dever-se a uma certa cultura do menosprezo em vez da estima (surge sempre
alguém a dizer que seria muito mais fácil dizer um defeito). Há também que chamar a atenção
para o facto de, dentro de cada um de nós, existirem potencialidades muitas vezes ocultas, e
que iremos activando ao longo do processo de aprendizagem da mediação, processo que vai
muito para além da oficina que agora se inicia.

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Apresentação e Introdução à Oficina de Mediação

Por outro lado, a imagem da estrela costuma ser suficientemente eloquente, mas pode-se
ainda fazer algum comentário ou convidar alguém a fazê-lo. Apresentamos algumas sugestões:
1. pode alertar-se para o facto de todos sermos necessários para manter a rede esticada,
se alguém largar o fio a rede fica frouxa. É um trabalho levado a cabo por todos; depende
de todos e de cada um de nós o conseguir que a oficina vá por diante ou não;
2. a rede também simboliza a segurança, tal como a dos trapezistas no circo; com uma rede
feita de nomes, rostos e qualidades postos ao dispor do grupo para que ele funcione
(durante a oficina e em posteriores tarefas da equipa de mediação que dela resultarem),
podemos sentir-nos mais seguros do que se tivermos de enfrentar sozinhos este desafio;
3. levando mais longe ainda este símbolo da segurança, a rede pode ser o colchão que
ajuda a conciliar e a abrandar as situações de conflito na nossa escola, transmitindo
segurança a todos os que desejam ser escutados e atendidos, à margem das vias
meramente disciplinares.

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