Aulas T8 e 9 - ECPCA
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Aulas T8 e 9 - ECPCA
da criana e do adolescente
Ana Beato
Aulas Tericas 8 e 9
29 Nov e 6 Dez de 2016
Bom dia!
Objetivos
No final destas aulas, pretende-se que os alunos consigam
1
Conhecer os
procedimentos de
aplicao e avaliao
de diagnstico do
sistema ASEBA
2
Administrar e cotar
os questionrios do
sistema ASEBA
(Aulas prticas)
3
Conhecer as
caractersticas,
procedimentos de
aplicao e avaliao
do SDQ
Sistema de Avaliao
Empiricamente Baseado de
Achenbach
Contextualizao
Os pais ou os prestadores de
cuidados primrios so,
frequentemente, as mais
importantes fontes de informao
sobre as competncias e os
problemas de comportamento dos
seus filhos
Por motivos de convivncia, esto
bem informados para avaliar os
comportamentos que ocorrem em
diversas situaes.
Contextualizao
Contextualizao
Categorias
Diagnstico
Dimenses
Objectivo
A bateria Achenbach System of Empirically Based Assessment
(ASEBA - Achenbach, 1991; Achenbach & Rescorla, 2000, 2001)
baseia-se num sistema de avaliao cujo objetivo consiste em
providenciar uma estimativa do comportamento da
criana/adolescente, integrando informao proveniente de vrias
pessoas.
Objectivo
Os questionrios da bateria ASEBA podem ser utilizados em diferentes
contextos (e.g., clnico, escolar, sade) podendo contribuir para:
a)
Pressuposto
A psicopatologia pode ser melhor entendido de modo
dimensional do que categorial.
Na anlise do diagnstico com o DSM procura-se verificar se
determinados critrios so ou no confirmados (e.g., se ameaa
pessoas com frequncia), sendo a deciso final de natureza
dicotmica.
Assume-se assim que existe uma descontinuidade entre
comportamento normal e patolgico. Porm, se isto claro em casos
mais severos ou claros, nalguns esta fronteira no to notria!
11
Pressuposto
Pressuposto
Achenbach optou por um modelo dimensional, elaborada a partir de um
modelo emprico.
O que determina o que constitui
ou no um sndroma a
agregao de problemas
comportamentais em
subescalas (i.e. perturbaes)
atravs da anlise factorial
Pressuposto
A soluo dimensional permite resolver 3 problemas levantados pelo
diagnstico categorial
1. Problema da comorbilidade
2. Problemas do tratamento de casos subclnicos
3. Natureza adultocntrica do DSM
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Pressuposto
A natureza esttica das classificaes diagnsticas torna-as
particularmente desajustadas para lidar com situaes clnicas que esto
sujeitas a uma enorme transformao ao longo do desenvolvimento.
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Pressuposto
3 nveis
propostos:
Questes polmicas?
I.
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Composio
A bateria constituda por quatro instrumentos que recolhem informao de
diversas fontes diferentes.
20
Composio
Ao recorrer ao modelo ASEBA, os tcnicos podero obter a opinio dos pais, dos
educadores de infncia ou professores e de outros informantes sobre as
competncias e comportamentos da criana em diferentes contextos (e.g., contexto
escolar, familiar, social) (Achenbach et al., 2008).
Informador
Instrumentos
Tipo de
instrumentos
Idade
Pais
Inventrio
Professores
Inventrio
Criana
Grelha de
observao
5-14 anos
Criana
Semistructured Clinical
Interview for Children and
Adolescents (SCICA)
Entrevista
6-18 anos
Criana
Inventrio
11-18
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Composio
2. Queixas somticas
Tendncia para a somatizao. Sndrome de internalizao.
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4. Problemas sociais
Este factor surge elevado numa diversidade considervel de crianas, desde
situaes de ansiedade e depresso associadas a dificuldades sociais, at
quadros de PHDA. Este factor no satura nem na internalizao nem na
externalizao.
25
26
7. Comportamento agressivo
Representa o comportamento de desafio aberto. claramente um sndroma
de Externalizao e surge associado, entre outras, s perturbaes de
desafio ou oposio e de conduta.
27
28
Ideias-chave
A bateria ASEBA corresponde a uma avaliao da psicopatologia na infncia e na
adolescncia, suportada empiricamente.
Esta bateria descreve comportamentos atravs de diferentes informadores, onde
se encontram agrupados comportamentos por sndromas, e onde esto presentes
escalas de internalizao e externalizao, bem como escalas de competncias.
De acordo com Rescorla e colaboradores, (2007), para ser vantajoso a avaliao de
crianas, os instrumentos de avaliao necessitam ser econmicos, de fcil
administrao, prontamente interpretados por diferentes tipos de profissionais, e
multiculturalmente robusto culturalmente robusto.
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SCICA
SCICA
Contm 3 componentes:
a) Protocolo
b) Formulrios de observao e de auto-relato
c) Perfil
31
3 componentes da SCICA
a) Protocolo
3 componentes da SCICA
a) Protocolo
A administrao de 90 a 12 mn.
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3 componentes da SCICA
b) Formulrios de observao e de auto-relato
o
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3 componentes da SCICA
c) Perfil
A partir dos formulrios possvel construir um perfil,
semelhante aos perfis do CBCL e materiais anlogos.
Contudo, pela natureza da tarefa, este perfil contm
algumas escalas diferentes.
As escalas foram obtidas do mesmo modo que no
CBCL e nos outros instrumentos a que nos referimos
(anlise factorial).
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Subescalas da SCICA
a) Ansiedade/ Depresso: trata-se de uma subescala derivada do
auto-relato e semelhante ao sndroma com a mesma designao
no CBCL e materiais anlogos. Correlaciona-se com a
Ansiedade/Depresso no CBCL e com o isolamento no TRF.
Subescalas da SCICA
c) Problemas familiares: uma subescala sem equivalente nos
outros questionrios. No satura nem na Externalizao, nem na
Internalizao. Correlaciona-se com as Queixas somticas no CBCL.
d) Isolamento: Apesar de no CBCL existir um sndroma de isolamento,
aqui obtido atravs da observao (e.g., evita o contexto visual). No
satura nem em Externalizao nem Internalizao. Correlao
significativa com o CBCL e TRF Isolamento.
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Subescalas da SCICA
e) Comportamento agressivo: Obtido a partir do auto-relato,
semelhante ao sndroma com a mesma designao do CBCL e
materiais anlogos.
Satura na Externalizao. Correlaciona-se com o comportamento
agressivo no CBCL e TRF.
f) Problemas de ateno: um factor de observao e corresponde
aa comportamentos que reflectem dificuldades atencionais.
Correlaciona-se com os Problemas de ateno do CBCL e no TRF.
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Subescalas da SCICA
g) Comportamento estranho: Factor de observao que contm itens
que o aproximam dos Problemas de pensamento do CBCL e restantes
inventrios mas curiosamente correlaciona-se com problemas sociais
no CBCL e com Problemas de pensamento no TRF.
Subescalas da SCICA
A partir do perfil possvel obter totais parciais para a Internalizao,
Externalizao, total de problemas sob a forma de auto-relato e sob a forma de
observao.
A anlise de incongruncias entre observao e auto-relato um aspecto
interessante desta escala (e.g., criana que evidencia sentimentos depressivos
que no manifesta atravs do comportamento; crianas que manifesta
comportamentos de agressividade mas que no o comunica verbalmente).
Algumas limitaes centram-se no facto deste perfil s estar adaptado entre os 6
e os 12 anos e no tem verdadeiros pontos de corte, dada a ausncia de uma
amostra normativa de dimenses significativas que tenha sido objecto de estudo.
40
41
42
Questionrio de Comportamentos da
Criana para Idades entre 6 e 18 anos
45
46
O informador
deve classificar
os 112 itens,
relativamente
aos ltimos seis
meses, de
acordo com
uma escala de
Likert de trs
pontos
Se a afirmao no for
verdadeira
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50
Questionrio de Comportamentos da
Criana para Professores
(Teachers
Nota: Embora a TRF tenha sido desenhada para crianas e adolescentes com
idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos, poder ser utilizada para avaliar
crianas de 5 anos de idade e que estejam no seu primeiro ano de escolaridade
ou que se prev sejam reavaliadas aps o sexto aniversrio.
54
Questionrio de Auto-avaliao
para Jovens
58
Escalas
60
Escalas
61
Internalizao e Externalizao
Para alm das escalas de sndromes destes questionrios, as pontuaes das
crianas e adolescentes podem ser igualmente agrupadas em duas escalas
mais amplas:
1.
2.
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Ansiedade/Depresso
Isolamento/Depresso
Queixas Somticas
63
Internalizao e Externalizao
Externalizao
Comportamento agressivo
Comportamento delinquente
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Acordo inter-informadores
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Acordo inter-informadores
Acordo inter-informadores
O acordo entre diferentes informantes pode estar limitado dado que diferentes
informantes reportam diferentes comportamentos/problemas na mesma
criana (De Los Reyes & Kazdin, 2005).
Acordo inter-informadores
Acordo inter-informadores
69
Acordo inter-informadores
70
Diferenas de gnero
Raparigas
Rapazes
Maiores
problemas de
internalizao
Maiores
problemas de
externalizao
71
Diferenas de gnero
72
Contexto Forense
73
Questionrio de
Capacidades e Dificuldades
(SDQ)
74
Escalas do SDQ
(1)
Sintomas
emocionais
(2)
Problemas de
comportamento
(4)
Problemas de
relacionamento
com os colegas
(3)
Hiperactividade
(5)
Competncias
sociais
76
79
Cotao do SDQ
O resultado de cada escala pode ser considerado desde que pelo menos 3
itens tenham sido respondidos.
80
Cotao do SDQ
81
Cotao do SDQ
82
Cotao do SDQ
Pontuao Total de dificuldade
obtida pela soma da pontuao total de todas as escalas com excepo da
escala pr-social. Deste modo, a pontuao resultante pode variar de 0 a 40 (e
no pode ser computado caso a pontuao de alguma das escala, excepto a prsocial, esteja ausente).
Interpretao da pontuao dos sintomas e definio de caso
Em estudos com amostras de alto risco, onde os falsos positivos no sejam
preocupao, os possveis casos podem ser identificados por uma pontuao
alta ou limtrofe em uma das quatro escalas de dificuldades. Em estudos com
amostras de baixo risco, onde mais importante reduzir a taxa de falsos
positivos, os possveis casos podem ser identificados por uma pontuao alta
em uma das quatro escalas de dificuldades.
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Cotao do SDQ
84
Cotao do SDQ
85
Cotao do SDQ
86
87
Validade
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Vantagens da Escala
Elevada validade e fidelidade na medio dos comportamentos das crianas
e adolescentes;
89
Vantagens da Escala
As duas outras verses do SDQ possibilitam a avaliao de pais ou
cuidadores e a dos professores das crianas;
Tanto a verso do SDQ construda para crianas como a elaborada para os
seus cuidadores no diferem entre si, apenas variando o grau da pessoa a
que se dirige, primeira ou terceira pessoa. Assim, possvel aumentar a
comparao dos resultados obtidos (Goodman et al., 2003).
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Vantagens da Escala
Est traduzido para diversos idiomas
Est disponvel para usos no comerciais e possuir diversos contextos de
aplicao.
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Bom estudo
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